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Sistema de transporte opcional de Natal está literalmente falido

sábado, 25 de agosto de 2012

A exemplo da empresa Riograndense, que cerrou definitivamente as portas no último dia 12, o sistema de transporte opcional de Natal também está literalmente falido e dificilmente terá fôlego para concorrer no edital de licitação do transporte público que há vários meses aguarda uma lei autorizativa da Câmara Municipal de Natal (CMN) para ser publicado. O temor é dos próprios permissionários dos opcionais que, através de números, mostram que o sistema pode estar com os dias contados, devido principalmente à incapacidade de renovação da frota, à escassez de passageiros nos itinerários impostos pela Semob, às multas freqüentes impostas aos motoristas e ao sistema de bilhetagem eletrônica, que só favoreceria o sistema convencional de transporte urbano.
Das 180 permissões existentes, pouco mais de 90 ainda estariam operando, mas 66 permissionários desistiram do serviço. Foto: Fotos: Fábio Cortez/DN/D.A Press
O resultado de todos esses problemas é o afundamento do sistema nos últimos anos. Das 180 permissões existentes, hoje só estão em atividade pouco mais de 90, sendo que destes 66 já devolveram a permissão. Bairros como Felipe Camarão que contavam com nove veículos hoje só tem um. Quando foi licitado, Parque dos Coqueiros era a melhor linha de Natal com 10 carros, hoje também só conta com um. O mesmo se repete no Bairro Nordeste que caiu de seis para um. Pior no Gramaré: não restou nenhum dos oito veículos. Com a desistência dos permissionários, o sistema que empregava diretamente 800 funcionários, despencou para 230 trabalhadores. Cada carro empregava pelo menos quatro pessoas, hoje caiu para dois ou até um funcionário que na maioria das vezes é o próprio permissionário.
Atualmente, as linhas de Ponta Negra, Parque das Dunas e Nova Natal que eram consideradas as melhores, não conseguem ultrapassar a casa dos 200 passageiros nas seis viagens diárias. Antes elas chegavam a 500 passageiros, enquanto que as linhas de percurso menor chegavam a 350 passagens. Segundo dados da Coppetur, para colocar um carro para rodar, um permissionário gasta aproximadamente R$ 18 mil por mês. Como o sistema não está correspondendo, os carros estão envelhecendo e os problemas vão se acumulando. "A maioria dos permissionários está acumulando prejuízos e tirando do próprio bolso para poder rodar", informa Edileusa Queiroz, presidente da Transcoop Natal.
"Estamos a todo instante esperando a última pá de cal que sepulte vez o sistema de transporte alternativo. É só o que falta acontecer. Descapitalizados como estamos, como vamos poder concorrer numa licitação pública?", questiona o permissionário Franklin Alves. Ele é o único sobrevivente dos seis opcionais que faziam a linha do Bairro Nordeste e só não parou porque dá emprego a três pessoas da própria família. Franklin também dirige o opcional. Diz que a situação está insustentável e, se não houver mudanças rápidas, poderá também parar com a atividade.
Bilhetagem
A principal reclamação dos permissionários é a redução drástica no número de passageiros, decorrente da falta de uma bilhetagem eletrônica unificada que dê o direito ao passageiro de poder escolher o próprio destino e como usar seus créditos. "O chip com duas janelas não correspondeu, a parceria foi uma tentativa já desesperada de fazer sobreviver o sistema e só firmamos porque já estávamos falidos. Para se ter um ideia, recebemos um repasse do Seturn de cerca de R$ 83 mil para dividir com 97 associados, o que dá em torno de R$ 850 para cada um. Hoje não é mais vantagem ter o equipamento. Se nada acontecer a tendência da categoria é retirar o equipamento passando a rodar como era antes", disse Edileusa Queiroz. A bilhetagem dos opcionais é feita pela Fijitec, a mesma do transporte convencional, sendo que os ônibus transportam diariamente cerca de mil passageiros, enquanto o alternativo não leva 200, mas paga o mesmo valor de R$ 230 pelo uso do equipamento.
Além disso, o permissionário Franklin Alves diz que o sistema de bilhetagem é uma verdadeira caixa preta, direcionada para favorecer ao Seturn. "Um trabalhador normal que recebe o Natal Card já vem creditados valores para serem usados apenas nos ônibus. Para mudar e colocar também o opcional tem que enfrentar uma burocracia muito grande que normalmente faz desistir. Se ele pedir um extrato de sua utilização é também outra via crucis, exigem um login e uma senha que só quem tem acesso é a empresa e, normalmente, não se consegue. É só fazer um teste e verificar", disse ele.
Fonte: Diário de Natal
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Licitação do transporte público de Natal é adiada mais uma vez

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nove meses. Este é o tempo que ainda falta para que Natal possa ter um sistema de transportes diferente do atual, seguindo critérios estabelecidos através de licitação pública e baseado na livre concorrência. A prefeitura publicou na edição do Diário Oficial de sábado um decreto que posterga por mais esse período a permissão de exploração do serviço de transporte público. Prorroga, assim, mais uma vez o prazo para que seja deflagrado a concorrência e mantém o monopólio das sete companhias de ônibus que compõem o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) e do Serviço Opcional.

A medida foi comemorada pelo Seturn. "Se as licenças não fossem prorrogadas, o serviço parava. É uma necessidade imperiosa continuar o serviço. Estamos fazendo nosso dever de casa", afirmou Augusto Maranhão, presidente do sindicato que reúne Guanabara, Reunidas, Cidade do Natal, Santa Maria, Conceição, ViaSul e Riograndense. Ele adiantou que as empresas estão se preparando para se adequaràs regras do processo licitatório. "Antes da licitação, é preciso haver debates, audiências públicas. Não se faz uma licitação de uma hora para outra. A grande interrogação é: vamos licitar o quê? O sistema para 2014 ou o sistema atual?", questionou.

Natal prorroga a licitação do sistema desde 26 de junho de 2003, quando venceu o primeiro prazo para concessão das linhas de ônibus. Na época, o município prorrogou as permissões por mais sete anos, prazo que terminou em 27 de junho de 2010. Em maio deste ano, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público requisitou, na 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, a deflagração do certame. O promotor que impetrou a ação, Emanoel Dhayan, estava em audiência e não pode comentar o assunto.

Na sexta-feira passada, a prefeitura apresentou à Justiça o cronograma para a consolidação do processo e escolha das novas empresas ou consórcio de empresas para operar as linhas. O resultado, segundo essa programação, deverá ser conhecido até setembro de 2012.



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População de Natal recebe 60 novos ônibus adaptados para pessoas portadoras de necessidades especiais

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Os natalenses dispõem agora de uma frota de 100 ônibus adaptados para portadores de necessidades especiais e obesos. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) e a Prefeitura do Natal entregaram a população uma nova frota de 60 ônibus, todos adaptados para este público.
Os novos veículos foram adquiridos pelas empresas Guanabara, Nossa Senhora da Conceição, Reunidas, Rio-grandense, Via Sul, Santa Maria e Cidade do Natal. “A entrega destes novos 60 ônibus contribuirá muito para o desenvolvimento do projeto Via Livre, pois entre as medidas a serem adotadas está a questão da acessibilidade para pedestres nas calçadas, nos transportes coletivos urbanos”, ressaltou Kelps Lima, secretário municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
“Nossa intenção é fazer com que a idade média da frota de ônibus de Natal chegue há 2,5 anos, pois dessa forma conseguimos manter sempre a qualidade do serviço”, informou o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão. Ele acrescentou que Natal possui agora uma frota de 100 ônibus adaptados. Os 60 novos veículos tiveram um investimento de R$ 15 milhões e somam-se aos outros 800 carros da frota.Os novos ônibus são equipados com motores eletrônicos que atendem às determinações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), com a vantagem ambiental de reduzir em pelo menos 30% a emissão de poluentes.
Também são parametrizados para limitar a velocidade, dispondo de sistema de freios pneumático e freio auxiliar top brake, garantindo maior segurança. A carroceria proporciona maior vedação acústica contra ruídos externos. Seguem ainda a norma NBR 1402 que enfatiza obrigações sobre acessibilidade nos transportes públicos.
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Tarifa de ônibus volta a R$ 2,20 em Natal

domingo, 23 de junho de 2013

A partir deste domingo, 23, a passagem de ônibus em Natal volta a custar R$ 2,20. A Prefeitura do Natal decidiu, unilateralmente, revogar o aumento concedido ao sistema de transporte público há 33 dias. O Executivo Municipal, contudo, ainda avalia a possibilidade de redução de impostos como o ISS (Imposto Sobre Serviços) cuja alíquota de 5% é repassada pelas empresas à Municipalidade.

