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DF estuda adotar tarifa zero no transporte público

domingo, 7 de maio de 2023

Usar o transporte público sem pagar tarifa na catraca. Esta é uma realidade estudada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF) . Segundo a pasta, "estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise".

No Brasil, de acordo com o pesquisador Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, 69 cidades – pequenas e médias – já adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público (saiba mais abaixo).

A tarifa zero universal, é o uso do transporte público sem o pagamento pelo usuário final. O assunto também é pauta na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa (CMTU) discutiu o tema em reuniões técnicas com especialistas da área e lançou, na quarta-feira (3), a Subcomissão da Tarifa Zero.

O deputado distrital Max Maciel (Psol), presidente da CMTU e um dos integrantes da subcomissão, destacou que há cinco projetos de lei em discussão na Câmara Legislativa que tratam da gratuidade para diferentes categorias de usuários como pessoas em situação de vulnerabilidade e enfermeiros. No entanto, a subcomissão, composta também pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Pedro Paulo de Oliveira, o Pepa (PP), pretende desenvolver uma proposta de tarifa zero que englobe todos os usuários do transporte público.
"Temos um sistema de mobilidade que não pensa nas mulheres, nos novos territórios que foram construídos. [...] A nossa política de mobilidade deixa a desejar no atendimento ao usuário. [...] Se o tarifa zero entra, traz para dentro do sistema um público que começa a acessar esporte, educação, emprego e renda e um público que não consegue acessar porque a tarifa é cara", diz Max Maciel.

De acordo com o deputado, a tarifa zero pode garantir a inclusão de pessoas no acesso à cidade, mas deve ser feita de forma gradual.

Por que a tarifa zero ainda não foi adotada no DF?
Segundo Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, a adoção da tarifa zero é viável e possível no DF. Ele lembra que o benefício já foi concedido de forma parcial no Distrito Federal em quatro momentos:

Na implementação do Metrô; no aniversário de Brasília; nos ônibus do CCBB e da Câmara dos Deputados; no início do sistema de BRT (Gama - Santa Maria).

"Não é algo alienígena no DF, temos também a conquista histórica do movimento Passe Livre Estudantil. Essas experiências têm que ser olhadas com cuidado para que não seja dito que tarifa zero é inviável ou impossível no DF", afirma o pesquisador. Para Santarém, impostos para lanchas e taxação sobre automóvel podem ser fontes de recursos para promoção da tarifa zero.

No entanto, mesmo com as experiências passadas, Santarém ressalta que o transporte ainda não é visto como política pública e que as empresas de mobilidade do DF têm pouco interesse em adotar um novo modelo de tarifa, para calcular o custo por km rodado e não por passageiro.

As empresas de ônibus Viação Piracicabana, TCB, Viação Pioneira, Viação HP-ITA (URBI) e Viação Marechal afirmaram ao g1, por meio das assessorias, que se a proposta da tarifa zero for aprovada pela Semob, as companhias vão acatar.

No Distrito Federal, o sistema de transporte público coletivo é custeado em parte pelo GDF e em parte pela população, por meio do pagamento da passagem. Em 2022, o subsídio pago pelo governo foi de R$ 890 milhões. Já o valor de 2023, de acordo com a Semob, será reajustado "de acordo com critérios previstos em contrato".
"Ou teremos um novo aumento de tarifas ou teremos um aumento de subsídios", diz Paíque Duques Santarém.
Desde 2013, foram 9 reajustes anuais concedidos na tarifa do transporte público do DF. Confira na tabela abaixo:

Reajustes anuais concedidos em tarifas do transporte público do DF.

Mês do reajuste Valor em % do reajuste
14/09/2013 6,65%
14/09/2014 12.58%
14/09/2015 8,04%
14/09/2016 10,60%
14/09/2017 3,43%
14/09/2018 6,99%
14/09/2019 4,98%
14/09/2020 0.00%
14/09/2021 21,25%
14/09/2022 19,51%
Fonte: Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF)

Atualmente, o valor das tarifas no DF são de

R$ 2,70 (curta distância)
R$ 3,80 (média distância)
R$ 5,50 (longa distância)

De acordo com a Semob, o passageiro pode fazer até três embarques, no período de 3 horas, em um único sentido, com a integração no cartão Mobilidade, pelo valor máximo de R$ 5,50.

Em abril, foram registrados 27.765.328 acessos no sistema de transporte público do DF. Em março, foram 31.078.082.

