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Passageiros enfrentam insegurança e riscos em ônibus do Grande Recife

domingo, 21 de junho de 2015

Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife, 18h da última quarta-feira (17). A dona de casa Rosângela Marques está há mais de 30 minutos na fila da linha Zumbi Do Pacheco e já viu quatro ônibus passarem sem conseguir entrar. Do seu local, ela vê jovens, homens e mulheres que, ansiosos para chegar em casa, avançam em cada coletivo que estaciona. 

Alguns entram pela janela e um estudante chega a violar a entrada de ventilação instalada no teto do veículo para conseguir embarcar. O cenário de agonia e estresse nos horários de pico, flagrado pelo G1, é rotina no Grande Recife, de Norte a Sul. Passageiros sofrem com veículos que não suprem a demanda, falta de fiscalização e também de educação de usuários. “Tem que mudar tudo, porque do jeito que está funcionando, está tudo errado”, afirmou Rosângela.

A situação diária, somada aos frequentes acidentes, de pequenas ou grandes proporções, vem mudando o comportamento de alguns passageiros, que, amedrontados, tentam evitar ônibus superlotados, quando possível. Em cerca de 45 dias, pelo menos quatro casos de violência no transporte público chamaram a atenção na Região Metropolitana. 

No início de maio, a universitária Camila Mirele morreu após cair de ônibus em movimento, perto da Cidade Universitária, no Recife. No começo de junho, um passageiro foi agredido por um motorista que trafegava em alta velocidade; no mesmo dia, um motorista foi agredido a pedradas por passageiros que queriam descer fora do ponto. No último dia 16 de maio, o estudante Harlynton Souza morreu, também após cair de um coletivo, no Cais de Santa Rita.

Com a consciência de que os casos poderiam acontecer com qualquer uma das milhões de pessoas que usam ônibus no Grande Recife, a mãe da estudante de engenharia Raísa Dias fez uma reunião em casa, com os dois filhos universitários, para orientar como eles devem se comportar ao utilizar o transporte. “Ela ficou muito nervosa com o que aconteceu e pediu que, pelo amor de Deus, a gente não entrasse em ônibus em que a gente fique imprensada na porta. É melhor perder uma prova, uma cadeira, até um período, do que sofrer um acidente e ficar numa cadeira de rodas ou até morrer”, disse a jovem, que diariamente faz o percurso de Peixinhos, em Olinda, até a Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, na Madalena, Zona Oeste da capital.

As aulas de Raísa começam às 7h10, e, antes mesmo das 6h, a estudante já está na parada, na Avenida Presidente Kennedy. Ela deixa até cinco ônibus passarem pelo ponto, porque fica impossibilitada de entrar em veículos superlotados que saem do Terminal de Xambá, em Olinda. Só encara quando tem prova ou não pode perder a chamada. Na volta para casa, o martírio continua, no Terminal Joana Bezerra, área central do Recife. A estudante, como a maioria das pessoas que frequenta a estação, se arrisca na entrada do local e não na área destinada a cada linha. O problema é que, se esperam na fila, os passageiros encontram os ônibus já lotados, porque as pessoas “invadem” o perímetro de embarque e desembarque na chegada dos veículos. 

O TI Joana Bezerra atualmente é um dos mais desestruturados do Grande Recife. Não há espaços adequados para filas e fiscais, que ficam sentados enquanto passageiros que saem e entram nos veículos duelam uma batalha nas escadas, como flagrou a reportagem do G1. Gessina Magno, usuária do terminal, tem osteoporose e, todos os dias, encara a dor por conta das pessoas que batem em sua perna. “Eu me machuco sempre, porque as pessoas não esperam a gente descer do veículo, e eu não consigo ser rápida. Já sei que tenho que sair empurrando, para poder chegar ao metrô”, disse a senhora de 60 anos, que sai do Jordão à Ilha do Leite, enfrentando dois terminais: Joana Bezerra e Aeroporto.

