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Prefeitura de Goiânia promete padronizar pontos de ônibus e renovar a frota de veículos

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A Prefeitura de Goiânia promete renovar a frota de veículos do transporte coletivo da capital e padronizar pontos de ônibus, a partir de janeiro de 2024. O projeto faz parte de diretrizes estipuladas pela Lei Complementar nº 187, de 6 de outubro de 2023, cujo objetivo de reestruturar o transporte coletivo em Goiânia.

Assim sendo, o plano é reformar 3.049 pontos de ônibus e implantar 3.891 novos abrigos. Além disso, a partir de janeiro do ano que vem, a frota de ônibus receberá 1.020 novos veículos. Entre os planos para o transporte coletivo da capital, a chegada de 62 veículos elétricos para o BRT Norte-Sul, até julho de 2024 e outros 65 ônibus que vão operar no Eixo Anhanguera, destinados pela Metrobus. Dois com ar-condicionado já estão em fase de testes.

Garantido por lei
Durante a Reunião da Frente Parlamentar de Prefeitos, nesta terça-feira (28), em Brasília, o prefeito Rogério Cruz falou sobre a Lei Complementar que estabeleceu as novas melhorias para o transporte coletivo. “Esta Lei é resultado dos esforços entre governos para buscar soluções ao transporte coletivo da nossa grande Goiânia. A solução encontrada evidencia o nosso firme compromisso com o bem-estar da comunidade, para garantir que cada passageiro usufrua do transporte público digno e de qualidade”, enfatizou.

Com efeito, o projeto de lei foi elaborado para garantir mais conforto aos usuários do transporte público. Dentre as medidas, a Lei estabelece que a responsabilidade dos abrigos de Goiânia e da Região Metropolitana passa a ser de 100% das concessionárias. As empresas de transporte público da capital também ficarão encarregadas das manutenções, a cada dois meses, incluindo reforma, remoção, sinalização e conservação dos pontos de ônibus.

As concessionárias também vão adotar medidas para a realização de investimentos na renovação, operação e manutenção da infraestrutura de transporte coletivo do Eixo Anhanguera, bem como na obtenção, operação e manutenção de veículos elétricos. A previsão é de que sejam concluídas as obras de revitalização dos terminais do Eixo Anhanguera até o final de 2024.

Já a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) fica com a responsabilidade de realizar levantamentos necessários para a implementação das iniciativas, como estudos técnicos e jurídicos, projetos de engenharia e estudos econômicos.

Novas medidas
Com início previsto para janeiro de 2024, o Programa Metropolitano de Transporte Coletivo (PMTC) será uma consultoria especializada em engenharia de transporte, contratada para a condução de novos estudos de demanda que permitam a definição de novos padrões de qualidade dos serviços. Para reforçar as medidas de segurança, o projeto estabelece que serão implantados equipamentos de monitoramento remoto na frota e nos corredores BRT, por meio de tecnologia Intellignet Transportation System – ITS.

Também com uso de tecnologia e inovação, há projeto para desenvolvimento de um novo aplicativo para garantir ao usuário ferramentas de roteirização, meios de pagamento, informações e suporte relativos aos serviços regulares integrados e complementares do sistema de transporte coletivo.Para o êxito de todas as ações de reorganização da prestação dos serviços de transporte público coletivo, as concessionárias ficam responsáveis por viabilizar os investimentos necessários, por meio da criação de garantias públicas de pagamento do complemento tarifário.

A Prefeitura de Goiânia destacou como principal garantia de pagamento as receitas da Área Azul e, caso sejam insuficientes, as receitas da Loteria Municipal, que também serão destinadas para os investimentos no transporte coletivo da Capital. Em último caso, verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) também poderão ser usados.

Informações: Diário de Goiás

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Setor de ônibus coletivo urbano acumula prejuízo de R$36 bi e tem desafio de atrair novos passageiros

quarta-feira, 12 de abril de 2023

A pandemia de covid-19 causou uma perda financeira estimada em R$ 36 bilhões para o setor de transporte público por ônibus urbano, acumulado entre março de 2020 e fevereiro de 2023. Além do prejuízo irrecuperável, nos últimos três anos, o setor de transporte coletivo urbano por ônibus ainda sente outros reflexos negativos da pandemia. Segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), além do prejuízo financeiro, houve também a redução de 90 mil empregos diretos no setor -- do início da pandemia até janeiro deste ano. Outro impacto foi a interrupção da prestação de serviço por 55 operadoras/consórcios operacionais, no período. Ainda foram registradas 397 paralisações, em 108 sistemas de transportes coletivos por ônibus.

