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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Saiba como será o trajeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O novo modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, o BRT, vai contar com cinco serviços, sendo três de linhas expressas e dois de linhas com paradas em estações para atender a população. Para o trajeto, o modal vai utilizar um corredor expresso, no canteiro central, preservando o número de pistas que já existem nas vias das cidades.

O secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano, Rafael Detoni, explica que não haverá redução no número de faixas em nenhum trecho do BRT em relação ao que existe hoje para o tráfego geral, tanto em Cuiabá como em Várzea Grande.

“Não haverá redução de capacidade. Nas vias onde tem duas faixas por sentido, continuará as duas faixas por sentido, só que agora vai ter uma terceira faixa no canteiro central para o transporte coletivo. E onde tem parada, onde tem estação, haverá a implantação de uma faixa de ultrapassagem entre os ônibus, mas essa faixa de ultrapassagem não vai entrar na faixa de tráfego geral”, ressaltou.

Em Várzea Grande o trajeto inicia na Avenida da FEB, entra na Avenida Couto Magalhães, seguindo pela Travessa Maracaju até o novo terminal André Maggi, retornando pela Avenida Filinto Muller até novamente a Avenida da FEB.

A linha 1, chamada de paradora, vai sair do terminal André Maggi e seguir até o Terminal do CPA, e vice e versa, parando em todas as estações no meio do caminho. Da mesma forma, a linha 4 irá parar em todas as estações entre o Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá.


Já a linha expressa 2, vai sair do Terminal do CPA e fazer uma parada na Avenida Rubens de Mendonça, imediações do Centro Político, até chegar ao centro de Cuiabá. Já a Linha 3, também expressa, sai do Terminal André Maggi e vai parar apenas nas estações Dom Bosco e Bispo Dom José, antes de acessar a Avenida Getúlio Vargas. Por fim, a linha 5 sairá do Terminal do Coxipó e fará paradas apenas na UFMT e Morro da Luz, antes de chegar até a Avenida Getúlio Vargas.

O secretário adjunto de Obras Especiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Isaac Nascimento Filho, ressalta que as obras estão em ritmo acelerado na Avenida da FEB, em Várzea Grande, e têm previsão de conclusão ainda este ano.

“Conforme o cronograma das obras, a previsão de conclusão era para janeiro do ano que vem, mas estamos trabalhando para adiantar e entregar ainda este ano. Conforme as obras forem andando, a normalidade no trânsito irá voltando gradativamente”.

Audiência

No dia 22 de agosto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) realizará duas audiências públicas para apresentar o Estudo e o Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV) para a implantação dos corredores estruturais de Transporte Coletivo Metropolitano em Cuiabá e Várzea Grande.

As audiências serão realizadas de forma presencial e remota, podendo ser acompanhadas também pelo YouTube.

“Vamos apresentar o relatório final do estudo de impacto de vizinhança e também fazer mais uma apresentação do anteprojeto de implantação do BRT. É uma oportunidade para que toda a sociedade de Cuiabá e Várzea Grande participe, conheça e acompanhe tudo o que está sendo feito”, ressalta Detoni.
A primeira audiência será em Cuiabá, das 08h às 12h, no Auditório da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Rua Engenheiro Edgar Prado Arze, Quadra 01, Lote 05, Setor A, CPA. Para quem pretende participar de forma remota pode acessar o Google Meet aqui.

A audiência em Várzea Grande será das 14h às 18h, na Câmara de Vereadores, na Avenida Alzira Santana, nº 1741, Bairro Água Limpa. A participação também pode ser de forma remota pelo Google Meet aqui. 

Para quem quiser fazer perguntas e tirar dúvidas podem ser feitas pelo e-mail sagpm@sinfra.mt.gov.br ou whatsapp (65) 98167-6534.

