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Goiânia passa a ter 60 novos ônibus no transporte coletivo

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Em mais um passo rumo à melhoria do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado entregou, nesta terça-feira (20/8), 60 ônibus para operar no Sistema BRT. “São silenciosos e com climatização, fundamental para nosso clima tropical. Confortáveis e com segurança. Isso é construir um transporte coletivo digno e à altura da população”, resumiu o chefe do Executivo goiano ao vistoriar um dos veículos na Avenida Goiás, no Centro da capital.

Caiado mencionou que o Estado tem sido destaque em áreas como educação, segurança pública e social. O próximo passo é revolucionar o sistema público de transporte, um gargalo histórico. “Hoje, Goiás passou a ser referência em todas as áreas nas quais o Estado tem que participar ou definir políticas públicas. Estamos aqui para resolver o que não se resolvia. Vamos evoluindo, cada vez mais, para melhorar o nosso trânsito na capital e na Região Metropolitana”, enfatizou.

A entrega de 10 ônibus elétricos e 50 movidos a combustão, todos com ar-condicionado e tecnologia de ponta, faz parte de uma das etapas de execução da Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (Nova RMTC). Até 2026, o Governo de Goiás investirá R$ 1,7 bilhão no projeto, que conta com a parceria das prefeituras de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade – por meio do subsídio à tarifa do transporte – e contrapartida do consórcio das empresas que operam o sistema.

O presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explicou que o investimento do Estado no projeto é realizado em várias ações paralelas. “São reformas de 19 estações do Eixo Anhanguera e de terminais; troca de cerca de 7 mil pontos de ônibus; e renovação de frota, com quase 1,2 mil veículos”, elencou.

A Nova RMTC é fruto de um estudo especializado em mobilidade urbana para melhorar a qualidade do sistema na Grande Goiânia. Adriano estima que cerca de 10% do projeto já foi feito, e segue em evolução. “É um trabalho intenso, passo a passo. Teremos o melhor transporte coletivo do Brasil. Goiânia será referência para o mundo inteiro”, projetou o secretário-geral.

O vice-governador Daniel Vilela lembrou que toda a transformação em andamento no transporte público é realizada sem pesar para o cidadão, pelo contrário. “Há seis anos não se aumenta o valor da tarifa. É algo que não acontece em nenhum lugar do Brasil”, ressaltou. O preço da passagem na grande Goiânia é R$ 4,30. O Estado custeia uma porcentagem, enquanto municípios da Região Metropolitana arcam com a outra parte.

Padrão internacional
O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa, explicou que a frota entra em operação a partir de setembro. Os movidos a combustão possuem padrão da Euro 6, que são as normas regulatórias europeias para emissão de poluentes. “Significa que é um ônibus com bem mais tecnologia em termos de meio ambiente”, resumiu. Para efeito de comparação, apesar do grande porte, o veículo polui menos que uma motocicleta.

Os dez ônibus elétricos, da Eletra, e os outros 50, da Volkswagen, atendem a padrões nacionais e internacionais para operação de transporte e também de sustentabilidade, visando a melhoria da qualidade do ar e eficiência energética. A velocidade máxima é de 60 quilômetros por hora. Os elétricos têm capacidade para transportar 94 passageiros, sendo 54 em pé e 40 sentados, enquanto os demais podem levar até 103 pessoas: 38 sentadas e 65 em pé.

Todos os ônibus são equipados para garantir mais segurança e conforto aos passageiros. Possuem climatização, assoalho revestido com plástico antiderrapante e bloqueador de portas, além de tomadas USB para carregamento de dispositivos móveis e campainha via wireless. Também são mais silenciosos e contam com sistema de monitoramento em tempo real, câmeras internas (CFTV) e sonorização com aviso de próxima parada.

Informações: Governo de Goiás

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Governo conclui reforma de mais duas plataformas do Eixo Anhanguera

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Governo de Goiás entregou, nesta quarta-feira (14/08), a reforma de mais duas plataformas do Eixo Anhanguera à população: Lago das Rosas e Universitária. A ação faz parte da reestruturação dos seis terminais e 19 Estações da Nova Anhanguera, que integra o Projeto Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (Nova RMTC).