À priori, Carlos Eduardo asseverou que nenhuma espécie de subsídio será concedida ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) como compensação pela redução da tarifa. O Seturn foi comunicado pelo prefeito ainda na tarde de ontem, mas não falou, até agora, sobre a decisão. No final do ano passado, o Sindicato concedeu aumento aos trabalhadores do setor com base no valor da tarifa em R$ 2,40.


“É uma decisão política. Natal não pode ficar na contramão do Brasil. Nós devemos estar sincronizados com o restante do país”, argumentou o prefeito. A decisão da Prefeitura coincidiu com o dia marcado para o ato “Nacional de Lutas Contra o Aumento das Passagens, em Defesa do Transporte Público e pelo Passe Livre” em Natal e outras 74 cidades brasileiras. Na capital potiguar, o ato reuniu uma multidão de jovens, adultos e famílias que protestaram contra o aumento abusivo da tarifa e pelo passe livre.

O prefeito enfatizou, contudo, que o anúncio da revogação do valor da tarifa não tinha o intuito de enfraquecer a manifestação e seguia uma tendência nacional. “A Prefeitura apóia o movimento pacífico, mas nem sempre poderá dizer sim. Tudo depende de análise. A gente resolveu colocar Natal no cenário do Brasil”, assegurou. Para ele, a redução é decorrência de um efeito cascata, quando comparado com outras cidades que decretaram a diminuição da passagem como Rio de Janeiro e São Paulo. 

Informações: Tribuna do Norte

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A dura rotina dos usuários de transporte coletivo na capital potiguar

quinta-feira, 27 de maio de 2010


Superlotação, longa espera, desconforto, atrasos, ônibus velhos... São essas algumas das reclamações feitas por quem, diariamente, precisa utilizar o sistema de transporte urbano de Natal. Sem contar no valor pago para usufruir de um serviço, que na maioria das vezes, deixa muito a desejar. Independentemente do tipo de transporte, pode ser ônibus, alternativo, ou até o trem, a verdade é que a população da Grande Natal está totalmente insatisfeita com a qualidade do transporte público oferecido na cidade. A superlotação é uma das principais queixas. Para tentar conseguir um lugar sentado, muita gente chega a andar cerca de 30 minutos até o terminal dos ônibus (ponto de partida).

O auxiliar de pedreiro, Adonias da Costa, é morador da Zona Norte de Natal. De segunda a sábado, ele deixa a residência no conjunto Novo Horizonte e caminha 15 minutos até chegar ao terminal de ônibus do conjunto Pajuçara. “Eu vou para o terminal na esperança de pegar um lugarzinho sentado. Tem dias que eu consigo, mas às vezes o ônibus já sai cheio desde a primeira parada”, lamentou Adonias.

A maioria dos usuários que estavam no terminal de ônibus do Conjunto Pajuçara, na última quinta-feira, afirmou que essa situação é mais comum do que se imagina. Uma equipe da TRIBUNA DO NORTE embarcou junto com os passageiros e comprovou de perto a deficiência do sistema de transporte da cidade. Em cada uma das paradas percorridas, problemas e reclamações se acumularam e cresceram.

Primeira Parada: Terminal de ônibus do Conjunto Pajuçara - Hora: 5h20 da manhã

O movimento no terminal de ônibus já era intenso, dezenas de passageiros a espera do ônibus. A essa hora da manhã a situação ainda estava organizada. Quem chegava ia direto para fila, tentar garantir um lugar sentando. Afinal, a viagem, para alguns, chega a durar até uma hora, dependendo de como esteja o trânsito na Zona Norte.

A estudante Joyce Souza (12) já estava na fila, apesar de só ter aulas às 7h30 da manhã. Para não perder o primeiro horário, ela tem que sair de casa ainda de madrugada. “Eu moro no conjunto Vila Verde e venho para o Pajuçara porque, às vezes, consigo pegar o ônibus mais vago. E tenho que sair bem cedo também devido ao engarrafamento que tem lá na ponte de Igapó, se deixar para ir mais tarde para a escola com certeza eu chego atrasada”, explicou a estudante.

Situação semelhante é a do auxiliar de serviços gerais, Kleber Nascimento. O horário de trabalho dele é a partir da 7h, mas às 5h30 ele já está saindo de casa. “Se eu não sair essa hora, não chego a tempo no serviço. É muito difícil para quem precisa pegar ônibus. Os carros são velhos, sujos e o valor da passagem é muito alto. Se for comparar não vale a pena pagar esse tanto de dinheiro para usar um serviço tão ruim”.

Bem próximo ao terminal tem um ponto de parada para os transportes alternativos, que nos últimos anos tem “roubado” boa parte dos usuários de ônibus. A vantagem desse sistema está no fato de chegarem até os lugares que os ônibus não atendem. “Eu desisti de pegar ônibus porque não passa perto do meu trabalho, que é na Prudente de Morais. Pelo menos dos carros que circulam na Zona Norte, nenhum passa por ali. Já as ‘bestas’ (alternativos) param bem próximo ao meu local de trabalho e cobram o mesmo preço dos coletivos”, disse a atendente Vilda da Silva.

Mas para o auxiliar de encanador, Jeandro Fortunato, os transportes opcionais também deixam muito a desejar. As principais reclamações são a mudanças do itinerário, o excesso de velocidade e, principalmente, a falta de um horário certo para as saídas dos veículos. “Eu estou aqui desde as 5h30 da manhã, mas a besta só vai sair de seis horas. Pode uma coisa dessas? Todo dia eles saem em um horário diferente”, falou Jeandro.

Um outro problema é a questão dos pontos de paradas. Tanto para as paradas dos alternativos, como as dos ônibus, não oferecem muita proteção aos passageiros. No Pajuçara, por exemplo, o terminal de ônibus não oferece nenhum conforto aos passageiros, que esperam o transporte debaixo de sol ou de chuva. Por volta das 5h45, a equipe da TN pegou o ônibus, que faz a linha Pajuçara-Mirassol (linha 60). O veículo deixou o terminal com todos os bancos ocupados e algumas pessoas em pé. Alguns quilômetros mais à frente, após a terceira parada, o ônibus já estava praticamente lotado. “Vejo essa cena se repetir todos os dias”, reclamou o supervisor, Zenaido dos Anjos.

Passageiros ficam sem opção

Segunda Parada: Estação de trem do Conjunto Panoram - Hora: 6h10Para fugir do longo congestionamento que se forma todas as manhãs, e, principalmente economizar no valor da passagem, muitos moradores da Zona Norte estão optando pelo transporte ferroviário. O trem acaba sendo uma solução rápida e barata. Ao invés de gastar 1h30 no trajeto Zona Norte-Ribeira, o usuário do serviço ferroviário acaba fazendo o mesmo percurso em 30 minutos. Além disso, economiza R$2,50 por dia, já que a passagem do trem custa apenas R$0,50.

O zelador, Roberto Bezerra é um dos adeptos ao trem. Ele caminha cerca de dez minutos de casa até a estação do Panorama. “Eu prefiro pegar o trem que não atrasa, não tem problema com engarrafamento e a passagem é só R$0,50. É muito mais vantagem, sem se compara”.