Informações: Governo do Mato Grosso
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Semob apresenta diagnóstico preliminar da Mobilidade Urbana de Cuiabá em audiência pública

sexta-feira, 29 de abril de 2022

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) realizou audiência pública, na noite de quarta-feira (27), onde foi apresentado pelo Consórcio Cuiabá em Movimento', formado pelas empresas EGL Engenharia LTDA e GPO Sistran LTDA,  diagnóstico preliminar  relacionado ao trânsito, transporte público, sistema viário, infraestrutura, segurança no trânsito, acessibilidade e outros assuntos que estão sendo discutidos para serem incluídos no  Plano Municipal de Mobilidade do município.


Conforme o levantamento, o subsídio de parte das gratuidades (portadores e acompanhantes de HIV e Neoplasia, idosos 60 a 65 anos e estudantes) em Cuiabá é de 37,8% da receita, maior do que a média nacional. Conforme dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a média de outras cidades é de 27,7%.  Apesar dos recentes investimentos realizados no transporte público, com a realização da concessão do transporte que resultou na renovação de 150 veículos do sistema do transporte  coletivo, todos climatizados e com acessibilidade, à população ainda se sente insatisfeita com o sistema.  Os dados apontam que a idade média da frota  é de 4,36, sendo que a média nacional é de 5,70 anos. 

"A participação popular está sendo muito importante nesta discussão Hoje, isso aqui, é um início de trabalho e vamos passar para a fase de de proposituras. Nesta audiência ficou claro que não temos nada pra maquiar. O  diagnóstico mapeia os problemas que a cidade tem e que, só conseguiremos resolvê-los quando admitimos que eles existem. E a partir  deste diagnóstico, vamos repensar a cidade para os próximos 10 anos. O Plano de Mobilidade foi estabelecido em 2012 e, desde então,  não houve preocupação dos gestores anteriores para pensar o futuro do trânsito, da mobilidade, acessibilidade da nossa capital. O prefeito Emanuel  Pinheiro,  decidiu trazer à tona todos os problemas históricos para que possamos acabar com eles. A sociedade tem que entender que, Cuiabá nasceu sem planejamento e os gestores devem seguir um Plano de Mobilidade. Essa é a preocupação daqui pra frente", comentou o secretário de Mobilidade Urbana, Juares Samaniego.

Diretor de Transporte da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Cuiabá, Nicolau Jorge Budib, destaca que o Consórcio Cuiabá está aberto e recebendo sugestões. Para quem quiser contribuir com o e-mail planejamento.semob@cuiaba.mt.gov.br e o protocolo presencial da Semob estará disponível para receber ideias e sugestões para o Plano de Mobilidade Urbana."Todo material recebido será encaminhado ao Consórcio e será  aproveitado. Estamos ainda na fase de diagnóstico e depois iremos  para a fase de proposições. Vale destacar que este é o primeiro plano de mobilidade urbana de Cuiabá.  Esse diagnóstico  também aponta as condições de calçadas e passeios públicos, além de apresentar de que forma elas são utilizadas", comentou ele. 

O representante do ‘Consórcio Cuiabá em Movimento’, o engenheiro Cláudio Leite, cita que o diagnóstico está na fase de concluir as análises do que foi coletado até o momento. "Vamos ampliar as análises e nos próximos dias vamos fechar o  diagnóstico. Cuiabá subsidia boa parte do transporte público, e o sistema de transporte ainda está voltando ao normal após a pandemia. A fase seguinte é  tentar discutir as propostas e ações que podem melhorar o transporte coletivo como um todo", comentou.

Conforme a Lei 12.587/2012, o Plano de Mobilidade deve conter diagnósticos para o transporte público coletivo, circulação de carros e pedestres, acessibilidade para pessoas com deficiência e integração do transporte público com o privado, ciclovia/ciclofaixa, entre outros. O município que não tiver esse diagnóstico poderá deixar, por exemplo, de receber recursos federais para mobilidade urbana.
 