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destaca a importância das obras para a nova fase do transporte coletivo.

“Este é mais um passo que o transporte público coletivo de Goiânia e região metropolitana dá em direção a uma histórica evolução da mobilidade urbana em Goiás”, afirma.

Investimento
Foram investidos cerca de R$ 2,75 milhões em cada uma das estações. Ao todo, o transporte demandará investimentos da ordem de R$1,7 bilhão por parte do Governo de Goiás, das prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade, além da contrapartida do consórcio que opera as linhas.

“Ao final desse processo, todos os ônibus serão ônibus novos e com ar-condicionado, de todas as linhas alimentadoras, do Eixo Anhanguera e do BRT Norte-Sul. A população pode esperar que, a cada dia que passa, receberá, até o início de 2026, o sistema completamente reformulado com esses investimentos, trazendo conforto e qualidade como um dos melhores sistemas de transporte coletivo do mundo”, assegura Rocha Lima.

Reforma das plataformas do Eixo Anhanguera
Outras três estações já passam por reforma: Jóquei Clube, Campinas e Rua 20. Em breve, terá início a obra da estação Palmito. O projeto aplicado nas estações integra o modelo do BRT mais verde do Brasil, com arquitetura e design de linhas leves e acabamento de alta performance.

O local está apto para receber os ônibus elétricos que transitarão pelo BRT, com destino a um futuro mais sustentável.

A experiência de viagem e interação com a cidade do usuário é uma prioridade para a RMTC, e as novas estações serão entregues com painéis informativos que oferecem aos usuários a previsão do tempo de chegada dos ônibus e os itinerários.

Por meio de um mapa, também é possível visualizar a integração da rede de transporte coletivo. Um relógio artístico, que interage com os usuários, também compõe os equipamentos das novas estações.

Tecnologia
Altamente tecnológicas, as novas estações vão contar com sistema de som com caixas de 400 watts de potência distribuídos por toda a plataforma; duas portarias eletrônicas nas entradas das estações com acessos internos e externos – nelas o usuário pode acionar ajuda dos profissionais do RedeMob Consórcio para apoio em caso de qualquer dificuldade; monitores de led semelhantes aos dos aeroportos com 2 metros por 50 cm, que vão trazer entretenimento, bem como informações de utilidade pública; além de Wi-Fi e outros monitores que vão anunciar o tempo de chegada dos ônibus e linhas.

A acessibilidade também foi uma grande preocupação durante a revitalização das Estações Lago das Rosas e Universitário. Nas duas plataformas, foram inseridas rampas de acesso com inclinação suave e corrimão com sinalização em braile garantem a inclusão de todos os passageiros; na entrada, uma placa em braile também auxilia na identificação do local; todo o piso tátil foi devidamente implantado, de forma inteligente e segura.

Os usuários vão contar ainda com um totem interativo, que permitirá o autoatendimento e consultas a serviços da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC). O sistema trará opções de consultas do último saldo do cartão, conforme os últimos registros gravados no sistema de bilhetagem, verificar a situação do seu cadastro ou ainda bloquear um determinado cartão que tenha sido perdido ou roubado.

Outro serviço que também estará disponível nas estações Lago das Rosas e Universitário é o QR Code Minha estação! Por meio dele, ao apontar o celular para um dos QR Code da estação (cada QR Code é associado a uma parada ou sentido do BRT), o cliente poderá visualizar as informações das linhas daquela parada e seus próximos horários de embarque.

Também será possível colaborar com a RMTC na preservação do patrimônio, utilizado pelo próprio usuário, informando situações de risco, não conformidades ou ainda ações de vandalismo. A estações também vão trazer a cor verde, uma marca da sustentabilidade adotada como ponto central em todo o sistema metropolitano BRT, ressaltando assim o BRT que será o mais verde do Brasil.

