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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Brasil já tem capacidade de produção de ônibus elétricos para a transição

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Com os anúncios recentes de eletrificação da frota de transporte público nas principais cidades do Brasil, a ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) divulgou uma nota reiterando a capacidade da indústria brasileira de produzir todos os ônibus elétricos requeridos pelas novas leis de descarbonização.

Essa manifestação surgiu logo após o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciar a proibição da compra de novos ônibus a diesel para a frota paulistana, e do secretário municipal de Mudanças Climáticas, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, que levantou dúvidas sobre a capacidade da indústria de suprir a demanda por ônibus elétricos.

O prefeito de São Paulo já tinha assumido compromisso de eletrificar pelo menos 20% da frota até 2024, o que equivale a cerca de 2.600 ônibus elétricos em circulação na maior cidade do país em pouco mais de um ano. 

Esse compromisso está alinhado com as metas de transição da frota de ônibus a diesel para ônibus de baixa emissão de poluentes fixadas pela Lei 16.802 e pela atual licitação para renovar os contratos da Prefeitura com as empresas de transporte.

No entanto, poucos dias depois, o secretário executivo de Mudanças Climáticas da própria Prefeitura, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, admitiu, numa entrevista ao programa Olhar de Repórter, da Band, ter se surpreendido com o anúncio da SPTrans.

No programa, o secretário lançou dúvidas sobre a capacidade da indústria brasileira de suprir a demanda por ônibus elétricos requerida pelas metas de transição da frota paulistana definidas pela lei citada acima. 

Dessa forma, a ABVE rebateu as afirmações do secretário, reafirmando um compromisso da própria cadeia produtiva nacional de ônibus elétricos, que diz ser capaz de lidar com a demanda crescente por veículos elétricos no transporte público.

Na prática, a entidade lembrou que o compromisso da cadeia produtiva nacional de produzir até 2 mil ônibus elétricos/ano já tinha sido afirmando em documento enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo já em 2017, um ano antes da aprovação pela Câmara Municipal da Lei 16.802.

Confira abaixo a íntegra do documento: 

INDÚSTRIA BRASILEIRA ESTÁ PREPARADA PARA ATENDER A DEMANDA POR ÔNIBUS ELÉTRICOS

Cadeia produtiva nacional pode produzir mais de 2 mil veículos/ano

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico vem a público reiterar o compromisso da indústria brasileira de ônibus elétricos de atender às demandas por transporte público sustentável no Município de São Paulo e em qualquer outra cidade do Brasil.

A propósito de manifestações recentes sobre o tema do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e do secretário executivo de Mudanças Climáticas da Prefeitura paulistana, Antonio Fernando Pinheiro Pedro, a ABVE reafirma a plena capacidade da cadeia produtiva nacional de responder com rapidez e eficiência a todas as exigências da Lei Municipal 16.802/2018, que fixou metas anuais de transição da frota de ônibus a diesel para veículos de baixa emissão.

Empresas instaladas no País, como BYD, Eletra, WEG, Scania, Mercedes-Benz, Moura, Caio, Marcopolo e outras estão plenamente qualificadas e aptas a produzir mais de 2 mil ônibus elétricos por ano.

São empresas que pagam impostos e geram milhares de empregos em território nacional, além de assegurar assistência técnica e reposição aos operadores de transporte público em todas as regiões do Brasil. 

A ABVE entende que as declarações do prefeito e a recente circular divulgada pela SP Trans, proibindo a contratação de novos ônibus a diesel na cidade de São Paulo, limitam-se a reiterar os termos da Lei 16.802 e as regras da atual licitação para renovar os contratos de concessão com as operadoras de transporte.

Por isso mesmo, apoia sem reservas a manifestação do prefeito Ricardo Nunes e seu compromisso de eletrificar até 20% da frota paulistana de ônibus até 2024.

A ABVE lembra que já em 2017 – portanto, antes do anúncio da Lei 16.802 – havia enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo documento assegurando a plena capacidade da indústria brasileira de produzir até 2 mil ônibus elétricos/ano e, assim, responder às metas de descarbonização da frota paulistana de transporte público.

Essa capacidade tem sido reiterada a cada dia, com novos modelos de ônibus elétricos apresentados ao público, novas empresas brasileiras entrando no mercado de transporte público e novos desafios tecnológicos sendo superados.

O mais recentes desses desafios, aliás, foi alcançado pela WEG, uma empresa 100% brasileira, que anunciou a capacidade de fornecer baterias elétricas produzidas no País para ônibus elétricos fabricados em território nacional.

Cabe destacar, ademais, que outras empresas, como BYD e Moura, também se posicionam para assegurar o fornecimento das baterias elétricas requeridas pelo mercado nacional de ônibus de baixa emissão.

Para a ABVE, o Brasil já tem todas as condições de posicionar-se como um importante ator no mercado global de transporte urbano sustentável, com solidez, experiência e tecnologia comprovada.