Além do quadro alarmante, a recuperação do número de passageiros transportados no pós-pandemia foi apenas parcial. De acordo com estudos realizados, a demanda atual já atingiu 82,8% dos níveis verificados na pré-pandemia. "Recuperamos cerca de 80% da demanda que tínhamos (antes da pandemia), mas perdemos, definitivamente, uma parcela de clientes para o e-commerce, para o home-office, para os aplicativos e para a carona solidária", esclarece Francisco Christovam, presidente-executivo da NTU. Christovam acrescenta que, ao contrário da expectativa de evolução positiva da demanda, a perda financeira jamais será recuperada. “Não se trata de uma receita diferida, ou seja, de recursos que deixamos de receber, mas que poderemos reaver no futuro. É um dinheiro que nunca mais entrará no caixa das empresas operadoras”, afirma o executivo.

Diante desse cenário, a NTU entende que existem três desafios a serem superados, a curto prazo, pelas empresas: tentar recuperar os passageiros que deixaram o ônibus e optaram por outros modos de deslocamento; não perder mais passageiros e atrair novos clientes. "Estamos cientes de que esse desafio é muito maior agora, porque, depois da pandemia, alguns atributos da viagem sofreram mudanças significativas. Atualmente, os passageiros se tornaram mais exigentes e, para eles, não basta que o serviço tenha regularidade e confiabilidade. Hoje, eles querem também pontualidade, segurança, conforto, menos lotação e melhores condições de espera dos ônibus nas estações de embarque e desembarque”, avalia o presidente.

O relatório da NTU revela ainda outro fenômeno do pós-pandemia, que é a implementação da tarifa zero, especialmente nas cidades de pequeno porte, com população menor do que 50 mil habitantes, que representam 55% dos casos. Hoje, no total, já são 74 cidades que adotam a tarifa zero, no país. Desse total, 67 implementaram tarifa zero em todo o sistema de transporte, durante todos os dias da semana. Em 3 cidades, a tarifa zero abrange todo o sistema, somente em dias específicos da semana; e, nas 4 cidades restantes, a tarifa zero engloba parcialmente o sistema, durante todos os dias da semana.

Marco Legal

Mesmo com forte impacto financeiro, acumulado durante a pandemia, as empresas estão mais otimistas. O levantamento da NTU mostra que, antes da Covid-19, apenas São Paulo e Brasília tinham subsídios expressivos em relação ao custo total de produção dos serviços. Hoje, são 59 sistemas de transporte urbano, com subsídios permanentes, abrangendo 159 cidades.

O estudo também revela que foram implementadas 153 iniciativas de concessão de subsídios pontuais, em 138 sistemas de transportes coletivos urbanos, para garantir a continuidade da oferta de serviço, durante a pandemia. O presidente executivo da NTU informa que, até o momento, 38 sistemas já fazem a diferenciação da tarifa de remuneração, que cobre os custos da prestação do serviço, para a tarifa pública, que é o valor pago pelo passageiro, para realizar a sua viagem. Essa prática já abrange 12 capitais e regiões metropolitanas e outras 26 cidades.

Essa separação de tarifas, já prevista na Lei Federal Nº 12.587/2012, está inserida em duas propostas de criação de um novo marco legal para o transporte público no Brasil. Uma delas tramita no Senado Federal: trata-se do Projeto de Lei nº 3278/2021, apresentado pelo então senador, Antonio Anastasia, que torna obrigatória a separação das tarifas.

A outra proposta foi elaborada pela Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, órgão do antigo Ministério do Desenvolvimento Regional, atual Ministério das Cidades, e ainda não foi apresentada ao Congresso Nacional. "O marco legal traz uma nova base jurídica que vai reconceituar a relação entre poder público e iniciativa privada", explica o presidente.

Com a perspectiva de aprovação desse novo instrumento de reestruturação do transporte público, com foco nas melhores práticas de prestação de um serviço de qualidade, as empresas alimentam boas expectativas para o setor, ao longo do ano.

Informações: NTU
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Moovit apresenta relatório sobre transporte público em 2022

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Moovit, uma empresa da Mobileye e o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, lança a versão atualizada do seu Relatório Global sobre Transporte Público. O levantamento foi feito com a análise de milhões de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles – dez delas no Brasil. Além da avaliação dos dados, o relatório traz também uma pesquisa de opinião com os usuários do app. 

A pesquisa quis saber o que incentivaria passageiros a usarem mais o transporte público. Para 24%, a maior demanda é o aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Em seguida aparecem passagens mais baratas com 21%, e cronogramas mais confiáveis com 16%.

Esta edição do relatório também mostra como os passageiros passaram a usar transporte público após a fase mais aguda da pandemia de COVID 19. A pesquisa mostra que 17% dos passageiros diminuíram o uso de usar ônibus, trens e metrôs nos últimos dois anos. E 9% passaram a se locomover de outra forma, sem usar transporte público.  

Dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi respondida por 33 mil usuários dessas cidades em novembro de 2022. Todos os dados são anônimos.