No TI do Barro, local onde o G1 flagrou a invasão dos passageiros por janelas laterais e superiores, o respeito pela área de desembarque é maior, por conta da presença de fiscais do Grande Recife. Mas, nas filas, pessoas ficam onde querem, até sentadas no meio-fio, correndo o risco de serem atropeladas. “Se todo mundo respeitasse, apesar de não evitar que os ônibus saíssem lotados, iria melhorar. Mas o povo mesmo faz cachorrada, às vezes o motorista nem tem culpa, com a ignorância dessa gente. Eu fico na fila até conseguir embarcar”, disse o pedreiro Edson Marinho, que vai da UR-7 ao Centro diariamente, gastando mais de duas horas em percurso de ônibus e metrô. “A gente sabe a hora que sai de casa, mas nunca a de voltar, por conta desse inferno”, completou Rosângela Marques, na mesma fila.

Mas os problemas não ficam restritos aos terminais integrados, de onde os ônibus saem cheios e até com portas já quebradas, como registrou a reportagem, na linha PE-15/Joana Bezerra. A doméstica Jailma Souza, no último mês, ficou com o braço preso em uma porta e viu a filha cair, em plena Avenida Agamenon Magalhães, após o motorista acelerar o veículo. “Por um triz, poderia ser minha filha a acidentada. Eu agora espero o tempo que for para não me arriscar”, disse.

Nem dentro dos coletivos os passageiros se sentem seguros. A assistente Cristiane Ferreira, 42, relatou que sofreu um acidente após pegar um ônibus da linha Casa Caiada, em Olinda, na última segunda (15). Ela estava pagando a passagem quando foi arremessada contra o para-brisa dianteiro do veículo depois que o motorista deu uma freada brusca. Com o impacto, o vidro do coletivo ficou rachado e a usuária precisou ser socorrida a um hospital, onde colocou um colar cervical. “A batida foi toda nas costas, e ainda está doendo. A sorte foi que o acidente aconteceu quase em frente a um hospital e uma enfermeira que largava do trabalho me atendeu. Eu fui jogada da catraca até o para-brisa. Se fosse um idoso ou uma criança, poderia ter ocorrido algo pior. O motorista foi imprudente na direção”.

Irmã de Cristiane, Josiane Ferreira, 35, ficou indignada com o acidente e cobra atenção das autoridades. “Em fevereiro, uma amiga do trabalho levou uma queda ao subir em um ônibus. Resultado: cirurgia no punho, onde colocou pinos e recebeu afastamento de 4 meses do trabalho. Minha irmã também está uma semana sem trabalhar. Minha intenção não é prejudicar o motorista e o cobrador, mas sim fazer um alerta a toda sociedade, empresas de transporte público e governo do estado para fiscalizar o transporte público coletivo”, argumenta.

Já a estudante Raísa Dias, que mudou seus hábitos, não consegue ver melhora por onde circula na cidade. “A gente vê essas tragédias e nota que pode ser com você ou com alguém muito próximo. Mas não vejo uma solução, perco as esperanças, porque não tem medida sendo tomada. É como ser assaltado no seu bairro. Você presta queixa e fica por isso mesmo, sabendo que no outro dia pode ser assaltado de novo. É um ciclo vicioso”, disse. No futuro, ela sonha comprar um carro, para tentar se livrar dos ônibus lotados e encarar o trânsito do Recife. “Pelo menos vou estar no ar-condicionado e escutando meu som”, completou, mesmo sabendo que deixa um problema por outro.

Problema estrutural e motoristas atrasados
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, 26 mil viagens são feitas por dia, com 2,8 mil veículos circulando na Região Metropolitana. Esses números poderiam ser muito maiores, caso o trânsito não fosse tão congestionado. Em um seminário realizado pela Prefeitura do Recife para discutir o Plano de Mobilidade, no último dia 11 de junho, o doutor em Planejamento e Engenharia de Transportes Cesar Cavalcanti foi categórico: "No Recife, não faltam ônibus. O problema é o trânsito, porque os veículos ficam presos. O sistema tem ônibus suficiente e poderia ser otimizado e ter mais viagens, caso tivessem o caminho livre".