A Lei sobre a Política Nacional de Mobilidade Urbana nº 12.587/12 (art.24), exige o conteúdo mínimo:

Os serviços de transporte público coletivo;
A circulação viária;
As infraestruturas do sistema de mobilidade urbana;
A acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade;
A integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados;
A operação e o disciplinamento do transporte de carga na infraestrutura viária;
Os polos geradores de viagens;
As áreas de estacionamentos públicos e privados, gratuitos ou onerosos;
As áreas e horários de acesso e circulação restrita ou controlada;
Os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte público coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana;
A sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do Plano de Mobilidade Urbana em prazo não superior a dez anos.

Informações: Prefeitura de Cuiabá
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Motoristas de Cuiabá e Várzea Grande devem deflagrar greve nesta terça

terça-feira, 20 de maio de 2014

A desembargadora Maria Beatriz Theodoro, do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT23), determinou que os trabalhadores do sistema de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, mantenham o mínimo de 70% da força de trabalho em atividade atividade durante a greve da categoria – marcada para iniciar à 0h desta terça-feira (20) e com potencial para afetar cerca de 350 mil usuários.
Justiça determinou percentual mínimo de trabalhadores atuando. (Foto: Denise Soares/G1)
A decisão foi proferida nesta segunda-feira por força de medida cautelar ajuizada pelo sindicato das empresas do transporte coletivo urbano (STU) e o presidente do sindicato dos trabalhadores (Stett), Ledevino da Conceição, já anunciou que foi notificado da medida liminar e que deverá contestá-la por meio de recurso. Enquanto ingressam com recurso judicial, os motoristas deverão cumprir a medida, assegurou o sindicalista.

A greve dos motoristas foi definida no último domingo, quando parte significativa da frota que atende Cuiabá e Várzea Grande não saiu das garagens devido à assembleia da categoria, o que causou transtornos aos usuários. Durante o plantão judiciário, uma liminar chegou a ser concedida em favor do STU para que pelo menos 80% dos ônibus fossem mantidos em circulação.

Desta vez, com o processo redistribuído para a desembargadora do TRT23, a Justiça considerou que transporte coletivo é um serviço essencial – de modo que o direito de greve no setor deve ser limitado – e levou em conta que não houve aviso da paralisação dos cerca de 1,5 mil trabalhadores dentro do prazo legal de 72 horas.

Além disso, a desembargadora Maria Beatriz ponderou que “diante da ausência do transporte coletivo, os cidadãos tendem a recorrer ao transporte privado, o que hodiernamente, em razão das obras relacionadas à Copa do Mundo de Futebol, significaria o colapso do trânsito na capital do Estado”.

A magistrada determinou multa diária de R$ 30 mil caso o sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo não mantenha o mínimo de 70% da força de trabalho em atuação durante a greve. Além da medida, a Justiça agendou audiência de conciliação entre trabalhadores e empresas no próximo dia 22.

Reivindicações
O presidente do Stett, Ledevino Conceição, informou que os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 7,5%, recebimento de vale-alimentação de R$ 400,00 por mês, bonificação para motoristas que atuam sem cobradores dentro dos veículos de R$ 250,00, protetor solar para trabalhadores que atuam expostos ao sol e bonificação por carga horária de cursos de qualificação ligados à atividade no transporte coletivo.

Em nota à imprensa, o STU explicou que não pode conceder mais de 4,63% de aumento salarial - conforme resolução do Conselho Municipal de Transporte - e alegou que vem negociando com os trabalhadores do transporte coletivo desde 25 de abril “dentro de critérios que não gerem custos que possam onerar significativamente o preço da tarifa e nem penalizar o usuário do sistema de transporte coletivo urbano de Cuiabá”.

