Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta sistema de transporte público de Campinas. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta sistema de transporte público de Campinas. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Prefeitura de Campinas gastará R$ 6 milhões a mais por mês para garantir tarifa de ônibus a R$ 3

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A lei que autoriza o aumento do subsídio da Prefeitura de Campinas (SP) pago às empresas que prestam serviço de transporte público coletivo na cidade foi publicada pelo Executivo nesta quinta-feira (29), data em que a medida entra em vigor. No entanto, ainda há um prazo de 30 dias para regulamentação. A aprovação do prefeito Jonas Donizette (PSB) foi publicada no Diário Oficial do Munícipio e autoriza o pagamento de R$ 5,97 milhões a mais por mês às empresas para manter a tarifa a R$ 3, reduzida de R$ 3,30 em junho, além de subsidiar a gratuidade oferecida a idosos e deficientes físicos.

De acordo com a Prefeitura, o sistema de transporte público de Campinas tem 1.252 veículos em circulação, entre empresas, consórcios, permissionários e cooperativas. A idade média da frota é de 4,66 anos e são transportados 15,4 milhões de pessoas mensalmente, sendo que 10,7 milhões são pagantes.

Subsídio e tarifa
Segundo o líder do governo na Câmara, o vereador Rafa Zimbaldi (PP), caso o projeto fosse rejeitado, a tarifa voltaria para R$ 3,30, valor cobrado pela passagem antes das manifestações de junho, que pressionaram o poder público e que culminaram em duas reduções consecutivas do preço, chegando a R$ 3.


De acordo com a administração pública, o custo do transporte está em torno de R$ 38,4 milhões mensais e a receita total é de aproximadamente R$ 32,4 milhões, o que gera um déficit de R$ 5,97 milhões por mês. Com a aprovação do projeto na Câmara, a administração municipal fica autorizada a cobrir a diferença.

O projeto de lei facilita as regras para o aumento do valor pago às empresas de transporte. Na atual redação, de 2011, o Executivo é autorizado a subsidiar apenas gratuidades do sistema público de ônibus oferecida a idosos e deficientes, e a intenção da Prefeitura é derrubar essa limitação.

CPI e audiência pública
Nas manifestações em Campinas, um dos temas reivindicados é a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o sistema de transporte público na cidade e dar mais transparência aos valores que compõem a tarifa de ônibus. Contudo, sem apoio da base governista, a proposta não vingou.

O secretário de Transportes, Sérgio Benassi, participou na segunda-feira (26) da audiência pública na Câmara e falou sobre a elaboração da planilha de custos do transporte. Segundo ele, mesmo não sendo obrigada por lei, a Prefeitura entrega trimestralmente a planilha à Câmara e publica no site da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

Informações: G1 Campinas
READ MORE - Prefeitura de Campinas gastará R$ 6 milhões a mais por mês para garantir tarifa de ônibus a R$ 3

Campinas recebe 60 novos ônibus acessíveis para o transporte público

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Campinas recebe mais 60 novos ônibus para o transporte público coletivo municipal. Todos os veículos são acessíveis. Essa é mais uma ação de renovação da frota que atende o município. Com esses veículos, já são 180 ônibus entregues em 2014; e 248 em dois anos de governo Jonas Donizette.

“Nossa Administração trabalha com afinco para resolver os problemas de Campinas. Na área de Transportes, os desafios são grandes, mas estamos atuando para que o sistema seja mais eficiente. Além da renovação da frota, aumentamos o tempo de integração do Bilhete Único, implantamos o Passe Lazer e vamos criar o Bilhete Único Universitário, que reduz em 50% o valor da tarifa de ônibus”, revelou o prefeito Jonas.

A entrega dos novos ônibus beneficia 64 mil passageiros por dia, que utilizam 13 linhas do transporte público. Essas linhas percorrem o eixo da Avenida John Boyd Dunlop, regiões do Swift, Boa Vista, Nova Aparecida e Vila Padre Anchieta. A acessibilidade da frota agora atinge a marca de 70,1%, uma das mais altas do país.

Os 60 veículos são da empresa Expresso Campibus, que investiu R$ 18 milhões na nova frota. A apresentação dos ônibus foi realizada no final da manhã desta quinta-feira, dia 4 de dezembro na Pedreira do Chapadão (Praça Ulysses Guimarães).

Além do prefeito, também participaram do evento o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, secretários municipais, vereadores, empresários do setor de transporte, representantes de conselhos e lideranças municipais e operadores do sistema.