No entanto, a Semob ressalta que o acesso não é o mesmo que a quantidade de passageiros, pois uma pessoa pode realizar mais de uma viagem por dia.

O pesquisador Paíque Duques Santarém afirma que a tarifa zero pode aumentar o número de usuários no transporte público e diminuir a utilização de carros e motos, contribuindo para a diminuição de gases poluentes.

No país, um total de 69 cidades adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público. Segundo Santarém, nos últimos dez anos, houve a adesão de 59 municípios, uma média de quase seis cidades por ano.

O pesquisador ainda destaca que cerca de 3 milhões de pessoas foram atendidas.

“De forma muito sucinta, estamos em um momento que defino como um ciclo virtuoso da tarifa zero no Brasil. Passamos de menos de dez cidades com tarifa zero em 2013, para cerca de 14 cidades em 2018 para, em 2023, 69 cidades com tarifa zero no Brasil", diz Santarém.

De acordo com o mapa Cidades com Passe Livre em 2023 (veja acima), a maioria dos municípios que adotam a tarifa zero universal estão concentradas nas regiões Sudeste e Sul. O mapeamento é organizado pelo pesquisador Daniel Santini, mestrando em Planejamento Urbano e Regional na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Além das pequenas e médias cidades, capitais estão testando ou estudando a implementação do sistema de tarifa zero. Além de Brasília, Cuiabá, Palmas, Florianópolis, Teresina, Porto Alegre, São Paulo e São Luís são algumas das grandes cidades interessadas, de acordo com os pesquisadores

Confira aqui a lista completa das cidades que adotaram a tarifa zero

O aumento da adesão de tarifa zero entre cidades pequenas e médias e a consideração da proposta por cidades maiores é consequência do ciclo vicioso do aumento das tarifas, que, de acordo com Paíque Duques Santarém, ocorre no Brasil desde a década de 1990 até 2013.

"O financiamento do transporte pela tarifa entrou no ciclo vicioso de aumento de tarifas. Transporte é sustentado basicamente pela tarifa paga pelo usuário, empresas aumentam a tarifa, o número de usuários do sistema cai, o transporte precariza e fica mais caro, e isso afasta passageiros, seja pela inclusão ou pela impossibilidade", afirma Santarém.

Além disso, segundo o pesquisador, nos últimos quatro anos, houve quatro fatores que motivaram o aumento das adesões à tarifa zero. São eles: custo político do aumento da tarifa do transporte, precarização e empobrecimento da população, migração para o automóvel ou moto e "uberização".

Santarém destaca que os empresários do transporte continuam ganhando dinheiro, mas diz que o setor está lucrando menos, o que fez com que muitas empresas abandonassem o serviço e outras começassem a lutar por subsídios.

" É incontornável debater tarifa zero para tratar do transporte coletivo. É uma solução racional. Temos uma dimensão social e uma economia dependente da circulação de pessoas na cidade”, diz Santarém.

O que diz a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
"A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que os estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que o DF adota o sistema de tarifa técnica, que é um benefício para os usuários do transporte coletivo, pois impede que o custo do sistema seja pago integralmente pelo passageiro. Parte deste custo é pago pelo usuário (por meio da passagem) e o restante pelo complemento tarifário que é pago pelo governo. Assim, o preço da passagem (tarifa de ônibus e metrô) é uma decisão de política pública do GDF.

Por fim, a Semob informa que, em 2022, o subsídio pago referente à manutenção do equilíbrio econômico financeiro do sistema foi de cerca de R$ R$ 890 milhões. O valor para 2023 será de acordo com as variações das tarifas técnicas, que são periodicamente revisados e ajustados (para mais ou para menos), seguindo os critérios previstos em contrato."

Informações: G1 DF
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Justiça libera operação da Buser em Santa Catarina

domingo, 26 de junho de 2022

Uma das maiores plataforma de intermediação de viagens rodoviárias do Brasil, a Buser está liberada para operar em Santa Catarina.


Na terça-feira, dia 21 de junho, a 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis revogou a liminar que proibia a empresa de atuar no estado.

A ação foi movida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Santa Catarina (SETPESC).

Na nova decisão, o juiz Laudenir Fernando Petroncini ressalta que o Decreto Estadual nº 1.342/2021, que entrou em vigor em agosto do ano passado, promoveu uma nova regulamentação no serviço de transporte intermunicipal de passageiros em regime de fretamento, previsto na Lei Estadual nº 5.684/1980, ao revogar expressamente o inciso XLVII do art. 3º e os arts. 112 a 122 do Decreto Estadual nº12.601/1980.

