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EMTU/SP altera linha do Airport Bus Service para atender a Região Brooklin Novo

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A EMTU/SP altera a partir de hoje (sexta-feira 18) o itinerário da linha 437 - Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Itaim Bibi), para atender os moradores e pessoas com interesses na região da Brooklin Novo.  A parada final da linha a partir de hoje será o conjunto empresarial WTC (Word Trade Center).


A região do Itaim Bibi continuará a ser atendida pelo serviço, mas as partidas/chegadas dos ônibus passam a ser feitas do ponto localizado na Avenida Nações Unidas 12.551- WTC.


A decisão de transferir a linha do Itaim Bibi para o Brooklin está vinculada a demanda que aumentou depois que a região se transformou, nos últimos anos, em um dos principais centros executivos e empresariais da capital – ao lado do Centro da capital e das regiões das avenidas Paulista, Berrini  e Faria Lima.

Segundo a pesquisa Origem-Destino elaborada em 2007 pelo Metrô, cerca de 230 mil pessoas se dirigem diariamente à região formada pelo Brooklin, Vila Cordeiro e Berrini para trabalhar. Outros centros empresariais com grande volume de população flutuante são as regiões do Centro (698 mil pessoas), Avenida Paulista (396 mil) e Avenida Faria Lima (243 mil). 

Frota
O serviço de traslado do Airport Bus Service conta com 24 ônibus seletivos e 12 ônibus comuns para trechos mais curtos, responsáveis pelo atendimento mensal de 155 mil usuários. A frota tem idade média de 2,5 anos e opera diariamente com disponibilidade de vários horários.

O Airport conta ainda com outras 5 linhas que fazem a ligação dos aeroportos com a Praça da República, Terminal do Tietê, Terminal da Barra Funda , Avenida Paulista, Aeroporto de Congonhas e Brooklin Novo – WTC. O valor da tarifa para as seis linhas é de R$ 36,50.

Os 12 ônibus utilizados nos trechos locais são responsáveis por operar duas linhas. As linhas 257 e 299 fazem a ligação entre o Aeroporto de Guarulhos e o Metrô Tatuapé. Nesse caso, o valor cobrado dos passageiros é de R$ 4,45.

Diferenciais
Os passageiros do Airport Bus Service contam com ônibus equipados com ar-condicionado, poltronas confortáveis, espaço bus office com mesa e tomada, frigobar, banheiro, TV, auxiliar de plataforma e serviço de bagagens ilimitadas sem cobrança adicional.

Linhas Airport Bus Service – Executivo 

Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Aeroporto de Congonhas) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Praça da República) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / SP (Circuito dos Hotéis) via Av. Paulista
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Brooklin Novo - WTC) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Term. Rod. Barra Funda) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Terminal Rodoviário Tiete)

Tarifa: R$ 36,50

Linhas locais
257 Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo)/ São Paulo (Metrô Tatuapé - Terminal Norte) 
299 Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo)/ Sao Paulo (Metrô Tatuapé - Terminal Norte) 

Tarifa: R$ 4,45

Informações de horários de partidas no site – www.emtu.sp.gov.br

Leia também sobre:
·         Metrô São Paulo
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·         EMTU-SP
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Metrô de SP completa 50 anos com malha ainda insuficiente

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sistema paulistano foi o pioneiro do país. Especialistas avaliam que avanço do sistema metroferroviário nas últimas décadas continua aquém da necessidade das grandes cidades brasileiras.Primeiro do país, o metrô de São Paulo entrou oficialmente em operação em 14 de setembro de 1974. Cinquenta anos depois, a malha de transporte urbano sobre trilhos no Brasil ainda está aquém do ideal, conforme apontam especialistas.

Em 1974, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo: a inauguração do novo sistema de transporte da capital paulista foi uma festa com "balões de gás, bandas, desfiles de escolares, sambistas, sanfoneiros e folhetos de propaganda política" em que "o povo só pode ver de longe os passageiros do 'trem da alegria', o metrô", que fez o percurso inaugural do pequeno trecho então inaugurado, os 7 quilômetros entre Jabaquara e Vila Mariana.

Marketing político à parte, a inauguração finalmente fez com que o Brasil entrasse nos trilhos do sistema de transporte urbano rápido que já era consolidado em grandes cidades pelo mundo, como em Londres — em operação desde 1863 —, Paris — desde 1900 —, Berlim — inaugurado em 1902 — e Nova York — onde começou a funcionar em 1904. A vizinha argentina teve o metrô de Buenos Aires inaugurado em 1913.

São Paulo precisaria de malha seis vezes maior

De lá para cá, houve avanços, mas ainda tímidos. A mentalidade brasileira ainda privilegia o transporte rodoviário em relação ao sobre trilhos — e a sociedade valoriza o status do transporte individual em detrimento do coletivo.

Em São Paulo, a rede metroviária atual é formada por 6 linhas — oficialmente, já que uma é, na verdade, um sistema de monotrilho —, totalizando 104 quilômetros de extensão e 91 estações. Segundo dados do governo paulista, são 5 milhões de passageiros transportados todos os dias. Para efeitos de comparação, o metrô de Nova York tem 24 linhas com 468 estações espalhadas por 369 quilômetros de extensão e o de Londres, 16 linhas, 272 estações e cerca de 400 quilômetros.

"Metrô é o modal que viabiliza de forma humana e racional a mobilidade em cidades, sendo imprescindível em metrópoles com mais de 2 milhões de habitantes", argumenta o engenheiro de transporte Sergio Ejzenberg, consultor e especialista em mobilidade. "A conta é simples. Tomando como paradigma metrópoles adensadas, é preciso 50 quilômetros de metrô para cada milhão de habitantes."

Ou seja: São Paulo precisaria de seis vezes mais. "Isso explica a lotação do nosso metrô e explica por que cada linha colocada em operação lota nas primeiras semanas de funcionamento. E mostra a estupidez do investimento em sistemas de média capacidade, como monotrilhos e VLTs", acrescenta Ejzenberg.