“É sempre uma grande satisfação realizar mais uma entrega de ônibus. Em apenas quase dois anos de governo do prefeito Jonas Donizette, a renovação da frota representou 1/5 do total de veículos do sistema. Isso demonstra a preocupação constante da Administração com a qualidade do transporte coletivo”, afirmou o secretário Carlos Barreiro.

Em seu discurso, o prefeito Jonas salientou as mudanças que o município vem experimentando. “Hoje Campinas é uma cidade diferente do que era há dois anos. Nós estamos resgatando a normalidade na cidade, que hoje tem controle e uma Administração que ouve o povo”.

Atendimento
A renovação da frota favorece 13 linhas de ônibus. Os veículos têm capacidade para 72 passageiros, sendo 28 sentados e 44 em pé. Todos os veículos são acessíveis, dotados de elevador para cadeira de rodas com acionamento elétrico e pneumático, espaço para cadeirantes, assentos preferenciais para idosos, obesos, gestantes, mães com criança de colo. Todos os ônibus também possuem cinco portas, permitindo a operação nos dois lados do veículo.

As linhas que recebem os novos veículos são:

2.22 – Jardim Florence I
2.23 – Satélite Íris III
2.24 – Residencial Sirius
2.28 – Princesa D’Oeste
2.29 – Jardim Florence II
2.30 – Ipaussurama / Carrefour Dom Pedro
2.52 – Parque São Jorge
2.53 – Swift / Vila Boa Vista
2.60 – Nova Aparecida / Shopping Iguatemi
2.63 – Terminal Padre Anchieta / Terminal Mercado I
2.64 – Vila Padre Anchieta
2.65 – Padre Anchieta
2.66 – Parque São Jorge / Hospital de Clínicas

Raio X
O sistema de transporte público coletivo Campinas possui 1.239 ônibus em operação, sendo 992 do sistema convencional e 247 do sistema alternativo. Deste total, 869 são acessíveis, representando 70,1% da frota.

A idade média da frota é de 4,5 anos. O município tem 202 linhas de ônibus, distribuídas em quatro áreas:

1) Área 1 (Azul Claro). Regiões: Ouro Verde, Vila União e corredor Amoreiras.

2) Área 2 (Vermelha). Regiões: Campo Grande, Padre Anchieta e corredor John Boyd Dunlop.

3) Área 3 (Verde). Regiões: Barão Geraldo, Sousas, Amarais, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e corredor Abolição.

4) Área 4 (Azul Escuro). Regiões: Nova Europa, Santos Dumont e aeroporto de Viracopos.

Nos dez primeiros meses de 2014, o sistema de transporte público registrou uma média de 634 mil passageiros por dia. São 15,8 milhões de passageiros por mês. Estima-se que essas viagens sejam realizadas, diariamente, por 240 mil usuários (pessoas).

READ MORE - Campinas recebe 60 novos ônibus acessíveis para o transporte público

Campinas adia novamente a licitação do transporte coletivo

segunda-feira, 13 de junho de 2022

A Prefeitura adiou novamente a licitação do transporte coletivo de Campinas. Agora, o certame que definirá o funcionamento do transporte público municipal pelos próximos 20 anos e que estava previsto para se iniciar no fim deste mês só deve ser lançado em outubro. A nova concessão é esperada desde 2016.
A quantidade de audiências públicas realizadas, no total de 11, e a necessidade de ajustes no edital a partir dos apontamentos colhidos pela Administração Municipal são os motivos que levaram ao novo adiamento. A recomendação por maior prazo de consulta pública foi feitas pelo Ministério Público. A Prefeitura informou que mudou o prazo de 30 para 90 dias, e a alteração contribuiu para que a licitação tivesse a data novamente estendida. As audiências públicas realizadas tiveram a participação total de mais de 600 pessoas.

É grande a expectativa pelo novo sistema de transporte público coletivo porque, com a nova licitação, deverão ser oferecidos à população viagens mais confortáveis, ônibus silenciosos e menos poluentes, informações mais confiáveis e em tempo real, menor tempo de espera nos pontos, estações e terminais mais adequados, e maior facilidade para o pagamento da tarifa, além do fim da expiração de créditos.

A empresa que vencer a licitação terá concessão do transporte na cidade por 15 anos, prorrogáveis por mais cinco. O projeto inclui ainda a implantação de 85 ônibus elétricos já no primeiro ano, além da queda gradual de veículos movidos a diesel que, no início, totalizarão 546. Depois, após quatro anos, a expectativa é que Campinas tenha 309 ônibus elétricos e 306 a diesel.

