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BRT Salvador é destacado como um dos mais efetivos do mundo

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O diretor de Mobilidade Urbana Global do WRI (World Resources Institute) e ex-gestor de mobilidade da cidade colombiana de Bogotá, Felipe Ramírez, visitou as instalações do BRT Salvador nesta quarta-feira (28). Aproveitando a realização da capacitação em Eletromobilidade, que acontece na capital baiana até esta quinta-feira (29), Ramirez contou um pouco da experiência com o modal da capital colombiana, um dos maiores do planeta, e destacou a infraestrutura e operação do BRT de Salvador como uma das mais modernas do mundo.

“É preciso felicitar Salvador pelo grande esforço realizado com o sistema BRT, que responde às necessidades das pessoas. Tive a oportunidade de conhecer muitos sistemas similares ao redor do mundo, e o de Salvador é, possivelmente, um dos melhores, pois combina uma série de coisas que são muito positivas, como a infraestrutura e as políticas públicas implantadas, no trato das pessoas e na implantação de novas estratégias para garantir a satisfação dos usuários. Estou completamente satisfeito com o que vi nesta visita”, afirmou Ramirez.

Sobre a avaliação de Ramirez, o titular da Semob, Fabrízzio Muller, lembra que a visita do ex-gestor e especialista colombiano é mais um indicativo de que o trabalho está fluindo conforme a expectativa, além de ser um depoimento positivo de um órgão renomado e com ampla experiência no planejamento e implementação de BRT, como o WRI.

Informações: Tribuna da Bahia

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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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Ônibus elétricos entram na fase final de testagem em Goiânia

terça-feira, 19 de março de 2024

O goianiense usuário do transporte coletivo de Goiânia já consegue visualizar o primeiro ônibus elétrico adquirido pelo Governo de Goiás circulando pelo Eixo Anhanguera. O veículo está passando pela fase de avaliação de performance, ou seja, está rodando sem passageiros para análise de desempenho em subidas, descidas e nas passagens pelas plataformas e terminais. Trata-se de uma espécie de test-drive, já prevista no cronograma de mudança da frota na capital.

Segundo a Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), o mesmo teste será feito, até julho deste ano, com cada um dos outros cinco ônibus que estão chegando à cidade para operação no Eixo. Após 15 dias operando vazio e com resultados satisfatórios, os veículos ficam liberados para receber passageiros, sendo que cada um tem capacidade para transportar até 181 pessoas. Também estão em andamento diversas adequações na estrutura do corredor ao longo do itinerário.

De acordo com o subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte da SGG, Miguel Angelo Pricinote, essa fase é de praxe e permite a avaliação da resposta do superaticulado em diferentes inclinações de terreno. “Também vamos observar as diferenças entre as portas e plataformas das estações e dos terminais do Eixo para assegurar os padrões de acessibilidade e segurança aos passageiros”, complementa.

Com o investimento de R$4,3 milhões, o modelo Super Padron possui comprimento de 23 metros e é o maior ônibus elétrico do mundo, cuja bateria tem autonomia para rodar até 200 quilômetros. O veículo também é climatizado, com ar-condicionado e rede wi-fi. A eletrificação é um dos pontos contemplados no Projeto Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (Nova RMTC), que também inclui a revitalização de 6 terminais e 19 estações do Eixo Anhanguera, além da construção e reforma de pontos de parada e instalação de câmeras.

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, esses investimentos que totalizam R$1,6 bilhão só são possíveis graças ao modelo de gestão adotado no transporte coletivo, que conta com subsídio mantido pelo Governo de Goiás em parceria com prefeituras. “Até o início de 2026, os usuários do transporte terão uma série de melhorias, que abrangem totalmente a infraestrutura e a renovação da frota, com oferta de um serviço mais digno, seguro e de qualidade”, diz.