“O referido decreto (1.342/2021) também estabeleceu que o serviço de fretamento, contínuo ou eventual, não poderia implicar no estabelecimento de serviço de transporte público regular”, afirmou o magistrado.
Para o juiz, enquanto a Buser e as empresas fretadoras credenciadas na plataforma estiverem prestando serviços com observância das regras não estará caracterizada a prestação de serviço de transporte público de passageiros.

“Se as empresas que prestam serviço para Buser Brasil Tecnologia Ltda. obtêm licença para realizar o fretamento e se essas empresas estão observando as vedações ao referido serviço impostas, irregularidade na atividade não há”, ressaltou.

Ele também reconheceu a existência de contradição na argumentação do SETPESC, que tinha alegado que a Buser deveria se submeter ao processo licitatório para poder realizar o transporte regular:

“Seria muito exigir da parte coerência entre suas manifestações em processos diferentes. Contudo, se a autora tiver razão na alegação que faz em defesa de seus representados na outra ação, sua tese, aqui, restará prejudicada, pois se a licitação não é exigível para seus filiados, também não o seria para a Buser.”

O magistrado reconheceu que a atividade exercida pela Buser, de comercializar em sua plataforma viagens intermunicipais para grupos de pessoas, na modalidade de fretamento eventual ou contínuo, está inserida no âmbito privado. Destacou, ainda, que o estado não detém o monopólio do serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, e muito menos são titulares de tal monopólio as empresas representadas pelo SETPESC.

“O serviço privado, de outro lado, independe de licitação (art. 8º, da Lei Estadual nº 5.684/1980). Basta que o interessado demonstre ao estado o cumprimento de determinados requisitos, que na espécie são aqueles estabelecidos na legislação mencionada. Assim, diante da publicação e entrada em vigor do Decreto Estadual nº 1.342/2021, que modificou as regras para a realização do serviço de transporte rodoviário coletivo intermunicipal de passageiros em regime de fretamento, fato novo que autoriza uma nova análise do pedido antecipatório, revogo a decisão do Evento 17, que deferiu em parte a tutela de urgência pleiteada na inicial, porque deixou de existir probabilidade no direito alegado”, concluiu.

Informações: economiasc.com
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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Ônibus param de circular na Grande Florianópolis a partir de segunda-feira

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O governo de Santa Catarina decretou nesta sexta-feira novas medidas restritivas para promover o isolamento social em sete regiões que estão classificadas em situação gravíssima na pandemia de Covid-19. Uma delas é a Grande Florianópolis.

A partir de segunda-feira, o transporte coletivo urbano municipal e intermunicipal de passageiros estará suspenso por 14 dias. A concentração e permanência de pessoas em espaços públicos de uso coletivo, como parques, praças e praias, está suspensa já a partir deste sábado (18). O governador Carlos Moisés da Silva também prorrogou a suspensão das aulas presenciais em toda rede de ensino público e privada até 7 de setembro, nesse caso, em todo Estado.

O decreto abrange 111 dos 295 municípios catarinenses. As regiões de Saúde que estão em situação gravíssima são: Carbonífera, Região de Laguna, Grande Florianópolis, Foz do Rio Itajaí, Médio Vale do Itajaí, Nordeste e Região de Xanxerê.

Na sexta-feira, o governo divulgou mais 59 mortes pelo coronavírus, maior número desde o começo da pandemia. Com isso, o total de vítimas chega a 646. em 120 municípios, sendo 77 em Joinville, 68 em Itajaí e 35 em Florianópolis. Das 58 mortes informadas nesta sexta-feira pela secretaria da Saúde, 39 aconteceram de quarta-feira para cá.

O boletim desta sexta aponta mais 1.768 diagnósticos confirmados. Com isso, o total de casos desde o começo da pandemia é de 51.549. Há registro da doença em 283 municípios, ou seja, em 95% do Estado. 