Renê Dióz
Informações: Do G1 MT

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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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Nova Tarifa de ônibus em Curitiba passa a custar R$ 2,60

quinta-feira, 1 de março de 2012

A tarifa do transporte coletivo em Curitiba passará de R$2,50 para R$ 2,60 a partir da zero hora desta segunda-feira (5). O reajuste foi de 4% - uma variação de apenas 10 centavos – abaixo do INPC (Indice Nacional de Preços ao Consumidor) do período, que foi de 5,63%

A Domingueira, tarifa especial aos domingos, continuará a R$ 1,00, valor que vem sendo mantido desde sua criação, em janeiro de 2005. A Domingueira é um instrumento de inclusão social e convivência familiar e permite ao trabalhador fazer passeios e visitas aos domingos com baixo custo. Em 2004, ano anterior à criação da Domingueira, o número de passageiros transportados aos domingos, ao longo do ano, foi de 3,5 milhões. No ano passado esse número foi de 20,1 milhões.

A tarifa da Linha Turismo passa de R$ 25,00 para R$ 27,00 e a linha Circular Centro passa de R$ 1,50 para R$ 1,60.

Mesmo com o reajuste, a tarifa do transporte de Curitiba está abaixo de capitais como São Paulo (R$ 3,00); Porto Alegre (R$ 2,85); Rio de Janeiro (R$ 2,75); Campo Grande, Florianópolis e Cuiabá (2,70) e Belo Horizonte (R$2,65).

Mão de obra - O aumento no custo da mão de obra foi um dos principais fatores de elevação dos custos do transporte coletivo. O reajuste dos salários e benefícios dos motoristas e cobradores, definido em fevereiro em acordo coletivo da categoria que acatou percentuais de reajuste propostos pelo Ministério Público do Trabalho, representou ganhos efetivos de 23% (cobradores) e 18% (motoristas). Além do abono de R$ 300,00 e reajuste da cesta básica – de R$ 105,00 para R$ 200,00, o salário base teve reajuste de 10,5%, o maior percentual dos últimos três anos e acima da inflação que fechou o ano em 5,63%

A tarifa também reflete, entre outros, variação dos custos de peças e acessórios, preço dos ônibus; correção da rentabilidade e despesa administrativa conforme estabelecido em contrato.

Os custos do transporte coletivo estão detalhados no site da Urbs. Para localizá-los acesse
www.urbs.curitiba.pr.gov.br , clicando em Rede Integrada de Transporte, na página inicial, e em seguida em Tarifa.

Rede Integrada de Transporte

Frota
Frota operante 1.915 ônibus
Frota total 2.329 (operante + reserva)

Passageiros média dia útil
1,187 milhão pagantes e 2,285 milhões passageiros transportados. A diferença deve-se à integração (em Curitiba é possível pagar uma tarifa e utilizar mais de um ônibus) e a isenções.

Tarifa
A tarifa do transporte coletivo é a mesma em toda a rede (à exceção da Linha Turismo e Circular Centro e da Domingueira, de R$ 1,00 aos domingos.

Tarifa Social
A tarifa única beneficia principalmente o trabalhador que historicamente se desloca a distâncias maiores.

Cartão Transporte
Atualmente em torno de 52% dos usuários do transporte coletivo utilizam cartão transporte. Outros 48% pagam em dinheiro. Na média, 50% das passagens são vale-transporte.

Integração
O sistema integrado permite a utilização de vários ônibus pagando apenas uma tarifa, sem limite de tempo. O usuário pode percorrer a distância que necessitar, pelo tempo que quiser, sem pagar uma segunda tarifa. Na média, o curitibano usa dois ônibus em seus deslocamentos pagando uma tarifa.

A Rede Integrada atende Curitiba e 13 municípios da Região Metropolitana e é responsável pelo atendimento de 73% da demanda por transporte em toda a RMC.

Isenções
242 mil pessoas são beneficiadas com isenções e gratuidades. Este número inclui cerca de 20 mil estudantes que recebem desconto de 50% na tarifa. No total são quatro mlhões de deslocamentos por ano com isenção ou gratuidade.

Transparência
Todas as informações sobre o transporte coletivo estão no site da Urbs no item Rede Integrada de Transporte.