Estrutura e segurança
Paredes de brises de alumínio compõem a estrutura de proteção das estações e auxiliam na circulação de ar e proteção dos passageiros e equipamentos. Cada lado da plataforma contará, em 2025 (ao finalizar a troca da frota), com portas de vidro automáticas, que permitirão acesso ainda mais seguro aos ônibus. Um sistema automático vai comandar a abertura e fechamento da própria estação.

A segurança também é uma prioridade. A estação conta com câmeras que permitirão o reconhecimento facial e controle de acesso inteligente. Um posto de segurança realizará o monitoramento em tempo integral do local, tudo integrado com a Secretária de Segurança Pública do Governo de Goiás.

As catracas possuem um padrão antivandalismo, com gabinetes em inox e acesso exclusivo para pessoas com deficiência (PCDs), semelhantes as que são usadas em estações de metrô. Na entrada, máquinas de autoatendimento facilitarão o carregamento de cartão e consulta de saldos.

Estação acessível
Para tornar ainda tudo mais acessível, a nova plataforma possui um sistema de áudio com informações. Rampas de acesso com inclinação suave e corrimão com sinalização em braile garantem a inclusão de todos os passageiros. Na entrada, uma placa em braile também auxilia na identificação do local. Todo o piso tátil foi devidamente implantado, de forma inteligente e segura.

Integração
As Estações Lago das Rosas e Universitária oferecem ainda um minibicicletário (pela limitação de espaço), com capacidade para até duas bicicletas. À noite, a estação se transforma, destacando-se na cena urbana da capital com uma iluminação cênica e totens de identificação retroiluminados, que vão proporcionar uma cenografia para toda a cidade.

Informações: Governo de Goiás

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No DF, Passageiros poderão adquirir bilhete avulso para acessar ônibus

As passagens do transporte público coletivo do Distrito Federal poderão ser pagas por meio do bilhete avulso, implantado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) como opção para quem não tem ou não quer usar cartão de transporte ou bancário. O bilhete avulso será comercializado, a partir desta quinta-feira (15), em todos os pontos de recarga do Cartão Mobilidade.

Qualquer pessoa poderá adquirir o bilhete avulso, sem necessidade de cadastro. São três valores disponíveis, correspondentes a cada tipo de tarifa – de R$ 2,70, R$ 3,80 e R$ 5,50. Após pagar a passagem no ponto de comercialização, o usuário receberá um bilhete avulso com código de acesso (QR Code). Depois, basta aproximar o código no validador do ônibus para transpor a catraca.

“É importante que o passageiro saiba o valor da tarifa da linha que ele vai embarcar, pois o bilhete avulso vale apenas para um acesso e não há possibilidade de troco. Ou ele pode adquirir mais de um bilhete em diferentes valores e usar aquele que corresponder ao valor da passagem da linha que ele for viajar”, explicou o titular da Semob, Zeno Gonçalves.

O bilhete avulso não dá direito à integração, que permite ao passageiro fazer até três acessos com o pagamento de uma tarifa, no período de três horas. A integração só é possível com o Cartão Mobilidade ou o Vale-Transporte, fornecidos pelo GDF mediante cadastro.

“O Cartão Mobilidade é a melhor opção para o usuário. Muitos passageiros já entenderam a vantagem de fazer a integração, tanto que a emissão de cartões subiu 13% de junho para julho deste ano”, comparou Zeno. Segundo o secretário, a recarga por PIX também aumentou bastante e já representa 53% das operações de compra de crédito dos cartões.

Com a implantação do bilhete avulso, a Semob vai ampliar a quantidade de linhas integradas ao sistema 100% eletrônico. A partir desta quinta (15), outras 99 linhas deixarão de aceitar pagamento com dinheiro em espécie. Somadas às 52 linhas anunciadas em julho, serão 151 linhas no sistema, que correspondem a 16% do total. Nessas linhas, os passageiros terão opções de acesso por meio dos cartões de transporte, cartões bancários ou bilhete avulso.

Pontos de vendas

O bilhete avulso (QR Code) pode ser adquirido nos terminais rodoviários, em estações do BRT e nos pontos de recarga do Cartão Mobilidade. As pessoas que não possuem cartão bancário ou cartão de transporte podem adquirir o bilhete avulso nos postos do BRB Mobilidade, que ficam na Rodoviária do Plano Piloto, além das estações do BRT e rodoviárias de Brazlândia, Gama, Park Way, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga.