De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) há hoje metrô operando em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Especialistas discordam.

"Metrô mesmo no Brasil tem somente em São Paulo, no Rio e em Brasília", aponta o engenheiro de transportes Creso de Franco Peixoto, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Outras cidades costumam chamar de metrô o que na verdade são linhas ferroviárias de carga que foram adaptadas para que fossem usadas como metrô."

Tecnicamente, como ele explica, o metrô consiste em linhas construídas em regiões adensadas, com paradas planejadas em curtas distâncias, a partir de pesquisas detalhadas sobre comportamentos de origem e destino da população.
 
"A denominação metrô é adotada por diversos sistemas como imagem poderosa de marketing institucional, mesmo quando aplicados em locais que não se enquadrariam nessa categoria sob uma análise mais rigorosa", comenta o engenheiro especialista em mobilidade Marcos Bicalho dos Santos, consultor em planejamento de transportes.

Ele considera metrôs, além dos sistemas de São Paulo, Rio e Brasília, as linhas de Salvador e de Fortaleza. E classifica como uma segunda divisão os modelos "de alta capacidade, implantados aproveitando infraestruturas ferroviárias desativadas", ou seja, os chamados metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife.

"Neste grupo poderiam também ser incluídos os trens urbanos, que atendem a elevadas demandas, mas que apresentam características operacionais distintas dos metrôs [principalmente quanto à velocidade, frequência e distância entre paradas]", acrescenta Santos, citando os trens metropolitanos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O restante da malha de trilhos urbanos do Brasil (veja infográfico), o especialista classifica como "uma quarta categoria […] que, em função de sua inserção urbana ou por limitações de seus projetos operacionais, operam como sistemas de média capacidade, às vezes nem isso, atendendo a demandas pouco expressivas".

Atraso histórico e mentalidade rodoviarista

No total, a malha de trilhos urbanos é de 1.135 quilômetros e está presente em 12 das 27 unidades da federação. "Somos um país de dimensões continentais e essa infraestrutura de trilhos para passageiros é insuficiente para o atendimento à população", admite o engenheiro eletricista Joubert Flores, presidente do conselho da ANPTrilhos. "Mas essa rede de atendimento tem previsão de crescimento, já que contamos com 120 quilômetros de projetos contratados ou em execução, com indicação de conclusão nos próximos cinco anos. Para 2024, a previsão é inaugurarmos 20 quilômetros."

Se o transporte sobre trilhos é tão útil, por que o Brasil está tão atrasado? Primeiramente, pela mentalidade histórica. "Houve uma efetiva priorização do transporte rodoviário de passageiros, e mesmo de cargas, pelos governos brasileiros. Este talvez tenha sido o principal motivo de perdermos cerca de 20 ou 30 anos para o início do transporte metroferroviário em São Paulo e no Brasil. Talvez tenha havido uma falta de vontade política e de visão dos governantes à época", comenta o engenheiro metalurgista Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Para o urbanista Nazareno Affonso, diretor do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), o Brasil sempre foi "carrocrata". "O Estado não prioriza o transporte público e prioriza investimentos ligados à indústria automobilística", diz, enfatizando que as maiores cidades do país "caminham para o colapso se não houver investimentos permanentes e crescentes em sistemas metroferroviário e de ônibus".

"O estratosférico custo dos congestionamentos e dos sinistros de trânsito no Brasil inibe o crescimento e rouba parcela significativa do PIB", argumenta Ejzenberg, que calcula prejuízos diretos e indiretos de até 50 bilhões de reais por ano por conta disso, apenas na metrópole de São Paulo. "Esse custo anual, se investido em metrô, estancaria as perdas e daria maior competitividade ao Brasil. Continuamos nadando no sangue das vítimas evitáveis, ano após ano."

O custo é um grande gargalo, é verdade. Segundo levantamento do professor Peixoto, dificilmente uma obra de metrô no Brasil custa menos de 80 milhões de dólares por quilômetro. "Metrô é muito caro. Muito caro. Mas é preciso pensar que ele é capaz de transportar muita gente", comenta.

"O Brasil não investiu em transporte sobre trilhos por incompetência, insegurança jurídica e imediatismo político", critica Ejzenberg. Apesar de ser uma obra cara, ele argumenta que o modal sobre trilhos acaba tendo metade do custo do sistema de ônibus se considerado o custo do passageiro transportado por quilômetro — esta seria a incompetência, segundo o especialista. No caso da questão jurídica, ele diz que as mudanças no entendimento de como viabilizar parcerias privadas acabam afastando investidores. Por fim, politicamente há o peso eleitoreiro de que uma obra de metrô costuma levar mais do que um mandato de quatro anos entre o anúncio e a inauguração.

Solução é complexa
 
Mais metrô melhoraria em muito a qualidade de vida do brasileiro que habita as grandes cidades. Mas não é a solução mágica. "Para enfrentar a crise dos deslocamentos é preciso investimento em metrô, em ferrovias, em VLT. Mas não podemos descuidar da democratização das vias públicas, dando aos ônibus faixas exclusivas. E também a mobilidade ativa que tem crescido, com ciclovias e ciclofaixas para que avancemos nessa questão", sugere Affonso.

"Metrôs não são uma panaceia. Não são a única solução para os problemas na mobilidade urbana", acrescenta Santos. "Em muitas situações, não são a solução mais indicada, já que as soluções dependem de cada local e não podem ser unimodais."

Ele enfatiza que por mais eficiente que seja uma linha de metrô, "ela não será eficaz se as pessoas não conseguirem chegar até ela, caminhando, pedalando, usando transporte público alimentador e mesmo modos de transporte individual". O especialista salienta que, considerando isso, respectivamente é preciso também investir em calçadas adequadas, rede cicloviária e bicicletários, integração física, operacional e tarifária dos meios de transporte público e, por fim, estacionamentos e baias para desembarque e embarque para aqueles que vão chegar de carro.