Diante do adiamento da publicação do edital, a Prefeitura definiu um novo cronograma para a mudança no sistema de transporte público. O edital e anexos para consulta pública serão publicados a partir da próxima semana nos sites da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e da Prefeitura. Também são previstas a revisão e a consolidação das contribuições da consulta pública nas minutas do edital e anexos até a segunda semana de outubro. Em seguida, vem a etapa de publicação do aviso de licitação e do edital até o fim de outubro. A licitação é fundamental para que o BRT passe a operar, já que inclui a entrega dos novos ônibus adaptados ao sistema.

O projeto abrange também a criação de uma estação central de recarga e de uma unidade de geração elétrica solar, além do incentivo à adoção de energia limpa. Os investimentos serão de R$ 500 milhões no primeiro ano de contrato e o subsídio da Administração Municipal está sendo estimado em mais de R$ 70 milhões no ano.

As linhas de BRT previstas atenderão o Terminal Campo Grande / Terminal Metropolitano; Terminal Campo Grande / Terminal Central (via Perimetral); Terminal Ouro Verde / Terminal Central; Terminal Ouro Verde / Terminal Metropolitano (via Perimetral). 

A frota do BRT será 100% elétrica, integrada ao sistema, e os ônibus terão ar-condicionado, wi-fi, tomadas USB, câmeras CFTV, GPS e terminal de computador de bordo.

Em Campinas, o sistema de transporte atende mais de 200 mil usuários por dia.

Auditoria

Em paralelo ao cronograma, prosseguem os trabalhos da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), contratada para realizar uma auditoria do contrato do transporte público, além de ajudar na elaboração do novo edital para a modalidade. O contrato firmado com a Fundação estabelece pagamento de mais de R$ 1,6 milhão. A medida é tratada pela Administração como requisito para a Prefeitura finalizar o processo da nova licitação.

A Administração informa que o aditamento não causa nenhum ônus ao município, uma vez que apenas foi estendido o prazo, mas o objeto da contratação é o mesmo.

Informações: Correio
READ MORE - Campinas adia novamente a licitação do transporte coletivo

Campinas recebe 35 novos ônibus acessíveis para o transporte público

quinta-feira, 13 de março de 2014

Prosseguindo com o processo de renovação, melhoria e acessibilidade da frota do transporte público coletivo municipal, adotado pelo prefeito Jonas Donizette desde o início da gestão, Campinas está recebendo 35 novos ônibus, todos acessíveis. Os veículos irão atender as regiões dos bairros Jardim Santa Mônica, Amarais, Esmeraldina, Alphaville, Taquaral, Castelo, Proença, Cambuí, Centro, São Bernardo e eixo da Abolição.

A iniciativa beneficia 19,5 mil passageiros por dia. Com os novos veículos, a frota atinge 54% de acessibilidade. Em 2010, a acessibilidade representava 30% do total de veículos. “Campinas tem muitos desafios e nós precisamos lidar com todos eles, no nosso dia a dia. O transporte é um deles. Por isso, continuamos na nossa missão de oferecer, cada vez mais, a entrega de ônibus com qualidade para a população e a busca da meta de 100% da frota toda acessível”, declarou o prefeito Jonas Donizette.


A apresentação dos veículos à população foi realizada na manhã desta terça-feira, 11 de março, na Praça Arautos da Paz. Além do prefeito Jonas, o evento também contou com a presença do secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, secretários, vereadores, empresários do setor de transporte, representantes de conselhos municipais, motoristas e familiares.

Ainda nesse primeiro semestre, a expectativa da Administração municipal é de que mais 105 novos ônibus acessíveis entrem em operação, totalizando 140 veículos. “Nós realizamos estudos permanentes, para avaliar a quantidade de passageiros e a oferta de veículos. O processo de renovação da frota será constante e, também, a ampliação ao acesso das pessoas com deficiência”, afirmou o secretário Carlos Barreiro.

Em 2014, essa é mais uma ação positiva da Prefeitura no transporte público. Em fevereiro, o prefeito Jonas Donizette ampliou o Passe Lazer de uma para duas datas no mês.

Acessibilidade
Todos os 35 veículos são acessíveis. Eles são dotados de elevador, para acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; balaústres emborrachados para direcionamento ao botão de parada; botão de parada com indicação em braile; espaço para cadeirantes; bancos para idosos, obesos e gestantes; além de encostos dos bancos mais altos, oferecendo maior conforto e comodidade aos usuários.

