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Transporte coletivo é o serviço mais criticado em Belo Horizonte

terça-feira, 12 de setembro de 2023

A primeira pesquisa DATATEMPO para a eleição municipal de Belo Horizonte em 2024 levantou a avaliação dos eleitores sobre os serviços públicos prestados na capital. Entre oito quesitos, o transporte coletivo foi o mais criticado: 66,6% dos entrevistados estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Apenas 11,9% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho prestado, enquanto 19,8% veem o serviço como regular.

Os números reforçam o peso do transporte coletivo para o futuro político da cidade. Nos últimos meses, o prefeito Fuad Noman (PSD) e a Câmara Municipal, sobretudo por meio de seu presidente, Gabriel Azevedo (sem partido), travaram uma batalha sobre o tema. Houve até mesmo ameaça de anulação do atual contrato com as empresas do setor por parte de Azevedo, justamente quando o Executivo defendia um novo subsídio para as concessionárias para impedir um reajuste da tarifa cobrada ao cidadão. 

O transporte coletivo tem sido tema de frequentes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara. Atualmente, o Legislativo tem aberta a CPI do Ônibus sem Qualidade, que investiga a má qualidade do transporte coletivo e a possível omissão da prefeitura de BH. O passado recente também mostra que a bandeira rende votos. Em 2016, o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi eleito com a promessa de “abrir a caixa-preta da BHTrans”. Com a caneta nas mãos, Kalil fez duas auditorias na empresa pública, mas não rompeu o atual contrato com as empresas de ônibus, assinado em 2008. O processo de desgaste fez com que a prefeitura colocasse em curso um processo de extinção da BHTrans, que passará a se chamar Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte (Sumob), a partir de um cronograma que pode durar até 2036.

Para além do transporte público, a pesquisa DATATEMPO mostra que a saúde e a segurança também são alvo de críticas por parte dos belo-horizontinos. Do total de entrevistados, 44,4% avaliam esse primeiro serviço com insatisfação, enquanto 42,6% julgam o segundo como ruim. Vale lembrar que, neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as guardas municipais, vinculadas às prefeituras, são parte do sistema de segurança pública, enquanto as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros estão subordinados ao governo de Minas Gerais.

O maior problema
A pesquisa perguntou aos entrevistados qual o maior problema da capital. Nos primeiros lugares do ranking, estão trânsito e transporte (27,7%), saúde (23,9%) e segurança (18%). Área elogiada em termos de prestação pública, a educação é vista por 6,8% dos ouvidos como a maior limitação da capital mineira. Assistência social, empregos, obras de infraestrutura e serviços administrativos variam entre 1,1% e 2,1%. 

Oito áreas são bem avaliadas por 21,6%
De maneira geral, a maioria dos moradores de BH avalia os serviços públicos como regulares: 66,3% estão nessa condição, conforme o DATATEMPO. Aqueles que julgam o tema de forma positiva somam 21,6%, enquanto 12,1% acham que os serviços ofertados pelo Poder Público são negativos.

No recorte por regionais, há pouca variação entre os entrevistados. Ainda assim, moradores da Pampulha são os que mais elogiam os serviços: 28,1% avaliam como positivos, 65,6% como regulares e 6,2% como negativos. Por outro lado, a regional Centro-Sul é mais crítica: 16,7% se enquadram no positivo, 68,9% no regular e 14,4% no negativo. 
A pesquisa avaliou as seguintes áreas, de oito grupos: educação, escolas e creches; cultura, esporte e entretenimento; assistência social; segurança pública; serviços administrativos; saúde, postos de saúde e hospitais; infraestrutura (obras); transporte público e mobilidade urbana. 

Entre os serviços pesquisados pelo DATATEMPO, a educação é a mais bem avaliada em BH: 39,2% estão muito satisfeitos ou satisfeitos com escolas e creches. Depois, vem cultura, esporte e entretenimento, área na qual 37,6% dos entrevistados estão muito satisfeitos ou satisfeitos – percentual tecnicamente empatado com a educação, considerando a margem de erro de 2,83 pontos. 

A educação teve seu chefe trocado recentemente. A pedido, Charles Martins Diniz deixou a secretaria municipal em agosto, dando lugar à professora e pedagoga Roberta Rodrigues Martins Vieira. Também em agosto, o prefeito Fuad assinou termo de pactuação para receber R$ 987 mil do Programa Nacional de Segurança nas Escolas, vinculado ao governo federal. 