Confira algumas das conclusões do relatório, que pode ser visualizado na íntegra aqui:

Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);
Recife tem o maior tempo médio de espera no país

Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

39% das viagens em Brasília percorrem mais de 12 km, o que é considerado uma longa distância;

Porto Alegre é a única cidade brasileira em que mais da metade das viagens (53%) são diretas;

O uso combinado de bicicletas compartilhadas com transporte público cresceu 7% em relação ao último relatório. 

“Há 3 anos, a COVID impactou fortemente o uso de transporte público. Nosso relatório mostra que as pessoas voltaram a se locomover em 2022, trazendo novos desafios para quem opera e administra os sistemas de transporte. Esperamos que o Relatório Global sobre Transporte Público seja uma ferramenta que ajude operadores e governos na tomada de decisões para ter uma operação eficiente que atenda às necessidades dos passageiros”, afirma Yovav Meydad, vice-presidente de marketing e expansão do Moovit.

O Relatório Global sobre Transporte Público está disponível para qualquer pessoa que deseje utilizar assim como comparar dados das cidades analisadas. As informações são distribuídas sob licença Creative Commons e podem ser utilizadas em artigos, reportagens, estudos bem como trabalhos acadêmicos, com crédito para o Moovit e link para www.moovit.com. 

Dados do Relatório Global sobre Transporte Público

Tempo de Viagem
– O Rio de Janeiro é a quarta cidade no mundo em tempo médio de viagem, com 67 minutos;

– Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);

– 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração;

– As viagens curtas, com menos de 30 min, cresceram em todo o país em relação a 2020.

Distância Percorrida

– Brasília tem a maior distância média no Brasil, com 12,41km. É também a sexta maior em todo o relatório;

– 39% das viagens em Brasília percorrem pelo menos 12 km;

– Rio de Janeiro tem a segunda maior distância média no país, com 11,42km; 33% das viagens passam por pelo menos 12km.

Tempo de Espera

– Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

– 55% dos passageiros em Recife esperam mais de 20 min pelo transporte; 

– Curitiba é a cidade com a maior porcentagem de esperas curtas (menos de 30 min): 17%;

– Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento.

Baldeações

– 27% das viagens em Curitiba têm três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%); 

– Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas (53%);

– Recife tem o maior tempo média de espera de todas as cidades – 27 min.

Informações: Portal do Transito
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Curitiba: Transporte coletivo tem prioridade nas obras de sistema viário

segunda-feira, 13 de setembro de 2010


Todas as principais obras que a Prefeitura de Curitiba tem feito no sistema viário da cidade, desde 2005, têm como objetivo central melhorar o transporte coletivo. "Todas as grandes obras de trânsito, como a implantação de binários e revitalização de avenidas, fazem parte do programa de transporte público da cidade. Miramos na melhoria do transporte coletivo, e o benefício para os automóveis é colateral", afirma o prefeito Luciano Ducci.

O prefeito explica que os projetos só receberam financiamento de organismos internacionais de crédito porque têm como meta fundamental a melhoria do transporte coletivo. "Para realizar cada uma dessas grandes obras viárias, comprovamos o impacto positivo sobre a rede de transporte e centenas de linhas de ônibus".

Foi assim com o pacote de obras realizadas desde 2005 com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que incluem os binários das avenidas Brasília, Santa Bernadete, Mário Tourinho, Major Heitor Alencar Guimarães e da ligação viária entre os bairros Capão da Imbuia e Hauer, num investimento total de 20 milhões de dólares.

Mais 98,3 milhões de dólares foram aplicados na construção da Linha Verde Sul, um novo corredor de transporte coletivo para ligar a região sul ao Centro da cidade, desafogando outras linhas que fazem a mesma ligação. E outros 18,3 milhões de dólares foram aplicados na compra de novos ônibus, mais modernos e eficientes, principalmente para a Linha Verde Sul e a linha direta Inter 2, que passou a ter ligeirinhos articulados na frota.

No total, foram R$ 159,54 milhões de dólares, financiados pelo BID desde 2005, para obras e serviços que beneficiaram o trânsito indiretamente, mas que tinham como objetivo principal a melhoria do transporte coletivo. "São obras que atendem os carros, mas que só foram escolhidas pela Prefeitura porque atendem aos ônibus e auxiliam o transporte coletivo", afirma o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Clever de Almeida.

Para se ter uma idéia da importância das obras para o transporte, basta comparar o número de carros com o número de passageiros de ônibus que circulam diariamente em alguma das ruas beneficiadas. No binário da avenida Brasília, por exemplo, as linhas de ônibus que passam pelas ruas do binário transportam diariamente uma média de 44 mil passageiros de ônibus, e no mesmo período passam pelo local 40 mil carros, a maioria com uma única pessoa dentro.

Nas ruas da ligação viária Capão da Imbuia/Hauer - remodelada em toda sua extensão para beneficiar a linha de ligeirinho Inter 2 - são 34 mil passageiros por dia, dividindo espaço com 28 mil veículos. Ou seja, os benefícios da obra alcançam mais passageiros de ônibus do que motoristas de carros.