A reportagem do G1 também conversou com motoristas, que, atrasados para cumprir horário, precisavam se apressar.  "O sistema é cansativo. O ônibus só anda lotado, em todas as viagens. Tem gente que surfa no ônibus, que sobe por trás. A gente é instruído a parar e mandar a pessoa descer, mas eles não descem, e a gente não pode fazer nada. Dá medo, porque não sabemos quem é quem", reclamou o motorista Alexandre dos Santos, 38 anos.

A violência também é um problema recorrente para os profissionais que trabalham nos coletivos. "Nas quatro viagens que damos por dia, é muito difícil ter pelo menos uma em que a gente não seja ameaçado por um passageiro", conta o motorista de ônibus Leandro Soares, 35. Ele trabalha na linha CDU/Caxangá/Boa Viagem há cerca de quatro meses e diz que violência, cansaço e ônibus lotados fazem parte da rotina da profissão. "É complicada a relação com os passageiros. Quando acontece algo, eles culpam o motorista. Mas muitas vezes a culpa é do passageiro. Acho que deveríamos ter mais educação no trânsito, para o passageiro e para o motorista", disse.

O cobrador Geovani dos Santos, 31, que exerce a função há 13 anos, conta que já soube de um colega ter sido ameaçado por um homem armado, apenas por não ter aberto a porta do ônibus. Ele reclama também dos assaltos. “Eu mesmo já perdi quatro celulares em assalto. Infelizmente, tem gente que perde a vida. O dia a dia é esse", lamenta.

Procurado pela reportagem, o diretor de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, André Melibeu, informou que está investindo no sistema de monitoramento de linhas e negociando com as empresas para melhorar a circulação e o acesso do usuário ao transporte. “Também estamos fazendo pesquisa com os passageiros, tantos nos terminais, quanto nas paradas intermediárias, para identificar pontos de superlotação, além de aumentar o efetivo de facilitadores de fila, que organizam o embarque e desembarque”.

No último mês, o Consórcio também pediu o apoio da Polícia Militar, que passou a fiscalizar os terminais integrados. “O policiamento presente não é o ponto central, mas a polícia tenta evitar que pessoas entrem no veículo de forma irregular, arrombem portas, basicamente para conter a ação de vândalos”, explica.

Melibeu acrescentou que com o sistema de monitoramento, que vem sendo implantado nos veículos desde 2003, será possível, por exemplo, prever o horário de passagem dos ônibus pelos pontos. “Hoje, nós já temos computadores e televisões que mostram a situação real da circulação. Os terminais também têm um sistema para se comunicarem e, dessa forma, fazemos a interlocução com os motoristas. Assim, se está ocorrendo algum problema na Conde da Boa Vista, por exemplo, podemos atuar para otimizar a circulação. Até o fim do ano, acredito que essa tecnologia possa ser utilizada não só pelo sistema gestor, mas pelo usuário.”

Sobre as licitações das linhas, processo que se arrasta há pelo menos dois anos, o diretor de operações contou que dois lotes – os que englobam os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste – já foram homologados e estão em operação desde meados do ano passado. Juntos, eles correspondem por 25% do total da frota do Grande Recife.

O consórcio Conorte, formado pelas empresas Cidade Alta, Rodotur e Itamaracá, opera o Norte/Sul. Atualmente, o corredor possui três linhas e atende a uma demanda de 44 mil passageiros por dia. A previsão é que, com a conclusão das obras, até o fim do próximo mês, a via para coletivos possa dispor de 9 linhas para uma demanda diária de 180 mil usuários. Já o Leste/Oeste é administrado pelo consórcio Mobrasil (empresa Metropolitana) e opera hoje com 3 linhas para uma demanda de 62 passageiros/dia. A previsão é que passe para 7 linhas e 150 mil usuários diariamente. No entanto, as obras do corredor estão atrasadas e não há prazo para a conclusão, conforme a Secretaria Estadual das Cidades.