Informações: O Tempo
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Balanço da Prefeitura de BH mostra aumento das fiscalizações e melhoria no transporte público

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nesta quinta-feira (28), o balanço de fiscalizações e melhorias no funcionamento do transporte público da capital desde a sanção da Lei 11.458/2023, que trouxe uma nova forma de remuneração do sistema. Os dados mostram que, de julho até o encerramento do 7º decêndio (20 de setembro), foram feitas 723 operações de fiscalização com a vistoria de 10.172 veículos (um mesmo ônibus pode ter sido vistoriado em mais de uma ocasião) e recolhimento de 244 autorizações de tráfego. Em razão do descumprimento de condicionantes previstas na legislação, dos R$103.157.840,11 previstos para serem repassados às concessionárias, foram pagos R$ 96.634.978,26, ou seja, 93,68% do total. Os consórcios deixaram de receber R$ 6.522.861,85 no período.

Em relação à melhoria do sistema, foram acrescidas 652 novas viagens à operação de transporte convencional da capital desde julho: 480 nos dias úteis e 172 nos finais de semana (sábado, domingo ou feriado). Foram incorporados à frota 208 veículos - dos quais 155 são novos e 53 foram renovados, trazendo ao município uma frota mais moderna e com menores níveis de poluentes, conforme padrão do Decreto 16.568/2017.

Já a produção quilométrica, no sistema convencional de ônibus, validou 4.848.862,43 km. A produção deveria atingir 5.111.506,94 km, ou seja, 94,21% do total previsto foi efetivado de acordo com a especificação da legislação. O que também contribuiu para o pagamento menor da remuneração programada.

Remuneração complementar

O cálculo da remuneração complementar é realizado a cada 10 dias. Baseado na análise de todas as viagens realizadas e da quilometragem produzida durante o período, além dos registros da fiscalização, o pagamento é feito até o quinto dia útil após o fim do período apurado.  A fiscalização é feita pelo sistema SIT BUS, via GPS, por meio do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), além das contribuições dos usuários feitas pelo whatsapp (31) 98472-5715. A remuneração complementar só é repassada às concessionárias se a viagem for realizada de maneira completa, dentro dos parâmetros de Qualidade estabelecidos na lei (trajeto, qualidade dos ônibus e cumprimento do quadro de horários).

Resultados do 7º decêndio

De 11 a 20 de setembro, a Prefeitura de Belo Horizonte realizou 213 operações de fiscalização no transporte público da capital, resultando na vistoria de 2.293 veículos e 1.297 autuações. Foram recolhidas 43 autorizações de tráfego. Os dados fazem parte do relatório também divulgado nesta quinta-feira (28) no portal da PBH.

No 7º decêndio, no sistema convencional de ônibus, foram validados 3.976.665,26 km. A produção programada era de 4.247.287,05, ou seja, 93,63 % do total foi efetivado de acordo com a especificação da legislação. Em consequência, dos R$ 14.929.214,00 a serem repassados aos consórcios, foram disponibilizados R$ 13.835.675,34, ou seja, 92,68% do previsto. 

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte

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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Expansão do Move em BH terá investimento de US$ 100 milhões

domingo, 10 de março de 2024

O Move, sistema de mobilidade urbana de Belo Horizonte que acaba de completar dez anos de implantação, está prestes a passar por uma grande expansão. 
Move é um dos principais sistemas de mobilidade de Belo Horizonte | Crédito: Alessandro Carvalho

Para isso, o projeto demanda um investimento de US$ 100 milhões. Os recursos para a obra vêm de um financiamento no valor de US$ 80 milhões provenientes do Banco Mundial (Bird). Os outros US$ 20 milhões serão custeados pela própria Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). 

O projeto de expansão abrange uma área de cerca de 24 quilômetros e atende o Vetor Oeste da Capital, contemplando as regiões Central, Oeste e Barreiro, e também a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O eixo estruturante da expansão é a avenida Amazonas. 

As obras incluem:
  • a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, 
  • a adequação de várias vias transversais, 
  • a construção de abrigos para passageiros em pontos de ônibus e 
  • a readequação de calçadas com foco na acessibilidade.
 
Elas integram o projeto de Melhoria da Mobilidade e Inclusão Urbana no Corredor Amazonas (BRT Amazonas), que contempla o tratamento prioritário para o sistema de transporte público e coletivo por ônibus.

Segundo a PBH, também é prevista a melhoria urbana da Vila Cabana do Pai Tomás, na região Oeste da Capital, com o desenvolvimento de obras de infraestrutura, como a construção de ruas e vielas e intervenções em locais com risco geológico.  

A Prefeitura não informou qual é a previsão de início e de conclusão das obras de expansão do Move em Belo Horizonte.

Mas disse que a licitação para os estudos e projetos do BRT Amazonas, através de financiamento com o Banco Mundial, está em andamento, na fase de negociação das condições de contrato com o consórcio vencedor da concorrência.