Assim como o Eixo Anhanguera, o BRT Norte-Sul e linhas alimentadoras vão receber veículos elétricos, um total de 200 ônibus, o que significará a renovação total da frota utilizada na grande Goiânia.
A mudança está alinhada com a propostas das 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, que teoricamente deveriam ser implantados globalmente.

Entre os 17 ODS, dois estão diretamente ligados à esse tópico: o número sete trata de energia acessível e limpa; e o número onze trata de cidades comunidades sustentáveis.
 
Informações: Jornal Opção

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Veja os novos ônibus que chegam ao Brasil em 2024

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

O setor de ônibus será mais movimentando em 2024 na comparação com 2023. Segundo especialistas, apenas com as novas demandas do Programa Caminho da Escola, as fabricantes já começaram o ano com aquecimento na produção. Além disso, haverá eleições municipais. Historicamente, nesses anos costuma haver renovação das frotas. No mesmo sentido, várias cidades grandes, como São Paulo, por exemplo, têm planos de eletrificar a frota de ônibus.

Dessa forma, as principais marcas preparam novidades. Algumas, inclusive, já anunciaram e até mesmo apresentaram seus novos ônibus. Seja como for, entre os dias 6 e 8 de agosto ocorre a LatBus, em São Paulo. Assim, na feira também haverá estreias. Trata-se do maior evento do setor de ônibus da América Latina. Confira alguns modelos com lançamento previsto para 2024.

Eletra
A Eletra promete lançar ainda em janeiro o e-Trol. Trata-se de um trólebus que conta com pacote de baterias. Portanto, pode ou não ser ligado à fiação. Na prática, isso garante maior autonomia, além de facilitar as manobras, por exemplo.

Seja como for, o novo ônibus elétrico tem destino específico. Ou seja, para operações em vias segregadas e BRT. Porém, como as baterias podem receber recargas de oportunidade durante o trajeto., a autonomia chega a 300 km. Portanto, está dimensionado para atuar em qualquer cidade do Brasil.


Conforme a Eletra, o e-Trol tem 21,5 metros de comprimento e a capacidade é para até 146 passageiros. Do total, são 60 sentados e 85 em pé. Além disso, há espaço para cadeiras de rodas ou para quem precisa viajar com cão-guia.

Conforme a fabricante, outras duas novidades vão chegar ao mercado brasileiro em 2024. Elas são as versões de piso alto para dos ônibus elétricos de 15 m e 12,1 m. Dessa forma, a Eletra informa que esses modelos oferecem mais versatilidade de acordo com as características de cada rota.

Higer
A Higer promete trazer ao Brasil em 2024 o novo Fencer. Ou seja, um ônibus Padron para atuar em linhas com corredores do tipo BRT. Conforme a marca, o modelo elétrico tem baterias com capacidade de até 422 kWh.

Além disso, sua estrutura é feita de aço de alta resistência. Com isso, a fabricante informa que isso ajudou a reduzir o peso em cerca de 1 tonelada na comparação com modelos convencionais similares. Conforme a Higer, o resultado é uma redução de consumo de energia de até 20%. 

Vale lembrar que o novo ônibus Fencer foi apresentado durante a edição de 2023 do Bussworld. O maior evento do setor de ônibus no mundo ocorreu em outubro passado, em Bruxelas, na Bélgica.

Mercedes-Benz
Embora a Mercedes-Benz não confirme, deve lançar novos ônibus rodoviários no Brasil em 2024. Vale lembrar que a Daimler Buses apresentou na Europa, em 2023, seus aprimorados sistemas de assistência ao motorista. Como, por exemplo, o assistente de frenagem de emergência, batizado pela empresa de Active Brake Assist 6 (ABA 6).

Trata-se de uma evolução do sistema atual. Conforme a fabricante, a novidade consegue "perceber" com mais agilidade a presença de pedestres, ciclistas e pequenos veículos no entorno do ônibus. Além disso, o recurso está projetado para atuar tanto nos convencionais quanto nos de dois andares (Double Decker).