Assim como acontece com os ônibus, o estado de conservação dos trens não está muito bom devido ao tempo de uso do equipamento (cerca de 50 anos). Além disso, são poucos os lugares disponibilizados para sentar. Cada vagão possui cerca de oito bancos, com capacidade para oito pessoas cada. Ou seja, apenas 64 pessoas de um universo de centenas de pessoas vão sentadas.

Um outro problema é segurança dos passageiros. Segundo alguns usuários, existem dias, que de tanta gente, o trem segue viagem com a porta aberta.Para o pedreiro, Antônio Barbosa, a viagem de trem não é muito confortável, mas a economia (de tempo e dinheiro) compensa. “Os ônibus estão ruins e o trânsito nem se fala. É muito melhor, na minha opinião, pegar o trem, apesar do aperto, porque a gente gasta bem menos. E se fosse de ônibus também era desconfortável, porque eles só andam cheios também”.

O trem, que saiu do município de Ceará-Mirim chegou à estação da Ribeira por volta das 6h40. Foram gastos cerca 30 minutos. Se o mesmo trajeto tivesse feito de ônibus, seria gasto cerca de uma hora.
Terceira Parada: Passarela Neópolis - Hora: 8h30Quem disse que os moradores da Zona Sul não têm problemas com o sistema de transporte público de Natal? Basta dar uma volta pelos bairros de Capim Macio, Cidade Satélite, Neópolis para constatar que a situação é semelhante à Zona Norte. Atrasos, ônibus antigos e cheios, má educação de alguns motoristas e cobradores.

O universitário Felipe dos Santos que o diga. Ele mora no bairro de Neópolis e a universidade que ele estuda fica na avenida Engenheiro Roberto Freire, Ponta Negra. Um percurso que não é tão distante, quando vai de carro, gasta em média 20 minutos, mas quando vai de ônibus... “Tenho que apelar para sorte. Existe um espaço de tempo muito grande em um ônibus e outro. Já cheguei a esperar mais de 45 para pegar um ônibus.”A reportagem da TRIBUNA DO Norte chegou por volta das 8h30 na parada de ônibus que fica embaixo da passarela de Neópolis. O ponto ainda estava cheio de passageiros.

De acordo com uma legislação municipal, alternativos e ônibus não podem utilizar o mesmo ponto de ônibus, mas na realidade não é bem assim que a coisa funciona.Muitos alternativos não respeitam as paradas de ônibus e param nesses locais para tentar embarcar mais passageiros e acabam ocupando o lugar destinado apenas aos ônibus. Nessa confusão os usuários são prejudicados porque sem ter onde parar, os ônibus passam direto do ponto.

Uma outra reclamação é com relação ao estado de conservação dos veículos e o preço da passagem de ônibus. “A maioria da frota é sucateada. São ônibus antigos, que fazem um barulho enorme e quebram com muita freqüência. A passagem então, o valor que nós pagamos não compensa porque Natal é uma cidade pequena. Outras cidades maiores que possuem a tarifa um pouco mais alta, mas em compensação um mesmo transporte chega a vários pontos da cidade, coisa que não acontece aqui”, explicou Felipe.

Para a empregada doméstica Francisca Canindé Gomes, o sistema de transporte público só favorece aos donos das empresas e não a população como deveria ser. “Eu moro no Conjunto Bela Vista, no Planalto, e lá eu só posso pegar um ônibus, que é o 33. Eu já esperei mais de 40 minutos por ele. E a passagem de ônibus é muito cara, mas o pobre não tem direito nem de reclamar, depende do ônibus, então tem que pagar. Não dá para andar a pé, né?”
Quarta Parada: Campus Universitário - Hora: 9h15

Na UFRN a situação é tão ou mais complicada do que nos outros pontos da cidade. A instituição recebe alunos de todos os locais do Estado, que sentem muitas dificuldades para conseguir chegar e sair do Campus, já que poucas linhas fazem esse percurso.

Dependendo do local que desejar ir, os estudantes tem que pegar dois ônibus: o Circular até a avenida Salgado Filho e outro até o destino final. O problema é que, em determinados horários, o Circular chega a demorar cerca de 20 minutos ou mais e ainda vem lotado.“Chamamos esse sistema de transporte público, mas ele não tem nada de público. Nós pagamos, e caro, para ter direito a ele. Deveríamos, no mínimo, ter um transporte de qualidade”, reclamou a universitária Débora Melo, que já chegou a esperar uma hora pelos ônibus da linha 47 e 48 (Nova Descoberta).Já o, também universitário, Fernando Araújo, define como “razoável” o valor da tarifa e a qualidade do sistema de transporte da cidade. “Deveriam ser colocados mais ônibus para rodar em Natal. Eu, por exemplo, estou a 18 minutos esperando o 31 e até agora nada. Mas acho que o valor da tarifa razoável. Poderia ser mais baixo, mas também não está tão caro assim”.

TAC quer recompensar usuário

Recentemente a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) negociou com os empresários do setor, o reajuste da tarifa de ônibus. Para justificar o aumento das passagens, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público. O acordo é uma espécie de recompensa para o usuário que passou a pagar, desde o dia sete de setembro, uma tarifa de R$1,75.

De acordo com o TAC, as empresas concessionárias de ônibus terão que cumprir uma série de recomendações: renovar a frota em cerca de 372 veículos nos próximos 36 meses,; ampliar o serviço noturno com dez linhas a serem definidas pela STTU e que sairão entre meia-noite e cinco horas da manhã, de hora em hora; implantação do serviço porta à porta com a aquisição de 20 veículos tipo microônibus sem cobrança da tarifa para os portadores de deficiência física com alto grau de deficiência na mobilidade.

O acordo definiu ainda a reativação de alimentadores do Residencial Redinha; implementação de Circular Integrado ao Terminal de Soledade, beneficiando as comunidades de Nova República, Jardim Brasil, Brasil Novo, Parque das Dunas e os loteamentos Novo Horizonte, Jardim Floresta, Dom Pedro e Santa Cecília, entre outras recomendações.

De acordo com a secretária adjunta, Lúcia Rejane de Almeida, a STTU já iniciou os estudos para por em prática as determinações. “Os projetos para ampliar o horário noturno dos transportes, bem como a questão dos circulares e o transporte porta à porta já estão sendo feitos. Acredito que vamos cumprir todas as recomendações dentro dos prazos estabelecidos”.

O não cumprimento do ajuste de conduta implicará em interferência do Ministério Público e multas por descumprimento do acordo. As multas variam de acordo com cada recomendação. No caso do transporte porta à porta, por exemplo, se não for cumprido a partir do 13° mês (contando a partir de setembro) a empresa vai pagar uma multa de R$ 400,00 por dia e por veículo que deveria está em operação.Questionado sobre a qualidade da frota que está rodando na cidade, o chefe do departamento de estudos de projetos da STTU, Flávio Nóbrega, reconheceu que boa parte dos ônibus é antiga e já estava precisando ser renovada.

“A frota de ônibus de Natal tem uma idade média de sete anos. A renovação desses ônibus chegou na hora certa. Com essa medida, a frota ficará com uma média de quatro anos e meio. Fato que além de aumentar o conforto da população, vai diminuir o tempo das viagens, porque carro novo roda melhor que velho”.

De acordo com dados da STTU, Natal possui hoje uma frota total de 703 ônibus, sendo a frota efetiva (que circula diariamente) de 611 veículos. Sete empresas (Cidade das Dunas, Riograndense, Reunidas, Via Sul, Santa Maria, Guanabara e Conceição) possuem concessão para fazer esse tipo de transporte.Já a frota de opcionais é composta por 177 carros. O sistema transporta mensalmente um total de 11 milhões de passageiros. Por dia, são, aproximadamente, 430 mil usuários transportados nos ônibus e alternativos. Para fiscalizar toda a frota, a secretaria disponibiliza cerca de 104 fiscais de trânsito, que trabalham em todas as regiões do município, independente do tipo de autuações.

