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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Aplicativo Moovit para transporte coletivo começa a rodar em Salvador

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Salvador tem cerca de 2,8 milhão de habitantes e, na cidade, 7,5 mil ônibus transportam 1,1 milhão de passageiros. Um aplicativo voltado para esse público começa a operar em Salvador. 

É o Moovit, que mostra em tempo real o horário de chegada das conduções e indica as melhores alternativas de transporte e rotas.

O Moovit permite que os usuários do transporte público que possuam smartphones compartilhem informações sobre ônibus, trens e metro de forma rápida, fácil e interativa a partir de informações geradas pela comunidade de usuários. Apenas em andar com o aplicativo conectado, o usuário já está contribuindo, anonimamente, com as informações em tempo real.

Além disso, outro diferencial e um dos recursos mais utilizados no aplicativo é o “planejador de viagens”.  Com este, os usuários podem receber as melhores opções de rotas para chegar ao seu destino e, ainda, ser guiados passo a passo durante todo o percurso.

Como funciona

Após baixar o aplicativo - que é grátis - os usuários terão a oportunidade de compartilhar suas informações, tais como: se o transporte público que estão usando está lotado ou não, se está atrasado, bem como a lista de opções de linhas de transporte à disposição no ponto desejado.  

O objetivo é reportar fatos que influenciam o transporte dos passageiros, como a posição da condução e os atrasos, entre outras informações.

A tecnologia usada pelo aplicativo permite que os usuários fiquem sabendo exatamente quanto tempo as diferentes opções de transporte demorarão a chegar, tendo a oportunidade de ir para o ponto de ônibus no horário certo, em vez de ficar esperando. 

Como usar

Assim que você inicia o aplicativo em seu smartphone, ele mostra os arredores do local onde você está, incluindo todas as estações de transporte público ao seu redor, e outros usuários Moovit.

Se você clicar em uma das bandeirinhas que mostram os pontos de ônibus, metrô ou trem abre-se um "pop up" mostrando quais os tipos de transporte e quais linhas atendem a região, seus horários, atualizações em tempo real e onde os veículos estão no mapa. Ao aproximar a imagem, o aplicativo mostrará mais resultados.

O Moovit tem também um botão chamado "planejador de viagem" - onde é possível inserir sua origem e seu destino, apertar em "pesquisar" e obter então as melhores opções na tela. Você pode customizar o planejador de viagens de acordo com o tipo de deslocamento que deseja - por exemplo: se você prefere andar mais a pé,  o aplicativo mostrará uma rota com esta opção e vice-versa.
Para verificar os horários de chegada e os próximos horários de uma linha específica, os usuários podem clicar em "Horários" para acessar facilmente essas informações, incluindo próximos horários de chegada, em tempo real, quando disponíveis, e informações sobre a rota.

Ao começar sua viagem, clique no botão "começar viagem" e você irá navegar com o Moovit por toda sua viagem, se quiser. O aplicativo mostrará como se deslocar no mapa, fornecerá instruções durante sua viagem, atualizará o que está à frente, sugerirá alternativas no caso de atrasos, e também dará alerta, como “desça na próxima estação”.

Em paralelo a todas essas ações, você pode contribuir e reportar dados ao sistema durante sua viagem, compartilhando informações como: se o transporte está lotado ou vazio, se é adaptado para cadeirantes, se possui ar condicionado e até mesmo se  atrasos foram ocasionados por acidente.

Ao compartilhar informações, os usuários podem ajudar outros usuários a criar um mapa das condições do transporte público em Salvador em tempo real. Quanto mais pessoas usarem o Moovit, mais precisos serão os dados e mais eficazes serão as informações.

Os dados recebidos dos usuários e as informações sobre o transporte público, acessíveis a todos na região - como horários de ônibus, metrô, etc. - são integrados ao aplicativo e vão formando um banco de dados que é atualizado 24 horas por dia, 7 dias por semana. 

Veja vídeo sobre no Moovit
O Moovit foi fundado em 2011 em Israel por 3 experts em tecnologia, engenharia e transportes públicos. Desde o seu lançamento em 2012, o app está em mais de 30 cidades em 10 países como Inglaterra, Itália, Espanha, Holanda e Estados Unidos. 