“Estima-se que a Ordem de Serviço para início dos trabalhos seja emitida nos próximos meses”, disse a PBH.

O que já foi feito no Move de BH

Para sua implantação, o sistema contou com os investimentos previstos no PAC da Mobilidade Urbana da Copa 2014. Ao longo destes dez anos de existência, o BRT Move aumentou a sua capacidade de passageiros de 30 mil para 350 mil usuários transportados por dia. De lá pra cá, algumas intervenções já foram feitas para acompanhar o crescimento da demanda. 

A mudança mais significativa para o usuário foi o valor dos passagens, que neste período acumulou uma alta de 98%. Se no início das operações a tarifa padrão custava R$ 2,65, hoje o passageiro desembolsa R$ 5,25 para pegar um ônibus em BH. 

Já na infraestrutura, o sistema contou com a construção de estações de integração por toda a cidade, que são aquelas estações maiores onde ocorre a ligação entre as linhas alimentadoras vindas de diversos bairros e as linhas do Move.

São elas:
  • Estação São Gabriel;
  • Estação Pampulha;
  • Estação Venda Nova;
  • Estação Vilarinho.

Além disso, também foram construídas as estações de transferência, onde os usuários podem desembarcar e embarcar nas linhas ali disponíveis. Elas estão localizadas ao longo dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado, do Move, e nas avenidas Paraná e Santos Dumont, na região central da cidade.

Além disso, também foram implantadas e ampliadas faixas exclusivas para uso dos coletivos, abrangendo ainda a recuperação dos pavimentos, implementação de sinalização horizontal e vertical, fiscalização eletrônica, abrigos de ônibus com novas funcionalidades e tratamento de calçadas e canteiros. 

Nos últimos anos, o avançar da tecnologia também impulsionou a revitalização do sistema, com a inclusão de uma nova modalidade de crédito eletrônico, vendas por aplicativo ou pela internet, e instalação de máquinas de autoatendimento nas estações. 

Prazo de validade da frota do Move termina em 2026

Pensados para se locomover com mais rapidez e sem interrupções (nas pistas exclusivas), os ônibus do Move têm uma vida útil de 12 anos, conforme previsto em decreto municipal, contados a partir do ano de 2014. Com isso, o prazo de validade da frota expira daqui a dois anos, em 2026.

Atualmente, o sistema conta com 425 veículos, sendo 236 do tipo padrão, e 189 articulados. 

Informações: Diário do Comércio

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Em BH, Empresas de ônibus descumprem lei e recebem repasse menor da prefeitura

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

A Prefeitura de Belo Horizonte publicou, nesta terça-feira (22), o balanço com os resultados do 3º decêndio (1º a 10 de agosto) da remuneração complementar do transporte coletivo da capital, previsto na Lei 11.458/23. Por não cumprir com todos os itens de qualidade determinados na legislação como pontualidade, qualidade dos veículos dentre outros, as concessionárias foram punidas e o valor repassado aos consórcios R$13.980.693,32, ou seja, 92,94% do total de R$15.042.400,60 previstos.

No sistema convencional de ônibus, houve uma produção quilométrica de 4.006.374,07 km. A produção programada era de 4.279.488,07 km, ou seja, 93,6% das viagens foram realizadas de acordo com a especificação da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob). 

Já no transporte suplementar, a produção quilométrica estimada era de 377.636,00 km, mas foram realizados 329.719,23 km, ou seja, 87,3% das viagens programadas. A remuneração de R$ 606.105,78 também não foi paga na totalidade. Foram direcionados R$504.438,02 ao sistema, ou seja, 83,23% do total. 
O cálculo da remuneração complementar é efetivado a cada 10 dias. Após análise de todas as viagens realizadas, da quilometragem produzida durante o período, e com os registros da fiscalização, o pagamento é feito até o quinto dia útil posterior à apuração. 

Desde 8 de julho, quando foi sancionada a lei municipal que definiu a manutenção da tarifa em R$4,50 e criou a remuneração complementar baseada na produção quilométrica, houve intensificação da fiscalização do transporte coletivo da capital. A remuneração complementar só é repassada às concessionárias se a viagem for realizada de maneira completa, dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos na lei. 

Fiscalização e Melhorias

Do dia 1º a 10 deste mês, foram vistoriados 2.019 veículos, emitidas 832 autuações, e recolhidas 22 Autorizações de Tráfego (ATs). Em relação às intervenções do período, foram acrescentadas 135 viagens e realizados ajustes operacionais em 20 linhas, seja no quadro de horários do dia útil ou do fim de semana. Desde a aprovação da Lei 11.458/23, já foram acrescentadas 332 novas viagens no sistema durante os dias úteis (período de 07.07 a 17.08.2023).  Até o final deste ano, 420 ônibus novos vão entrar no sistema, possibilitando mais viagens e conforto aos cidadãos. 