Os veículos têm capacidade para 82 passageiros. Os investimentos foram da ordem de R$ 9,8 milhões.

Linhas favorecidas
Confira as linhas que ganharão novos veículos:

3.11 – Jardim Santa Mônica;
3.42 – Jardim Aliança;
3.53 – Alphaville;
3.60 – Proença / Castelo;
3.82 – Cambuí / Campinas Shopping.

Essas linhas integram a Área 3 (Verde) do Sistema InterCamp, formada pelas regiões de Barão Geraldo, Sousas, Amarais, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e Corredor Abolição. A Área Verde é operada pelo Consórcio Urbcamp, formado pelas empresas VB Transportes e Turismo Ltda. e Coletivos Pádova Ltda.

InterCamp
O Intercamp é o sistema de transporte público coletivo de Campinas. Com os novos veículos, o Sistema Intercamp tem 1.247 ônibus em operação, sendo 999 do sistema convencional e 248 do sistema alternativo. Desse total, 671 são acessíveis (54%).

A idade média da frota é de cinco anos. Campinas possui 208 linhas de ônibus municipais. Em 2013, o Intercamp registrou uma média de 15,6 milhões de passageiros por mês. Estima-se que essas viagens sejam realizadas, diariamente, por 240 mil usuários.

Áreas
O Sistema Intercamp é distribuído em quatro áreas:

- Área 1 (Azul Claro). Regiões: Ouro Verde, Vila União e corredor Amoreiras.
- Área 2 (Vermelha). Regiões: Campo Grande, Padre Anchieta e corredor John Boyd Dunlop.
- Área 3 (Verde). Regiões: Barão Geraldo, Sousas, Amarais, rodovia Campinas – Mogi Mirim e corredor Abolição.
- Área 4 (Azul Escuro). Regiões: Nova Europa, Santos Dumont e Aeroporto de Viracopos.

Informações: EMDEC

Leia também sobre:
READ MORE - Campinas recebe 35 novos ônibus acessíveis para o transporte público

Campinas terá só ônibus elétricos na região central, garante secretário

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Diferentemente do que deve ocorrer com a licitação dos transportes da capital paulista, em Campinas, no interior de São Paulo, a concorrência que deve ser realizada até o final deste ano vai prever que a região central tenha os menores impactos ambientais possíveis pela operação dos serviços. Para isso, será criada a Área Branca, por onde só vão circular ônibus elétricos.

É o que revela em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, em parceria com a ANTP – Associação Nacional de Transporte Público, o engenheiro Carlos José Barreiro, atual secretário de Transportes de Campinas e presidente da EMDEC – Empesa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S.A.

Segundo o secretário, a cidade será divida em seis áreas de concessão e mais uma que abrange a zona central da cidade. Esta última está sendo chamada pela Administração de “Área Branca”, que terá como foco a melhoria da questão ambiental.

Para tanto, nesta região, interligando os terminais do centro ao entorno, um conjunto de medidas será realizado visando garantir a sustentabilidade, envolvendo todos os modais de transporte ativo.

“Todos os ônibus da Área Branca serão elétricos”, garante Barreiro.

O secretário disse também que o Plano Diretor (PD), que está em revisão pela Prefeitura, colocará algumas premissas básicas que irão garantir na região central a mobilidade assentada na sustentabilidade ambiental.

Dentre as premissas traçadas na revisão do PD estão os princípios traçados pelo DOTs – Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS, em tradução do termo original em inglês “Transit Oriented Development”). O que, traduzindo em ações práticas, Barreiro explica, transformará a região central de Campinas numa zona privilegiada para o transporte ativo, com estímulo aos pedestres, ao uso da bicicleta e ao transporte público realizado por ônibus elétricos, e num desestímulo cada vez maior ao uso do automóvel. “Será o privilégio do não-motorizado em detrimento do motorizado”, ele resume.

Os investimentos em ciclovias segregadas serão intensivos, com a implantação de um grande Plano Cicloviário na área central e demais regiões do município, permitindo que todo o percurso possa ser feito através da integração desses modais sustentáveis. “Estamos criando uma rede sustentável assentada no transporte ativo, onde o caminhar e o pedalar se integrarão ao transporte feito exclusivamente por ônibus elétricos”, ele afirma. Nesse projeto inclui-se também a adoção massiva de um sistema de bike-sharing.