Informações: NSC Total
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Rodoviária de Foz do Iguaçu obtém quatro estrelas em avaliações no Google

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Uma pesquisa no Google é quase sempre a primeira e a última parada para quem está procurando produtos e serviços. O site de pesquisas traz informações, detalhes de contato, localização no mapa e também serve como indicador da qualidade ao mostrar se os clientes estão satisfeitos com os estabelecimentos. A Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu tem recebido avaliações positivas dos usuários. Mais de seis mil pessoas já registraram comentários e numa escala de 1 a 5 estrelas, onde 1 é “ruim” e 5 é “excelente”, a Rodoviária de Foz alcançou a média de satisfação de 4 estrelas.   

Em comparação com rodoviárias de outras cidades brasileiras, o índice obtido por Foz do Iguaçu é maior do que em Gramado (3,4), Florianópolis (3,3), Rio de Janeiro (3,6), Curitiba (3,7) e Cascavel (3,80). “O Google serve de referências e a nota quatro nos motiva a melhorar cada vez mais”, considera o engenheiro Renato Pena Camargo, diretor da Tarobá Construções, empresa gestora do terminal.   


Avaliações

Com uma rápida busca no Google, pela Rodoviária de Foz do Iguaçu estão vários comentários de pessoas que estiveram no local e destacaram os bons espaços para espera, lanches e cafezinho até o ônibus sair; a variedade do comércio e serviços como caixa eletrônico, farmácia, lanchonete, lojinhas, wifi grátis e os banheiros limpos. As condições de segurança, estrutura de apoio ao passageiro e disponibilidade de assentos na sala de embarque são reconhecidas pelos usuários. “Isso não é uma Rodoviária, é um aeroporto disfarçado. Amei estar aqui e super recomendo. Um lugar extremamente organizado comparado às rodoviárias que conheço pelo Brasil”, elogiou Alais Paixão. Na opinião de Jeremias Cavalcanti, “o terminal rodoviário é bastante acolhedor e super limpo”.

Desde 2016, o local é administrado pela Tarobá Construções. Nesse período, a rodoviária vem passando por transformações e melhorias. Entre elas estão banheiros equipados com cabines para o viajante que quiser tomar banho. Para utilizar o banheiro é cobrada a taxa de R$ 1 que visa evitar a depredação, vandalismo e serve também como prevenção a ilícitos. Crianças, idosos e Pessoas com Deficiência (PCD’s) estão isentos do pagamento. O terminal também dispõe de banheiro gratuito, próximo à Administração. “Nos anos anteriores, as pessoas entravam para roubar torneiras, fechaduras e até mesmo para esconder mercadorias, drogas e armas, felizmente hoje o momento é outro”, afirma Renato.

Os espaços comerciais são diversificados. Os viajantes encontram de barbearia, casa de câmbio até lojas de artigos para viagens. A mais recente novidade é a locadora de automóveis inaugurada este mês, ampliando a oferta de produtos e serviços ao público.

Informações: Portal da Cidade

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Florianópolis tem ajuste de horário em 700 partidas de linhas

terça-feira, 23 de julho de 2019

Florianópolis teve ajustes nos horários de 700 partidas de linhas do transporte coletivo nesta segunda-feira (22), conforme o Consórcio Fênix.

Os novos horários podem ser conferidos no site da concessionária de transporte público ou através do aplicativo Floripanoponto.

De acordo com o Consórcio Fênix, a maioria dos ajustes é inferiores a cinco minutos. A concessionária ainda garante que não haverá redução ou extinção de linhas.

A mudança equivale a 8% das médias diárias de viagens, segundo a empresa. Elas foram feitas para adequar a realidade de trânsito e outros fatores ligados à mobilidade.

Informações: G1 SC


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Corredor exclusivo para ônibus começa a ser construído em Florianópolis

quarta-feira, 29 de março de 2017

A partir desta segunda-feira (27), moradores, comerciantes e motoristas que passam pelo entorno da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), no bairro Trindade, em Florianópolis, precisarão de uma dose extra de paciência. Isso porque começam as obras de parte dos 17 quilômetros do corredor exclusivo para ônibus do sistema BRT, apelidado de “Rapidão”, que vai contornar o maciço do Morro da Cruz, saindo do Centro e passando por mais quatro bairros. O corredor integra o anel viário, que é uma obra avaliada em R$ 162 milhões dividida em dois trechos.

Com sete quilômetros de extensão, o primeiro trecho tem início no trevo de acesso ao bairro Córrego Grande ao Ticen (Terminal de Integração do Centro). A previsão do secretário de Infraestrutura, Luiz Américo Medeiros, é de que este lote leve dois anos para ficar concluído. “Será a maior intervenção de mobilidade urbana no transporte público na história da Capital. Por isso, a população precisa ter um pouco de paciência, porque o trânsito ficará ainda mais complicado pelas interferências. A obra inteira deve ficar pronta em três anos”, avisa.