Cabe agora ao Poder Público pôr em prática as leis já em vigor e dar as garantias mínimas para que a indústria já instalada no País possa fazer a sua parte na grande tarefa de assegurar transporte público limpo e sustentável para as cidades brasileiras.

São Paulo, 25 de outubro de 2022

Adalberto Maluf
Presidente da ABVE 

Informações: Uol
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Cidade de São Paulo registra 10 milhões de passageiros a menos neste ano de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apesar das ações da Prefeitura de São Paulo para priorizar o transporte público no espaço urbano, com a implantação somente neste ano de 282 quilômetros e 200 metros de faixas exclusivas até agora, os ônibus municipais perderam passageiros.

A queda foi de 9 milhões 496 mil 386 passageiros na comparação entre o acumulado de janeiro a setembro de 2012 com o mesmo período de 2013. Isso representa uma redução de 4,35% na demanda dos ônibus.

Os dados são disponibilizados pela SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora dos serviços municipais.

No consolidado entre janeiro e setembro de 2012, os ônibus na cidade de São Paulo atenderam 2 bilhões 190 milhões 397 mil 875 passageiros. Em 2013, entre estes meses, passaram pelos ônibus de São Paulo 2 bilhões 180 milhões 901 mil 489 pessoas.

Uma parte dos passageiros migrou para o metrô e outra para o carro.

Os dois cenários são preocupantes do ponto de vista de mobilidade urbana.

O metrô, cuja malha reduzida em São Paulo tem um ritmo de expansão lento diante das necessidades dos passageiros, é um dos mais lotados do mundo. Alguns trechos, em especial da linha 3 Vermelha, estão saturados e as estações sobrecarregadas.

Mais passageiros no metrô no atual quadro do sistema, pode significar comprometimento de conforto. É interessante o aumento do número de pessoas nos modais metroferroviários desde que a oferta da malha e também de viagem nas linhas já existentes acompanhem este ritmo.

As cidades hoje não têm como objetivo principal a transferência de passageiros do transporte público para outro meio de transporte público.

O alvo é diminuir o número de pessoas que se deslocam de carro no cotidiano.

E, até o momento, apesar dos inegáveis ganhos no tempo de viagem, que chegam a cerca de 50% para quem já é passageiro, os ônibus em São Paulo ainda não conseguem atrair quem se desloca por transporte individual em número significativo.

Com as faixas, algumas pessoas deixaram o carro em casa, mas ainda é pouco diante do crescimento acumulado da frota de automóveis em São Paulo.

De acordo com dados do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, referentes a setembro, a frota de veículos na cidade de São Paulo continua crescendo e chegou a 6 milhões 585 mil 559. Deste total, 4 milhões 940 mil 944 são carros de passeio.

O poder público municipal espera que com o aumento de velocidade dos ônibus e mais confiabilidade no sistema com a construção de 150 quilômetros de corredores, que são diferentes de faixas, o transporte público se torne mais atraente.

Corredores do tipo BRT – Bus Rapid Transit – são considerados por especialistas a solução mais adequada para qualificar e tornar os serviços de ônibus mais atraentes.

Os corredores possuem algumas características não comuns nas faixas de ônibus:

- Separação total do tráfego dos demais veículos. Normalmente à esquerda ou no meio das vias, os corredores registram menos invasões e possuem uma quantidade bem menor ou inexistente de gargalos. Nos cruzamento, há sinalizações, como a implantada na Linha Verde em Curitiba, que controlam os semáforos dando prioridade à passagem dos ônibus.

- Acessibilidade e conforto: os corredores do tipo BRT possuem estações e não pontos. Estas estações são dotadas de elevadores e rampas permitindo com que o embarque e o desembarque sejam feitos em plataformas que ficam no mesmo nível do assoalho dos ônibus, dispensando os degraus nos veículos. As estações também oferecem abrigo melhor para a espera do ônibus e podem também contar com painéis que informam as linhas que servem o local, além da previsão da chegada do ônibus, por sistema de GPS na frota. O pré-embarque também é outra característica das estações de BRT. Trata-se do pagamento antecipado da passagem por cartão eletrônico. Isso faz com que a entrada no ônibus seja mais rápida e permite que os veículos não possuam catracas, caso só sirvam o corredor, aumentando o espaço interno para os passageiros.