A fiscalização do transporte público é feita pelo sistema SITBUS, por meio de equipe de campo da Sumob/BHTrans, pela equipe de operação instalada no Centro de Operação de Belo Horizonte (COP-BH), e pelas intervenções decorrentes das contribuições dos cidadãos realizadas pelos canais oficiais da PBH. 

O sistema SITBUS monitora, via GPS, cada viagem de ônibus da cidade e permite saber se cada um dos cerca de 2.400 ônibus do sistema convencional saiu no horário certo ou se atrasou. Também é possível conferir o itinerário de cada linha e verificar a posição dos veículos ao longo desse itinerário. 

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte
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Assembleia prepara ciclo de debates sobre mobilidade urbana

domingo, 18 de abril de 2010


Com o objetivo de discutir as políticas públicas de transporte e mobilidade urbana e o planejamento do trânsito na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais prepara a realização de um ciclo de debates com data prevista de 26 de Agosto.
Na primeira reunião do grupo de trabalho, realizada nesta quinta-feira (15/4/10), foram delineadas os aspectos gerais do evento e traçado um diagnóstico do setor. O ciclo foi solicitado pelo deputado Carlin Moura (PCdoB) e pela deputada Maria Tereza Lara (PT), e teve na reunião, a participação de dez órgãos e entidades ligados ao tema.
De acordo com o requerimento de Carlin Moura, pensar a mobilidade é mais que tratar apenas de transporte e trânsito, "é buscar medidas e procedimentos que contribuam para a sustentabilidade em áreas urbanas". Moura disse que este é um dos problemas mais graves da Região Metropolitana e que ouvir a sociedade civil e os órgãos públicos é uma forma de construir políticas adequadas. O parlamentar destaca que, diante da participação de Minas na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, o ciclo de debates é "uma forma de trazer a sociedade para junto das decisões estratégicas do Estado, visando à construção de uma engenharia de transporte que atenda todos os mineiros que, passadas essas competições esportivas, serão os verdadeiros usuários deste serviço".
Ao presidir a primeira parte da reunião, Maria Tereza Lara destacou os principais problemas enfrentados pelo trânsito na região metropolitana e sua consequência em outras áreas, como a segurança. Ela enfatizou a importância da integração de todas as esferas de poder na construção do ciclo. "É indispensável a participação do movimento social e a contribuição da Assembleia é essa abertura para a sociedade".
Para Carlin Moura, a presença de órgãos governamentais e da sociedade civil na reunião mostrou que já existem vários projetos para melhorar a mobilidade urbana. "Precisamos agora unificá-los e no ciclo isto resultará em benefícios para todos", afirmou.
O Ciclo de Debates Mobilidade urbana nas regiões metropolitanas e outros grandes centros do Estado de Minas Gerais terá dois eixos principais de discussão, de acordo com a proposta inicial, que poderá ser alterada pelas entidades parceiras. O primeiro é planejamento urbano e mobilidade urbana, que vai tratar das condições de deslocamento nas cidades e o desenvolvimento urbano e da acessibilidade universal. O segundo eixo, mobilidade urbana e transporte coletivo, vai abordar o transporte rodoviário, metrô, VLT (veículos leves sobre trilhos), transporte urbano e desenvolvimento sustentável. Além dos painéis, haverá uma fase de debates.

Subsecretário diz que metrô é única alternativa
Para o subsecretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Marcos Sampaio, o grande desafio é fazer políticas públicas de mobilidade dentro das cidades, nos hipercentros, diante da pressão crescente do veículo individual (carros e motos). "Por isso, não há outra alternativa para a questão dos gargalos, da baixa velocidade do transporte coletivo, a não ser o metrô. Tudo o mais é paliativo".
Ele afirmou que, de acordo com estudos de consultorias, todos os investimentos feitos nas avenidas Antônio Carlos, Cristiano Machado e Pedro I estarão superados em cinco anos, com estas vias totalmente congestionadas. Sampaio sugeriu que o ciclo discuta o investimento massivo no metrô, a prioridade para a construção do rodoanel e uma legislação mais severa para as motos.
A presidente da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (AUTC), Gislene Gonçalves, detalhou o que chamou de "quadro caótico do transito em Belo Horizonte, com estrangulamento de vias, ônibus superlotados, passagens caras". Para ela, toda vez que acontece qualquer mudança, os usuários não são chamados a opinar.
Para órgãos municipais como BHtrans e Secretaria Municipal de Políticas Urbanas de Belo Horizonte (Smurbe), algumas políticas já foram tomadas, como a implantação dos corredores rápidos de transporte, como lembrou Humberto Alvim, da secretaria. Ele sugeriu que os corredores rápidos fossem discutidos no ciclo, bem como o custo dos acidentes com motos para o orçamento público da saúde.
Trabalhadores representados pela Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Minas Gerais querem que as condições de trabalho da categoria também sejam abordadas no ciclo de debates, segundo o presidente da entidade, José Célio de Alvarenga.
Parceiros - Participaram da primeira reunião os seguintes órgãos e entidades: BHTrans, Smurbe, AUTC, Fettrominas, Setop, Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Belo Horizonte (Setra-BH), Fiemg, Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Minas Gerais (Sintrocel) e Agência RMBH, além de representantes de gabinetes parlamentares.