Na Linha verde Sul, a avenida que foi construída entre o Pinheirinho e o Jardim Botânico na antiga BR-476, os benefícios são medidos em economia de tempo para os passageiros. Na nova linha Pinheirinho/Centro, o tempo de viagem ficou em média 20 minutos menor em comparação com a linha expressa Pinheirinho.

O trabalho de rotina de pavimentação de ruas também dá prioridade total ao transporte coletivo. Desde 2005, foram 641 quilômetros de obras de pavimentação, e mais da metade dessa extensão de asfalto serve de trajeto ao transporte coletivo. O investimento total foi de R$ 382,2 milhões.

"Para o futuro, vamos manter a filosofia de prioridade aos ônibus", afirma Luciano Ducci. A Prefeitura de Curitiba já deu início a uma série de novas obras que melhoram o trânsito, mas têm como objetivo central aperfeiçoar o transporte público. A maioria delas têm financiamento do BID, que exige a comprovação dos benefícios das obras para o sistema de ônibus (lista completa ao final).

É o caso, em Santa Felicidade, da revitalização completa da avenida Fredolin Wolf, por onde passam oito linhas do transporte coletivo, e da avenida Toaldo Túlio, com mais cinco linhas de ônibus. E no trecho norte da Linha Verde, assim como aconteceu no trecho sul, será implantado um novo corredor de transporte coletivo, com uma linha expressa ligando o Atuba à região Central e conectando-se ao trecho sul da Linha Verde.

Transporte coletivo - Além das grandes obras viárias, o sistema de transporte coletivo de Curitiba ganhou um novo eixo de transporte; uma nova linha do sistema Expresso; uma tarifa mais barata aos domingos; 1.120 ônibus zero quilômetro; elevadores, rampas e equipamentos especiais que duplicaram o índice de acessibilidade no sistema; estações-tubo com três portas e ônibus articulados que aumentaram em 20% a oferta de lugares no Ligeirinho Inter2; integração por cartão na estação Santa Quitéria e Vila São Pedro e o primeiro ônibus Ligeirão da cidade, na linha Boqueirão.

Principais projetos viários em andamento e futuros:

Linha Verde Norte

Binários
ruas Holanda e Estados Unidos
ruas Padre Germano Mayer e Camões

Revitalizações
Avenida Senador Salgado Filho
Avenida Mário Tourinho
Rua João Dembinski
Rua Augusto Stresser
Rua Desembargador Antônio de Paula
Rua Raul Pompéia
Ligação da avenida Manoel Ribas com BR-277
Rua Paulo Gosrki
Rua Presidente João Goulart
Rua Educardo Pinto da Rocha
Avenida Fredolin Wolf
Avenida Toaldo Tulio
Avenida das Torres
Avenida Cândido de Abreu

Fonte: Pref. Municipal de Curitiba

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Sistema de transporte coletivo de Anápolis vem se tornando referência mundial

sábado, 30 de abril de 2011

O Governo do Distrito Federal, através da TCB, quer importar dois projetos da TCA: o controle das viagens por computador, sem participação humana, sistema único no mundo, e o modelo de Faixa Exclusiva de Ônibus na Avenida Brasil Sul. A revelação está na carta do Presidente da TCB – Transporte Coletivo de Brasília, Jorge Koichi Saiki:“avaliamos que foi de muita importância para a TCB a visita à TCA para iniciarmos o processo de implantação de Faixa Preferencial de Ônibus em Brasília. Outro ponto que despertou a nossa atenção, em Anápolis foi o sistema informatizado de operação das linhas no Terminal Urbano. No futuro necessitaremos da colaboração dessa empresa para adotar modelo semelhante no transporte coletivo da Capital Federal”. A carta agradece a receptividade à comitiva da TCB, que esteve em Anápolis no início de outubro para pesquisar “os diferenciais da TCA”.

NEM O PRIMEIRO MUNDO TEM
Nem as maiores e melhores cidades do mundo possuem controle de sistema de transporte coletivo urbano totalmente informatizado, como Anápolis. Em Toronto, Canadá, cidade com melhor qualidade de vida do planeta, Nova Iorque e Londres, por exemplo, as viagens do transporte de massas são controladas por computador, mas com intervenção humana, enquanto aqui a operação é inteiramente eletrônica. O sistema foi desenvolvido há mais de 15 anos, na própria TCA, que detém um dos maiores índices de automação do país.

ÔNIBUS RASTREADOS POR RADAR
Ao cumprir a sua jornada diária de trabalho e retornar à garagem, o ônibus é rastreado por radar, na portaria, onde é vistoriado. Antes do nascer do novo dia, o veículo está pronto para servir a comunidade e é mais uma vez rastreado por radar ao sair da portaria da garagem, rumo ao terminal, onde o computador central já o espera. Neste computador estão cadastradas em um banco dados todas as viagens a serem executadas diariamente para a totalidade dos itinerários do sistema.