CONCESSÃO DE PONTOS DE PARADA EXIGIRÁ INFORMAÇÃO AO USUÁRIO

Ainda sobre a licitação do sistema de transportes, Barreiro afirma que será incluída no certame a concessão dos pontos de embarque. Ele se refere aos pontos da região central – uma área num raio de 5 km -, mais os pontos de parada dos nove corredores. No total, isso representa 40% dos pontos de parada de toda a cidade, que despendem 70% de todo o custo de manutenção. A empresa vencedora poderá explorar comercialmente a publicidade nos pontos.

O secretário explica que as paradas de ônibus deverão disponibilizar informações ao passageiro.

“Há quase dois anos nós desenvolvemos um aplicativo que fornece todas as informações dos 1.250 ônibus da cidade, como localização, traçado da linha, horário de chegada ao ponto. Tudo isso está ligado ao Núcleo de Monitoramento de Transporte (NUMT), que se baseia no sistema AVL (Automatic Vehicle Location, Localização Automática de Veículos) para rastrear e gerenciar a operação de todos os ônibus em tempo real”.

OBRAS DO BRT COMEÇAM EM AGOSTO:

O secretário também falou com o Diário do Transporte e com a ANTP  sobre o sistema de corredores de ônibus BRT na cidade.

Barreiro afirmou que a obra, com 37 km de extensão, distribuída em três corredores, está pronta para ser iniciada, o que deve ocorrer, segundo ele, já em meados de agosto.

 “A obra fora estimada, inicialmente, em R$ 550 milhões, mas ao realizarmos a licitação, no final de 2016, conseguimos derrubar este valor para R$ 451,5 milhões”,diz Barreiro. Foram 4 lotes, vencidos por 4 consórcios e empresas diferentes.

Com a recente visita do ministro das Cidades a Campinas, Bruno Araújo, no final de março, ocasião em que o início da obra foi autorizado, as ações começaram a se suceder com celeridade. No dia 15 de maio o prefeito Jonas Donizette assinou com a Caixa Econômica Federal (CEF) o contrato de financiamento de R$ 100 milhões para dar início às obras. Com isso, a equação financeira fechou.

Barreiro explica que dos R$ 451,5 milhões previstos, R$ 200 milhões já estavam garantidos com recursos do FGTS, dentro do PAC – Mobilidade, programa do Governo Federal. Outros R$ 100 milhões, previstos no orçamento da União, somam-se agora aos recursos autorizados pela CEF. A parte da prefeitura, que fecha a conta, é de R$ 50 milhões, e já está garantida.

“O BRT atenderá uma população de 450 mil pessoas, e terá capacidade de transportar 250 mil por dia”, diz Barreiro. A obra do BRT começará pelo corredor Campo Grande, e o prazo para a conclusão total do projeto de implantação é de três anos, contados a partir de maio de 2017. Portanto, em 2020 a cidade de Campinas já poderá contar com seu BRT.

NÃO HÁ MAIS COBRADOR  EM CAMPINAS

No dia 18 de maio o Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas ingressou com uma ação civil pública contra as empresas de ônibus. O motivo: impedir que motoristas de ônibus acumulem a função de cobrador, o que, segundo o MPT, configuraria dupla função.

Barreiro disse que esta é uma discussão que muito em breve perderá sentido. Ele conta que hoje apenas 8% das tarifas são pagas em dinheiro. E logo, logo, o dinheiro vai ser extinto do sistema de transporte da cidade, uma meta perseguida pela Prefeitura desde 2014.

Desde aquele ano a prefeitura vem discutindo a extinção da figura do cobrador.  Com apoio do SEST / SENAT, foram oferecidos vários cursos de capacitação e requalificação profissional aos cobradores, todos eles na cadeia do setor, como motorista de ônibus, borracheiro e atividades administrativas.

Ao lado de se preocupar com o fator humano, buscando soluções para a requalificação dos 1.800 cobradores, a Prefeitura teve que avançar no desenvolvimento da tecnologia.

“Desde janeiro estamos testando uma nova tecnologia, baseado no código QR Code. Os testes estão sendo feitos desde janeiro em dois distritos da cidade – Joaquim Egídio e Sousas. Ao invés de dinheiro, o usuário vai adquirir um bilhete com um código gráfico (QR Code) fora dos ônibus, que ele vai poder comprar em mais de 400 pontos de venda espalhados pela cidade”, diz Barreiro.

O sistema QR Code (Quick Response Code, ou Código de Resposta Rápida na sigla em Inglês) é um código de barras bidimensional, impresso em papel, que armazena dados e caracteres. O ticket terá a codificação da tarifa. Após comprar nos pontos de venda que estarão espalhados pela cidade, o passageiro validará seu código no interior do ônibus. “Os validadores para todos os ônibus utilizam sistema infravermelho, e já foram encomendados pela empresa responsável pela tecnologia”, diz o secretário.