A primeira intervenção será de 300 metros, a partir do trevo de acesso ao bairro Córrego Grande em direção ao trevo do Hospital Universitário, no canteiro central da avenida Professor Henrique da Silva Fontes. As faixas próximas ao canteiro serão interditadas pelo período de dois meses nos dois sentidos. A região foi sinalizada com placas, que advertem para as obras.

O sistema Rapidão prevê a construção do corredor exclusivo com pavimento de concreto e de estações centrais, cercados por pistas de duas faixas nos dois sentidos. O projeto também contempla acesso para pedestres e ciclistas, além de interseções no sistema viário atual. A obra tem o financiamento da CEF (Caixa Econômica Federal) e o primeiro trecho tem orçamento de R$ 37 milhões.

Sistema binário deve fazer o trânsito fluir

O secretário de Transporte e de Mobilidade Urbana, Sérgio Hickel do Prado, informa que o projeto do anel viário prevê um sistema binário na UFSC, que consiste em transformar vias paralelas e próximas de mão dupla, em vias de sentido único. O objetivo é ordenar o trânsito para os motoristas, pedestres e ciclistas.

“É uma obra complexa que vai dar mais fluidez a mobilidade urbana, incentivando o transporte coletivo de passageiros. Será mais rápido e econômico deslocar-se pelo sistema de ônibus BRT nesta região, que terá o corredor exclusivo, em relação ao carro particular. A população vai fazer as contas dos preços do combustível e do estacionamento, além do tempo gasto no trânsito, e vai perceber de que o ‘Rapidão’ será mais vantajoso”, espera.

A prefeitura trambém promete intensificar os trabalhos de drenagem e terraplanagem no trecho do anel viário que fica no terreno cedido pela UFSC, paralelo a Rua Deputado Antônio Edu Vieira.

Anel viário com corredor exclusivo para ônibus 

- Av. Professor Henrique da Silva Fontes (Trindade)

- Rua Deputado Antônio Edu Vieira (Pantanal)

- Av. Prefeito Waldemar Vieira (Saco dos Limões)

- Av. Gustavo Richard (Centro)

- Av. Paulo Fontes (Centro)

- Av. Osvaldo Rodrigues Cabral (Centro)

- Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos (Centro)

- Av. Governador Irineu Bornhausen (Agronômica)

Informações: Notícias do Dia
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Tarifa de ônibus em Curitiba passa a ser a mais cara do Brasil

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Desde a zero hora de segunda-feira, as tarifas dos ônibus de Curitiba e região estão mais caras. O anúncio do aumento da tarifa foi feito na sexta-feira passada pela Urbs e pela Comec.
Foto: Franklin de Freitas

A tarifa do transporte coletivo de Curitiba foi reajustada e passou a R$ 4,25 passando a ser a mais cara do Brasil entre as capitais. a tarifa antiga era de R$ 3,70. Nas linhas metropolitanas sob responsabilidade da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), o preço da passagem varia entre R$ 4,25 e R$ 5,30, conforme degrau adotado pela Coordenação.

Também a passagem do Circular Centro — da Urbs —passou a custar R$ 3,00 e a Linha Turismo, R$ 45,00. Aos domingos, o valor da passagem será o mesmo praticado nos dias úteis, ou seja, não há mais a tarifa domingueira implantada pelo então prefeito, Beto Richa, em 2005.

A justificativa da Urbs ed da Comec para o reajuste foi a falta de equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte público. “A decisão foi técnica e não demagógica para evitar a continuidade do sucateamento do transporte público”, disse o presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), José Antonio Andreguetto na sexta-feira.

A passagem de ônibus vai a...