Fonte: Assembléia Legislativa de MG

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Moovit apresenta relatório sobre transporte público em 2022

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Moovit, uma empresa da Mobileye e o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, lança a versão atualizada do seu Relatório Global sobre Transporte Público. O levantamento foi feito com a análise de milhões de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles – dez delas no Brasil. Além da avaliação dos dados, o relatório traz também uma pesquisa de opinião com os usuários do app. 

A pesquisa quis saber o que incentivaria passageiros a usarem mais o transporte público. Para 24%, a maior demanda é o aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Em seguida aparecem passagens mais baratas com 21%, e cronogramas mais confiáveis com 16%.

Esta edição do relatório também mostra como os passageiros passaram a usar transporte público após a fase mais aguda da pandemia de COVID 19. A pesquisa mostra que 17% dos passageiros diminuíram o uso de usar ônibus, trens e metrôs nos últimos dois anos. E 9% passaram a se locomover de outra forma, sem usar transporte público.  

Dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi respondida por 33 mil usuários dessas cidades em novembro de 2022. Todos os dados são anônimos.

Confira algumas das conclusões do relatório, que pode ser visualizado na íntegra aqui:

Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);
Recife tem o maior tempo médio de espera no país

Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

39% das viagens em Brasília percorrem mais de 12 km, o que é considerado uma longa distância;

Porto Alegre é a única cidade brasileira em que mais da metade das viagens (53%) são diretas;

O uso combinado de bicicletas compartilhadas com transporte público cresceu 7% em relação ao último relatório. 

“Há 3 anos, a COVID impactou fortemente o uso de transporte público. Nosso relatório mostra que as pessoas voltaram a se locomover em 2022, trazendo novos desafios para quem opera e administra os sistemas de transporte. Esperamos que o Relatório Global sobre Transporte Público seja uma ferramenta que ajude operadores e governos na tomada de decisões para ter uma operação eficiente que atenda às necessidades dos passageiros”, afirma Yovav Meydad, vice-presidente de marketing e expansão do Moovit.

O Relatório Global sobre Transporte Público está disponível para qualquer pessoa que deseje utilizar assim como comparar dados das cidades analisadas. As informações são distribuídas sob licença Creative Commons e podem ser utilizadas em artigos, reportagens, estudos bem como trabalhos acadêmicos, com crédito para o Moovit e link para www.moovit.com. 

Dados do Relatório Global sobre Transporte Público

Tempo de Viagem
– O Rio de Janeiro é a quarta cidade no mundo em tempo médio de viagem, com 67 minutos;

– Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);

– 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração;

– As viagens curtas, com menos de 30 min, cresceram em todo o país em relação a 2020.

Distância Percorrida

– Brasília tem a maior distância média no Brasil, com 12,41km. É também a sexta maior em todo o relatório;

– 39% das viagens em Brasília percorrem pelo menos 12 km;

– Rio de Janeiro tem a segunda maior distância média no país, com 11,42km; 33% das viagens passam por pelo menos 12km.

Tempo de Espera

– Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

– 55% dos passageiros em Recife esperam mais de 20 min pelo transporte; 

– Curitiba é a cidade com a maior porcentagem de esperas curtas (menos de 30 min): 17%;

– Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento.

Baldeações

– 27% das viagens em Curitiba têm três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%); 

– Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas (53%);

– Recife tem o maior tempo média de espera de todas as cidades – 27 min.

Informações: Portal do Transito
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Em BH, Projeto de faixas exclusivas para ônibus está em atraso

domingo, 7 de agosto de 2022

O Plano de Mobilidade Urbana apresentado pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) em setembro do ano passado e que pevia adicionar 78,7 km de faixas exclusivas para ônibus, mais pontos e ampliação das ciclovias na capital está em atraso. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, somente a primeira etapa do projeto deverá ser concluída este ano. No anúncio, feito em 2021, a expectativa é de que a primeira e a segunda fase fossem concluídas em setembro deste ano.