"Resumindo, precisamos de planejamento urbano e de mobilidade, integrados, e não apenas de um plano de obras e compra de equipamentos", adverte ele.

Informações: Terra

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Metrô de São Paulo expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O metrô é considerado o mais eficiente meio de transporte urbano por não dividir espaço na superfície com outros veículos. Em São Paulo, metrópole que em março ultrapassou 7 milhões de veículos, o metrô chegou tarde, foi entregue somente em 1974, quando entrou em operação o trecho de sete quilômetros, com sete estações, entre o Jabaquara e a Vila Mariana, e desde então cresceu. Pouco.

Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 quilômetros de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole. Preto no branco, o metrô da capital expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.

Durante seminário sobre mobilidade urbana realizado em março último na capital, o arquiteto Marcos Kiyoto, especialista em transportes de alta capacidade, afirmou que o ritmo lento de crescimento do metrô paulistano deixa muito a desejar em relação ao sistema de outras metrópoles, como é o caso da Cidade do México, com 200 quilômetros de rede.

Outro problema apontado durante o seminário foi a pouca integração das linhas entre si. De acordo com Kiyoto, o mais importante não é esticar as linhas, mas, sim, criar mais intersecções entre as já existentes para que seja criada, de fato, uma malha metroviária.

Já o arquiteto Fábio Pontes informou que o número de habitantes por quilômetro de linha de metrô em São Paulo está entre os mais altos do mundo : 315. Londres, no Reino Unido, tem apenas 19 habitantes para cada quilômetro do Tube, o metrô de lá, o que significa trens mais presentes e menos cheios.

Até mesmo cidades menores do que São Paulo possuem sistemas bem melhores. É o caso de Barcelona, na Espanha, que oferece aos seus cerca de dois milhões de habitantes 148 estações de metrô - número duas vezes e meia maior de estações que o da capital paulista para um contingente populacional cinco vezes menor.

As 61 estações do metrô de São Paulo recebem todos os dias cerca de 3,3 milhões de passageiros. As 126 estações do metrô de Barcelona recebem diariamente cerca de 1 milhão de usuários. Talvez esteja aí a explicação para a falta de ânimo do motorista paulistano em deixar o carro na garagem e procurar a estação de metrô mais próxima.

Parceria com o setor privado

No começo desta semana, o diretor de operação do metrô, Mário Fioratti, admitiu em entrevista para a BandNews FM que o metrô está no limite técnico de quantidade de trens. Segundo ele, não há como colocar mais trens em circulação porque o sistema de sinalização que controla a movimentação do trem não pode ser redimensionado.

O Governo de São Paulo, responsável pela gestão do metrô paulistano, reconhece as deficiências do sistema. Na inauguração da estação Butantã, no último dia 28 de março, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu que a rede deveria ter pelo menos o dobro do atual tamanho.

Umas das soluções sinalizadas pelo governador são as parcerias público-privadas (PPPs) - como já acontece com a Linha Amarela da rede, administrada pela ViaQuatro, empresa do grupo CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Segundo Alckmin, as propostas de parceria devem começar a chegar já nos próximos dias.



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Linhas da EMTU da Região Metropolitana ganham mais 68 novos ônibus 0km

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Nesta semana, 13 linhas gerenciadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) do Governo de SP recebem 68 novos ônibus zero km para atendimento aos passageiros da Região Metropolitana de São Paulo.

Os novos veículos começam a operar em linhas metropolitanas que circulam nas regiões de Cotia, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e São Paulo. A renovação da frota conta com ônibus mais modernos, eficientes e confortáveis, beneficiando cerca de 112 mil passageiros por dia que utilizam os serviços.

Todos os veículos adquiridos possuem chassi Mercedes-Benz e carroceria CAIO Apache VIP, e são equipados com ar-condicionado, tomadas USB para recarregar dispositivos móveis e plataformas elevatórias de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

As linhas operadas pela Viação Miracatiba, do Consórcio Intervias, receberam ao todo 40 novos ônibus com suspensão a ar e motor Euro 6, tecnologia que faz o tratamento de gases de escape para reduzir a emissão de poluentes, contribuindo para um transporte mais sustentável. A frota, com prefixos iniciados em 1510 e 1511, realiza viagens que ligam São Paulo a Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

Já as linhas da Viação Raposo Tavares, também do Consórcio Intervias, começaram a circular com 20 novos ônibus motor Euro 5, com prefixos 1223. O atendimento é feito para passageiros que se deslocam entre Cotia, Caucaia do Alto, Vargem Grande Paulista e São Paulo.
Para a região de Guarulhos, o Consórcio Internorte adquiriu oito novos ônibus motor Euro 5 que já estão atendendo três linhas operadas pela TipBus. Os veículos possuem prefixos iniciados com 3622 e 3623 e fazem a ligação de Guarulhos a São Paulo.

Com as novas inclusões, as linhas gerenciadas pela EMTU já somam 239 novos veículos 0 km recebidos desde janeiro deste ano.