- uso de veículos maiores e com mais tecnologia: Por serem espaços só para os ônibus, os corredores do tipo BRT permitem a aplicação de ônibus de maior porte, com mais capacidade de transporte, como os articulados de 18 metros de comprimento, superarticulados de 23 metros e biarticulados de 28 metros. Cada veículo deste pode transportar entre 160 e 270 passageiros sem superlotação. Além disso, os corredores contam com pavimento especial para ônibus, veículos de maior peso. Este pavimento desgasta e danifica menos o veículo na comparação com o asfalto comum, onde é comum o surgimento de buracos, ondulações e valetas por onde trafegam os ônibus. Oferecendo melhor estrutura de operação, é possível cobrar do empresário a colocação de veículos melhores, com gerenciamento eletrônico, computadores de bordo e motor traseiro ou central que oferecem mais conforto para os passageiros e motoristas. Câmbio automático ou automatizado, reduzindo os trancos típicos das trocas de marchas, e suspensão pneumática são itens que podem ser usados com mais facilidade em pavimento de melhor qualidade.

por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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São Paulo luta para melhorar seu desgastado sistema de transportes

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Com enormes engarrafamentos, vias cheias de buracos à beira do colapso e uma infraestrutura deficiente, São Paulo enfrenta um enorme desafio enquanto corre contra o tempo para melhorar seu saturado sistema de transporte antes de ser o palco do pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014.

A vibrante capital econômica do Brasil tem a sétima área metropolitana mais populosa do mundo, com 20 milhões de habitantes, que incluem os 11 milhões que vivem dentro dos limites da cidade. A cada dia, os ônibus transportam cinco milhões de pessoas; o metrô, quatro milhões, e outros dois milhões de paulistanos viajam em trens de subúrbio, segundo as autoridades.

O pesadelo do transporte público em São Paulo ficou evidente em 23 de maio, quando uma greve no metrô paralisou a cidade, obrigando milhões a usarem seus carros ou tentar pegar algum dos ônibus lotados para chegar ao trabalho. "Como resultado disso, tivemos 249 km de ruas e estradas congestionadas, um recorde para o horário da manhã", disse Katia de Cassia Jouanini, agente do centro de controle de tráfico da cidade (CET). O recorde histórico foi alcançado em 1º de junho, com um engarrafamento de 295 km à tarde.

O CET parece uma colmeia que funciona 24 horas por dia, com 374 pessoas monitorando o trânsito em tempo real, analisando informações de 140 das 370 câmeras instaladas em toda a cidade. Uma central de atendimento recebe informações do público e agentes posicionados em pontos estratégicos informam bombeiros e serviços de emergência em caso de acidentes. Outros monitoram 868 km de vias em 25 telas que transmitem imagens ao vivo do trânsito, enquanto um amplo mapa destaca os maiores engarrafamentos.

Quatro milhões de veículos - carros, ônibus e motos - saturam os 17.000 km de vias e autopistas nos dias de semana, acrescentaram as autoridades. Para piorar as coisas, centenas de carros novos saem às ruas diariamente como resultado da crescente prosperidade econômica e do crédito mais barato, comentou Jouanini. "Todos os dias temos mais carros. É um desafio manter a qualidade do serviço com os recursos de que dispomos", declarou à AFP Hercules Justino, encarregado de trânsito no CET. "Precisamos de mais investimento", acrescentou.

Às vésperas da Rio+20, a palavra sustentabilidade ressoa nas ruas de São Paulo. Em seminário recente sobre logística no Brasil, diretores empresariais pediram um investimento adequado em projetos de infraestrutura, inclusive um transporte mais eficiente. "Os investimentos em infraestrutura no Brasil não acompanham a demanda porque não há planejamento", afirmou Carlos Cavalcanti, diretor do departamento de Infraestrutura da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Assim como as outras 11 cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014, São Paulo investe bilhões de dólares para melhorar seu estádio, aeroporto, vias e sistema de transporte público para fazer frente a um maciço fluxo de visitantes.

São Paulo sediará o jogo de estreia do Mundial, em 12 de junho de 2014. O secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge, é um dos que mais incentiva os esforços para dar a São Paulo um futuro sustentável. Infelizmente, o sistema de transportes tem que competir por recursos com outros serviços chave como saúde e educação, que juntos consomem até 50% do orçamento da cidade, disse Jorge.

De qualquer forma, o secretário enfatizou que o sistema do metrô está em ampliação, com quatro linhas adicionais, e que a frota de ônibus está sendo renovada, com 80% de seus 15.000 veículos novos e eficientes do ponto de vista energético.

O primeiro VLT (veículo leve sobre trilhos) da cidade está em construção para ligar o aeroporto de Guarulhos ao sistema de metrô. O projeto, de US$ 862 milhões, deve ser concluído ao final de 2014. Alguns dos 2.000 novos ônibus são movidos a etanol, eletricidade, biomassa ou outro combustível alternativo à gasolina.

O secretário municipal de Meio Ambiente destaca que São Paulo foi a primeira cidade brasileira a instaurar uma inspeção anual para assegurar que os veículos estejam em boas condições e cumpram os padrões para o controle da contaminação.