Outra novidade é o Preventive Brake Assist 2, para ônibus com piso rebaixado. Agora, o assistente de frenagem pode reduzir sozinho a velocidade do veículo ao detectar riscos de acidentes. Ou seja, caso haja, ao mesmo tempo, pessoas, objetos e ciclistas próximos ao ônibus. O Sideguard Assist 2 tem novo sensor. Conforme a fabricante, isso garante mais precisão e cobre o lado do motorista.

Câmeras no lugar dos espelhos
Há ainda o Frontguard Assist, que detecta e avisa sobre obstáculos ou pessoas à frente do veículo. De acordo com a Mercedes-Benz, o sistema funciona com o veículo a até 15 km/h. Outra novidade é o assistente inteligente de velocidade Traffic Sign Assist. Ele avisa se a velocidade máxima da via for ultrapassada.

A marca ainda oferece nos ônibus vendidos na Europa o sistema de câmeras que substitui os espelhos retrovisores convencionais. Porém, o item é vendido como opcional. Possivelmente, a marca deve ter o dispositivo para seus ônibus rodoviários no Brasil. Afinal, nos caminhões da Mercedes-Benz o chamado MirrorCam é oferecido desde 2020.

Scania
A Scania também vai apresentar um ônibus elétrico no Brasil neste ano. O modelo ainda está em fase de testes. Porém, logo deve começar a rodar em São Paulo. Com isso, a marca pretende homologar o ônibus junto à SPTrans, a empresa que regula o sistema público de ônibus da capital paulista.

Apesar de a Scania não revelar detalhes, possivelmente o novo ônibus será feito na fábrica da empresa em São Bernardo do Campo (SP). Além disso, seria oferecido na versão Padron e com motor Scania. Vale ressaltar que a Eletra tem um ônibus elétrico com chassi Scania e motor WEG.

Volksbus
Recentemente, o e-Volksbus, ônibus elétrico da VWCO, teve encerrada a fase de testes de engenharia. Com isso, em breve a marca deve iniciar suas vendas no Brasil. Segundo a empresa, o modelo utiliza a mesma plataforma do caminhão e-Delivery.

Conforme informações da marca, trata-se de um ônibus Padron com peso bruto total (PBT) de 18 toneladas. Além disso, tem capacidade para transportar mais de 80 passageiros. 

Volvo BZL foi testado em vários municípios do País e seu lançamento está previsto para neste ano

Volvo
Em 2023, a Volvo promoveu uma série de eventos para demonstrar seu ônibus elétrico BZL. Em todas, o modelo se saiu bem. Portanto, suas vendas também devem começar neste ano. Conforme a fabricante, o novo ônibus tem tração 4x2.

Além disso, o modelo tem pacote de baterias com capacidade de 94 kWh. Como resultado, a autonomia entre as recargas pode chegar a 300 km, aproximadamente. Conforme a ficha técnica, o Volvo BZL tem comprimento de 12,6 metros e pode transportar até 80 passageiros. 

Informações: Estadão
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Metrô de SP prepara atrações especiais em suas estações para celebrar o Natal

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Com a chegada do fim de ano, o Metrô de São Paulo preparou uma série de ações para trazer comodidade e facilidades aos passageiros. As atrações acontecem nesta semana nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.

Os eventos começaram com a presença do Papai Noel na segunda-feira na estação Santana. A principal novidade será a Feira de Natal na estação São Bento, inspirada nas feiras internacionais, com comidas e artigos de pequenos produtores. Os passageiros também terão acesso a trens decorados, casinha do Papai Noel, oficina de cartões de Natal e enfeites, além da possibilidade de doar presentes ou adotar um cachorro.

O Metrô também está disponibilizando nas estações Sé e Tucuruvi, pontos de descanso com bancos e locais para a recarga de celular, ampliado o conforto ao passageiro.