Confira abaixo a relação completa das linhas que receberam novos ônibus:

032 – Itapecerica da Serra (Parque Paraíso)/ São Paulo (Metrô Vila Sônia)
033 – Embu das Artes (Engenho Velho)/ São Paulo (Metrô Vila Sônia)
193 – Embu das Artes (Jardim Santa Tereza)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
239 – Itapecerica da Serra (Jardim São Marcos)/ Cotia (Terminal Metropolitano Cotia)
451 – Itapecerica da Serra (Jardim Branca Flor)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
484 – Embu das Artes (Jardim Batista)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
551 – Embu das Artes (Jardim Mimas)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
396 – Cotia (Terminal Metropolitano Cotia) / São Paulo (Metrô Butantã)
256 – Cotia (Caucaia do Alto) / Cotia (Portão) – via Vargem Grande Paulista
297 – Cotia (Caucaia do Alto)/ São Paulo (Metrô Morumbi)
073 – Guarulhos (Nova Bonsucesso)/ São Paulo (São Miguel Paulista)
252 – Guarulhos (Jardim Cumbica)/ São Paulo (Metrô Carrão)
596 – Guarulhos (Vila Any)/ São Paulo (Estação CPTM São Miguel Paulista)

Informações: Governo de São Paulo
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Metrô de SP é cindo vezes mais caro que o de Madri, diz a Secretaria Estadual de Transportes!

terça-feira, 29 de junho de 2010


De acordo com Antonio Mentor, Líder da Bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, a linha Amarela do Metrô de São Paulo foi parcialmente inaugurada no último dia 25 de maio. Parcialmente porque apenas duas das estações previstas foram entregues – Paulista e Faria Lima. Para o percurso inaugural, saindo da estação Faria Lima, apareceram convidados ilustres, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito Gilberto Kassab, o governador Alberto Goldman, secretários de Estado, jornalistas e curiosos.

A expansão do Metrô paulistano resume a forma como o PSDB administra o Estado de São Paulo. Uma obra que avança muito lentamente, superfaturada e atrasada em seu cronograma. Há 15 anos o governo do PSDB vem demonstrando essa incompetência gerencial crônica, aliada ao desperdício do dinheiro público, às denúncias de corrupção e às centenas de contratos suspeitos.

A Linha Amarela foi projetada em 1990 e teve suas obras iniciadas em abril de 2004. A ampliação desse sistema de transporte deveria ter começado a atender a população em 2007, mas, próximo à data estipulada o governo do PSDB, adiou para o final de 2008 e, depois, adiou novamente para 2010. O trecho inaugurado agora é composto por apenas duas estações, que estão funcionando com apenas cinco dos 14 trens previstos em contrato.

A incompetência gerencial do governo tucano fica clara quando se compara a extensão do Metrô paulistano com o de outros países. Enquanto o metrô de São Paulo possui 62,3 quilômetros de extensão, o metrô da Cidade do México, que começou a ser construído na mesma época que o de São Paulo, tem 201 quilômetros de extensão e o de Santiago, no Chile, conta com 84 quilômetros. Ao longo do governo do PSDB, o metrô de São Paulo registrou baixíssimo crescimento, de apenas

1,4 quilômetro em média por ano.Já o custo da corrupção no Metrô de São Paulo fica evidenciado quando comparado com o custo de construção do mesmo sistema de transportes, em outros países.

Em Madri, por exemplo, o metrô custou R$ 78,5 milhões o quilômetro, enquanto em São Paulo esse valor sobe para R$ 400 milhões por quilômetro, quase cinco vezes mais! São dados oficiais, fornecidos pelo próprio secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, em audiência pública na Assembleia Legislativa.

Por último, além de todo esse descalabro, as novas estações do metrô podem não aliviar a necessidade do paulistano por um meio de transporte mais rápido e eficiente. Dias após a entrada em funcionamento das estações, matéria do jornal Folha de S. Paulo comprova que, para percorrer a distância de 3.600 metros entre as duas estações, ainda é mais rápido ir de ônibus do que de metrô. Seria cômico se não fosse trágico.

Fonte: Macro ABC
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VLT cearense é referência de mobilidade urbana no Brasil

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A experiência do Ceará em construir veículos leves sobre trilhos (VLTs), que estão ganhando o mundo como uma solução inteligente na área de transporte e de menor impacto ambiental, está atraindo interesse de outros Estados. Nesta segunda-feira (19), uma comitiva de representantes do sistema de transportes metropolitanos de São Paulo conheceu as composições que estão sendo testadas em Fortaleza, as que operam há mais de um ano no Metrô do Cariri e a sede da fabricante, a empresa Bom Sinal, em Barbalha.
Metrô do Carir / Foto: Jota Lopes
A comitiva foi formada pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes; o presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda; o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira, e o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes. A visita teve início pela Estação São Benedito da Linha Sul do Metrô de Fortaleza.

Guiados pelo secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele, e o presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, Rômulo Fortes, o grupo pôde conhecer as instalações de uma das quatro estações subterrâneas da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. “Estamos muito impressionados porque esta estação está praticamente pronta”, elogiou o secretário Jurandir Fernandes. Ele destacou que o Metrô de São Paulo está à disposição do Governo do Ceará para a troca de experiências.

O presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, diz que a experiência do Ceará na fabricação de VLTs é uma grande contribuição para outros Estados que buscam soluções para o trânsito. “Nós temos buscado outras opções para melhorar o trânsito da cidade, para melhorar a mobilidade urbana”, diz.

O secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, reforça que a visita da comitiva de representantes de São Paulo é resultado da conjugação de esforços feita pelo Governo do Estado para dotar o Ceará de um sistema de transporte sobre trilhos de passageiros eficiente. “São Paulo é referência porque tem os melhores técnicos e o metrô de lá se assemelha a grandes metrôs do mundo. Acreditamos que uma parceria futura será a construção da Linha Leste (projeto que vai ligar o Centro de Fortaleza até o bairro do Édson Queiroz) que se assemelha muito ao metrô de lá”, diz.

O presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, Rômulo Fortes, apresentou aos representantes da comitiva o andamento da obra da Linha Sul e de outros projetos de extensão do Metrô. Ele também destacou que a fabricação de VLTs no Ceará estimulou a indústria ferroviária nacional, que não produzia novos trens desde a década de 1970.