COMPUTADOR “DECIDE” A ROTA
Ao entrar no terminal de passageiros o veículo urbano é novamente rastreado por radar, que informa ao computador central seu número e suas características. Com tais informações, o computador, sem auxílio humano, registra a hora de entrada do veículo e após consultar seu banco de dados “decide” qual viagem o ônibus deverá efetuar.

COMPUTADOR “FALA” AO MOTORISTA
Uma vez escolhida a viagem, o computador “fala” ao motorista e mostra, em um painel, o horário e o destino a serem cumpridos, sem participação de nenhum funcionário da TCA. Tudo é gravado eletronicamente (inclusive a voz) e gerenciado por computador. Sem falhas, sem atrasos e sem supressão de viagens, há mais de 15 anos.

CLIENTE É FISCAL DO SISTEMA
As plataformas de embarque têm o indicativo das linhas pertinentes ao seu setor e a lista dos horários. Por isso os usuários já sabem qual o destino do veículo que acaba de estacionar e o horário de sua partida. Assim, cada cliente por ser um fiscal do sistema.

TEMPO DE VIAGEM É PROGRAMADO
Na saída do terminal, para mais uma viagem, o ônibus é rastreado por outro radar que informa a ocorrência ao computador central. Registrado o horário de saída do ônibus, o computador dispara um cronômetro, marcando o tempo em que o mesmo deverá retornar ao terminal. O ciclo se repete até que o computador “julgue” não mais precisar daquele veículo, quando determina, sem auxílio humano, seu retorno à garagem para ser novamente vistoriado, lavado e revisado.

PARECE FICÇÃO MAS É REAL
Esse sistema, criado na própria TCA, é pioneiro no mundo e garante a realização de todas as viagens programadas, nos horários pré-determinados. A equipe tem o cuidado com a perfeição, pois sabe que os detalhes da operação são registrados e gravados eletronicamente. Coisa de cinema, de ficção, que é realidade em Anápolis há mais der 15 anos.
A informatização garante a regularidade dos horários, a confiabilidade do sistema e contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, atração de novos investimentos e geração de empregos. Referencial de Anápolis, o sistema de transporte coletivo urbano é considerado um dos melhores do país.

CORREDOR DE ÔNIBUS DA AV. BRASIL
Outro projeto da TCA que desperta o interesse dos gestores do transporte coletivo do Distrito Federal é a Faixa Exclusiva de Ônibus da Avenida Brasil Sul, o primeiro corredor viário estrutural de Anápolis. No trecho entre a Anadiesel e o Trevo de Daia, o estacionamento é proibido e existe a possibilidade de compartilhamento do tráfego entre o transporte particular e o coletivo, exclusivamente para o acesso de saída e entrada às vias auxiliares. Nos cruzamentos, a prioridade de passagem é do transporte coletivo, permitindo-se que os ônibus reduzam a necessidade de efetuar manobras complexas de parada para embarque e desembarque, que passam a ser feitas no mesmo alinhamento. Essa iniciativa, que futuramente será estendida a outras vias essenciais da cidade, tem como objetivo aumentar a atratividade do transporte público e a velocidade média dos ônibus, reduzindo os tempos de embarque, desembarque e percurso. O corredor permite que uma mesma frota possa fazer mais viagens diárias. Os ônibus passam a enfrentar menor obstacularização por tráfego lento e não necessitam fazer manobras evasivas para desviar de outros veículos.

LOGÍSTICA DE PRIMEIRO MUNDO
O desempenho operacional das linhas do Daia – Distrito Agroindustrial de Anápolis trouxe benefícios ao conjunto do sistema de transporte coletivo da cidade, diminuindo o tempo das viagens num corredor de grande extensão e que concentra acentuado volume de passageiros. Faixas exclusivas para os ônibus não representam diminuição de espaço para os demais veículos. Corredor viário estrutural com faixas preferenciais de transporte coletivo é logística de Primeiro Mundo e solução técnica que beneficia não apenas o sistema de transporte coletivo mas o trânsito das cidades como um todo.
O projeto beneficiou motoristas, passageiros, motociclistas, ciclistas e pedestres e gerou qualidade aos deslocamentos e fortalece a consciência da cidadania, através da democratização dos acessos às oportunidades que a cidade oferece. É um instrumento a serviço da organização do espaço urbano, como indutor do seu processo de ocupação.

ANÁPOLIS ESTÁ NA VANGUARDA
Na avaliação da Diretora Financeira da TCA, empresária Cida Braga, o interesse dos gestores do transporte coletivo de Brasília pelos projetos da TCA comprovam, mais uma vez, que Anápolis vanguarda, não obstante ser uma cidade do interior: “não raramente, empresários e técnicos de vários estados e mesmo do exterior buscam as tecnologias que consagraram nosso serviço como um dos melhores do país, especialmente o sistema de controle informatizado das viagens, a integração total das linhas e a bilhetagem eletrônica de última geração”. Para a empresária, este destaque é fruto do trabalho sério e incessante da equipe TCA, desde 1963.