A cidade também promove o uso da bicicleta, estendendo seus 55 km de ciclovias e ensinando regras de trânsito e segurança. A cada domingo, outros 67 km de vias são liberadas exclusivamente para os ciclistas. Mas Jorge admitiu que "a solução para o desafio do transporte é impor severas restrições ao uso de automóveis e motos". "Temos que multar os contaminadores para desestimular o uso supérfluo de carros e garantir recursos adicionais para financiar o transporte público", acrescentou.

Fonte: France Presse

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Moovit apresenta relatório sobre transporte público em 2022

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Moovit, uma empresa da Mobileye e o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, lança a versão atualizada do seu Relatório Global sobre Transporte Público. O levantamento foi feito com a análise de milhões de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles – dez delas no Brasil. Além da avaliação dos dados, o relatório traz também uma pesquisa de opinião com os usuários do app. 

A pesquisa quis saber o que incentivaria passageiros a usarem mais o transporte público. Para 24%, a maior demanda é o aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Em seguida aparecem passagens mais baratas com 21%, e cronogramas mais confiáveis com 16%.

Esta edição do relatório também mostra como os passageiros passaram a usar transporte público após a fase mais aguda da pandemia de COVID 19. A pesquisa mostra que 17% dos passageiros diminuíram o uso de usar ônibus, trens e metrôs nos últimos dois anos. E 9% passaram a se locomover de outra forma, sem usar transporte público.  

Dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi respondida por 33 mil usuários dessas cidades em novembro de 2022. Todos os dados são anônimos.

Confira algumas das conclusões do relatório, que pode ser visualizado na íntegra aqui:

Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);
Recife tem o maior tempo médio de espera no país

Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

39% das viagens em Brasília percorrem mais de 12 km, o que é considerado uma longa distância;

Porto Alegre é a única cidade brasileira em que mais da metade das viagens (53%) são diretas;

O uso combinado de bicicletas compartilhadas com transporte público cresceu 7% em relação ao último relatório. 

“Há 3 anos, a COVID impactou fortemente o uso de transporte público. Nosso relatório mostra que as pessoas voltaram a se locomover em 2022, trazendo novos desafios para quem opera e administra os sistemas de transporte. Esperamos que o Relatório Global sobre Transporte Público seja uma ferramenta que ajude operadores e governos na tomada de decisões para ter uma operação eficiente que atenda às necessidades dos passageiros”, afirma Yovav Meydad, vice-presidente de marketing e expansão do Moovit.

O Relatório Global sobre Transporte Público está disponível para qualquer pessoa que deseje utilizar assim como comparar dados das cidades analisadas. As informações são distribuídas sob licença Creative Commons e podem ser utilizadas em artigos, reportagens, estudos bem como trabalhos acadêmicos, com crédito para o Moovit e link para www.moovit.com. 

Dados do Relatório Global sobre Transporte Público

Tempo de Viagem
– O Rio de Janeiro é a quarta cidade no mundo em tempo médio de viagem, com 67 minutos;

– Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);

– 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração;

– As viagens curtas, com menos de 30 min, cresceram em todo o país em relação a 2020.

Distância Percorrida

– Brasília tem a maior distância média no Brasil, com 12,41km. É também a sexta maior em todo o relatório;

– 39% das viagens em Brasília percorrem pelo menos 12 km;

– Rio de Janeiro tem a segunda maior distância média no país, com 11,42km; 33% das viagens passam por pelo menos 12km.

Tempo de Espera

– Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

– 55% dos passageiros em Recife esperam mais de 20 min pelo transporte; 

– Curitiba é a cidade com a maior porcentagem de esperas curtas (menos de 30 min): 17%;

– Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento.

Baldeações

– 27% das viagens em Curitiba têm três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%); 

– Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas (53%);

– Recife tem o maior tempo média de espera de todas as cidades – 27 min.

Informações: Portal do Transito
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Frota de São Paulo deve ultrapassar 8 milhões de veículos até 2014, diz prefeitura

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A cidade de São Paulo deve ganhar mais um milhão de veículos até 2014, segundo estimativa da prefeitura. Com o aumento, a capital paulista deve ultrapassar a marca dos 8 milhões de carros circulando pelas ruas, já que no último balanço divulgado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo), referente ao mês de março de 2011, a cidade possuía 7.012.795.de veículos, a maior frota de uma cidade brasileira.

A estimativa de crescimento do número de veículos feita pela administração municipal consta na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) de 2012, publicada no Diário Oficial do município no último dia 19 de abril. A LDO é divulgada pelo prefeitura anualmente e traz uma série de metas que devem ser contempladas pelo orçamento municipal.

Caso a projeção da prefeitura se concretize, a frota de São Paulo crescerá cerca de 16% em três anos, ou 5% a cada ano. Há pelo menos cinco anos, o transporte público não cresce nesse ritmo. Dados da Rede Nossa São Paulo, organização que coordena mais de 600 ONGs quem têm como objetivo fiscalizar as ações do governo, revelam que, de 2006 até 2011, a frota de ônibus e a quantidade de corredores é praticamente a mesma. Já o Metrô passou de 61 km de trilhos, em 2006, para 70,6 km - contando com a linha Amarela e a extensão da Verde, ambas em fase de testes ainda. Esse aumento de 9,6 km representa um crescimento nominal de 3,2% ao ano, ou 13% em cinco anos.