Informações: Tribuna da Bahia
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População de Salvador aprova novos ônibus, estranha embarque pela porta dianteira e reclama de aumento na tarifa

domingo, 4 de janeiro de 2015

Os 300 ônibus da nova frota de coletivos de Salvador começaram a circular na manhã ontem. Esperados para rodar já no primeiro dia de 2015, os novos transportes só puderam ser vistos pela população nesta sexta-feira, primeiro dia útil do ano.
Foto: Francisco Galvão
A reportagem foi até as ruas atrás dos coletivos no intuito de verificar as novas instalações, além de saber a opinião dos usuários sobre o que acharam da novidade. Além do conforto dos novos assentos e do sistema de ventilação forçada, o que mais chamou a atenção dos usuários foi a limpeza dos veículos.

Outro ponto positivo é que todos eles têm GPS, o que vai permitir ao cidadão, através de totens instalados nos pontos de ônibus, ou de um aplicativo instalado no celular, saber em que ponto da cidade está o coletivo que ele pretende embarcar.

Os primeiros ônibus puderam ser vistos em alguns locais da cidade como a Avenida Antônio Carlos Magalhães, próximo à Estação Iguatemi, e nas ruas da Cidade Baixa, próximo à Feira de São Joaquim. Na Estação da Lapa, ao contrário da última quinta-feira, quando nenhum ônibus foi encontrado na região, os novos coletivos foram vistos e utilizados pela população.

Vinda da Paralela, a funcionária pública Glady Carrera elogiou os novos ônibus. “Olha, esses são bem melhores aos que estávamos acostumados. Tomara que o mesmo zelo que vemos aqui possa se estender aos ônibus antigos, que estão sujos”, ponderou. 

No entanto, ela acha que, assim que o período das férias acabarem, a população vai ter uma certa dor de cabeça para se acostumar com as novidades. “Hoje é um dia atípico e diferente do que estamos acostumados a ver, essa tranquilidade. Mas, quando a cidade voltar a seu ritmo normal, as pessoas vão ter que ter muita paciência na hora de usar o novo transporte”, disse.

Ela ainda comentou que, por conta da cor, teve dúvidas se o ônibus que pegou era o correto, já que houve, segundo ela, uma certa confusão com outro ônibus de cor parecida, mas que rodava para o Litoral Norte.

Na estação mais movimentada da capital baiana, muitas pessoas ainda tentavam se acostumar às novidades. Uma delas é o local de entrada dos ônibus, que agora é pela frente. No trajeto percorrido pela equipe da Tribuna, no centro da cidade, vimos que, à princípio, teve gente que não gostou muito. “Acho que tinha que ficar do jeito antigo mesmo. Agora pra entrar, virou uma verdadeira bagunça. Os velhinhos ficam na frente e o motorista não pode deixar o ponto sem que todos estejam dentro do ônibus. No final, a gente acaba perdendo é mais tempo”, reclamou a vendedora Vânia Santana.

Para tentar contornar este problema, agentes da Transalvador, além dos próprios cobradores e motoristas, tentavam ajudar os passageiros á se acostumar a nova realidade. “Muitos deles ainda se confundem e querem entrar pela porta de trás dos coletivos. Mas o pessoal aqui tem feito um esforço enorme para facilitar a vida de todos”, disse a funcionária pública. “A gente faz o que pode para ajudar o pessoal. Mas, daqui que o passageiro se acostume vai ser complicado mesmo. Agora está tranquilo. Vamos ver como será mais adiante”, contou o motorista Antônio Brito, que ainda disse ter gostado dos novos coletivos. “São bastante confortáveis e para nós motoristas vai ajudar bastante”.

Dentro dos ônibus, uma segunda novidade. Motorista e cobrador estão mais próximos. Isso, segundo a Prefeitura, é para evitar assaltos e dar mais segurança aos passageiros. No entanto, para quem está do lado de dentro como do lado de fora, houve mais questionamentos. Desta vez, quanto ao número de assentos destinados aos idosos. “Como é que só botam três lugares para os idosos, quando, nos ônibus mais antigos a gente tinha de quatro a oito lugares destinados a eles? Isso é um absurdo!”, criticou um passageiro.

No entanto, a equipe da Tribuna verificou que, após a catraca dos ônibus, mais quatro lugares estavam reservados para idosos, gestantes e deficientes. Em outro coletivo, usuários reclamaram que a corda que aciona o alarme de parada do ônibus não estava funcionando e, com isso, os motoristas não estariam parando nos pontos devidamente. Uma agente da Transalvador que estava no local anotou a queixa e informou que iria repassar a solicitação à empresa responsável.