Os transportes alternativos são os que mais acumulam infrações. Até o dia oito de agosto deste anos, o Sindicato do Permissionários de Transporte opcional registrou um total de R$ 696.726,97. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) o sistema de ônibus recebe uma média de 100 multas por mês.

Com relação aos pontos de passageiro, a STTU informou que de 2006 a 2007 foram instalados 120 novos abrigos, mas 100 foram recuperados e ainda tem uma licitação em andamento para que sejam instalados mais 92 abrigos. “Sabemos que a quantidade não é suficiente, mas estamos trabalhando para melhorar ao máximo. Existe também um problema sério: muita gente não conserva os abrigos, praticamente todos os dias temos que consertá-los”, reclamou Flávio Nóbrega.

Para o diretor de Comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, o Termo de Ajustamento de Conduta vai trazer muitos benefícios tanto para aqueles que utilizam, como para quem oferece e fiscaliza o sistema de transporte urbano. “A tendência é que o sistema de transporte fique realmente organizado. Esse foi apenas o primeiro passo. Esperamos que essa mudança de postura do órgão gestor (STTU) permaneça firme, porque só assim vamos conseguir um transporte de qualidade.”

Opcionais criticam diferenciação

“As pessoas vêem o sistema de transporte alternativo como uma espécie de ‘quebra galho’ que socorre a população, principalmente aqueles que moram nos bairros mais carentes de Natal”, desabafou o presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional do RN (Sintoparn), José Pedro dos Santos Neto (Pedrinho).

Segundo Pedrinho, a STTU não dá a devida atenção aos alternativos, que não foram beneficiados com o corredor da Bernardo Vieira. “Nós deveríamos ter mais vantagens já que somos o único sistema de transporte licitado, mas parece que funciona diferente. Uma prova é que não fomos beneficiados com o corredor da Bernardo Vieira, que a STTU faz questão de dizer que é exclusivo para os ônibus e nem temos o direito de circular com passageiros em pé”.

Com relação a permissão para circular com passageiros em pé, o Sintoparn desistiu de esperar pela Câmara dos Vereadores e está realizando uma campanha para o recolhimento de 15 mil assinaturas. “Pretendemos apresentar um projeto de iniciativa popular par vê se com o apoio da população conseguimos esse direito, que os ônibus já possuem”, disse Pedrinho.

Uma das principais reclamações contra os alternativos é a falta de segurança desse sistema. Por ser menor que o ônibus, os passageiros dos opcionais estão mais sujeitos a assaltos. E para acabar com esse problema, o Sintoparn está tentando implantar um sistema de GPS, que vai monitorar toda a rota do veículo. Mas a implantação do GPS esbarrou na burocracia do órgão gestor, que só vai liberar o sistema quando os ônibus também providenciarem.

“Nós estamos apenas esperando a liberação da STTU, já providenciamos tudo que foi solicitado. Mas temos que esperar que os ônibus se adequem também, mas pelo que eu sei não tem nem previsão. As pessoas falam do transporta alternativo, mas nós queremos fazer tudo direitinho, já o Seturn não quer porque com o GPS, a STTU teria o controle de tudo”, alfinetou Pedrinho.Para o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, o sistema de ônibus é diferente. “É tudo em proporções maiores, temos mais veículos, mais gastos. Não é de uma hora para outra que conseguimos resolver tudo”. Ele disse ainda desde que os alternativos começaram a rodar na cidade, os ônibus perderam 20% dos seus passageiros. “E desde 200 o sistema não tem acréscimo na demanda, só nos gastos”.

Um exemplo é a meia passagem e a gratuidade dos idosos, deficientes e portadores de doenças crônicas. Segundo ele, de cada 100 pessoas, 20 não pagam a tarifa e 40 pagam meia passagem. “Ou seja, as outras 40 pessoas é quem acabam pagando, por isso o aumento da tarifa e não porque queremos ganhar mais dos usuários”, disse Augusto.

Questionado sobre a qualidade do sistema de ônibus da cidade, Augusto Maranhão respondeu: “O nosso sistema é de boa qualidade. Tem alguns defeitos, mas a frota é suficiente para transportar toda a população. O que precisamos é de mais velocidade do trânsito”.

Passagem de trem atrai passageiros

Uma opção que está começando a ser utilizada por grande parte dos moradores da Zona Norte, Ceará-Mirim e Extremoz é o trem. Além de ser mais barato, a passagem custa R$0,50, o tempo de duração da viagem é bem menor do que se fosse feita de ônibus.

O ambulante, Jenivaldo Costa, é uma das pessoas que preferem utilizar o trem. “A gente sabe que o trem é velho e não oferece nenhum conforto, mas seu eu for de ônibus também vou em pé. Mas pelo menos eu pago mais barato.Além da tarifa outra coisa atrai o ambulante. “Aqui no trem é todo mundo mais unido. Todo mundo se conhece. Teve até um dia que eu cantei para os passageiros. E também é mais seguro que ônibus porque nenhum malandrinho se atreve a fazer alguma maldade com ninguém aqui dentro, eles não são nem doidos”.

De acordo com dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cerca de 12 mil passageiros são transportados diariamente, nas 27 viagens feitas pelas três composições (vagões e locomotiva). O trem está sendo tão utilizado que a companhia está com o projeto de ampliação, para atender cerca de 60 mil pessoas.

“O Projeto de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) está em fase de negociação. A governadora Wilma quer muito executá-lo, mas só poderá fazê-lo se contar com recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já que o projeto inicial está orçado em R$ 130 milhões”, explicou o gerente administrativo da CBTU, Flávio Cordeiro.

Além disso existe um outro projeto, em fase de estudo, que prevê a ampliação para Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José do Mipibu e Nísia Floresta. Segundo Flávio, ainda não existe um valor para o projeto, mas os primeiros estudos estimam um custo de R$ 400 milhões, já que teriam que ser construídas novas ferrovias.

Ainda tem aqueles que preferem economizar mais ainda e acabam fazendo uso de outro meio de locomoção: a bicicleta.“Para quem mora na Zona Norte a bicicleta é melhor. A gente não gasta nada e ainda chega mais rápido do que quem vai de carro ou de ônibus. O meu patrão sai de casa de 6h30, de carro, e eu de 7h30, de bicicleta. Adivinha quem chega primeiro? Eu é claro.”, disse o ASG Deílson Lemos.

Fonte: Tribuna do Norte
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Trânsito de Natal tem mais carros e menos ônibus

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A quantidade de passageiros que utilizaram os ônibus de linha cresceu 1,5% em 10 anos em Natal. A estatística preocupa pois contrasta com o crescimento populacional no período (13%) e também com a elevação no número de veículos na cidade (330%). As causas de uma menor utilização do transporte público de massa são atribuídas às deficiências na qualidade do serviço prestado, assim como melhores condições de renda da população.

Desde o ano de 2004, a quantidade de passageiros de ônibus vinha caindo, tendo uma recuperação em 2010. Há sete anos, a média mensal era de 10,7 milhões de pessoas transportadas; no ano passado foram 10,3 e em 2009, foram 9,9 milhões.  Em 2000, 10,1 milhões de passageiros utilizaram esse tipo de transporte.

As estatísticas foram repassadas à reportagem pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). Enquanto isso, a frota de veículos na capital do RN aumentou mais de 330% nos últimos 10 anos, passando de 66,8 mil para 292 mil.

Para o professor de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Enilson Medeiros Santos, a migração do transporte coletivo para o individual trará problemas à cidade no futuro. “A consequência imediata é a dificuldade de fluidez de tráfego. Por enquanto Natal ainda tem espaço, mas já percebemos a quantidade de congestionamentos crescendo”, disse.

De acordo com o estudioso, que possui especialização na área de engenharia de transportes, o crescimento econômico da cidade ficou concentrado nos mesmos pontos da cidade ao longo dos anos. “O crescimento populacional se expandiu para as periferias, mas as pessoas continuam voltando para o centro de Natal para trabalhar. E para isso, continuam utilizando as avenidas Prudente de Morais, Salgado Filho, Capitão Mor Gouveia, Antônio Basílio”, argumentou.