Assessoria de Imprensa do Metrô de Fortaleza

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Em dez anos, São Paulo ficou mais lenta

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Resultado é a soma do crescimento no uso de automóveis e falta de aumento no uso de transporte coletivo
Os índices médios de congestionamento na cidade estão longe de poderem ser considerados satisfatórios: dados da CET mostram que, no ano passado, a média de congestionamentos na cidade foi de 138 km de extensão - distância suficiente para chegar próximo ao município de Limeira, por exemplo. Nos horários de pico da tarde - entre 17hs e 20hs - a velocidade média dos veículos, em 2008, não chegava aos 15hs km/h.
Com 3,5 milhões de veículos que efetivamente circulam pelas ruas diariamente, São Paulo está se transformando cada vez mais em uma cidade lenta. "A situação é muito preocupante. Estamos tendo um aumento crescente do uso do automóvel e um não suficiente aumento do uso do transporte coletivo", alerta o professor e urbanista Cândido Malta, autor de um recente estudo sobre o transporte e o uso do solo em São Paulo. "A capacidade de suporte já é insuficiente. Se essa perspectiva não for mudada, teremos a paralisação da cidade, com todos os prejuízos que você possa imaginar", alerta.
Diante desse cenário, Prefeitura e governo do estado têm travado uma verdadeira corrida contra o tempo para tentar reverter o problema do trânsito e da falta de transportes na capital e na região metropolitana. "São Paulo tem um problema crônico, que é a falta de metrô. A única possibilidade de se tirar as pessoas do conforto do seu veículo particular e colocá-las no transporte público, é o transporte público rápido", diagnostica Alexandre de Moraes, secretário de Transportes do município.

Atrás do México
Considerado um dos meios mais eficazes para mobilizar grandes quantidades de pessoas nas grandes metrópoles - sem disputar espaço na superfície com os demais veículos -, o metrô de São Paulo deve ganhar mais cerca de 20 km de linhas até o final do ano que vem, quando estiver concluída a próxima etapa do multimilionário plano de expansão do sistema, financiado pelo Estado e com uma pequena parte dos investimentos paga pela Prefeitura.
Quando forem inaugurados os 12 km da nova linha Amarela, que cortará a região central e o bairro de Pinheiros, além de novos trechos das já existentes linhas Verde e Lilás, São Paulo contará com pouco mais de 80 km de metrô. Extensão ainda muito pequena se comparada a outras redes de metrô do mundo como as de Londres (408 km) e de Paris (214 km) ou mesmo da Cidade do México, que teve sua implementação iniciada apenas alguns anos antes que a do metrô paulistano, mas que ainda assim conta com 202 km de linhas atualmente.
Uma das respostas para a demora na construção de novas linhas e estações em São Paulo está na dificuldade que o governo do estado tinha de contrair novas dívidas com a União até meados dos anos 1990, explica o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Ainda assim, ele reconhece: "o metrô não poderia ter parado".
"Muito provavelmente esse fator atrapalhou muito [a expansão], mas mesmo assim acho que o dinheiro que foi usado em outros investimentos eu teria aplicado em metrô. É uma opção da administração. Ela tem um orçamento, uma visão. Mas acredito que não se viu a importância que tinha o transporte metropolitano", diz Portella.

À frente de Paris
Além da expansão do metrô, o governo do estado vem investindo recursos para a readequação da rede de trens metropolitanos, que, também até o final de 2010, tem previsão de transformar 160 km de seus 261 km em linhas com "qualidade de metrô". Em outras palavras, melhorar a qualidade dos vagões e estações e , principalmente, aplicar-lhes padrões de confiabilidade, intervalo e segurança. A meta, afirma Portella, é que os trens metropolitanos possam correr mais próximos entre si - dos atuais 450 metros de distância segura para 15 metros - e chegar às estações num intervalo máximo de 6 minutos em pelo menos 95% das vezes.
"Quando chegarmos aos 240 km de malha em 2010 [os 80 km de metrô somados aos 160 km de trens], São Paulo vai ter mais metrô que Paris e que o México. Esse é o mérito do plano de expansão: mudar a inflexão da curva e recuperar não o espaço todo que deveria, mas grande parte do atraso", defende Portella. "Em 2014 [prazo-limite para a etapa seguinte do plano], vamos ter de 380 km a 400 km de [linhas com qualidade de] metrô. Essa é a malha que, para mim, já vai ser suficiente por um bom tempo. É impossível, na parte central, aumentar muito mais", completa.

Corredores congelados
Esperar até lá, no entanto, não é algo que agrada os críticos do governo e parte dos paulistanos que gastam horas de seu dia no trânsito regularmente. Em vez disso, apontam, a cidade precisa de soluções de médio e curto prazo.
Principal bandeira da gestão petista (2001-2004), o investimento em corredores de ônibus foi praticamente paralisado desde a troca de governo. "Eu deixei uma proposta de 18 corredores novos para serem implantados entre 2005 e 2008, e não fizeram. Não tem nem licitação", reclama Marta Suplicy, em cuja Prefeitura foram construídos 67 km de corredores exclusivos para ônibus. Se as obras houvessem sido feitas, São Paulo teria terminado 2008 com um total de 460 km de corredores.
Para Alexandre de Moraes, o que foi deixado pelo PT para a gestão Serra-Kassab não foi um projeto. "Eles deixaram traçados. Traçado que eu falo é traçado mesmo. Você pega o mapa e faz um traçado, não um projeto. Até porque se bons projetos tivessem ficado, eu acho que é obrigação do administrador público continuar com eles. São projetos de estado, não de governo", argumenta o secretário, reconhecendo entretanto que a prioridade da atual gestão é ajudar o estado a investir em metrô (R$ 2 bilhões).
"Salvo São Paulo, toda grande metrópole do mundo transporta mais gente sobre trilhos do que sobre pneus", justifica Moraes, que é também presidente da CET e da SPTrans.
"O transporte sobre pneus é uma alternativa para a cidade de São Paulo, porque é de menor custo. Com o valor que você constrói 1 km de metrô pode construir de 10 km a 15 km de corredores de ônibus, dando um ganho real à população", rebate o vereador pelo PT Chico Macena, presidente da CET de 2000 a 2003 e vice-presidente do Fórum Nacional dos Secretários de Transporte.