Tarifa desagrada
Apesar de todas essas novidades na frota, os passageiros questionavam o novo valor cobrado pelas empresas de ônibus, que é de R$ 3 e passou a ser cobrado ontem. “Apesar de serem novos ônibus e oferecerem um conforto relativamente melhor, o valor que nós vamos ter que pagar por eles para utilizar é muito caro. Com certeza isso vai pesar no bolso de muita gente”, comentou o professor de sociologia Bruno Santos, que aguardava os ônibus azuis que vão para a Orla de Salvador.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), até o final do mês de janeiro, cerca de 700 ônibus devem estar rodando nas ruas e avenidas da capital baiana. Para tanto, a fim de definir a região de circulação de cada um deles, a cidade foi dividida em três. A região “A”, que contempla o Subúrbio Ferroviário, vão rodar os ônibus de cor amarela. Na região “B”, no centro da cidade, os ônibus que vão circular são os de cor verde. Na Orla, considerada a região “C”, os ônibus azuis é que vão estar disponíveis para a população.

Além disso, ainda de acordo com a Semut, os novos ônibus, além de terem um menor custo de manutenção em relação aos antigos, possuem um índice de poluição 70% mais baixo. Vale lembrar também que os ônibus antigos continuam em circulação normalmente e terão até 12 meses para se adequar à nova realidade do transporte público em Salvador.

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Conheça as obras e projetos que prometem melhorar a mobilidade urbana em Salvador

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Em Salvador, um dos maiores problemas enfrentados pela população é, sem dúvidas, a mobilidade urbana. Seja de carro, de moto, de bicicleta ou de ônibus, os soteropolitanos passaram a conviver quase que diariamente com grandes engarrafamentos a qualquer hora, ruas emburacadas, sinaleiras quebradas, imprudências no trânsito e acidentes.
A avenida Paralela é uma das vias mais complicadas

Com o objetivo de dar maior fluidez ao trânsito na capital baiana e, ao menos, minimizar os grandes congestionamentos, alguns projetos para a mobilidade urbana em Salvador estão em andamento, a exemplo da histórica Linha 1 do metrô. Outros ainda estão no papel, como a Linha Viva. O iBahia listou os planos e obras para a Salvador do futuro, um dos principais desafios do novo prefeito.

Ainda nesta semana, os internautas poderão conferir como está a mobilidade urbana em Salvador na prática. Será divulgado o resultado final do Desafio Mobilidade iBahia. Em pleno engarrafamento de 18h, réporteres e editores do iBahia foram às ruas na última sexta-feira (14) e fizeram o percurso da Federação ao Iguatemi. Moto, ônibus, carro, bicicleta e pernas-pra-que-te-quero, quem chegou primeiro? 

Via Expressa

Quando for completamente construída, a Via Expressa Baía de Todos os Santos vai ligar o Porto de Salvador à BR-324, passando pelas regiões de Água de Meninos, Ladeira do Canto da Cruz, Estrada da Rainha, Largo Dois Leões, Avenida Heitor Dias, Rótula do Abacaxi, Ladeira do Cabula e Acesso Norte. As obras, iniciadas em março de 2009, têm deixado o trânsito intenso nas regiões onde a via está sendo construída, mas prometem facilitar a vida dos motoristas e dar mais fluidez ao fluxo de veículos.
Obras da Via Expressa
A via, que terá extensão de 4.297 metros, é fruto de um convênio firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)/Ministério dos Transportes com o Governo do Estado da Bahia, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura, com interveniência da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). O investimento é da ordem de R$ 400 milhões.

O projeto ainda inclui a construção de viadutos e túneis em todo o percurso. Segundo a Conder, 76% da obra já foi executada e a expectativa é de que, até o final deste ano, os soteropolitanos possam fazer o trajeto entre a BR-324 e a Baixa de Quintas. Apesar dos atrasos e de problemas técnicos, a previsão para conclusão total da via é o primeiro semestre de 2013.