Enilson acredita que não existiu planejamento através de políticas públicas por parte das autoridades para o crescimento da cidade. Para o secretário adjunto da Semob, Haroldo Maia, não há obra de engenharia que acompanhe tal crescimento. “Nenhuma obra vai comportar o crescimento que constatamos de veículos nos últimos tempos. Temos que priorizar a prestação de serviço do transporte público”. Segundo ele, os projetos existentes visam reestruturar as vias e criar mais faixas exclusivas para ônibus. “Não podemos estar disputando espaço com carros e motos. Estamos viabilizando projetos para beneficiar os usuários do transporte coletivo”.

O secretário confirma que a tendência de migração do transporte público para o individual traz prejuízos para  a cidade. “Teremos mais problemas de tráfego. Além de questões ambientes e de saúde que estão diretamente ligadas”, encerrou.

Os problemas dos transportes de massa se estendem a nível nacional. A utilização do transporte público sofreu uma queda de 30% em todo o Brasil. O preço da passagem aliadas a falta de políticas públicas para esta área foram apontados como causas para a diminuição constatada nos últimos 10 anos. A análise pertence ao estudo “A mobilidade urbana no Brasil”, divulgado na semana passada pelo Instituto de Polícia Econômica Aplicada (Ipea).

Além da ausência de planejamento para a mobilidade, o estudo também aborda os incentivos federais à utilização de transporte individual. Os subsídios do Governo Federal para aquisição de veículos como automóveis e motocicletas representam 90% do total destinado a área de transportes.

Falta de licitação é problema para a mobilidade de Natal

O Ministério Público Estadual, através das promotorias de Defesa do Patrimônio Público, já entrou com uma ação civil pública para tentar garantir a licitação do transporte público para Natal. O prazo dado pelo MPE/RN termina no próximo dia 15 de junho e prevê pena de R$ 500 mil à prefeita Micarla de Sousa caso não haja o cumprimento.

A licitação que irá reorganizar as linhas de ônibus da cidade há tempos se arrasta e no início do ano já havia sido prorrogada por seis meses. De acordo com o estudo “A mobilidade urbana no Brasil”, do Ipea, umas das principais causas dos problemas ligados ao tráfego é exatamente a ausência de tal licitação.

“Nem todos os municípios possuem um sistema de regulação da oferta de transporte público que estimule a qualidade, produtividade e integração do serviço. Muitos problemas do transporte público podem estar associados à ausência de um modelo regulatório adequado e também à falta de contratos e instrumentos jurídicos”, informa o documento na página 27.

Para o professor de engenharia civil da UFRN, Enilson Santos, o problema é discutido há quase 20 anos. “Me lembro na década de 90, quando já chamávamos atenção para esta necessidade. A licitação tornará o serviço mais atrativo e modernizará o funcionamento”, declarou.

No entanto, o especialista faz ressalvas. “O contrato não fará mágicas. A qualidade no serviço prestado não estará garantido simplesmente pelo fato de ter havido essa regulamentação. Não tenho essa ilusão”.

A visão do professor é compartilhada pelo diretor de comunicação da Seturn, Augusto Maranhão. “ O sistema padece de orientação jurídica. Mas se engana  quem pensa que a licitação irá melhorar o transporte público. Os alternativos já funcionam assim e isso não ocorreu”.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) deve divulgar ainda este mês o plano de mobilidade detalhando os novos pólos de atração da população e a cobertura do transporte público.

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Em Natal, Obras de mobilidade urbana começam na segunda e tráfego terá alterações

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A partir da próxima segunda-feira, 17, com o início das obras no canal e nos viadutos que compõem o complexo viário do Baldo, entre o Alecrim e a Cidade Alta, o trânsito na região passará por alterações. Nesta quarta-feira, 12, técnicos da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), da Secretaria Municipal da Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) e representantes da BMB Construções Ltda., empresa responsável pela obra, visitaram trechos do complexo que será recuperado e discutiram as modalidades de escoamento do tráfego durante o período do serviço e também por qual ponto as intervenções, que deverão perdurar por seis meses, começarão. 
Foto: Adriano Abreu
De acordo com Carlos Eugênio, inspetor de Trânsito da Semob, o tráfego sofrerá modificações, principalmente, na Avenida Deodoro da Fonseca, duramente a primeira fase da obra. A via se tornará de mão única no trecho a partir do Colégio Marista até a subida para a Avenida Olinto Meira (sentido Centro - Alecrim). Os ônibus e veículos que seguiam subindo pela Avenida Deodoro da Fonseca para o Centro da Cidade e Petrópolis, a partir do Alecrim, seguirão por outro caminho. A possibilidade é que o tráfego seja desviado pela Rua Ernani da Silveira, lateral ao Viaduto do Baldo. Os ônibus deverão seguir até a Avenida Prudente de Morais e, virando à esquerda, seguir em direção ao bairro de Tirol, Petrópolis, Ribeira e Rocas. Quem sobe pela Avenida Rio Branco, passará a usar uma faixa da via. 


Entretanto, o novo traçado para entrada e saída na Cidade Alta pela via citada está em fase de avaliação e somente ao final desta semana é que um mapa com as rotas de fluxo deverá ser apresentado pela Semob. “Estamos analisando como será o desvio dos ônibus, principalmente, que seguem para Petrópolis. Estamos levantando várias hipóteses de rota”, comentou Carlos Eugênio. 

Além disso, antes de definir o mapa de desvios,  representantes da Semob e Semopi deverão se reunir com a presidência do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn). O encontro deverá ocorrer entre hoje e amanhã. Juntos, eles discutirão a melhor rota a ser seguida pelos ônibus. A prioridade da Semob é diminuir o impacto das intervenções no cotidiano, prioritariamente, dos usuários do sistema público de transportes. Questionado sobre o fluxo diário de veículos e ônibus que trafegam pelo eixo das Avenidas Rio Branco e Deodoro da Fonseca, o inspetor de Trânsito da Semob, Carlos Eugênio, afirmou desconhecer a existência de tais dados. 

Informações: Tribana do Norte

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Passageiros pedem tarifa única para a Grande Natal

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os usuários de transporte da Região Metropolitana de Natal reivindicam um valor único para as tarifas do sistema interurbano, que hoje são mais caras do que o valor de R$1,85 cobrado em Natal. A viabilidade de uma tarifa única e igual a da capital foi discutida ontem em audiência pública na Assembléia Legislativa, e uma das saídas apresentadas seria o subsídio de parte dos custos pelo poder público.A dificuldade dos moradores da área metropolitana conseguir um emprego na capital, uma vez que o deslocamento se torna mais oneroso para o empregador, foi um dos pontos apresentados no encontro, que teve a presença de representantes das empresas de transporte, dos usuários e do poder público das cidades que compõem a Grande Natal: Extremoz, Parnamirim, Macaíba, Nísia Floresta e São Gonçalo do Amarante. Dez empresas atuam no sistema de transporte interurbano para atender à população de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas. Os cerca de 350 mil moradores da Grande Natal correspondem a 30% do total de usuários da Região Metropolitana, enquanto Natal é responsável por 70% dos passageiros. A diretora de Transportes do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER/RN), Valéria Vieira, ressaltou que a passagem não é calculada apenas pela extensão do percurso. “São considerados os custos fixos como folha de pagamento dos funcionários, e variáveis, como preço do diesel, demanda com gratuidade e meia passagem, entre outros”. Valéria falou ainda sobre os obstáculos gerados pelas diferentes legislações nas vias.