MELHORIAS NO TRANSPORTE COLETIVO

• Em 2011 Curitiba passou a contar na frota do transporte coletivo com o maior ônibus do mundo: 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, a mesma de um boeing.

• O novo ônibus – mais moderno, mais confortável e mais seguro, entrou nas linhas do Expresso Ligeirão (Boqueirão e Pinherinho Carlos Gomes) com a cor azul, facilitando a identificação pelo usuário.

• Na cor vermelha, o maior ônibus do mundo está operando nas linhas Centenário-Campo Comprido; Boqueirão e Centenário Rui Barbosa. A partir daqui, o maior ônibus do mundo passa a ser padrão em todas as linhas expressas, de biarticulados, seja na cor azul (Ligeirão) ou vermelha (parador).

• A entrada do novo Ligeirão Azul significou uma ampliação de 47% na oferta de vagas nas linhas Ligeirão Boqueirão e Pinheirinho Carlos Gomes, com a substituição de 24 ônibus articulados com capacidadepara 170 passageiros, por 24 biarticulados com capacidade para 250 passageiros.

• A renovação da frota em 2011 foi de 557 ônibus. A idade média da frota hoje é de 4,7 anos.

• Os usuários do transporte também vão ganhar mais segurança com a instalação, neste ano, de câmeras de monitoramento nos ônibus, terminais e estações tubo. O sistema já está em fase de testes.

• Passageiros das linhas São Jão, Tingui e Solar já contam com informação on line do tempo que falta para que o ônibus chegue no ponto, no Terminal do Cabral. Até o fim do ano, o sistema estará instalado em todos os terminais e estações tubo permitindo que o usuário tenha informação em tempo real no próprio ponto do ônibus.

• Cerca de 600 ônibus da RIT já estão sendo monitorados em tempo real. Até o fim toda a frota será monitorada. O sistema permite saber em tempo real se o ônibus está adiantado, atrasado, parado no ponto ou fora dele, se há acidentes ou obras no caminho, o trajeto que está sendo feito, etc. Com estas informações é possível fazer intervenções diárias no transporte, com melhor adequação de horários e itinerários.

• Ainda neste semestre entrará em operação a Central de Controle Operacional criando um núcleo de controle on line do trânsito e transporte garantindo mais agilidade, segurança e conforto a motoristas, pedestres e usuários do transporte coletivo. A CCO faz parte do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares que possibilitará novas ferramentas na gestão do trânsito, do transporte em Curitiba.

• Curitiba vai ganhar, até o ano que vem, mais três linhas do Expresso Ligeirão: O ligeirão Norte, ligando o terminal Santa Cãndida à Praça do Japão; o Ligeirão Atuba-Carlos Gomes, ligando o bairro ao centro, pela Linha Verde; e o Ligeirão Pinheirinho-Atuba, ligando os dois bairros também pela Linha Verde.

• Também em 2012 começarão a circular os primeiros Hibribus, ônibus movidos a eletricidade e, no caso de Curitiba, a Biocombustível. Eles vão operar em linhas convencionais.

• A renovação da frota 2m 2011 representou uma redução na emissão de poluentes de quase 100 toneladas por mês. O índice de emissão de poluentes no ano passado foi 35,7% menor do que o limite estabelecido pela legislação brasileira. É que a média ponderada na emissão de partículas ficou em 1,01m–1, enquanto o limite estabelecido em lei é de 1,57 m –1 . A unidade m – 1 é um valor de referência nas medições de opacidade e indica a quantidade de luz absorvida pela fumaça, no espaço de um metro, entre um ponto emissor e um outro receptor de luz.

• No ano passado, por exemplo, foram feitos 3.153 testes de opacidade, uma média de 12 testes por dia, em todo o sistema. Além destes testes a Urbs faz no mínimo duas inspeções veiculares por ano em cada ônibus do transporte coletivo.