Confira todas as ações:

Papai Noel e Árvore Solidária (18 e 22)

O Papai Noel chegou na segunda (18) à estação Santana (Linha 1-Azul) para iniciar o projeto Árvore Solidária, uma parceria com o Shopping Tucuruvi. A ativação convida os passageiros a doarem presentes de Natal, que serão destinados à três instituições da região. As doações serão arrecadadas até o dia 21 de dezembro, e no dia 22, o Papai Noel volta à estação Santana na sexta-feira (22), também às 16h, para a entrega dos presentes.

Feira de Natal (19 e 20)

Inspirada nas feiras natalinas comuns no mundo afora, nos dias 19 e 20 de dezembro, o Pátio São Bento, da estação São Bento (Linha 1-Azul) reunirá diferentes comércios, com o apoio da Associação Comercial de São Paulo. Os pequenos produtores terão espaço para expor e promover suas mercadorias, entre 10h e 18h. O evento pretende melhorar a experiência do passageiro no uso do Metrô, criando também facilidades para as compras sem sair do trajeto. Também vai colaborar trazendo público as áreas centrais que contam com outras atrações de Natal.

Além disso, a ONG Cão Sem Dono estará na Feirinha de Natal, ajudando cãezinhos a encontrarem um novo lar. Durantes os dois dias de evento, serão levados animais sem raça definida, que foram resgatados e amparados pela ONG. Também haverá uma seção para a venda de produtos para os pets.

O público interessado em adotar deverá seguir algumas regras: ser maior de 24 anos, apresentar o comprovante de endereço e ter em mão os documentos originais de RG e CPF. Para finalizar o processo, é necessário assinar um termo de adoção, se responsabilizando pelo animal por tempo indeterminado, ou seja, até o fim da vida.

Oficina de Cartões de Natal e Enfeites Natalinos (19 e 20)

Na entrada da estação Sé (linhas 1-Azul e 3-Vermelha), crianças e adultos poderão personaliza cartões natalinos e enfeites autorais para árvore de Natal, utilizando a criatividade nessas produções. As atividades vão acontecer no dia 19, das 11h30 às 17h e no dia 20, das 13h30 às 19h30.

Em parceria com o Shopping Light, a estação Sé (linhas 1-Azul e 3-Vermelha), recebe a Casinha do Papai Noel, uma estrutura cenográfica que já está em funcionamento, proporcionando conveniência e relaxamento ao passageiro, com a presença de tomadas para recarregar dispositivos eletrônicos e bancos de descanso.

Trens decorados (já em funcionamento)

Na Linha 1-Azul, os passageiros, principalmente as crianças, vão poder apreciar um dos trens enfeitados por dentro com a temática do Shrek. Na Linha 3-Vermelha, um dos trens está adesivado com a temática natalina. Essa composição também tem o primeiro carro (vagão) todo enfeitado por dentro. Já os passageiros da Linha 2-Verde poderão seguir viagem em um trem todo iluminado por fora, como já virou tradição natalina no Metrô.

Informações: Metrô SP

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Governo de Goiás anuncia compra de 65 ônibus elétricos e reforma de terminais

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

O Governo de Goiás anunciou a compra de 65 ônibus elétricos que deverão compor a nova frota de veículos da linha que atende o Eixo Anhanguera. Além dos novos ônibus, o governo deve iniciar uma série de reforma em terminais que atendem a linha com uma previsão de R$ 400 milhões para as obras.

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, disse que a contratação foi feita a partir de um consórcio formado por cinco empresas, incluindo a Metrobus, que irá fazer a aquisição dos veículos por meio de contrato de concessão.

Para garantir a modernização do Eixo Anhanguera, está prevista a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), formada pelas cinco empresas participantes da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC), incluindo a Metrobus, que irá adquirir 65 ônibus elétricos novos, por meio da compra consorciada.

Além disso, serão reformados os terminais Padre Pelágio, Dergo, Praça A, Praça da Bíblia, Novo Mundo e Senador Canedo, bem como todas as plataformas e pontos de embarque atendidos pelo Eixo.