Projeto da Via Expressa
Atualmente, de acordo com a companhia, estão em andamento as obras de cinco das sete frentes, o trecho compreendido entre a Av. Heitor Dias e a Estrada da Rainha, onde acontece a demolição de edificações, travessias e limpeza da área, além dos trabalhos no canal do rio das Tripas. As frentes em execução são a do Porto de Salvador, da Av. Heitor Barros Dias/Barros Reis, do Dois Leões e da Baixa de Quintas. As frentes da Ladeira do Cabula e da Rótula do Abacaxi já estão em operação.
Já a frente da Estrada da Rainha está na fase inicial, sendo executada a demolição de imóveis. No final de julho, esta via, que liga a Baixa de Quintas à Lapinha, foi interditada pela Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador). Segundo a Conder, as 116 famílias tiveram seus imóveis desapropriados na Estrada da Rainha foram contempladas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

Linha Viva

O projeto da Linha Viva é composto por uma via expressa paralela à Avenida Luís Viana Filho, com 20 quilômetros de extensão. A nova via, que vai utilizar a faixa de segurança da linha de transmissão da Chesf, ligará o Acesso Norte ao Aeroporto Internacional de Salvador.
A via promete melhorar a mobilidade na capital baiana, uma vez que serão necessário 15 sminutos para que seja percorrida. No Diário Oficial do Município de 31 de julho deste ano, a Prefeitura publicou um decreto que declara imóveis localizados em uma área de 4.643.801,00m² como de utilidade pública, a qual é destinada à implantação da Linha Viva. No dia 1º de agosto, o Executivo Municipal informou em nota que o projeto básico está em fase de finalização.

Metrô*

A promessa de um metrô na capital baiana começou em 1999, o ano do projeto. As obras começaram no ano seguinte, sob responsabilidade do Consórcio Metrosal (Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens), mas até hoje os soteropolitanos aguardam a chegada do grande dia da inauguração, com uma sensação de que, na prática, o primeiro trecho tem um percurso muito curto, o que levou ao apelido de "metrô calça curta".

Esta longa história já foi alvo do quadro 'Proteste Já', do programa CQC, e motivo de piada na série 'A Grande Família'. Durante todos esses anos, a construção do metrô em Salvador já foi suspensa várias vezes, inclusive por denúncias feitas pelo Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal. Os trens foram adquiridos em 2008 e, até agora, só foram vistos funcionando em testes feitos pela Prefeitura, inclusive em um vídeo.

Trem do metrô sendo testado
A Linha 1 do metrô é composta por dois trechos. O primeiro, que vai da Estação da Lapa até a Estação Acesso Norte/Rótula do Abacaxi, já está com os trilhos prontos e as estações equipadas para começar a funcionar. A Companhia de Transportes de Salvador (CTS), órgão vinculado Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin), é responsável por este trecho.

Segundo o Correio*, o prefeito João Henrique prometeu que metrô estaria funcionando até o dia 1º de setembro, o que não foi cumprido. Um novo prazo para a inauguração deste trecho já concluído está comprometido, pois as seis empresas que analisaram um edital de licitação aberto em julho pela Prefeitura, que procurava alguma companhia para colocar os trens para funcionar recusaram o contrato. A recusa foi encarada pelo prefeito como um boicote para o metrô não sair e disse "estão com medo de João Henrique em 2014".

Já o segundo trecho da Linha 1, correspondente ao percurso entre a Estação Acesso Norte à Estação Pirajá e considerada uma ampliação desta linha, foi integrado ao projeto de implantação da Linha 2, que vai da Bonocô, em Salvador, a Lauro de Freitas, atravessando a Paralela. As obras serão feitas através de Parceria Público-Privada (PPP).

Idealizada para dar suporte à mobilidade urbana nos futuros eventos esportivos em Salvador, especialmente a Copa do Mundo 2014, a linha 2 do metrô terá 24,2 quilômetros e 13 estações, incluindo o Aeroporto. Entretanto, as obras só devem começar no início do ano que vem e este trecho não deverá funcionar completamente até o Mundial.

Exemplo do projeto de estação para a Linha 2
As duas linhas do metrô (Lapa-Pirajá e Bonocô-Lauro de Freitas) compõem o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas que, através de um decreto publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira (14), tornou-se oficialmente parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as quais serão executadas por meio de transferência obrigatória. Para as obras de ampliação da linha 1 e de implantação da linha 2, está previsto o investimento de R$ 3,5 bilhões, por meio de uma Parceira Público-Privada. Deste total, R$ 1 bilhão será proveniente do Orçamento Geral da União (OGU).

Até a próxima quinta-feira (20), o anteprojeto do sistema metroviário estará disponível para consulta pública através do site www.sedur.ba.gov.br/metro. Após este período, as contribuições serão analisadas, visando o lançamento do Edital de Licitação, que está previsto para o final de outubro deste ano.