"À medida que os corredores são entregues, podemos substituir as linhas convencionais pelos veículos BRTs. O que temos hoje é uma operação transitória porque estamos com corredores incompletos”, ressaltou Melibeu. Além dos dois lotes homologados, há outros corredores que ainda aguardam o fim do processo de licitação. São eles: José Rufino e Abdias de Carvalho; Mascarenhas de Moraes; Rosa e Silva, Rui Barbosa e Avenida Norte; Beberibe e Presidente Kennedy; Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca. O Grande Recife informou que, por questões técnicas, as licitações estão sendo avaliadas e que não há prazo para conclusão.

Em relação às investigações das mortes ocorridas no sistema de transporte coletivo, o responsável pelo Departamento de Delitos de Trânsito, Newson Motta, disse que os inquéritos estão em andamento. Ele aguarda perícia do Instituto de Criminalística (IC) para dar prosseguimento ao caso da universitária Camila Mirele. A apuração sobre a morte do estudante Harlynton Lima dos Santos está na fase inicial e ainda depende da ouvida de testemunhas.

Fotos: Vitor Tavares e Penélope Araújo/G1
Por Vitor Tavares e Penélope Araújo
Do G1 PE
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Recife: Parece com tudo de ruim, menos estações de BRT

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Enquanto a licitação para contratar uma nova construtora que substitua o Consórcio Mendes Júnior – Servix Engenharia S/A não sai, as estações de BRT (ônibus de trânsito rápido) do Corredor Leste-Oeste não concluídas se degradam a olhos vistos. As seis paradas da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife (por onde circulam 22% das linhas de ônibus da Região Metropolitana) são o retrato de uma obra que se perdeu em meio à falta de planejamento do poder público. Seriam provisórias, tornaram-se definitivas e, com a obra paralisada desde novembro, estão tomadas por lixo, pichações e ferrugem. 
Estações de BRT da Conde Boa Vista são horríveis e não estão dentro do perfil do modal, fica a pergunta, onde tem R$ 316 mil em cada estação horrível dessa.

A situação mais crítica é a da estação em frente ao Colégio São José. Lá, móveis velhos dividem espaço com restos de comida, lixo e um mau cheiro insuportável. Comerciantes da área dizem que, à noite, o espaço “serve para tudo”, inclusive como abrigo de moradores de rua. Alguns pedestres se arriscam a cortar caminho por dentro da estação, outros tapam o nariz e mudam de rumo ao ver o cenário em que ela se encontra.

Na estação em frente ao Atacado dos Presentes a ferrugem se espalha por todos os lados. A estrutura de sustentação também está empenada, aparentemente vestígios de um acidente de trânsito. As outras não estão muito diferentes.

“É um descaso do poder público. Não sei o que estão fazendo com o dinheiro do povo, foi gasto muito aqui e não acredito que vão terminar a obra”, afirma a blogueira Liliane Messias, 25 anos. A aposentada Ana Falcão, 66, diz que é constrangedor não só as estações abandonadas, mas o fato de ver o BRT passando pela via sem poder usá-las. “Eu moro aqui perto, mas tenho que pegar um ônibus até a Avenida Guararapes para usar o BRT, isso é uma esculhambação”.

As estações da avenida foram projetadas como uma alternativa provisória para colocar o corredor – que liga Camaragibe a Recife – em funcionamento antes da Copa do Mundo. Ignorando quase todos os princípios do BRT, elas nasceram bem diferente das irmãs: são em chapa metálica perfura e vidro temperado, sem refrigeração como as demais. Bastante estreitas e fora do nível dos BRTs não deixam dúvida do desconforto a ser oferecido quando concluídas, apesar de terem sido orçadas em R$ 316 mil cada, totalizando R$ 1,9 milhão. Detalhe: na avenida circulam 82 linhas de ônibus que transportam, diariamente, cerca de 325 mil passageiros.
Paradas ou estações já viraram piadas entre a população

As obras do corredor não têm data para serem retomadas. A Secretaria Estadual das Cidades entrou com rescisão contratual e pedido de aplicação de penalidade contra a Mendes Júnior (acusada de envolvimento na Operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro e evasão de divisas da Petrobras, por ter parado a obra. Agora vai contratar empresa para levantar o que falta para concluir o corredor e, com esse diagnóstico, fazer nova licitação e contratar a construtora que dará continuidade à obra, orçada em R$ 145,3 milhões e prevista para ser concluída há 18 meses.