ORGULHO PARA ANÁPOLIS E PARA GOIÁS
Para o Diretor da TCA, Sr. Lacy Martins da Silva, exportar tecnologia é motivo de orgulho para Anápolis e para o Estado de Goiás, ao mesmo em que gratifica e incentiva a empresa a implantar novos projetos e disponibilizar aos seus clientes atendimento cada vez melhor. “Nossa preocupação, todavia, vai além da garantia da qualidade e da valorização de nossa equipe”, finalizou o empresário, ao ressaltar que a empresa investe na formação das futuras gerações, no social e na preservação do meio ambiente, em sintonia com a filosofia dos diretores da Transbrasiliana, empresários Odilon Walter Santos e Lázaro Moreira Braga.



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Semob quer evitar erros do passado em novo programa de mobilidade urbana

segunda-feira, 27 de março de 2023

A recém-criada Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, dentro do guarda-chuva do Ministério das Cidades, está estruturando um novo programa de financiamento de infraestrutura e equipamentos para projetos de mobilidade urbana. A ideia é recriar um plano nos moldes do PAC Mobilidade Urbana, lançado pelo governo Dilma em 2012, mas contemplando alguns ajustes para evitar erros do passado que resultaram num grande volume de obras inacabadas e projetos que não saíram do papel. Uma das prioridades é incentivar parcerias público-privadas para alavancar sistemas ferroviários. As PPPs do VLT do Rio de Janeiro e do Metrô de Salvador estão sendo tratadas como modelos bem-sucedidos e que devem ser replicados.

Quem está à frente desse trabalho é o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel Souza dos Santos, servidor de carreira do Ministério das Cidades. Ele foi nomeado pelo ministro Jader Filho como secretário interino, em fevereiro. “Quando equacionamos num mesmo contrato tanto a construção quanto a operação do sistema, como foram as PPPs do VLT do Rio e do Metrô de Salvador, a perspectiva de a obra ser mais rápida é muito maior do que uma obra pública, que geralmente passa de quatro anos e depende de um orçamento que, às vezes, não está assegurado”, diz Santos.

A pasta tem feito um levantamento dos projetos que receberam apoio do PAC no passado, mas se encontram hoje paralisados. Para esses e novos que venham a surgir, o governo federal discute um tipo de apoio a estados e municípios que vai além da transferência de recursos apenas. A secretaria quer atuar de forma mais próxima na elaboração e acompanhamento de projetos, fornecendo corpo técnico e auxiliando na estruturação financeira dos contratos.

O BNDES e a secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm participado das discussões junto a governos estaduais e municipais, com intermediação da secretaria, para ajudar na elaboração de estudos de pré-viabilidade de projetos. Alguns já foram mapeados pelo banco, como sistemas de VLT em Curitiba e Brasília. “Temos que avaliar o grau de maturidade de cada projeto para poder sinalizar um aporte financeiro”.

O secretário entende que o modelo de PPP é adequado a novos projetos em cidades que nunca tiveram sistemas sobre trilhos. Esse foi um dos aprendizados da pasta, segundo Santos, que cita o VLT de Cuiabá como exemplo. O sistema consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ficou anos com obras paralisadas e, recentemente, foi substituído por um corredor de ônibus BRT. 

“A estruturação do projeto ficou com o estado do Mato Grosso que nunca operou nenhum sistema sobre trilhos. E daí optou por uma obra pública, para implantar um VLT. Como uma obra metropolitana, é preciso ter de fato uma instância que discuta o projeto com as prefeituras e com os operadores locais. Faltou essa assistência. Talvez uma PPP nesse caso poderia ter trazido todo um corpo técnico para a efetivação do projeto”, pontua.

O olhar que se tem agora, diz o secretário, é de acompanhar mais de perto os projetos que recebem recursos federais. “Ou você segue o modelo de PPP integrada que compõe tudo, construção e operação, ou se faz uma obra pública, mas, em paralelo, com o apoio do governo federal de assistência técnica para estruturar como vai ser essa operação e essa participação de outras prefeituras na reorganização da rede”.

Sobre a privatização dos sistemas da CBTU, Santos afirma que está sendo avaliado o melhor modelo para cada estado. Para o de Recife, a expectativa é de retomada dos estudos para decidir se o processo se dará nos mesmos moldes do que aconteceu em Belo Horizonte (que foi concessionado recentemente pelo governo de Minas). “Teremos discussões com o governo de Pernambuco junto ao BNDES, ao PPI e à própria empresa para entender se vai ser possível aplicar o mesmo modelo de BH ou não”.