As unidades do Na Hora de Brazlândia, Ceilândia, Gama, Riacho Fundo e Taguatinga também possuem pontos de comercialização do bilhete avulso e de recarga do Cartão Mobilidade.

Além dos locais citados, há 59 conveniências do BRB, três correspondentes bancários e 46 equipes de atendimento volante em diversos terminais e pontos de maior circulação de passageiros. Os endereços estão disponíveis neste link.

Informações: Agência Brasília

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BRT Salvador passa a ter mulheres no quadro de motoristas do sistema

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

A partir desta semana, mulheres vão compor o quadro de motoristas do BRT Salvador. As funcionárias Ilmara Sales e Carla Patrícia Maltez iniciaram o projeto na segunda-feira, 12. A iniciativa é fruto de um esforço conjunto entre as secretarias municipais de Mobilidade (Semob) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e de empresas de transporte, dentro do programa Mulheres no Volante.

Com 53 anos e uma trajetória que inclui trabalho como cobradora desde 2014, Ilmara Sales expressou a importância de ser uma das primeiras motoristas do BRT e como isso pode servir de inspiração para outras mulheres. "Só o fato de a gente estar aqui como pioneira já impulsiona outras mulheres. É uma bela forma de empoderamento feminino," afirmou.

Também ex-cobradora, Carla Maltez, de 41 anos, passou por diversas funções até chegar ao BRT. "São muitos, muitos desafios. Cada passo que nós damos é um degrau a mais subindo. Cada processo é algo novo que é apresentado e temos que nos habituar com as mudanças", relatou, ao ressaltar a importância da capacitação recebida, que inclui adaptação a veículos elétricos e sistemas informatizados.

Para o secretário da Semob, Fabrizzio Muller, esse é um importante passo para promover a igualdade de gêneros no transporte público. “Essa é uma profissão majoritariamente dominada pelos homens, e essa capacitação é muito importante para que estas mulheres sejam pioneiras neste espaço e inspirem outras a seguir os mesmos passos”, declarou.

A titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, explicou que, através do Mulheres no Volante, operacionalizado pelo Sest Senat, a Semob tem buscado as alunas egressas do curso especializado de condutor de veículos coletivos de passageiros, para que elas sejam futuras motoristas do BRT.

“Não há de se falar em equidade de gênero se a gente não trabalhar com a empregabilidade das mulheres, que são a maioria na nossa cidade. É um ponto crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária dar a essas mulheres oportunidades equânimes de acesso ao mercado. Ao ajudá-las a conquistar autonomia, a gente fortalece a independência dessa mulher e com certeza, o seu poder de decisão e melhoria na qualidade de vida”, refletiu a gestora.

O instrutor de motoristas Florisvaldo Silva destacou que é muito importante ver as mulheres alcançando essa nova função. “A capacitação e o processo seletivo são iguais para todos, sem distinção entre gêneros. O treinamento oferecido é o mesmo para homens e mulheres, garantindo igualdade de condições para todos”, salientou.

Informações: A Tarde

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No DF, Mais 99 linhas de ônibus deixam de receber dinheiro em espécie

domingo, 11 de agosto de 2024

Mais 99 linhas de ônibus do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal vão deixar de receber o pagamento de dinheiro em espécie a partir do dia 15. São 30 da Piracicabana, 19 da Pioneira, dez da Urbi, 24 da Marechal e 16 da BsBus. Essas linhas se somam às 52 que já não aceitam esse tipo de pagamento desde 1º de julho.

“Com essa inclusão, 16% das linhas do sistema passam a aceitar somente pagamento por meio eletrônico, com o uso de cartões de transporte e bancários, além do QR Code [bilhete avulso]”, explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves. Atualmente, 933 linhas de ônibus atendem à população do DF.