VALORES     LINHAS
R$ 4,25       Curitiba/Urbs
R$ 4,25       Campo Magro, Campo Largo, Araucária e Pinhais/Comec (1º degrau)
R$ 4,30       São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré e Colombo/Comec (2º degrau)
R$ 4,40       Piraquara e Fazenda Rio Grande/Comec (3º degrau)
R$ 5,30       Bocaiúva do Sul, Contenda, Itaperuçu e Rio Branco do Sul/Comec (4º degrau)
R$ 3,00       Circular Centro /Urbs
R$ 45,00     Linha Turismo/Urbs

A situação em todas as capitais brasileiras:

Aracaju - R$ 3,10
Belém - R$ 3,40 
Belo Horizonte - R$ 4,05
Boa Vista - R$ 3,10
Brasília - R$ 3,50 
Campo Grande - R$ 3,50
Cuiabá -  R$ 3,60 
Curitiba - R$ 4,25
Florianópolis - R$ 3,90 
Fortaleza - R$ 3,20 
Goiânia - R$ 3,70 
João Pessoa - R$ 3,20 
Macapá - R$ 2,75
Maceió - R$ 3,15
Manaus - R$ 3,30
Natal - R$ 2,90
Palmas - R$ 3,00
Porto Alegre - R$ 3,75
Porto Velho - R$ 3,00
Recife - R$ 3,20
Rio Branco - R$ 2,90
Rio de Janeiro - R$ 3,80
Salvador - R$ 3,60 
São Luís - R$ 2,90
São Paulo - R$ 3,80
Teresina - R$ 3,20

Vitória - R$ 3,20

Informações: Bem Paraná
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Coletivos de Cuiabá terão sinal de internet gratuito aos usuários em 30 dias

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Aprovada no final do ano passado, uma lei obriga o Poder Executivo a disponibilizar, gratuitamente, o sinal de internet móvel através do sistema de Wi-Fi aos usuários do transporte público. Nos próximos 30 dias, os passageiros cuiabanos poderão bater-papo, fazer self ou enviar e receber fotos, em tempo real, dentro do coletivo.

A lei estabelece que a conexão do sinal Wi-Fi será disponibilizada nos veículos e nos terminais do transporte coletivo dentro de Cuiabá, sendo que para a conexão, o usuário poderá utilizar celular, smartphone, tablet, notebook e demais aparelhos que possuam dispositivos compatíveis com o padrão Wi-Fi de conexão á internet, com controle de acesso de alguns serviços e sites.

“Estamos muito satisfeitos porque já sabemos que dentre os cinqüenta e cinco novos ônibus que estarão em Cuiabá, até o final deste mês, 29 já estão adequados com ar condicionado e Wi-Fi, apenas aguardando a liberação para começar a rodar”, comemora o vereador Marcrean Santos, autor do projeto.

Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Natal já oferecem este benefício em pelo menos algum de seus transportes públicos e, agora, Cuiabá passará a integrar este seleto grupo.

“O trabalhador cuiabano passa horas dentro do transporte público, em trajetos para o trabalho ou escola, pagando uma das mais altas tarifas de transporte de ônibus do país, nada mais justo que tenha a oportunidade de acessar uma conexão a internet para se informar, comunicar ou mesmo se divertir para passar o tempo, além disto, em ambiente climatizado”, argumenta o vereador.

Caberá à Secretaria de Mobilidade Urbana regulamentar as condições de uso deste sistema, assim como a forma de acesso dos usuários ao programa, através de um cadastramento para estabelecer a conexão de acesso.

O Executivo Municipal também irá informar os usuários do transporte público, por meio de placas, que serão afixadas em local de fácil visualização, a disponibilidade do serviço gratuito, além de prestar todas as orientações para a utilização do sistema.

Informações: O Documento
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Florianópolis amanhece sem ônibus nesta quarta-feira

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Os ônibus não saíram da garagem da principal empresa de transporte coletivo no início da manhã desta quarta-feira (1) na Grande Florianópolis, apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de circulação de uma frota mínima de 50% com horário de sábado. Viaturas da Polícia Militar estão nas garagens desde às 5h para garantir a segurança dos veículos e trabalhadores.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Urbano da Grande Florianópolis (Sintraturb) Deonísio Linder, motoristas e cobradores não abrem mão de aumento de salário e de vale-refeição, entre outras reinvindicações.

“O sindicato não impedirá ninguém de trabalhar, a categoria é que não está disposta a retornar e exige o direito dela. A questão de circular com frota mínima é pior, porque a população acha que não tem ônibus e não vai para as paradas e quem vai encontra meia dúzia de veículos, que não atendem a demanda, as pessoas se irritam e até entram em atrito com motoristas e cobradores. A solução para o problema é sentar, negociar e regularizar a situação”, disse Denísio.

Uma reunião está marcada para as 10h entre sindicato e patrões e uma assembleia deve ocorrer com os trabalhadores às 12h. “Eles que façam uma proposta que os funcionários retornam ao trabalho”, disse o diretor.