Projeto com as duas linhas do metrô
O contrato terá duração total de 30 anos, divididos em três para as obras e 27 para a operação do sistema. O início das obras deverá ser imediato e a construção será dividida em duas etapas. A primeira, que corresponde a Linha 1 até Pirajá e três estações da Linha 2, até a região do Iguatemi, tem entrega prevista para 18 meses. Já a segunda, que conclui o trajeto até Lauro de Freitas, deverá ser executada em mais 18 meses e também inclui a duplicação das avenidas Orlando Gomes e Pinto de Aguiar e a construção de quatro viadutos.

Chegada dos primeiros trens do metrô no Porto de Salvador em 2008
Quando finalizado, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas terá 36,4 quilômetros de extensão, 20 estações, 30 composições de quatro vagões e também contará com terminais de integração Ônibus-Metrô. Com  velocidade comercial de 36 km/h, a expectativa é de que o trajeto de ida e volta, incluindo paradas e manobras, seja de 40 minutos na Linha 1 e de uma hora, 33 minutos e 20 segundos na Linha 2.


Quem desejar ir da Estação da Lapa até as proximidades da Insinuante, em Lauro de Freitas, deverá fazer o percurso em apenas 46 minutos, incluindo o tempo de manobra para retornar, segundo estima a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur). Hoje, quem costuma fazer este percurso de ônibus e no horário de pico, geralmente gasta em torno de duas horas.


*Com informações do jornal Correio* e do Correio 24h


Reforma da Estação da Lapa

A Estação Clériston Andrade, mais conhecida como Estação da Lapa, está sendo reformada, com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado à população soteropolitana. As obras de melhoria do local estão sendo realizadas pela Superintendência de Conservação e Obras de Públicas (Sucop), órgão vinculado à Secretaria de Transportes e Infraestrutura (Setin). Já a reforma das escadas rolantes e da estrutura da estação são de responsabilidade da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).
A Estação da Lapa é a maior estação de ônibus de Salvador
A reforma inclui a construção de novos banheiros no subsolo da Estação, a reforma dos banheiros existentes na parte superior, a impermeabilização da cobertura da estação, a troca do piso do terminal de passageiros e a manutenção dos cabos de aço que dão sustentação à cobertura e ao viaduto de acesso da estação. Também está no projeto o remanejamento dos permissionários da estação para novos boxes que serão construídos, a revisão do sistema de drenagem e a pintura total.


Segundo a Sucop, o novo banheiro do subsolo foi construído e parte da drenagem e da impermeabilização da cobertura foi executada. Atualmente, a impermeabilização da laje e alguns detalhes do banheiro estão sendo finalizados.
Planos para o futuro
O projeto está sendo reavaliado pela Prefeitura, com o intuito de realinhar as necessidades da estação com o orçamento do município. Depois do novo estudo, será elaborado o novo cronograma de trabalhos para dar continuidade às obras. O investimento total é de R$5 milhões, provenientes da Prefeitura.


Cerca de 460 mil passageiros passam por dia pela Estação da Lapa, que ocupa 150 mil metros quadrados, sendo 30 mil metros quadrados de área construída. O terminal oferece 88 linhas e a frota é composta por 482 ônibus.


Passarelas

O planejamento da mobilidade urbana não deve se restringir aos veículos, deve incluir também os pedestres. Construir passarelas, faixas de pedestres, calçadas e sinalização, por exemplo, é um desafio para Salvador.

As passarelas, além de investirem na segurança dos pedestres, também podem contribuir para o fluxo de veículos. Quem costumava passar pelo Estádio de Pituaçu em dias de jogo, por exemplo, enfrentava um longo engarrafamento, devido ao grande fluxo de torcedores atravessando a av. Paralela. No clássico BaVi do dia 13 de maio, a passarela de Pituaçu, que interliga o estádio ao Centro Administrativo da Bahia, pôde ser inaugurada pelos soteropolitanos, melhorando o trânsito da região.


Apesar de já estar sendo utilizada pela população, a passarela ainda não foi finalizada e sua construção está atrasada. Depois que a cobertura foi instalada, o projeto está em fase de conclusão, segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), órgão responsável pela execução das obras. O investimento é da ordem de R$ 12 milhões do Governo Federal, por meio do Orçamento Geral da União e contrapartida do Governo do Estado.