Segundo o secretário, a tarifa paga em dinheiro está sendo retirada gradualmente das linhas em que o pagamento em espécie já é usualmente pouco utilizado. “A previsão é que, até final do ano, o dinheiro não esteja mais em circulação nas demais linhas”, afirma.

Para facilitar a rotina da população que utiliza o transporte público e dar suporte aos usuários do cartão Mobilidade, o BRB Mobilidade implementou mais 25 novos pontos de retirada de cartões e recarga. Agora, há 151 pontos de atendimento disponíveis. Todas as informações podem ser vistas no site do BRB Mobilidade. Quem utiliza o aplicativo BRB Mobilidade também pode adquirir créditos de transporte com o pagamento via Pix no próprio app.

Modernização

A medida implantada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) visa modernizar o sistema de transporte, além de garantir mais segurança e transparência tanto aos usuários quanto aos prestadores de serviços.

Em 2023, o pagamento da passagem com dinheiro em espécie representava um montante de R$ 278,5 milhões, o equivalente a 31% do total de acessos. Atualmente, o pagamento em espécie representa cerca de 16% desse total. “Desde o início do programa, constatamos redução no pagamento em espécie em todas as linhas”, contabiliza Zeno Gonçalves.

Veja abaixo a relação das linhas que deixam de receber dinheiro em espécie a partir do dia 15.

Piracicabana (Bacia 1)

⇒0.022: W3 Norte-L2 Sul (SDN)/Vila Telebrasília /SQS 616 (SQS 216 – 416) / W3 Sul – L2 Norte (SDN)
⇒0.023: TAN (SQN 212 – 213) / L2 Norte-W3 Sul (SDN) / Vila Telebrasília / L2 Sul – W3 Norte (SDN)
⇒0.032: Terminal Asa Sul / L2 Sul – Norte (Esplanada) / W3 Norte – Sul
⇒642.2: Planaltina (BR-020) / W3 Norte – Sul (Terminal Asa Sul)
⇒0.025: Rodoviária Plano Piloto / Sudoeste-Octogonal / F. Importados / SIA (Trechos 2 e 17) / Setor de Inflamáveis
⇒616.1: Arapoanga / Paranoá (Ponte JK) / Rodoviária do Plano Piloto
⇒0.604: Planaltina (Buriti III) / SAAN / SIA / TAS
⇒0.519: Sobradinho II (Mansões – Condomínio Sansão) / Eixo Norte – Sul / TAS
⇒0.518: Sobradinho II / Rodoviária do Plano Piloto (Esplanada)
⇒600.8: Planaltina (Av. Independência) / L2 Norte (UnB) / L2 Sul
⇒0.031: Terminal Asa Sul / W3 Sul – Norte / L2 Norte – Sul (Esplanada)
⇒518.2: Sobradinho II / Rodoviária do Plano Piloto (Esplanada)/ L2 Norte (UnB)
⇒110.2: Rodoviária do Plano Piloto / UnB (Caesb)
⇒116.2: Rodoviária do Plano Piloto / Eixo Monumental / Setor Noroeste
⇒115.2: Rodoviária do Plano Piloto (Esplanada) / L2 – W3 Norte
⇒604.3: Vale do Amanhecer / Planaltina (Av. Independência) / SAAN / SAI / SGCV / TAS
⇒0.521: Sobradinho I (Q 18) / L2 Norte – Sul (UnB – Esplanada) / TAS
⇒0.006: Cruzeiro / Sudoeste / W3 Sul / Octogonal
⇒0.503: Sobradinho Q. 18 / SAAN / SIA / SGCV / TAS
⇒0.624: Planaltina / Eixo Norte / Esplanada (Catedral)
⇒605.1: Planaltina / Buritis III / Jardim Roriz / L2 Norte-Sul (Esplanada) / TAS
⇒0.527: Nova Colina / Sobradinho (Q. 18) / Cruzeiro (Epia-Eixo Monumental-SIG)
⇒0.522: Sobradinho I (Q 18) / Sobradinho II (DF-150) / L2 Norte-Sul (UnB – Espl/TAS)
⇒0.024: Cruzeiro / Octogonal – Sudoeste / Esplanada (CNB)
⇒0.516: Sobradinho / Esplanada (Grande Colorado / DF-425 – DF-150)
⇒600.5: Estância (Cond. Total Ville) / Eixo Norte e Sul
⇒600.1: Estância (Cond. Total Ville) / Eixo Norte/ Rodoviária do Plano Piloto
⇒519.3: Sobradinho II / Mansões / Eixo Norte-Sul / Terminal Asa Sul
⇒642.4: Estância (Cond. Total Ville) / W3 norte/ Rodoviária do Plano Piloto
⇒022.1: Circular Garagem Piracicabana / Palácio do Buriti / Noroeste