Barreiro estima que já na primeira quinzena de junho todos os 1.250 ônibus que operam em Campinas já terão os validadores instalados, e a partir daí novos testes serão realizados por mais 90 dias. Assim, antes do fim do ano não haverá mais dinheiro em circulação nos ônibus da cidade. “A consequência disso é que não haverá também mais cobradores no sistema de transportes de Campinas”, ele afirma.

COMO SERÁ FEITA A LIGAÇÃO COM VIRACOPOS: TRILHOS (VLT / MONOTRILHO) OU PNEUS (BRT)?

Viracopos é atualmente o principal aeroporto de cargas do País, e Barreiro estima que nos próximos cinco anos ele alcançará a marca de principal aeroporto de passageiros. “É preciso organizar uma solução de mobilidade para a ligação aeroporto-Centro”, diz Barreiro.

O estudo de viabilidade já está sendo realizado por uma importante empresa de consultoria, que irá definir qual modal será o mais adequado. Os recursos para bancar o estudo, que custará R$ 1,2 milhão, foram garantidos pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, na mesma ocasião em que esteve em Campinas e autorizou o início das obras dos corredores do BRT (março/2017).

Barreiro afirma que tanto as soluções do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), como a do monotrilho, que é menor que um metrô e corre sobre vigas de concreto a 15 metros do chão, estão sendo analisadas. Há também a possibilidade de se fazer uma extensão do BRT, já que o futuro corredor chegará próximo ao aeroporto.

“O estudo busca respostas para perguntas que são essenciais: quais os trajetos possíveis? Qual o custo de cada alternativa? Qual a melhor tecnologia para atender a demanda?”. Até outubro Campinas terá a resposta do estudo: a ligação do Centro da cidade com o Aeroporto de Viracopos, de cerca de 20 km, será feita por trilhos ou sobre pneus?

CAMPINAS SUSTENTÁVEL: UM HORIZONTE PARA 25 ANOS

Além do Plano Diretor, que está sendo revisto pela atual Administração, Barreiro conta que a cidade terá, em breve, um Plano Viário, um estudo ambicioso que projetará um horizonte de futuro para Campinas, já para os próximos 25 anos.

O Plano buscará respostas a perguntas essenciais que toda cidade deve ter. “Para onde Campinas crescerá? Como ela irá se estruturar em seus deslocamentos?”, diz Barreiro. “Será a primeira vez que a cidade terá um Plano como esse, essencial para garantir um planejamento urbano sustentável e realista, que reduza as incertezas que, muitas vezes, levam muitas cidades ao caos urbano”, ele diz.

Barreiro garante que a Administração municipal finaliza o Plano Viário este ano. Na sequência, a Prefeitura vai transformá-lo numa Lei Municipal, para garantir que a cidade possa ter vetores de crescimento perenes que orientarão seu crescimento.

“Uma cidade com menos poluição, menos trânsito, menos dependência do automóvel, mais caminhável, onde andar a pé seja um prazer, uma maneira de se relacionar com a cidade e suas pessoas em segurança: mais do que sonho, esse é o projeto que estamos construindo”, finaliza o secretário.

Entrevista realizada por Alexandre Pelegi
Informações: ANTP
READ MORE - Campinas terá só ônibus elétricos na região central, garante secretário

Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

READ MORE - Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

Tarifa de ônibus sobe e vai a R$ 3,80 em Campinas

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A tarifa do transporte público coletivo em Campinas passará de R$ 3,50 para R$ 3,80, aumento de 8,57%, a partir deste domingo (3). O reajuste segue o índice aplicado na Capital, onde o bilhete unitário também passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 e o de integração entre ônibus e trilhos aumentou de R$ 5,45 para R$ 5,92.

Nas 158 linhas de ônibus metropolitanos, que atendem à Região Metropolitana de Campinas (RMC), a partir do dia 9 as tarifas serão reajustadas em 10,39%.

O aumento da tarifa dos ônibus urbanos de Campinas, que recebem diariamente 229 mil usuários, foi o segundo autorizado pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) em 2015. A publicação saiu na quarta-feira (30) no Diário Oficial do Município. No intervalo de um ano, a passagem saltou de R$ 3,30 para R$ 3,80.

Em três anos do atual governo, o índice de recomposição da tarifa foi de 15,15%, abaixo dos 25,74% de inflação oficial acumulado no mesmo período pelo IPCA.