• Nada menos do que 92% dos ônibus do transporte coletivo de Curitiba têm 100% de acessibilidade. É o maior percentual do país, segundo estudo feito pelo portal Mobilize Brasil. O segundo melhor índice é de Belo Horizonte (MG), com 70%; seguido de Rio de Janeiro (RJ) com 60%. O menor índice é de Natal (RN), de 20%.

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Modernidade e mobilidade no transporte coletivo de Cuiabá

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A preparação de Cuiabá para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 envolve muito mais do que a simples construção do Novo Verdão (Arena Multiuso Pantanal). Também estão previstas 21 intervenções classificadas como obras de Mobilidade Urbana, que permitirão o reordenamento do trânsito e dos transportes coletivos na capital. Entre estes projetos estão os três BRTs (Bus Rapid Transit), que são corredores exclusivos para ônibus.
O BRT – ou TRO (Trânsito Rápido de Ônibus) – é um transporte coletivo sobre pneus, rápido, flexível, de alto desempenho, que combina elementos físicos e operacionais em um sistema integrado, com uma imagem de qualidade e identidade única. O conceito evoluiu a partir dos corredores exclusivos para ônibus, como alternativa ao metrô para o transporte de massa.
Além de segregar o tráfego geral e impor medidas de prioridade na circulação, o que facilita o trânsito das pessoas, o BRT também proporciona redução dos tempos de embarque e desembarque de passageiros, por ser composto de veículos com grande número de portas e de plataformas niveladas ao piso do ônibus. Outras vantagens são o pagamento fora do veículo, as estações fechadas e seguras e os mapas de informação em tempo real.
Na grande Cuiabá, estão previstos três estação de BRT. A primeira ligará o Aeroporto Internacional Marechal Rondon ao grande CPA, em Cuiabá. Vai estabelecer a principal ligação de transporte coletivo e viário entre o aeroporto, o centro político administrativo, a região hoteleira e a área central da cidade. Esse trecho é o principal eixo de demanda de viagens entre Várzea Grande e Cuiabá e entre a região Nordeste de Cuiabá com o centro da cidade, que possui a maior concentração da população.
Outra unidade ligará a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) à região do Coxipó, prevendo uma integração do transporte coletivo da região Sudeste da cidade com a área central, que fará conexão com o BRT Aeroporto/CPA. A ligação dos dois corredores facilitará o acesso a hospitais e hotéis – como também ao futuro Centro de Treinamento para os jogos da Copa, que estará em funcionamento na MT-456, Rodovia dos Imigrantes.
Já o terceiro BRT circulará ao longo da Avenida Mário Andreazza, em Várzea Grande. Seu objetivo é interligar as rodovias BR-163, BR-364 e BR-070 com as duas cidades do Aglomerado Urbano. Ele será de fundamental importância para a ligação direta com o novo Estádio Verdão, com o Centro de Treinamento e com o Corredor da Miguel Sutil, oferecendo facilidade de acesso a toda região.
O diretor de Infraestrutura da Agência da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), Carlos Brito, explica que o objetivo destes projetos é implantar uma rede de mobilidade na região que atenda as necessidades dos jogos da Copa 2014 e, mais ainda, venha a oferecer à sua população melhores condições de deslocamento no seu dia-a-dia. “As obras têm como eixo principal de mobilidade o transporte público coletivo, que será estruturado a partir de uma concepção de rede de serviços integrada”. 
Aliando-se obras de infraestrutura, notadamente corredores de transporte e equipamentos de integração (Terminais e Estações), serão disponibilizadas à população e aos visitantes soluções de rede de serviços (linhas e atendimentos), tecnologias de controle operacional, de informação ao passageiro e de cobrança eletrônica de passagens, e uma frota de veículos adequada aos serviços a serem prestados.
Entre os projetos estão também adequações na região do Porto, entrada da Capital, que será totalmente revitalizada. Todas estas obras são legados da Copa que continuarão servindo à comunidade depois do Mundial.
Sobre as datas iniciais dessas construções, a Agecopa, ressalta que os projetos foram encaminhados ao Ministério dos Transportes através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) que, por sua vez encaminhará um pedido de suplementação orçamentária que assegurará o repasse de R$ 286 milhões para estas obras de mobilidade urbana. O convênio deve ser assinado em breve, iniciando-se os processos licitatórios que antecedem as obras propriamente ditas.  