Ordem nos ônibus
Mais que a construção de novos corredores, Macena defende, a curto prazo, a "racionalização do sistema" de ônibus. "Apesar de ter uma grande quantidade de linhas, o sistema de transportes, seja ele sobre trilhos ou sobre pneus, não tem capilaridade para atender a todas as demandas. Há linhas competindo com linhas, às vezes no mesmo consórcio", aponta.
Planejada ainda na gestão Marta, mas ainda sem prazo definitivo de implementação, a reestruturação do sistema de ônibus é uma das medidas que a atual Secretaria de Transportes planeja adotar - depende, porém, da construção de terminais e corredores que Moraes acusa os petistas de terem se "esquecido" de fazer.
Chamado de modelo troncal, o novo sistema deve funcionar com grandes corredores que fazem a ligação periferia-centro através de ônibus de maior capacidade e mais rápidos. Nas bordas dessas linhas chamadas de troncais, o sistema seria alimentado por um conjunto de ônibus locais e menores que transportariam os passageiros dos bairros periféricos até os terminais.
"Diminuiria a quantidade de linhas de ônibus vindo para o centro, mas aumentaria a velocidade comercial deles. Diminuiria o tempo de intervalo entre um e outro, e portanto ele andaria menos cheio do que anda. Porque há racionalização do sistema", compara Macena. "E você ainda resolveria outra coisa que é um problema terrível em São Paulo. Como toda linha é radial, você não tem ligação entre os bairros. A racionalização do sistema colocaria linhas alimentando o sistema troncal e fazendo essa ligação entre os bairros."

A soma de tudo
Tucanos ou petistas, sobre trilhos ou sobre pneus, em uma coisa todos os entrevistados pelo G1 concordam: a solução para o problema dos transportes públicos na cidade e na região metropolitana não é uma só, mas o conjunto de todas elas. E, principalmente, quando ambas funcionarem bem, o seu uso inteligente.
"A solução ideal é uma combinação de tudo. O ônibus não compete com o metrô. Metrô é de alta capacidade, ônibus é de média, serve para encher o metrô, para levar o sujeito da periferia para o metrô", afirma Portella. Com a expansão da malha metroviária nos próximos anos, porém, ele acredita que será necessário rever os trajetos do corredores. "Eles mudam também. Você não pode fazer um corredor de ônibus como o da Rebouças onde vai ter metrô embaixo. Não tem nenhuma coerência técnica", avalia.
Cumpridas as promessas até 2014 e uma vez reajustado o sistema de transportes como um todo estarão os paulistanos, enfim, livres de todos os seus problemas?
O professor Cândido Malta é menos otimista. "Acho esse prazo de cenário muito curto. É importante que já tenha esse cálculo feito até 2020, idealmente até 2025. Planejamento de uma cidade é isso. Tem de ser um processo contínuo. Não se faz um plano e está tudo pronto. Você faz, vai colocando em prática e, se no meio do caminho ver que algo deu errado por isso ou aquilo, tem que se rever o plano. Isso é ser inteligente."

Fonte: G1

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Metrô de SP é o maior alvo de críticas em encontro sobre mobilidade urbana

sexta-feira, 4 de março de 2011

 O seminário sobre mobilidade realizado pela Rede Nossa São Paulo na manhã desta terça-feira (1º) pretendia ser uma discussão sobre soluções inovadoras sobre transporte público sustentável. Em poucos minutos a proposta inicial deu lugar à discussão de velhos problemas atribuídos ao transporte público sobre trilhos na capital paulista e Região Metropolitana de São Paulo. No estado, as linhas de metrô são responsabilidade da Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô) e as de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

As críticas giraram em torno da falta de planejamento e de capacidade de realização do poder público estadual em relação a melhorias e expansão de linhas de metrô e trem. “A gente não tem uma malha ferroviária, tem uma rede para transportar café para Santos”, provoca Marcos Kiyoto, arquiteto especialista em transportes de alta capacidade.

Ele lembra o planejamento da linha 4 do metrô (Amarela) que estava prevista inicialmente para ter a primeira fase entregue em 2008 e a segunda em 2010. Mas, de acordo com o novo Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, deve começar a funcionar em 2014. Até maio de 2010 somente duas estações foram inauguradas e até março de 2011 funcionam em tempo parcial.

“Os planos mudam mais rápido do que a linha é construída”, brinca Kiyoto. “Há descontinuidade. Faltam prioridades”, critica. O especialista avalia que o metrô cresce em um “ritmo lento”. Em média, o serviço em São Paulo aumenta 2,6 km por ano, número muito abaixo do crescimento necessário, aponta. “A cidade tem 69 km de metrô. Estamos absurdamente abaixo da cidade do México com 200 km”, compara.

Kiyoto chama atenção para a importância de estruturar as linhas do metrô com mais intersecções. Alongar as linhas não resolve o problema de sobrecarga porque não há nós para desembarque.

Manuel Xavier, presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), aproveitou a presença, na mesa debatedora do encontro, de executivos do metrô e da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos. Ele questionou a dificuldade do estado em planejar e executar obras, apesar de dispor das melhores informações e de excelente corpo técnico.  “O planejamento estadual é ineficiente. Entre planejamento e construção serão 12 anos para a finalização de uma etapa da linha 4”, indica. 

Segundo ele, a obra estourou prazos e orçamento. “A promessa de custo fechado, chamado de turn key, resultou num custo maior. O estado vai colocar mais R$ 500 milhões”, adverte.

Ailton Brasiliense  Pires, assessor de planejamento  da CPTM e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), criticou a falta de política de uso do solo na capital paulista. “Deixaram as coisas acontecerem de acordo com os interesses da construção civil. Agora alguém tem de pagar pelo problema”, destaca.