No Corredor Norte-Sul (que faz a ligação entre Igarassu e Recife), o passeio da Estação Nossa Senhora do Carmo, no Centro do Recife, também é utilizado como abrigo para a moradora de rua Rosali Freire da Silva, 60 anos. Ela diz que já está lá há dois meses, pois o local a protege do sol e chuva. Lá mesmo acomoda as doações que recebe da população. "Você não arruma uma casa da Cohab para mim?", perguntou ela quando falava com a reportagem. Há pouco tempo, um bar também se instalava no local às sextas-feiras.

Informações: JC Online

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No Recife, Equipamentos de fiscalização eletrônica começam a registrar infrações nesta segunda

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Os novos aparelhos de fiscalização eletrônica implantados pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) nas avenidas Beberibe e Governador Agamenon Magalhães comçam a multar motoristas infratores a partir desta segunda-feira. Os equipamentos, que fiscalizam o excesso de velocidade, parada sobre faixa de pedestre, avanço de semáforo e conversão proibida, já funcionavam em caráter educativo desde o dia 25 de maio.

Os equipamentos de fiscalização funcionarão todos os dias, das 6h às 22h para excesso de velocidade e de 6h às 20h, para parada sobre faixa de pedestre e avanço de semáforo. As infrações por excesso de velocidade variam de acordo com a velocidade que o condutor ultrapassa o equipamento de fiscalização (60 km/h em ambas as vias). As multas vão de R$ 85,13 a R$ 574,62, além dos pontos registrados na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já os veículos flagrados avançando o semáforo, parados sobre a faixa de pedestre ou realizando conversão proibida, estarão sujeitos a multas de R$ 191,54 e 7 pontos na CNH, de R$ 85,13 e 4 pontos na CNH e de R$ 127,69 e 5 pontos na CNH, respectivamente.

Os dispositivos de fiscalização eletrônica ficam na Avenida Governador Agamenon Magalhães, nos cruzamentos com a Avenida Rui Barbosa (sentido Boa Viagem - semáforo 037), com a Rua Bandeira Filho (sentindo Olinda - semáforo 173), com a Ponte Delmiro Gouveia (sentido Avenida Conde da Boa Vista - semáforo 075) e na Avenida Beberibe, no cruzmento com a Avenida Professor José dos Anjos (sentido subúrbio - semáforo 131).

De acordo com a CTTU, todas os trechos estão sinalizados conforme as exigências do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Ainda segundo o órgão, a necessidade de implantação da fiscalização eletrônica nos novos pontos foi identificada por estudos técnicos que levam em consideração a geometria das vias, o histórico de acidentes com vítimas e o volume médio de veículos e de pedestres nos locais. 

O gestor de trânsito da CTTU, Marcos Araújo, acrescenta que a Avenida Agamenon Magalhães possui diversas proibições de giros que, quando desrespeitadas, aumentam a potencialidade de acidentes e este também seria o caso da Avenida Beberibe.

Segundo levantamento da Companhia, a fiscalização eletrônica tem demonstrado a sua eficácia não apenas na redução de acidentes, mas ainda na queda do índice de cometimento de infrações. No comparativo do primeiro trimestre de 2015 com o mesmo período de 2014, houve uma média de redução de 400 acidentes por mês, passando de 1.334 para 933 acidentes em 30 dias. O mesmo acontece com o índice de registro de infrações, que alcançou  redução de até 87% em alguns dos pontos fiscalizados, no período de três meses após a implantação. As estatísticas apontam que 93% dos condutores que são multados não voltam a cometer a infração no mesmo local.

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No Recife, Metrô e ônibus param nesta sexta-feira

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Metroviários e Rodoviários fazem paralisações em protesto contra o projeto de lei da terceirização e as medidas provisórias que alteram a aposentadoria e mexem no seguro-desemprego e pensões previdenciárias. A mobilização é nacional. Foi convocada por centrais sindicais.

Os metroviários param por 24 horas. Já os rodoviários cruzam os braços na manhã desta sexta-feira (29) no Centro da Cidade. A ideia é travar a Avenida Guararapes com os coletivos para que nenhum consiga circular.