"Atualmente, estão em implantação mais sete quilômetros de faixas exclusivas nas avenidas do Contorno e Andradas. Os projetos estão sendo finalizados", disse a prefeitura em nota. O Executivo não justifica o motivo dos atrasos, mas aponta que oito vias da capital receberam faixas exclusivas no ano passado. Em agosto foram implatadas nas ruas Espírito Santo, Itajubá e São Paulo. No mês de setembro, foram nas ruas Niquelina e Domingos Vieiras. Já em outubro, as ruas Rio Pomba e Três Pontas tiveram as faixas implantadas.

Para o Sindicato das Empresas de Belo Horizonte (Setra-BH), que representa as empresas do transporte público da capital, a falta de faixas exclusivas e prioritárias compromete serviço na  cidade. "O maior problema do transporte público não é a lotação e sim o de ter agilidade e eficiência no transitar nas ruas sempre congestionadas da cidade", disse. Segundo o Setra-BH, as vias lotadas, principalmente nos horários de pico, afeta a pontualidade das viagens e causa insatisfação aos usuários.
O projeto, anunciado no último ano, foi desenvolvido com o objetivo de implantar 24 km de faixa exclusiva das seis horas da manhã às 19h30, 7,5 km durante os horários de pico da manhã e tarde (6h às 9h e 16h30 às 19h30), 14 km de faixa exclusiva somente no pico da manhã (6h às 9h), 0,8 km de faixa exclusiva somente no pico da tarde (16h30 às 19h30), 12,5 km de faixa preferencial, além de 24 km de ciclovias ou ciclorrotas e 18 km de vias com melhorias nos cruzamentos, semáforos, acessibilidade e outros. A expectativa era conseguir aumentar em média de 20% a velocidade operacional dos coletivos, além de reduzir o tempo de viagem e de espera dos passageiros. A medida ainda acarretaria benefícios como a pontualidade no quadro de horários, a redução de custos operacionais e na emissão de gases poluentes.

O investimento para a primeira e a segunda fase do projeto seria de  R$ 42 milhões. Ao todo, estavam previstas 47 intervenções em praticamente todas as regionais da cidade. Uma delas na avenida Afonso Pena, que, além de faixa exclusiva das seis horas da manhã às 19h30 nos dois sentidos, ganharia ciclovia de cada lado do canteiro central. Para o Superintendente da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (SUMOBH), André Dantas, a capital possui um conjunto de projetos de estruturação do transporte público e que alguns têm sido implantados.

"Eu vejo que estamos avançando dentro das nossas possibilidades", disse o superintendente em relação aos atrasos do projeto. A justificativa ocorreu em entrevista ao O Tempo durante o anúncio de investimentos para a implantão de mais calçadas, faixas exclusivas e ciclovia na Avenida Afonso Pena, na última terça-feira (2).

Para o engenheiro civil e mestre na área de transportes, Silvestre de Andrade Puty Filho, as faixas exclusivas são importantes alternativas para melhorar o trânsito da capital no período de curto prazo. "Elas são importantes, bem vindas, mas não podem ser definitivas. Elas devem ser pensadas como alternativas para a execução de alguns projetos que demandam um longo prazo", explica.

O especialista destaca que as medidas possuem baixo investimento, mas que a capital precisa priorizar recursos para o transporte público. "É inegável que Belo Horizonte precisa de investimentos em transporte público, o último, mais expressivo, foi no Move, na época da Copa do Mundo. Tínhamos que pensar em uma rede, com ônibus, metrô, VLT e trens", sugere.

Conheça as obras que foram anunciadas em setembro do ano passado e que deveriam ser implementadas na capital:

1. AVENIDA AFONSO PENA (CENTRO-SUL) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 nos dois sentidos entre a praça da Rodoviária e a av. Getúlio Vargas 
- Ciclovia de cada lado do canteiro central e sobre o canteiro após a av. Carandaí 
- Criação de cinco novos pontos de ônibus com redistribuição das linhas e pontos 
- Manutenção da maior parte dos pontos de táxi e de táxi-lotação 
Objetivo: aumento da velocidade dos ônibus em 37% no sentido bairro-centro e 21% no sentido centro-bairro 

2. RUA PADRE PEDRO PINTO (VENDA NOVA) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 nos dois sentidos entre a rua Menezes e a estação Venda Nova 
- Novos semáforos de pedestres 
Objetivo: aumento da velocidade operacional no pico tarde em 18% (bairro-centro) e 25% (centro-bairro) 

3. AV. PORTUGAL (PAMPULHA) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 sentido bairro-centro entre a estação Pampulha e a rua Arvoredo 
- Pista passará a ter três faixas direcionais no sentido bairro-centro sendo uma exclusiva para ônibus 
- A rua das Canárias funcionará com mão direcional no sentido centro-bairro, com duas faixas de tráfego e estacionamento à direita 
- Novos semáforos 
Objetivo: Aumento da velocidade operacional no pico tarde em 4% (bairro-centro) e 9 (centro-bairro) 