Passarela de Pituaçu, com a cobertura instalada
O equipamento tem seis rampas de acesso, 272 metros de extensão no seu eixo central (sobre as pistas da av. Paralela) e seis metros de largura, quase três vezes maior do que o padrão (2,20 metros). Ele foi projetado para atender o fluxo estimado em 16 mil pessoas nos dias de jogos de maior apelo de público, durante o intervalo de uma hora e meia após o término dos eventos.

Passarela de São Cristovão


Em março deste ano, os soteropolitanos passaram a contar com outra passarela: a de São Cristóvão. Com 168 metros de comprimento e 2.60 metros de largura, este equipamento foi construído pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), por meio do Departamento de Infraestrutura de Transporte da Bahia (Derba). O investimento foi de R$ 2,5 milhões.

Fonte: iBahia.com

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Em Salvador, Mobilidade urbana melhora com integração metrô/ônibus

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A vida de muitos baianos mudou para melhor no que diz respeito à mobilidade urbana na metrópole Salvador. Um dos motivos foi a inclusão, em 12 de junho, das 27 linhas de ônibus alimentadoras do Terminal Pirajá na integração com o metrô, que resultou em aumento de 44% na média diária de passageiros transportados. A possibilidade de usar os dois meios de transporte pagando apenas R$ 3,30, aliada à rapidez e conforto do sistema metroviário, atraiu 11 mil novos usuários que hoje contabiliza um fluxo de 36 mil pessoas/dia.

Ontem, à tarde, a reportagem da Tribuna andou de metro, cuja primeira estação da linha 2 (Detran), em construção, deverá estar concluída em agosto,  e pode comprovar, in loco, a eficiência e pontualidade do sistema, bem como a satisfação dos passageiros em fazer a integração com os ônibus, a partir do Terminal de Pirajá, pagando apenas uma passagem. Para a auxiliar administrativa Jamile Neto Soares, 19, a integração entre os dois meios de transportes públicos “foi muito boa. Eu moro em Pirajá e trabalho no shopping Bela Vista, mas antes eu nem podia trabalhar lá por conta do acesso que era muito ruim. Agora além de gastar pouco tenho dois transportes: Depois do ônibus pego o metrô, saio na Estação Acesso Norte, atravesso a passarela e estou no trabalho. Ganho no bolso e no tempo também”, relatou a passageira que há quase um mês faz este roteiro todas as tarde utilizando o sistema. 

Já o vendedor Valdemir Santos, 32, morador de Coutos, no subúrbio ferroviário, também se adaptou rapidamente ao novo esquema de transporte que permite circular na cidade fazendo economia. “Essa integração era necessária. Venho de ônibus de Paripe e vou de metrô até a estação Acesso Norte de onde sigo para o Iguatemi, onde trabalho. E brevemente vai ficar melhor ainda com o metro chegando até lá. Aprovo a integração porque facilita a vida de todo o mundo”, disse, confirmando fazer o novo percurso quase que constantemente. 

Depois de sair de ônibus da Mata Escura, a assistente financeira Carla Farias  chegou à Estação Pirajá onde  fez a integração com o metrô pela primeira vez, seguindo com destino à Estação Campo da Pólvora. “Acho que, em média, a viagem deve durar uns 20 minutos até lá, no máximo”, calculou externando uma dose de satisfação com a experiência inédita.  A integração só pode ser feita com cartão e o usuário pode escolher entre o Cartão do Metrô (que é aceito em todos os ônibus municipais e metropolitanos, integrados ou não) e o SalvadorCard -que também é aceito no metrô-.. Para adquirir o Cartão do Metrô, basta fazer uma carga inicial de, no mínimo, R$ 5,00, valor que já fica como crédito para pagamento das passagens. 

Utilizando uma cadeira de rodas para se locomover, o aposentado Almirando Saturnino Lima, 46, aproveitou a tarde de ontem para, sozinho, ir ao shopping, algo que até pouco tempo era impossível tentar fazer utilizando o transporte público sem acompanhante. “Agora posso andar só, ganhei liberdade. É a segunda vez faço essa integração numa boa”, disse, enquanto era conduzido por um funcionário do metrô pela Estação Pirajá, que o ajudou a acessar o elevador transportador de pessoas que precisam de cuidados especiais. “Essa assistência é maravilhosa durante todo o tempo que eu estiver no metrô. Quando chego a estação (Acesso Norte) tem um funcionário lá que me leva pela passarela até o shopping, se caso eu queira. Não tenho o que reclamar, só elogiar”, acrescentou depois de concluir a  viagem que durou exatos sete minutos. 