Ele pleiteia um plano de adensamento para a região metropolitana a fim de planejar habitações de acordo com a oferta de transportes de alta capacidade. “A linha Leste-Oeste, que parte da estação Corinthians Itaquera, sai com 60 mil. Ao chegar no Brás tem 80 mil”, descreve.  “Dez pessoas por metro quadrado, como no metrô, seria bom se eu pudesse escolher as outras nove”, ironiza.

Para ele, “há muitos prefeitos e governadores, mas poucos estadistas”. O que justificaria a descontinuidade de ações e mudanças constantes de planos. Mas o pior, segundo Pires, é a ideia de que transporte público é uma questão de mercado. “Lucro máximo tem a ver com investimento mínimo”, destaca. “O metrô deveria ser um projeto de cidadania”, dispara.

Defesa

Epaminondas Duarte Junior, assistente da diretoria de Planejamento e Expansão dos Transportes Metropolitanos, representante do metrô no encontro, defendeu as ações da empresa. “Planejamento é planejar sempre. A cidade muda, por isso a necessidade de sempre estar planejando”, indicou. “O metrô faz isso muito bem”, rebateu.

O representante do metrô explicou que a população que mora na periferia cresceu, mas a densidade de emprego continua preponderante no centro da capital paulista. Fato que leva grande contingente, continuamente, a uma mesma área da cidade. Duarte também justificou problemas no metrô devido à troca de sinalização de todo o sistema. “A sinalização é da década de 1960”, informa. “Teremos o que há de mais moderno em termos de sinalização”, aponta.

Na mesma linha, o assessor da presidência do metrô, Marcos Kassab, garantiu que a única falha da empresa é “fazer muito planejamento, mas informar pouco sobre o que faz”. O representante do secretário Estadual de Transportes Metropolitanos afirmou que o sistema sobre trilhos não cresce por falta de recursos. Para melhorar a situação, ele sugere corte nos impostos de implantação de transporte público.

Monotrilho

A expansão do metrô por monotrilho, defendida pelo governo do estado em pelo menos duas linhas de metrô causou uma série de críticas de parte da mesa debatedora e da plateia.

Para Kiyoto, a alternativa não é boa para a capital paulista por ter capacidade média de transporte de passageiros, quando a cidade precisa de alternativas de alta capacidade. “O monotrilho sobrecarrega o transporte, não cria rede”.

Xavier da Fenametro disse estranhar o fato do monotrilho estar em desuso no mundo, mas estar listado para importantes obras de transporte coletivo no estado de São Paulo.

Moradores da Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista, uma das regiões que deve receber o modal de transporte,  questionaram a segurança e a viabilidade do modal. “Não atende a demanda da população”, esclarece Vieira, liderança da região.

Na defesa do projeto, Duarte avalia que o monotrilho terá a mesma qualidade de serviços do metrô, mantendo a confiabilidade e regularidade. Ele garante que um monotrilho poderá transportar 40 mil pessoas por sentido por hora. Kassab ponderou que seriam 48 mil pessoas.

Autoridade metropolitana

A ideia de uma autoridade metropolitana, uma espécie de prefeito da região metropolitana de São Paulo, foi bem aceita pelos especialistas presentes no encontro sobre mobilidade. Entretanto, é preciso que a entidade funcione e não seja apenas figurativa, ressaltou Xavier, presidente da Fenametro.

Kassab identifica que não há mais limites entre municípios. “Não há barreiras visuais entre municípios”, menciona. “Metrópole funciona como unidade”, pressupõe o assessor da Presidência do metrô.

Pires da ANTP defende uma autoridade que realize o planejamento integrado dos 39 municípios que compõem a região. A Região Metropolitana de São Paulo concentra 10% da população brasileira e 50% do estado.



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Panes no Metrô de São Paulo crescem 27% em quatro anos

domingo, 28 de fevereiro de 2016

O número de problemas no funcionamento do Metrô paulista, com impacto significativo para os passageiros, tem aumentado nos últimos quatro anos. O sistema sofreu 74 panes em 2015, nas quatro linhas administradas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) – 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás. Em 2011, foram 58, o que representa aumento de 27,5% nas falhas do sistema. É o que aponta o levantamento feito pelo site Fiquem Sabendo com base em dados do Metrô de São Paulo obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Segundo os dados, as ocorrências que causaram impacto significativo no sistema – com interrupção na circulação dos trens – cresceram ano a ano: 58 em 2011; 71 em 2012; 72 em 2013, 73 em 2014, e 74 em 2015. No mesmo período, a quantidade de passageiros transportados pelas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás, juntas, cresceu de 1,087 bilhão para 1,116 bilhão (3%).

A Linha 1-Azul (que liga o Jabaquara, na zona sul, ao Tucuruvi, na zona norte) foi a que teve maior número de falhas em 2015. Foram 29, quase o dobro das ocorridas em 2011: 15, apesar de o número de passageiros ter diminuído: 417,8 milhões de pessoas, em 2015. Em 2011, a mesma linha transportou 433,5 milhões de passageiros.

A Linha 3-Vermelha, a mais movimentada do Metrô atualmente, que liga a Barra Funda (zona oeste) a Itaquera (zona leste) teve redução das panes: foram 35, em 2012; 26, em 2013; 23 em 2014,  e 22 no ano passado.

Problemas persistem
Ontem (25), a Linha 2-Verde, que liga a Vila Madalena (zona oeste) à Vila Prudente (leste) sofreu uma pane que interrompeu a circulação dos trens por 45 minutos e deixou o sistema com velocidade reduzida por, pelo menos, duas horas. O Metrô chegou a restringir a entrada de passageiros nas estações. No dia 20 de janeiro, uma falha em um trem entre as estações Penha e Carrão, da Linha 3-vermelha, deixou a circulação mais lenta e as estações lotadas.