Na justificativa, o governo alega que estudos e planilhas elaborados pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) indicaram a necessidade do reajuste para "a manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do sistema de transporte público coletivo".
O reajuste no valor da tarifa do transporte urbano em Campinas é insuficiente para equilibrar o sistema, alega a diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano e Urbano de Passageiros da RMC (SetCamp).

Abaixo da inflação média 11% no período, o aumento não é capaz de cobrir os reajustes, segundo as viações.

Segundo levantamento da Prefeitura, no último triênio os principais insumos diretamente ligados à cesta de transporte público tiveram reajustes acima da inflação: motoristas (50,43%), óleo diesel S10 (41,88%), pneus (25,93%) e valores dos veículos (25,89%).

“Com o atual subsídio, a tarifa teria de ser pelo menos R$ 4,20. O valor de R$ 3,80 está bem abaixo do necessário para cobrir os custos. O sistema InterCamp, que este ano passou por sérias dificuldades financeiras, continuará desequilibrado”, afirma Paulo Barddal, diretor de comunicação do SetCamp.

O balanço das contas das empresas do transporte coletivo na cidade aponta um desequilibro econômico-financeiro superior a R$ 22 milhões entre outubro de 2014 a novembro passado.

Segundo o sindicato patronal, diante da recessão, reajustes dos principais insumos da “cesta do transporte” em um ano — pneus (9,93%), peças e acessórios (19,04%) e diesel (9,7%) — e também dos aumentos nos salários dos funcionários, que chegaram a 11,37%, considerando ao valor da comissão paga, as empresas recorreram a bancos para cobrir suas despesas.
A queda de 8,6% no volume de passageiros pagantes também foi contabilizada.

Para os técnicos do SetCamp, será necessário reavaliar o valor do subsídio repassado às concessionárias, que é de R$ 3,1 milhão mensais para cobrir as gratuidades do sistema.
Estima-se que hoje 33,4% dos usuários viajam diariamente sem pagar passagens, considerando as viagens integradas e as gratuidades.

O percentual não inclui os estudantes com desconto de 60% e os universitários que pagam metade do valor da tarifa.

As concessionárias informaram que investiram R$ 58 milhões na renovação de frota com a compra de 109 ônibus novos, dos quais 45 articulados, além dos investimentos no sistema de bilhetagem eletrônica, na manutenção das garagens e frota e no treinamento dos funcionários.

Análise
Na última década, as tarifas públicas em Campinas alcançaram um reajuste real de 5,55%, compara Mucio Zacharias, professor de economia da IBE-FGV, que monitora os aumentos no período.

A tarifa, que em 2005 era de R$ 2,00, sofreu 90% de aumento e agora chega a R$3,80 contra 84,45% de inflação acumulada até novembro passado. Nos últimos três anos, com exceção do reajuste negativo de -12% em dezembro de 2012, época dos protestos no País, em 2013 e 2014 foram dois reajustes em torno de 3,5%.

Zacharias também compara que, apesar da inflação de 10,48% nos últimos 12 meses, o reajuste nominal de R$ 3,50 para R$ 3,80 representa um ganho para o trabalhador de 1,05% abaixo do acumulado no período.

“Essa diferença de R$ 0,30, para quem utiliza dois ônibus seis dias na semana, vai implicar em um aumento de R$ 31,20, o que corresponde a 3,55% do novo salário mínimo de R$ 880,00”, compara o docente. Segundo Zacharias, o trabalhador que obteve reajuste entre 9% e 10% conseguirá absorver o aumento.

SAIBA MAIS
Campinas:  R$ 3,80
Capital: Bilhete unitário - R$ 3,80; Bilhete integração (ônibus e trilhos) - R$ 5,92; Bilhete do Metrô unitário - R$ 3,80
EMTU (alguns exemplos)

— Campinas (Jd São Vicente) – Valinhos (Hotel São Bento) – R$ 3,85 para R$ 4,25
— Linhas de Hortolândia – R$ 3,60 para R$ 3,97 e os trechos R$ 3,80 para R$ 4,19
— Monte Mor – R$ 3,80 para
R$ 4,19
— Valinhos–Campinas - R$ 4,90 para R$ 5,40
— Jaguariúna (João Nassif)- Campinas (Botafogo) – R$ 5,35 para R$5,90
— Americana–Santa Bárbara D´Oeste – R$ 3,30 para R$ 3,64
— Sumaré (Vila Yolanda)– Campinas (Terminal Multimodal) – R$ 4,90 para R$ 5,40
— Paulínia (Cj Hab Tereza Z Vedovelo)–Campinas (Term. Pref. Magalhães Teixeira)– Sumaré Rod. Anhanguera – R$ 3,80 para R$ 4,19