Pioneira (Bacia 2)

⇒0.011: TAN (Entrequadra Norte) / Esplanada (L2 Norte) / Aeroporto (Eixão Sul)
⇒073.4: Circular Park Way / Aeroporto
⇒182.2: São Sebastião (Residencial do Bosque) / SAAN (Ponte JK)
⇒180.6: Jardins Mangueiral / W3 Norte
⇒3206: Setor Sul (Lado Oeste) / BRT
⇒100.4: Itapoã / Paranoá / Cidade do Automóvel (Zoológico – Park Shopping – SIA)
⇒180.5: Jardins Mangueiral / W3 Sul
⇒3317: Term. 279 / Av. Alagados / Porto Seco (DF-290) / Term. Integração Sta Maria – BRT
⇒3307: Terminal de Integração de Santa Maria / Expansão / Total Ville
⇒3203: Terminal Gama Sul / Setor Leste (PFDF)
⇒194.2: São Sebastião (Residencial Oeste – Pró DF) / W3 Sul (Ponte JK)
⇒0.030: Terminal Asa Norte (SQN 212 – 213) / W3 Norte – Sul / Aeroporto
⇒761.2: Terminal do Paranoá / Paranoá Parque / Rodoviária Plano Piloto (Ponte JK)
⇒0.756: Paranoá / Itapoã / SAAN / SIG / Sudoeste
⇒3212: Terminal de Integração BRT Gama / DF-475 / Ponte Alta Norte ( Av. Buritis )
⇒0.194: São Sebastião (Bairro São Francisco – Quadra 09) / W3 Sul (Ponte JK)
⇒0.197: São Sebastião (Res. Bosque – Vila São José – Q. 100 e 200) / W3 Norte (Ponte JK)
⇒197.7: São Sebastião (Parque dos Ipês/Crixá) – QI 23) / Rodoviária do Plano Piloto (Ponte JK)
⇒3202: Setor Sul – Leste (Q. 50) / BRT Gama

Urbi (Bacia 3)

⇒870.9: Riacho Fundo II (Av. Contorno) / Rodoviária do Plano Piloto (EPNB- Eixo)
⇒811.1: Riacho Fundo II (Avenida Contorno) / W3 Sul -Norte (EPNB – Epia – Setor Policial Sul)
⇒807.5: Metrô Furnas / Sest-Senat
⇒806.2: Circular QS 18 / 31 (via Caub I e Estação BRT)
⇒0.871: Recanto das Emas (Q. 800) / Rodoviária do Plano Piloto (EPTG -SIG)
⇒870.7: Recanto das Emas (Q. 800) / Rodoviária do Plano Piloto (Eixo)
⇒871.3: Recanto das Emas (Q. 800 – EPNB – Epia) / W3 Sul – Norte
⇒874.4: Recanto das Emas (Q. 800) / Rodoviária do Plano (EPNB-SIG)
⇒0.176: Riacho Fundo (EPNB – Epia – Zoo) / L2 Sul-Norte / Esplanada / UNB / TAN
⇒160.2: Núcleo Bandeirante (Zoológico) / L2 Sul – Norte / Esplanada / UNB / TAN

Marechal (Bacia 4)