Uma SPE é uma sociedade empresária cuja atividade é bastante restrita, normalmente utilizada para isolar o risco financeiro à atividade desenvolvida. Ela será a responsável por adquirir e manter a frota eletrificada do Eixo Anhanguera, bem como a frota de todo o sistema, devendo, ainda, ser responsável pelos investimentos nas obras de infraestrutura do corredor Anhanguera.

O valor do investimento por parte do setor público será de, aproximadamente, R$ 400 milhões, valor este a ser pago por meio do subsídio do transporte, diluídos no novo contrato, ao longo dos anos, sem mudança na tarifa ao usuário, que permanecerá no valor atual de R$ 4,30.
Eletrificação da frota
Os novos ônibus elétricos serão do tipo articulado, com 21 metros de comprimento e autonomia de 250 quilômetros. Inicialmente, estes ônibus serão alocados para o trecho original do Eixo Anhanguera com pouco mais de 13 quilômetros de extensão e que corta toda a capital. Os demais veículos operados pelas concessionárias privadas em sua extensão não serão substituídos neste primeiro momento. As instalações da Metrobus serão totalmente reformadas para acomodar a infraestrutura necessária para recarregar os veículos.

O Eixo Anhanguera é a espinha dorsal da rede de transporte coletivo metropolitana. Este corredor estratégico corta Goiânia de leste a oeste, conectando fisicamente 15 dos 19 municípios que compõem a região Metropolitana de Goiânia. Por meio de suas extensões e de quase 100 linhas alimentadoras, o Eixo Anhanguera atende todas as áreas destas cidades, e já chegou a transportar mais de 150 mil usuários por dia.

Informações: Jornal Opção
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Sistema de metrô está longe de ser realidade em Goiânia

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Já considerada precursora no setor de mobilidade, Goiânia desacelerou até parar no tempo. Enquanto outras capitais brasileiras desenvolvem alternativas de transporte público como metrô e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a administração municipal sequer discutiu a opção e até engavetou o próprio plano de mobilidade.

É o que afirma o arquiteto e urbanista mestre em mobilidade urbana, Olmo Borges Xavier, em entrevista ao Portal 6. Para além de metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), os outros modais de transporte já existentes, como a bicicleta ou a própria caminhada a pé, demonstram a falta de investimento no setor.

Ele destacou que a capital goiana possui um histórico exemplar no que diz respeito à mobilidade urbana. Na década de 70, por exemplo, foi implantado o Eixo Anhanguera, um dos primeiros com características de BRT (Bus Rapid Transit) em todo o mundo.

Nos anos 2000, a consolidação da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC) permitiu o transporte entre cidades do entorno de Goiânia, um sistema “invejado ao redor do globo”, de acordo com o arquiteto.

No entanto, apesar de tamanha vanguarda, a característica se dissipou com a virada do século. O próximo passo natural seria construir um sistema de metrô, a melhor opção de transporte público, segundo Olmo. Porém, a Prefeitura de Goiânia nunca priorizou tal melhoria na mobilidade urbana.
Também questionou dois ex-secretários de mobilidade sobre o assunto, e ambos confirmaram que o transporte público ferroviário jamais foi considerado.

Felizberto Tavares, que atuou de janeiro a maio de 2017, ao lado de Iris Rezende, e Fernando Santana, que esteve no cargo de setembro de 2017 a 2020, afirmaram que o valor seria acima da capacidade orçamentária da cidade. Contudo, nenhuma pesquisa foi feita para avaliar a possibilidade.

Já a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), sob a direção atual de Marcelo Torrubia, se negou a falar sobre o assunto, assim como a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), de competência de Valfran de Sousa Ribeiro.

O mestre em mobilidade urbana apontou que o preço de um metrô é cerca de 100 milhões de dólares por quilômetro, o que resultaria em um investimento de R$ 7 bilhões atuais em um trecho como o do Eixo Anhanguera. Porém, ainda seria preciso uma série de ramais para que o transporte conectasse as diversas regiões.