40% da passagem corresponde a impostos

O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor) e diretor da empresa Trampolim da Vitória, Eudo Laranjeiras, admite que as tarifas atuais têm um custo alto para os passageiros, mas acrescenta que isso é resultado dos benefícios oferecidos sem contribuição do poder público. “Meia passagem, gratuidade e impostos correspondem a 40% do valor da passagem, e tudo é pago pelos passageiros. A passagem de trem é R$0,50 porque 88% do custo é subsidiado pelo Governo”.Ele acrescenta que hoje 18% dos passageiros da Grande Natal são estudantes, e 13% têm cartão de gratuidade. “O sistema de transporte público é disponível para quem o utiliza ou não. Nada mais justo do que o Governo contribuir, ou isentar as empresas de algum imposto, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) do óleo diesel ou ISS (Imposto sobre Serviços)”.Em Natal, 35% dos passageiros são estudantes e 20% têm gratuidade por ter mais de 60 anos ou motivo de doença, segundo o conselheiro fiscal do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn), Norberto Faria. “A passagem está perto de um dólar, valor cobrado em países de primeiro mundo, onde o sistema de transporte é bem melhor. Em São Paulo, Goiânia e Fortaleza já existe uma contrapartida do Governo no custo da passagem”.

Fonte: Tribuna do Norte

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Natal: Licitação do transporte público ficou para 2011

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A licitação do transporte público de Natal será feita somente em 2011. O prazo para o lançamento do edital era dia 31 de dezembro de 2010, mas devido ao atraso na entrega do Plano de Mobilidade Urbana, o processo não será feito esse ano. Diante disso, a Prefeitura provavelmente irá renovar o contrato com os empresários de ônibus por mais algum tempo, até que o edital seja publicado. As empresas estão há mais de 50 anos operando no sistema de transporte sem passar por uma concorrência. O Sindicato de Transporte Urbano do Rio Grande do Norte (Seturn) acredita que a licitação não será "a salvação da lavoura" como vem sendo defendido por várias entidades públicas, porém, se diz a favor da mudança.

O último contrato entre o Município e os empresários de ônibus foi feito em 1996 com prazo de dez anos. Terminado esse prazo em 2006, a então secretária municipal de Trânsito, Elequicina dos Santos, tentou iniciar o processo licitatório. Entretanto, uma decisão judicial permitiu às empresas explorarem o mercado natalense até 31 de dezembro deste ano, sendo essa a data final para o lançamento da licitação. Segundo o secretário adjunto de Transporte da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Haroldo Maia, no final de 2008 um estudo de Mobilidade Urbana no valor de R$ 800 mil foi encomendado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coope) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para traçar o planejamento de Natal nos próximos 20 anos, inclusive, a licitação. Com prazo de entrega para o final de 2009, um ano depois, o plano ainda não foi concluído. "Ele está praticamente feito. A cada volume concluído nós sentamos e discutimos com os técnicos da Semob. Em dezembro do ano passado, eles entregaram um relatório para a apreciação da secretaria", justificou Haroldo.
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Em Natal, Transportes opcionais serão integrados ao sistema de bilhetagem eletrônica

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os transportes opcionais de Natal serão integrados ao Sistema Automatizado de Bilhetagem Eletrônica (Sabe). A decisão foi oficializada através de decreto da prefeita Micarla de Sousa publicado na edição desta sexta-feira (11) do Diário Oficial do Município (DOM).
Pelo decreto, de número 9.313, o sistema NatalCard de bilhetagem eletrônica passará a ser executado através da comercialização de cartão único, "com duas áreas de memória independentes, sendo uma destinada ao Serviço de transporte coletivo por ônibus e, a outra, destinada ao serviço opcional de transporte público".

Com a unificação, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) deixará de comercializar os cartões com uma área de memória, devendo os cartões já comercializados serem substituídos gratuitamente, mediante solicitação do usuário.

 decreto frisa que, para isso, "somente terão direito à integração ao Sabe, os veículos opcionais cujos permissionários tenham se reunidos em cooperativas de transporte opcional".

As cooperativas que forem instituídas para reunião dos permissionários de transporte opcional deverão conter cada, no mínimo, 50 membros. As cooperativas de transporte opcional serão responsáveis pela fiscalização do Sabe.

A Prefeitura de Natal também vai revogar as multas aplicadas aos permissionários de transporte opcional antes da publicação do decreto, desde que eles se reúnam em cooperativas. O decreto já está em vigor.

Fonte: Tribuna do Norte

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Ônibus circularam normalmente em Natal nesta sexta-feira

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O fim da greve dos rodoviários, que se prolongou por quatro dias, trazendo prejuízos a cidade de Natal se deu no início da tarde de ontem (17). Consequência do acordo entre empresários do setor de transportes, motoristas e cobradores de ônibus, que firmaram a proposta de reajuste salarial de 6% para a categoria de trabalhadores. 

Ontem, também, foi negado o pedido de reajuste da tarifa de ônibus. O desembargador Aderson Silvino negou recurso movido pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal (Seturn) que pretendia que fosse concedida medida liminar para concessão de reajuste provisório da tarifa inteira praticada no Serviço de Transporte Público de Passageiros por Ônibus do Município do Natal.

Fonte: Tribuna do Norte
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Ministério Público quer redução da tarifa do transporte público de Natal

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Os promotores do Consumidor e da Pessoa Portadora de Deficiência entraram com uma ação na 1ª vara cível na manhã desta terça-feira (17) pedindo a redução da tarifa de ônibus do transporte público de Natal. A ação solicita que o preço da passagem caia de R$ 2 para R$ 1,85, valor cobrado antes do último reajuste.O aumento foi concedido mediante termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado pelo Ministério Público e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Natal (Seturn) e os concessionários do sistema de transporte coletivo, que foi descumprido.
A ação também responsabiliza o Secretário de Mobilidade Urbana, Kelps Lima, por improbidade administrativa e falsidade ideológica.Segundo os promotores, nos anos de 2007 e 2008, as empresas se comprometeram a instalar na capital 20 micro-ônibus adaptados ao sistema PRAE para fazer atendimento porta a porta dos usuários portadores de deficiência ou que fazem tratamentos médicos como hemodiálise. As empresas disponibilizaram 10 micro-ônibus no ano passado e não entregaram os outros 10 no prazo estabelecido, que venceu em 4 de setembro de 2009.Pelo TAC, se não cumprirem o prazo, as empresas terão que pagar multa de 1 milhão de reais, além de reduzir o valor da tarifa de R$ 2,00 para R$ 1,85, até que entreguem os micro-ônibus dentro das condições do acordo.
Os promotores de justiça José Augusto Peres (Consumidor) e Iádya Gama Maio (Pessoa Portadora de Deficiência) pedem que a justiça responsabilize o secretário de Mobilidade Urbana de Natal, Kelps Lima por improbidade administrativa e falsidade ideológica. “O secretário garantiu no Diário Oficial que as empresas já tinham cumprido o TAC, sem ser verdade. Aqui ele responde por falsidade ideológica. Além disso, ele apresentou uma proposta de mudança do TAC para substituir os 10 micro-ônibus do PRAE por 100 ônibus de linha adaptados, e já saiu agindo como isso estivesse valendo. Isso é improbidade administrativa”, explica a promotora Iádya Gama Maio.
De acordo com a promotora, as empresas de transporte público já são obrigadas por lei a trabalhar com 100 ônibus de linha adaptados, o que é uma das exigências para participar da licitação do ano que vem. “Exigir isso no TAC não traz ganho algum para o cidadão, porque ele já tem este direito garantido, que será cobrado a partir de 2010”.
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Em Natal, Ônibus Lotados na zona norte é transtorno para os usuários

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Zona Norte de Natal comporta aproximadamente 400 mil habitantes e grande parte dessa população é composta por usuários do transporte coletivo da cidade. Nota-se que em horários de pico os transportes ficam lotados e os transtornos para o usuário são, muitas vezes, irreparáveis. Acompanhado com o desconforto dos ônibus repletos de passageiros, estão as paradas sem abrigo, onde se fica a mercê de sol e chuva.