O tempo de viagem de metrô da Estação Pirajá para a Lapa é de apenas 15 minutos. Juliana Santos, trabalhadora autônoma, fez o percurso no sentido inverso e, no final de linha pegou o ônibus para Cajazeiras. Antes comentou com o repórter que “foi uma grande conquista pra todos nós esta integração. Fui ao centro fazer compras e já estou de volta pra casa. Melhorou bastante para quem mora na periferia”, admitiu.          
                
Portanto, quem usa o metrô em seu cotidiano ganha mais tempo livre e mais qualidade de vida. Outro exemplo é o da estudante Isabela Farias de Santos Lima, 22 anos, moradora do Jardim Santo Inácio, que estuda radiologia no Campo da Pólvora. Antes de utilizar o metrô, o que fez a partir da integração com os ônibus municipais de Salvador, Isabela saía de casa às 6h40 e quase sempre chegava atrasada para a aula, que começa 8h.

Bastou começar a usar o metrô para se tornar uma aluna pontual e economizar tempo. Agora, a jovem sai de casa às 7h20, pega um ônibus até o Terminal Pirajá e atravessa a passarela até a Estação Pirajá. Após o embarque no trem, bastam, no máximo, 15 minutos para chegar à Estação Campo da Pólvora. Os 40 minutos economizados no deslocamento, Isabela usa para descansar melhor e chegar ao curso mais disposta. “Foi a melhor coisa. Otimiza o tempo”, avaliou. 

Entre os usuários do metrô, a inclusão de linhas do Terminal Pirajá quadruplicou o número de adeptos da integração, que anteriormente era restrita a dez linhas das estações Lapa, Acesso Norte e Retiro. A expectativa é que o fluxo de passageiros aumente ainda este mês, com a ampliação da integração urbana.

“O metrô está preparado para integrar com todas as linhas municipais e metropolitanas que circulam em Salvador, transportando a população com rapidez, conforto e segurança, na medida em que a prefeitura de Salvador descida ampliar a integração”, ressalta o gestor de Arrecadação da CCR Metrô Bahia, Júlio Freitas, lembrando que a Linha 1 já tem capacidade para transportar 200 mil passageiros/dia. As linhas municipais do Terminal Pirajá que são integradas ao metrô atendem principalmente ao bairro de Cajazeiras e arredores, localidades do Subúrbio Ferroviário e bairros às margens da BR-324, como Valéria. É possível também chegar à Barra, Chame-chame e Ondina utilizando o metrô até a Lapa e depois seguir em uma das três linhas que já integram na Estação Lapa.

Veja como funciona o sistema

Metrô - Ônibus
O usuário que embarcar em qualquer estação de metrô, passa o Cartão do Metrô ou SalvadorCARD nas catracas de acesso, debitando R$ 3,30, correspondente ao valor da passagem. Ao desembarcar, ele passará no validador do ônibus ou do terminal o mesmo cartão utilizado para acessar o metrô, podendo, em seguida, pegar qualquer uma das linhas sinalizadas com o adesivo vermelho “Integração Metrô”.

Ônibus - metrô
O usuário que embarcar em um ônibus, deverá utilizar seu Cartão do Metrô ou SalvadorCARD no validador, gerando a cobrança de R$ 3,30, correspondente ao valor da passagem. Ao desembarcar, o usuário deve se dirigir à estação de metrô para embarque, onde passará seu cartão (o mesmo usado no validador do ônibus) nas catracas de acesso. Neste caso, após desembarcar do metrô, o usuário poderá ainda usar o mesmo cartão para pegar um segundo ônibus com o símbolo “Integração Metrô” sem tarifa adicional, desde que a viagem seja realizada no intervalo de duas horas contadas a partir do embarque no primeiro. 

Para adquirir e recarregar o cartão do metrô dirija-se à  bilheteria de qualquer uma das oito estações do metrô e nas máquinas de autoatendimento da Estação Lapa do metrô. Para os usuários que portarem cartões do metrô, o atendimento poderá ser feito em qualquer uma das estações ou através da Ouvidoria, pelo telefone 0800 071 80 20.