A partir das 14h, as duas categorias se concentram na Avenida Cruz Cabugá na esquina com a Avenida Norte. De lá, seguem em caminhada que passará pela Avenida Conde da Boa Vista e Rua Princesa Isabel.

O sindicato dos Rodoviários espera entre 30% e 50% de adesão dos profissionais. Já o Sindicato dos Metroviários acha que 80% dos trabalhadores devem aderir à ação.

De acordo com o presidente da entidade, Diogo Morais, as áreas de manutenção dos trens param às 22h de hoje. O Metrorec transporta uma média de 420 mil usuários por dia. Dois milhões é o número de passageiros de ônibus diários da RMR.

Informações: Diário de Pernambuco

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Motoristas de ônibus do Recife vivem rotina de estresses

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A responsabilidade pela locomoção dos dois milhões de passageiros usuários do sistema metropolitano de ônibus está nas mãos – e pés – de apenas seis mil profissionais. E a pesada rotina de superlotação nos coletivos, trânsito travado, calor e falta de civilidade dos passageiros está cobrando um preço cada vez mais alto aos motoristas. De acordo com o Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE), pouco mais da metade desses profissionais se declara mentalmente cansada ao final de um dia de trabalho. E 26% deles garantem chegar em casa com algum sintoma de fadiga.

Há onze anos na profissão, Valdomiro Cruz desenvolveu bursite e tendinite por causa da constante troca de marcha do coletivo. Ainda assim ele acredita que há algo pior na rotina como motorista: a nem sempre amistosa relação que os passageiros têm com o “comandante” do veículo. “O pessoal reclama de tudo e parece que a gente nunca tem razão. Na maioria das vezes, o erro é do passageiro”, diz, referindo-se à velha mania do usuário de querer entrar pelas portas do meio e traseira, além de querer parar fora da parada.

O quadro piora e pode ser multiplicado várias vezes quando o motorista opera numa das linhas alimentadoras, aquelas que saem dos grandes terminais de integração e passam pelas vias de maior movimento. É o caso da Barro/Macaxeira, eleita a pior do sistema por 37% dos leitores do Jornal do Commercio que participaram da enquete realizada ao longo da última terça-feira. Na sexta-feira passada, a universitária Camila Mirelle Pires, de 18 anos, faleceu após cair de um veículo dessa linha, na BR-101, bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. “É comum a gente rodar com tanta gente que não dá nem para enxergar o retrovisor, sem contar que muitos estudantes entram de graça pelas portas do meio e traseira”, cita um motorista, que apenas aceitou se identificar como Roberto.

O coordenador de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Genildo Pereira, cita casos como o de um motorista que, no ano passado, abandonou o ônibus que guiava em plena Avenida Conde da Boa Vista, na área central da cidade, e saiu andando. “A carga foi tanta que ele não suportou. Tivemos que acompanhá-lo de perto. E existem vários casos que ainda envolvem depressão. A rotina é muito cruel para o motorista”, diz.

AÇÕES - A diretora de Relações Institucionais do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana), Amélia Bezerra Leite, afirma que as operadoras estão investindo em formas para minimizar o calvário dos profissionais. “Todas têm grupos com psicólogos, advogados, terapeutas, tudo para que eles saibam que têm apoio e que são acompanhandos de perto”, diz. Ela afirma que o público que anda nos coletivos tem papel importante no processo. “É preciso que o cliente tenha consciência de que não pode hostilizar o motorista nem entrar por portas que não sejam a da frente, além de respeitar os assentos.” 

Por Felipe Vieira
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No Recife, Obras do corredor Leste-Oeste não têm prazo de conclusão

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Mesmo com pendências, o Governo de Pernambuco correu e abriu uma das principais obras do Corredor Leste-Oeste, o Túnel da Abolição, com mais de um ano de atraso. A questão agora, além de concluir o equipamento, é que estações de BRT (Bus Rapid Transport) e dois terminais integrados previstos no projeto não têm prazo de conclusão. Por impasse com o consórcio responsável, que pode até acabar com a rescisão do contrato, a construção está parada oficialmente desde janeiro. E tudo deveria estar pronto na Copa do Mundo.