4. AV. JOSÉ CÂNDIDO DA SILVEIRA (NORDESTE) 
- Faixa preferencial em toda a avenida das 6h às 19h30 nos dois sentidos 
- Novos semáforos de pedestres 
- Tratamento de acessibilidade nas interseções e pontos de ônibus 
Objetivo: Aumento da velocidade operacional no pico tarde em 20%  

5. AV. ABÍLIO MACHADO (NOROESTE) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 nos dois sentidos entre av. Heráclito Mourão e Anel Rodoviário 
- Correções na largura da pista para comportar quatro faixas de tráfego 
-  A partir da rua Itobi do Oeste, apenas ônibus e caminhões poderão seguir; os carros e motos terão que convergir à direita na rua Itobi do Oeste e virar à esquerda na av. Ivaí 
Objetivo: Aumento da velocidade operacional pico tarde em 11% (bairro-centro) e 55% (centro-bairro) 

6. RUA POUSO ALEGRE (LESTE) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 entre a rua Flávio dos Santos e a rua Itajubá sentido bairro-centro 
-  Uma faixa de ônibus, uma faixa de uso misto e estacionamento permitido à esquerda 
- Entre a rua Salinas e a rua Itajubá, o estacionamento será proibido, e a pista passa a ter três faixas de tráfego 
- Melhoria nos pontos de ônibus 
Objetivo: Aumento da velocidade dos ônibus em 43% 

7. AV. RAJA GABAGLIA (CENTRO-SUL/OESTE) 
- Faixa exclusiva das 6h às 21h no sentido centro-bairro, entre a av. do Contorno e a av. Barão Homem de Melo 
- Nova forma de conversão à esquerda para o bairro Gutierrez dos veículos que estão em circulação no sentido Belvedere-centro na rua Américo Macedo 
- A conversão para o bairro Cidade Jardim, dos veículos que estão no sentido centro-Belvedere, será transferida para a semirrotatória da entrada do Exército (4ª Região) 
- Acréscimo de mais uma faixa de tráfego no acesso à av. Barão Homem de Melo e entre a av. Raja Gabaglia e a rotatória da av. Mário Werneck 
Objetivo: Aumento da velocidade dos ônibus em 8% 

Por Rayllan Oliveira
Informações: O Tempo
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Governo de Minas lança plano para integrar transporte público na Grande BH

domingo, 17 de dezembro de 2023

O governo de Minas lançou nessa quarta-feira (13/12) o Plano de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PlanMob – RMBH). Em linhas gerais, o objetivo é tornar os sistemas mais eficientes, inclusivos e sustentáveis, além de promover a integração do transporte coletivo na Grande BH com oferta de descontos aos usuários que precisam usar os serviços entre as cidades.

Hoje, na RMBH, o sistema de transporte metropolitano possui somente integração física com os sistemas municipais e física, operacional e tarifária (em parte das linhas) com o metrô. Não há integração institucional entre os entes responsáveis pelo transporte coletivo.

Com isso, o desequilíbrio é refletido pela tendência de queda da demanda do serviço de transporte coletivo na RMBH, verificada de 2014 até 2019. O problema ficou ainda mais acentuado após 2020 em função dos efeitos da pandemia por COVID-19. “Há forte indício de que a participação do modo coletivo foi reduzida a partir de 2012, quando já representava menos de 50% das viagens”, afirma o governo no texto do PlanMob.

Vale dizer que a perda de passageiros vem acontecendo nos quatro sistemas de maior demanda na RMBH: trilhos, ônibus metropolitano e ônibus municipais de Belo Horizonte e Contagem. Nesse contexto, a dificuldade em manter receitas tarifárias capazes de cobrir os custos operacionais leva a pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro, por parte de operadores, ao poder público.

“Quanto maior o nível dos descontos aplicados nas viagens integradas, mais significativo será o potencial de atração de demanda para os sistemas de transporte público coletivo, tendo em vista a considerável sensibilidade da demanda em relação aos preços, em parte explicada pela realidade socioeconômica dos usuários”, diz outro ponto do documento. A expetativa é gerar redução tarifária média de 2,4%.

Durante o lançamento do PlanMob, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Calixto, pontuou que a Grande BH transcende os limites de cada município. “Então, para termos uma solução de mobilidade, é impossível que cada cidade pense de forma isolada. Agora, precisamos avançar para além do plano”, disse.