"Fico mais de meia hora esperando o transporte, que, quando passa, segue adiante. Não pára, porque está lotado", reclamou a assistente de serviços gerais Solange Maria, 30. "Uma coisa que nós que pegamos ônibus, aqui na Moema Tinoco, pedimos é que haja uma melhora das linhas que trafegam por aqui, principalmente nos horários de grande movimento", pediu a ASG. "Um simples trajeto de 20 minutos se transforma em uma viagem de 1h30. Às vezes passam três ônibus da mesma linha seguidos, que não comportam mais passageiros", completou Kaliane dos Santos, 20. Contatado, o Seturn garantiu que vai reunir o núcleo técnico na instituição em razão da reportagem do Diário de Natal.

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Em Natal, Bilhetagem não garante integração

quarta-feira, 26 de maio de 2010


A Prefeitura de Natal autorizou a utilização da bilhetagem eletrônica nos alternativos que rodam na capital, mas não determinou a integração de opcionais e ônibus – que já usam a bilhetagem – em um mesmo e único sistema. A manutenção de sistemas diferenciados acabou gerando mais frustração que comemorações entre os permissionários.

Edileuza Queiroz, presidente do Sindicato dos Permissionários do RN (Sitoparn), avalia a medida como “um avanço no sistema de transporte, mas não vai funcionar se o sistema não for integrado à bilhetagem dos ônibus”. Os custos da implantação de um sistema próprio para gerenciar a bilhetagem eletrônica, segundo ela, inviabiliza financeiramente a atividade dos alternativos.

“Essa era uma luta antiga da categoria, é um sonho realizado. Mas essa etapa é só o começo da luta que virá. A homologação nos diz que estamos aptos, então não tem mais porque não fazer o sistema integrado com ônibus”, disse Edileuza. Cada permissionário investiu R$ 26 mil para adotar a mesma tecnologia de bilhetagem dos ônibus, realizada pela empresa Fugitec, com a intenção de adotar o sistema unificado de cartões. A instalação do sistema de gerenciamento custaria milhões e o montante do investimento é, ao mesmo tempo, reclamação dos permissionários para a integração e argumento para que os empresários de ônibus se recusem a compartilhar o sistema existente.

O secretário municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Renato Fernandes, reconhece que a integração da bilhetagem entre ônibus e alternativos “ainda terá que ser discutida”. “Desde quando se implantou a BE para o transporte coletivo ela atingiu o sucesso esperado e quem não estava utilizando queria também utilizar. Mas não depende só da Semob. Precisamos saber se a tecnologia contempla as exigências da regulamentação”.

Edileuza Queiroz rebate que os testes com 50 cartões já foram realizados, de 13 a 20 de maio, pelos fiscais da Semob e que não há motivos para prorrogar o debate da integração. “Hoje são 55 veículos parados, doidos para voltar a trabalhar. Com a bilhetagem, dentro de três meses teríamos 60 veículos novos para atender à população”.

Segundo a sindicalista, antes do Sindicato das Empresas de Ônibus de Natal (Seturn) iniciar a BE, cada alternativo transportava entre 500 a 600 passageiros por dia. Hoje, em um dia produtivo, um veículo consegue de 200 a 250 pessoas. “Quando botamos na caneta, é pouco para honrar os compromissos”, disse.

Há ainda pontos exclusivos de alternativos, que segundo ela, acabam prejudicando a população que conta com o cartão eletrônico para se locomover. É o caso do estudante Josivaldo Tibúrcio, que mora em Cidade Satélite. Ele conta que quando precisa ir ao Hospital Papi, na Avenida Afonso Pena, tem de escolher entre usar o ônibus e caminhar a pé da Avenida Hermes da Fonseca, ou desembolsar dinheiro para pagar o alternativo, que passa na rua em frente ao Hospital. “Se for unificado, os opcionais ganham, mas a população também. Quero poder usar o vale estudantil eletrônico nos dois”.

O presidente do Sindicato dos Operadores de Alternativos do RN (Astoern), Milklei Leite, disse que a homologação é apenas um pequeno passo, frente às dificuldades que os trabalhadores do setor vêm enfrentando devido à crise no sistema.

“Hoje há 350 trabalhadores desempregados, por causa dos 55 carros parados. Além disso, temos 30 veículos com operadores dobrando o turno porque o permissionário não consegue pagar mais funcionários, o que tira a vaga de outros”, diz ele, que garante o retorno dos ex-funcionários se a bilhetagem for integrada.

Fonte: Tribuna do Norte
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Natal: Motoristas do transporte público decidem entrar em greve

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Depois de 48 dias de tentativas de negociação, os trabalhadores do transporte urbano e municipal do Rio Grande do Norte decidiram ontem entrar em greve. Eles reivindicam um aumento salarial de 17,5%, enquanto os empresários oferecem 6%. O Sindicato Patronal dos Transportes Urbanos (Seturn) informou que as empresas não têm condições de oferecer mais de 6% e que este valor corresponde à inflação. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado (Sintro-RN), Nastagan Batista, diz que o aumento salarial baseado em inflação não é aumento salarial, mas apenas “uma reposição do que já foi perdido”. O Sintro-RN se reúne hoje às 11 horas com o Setrans. A não ser que às reivindicações do Sintro sejam atendidas até o final desta reunião, a greve deverá começar já na segunda-feira.
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Audiência discute acesso de idosos e deficientes aos transportes coletivos de Natal

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Câmara Municipal do Natal realizou uma audiência pública nesta quarta-feira(4) para discutir a relação entre os idosos e deficientes e o sistema de transporte coletivo em Natal. Os vereadores Heráclito Noé (PPS) e Franklin Capistrano (PSB), propositores do debate, sentiram a necessidade de aprofundar a questão já que na última audiência sobre as políticas públicas para idosos problemas com relação à acessibilidade foi decorrente. “Ficou marcante a situação atual dos idosos e deficientes no transporte coletivo de Natal. A gravidade da questão do tratamento nos transportes precisa ser aprofundada diretamente com os segmentos para que as propostas surjam e possam acontecer de fato”, destaca Heráclito.
O vereador Franklin Capistrano destacou a questão econômica como limitante dos direitos dos idosos e deficientes. “Há uma necessidade urgente de lutarmos pela cidadania e pela vigência efetiva do estatuto do idoso para garantirmos a boa acessibilidade de todos nos transportes urbanos de Natal”, assegura.
A presidente do Conselho Municipal do Idoso, Telma Targino, colocou algumas das preocupações, como o não cumprimento por parte da Seturn do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que obriga a disponibilizar dez ônibus para o PRAE e a questão do contrafluxo que obriga os idosos a entrar pela porta onde todos saem. O PRAE é um serviço de transporte gratuito porta a porta, feito com veículos acessíveis e adaptados ao transporte de pessoas com mobilidade reduzida e deficiências físicas severas. “Queremos o cumprimento do TAC urgentemente e o direito dos idosos poderem entrar pela porta que todos entram com ou sem cartão do idoso”, ressalta.
Muitos são os relatos de idosos e deficientes que sofrem acidentes pela arrancada brusca dos veículos lesionando as pessoas que ainda estão entrando nos ônibus. Segundo a vice-presidente do sindicato dos rodoviários (Sintro-RN), Maria da Paz, alegou que essa situação acontece muitas vezes pela pressa dos motorista que tem um horário previsto para estar no terminal. “Somos muito cobrados no cumprimento do horário. Precisamos cumprir os horários para não sermos punidos. Essa situação pode melhorar quando todos tiverem o acesso pela porta da frente”, declara Maria da Paz.
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Aprovado projeto de bilhetagem única para ônibus e alternativos em Natal

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A Câmara Municipal de Natal aprovou, à unanimidade, o projeto de bilhetagem única para o transporte coletivo na capital potiguar. Com a aprovação do projeto, que ocorreu em regime de urgência na sessão ordinária da tarde desta quarta-feira (25), o bilhete eletrônico utilizado como passagem nos ônibus de Natal também poderá ser utilizado em transportes alternativos.