Informações: Tribuna da Bahia
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Em Salvador, Trafegar pela faixa de ônibus dá multa na Paulo VI

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Elas estão nas principais avenidas de Salvador como Paralela, ACM, Juracy Magalhães, além da Paulo VI, e tem o objetivo tornar mais rápido o tempo de deslocamentos dos ônibus em meio ao trânsito cada vez mais carregado da cidade. Por conta disso, os motoristas de outros veículos que forem flagrados dirigindo pelas faixas exclusivas estão cometendo, desde o começo do mês de agosto, uma infração gravíssima, perdendo sete pontos na carteira e pagando uma multa de quase R$ 200, após alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Foto: Romildo de Jesus

De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), até setembro deste ano foram aplicadas 9.873 multas por este tipo de infração, mais de 90% delas na Avenida Paulo VI, no sentido orla. Ao longo do ano de 2014, o órgão de trânsito registrou 5.125 multas. Um aumento de aproximadamente 92%.

No entanto, apesar de serem vistas por toda a cidade, em apenas uma das faixas, de fato, está proibido qualquer tipo de circulação de veículos que não sejam os coletivos: a própria Paulo VI – vale salientar que nas vias exclusivas, como as Vasco da Gama e da Paralela, o trânsito de veículos também é vedado. Nas demais – que até possuem sinalização horizontal deficiente, como nos casos da Avenida Bonocô e na região do Dique do Tororó – não há qualquer tipo de problema para que outros veículos possam trafegar. “Nesses locais, até já foi retirada a sinalização vertical”, disse o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller.

“Estamos fazendo mais estudos para implementar mais faixas na cidade. Mas nosso intuito, é de que não haja impactos negativos no trânsito. A nossa expectativa, contudo, é de melhorar a qualidade do transporte público no município”, salientou. Ainda segundo ele, alguns testes até chegaram a ser feitos na faixa exclusiva da Avenida ACM. Mas, o grande fluxo de ônibus que passam pelo local todos os dias acabou gerando um grande congestionamento e, por isso, a fiscalização acabou suspensa. “Se o motorista passar por esta faixa, hoje em dia, não receberá punição”, garantiu Muller.

MOTORISTAS
Para que os motoristas que precisam utilizar as faixas de ônibus para tentar ganhar tempo em meio ao tráfego de veículos da capital baiana, o estresse é sem contínuo, já que muitos condutores de veículos menores simplesmente não respeitam a sinalização existente, insistindo no jeitinho para se livrar dos engarrafamentos.

“Muitos deles não respeitam e usam a faixa como rota de fuga. Acho, também, que falta uma maior fiscalização”, contou o motorista de ônibus, Adson da Silva, que há três anos, se envolveu em uma colisão com um carro de menor porte que invadiu a faixa para realizar uma conversão à direita. “Ele sabia que estava errado, mas reclamou bastante querendo jogar a culpa em mim. Foi uma dor de cabeça para resolver o problema depois”, acrescentou.

Como sugestões diante de uma jornada de trabalho cada vez mais estressante, eles acreditam que inspeções constantes, além da colocação de mais câmeras em faixas como essas ajudariam. “Por outro lado, que os motoristas tenham um bom senso maior e que os órgãos responsáveis façam mais campanhas educativas para todos”, falou, Silva. “Nosso trânsito é muito desorganizado e acho que falta uma maior sinalização. Acredito que se apenas os ônibus andassem nas faixas, seria muito melhor pra gente”, disse o também motorista, Gilmar Alves.

Investimento em transporte público é o caminho
Para o engenheiro Elmo Felzemburg, especialista em trânsito, as faixas exclusivas podem até funcionar em curto prazo, mas destaca que só investimentos em educação no trânsito e, principalmente em um sistema de transporte de massa, podem ajudar a melhorar a mobilidade na capital baiana. “Eu considero que essas faixas seriam mais paliativas. Em alguns pontos, pode até haver a melhora no fluxo de veículos, mas, em outros, o que vai acontecer é o congestionamento devido a quantidade de ônibus que passam pelo local”, comentou.

Ainda de acordo com ele, apesar de funcionar em alguns lugares do Brasil, as faixas exclusivas, em Salvador, tem uma dificuldade para entrar em operação. “Muitos motoristas de carros menores, aqui, não entendem que essas faixas podem trazer melhorias no fluxo do tráfego. O problema é que uma faixa apenas não comporta, por exemplo, uma grande quantidade de veículos, sem contar as questões operacionais. Acho que tem que ser feito um planejamento mais completo neste sentido para que, de fato, dê certo”, analisou.

Informações: Tribuna da Bahia
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