Por Sheila Vieira
Informações: Correio Popular 

READ MORE - Tarifa de ônibus sobe e vai a R$ 3,80 em Campinas

Campinas pode ter greve de ônibus nesta quarta-feira

terça-feira, 15 de maio de 2012

Os motoristas e cobradores de ônibus do transporte público de Campinas (SP) prometem entrar em greve à 0h nesta quarta-feira (16). O comunicado feito pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região foi publicado em um jornal da cidade na edição de domingo (13). O Sistema InterCamp possui 202 linhas, que atendem cerca de 676 mil passageiros diariamente. A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) informou que ficou surpreendida com o anúncio porque as empresas estão em processo de negociação com o sindicato e que a data-base da categoria é 1º de maio.

As concessionárias que podem ter funcionários em greve são a VB Transportes e Turismo, Itajaí Transportes Coletivos, Coletivos Pádova, Expresso Campibus e Onicamp Transporte Coletivo. Em nota, a Transurc alega que "a convocação de uma greve, sem se esgotar o processo de negociação, é uma demonstração clara de que os usuários do transporte, os funcionários e as empresas estão sendo prejudicados, mais uma vez, por uma disputa político-sindical envolvendo a atual diretoria do Sindicato dos Rodoviários e dissidentes descontentes".

Desde a semana passada, motoristas e cobradores de empresas de Campinas e região paralisaram as atividades por impasses com o sindicato e também com os supervidores.

Nesta terça-feira (15), passageiros que usam os ônibus da VB3 foram prejudicados por uma paralisação que afetou 160 mil pessoas.  O protesto teve início após uma confusão que terminou em agressão entre um funcionário e representantes do sindicato, de acordo com a empresa. O sindicato nega que houve confronto e alega que esteve na garagem da concessionária para informar sobre a greve desta quarta-feira.

A Transurc defende que os sindicalistas manipularam informações para, com essa prática, usar a categoria como massa de manobra e informa que "tomarão todas as medidas cabíveis para que as pessoas que dependem do transporte público não sejam novamente vítimas nesse processo de embate entre sindicalistas".

Plano emergencial
Para minimizar os transtornos à população, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) montou um plano emergencial caso motoristas e cobradores do Sistema InterCamp entrem em greve. A Emdec informou que solicitou ao sindicato da categoria que mantenha um quantitativo da frota em operação, por considerar que o transporte público seja um serviço essencial.

Caso ocorra a greve, os veículos que atuam no Corujão, serviço de transporte público realizado durante a madrugada, também poderão circular durante o dia. Ainda haverá um remanejamento na frota do transporte alternativo, para que ela possa operar as principais linhas das quatro áreas operacionais.

Na área Central do município haverá dois pontos de referência para os usuários do transporte público coletivo: os terminais Central e Mercado. Os veículos sairão desses locais em direção aos principais eixos da cidade: Amoreiras, John Boyd Dunlop, Prestes Maia, Santos Dumont, Amarais, Barão Geraldo e Sousas, após circularem o Centro. Caso necessário, serão criados comboios de ônibus, escoltados pela Guarda Municipal ou Polícia Militar, para evitar qualquer ato de vandalismo que coloque em risco a segurança de operadores e usuários. Os terminais urbanos nos bairros permanecerão fechados, durante a paralisação, para evitar depredações.

As dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone da Emdec no (19) 3772-1517. As informações serão atualizadas de hora em hora, pelo Centro de Controle Operacional e monitoramento realizado pelas câmeras da Central Integrada de Monitoramento (CIMCamp). A consulta de todas as informações também poderá ser realizada pelo site da Emdec.

Sistema InterCamp
O Sistema InterCamp é divido em quatro áreas de atuação. A Área 1 (Azul Claro) atende as regiões do Ouro Verde, Vila União e Corredor Amoreiras. A Área 2 (Vermelha), as regiões do Campo Grande, Padre Anchieta e Corredor John Boyd Dunlop. A Área 3 ( Verde) atende Amarais, Barão Geraldo, Sousas, Rodovia Campinas - Mogi Mirim e o Corredor Abolição. E a Área 4 (Azul Escuro) as regiões do Aeroporto de Viracopos, Nova Europa e Santos Dumont.

Informações do G1 SP

READ MORE - Campinas pode ter greve de ônibus nesta quarta-feira

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960