Informações: Revista Ferroviária
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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Dia Mundial sem Carro tem evento vazio e estacionamentos cheios em Brasília

sábado, 22 de setembro de 2012

A chuva que começou ontem (21) e aliviou a seca de 96 dias em Brasília atrapalhou o evento de comemoração do Dia Mundial sem Carro na zona central da cidade hoje (22). Em um dos pontos mais movimentados da capital, a rua que separa um shopping da plataforma superior do principal terminal rodoviário da cidade foi fechada para que o coletivo de organizações não governamentais pudesse ocupar o espaço com diversas atividades para a população que costuma lotar a região em dias menos nublados.

Mas, diante da chuva e do precário transporte coletivo de Brasília, que fica ainda pior nos fins de semana, o resultado foi um evento vazio e estacionamentos lotados. "Isso é a prova capital de que o transporte de Brasília é ruim", avaliou uma das organizadoras do evento, a jornalista Ana Julia Pinheiro, da ONG Rodas da Paz.

Segundo ela, nos fins de semana, as linhas de ônibus ficam piores que nos dias úteis e isso prejudica o fluxo de pessoas das cidades satélites para o Plano Piloto, onde se concentra a maior parte das atividades de lazer de Brasília. Além disso, a ativista avalia que as políticas de transportes sempre priorizam os carros, tornando a cidade mais caótica e menos humana.

"A cidade foi pensada para ser rodoviarista, tem 52 anos e ninguém nunca pensou no transporte público coletivo. As linhas em Brasília obrigam o passageiro a pegar dois ônibus para chegar ao destino. O que a gente está pedindo é que humanizem a cidade", alegou Ana Júlia.

A precariedade do transporte coletivo da capital do país também foi a justificativa dada pela auxiliar administrativa Luciana Borges para ir ao shopping de carro, hoje, com a filha. Ela sequer sabia que estava sendo comemorado o Dia Mundial sem Carro e disse que mesmo que soubesse teria saído de casa motorizada neste sábado. "Em Brasília é complicado, o transporte público aqui é muito precário. Para sair de casa com criança não dá, deixa muito a desejar", avaliou.

Segundo Luciana, que mora no Plano Piloto, durante a semana, a rotina também não permite que ela utilize o transporte coletivo. A auxiliar administrativa trabalha longe de casa e diz que se dependesse dos ônibus para levar a filha ao colégio e ir trabalhar não conseguiria se apresentar no trabalho às 7h30. "E eu moro no Plano [Piloto]. As pessoas que conheço, que moram nas cidades satélites, sempre reclamam que os ônibus não passam no horário, quebram no meio do caminho, é horrível."

Para tentar resolver parte desses problemas, a Universidade de Brasília (UnB) se uniu ao coletivo Dia Mundial sem Carro para fazer um abaixo-assinado a ser entregue para a presidenta Dilma Rousseff e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Eles querem que o transporte regional de trens de passageiros seja reativado e os ônibus circulares façam a ligação até os terminais de trem e metrô. Além disso, há a reivindicação por uma tarifa única, para que o cidadão possa se locomover por diversos meios pagando um único preço.

"Uma grande cidade precisa hoje de transporte de massa, com trens urbanos, além do metrô e de ônibus circulares pontuais e com energia limpa levando as pessoas até as estações a preços acessíveis. É uma tendência na Europa, nos Estados Unidos e na China", aponta a professora Maria Rosa Abreu, que faz parte do projeto Cidade Verde, da universidade.

As mobilizações do Dia Mundial sem Carro ocorrem desde o dia 15 de setembro em Brasília. Para hoje, ainda estão previstos debates, shows, passeios de bicicletas e atividades para as crianças. A expectativa dos organizadores é que, se o sol aparecer na capital, o evento tenha mais movimento.

Fonte: Correio Braziliense

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Licitação em Brasília procura acabar com um esquema que há 50 anos suga recursos públicos e controla o transporte da capital

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nas próximas semanas serão conhecidos os vencedores de uma licitação capaz de pôr fim a um esquema que há mais de meio século se apropriou do transporte coletivo de Brasília. O objetivo é renovar toda a frota de ônibus da capital e elaborar contratos que obriguem as empresas a se submeter ao controle do governo. Trata-se, segundo promotores do Ministério Público do Distrito Federal, dos lances finais de uma “guerra contra mafiosos”, que, “em conluio com alguns governantes”, simplesmente ignoram o Estado, não se submetem a nenhum tipo de fiscalização e oferecem aos 2,5 milhões de habitantes da capital brasileira um transporte de péssima qualidade. 