A expansão das linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trans Metropolitanos) também não alcança o ritmo de ampliação da frota. Em 2006, a cidade contava com 119 km de trilhos. Até março de 2011, são 122,5 km, de acordo com a própria assessoria da companhia. Em cinco anos, o aumento foi de 3%.

Consequências
Para o consultor de trânsito Horácio Figueira, a consequência de uma frota de mais de 8 milhões de veículos será o aumento dos congestionamentos na cidade para além dos horários de pico. De acordo com dados da Rede Nossa São Paulo, coletados na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a cidade teve em média 101 km de congestionamento no horário de pico da manhã no mês de março. Essa fila de carros parados é um pouco maior que a distância entre a capital paulista e a cidade de Campinas (93 km).

Para Figueira, a prefeitura deveria assumir que o transporte por veículos privados é "inviável" e tomar medidas radicais em favor do transporte público.

- Tomara que surja um estadista disposto a perder os 2 milhões de votos dos usuários de carros para beneficiar os 8 milhões de usuários de transporte público desta cidade.

Já o engenheiro e mestre em transporte pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) Sérgio Ejzenberg, diz acreditar que o aumento no número de veículos causará problemas à segurança de trânsito.

- Há uma explosão na venda de motos. Além de o motorista desse veículo ficar mais exposto, há um aumento no número de atropelamentos de motociclistas. Eles também poluem mais. A poluição de passageiro por quilômetro de uma motocicleta é 20 vezes maior que um ônibus.

Em 2010, o R7 já havia informado que um motociclista tem 2,7 vezes mais chances de morrer no trânsito paulista do que o ocupante de um carro.

Ejzenberg que é um direito do cidadão comprar um veículo. Porém, não é correto que todos façam suas viagens para o trabalho ou para a escola usando veículos privados.

- A pesquisa Origem-Destino revelou que 80% das viagens são para trabalho ou educação. É ilógico e irracional que todo mundo queira usar transporte individual nesses casos. É preciso fazer um transporte de massa adequado. É questão de foco. Ao invés de plantar asfalto e colher congestionamento, você planta transporte público e colhe qualidade de vida.

Outro lado
A reportagem do R7 entrou em contato, por e-mail e telefone, com a Secretaria de Transportes de São Paulo e fez uma série de questionamentos sobre as politicas para o transporte público da cidade, mas não obteve resposta até a publicação desta notícia.

Fonte: R7.com

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Ônibus, trem, metrô ou bicicleta: deixe o carro para ir à Copa de 2014

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Renato Boareto é coordenador da área de mobilidade urbana do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), organização que apoia governos e movimentos sociais com estudos para a formulação de políticas públicas no setor. Nesta entrevista, Boareto fala sobre as oportunidades abertas pela Copa de 2014 e Olimpíada de 2016 e defende ações que limitem o uso do veículo particular e estimulem investimentos no transporte público integrado com ciclovias e trajetos a pé.
Qual a proposta do Iema para aumentar a mobilidade nas cidades brasileiras? Defendemos o aumento da participação do transporte público em detrimento do transporte individual. Achamos que a mobilidade urbana deve ser entendida como um instrumento para a melhorar a qualidade de vida nas cidades. Desta forma,mesmo quando o transporte coletivo é ruim, o transporte individual é o pior para a cidade. Em nossa visão, para aumentar a participação do transporte público, a abordagem deve partir de uma política de mobilidade que considere como as pessoas se locomovem em cada localidade, melhorias na eficiência dos veículos e critérios sobre o tipo de motor e combustível a ser utilizado.

O que é o programa BRT Brasil?
Com os investimentos do PAC da Copa e do PAC da Mobilidade, muitas cidades estão apostando nos benefícios de um transporte como o BRT. Estamos acompanhando esses projetos, envolvidos no Programa BRT Brasil, em fase de articulação, do qual também participam a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Fórum Nacional de Secretários e Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos NTU). Queremos contribuir para que os corredores de ônibus a serem construídos nas cidades-sede da Copa de 2014, assim como os do PAC da Mobilidade (24 cidades), sejam implantados com uma boa estrutura e da forma a mais eficiente possível.  