Por conta do custo elevado, assim como o tempo e esforço necessários para completar as obras, o arquiteto considera, tanto metrô quanto VLT, ferramentas inviáveis para a cidade diante das prioridades da Prefeitura.

Nesse cenário, ele aponta o BRT como a melhor saída dentro das disponíveis na realidade da capital – ainda que as obras já estejam completando 100 meses de duração.

Na contramão desta ideia, os principais investimentos seguem sendo em viadutos que, para o especialista, não representam uma resolução.

Somente no percurso do Residencial Alphaville ao Setor Marista, são quatro obras viárias. Porém, moradores da capital relatam problemas de trânsito em diversos pontos, todos os dias. “As pessoas dizem que um viaduto é a forma mais rápida de chegar a um engarrafamento. Não é uma solução”, afirmou o arquiteto.

Por fim, o profissional aponta que o problema da mobilidade urbana é ainda mais ampla que a necessidade de investir em metrô, VLT ou BRT.

“Todas as cidades com mais de 20 mil habitantes devem ter um planejamento de mobilidade. Em Goiânia, com mais de um milhão de pessoas, ainda não foi aprovado pela Câmara”.

Como resultado, Olmo afirma que a capital – que poderia ser um exemplo nacional – acabou ficando marcada pelo atraso.

Informações: Portal6
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Salvador pode ter teleférico da Suburbana para Estação do Metrô

quinta-feira, 20 de julho de 2023

A Prefeitura de Salvador estuda a possibilidade de criar um teleférico com saída em bairros da região da Avenida Suburbana, com destino para a Estação Campinas de Pirajá, do metrô. O objetivo é oferecer um modal alternativo para a população da região, que hoje só consegue se locomover através de veículos sob pneus.

O prefeito Bruno Reis (União), divulgou a informação nesta quarta-feira (19) em entrevista ao Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM. De acordo com o gestor, um estudo de viabilidade técnica do projeto e viabilização de recursos ainda está sendo realizado.

“Ele atende a parte de cima do Subúrbio, Ilha Amarela, Santa Terezinha, Rio Sena. É um teleférico. Estamos estudando para levar os passageiros para a estação de Campinas e traz mais passageiros para o sistema, ajuda a prefeitura e o governo a fechar a conta, além de oferecer um transporte público melhor para as pessoas”, disse, lembrando que o governo do estado enfrenta problemas ao realizar aportes do metrô.
“Se a prefeitura tem um problema (com o transporte público), o Estado tem um igual ou maior. Quando o Estado fez a concessão estabeleceu que ali iriam passar 580 mil passageiros, os que não passassem, o Estado iria pagar. Essa conta no ano passado foi de R$ 436 milhões só em passageiros não transportados. O metrô, ao longo dos tempos, vai custar aos cofres públicos mais de R$ 20 bilhões. O metrô mais caro do mundo. É um problema nosso com os transporte por pneus, mas é também do Estado com o metrô. Não há outra solução senão trazer mais passageiros para o sistema”, declarou.

Bruno Reis ainda cutucou o governo estadual pela retirada dos trens do Subúrbio para a construção do VLT. O gestor disse ter reforçado a quantidade de ônibus em circulação nos bairros da região para melhor atender a população.

“Por isso temos uma série de projetos, como as esteiras rolantes do Campo da Pólvora ao Comércio, que vai trazer mais passageiros ao sistema. O BRT, que queremos levar da Estação de Águas Claras, pelo Derba, até Paripe, e trazer mais passageiros para o metrô. Se não oferecermos um transporte ágil, seguro e modesto o passageiro não vai vir. Quando a gente conseguir botar todos os modais para funcionar, o metrô, BRT, VLT e ônibus, vamos ter uma das cidades mais conectadas do mundo”, acrescentou.

Informações: Midia Bahia
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