Fonte: Resumo Online
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Cuiabá reduz em 87% reclamações com monitoramento de frota inteligente

domingo, 2 de junho de 2024

Implantado há cerca de três anos  em Cuiabá, o monitoramento veicular por meio de telemetria reduziu em mais de 87% as reclamações sobre os trajetos de ônibus realizados na capital. A melhoria e ampliação da mobilidade urbana sempre foi um dos principais compromissos firmados pelo prefeito Emanuel Pinheiro, tendo isso em vista, é por meio de um sensor instalado em cada veículo do transporte coletivo em circulação que a ‘mágica’ acontece. 

De acordo com o diretor de Transportes da Secretaria de Mobilidade Urbana, Nicolau Budib, o sistema inteligente é o principal método de controle de qualidade utilizado pela Semob, quando se trata do monitoramento de frotas na capital. Após a adoção do método tecnológico, as denúncias antes registradas na pasta despencaram exponencialmente. 

Conforme Nicolau, a Semob chegava a registrar mais de 40 reclamações por mês, com relação ao comportamento do motorista. Agora, as ocorrências não chegam a cinco. 

“Com a telemetria nós criamos um controle de qualidade mais eficiente em Cuiabá. Os próprios motoristas acabam disputando entre eles quem é o melhor, porque existe uma nota que é dada por meio da avaliação de passageiros e com base no comportamento de cada motorista na direção. Depois dessa implementação, nós melhoramos muito a questão envolvendo essas reclamações, isso sem contar no trânsito, que também melhorou. A Semob já chegou a registrar mais de 40 reclamações em um único mês e hoje em dia a nossa ouvidoria não registra nem cinco, às vezes são três ou quatro reclamações”, destacou. 
Com a tecnologia, os veículos são monitorados 24h e, é por meio do Centro de Controle Operacional (CCO) que a Semob acompanha todos os dados de funcionamento dos ônibus que rodam por Cuiabá, tais como: trajetos realizados, tempo de viagem e de descanso, manutenções e até mesmo a hora prevista de parar, tudo ao mesmo tempo.

“Quando falamos sobre a gestão de frotas, estamos falando do gerenciamento, da logística, organização, administração dos transportes de Cuiabá, ou seja, tudo que favoreça o melhor serviço, vantagem, prevenção e funcionamento do transporte coletivo, como também a vida do motorista. É tecnologia pura, um sensor é instalado no veículo e registra todo o comportamento dele. Então quando ouvimos alguém falar ‘ah, meu ônibus está atrasado 30 minutos, tem 1h que eu tô aqui no ponto parado e nada’, por meio da telemetria a gente consegue verificar se é verdade ou não”, explicou. 

Na última terça-feira (21), Nicolau esteve em São Paulo para o evento “Frotas Conectadas”. Em busca de melhorias para transporte público de Cuiabá, o diretor de Transportes foi surpreendido positivamente. Conforme Budib, todas as soluções apresentadas no evento encontram-se em pleno funcionamento na capital mato-grossense.

“Eu estive no Frotas Conectadas e tudo que é feito visando o monitoramento de frotas, nós já temos em Cuiabá. Tudo, tudo o que foi apresentado em em São Paulo nós já temos, o monitoramento da frota via GPS, a telemetria que cuida do comportamento do motorista, as rotas, sensores que identificam acelerações bruscas, entre várias outras coisas, nossa capital está muito bem em relação ao quesito transporte coletivo se comparada a outras capitais do país”, reiterou.

Informações: Prefeitura de Cuiabá

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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