O que diferencia o BRT de um simples corredor de ônibus?O BRT deve ter via exclusiva. Fora isso, o sistema admite vários formatos, que vão desde uma simples faixa preferencial, digamos com horário limitado, até um modelo que incorpora o conjunto de ferramentas ou serviços já concebidos para este tipo de transporte. Por exemplo, em Curitiba funciona em canaleta no canteiro central; já noutros lugares, como no corredor da Rebouças, em São Paulo, o veículo corre à esquerda da faixa central. Existe essa flexibilidade: o BRT pode ir incorporando aprimoramentos, como uma plataforma elevada, a bilhetagem eletrônica etc. Também pode utilizar ônibus articulados e bi-articulados. O veículo pode sair do terminal e parar só no destino final, como ir parando, entre terminais, ou em cada ponto pelo trajeto. São várias as combinações possíveis e essa flexibilidade permite que o sistema seja aplicado a uma metrópole ou a uma pequena cidade. 

Qual a vantagem do BRT em relação a outros tipos de transporte público? Não defendemos uma ou outra tecnologia, em si mesma, mas trabalhamos para buscar o tipo de transporte mais adequado a cada cidade em questão, à demanda de passageiros do lugar. O metrô, por exemplo, com elevada capacidade de passageiros, é adequado a uma cidade como São Paulo, onde aliás cabe de tudo. Para cidades com características metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, ou Salvador, o modelo mais correto é o que incorpora um leque integrado de modais. Já numa cidade média, o metrô seria exagerado. Há gradações de tecnologia veicular, e a decisão sobre qual o melhor deve pesar: o porte da cidade, a demanda de passageiros, a capacidade de investimento e o projeto urbanístico, o planejamento urbano. Há outras soluções sendo consideradas, como o VLT que atende a uma demanda parecida com a do BRT. Para a Copa do Mundo, a questão do prazo, o ano de 2013, deve influir sobre os investimentos a serem feitos nas cidades-sede.

Como um transporte por ônibus, como o BRT, pode ser um sistema "limpo"?
Depende do combustível. E logo mais, em 2012 ou 2013, vence o prazo para que os novos ônibus passem a usar o diesel mais limpo (com menores emissões de enxofre). Os ônibus dos BRTs serão movidos a esse diesel, com menores emissões de poluentes. Não está previsto ainda, mas os novos BRTs poderão ingressar numa nova fase, a dos motores elétricos + diesel, ou etanol. 

Como as cidades-sede da Copa estão pensando a mobilidade urbana? Posso citar Belo Horizonte, por exemplo, como uma cidade que elaborou planos de mobilidade na linha do que defendemos, de aumentar o acesso da população ao transporte público, e integração deste com outros meios de locomoção. Em BH, a área central está priorizando o pedestre e reduzindo espaços para o automóvel particular. Em Brasília, uma ciclovia de 600 km está parcialmente implementada. Já em São Paulo, falta um plano abrangente de mobilidade, que veja por exemplo o sistema cicloviário como estruturador da malha de transporte.

O melhor sistema é o que integra BRT, metrô, ciclovia e ônibus? Qual a importância da bicicleta? Para haver mobilidade é importante que o planejamento incorpore a bicicleta e o deslocamento dos pedestres ao transporte público por ônibus ou trem. Que veja a bicicleta com veículo de alimentação para o sistema de transporte, com estacionamento, apoio ao ciclista, racionalidade nos trajetos. Não só ciclovias, mas deve-se dotar as vias com soluções como o "traffic calming", para moderação no uso do carro. E ainda estimular as pessoas a usarem a bicicleta nos bairros, apresentando trajetos inter e intra bairros. Não basta olhar apenas a fluidez do transporte, mas a segurança na travessia por calçadas, pensar em modos integrados ou viagens curtas, a pé ou de bicicleta. São componentes que melhoram a qualidade de vida nas cidades.  

Algo mudará no transporte público nos próximos anos?O PAC da Mobilidade e o PAC da Copa abrem esta possibilidade única de o país ingressar no maior ciclo de investimentos em transporte público desde a década de 1980. São cerca de 35 bilhões de reais do governo federal, fora os recursos que virão dos estados. Defendemos que sejam investimentos permanentes em sistemas de transporte público. Para sabermos o retorno social e ambiental destes investimentos, estamos estudando o impacto destes recursos, e produzindo argumentos que levem as cidades a pararem de priorizar o transporte individual. Até junho esse estudo deve gerar dois produtos, disponíveis a governos e sociedade civil, com um retrato da realidade das cidades e propostas para que os planos diretores incorporem o planejamento para a mobilidade.

Fonte: Portal 2014

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São Paulo cada vez mais conectada com os passageiros do ônibus

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Todos os dias, 3,8 milhões de pessoas embarcam nos ônibus urbanos em São Paulo apenas com o toque de um cartão no leitor de um validador eletrônico. Uma parte delas também já entra em coletivos fabricados há menos de um ano e tem a possibilidade de ligar um notebook ou sincronizar o celular em um sistema de wi-fi gratuito para se conectar à internet. E mais: se a bateria do telefone ou computador estiver fraca, há tomadas com entradas USB para recarregar na hora os aparelhos eletrônicos. Tudo isso dentro de um ônibus em movimento. Esse é o futuro que já começa a ser vivido em São Paulo, a maior metrópole do País, com 462 anos recém-completados em janeiro e onde vivem nada menos que 12 milhões de pessoas.