⇒0.345: Setor P Sul / L2 Sul (Estrutural)
⇒383.1: Setor P Sul / Rodoviária do Plano Piloto (Pista do Estádio – EPTG – Epia)
⇒337.1: Setor P Sul / W3 Sul (via Setor Policial) / Rodoviária do Plano Piloto
⇒942.2: Sol Nascente Trecho I (Estrutural)/W3 Norte
⇒336.1: Setor P Sul / Rodoviária do Plano Piloto (Park Shopping – Zoológico)
⇒376.2: Taguatinga Sul (EPTG) / W3 Norte (Eixo Monumental)
⇒0.378: Setor P Sul / EPTG / W3 Norte / Terminal Asa Norte
⇒0.914: Setor P Sul / SAAN (Estrutural)
⇒0.305: Taguatinga Sul / W3 Sul (SIG)
⇒0.167: Guará II – I / EPTG / L2 Sul – Norte / UnB / Terminal Asa Norte
⇒305.4: Taguatinga Sul / QS 11 / Vereda da Cruz / Areal / Águas Claras /W3 Sul-Norte (EPTG)
⇒0.301: Setor P Sul / W3 Sul (P3 Sul – SIG)
⇒910.1: Setor P Sul / SIA Trecho 17 / Cruzeiro / SAAN / Setor Terminal Norte (EPCT)
⇒0.910: Setor P Sul / SAI / Cruzeiro / Sudoeste (EPTG)
⇒376.3: Taguatinga Sul / SIA-SAAN / Terminal Provisório da Asa Norte
⇒386.1: Setor P Sul / Aeroporto/ Lago Sul / QI 25
⇒306.5: Taguatinga Sul / Areal / Arniqueira / Esplanada / Rodoviária do Plano Piloto / EPNB (Eixo)
⇒0.903: Setor P Sul / Esplanada (Estrutural)
⇒850.1: Samambaia Norte (2 Avenida – Q. 400/600) / Guará I e II (via Pistão Sul)
⇒154.3: Guará I-II (QE 32-58) / Zoológico / Esplanada dos Ministérios (Eixo)
⇒167.1: Guará II – I / EPTG / L2 Sul – Norte / Esplanada / Terminal Asa Norte
⇒300.1: Setor P Sul (Nova QNL) Rodoviária do Plano Piloto ( Eixo)
⇒0.008: Circular Águas Claras (Taguatinga Shopping)
⇒336.2: Setor P Sul / Rodoviária do Plano Piloto / Esplanada (Eixo)

BsBus (Bacia 5)

⇒872.3: Recanto das Emas (Q 800) / Riacho Fundo II / Taguacenter
⇒313.2: Setor O / W3 Sul 716 (SIG) – Semiexpressa
⇒0.370: Ceilândia (QNR 5) / Expansão Setor O / Estrutural / L2 Norte / UnB / TAN
⇒0.371: Setor M Norte / Estrutural / Eixo Monumental / L2 Norte / UnB / TAN
⇒338.1: Setor O (Expansão – P2 Norte) / Estrutural / L2 Norte / UNB / TAN
⇒334.4: QNR / Sol Nascente (Trecho 3) / P2 Norte / Rodoviária do Plano Piloto (EPTG – Eixo)
⇒0.918: Setor O (Via O2) / M Norte / SIA Tr. 3 / Cruzeiro / Sudoeste
⇒324.1: Setor M / Esplanada (Estrutural)
⇒313.1: Sol Nascente (Trecho II) / W3 Sul / Rodoviária do Plano Piloto
⇒920.4: Setor O (Cond. Privê-Via Leste) / EPTG / Via Eixo / Esplanada / Rodoviária do Plano Piloto
⇒384.1: QNR 5 (P2 Norte – Hélio Prates) – EPNB / Lago Sul (Aeroporto – QI 25)
⇒323.1: Setor M Norte (Nova QNL) / W3 Sul (SIG – 716 Sul)
⇒0.551: Setor O (via M2) / W3 Sul (Semiexpresso) / EPTG / SIG
⇒335.1: Setor O / EPTG / SIG / W3 Sul (Quadra 716 Sul) – Semiexpressa
⇒389.1: Setor M Norte / Lago Sul (Aeroporto)
⇒323.2: Setor O / M Norte ( M – L) / W3 Sul (SIG – Q 716) – Semiexpressa.

*Com informações da Semob

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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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