Decisão judicial
O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC) determinou frota de transporte coletivo com horário de sábado durante a greve dos motoristas e cobradores da Grande Florianópolis. A decisão foi tomada em audiência na noite de terça-feira (31).

A greve começou na terça e desde a manhã os ônibus não circularam. Houve trânsito intenso na região e filas no transporte alternativo, oferecido na capital. A audiência no TRT-SC ocorreu em resposta à ação do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) que solicitou frota mínima.

Informações: G1 SC
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Greve de ônibus em Florianópolis tem filas para vans e trânsito intenso

terça-feira, 31 de maio de 2016

Com a greve de motoristas e cobradores, que começou nesta terça-feira (31) em Florianópolis, moradores da região metropolitana que dependem de transporte público enfrentaram um dia complicado. Além do trânsito acima do normal, havia filas para pegar as vans autorizadas pela prefeitura da capital para fazer o transporte alternativo.

Na noite desta terça (31), havia a expectativa pelo resultado de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho com todas as partes envolvidas. Caberia ao desembargador Roberto Luiz Guglielmetto decidir sobre uma ação do Ministério Público do Trabalho, que ajuizou uma ação solicitando frota mínima de 50% em todos os horários na Grande Florianópolis e de pelo menos 70% nos horários de pico, das 5h30 às 8h e das 17h30 às 20h.

A ação a ser julgada também estabelece multa diária de R$ 100 mil para cada parte em caso de não cumprimento das medidas.

À tarde, uma reunião na Superintendência do Ministério do Trabalho, na qual estiveram presentes o Sindicato dos Tabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Florianópolis (Setuf), terminou sem acordo.
Os trabalhadores pedem a reposição da inflação, aumento de 5% nos salários e de 25% no vale-alimentação. Eles também exigem mais estacionamentos para os ônibus e mais banheiros nos terminais.

As empresas oferecem a reposição, dizem que não podem dar aumento agora e que podem aumentar em 10% o vale-alimentação. Elas dizem que vão oferecer os estacionamentos e que os banheiros a mais poderão ser entregues, mas não agora.

A prefeitura de Florianópolis afirma que, conforme o contrato de concessão, fica de fora das negociações salariais. A administração diz que poderá agir depois, cobrando os prejuízos. "Vamos aguardar o término da greve pra ver o impacto, mensurar todo o impacto disso no sistema e encaminharemos a procuradoria geral do município que aplicará a penalidade cabível junto com o contrato", afirmou o secretário de Mobilidade Urbana, Vinícius Cofferri.

“Esta é uma greve absolutamente desnecessária, não havia necessidade de paralisar. Há um debate estabelecido, avançamos em relação a novos terminais, há mais espaço para transporte, há melhores condições para os moradores”, disse o prefeito de Florianópolis, César Souza Junior.

Sem ônibus
Mais de 500 mil usuários da Grande Florianópolis que utilizam diariamente os quase mil ônibus da frota precisaram encontrar alternativas para se deslocar. "Sempre quem é prejudicado é o usuario né, porque a gente depende do onibus pra ir trabalhar, e infelizmente chega nesse momento que a gente precisa, o transporte para, e a gente nao tem o que fazer, né?", disse uma moradora ao RBS Notícias.

Sem ônibus, o principal terminal de Florianópolis, o Terminal de Integração do Centro (Ticen) amanheceu deserto. Nos bairros, pessoas que não sabiam da greve  esperavam nos pontos de ônibus. O jeito, para muitos, foi apelar para a carona de colegas de trabalho.


A prefeitura autorizou vans a fazerem o transporte alternativo. Porém, a passagem nesses veículo custa pelo menos R$ 6, quase o dobro da passagem, e eles não aceitam o vale-transporte. Além disso, só fazem os trajetos principais.

Em nota, o Departamento de Transportes e Terminais (Deter) comunicou que todas as empresas registradas na autarquia com ônibus ou vans estão autorizadas a operar com característica urbana dentro da Grande Florianópolis enquanto durar a greve. Isso vale para trajetos intermunicipais. As empresas não podem cobrar mais de R$ 7 a tarifa em qualquer percurso.

A Secretaria de Segurança, Trânsito e Defesa do Cidadão de Palhoça vai abrir credenciamento para regularizar um serviço de transporte alternativo na cidade, informou a prefeitura palhocense.

Informações: G1 SC
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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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