O investimento na melhoria constante do sistema de transporte coletivo, a partir da tecnologia, está levando os paulistanos a começarem a vivenciar uma nova forma de se relacionar com os ônibus como alternativa de deslocamento diário para seu trabalho, sua escola, seu lazer e sua casa.

Atualmente já são 362 ônibus com wi-fi, 602 com ar condicionado, 164 com tomadas USB e 2.381 veículos entre articulados e biarticulados, com câmeras que auxiliam no embarque e desembarque de passageiros. Esses ônibus se somam aos outros 12.377 veículos da frota que foram equipados com novos validadores e apresentam tecnologia avançada, com capacidade de armazenamento e transmissão de dados que coíbem possíveis fraudes. Aos poucos, toda a frota de ônibus urbano estará equipada com os dispositivos de tecnologia, uma mudança que até muito pouco tempo seria impensável na cidade.

Desse conjunto de melhorias faz parte também a facilidade de acesso a todos os usuários. A acessibilidade também é um ponto de destaque no sistema de transporte por ônibus em São Paulo. As pessoas com mobilidade reduzida têm à disposição 12.618 ônibus fabricados com tecnologias que facilitam o acesso, como entrada em nível baixo ou com elevador para cadeirantes. O índice de acessibilidade se aproxima e atingirá a totalidade da frota na medida em que ocorre a compra de novos ônibus que se integram ao sistema.

E as vantagens da era digital não param por aí. De três anos para cá foram lançados aplicativos para smartphone que permitem um melhor planejamento da operação do transporte público e do embarque, no caso dos usuários.  Para saber a hora que o ônibus de uma determinada linha irá passar em um determinado ponto de parada, por exemplo, os aplicativos ou apps, como também são chamados, já são peças chave.

Tanto que a SPTrans, em conjunto com a CET, criou um laboratório com o desafio de utilizar os dados de transporte e trânsito a favor da mobilidade urbana, criando soluções tecnológicas modernas. Os aplicativos já contam com mais de um milhão de usuários

Mais luz no serviço da madrugada

A tecnologia virou o novo patrimônio de São Paulo que, em 462 anos de história, está mais moderna, mais acessível e cada dia mais iluminada. As luzes de LED em volta dos ônibus fizeram tanto sucesso durante a época natalina e foram tão úteis para os usuários, que a SPTrans está desenvolvendo um projeto para que essas luzes sejam usadas em caráter permanente.

A ideia é tornar os ônibus do serviço noturno mais visíveis durante a madrugada. Em dezembro de 2015, mais de 1 milhão de passageiros utilizaram os coletivos no período entre a meia noite e até as 4 horas da manhã em São Paulo.

Bilhete Único tem inovações constantes e conquista usuários

O Bilhete Único, implantado há 12 anos, também foi modernizado. O cartão ganhou uma nova tecnologia de chip que permite que seja recarregado com vários tipos de crédito, de acordo com a necessidade de cada usuário: mensal, semanal, diário, estudante, vale-transporte e comum. Além disso, pode ser utilizado em todos os ônibus, micro-ônibus, Metrô e CPTM e nos terminais e estações de transferência do Expresso Tiradentes.

Aqueles que têm o direito de utilizar o transporte gratuitamente também ganham com a tecnologia. Antes, os idosos que desciam pela frente do ônibus hoje passam pela catraca, onde têm mais opções de assentos. O mesmo acontece com os estudantes que conquistaram o Passe Livre.

Essa inovação de bilhetagem eletrônica é utilizada em centenas de grandes cidades pelo mundo como Bogotá, Nova York, Londres, Bangkok e tantas outras, que são exemplos de como a tecnologia mudou para melhor o transporte coletivo. O famoso smart card, como é conhecido o nosso bilhete único ao redor do mundo, já faz parte da vida dos passageiros do transporte público paulistano. Tanto que, atualmente, menos de 7% dos usuários pagam a passagem com dinheiro. O que significa ganho de tempo e de segurança para os usuários.

A tecnologia se instalou em São Paulo, embarcou nos ônibus e conectou os paulistanos com as facilidades do dia a dia. A tendência é que, daqui para frente, novos aplicativos sejam lançados e incorporados a novos ônibus que trarão ainda mais conforto às viagens dos usuários do transporte público.

Informações: SPTrans

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Como São Paulo quer melhorar o transporte público com menos ônibus

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, quer resolver o problema do transporte público na cidade de uma maneira, que a princípio, pode não fazer sentido. Para tornar o sistema mais eficiente, a prefeitura pode propor, na nova licitação dos transportes, uma redução no número de ônibus que circulam diariamente pela cidade.