Com as galerias da Câmara Municipal lotadas por permissionários e funcionários do setor de transporte alternativo, os vereadores votaram favoravelmente à matéria, que era uma reivindicação antiga por parte dos permissionários. Segundo eles, desde que a bilhetagem eletrônica foi estabelecida, a categoria acumulou significativas perdas. O fato, inclusive, foi motivo para a ocupação da Prefeitura do Natal recentemente.


Após a aprovação do projeto, a matéria segue para a sanção do prefeito Carlos Eduardo, que definirá o prazo para a implantação da bilhetagem. A tendência é que a nova norma passe a vigorar logo após a adequação dos transportes alternativos à nova tecnologia.

Mudanças

Além da bilhetagem unificada, os vereadores também cogitam novas mudanças nos transportes públicos antes mesmo da licitação, prevista para o fim do ano. O vereador George Câmara (PCdoB) informou que vai apresentar emenda à lei orgânica do município tratando sobre a venda dos cartões de passagem. O parlamentar quer que a venda saia do controle do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos do estado (Seturn) e passe a ser responsabilidade do Poder Público.

Informações: Tribuna do Norte
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Aprovada lei que proibe dupla função dos motoristas de ônibus em Natal

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A lei nº 363/2012 que dispõe sobre o fim da dupla função dos motoristas de ônibus foi publicada no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (5). A fiscalização do cumprimento ficará por conta da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB).
Foto: Aldair Dantas
Quando foi contatado pela TRIBUNA DO NORTE, o diretor de comunicação do Sindicato de Transportes Urbanos do RN (Seturn), Augusto Maranhão, ainda não sabia da publicação da lei, mas afirmou que vê essa ação como uma "atitude meramente eleitoreira". "Já é uma tendência mundial a substituição da função do cobrador pelo motorista/cobrador]", disse. "De 10 passageiros que sobem no ônibus, sete usam bilhetagem eletrônica, três pagam em espécie e apenas um recebe troco. Ou seja, apenas em 10% dos casos os cobradores são utilizados". 

Confira o texto integral da lei:

LEI PROMULGADA Nº 363/2012

Dispõe sobre a vedação aos concessionários de serviço públicos de transporte coletivo no âmbito do Município de Natal, a utilização em dupla função do Motorista de ônibus condutor) como Motorista/Cobrador concomitantemente.
O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Artigo 22, Inciso XVI, Artigo 43, § 3º e 6º todos da Lei Orgânica do Município do Natal, e pelo Artigo 201, §§ 3º, 4º, 6º e 9º, da Resolução nº 337/05 - Regimento Interno - PROMULGA a seguinte Lei:

Art. 1° - Em conformidade com o Artigo 1º, Parágrafo Único; Artigo 2º Inciso I; Artigo 6º Parágrafo 1º da Lei 8.987/1995 e com o Artigo 5º Inciso 5º e 9º; Artigo 7º Parágrafo único, Incisos 3º e 5º; Artigo 125, Inciso 1, da Lei Orgânica do Município de Natal, fica vedado à utilização por parte dos concessionários do serviço público de transporte coletivo, no âmbito do Município do Natal, a utilização de Motoristas (condutores) em dupla função de Motorista/Cobrador.
§ 1° - Os concessionários de serviços públicos de transporte coletivos no âmbito do Município do Natal; obrigar-se-ão ao cumprimento imediato desta lei.

Art. 2° - A fiscalização do cumprimento da presente lei ficará a cargo da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana - SEMOB.
§ 1º O não cumprimento desta Lei sujeitará o infrator a advertência preliminar e em caso de reincidência a punições pecuniárias (multas) em conformidade com a lei de penalidades e punições a infrações do município de Natal.
§ 2º os valores das multas serão estipulados pelo poder público municipal, através de seu órgão regulador do transito.

Art. 3º -  O poder público municipal compulsoriamente fará constar nos editais de licitação para as concessões de serviços públicos de transportes coletivos no âmbito do Município de Natal a vedação que trata o Artigo 1º desta Lei.

Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogando todas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, em Natal, 04 de outubro de 2012.
Edivan Martins- Presidente
Júlio Protásio - Primeiro Secretário
Albert Dickson- Segundo Secretário

Informações: Tribuna do Norte

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Natal: Reajuste da tarifa de ônibus está previsto para junho

quarta-feira, 13 de maio de 2009


O reajuste da tarifa de transporte coletivo em Natal está previsto para 6 de junho, segundo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 4 de setembro de 2007 entre o poder público, os concessionários dos serviços e o Ministério Público Estadual (MPE).Mas, a promotora Zenilde Ferreira Alves disse que qualquer especulação, agora, sobre o valor do novo índice tarifário “é até uma irresponsabilidade”, porque pode gerar uma expectativa “ e deixar em pânico a população”, usuária de ônibus na cidade.Zenilde Ferreira Alves é titular da 61ª Promotoria e foi responsável pela elaboração do TAC há dois anos. Ela explicou que antes de haver uma definição do reajuste da tarifa de transporte coletivo, vai se reunir com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (STTU), a fim de averiguar se o ajustamento de conduta vem sendo cumprido pelas sete empresas de ônibus: Guanabara, Santa Maria, Conceição, ViaSul, Riograndense, Reunidas e Cidade das Dunas. A promotora lembrou que, no ano passado, em virtude das empresas não estarem cumprindo cláusulas do TAC, o reajuste da tarifa “veio bem depois”. Na época, o reajuste que era previsto para 6 de junho, passou de R$ 1,75 para R$ 1,85, valor praticado até hoje. Ela disse que como houve mudança de gestão na STTU, ficou aguardando que os novos gestores tomassem conhecimento da situação do sistema de transporte coletivo de Natal, mas quando se aproximar o período para concessão do reajuste, afirmou que vai se encontrar com as autoridades públicas para discutir a questão. Segundo ela, o reajuste tarifário leva em conta a aplicação de uma fórmula, “que é muito complexa” e que só os técnicos podem chegar a uma definição. Pelo TAC de 2007, o reajuste da tarifa deve considerar o índice de passageiro por quilômetro, calculado com base nos 12 meses que antecedem a data do reajuste, assim como a variação do IPCA, o chamado Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ainda a variação dos preços de combustíveis no mesmo período.Antes da TN ouvir a promotora Zenilde Alves, ontem à tarde, o diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Natal (Seturn), Augusto Maranhão, também disse que era “uma mera especulação” se falar em valor de tarifa no momento. Porém, Maranhão confirmou que já vem se reunindo com os técnicos da STTU “para aferir a metodologia para a elaboração da nova planilha tarifária”. Segundo ele, tudo está numa fase preliminar e não se chegou “a nenhuma conclusão”.
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Em Natal, Unificação da bilhetagem será em três meses

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A unificação do processo de bilhetagem eletrônica deverá ocorrer em três meses. O novo prazo foi anunciado pelo  procurador-geral do município,  Carlos Castim, e a secretária de Mobilidade Urbana de Natal, Elequicina dos Santos, em sessão polêmica na Câmara Municipal do Natal, realizada na tarde de ontem. Atendendo a convocação da CMN, os representantes da Prefeitura, além do presidente do Sintoparn, José Pedro dos Santos,  prestaram esclarecimentos sobre a não implantação da bilhetagem única para o transporte público de passageiros. 

O Seturn não compareceu ao Legislativo. A convocação é anterior a instauração da Cei da Bilhetagem. De acordo com Elequicina, este  é o prazo para o Instituto para Desenvolvimento do Sistema de Transporte (Idestra), Oscip contratada pela Prefeitura, concluir o projeto da bilhetagem. “Esta é a prioridade zero da prefeitura e não está mais vinculada a licitação do transporte público e ao Plano de Mobilidade Urbana”, disse. Os técnicos deverão estar em Natal, a partir da segunda semana de maio.

Sandro Pimentel (PSol), autor do primeiro requerimento que buscava a convocação do prefeito Carlos Eduardo, se disse insatisfeito com as informações prestadas. “Questões básicas como o porquê da não implantação, quem será responsabilizado e quando estará funcionando em definitivo não foram respondidas”, disse.

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