A frota de quase quatro mil ônibus de Brasília está completamente sucateada. Os veículos, muitos deles clandestinos, têm mais de dez anos de uso, boa parte não possui os mínimos equipamentos de segurança, quebram com frequência diária, usam placas frias e não raramente sequer seguem as rotas preestabelecidas. “É inaceitável que em 50 anos não tenhamos conseguido fazer uma única concorrência para o transporte coletivo de Brasília”, afirma o governador Agnelo Queiroz. “Desde o final dos anos 1990 brigamos para que os contratos com essas empresas deixem de ser simplesmente prorrogados, atendendo exclusivamente aos interesses de empresários que não têm o menor comprometimento com a qualidade dos serviços e preocupam-se apenas em transferir os recursos públicos para seus interesses privados”, disse à ISTOÉ na última semana um dos promotores que acompanham a licitação em curso desde o início de março.
Frota do DF de quatro mil ônibus está completamente sucateada
Um dos líderes do grupo que resiste à concorrência pública para o serviço de transporte é o empresário Wagner Canhedo Filho, dono de 850 ônibus – quase um terço da frota da capital –, representante de uma das famílias que exploram os ônibus de Brasília desde a sua fundação. Era ele também um dos principais envolvidos na chamada Operação Dakkar, da Polícia Civil, que encontrou cerca de mil ônibus irregulares na cidade e desmantelou uma quadrilha responsável por desviar recursos do passe escolar e do idoso por intermédio da empresa Fácil Brasília Transporte Integrado. “A empresa, comandada pelos mesmos empresários que exploram o transporte, é que dizia o valor que deveria ser repassado pelo governo. E não havia nenhum controle sobre o número de passageiros transportados”, afirma o governador Queiroz. O negócio é milionário. As investigações constataram que em 2009 a Fácil recebeu R$ 10,2 milhões do governo. Em 2010, apenas até 18 de maio, os pagamentos chegaram a R$ 32 milhões. “Hoje, com o fechamento da empresa e uma fiscalização eficiente gastamos menos de 10% do que nos cobravam para atender a uma demanda crescente”, diz o governador.

A guerra contra a máfia dos transportes em Brasília se trava oficialmente no campo jurídico. Desde março, foram oito ações movidas pelos empresários do setor visando a barrar ou retardar a concorrência. A Procuradoria-Geral do Distrito Federal, no entanto, vem conseguindo uma sucessão de vitórias e no momento o GDF avalia os recursos impetrados pelas empresas inicialmente desclassificadas, entre elas a Viplan, da família Canhedo. O problema é que, fora do campo jurídico, o jogo é pesado. De acordo com relatos obtidos por promotores e mantidos sob sigilo, empresários de Brasília, depois de esgotarem os recursos jurídicos visando a impedir a licitação, chegaram a ameaçar empresas de outros Estados, caso entrassem na disputa. “Disseram que também iriam disputar apresentando valores irrisórios nas licitações de cidades onde essas outras empresas têm a concessão”, disse um promotor. Segundo ele, é possível que muitos interessados em entrar no mercado de Brasília tenham desistido da concorrência. E mesmo no campo oficial os métodos utilizados pelos grupos que há 50 anos dominam o setor em Brasília nem sempre atentam às regras do jogo.

Para tentar se manter à frente de um negócio que deverá movimentar cerca de R$ 16 bilhões, o empresário Wagner Canhedo, conforme investigações feitas por membros que acompanham a licitação, entrou na disputa com a Viplan e outras duas empresas que seriam “testa de ferro”: A Santos e Pradela Negócios e Transporte Ltda. e a Planalto Rio Preto Transporte Coletivo Ltda. A Planalto Rio Preto conseguiu entrar na disputa apresentando capacitação técnica que lhe foi repassada por outras duas empresas de Canhedo. Em março, quando o governo lançou um contrato emergencial, para cobrir linhas de uma empresa que não tinha mais condições de operar, a Rio Preto se inscreveu apresentando 80 ônibus registrados em nome da Viplan. Os sócios da Rio Preto e da Santos e Pradela são parentes próximos e ambas as empresas funcionam em um mesmo endereço, no Setor de Transportes de Cargas, trecho 1, conjunto B, lote 8. A Rio Preto no segundo andar e a Santos e Pradela no primeiro. No mesmo endereço também está sediada a Transportadora Wadel Ltda., que pertence ao grupo Canhedo. Todas essas coincidências têm sido alvo de investigações. “Tudo é rigorosamente checado e só irão adiante as empresas que seguirem todos os critérios legais”, afirma José Walter Vazquez, secretário de Transportes do DF.

Tanto o MP do DF como as autoridades do Palácio do Buriti apostam que a licitação é o único meio para alterar uma situação que já tem repercussão internacional. Um estudo recente divulgado pela Economist Intelligence Unit a respeito das 17 maiores cidades latino-americanas faz um importante diagnóstico sobre Brasília. A capital brasileira com suas largas e extensas avenidas é apontada como uma das mais eficientes em infraestrutura viária. Por outro lado, conclui a pesquisa, é a pior entre todas as cidades avaliadas no que diz respeito à qualidade do transporte público oferecido a seus habitantes. Para uma cidade que há 50 anos não consegue fazer uma licitação pública para a concessão dos serviços de ônibus, o resultado do estudo não traduz nenhuma surpresa.

Informações: Isto É

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