Em entrevista a EXAME.com, o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, não confirmou em quanto (e se) o número de ônibus será reduzido. Segundo ele, as possibilidades ainda estão sendo avaliadas pela prefeitura. A previsão é de que a atual frota seja reduzida em 27%, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo do último domingo.

Tatto afirma que uma empresa já foi contratada para delinear o novo conceito do sistema de transporte público de São Paulo. "Estamos revendo o traçado das linhas de ônibus, a quantidade de linhas que temos na cidade e a de assentos", diz. A nova licitação deve ser aprovada ainda neste semestre. 

Veja quais as possíveis mudanças:

1. Ter menos ônibus, mas o mesmo número de assentos

Uma das possibilidades, segundo Tatto, é substituir os veículos tradicionais por ônibus superarticulados. Se aprovada, a medida deve diminuir o número de ônibus que circulam pela cidade, mas manter a quantidade de assentos oferecidos hoje.

Enquanto um ônibus convencional carrega 75 passageiros sentados e em pé, um ônibus superarticulado tem capacidade para levar 170 passageiros - 58 sentados e 112 em pé.

2. Reorganizar a lógica do sistema de transporte público

"O que sabemos hoje é que a quantidade de ônibus em São Paulo é suficiente, mas mal distribuída do ponto de vista dos locais onde operam e do tamanho", afirma o secretário. De acordo com ele, hoje há ônibus pequenos circulando em locais de grande demanda enquanto veículos grandes trafegam em áreas com uma demanda menor.

Para solucionar isso, a proposta é reorganizar a rede de transportes municipal. Hoje, a distribuição das linhas de ônibus é pensada de acordo com os horários de pico. Neste período, toda frota e estrutura administrativa da SPTrans é colocada na rua. Assim que o horário de pico termina, os ônibus são retirados de forma linear, com intervalos cada vez maiores.

No novo modelo, o sistema seria estruturado em cinco redes integradas que seriam planejadas de acordo com a demanda específica do momento. Uma seria focada nos horários de pico e outra para o período que se estende das 9h às 18h, além de outras elaboradas especialmente para as madrugadas, sábados e domingos.

Um exemplo disso é como funcionará o esquema de ônibus durante a madrugada. Neste período, haverá linhas que seguem o trajeto do metrô – que não funciona entre meia-noite e 4h da manhã -, além de rotas para hospitais e para locais que concentram eventos noturnos, como restaurantes, bares e baladas, por exemplo.

3. Encarar os corredores de ônibus como metrô

Atualmente, o sistema de ônibus da cidade é dividido em zonas. Pela proposta da prefeitura, o serviço seria estruturado de acordo com o tipo de percurso e a demanda. Tatto projeta que isso pode garantir mais velocidade aos ônibus em cada trajeto. Para isso, o sistema seria dividido em três tipos: estrutural, coletor e intra-bairro.

Os chamados “ônibus estruturais” circulariam apenas pelos corredores de ônibus da cidade. Os veículos seriam grandes e articulados. É nestes eixos que os modelos menores seriam substituídos por ônibus maiores, mas em menor quantidade.

A ideia é que os corredores funcionem como uma espécie de metrô, levando os passageiros de forma rápida de um mesmo ponto de origem e destino.

Já os “ônibus coletores” terão o tamanho padrão e buscariam os passageiros dentro dos bairros para levá-los até os corredores. Os “intra-bairro” seriam menores (micro-ônibus e vans) e circulariam pelas ruas mais estreitas que não suportam veículos maiores dentro dos bairros.

Tatto afirma que tais mudanças seguem os eixos estabelecidos pelo recém-aprovado Plano Diretor de São Paulo. Um dos principais pontos do projeto é o de adensar a população ao longo das vias expressas de transporte público, como corredores de ônibus e estações de metrô, para reduzir o tempo de deslocamento entre casa e trabalho.

"Foi o Plano Diretor que definiu quais serão esses eixos. Cabe a nós agora aplicar e construir os corredores onde ainda não tem", diz Tatto.

Vai funcionar?

"São Paulo tem 1.700 km de linhas transpostas, que percorrem o mesmo trajeto com ônibus tradicional e articulado. Isso não é eficiente", afirma Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em gestão ambiental com foco em mobilidade urbana e coordenador do curso de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

Para o especialista “já estava na hora” de mudanças como as propostas acontecerem. No entanto, segundo ele, a nova lógica pode não ter um impacto positivo para todos os setores da sociedade – a começar pelos motoristas e cobradores de ônibus que podem perder seus empregos. Os usuários do transporte coletivo podem também não gostar da ideia em um primeiro momento.

"As pessoas estão acostumadas a pegar o mesmo ônibus todos os dias. Elas não vão gostar de ter que pegar mais de um ônibus para fazer seu trajeto completo, mesmo que ele seja mais rápido", explica. “Isso precisa ser feito de forma gradativa e com muita informação disponível para o público”. 

Por Beatriz Souza
Informações: Exame Abril

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