Veja algumas das principais propostas do PlanMob:
- Priorizar políticas públicas que contribuam para a segurança, seguridade e equidade no acesso aos serviços de transporte, com especial atenção para pessoas em situação de vulnerabilidade;

- Buscar fontes de financiamento e formas de remuneração do transporte coletivo que garanta a sua oferta como direito social, em especial nas áreas e horários de maior vulnerabilidade;

- Elaborar estudos para rever o modelo tarifário da tarifa pública e a implementação de subsídios, com base em critérios sociais e do uso do solo;

- Articular com os municípios para a adoção de pedágios urbanos e política de restrição de acesso em áreas críticas, com arrecadação de recursos para melhorar a qualidade do transporte coletivo;

- Adoção de novas tecnologias para monitoramentos dos serviços de transporte.

Informações: Estado de Minas

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Em BH, Passagem de ônibus subiu 110% em dez anos, e serviço segue ruim

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Em 2003, o usuário do transporte coletivo da capital mineira desembolsava R$ 1,45 ao fazer uma viagem de ônibus. Para rodar pela região metropolitana, o passageiro não gastava mais que R$ 1,64. Mais de dez anos se passaram, e esses valores subiram 93% em Belo Horizonte e 110% nas linhas metropolitanas - reajustes bem superiores à inflação no período, de 76,6%. Em contrapartida, as reclamações dos usuários são as mesmas até hoje. Eles se queixam dos constantes atrasos e de superlotação. Para agravar a situação, a frota da capital cresceu apenas 7% a partir de 2003 e, no transporte metropolitano, o aumento foi de 41%.

Além de conviver com o preço alto da passagem e com a falta de qualidade, nos últimos dez anos, os passageiros também receberam do poder público uma série de promessas que não saíram do papel. Um dos principais exemplos é o Sistema Inteligente de Transporte por Ônibus (Sitbus). Por meio do rastreamento via satélite dos ônibus e de painéis eletrônicos instalados nos pontos de ônibus, os usuários saberiam o instante em que os veículos chegariam. Foram prometidos, para dezembro de 2011, 600 equipamentos, mas, até agora, somente 21 estão em funcionamento, de acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
Em 2011, também foi prometida a instalação de contadores de passageiros nos veículos, mas o projeto ainda não saiu da fase de testes. A intenção era que uma luz avisasse o motorista quando os ônibus atingissem a capacidade máxima, evitando a superlotação. "Por se tratar de tecnologia ainda em avaliação por diversos fornecedores, as várias opções estão sendo apresentadas, avaliadas e discutidas", informa a BHTrans, por meio de nota.

Para a auxiliar de limpeza Euza Inácio Silvestre, 49, a demora dos ônibus e a superlotação não são os maiores problemas. "Não posso levar meus filhos para passear no fim de semana porque é muito caro. Se eu tiro essas passagens do meu cartão, tenho que repor", conta.

O estudante Thiago Ferreira Silva, 22, usa com frequência as linhas da região Centro-Sul. "Os ônibus demoram demais. Antes, eram os ônibus das avenidas principais que enchiam, mas hoje as linhas já estão lotadas nos bairros", reclama. Thiago também diz que os abrigos em pontos de ônibus são insuficientes e que não protegem da chuva e do sol. A BHTrans afirma que 438 abrigos foram instalados em 2012 e que Belo Horizonte possui hoje 2.112 pontos com cobertura.

Mobilidade. A presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte (AUTC), Gislene Gonçalves dos Reis, afirma que o valor da passagem penaliza a população e destaca que, entre os problemas, ainda está a falta de elevadores para portadores de deficiência. Por lei, toda a frota da BHTrans deveria ter o equipamento desde novembro de 2011. "Só 6% dos ônibus têm elevadores. É uma falta de respeito", diz. Do outro lado, a prefeitura afirma que 77% da frota da capital possui o equipamento. Já a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) diz que 54,4% dos ônibus metropolitanos têm elevadores.

Especialistas criticam preço e qualidade do transporte
A tarifa do transporte coletivo envolve gastos com vários itens, entre eles, funcionários, manutenção dos ônibus e combustível. Mas, para o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dimas Alberto Gazolla, esse valor não se justifica em Belo Horizonte. "É realmente muito alta. A ONU recomenda que o peso da tarifa de transporte de um cidadão não exceda 3% do salário. No caso de BH, a tarifa passa dos 30% do salário mínimo", diz.

Para o professor Juan Carlos Horta, do departamento de mecânica da UFMG, a qualidade do transporte oferecido também não condiz com o valor da passagem. "O conforto dos nossos ônibus é ruim se comparado com cidades europeias e até do Japão. Aqui, os ônibus são, na verdade, chassis de caminhões encarroçados como ônibus. E muitos não são adequados para a nossa topografia", avalia. (JHC)

Por Johnatan Castro
Informações: O Tempo Online
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