Segundo os metroviários, a implementação do novo sistema de sinalização, o Controle de Trens Baseado em Comunicação (CBTC), tem causado problemas no funcionamento do sistema da Linha 2-Verde. O CBTC passou a operar todos os dias da semana a partir do último dia 13, após oito anos da aquisição do sistema, por R$ 700 milhões. “O sistema deveria reduzir a distância entre os trens, possibilitando colocar mais carros nas linhas, com segurança. Mas nem isso está sendo possível”, afirmou Altino Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

Alckmin havia prometido instalar o sistema também nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha até o final de 2014. Na linha 5-Lilás, 26 trens novos que possuem o sistema CBTC estão parados há quase dois anos porque o mesmo não foi implementado na via. Os trens foram comprados por R$ 630 milhões, mas não há previsão de quando vão passar a transportar os usuários.

No sistema atual, chamado ATO, a linha é dividida em setores de 150 metros. Quando dois trens ocupam o mesmo setor, o avanço do que está atrás é impedido por meio de um corte na energia elétrica. Com o sistema CBTC, a comunicação se dá por rádio, por meio de antenas colocadas nos trens e ao longo da via, o que garante maior segurança para reduzir a distância entre as composições. O novo sistema também controla a abertura de portas conjugadas entre o trem e a estação.

Metrô se diz seguro
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) informou que as panes registradas ao longo dos últimos anos são proporcionais ao número de viagens realizadas, à quilometragem percorrida e à quantidade de passageiros transportados. E que o sistema é seguro.

“O Metrô de São Paulo transporta 4 milhões de passageiros diariamente, realizando mais de 3.500 viagens diárias, com 60 mil quilômetros percorridos. No ano de 2015, o número de quilômetros percorridos aumentou na comparação ao realizado em 2014. Dessa forma, o número de incidentes notáveis apresenta estabilidade entre os anos de 2014 e 2015, mantendo-se dentro dos padrões internacionais de qualidade e segurança. Os números mostram que o Metrô de São Paulo é um sistema de transporte regular, confiável e seguro, considerado internacionalmente como um dos dez melhores do mundo.”

Informações: Rede Brasil Atual

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Ritmo de crescimento do Metrô de São Paulo dobrou nos últimos cinco anos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O ritmo de expansão do Metrô de São Paulo cresceu 50% nos últimos cinco anos em relação à média histórica. O aumento ocorreu após o índice diminuir década a década desde a inauguração do primeiro trecho da companhia, em 1974. Ainda assim, o crescimento que o transporte sobre trilhos vem registrando desde 2007 está longe de garantir uma malha compatível com o tamanho e a população da cidade de São Paulo, dizem especialistas.
Entre a inauguração do metrô, em 1974, e 1984, 24,7 km de linhas passaram a operar, uma média de construção de 2,47 km por ano. Na década seguinte, entretanto, o ritmo diminuiu: foram 18,7 km de novas linhas entre 1984 e 1994, média de 1,87 km por ano. Apesar de a demanda por transporte aumentar e o trânsito na cidade se tornar cada vez mais caótico, o ritmo de ampliação da malha seguiu em queda entre 1994 e 2004. Foram apenas 1,42 km de metrô por ano no período.

Na média histórica, foi construído 1,88 km de metrô por ano, de 1974 a 2006. Nos últimos cinco anos, essa média aumentou para 2,82 km por ano (crescimento no ritmo de expansão de 50%) com a inauguração da linha 4-Amarela, e de novas estações na linha 2-Verde.

Promessas

Em setembro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que, até o final do seu governo (2014), terá entregue 30 km de novas linhas de metrô e deixará outros 95 km em construção, incluindo monotrilho (um trem mais estreito que roda por cima da terra em vias elevadas). O diretor-presidente do Metrô, Sergio Avelleda, diz que a companhia receberá investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos quatro anos.

Entre as principais promessas do Metrô para os próximos anos estão o prolongamento da linha 2-Verde, entre a Vila Prudente e o Hospital Cidade Tiradentes, por meio de monotrilho; a inauguração de novas estações da linha 4-Amarela e sua expansão até a Vila Sônia; a inauguração de 11 novas estações da linha 5-Lilás, entre Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin; e a criação da linha 17-Ouro, ligando Jabaquara ao estádio do Morumbi, também por meio de monotrilho.

Metrô de SP tem poucas conexões

Se concluídas no prazo, essas obras devem deixar São Paulo com uma malha metroviária 54,3 km maior até 2016. Isso representaria um aumento anual cinco vezes maior que o da média histórica até 2006 e três vezes maior que o verificado nos últimos cinco anos.

Crescimento insuficiente

Entretanto, de acordo com especialistas ouvidos pelo R7, mesmo esse ritmo inédito de expansão, caso se concretize, não vai proporcionar a São Paulo, em curto ou médio prazo, uma malha de metrô adequada. Além disso, dizem eles, esse crescimento até 2016 tem que ser relativizado por se basear, sobretudo, em linhas de monotrilho, que têm capacidade de transporte menor do que o metrô.

Para o consultor de engenharia de tráfego Horácio Figueira, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), é uma ilusão achar que o metrô pode resolver o problema do trânsito na capital paulista.

- A conclusão é cruel. É caro, é demorado, não dá para esperar ficar pronto para essa encarnação. Talvez daqui a cem anos vamos ter um transporte de trilhos adequado, mas aí talvez a gente nem vá mais precisar de nada disso. Não podemos nem devemos nos iludir que Metrô e CPTM vão resolver o problema de mobilidade.

Doutor em engenharia de transportes também pela USP, Cláudio Barbieri da Cunha reforça a afirmação feita por Figueira de que o ritmo de expansão atual não é suficiente. Ele diz ainda que não dá para colocar o monotrilho ao lado de metrô quando se fala na expansão da rede.

- Quando a gente fala em monotrilho, a gente está falando de sistema de transporte ferroviário, mas não é exatamente um metrô. Investimento é menor, capacidade é menor, complexidade é menor. Tem regiões que a demanda é tão alta que isso nem vai dar conta.



Fonte: R7.com



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