Foram investidos até agora R$ 136 milhões no corredor, que vai do Centro do Recife até a cidade vizinha de Camaragibe e foi orçado em R$ 168,7 milhões. Nas contas da Secretaria das Cidades, a obra está com aproximadamente 80% das intervenções previstas prontas. Mas o que falta impacta a vida dos usuários: são 12 estações de BRT a serem erguidas e dois terminais integrados de ônibus em andamento.

O consórcio que iniciou as obras é formado pela Servix e pela Mendes Júnior, que vem com problemas desde que foi envolvida nas investigações da Operação Lava Jato, com diretores presos pela Polícia Federal. As empresas foram notificadas pela gestão estadual devido ao descumprimento do contrato. 

De acordo com o secretário-executivo de Mobilidade de Pernambuco, Marcelo Bruto, com isso, o consórcio pode sofrer sanções. O Estado pensa até em tomar uma medida mais drástica: rescindir o contrato. A decisão deverá ser tomada em reuniões realizadas nos próximos dias, incluindo com os técnicos das construtoras. "Acredito que teremos uma resposta nesse prazo", afirma o secretário - embora as datas nunca sejam cumpridas no caso desse corredor.

No caso de o Governo de Pernambuco optar pela rescisão, o próximo passo poderá deixar a obra ainda mais lenta, pois deverá ser feita uma nova licitação, processo que dura meses. Questionado, Bruto afirmou que ainda não se pode prever qual dos dois lados deverá pagar mais - se as empresas devolverão o investimento estadual ou se a gestão terá que gastar ainda mais em tempo de arrocho.

Enquanto a decisão não é tomada, os milhares de passageiros que seriam beneficiados com as estações do BRT continuam aguardando. Das 25 paradas previstas, 13 estão em operação. E o secretário responde sem pestanejar as outras que podem estar lhe dando dor de cabeça: seis na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife; uma próximo ao Elevado da Caxangá, na Zona Oeste; três em Camaragibe, na Região Metropolitana; além de duas que estão em fase final na PE-05, também no Grande Recife.

Nos terminais Perimetrais III e IV, também previstos no projeto, que receberam um investimento de R$ 18 milhões e deveriam beneficiar, juntos, mais de 90 mil passageiros por dia, a situação era a mesma da constatada pela equipe do JC Trânsito no mês de fevereiro, quando as obras estavam paradas desde novembro: apesar de já ter forma de terminal, com sinalização de paradas e placas, não há trabalhadores em nenhuma das duas obras. 

A falta de manutenção nos locais é denunciada pela presença de entulhos e de mato. Ninguém além dos seguranças - que impedem invasões no terreno - estão no local. 

Do lado de fora do Terminal Perimetral IV, próximo ao viaduto da Caxangá, passageiros esperam ônibus em paradas improvisadas, enquanto outros passageiros aguardam ônibus dentro da estação BR-101 do BRT. Já no III Perimetral, próximo ao cruzamento com a Av. General San Martin, a estrutura já apresenta sinais de depredação, com as paredes pichadas. 

OUTRO TERMINAL - Já no final da Avenida Caxangá, o terminal que leva o mesmo nome da avenida não transparece o desconforto que dá aos passageiros que precisam utilizá-lo. Inaugurado em 2008 e transportando quase dez mil passageiros por dia, em oito linhas diferentes, o TI começou a operar com a linha de BRT "TI Caxangá (Centro)" e passou a ser ponto de passagem de mais duas linhas (Tabatinga e Jardim Primavera/Vale das Pedreiras) em dezembro de 2014. 

A implementação do BRT no terminal aumentou também o número de passageiros no local. A fila do ônibus que segue pela faixa exclusiva chega a ter o triplo do tamanho das outras filas no meio da manhã, fora de horário de pico.

O estudante Messias Muniz, de 21 anos, afirma ter sido beneficiado pelo BRT. Agora, sua viagem até o Centro do Recife tem uma duração menor. Ele afirma, porém, que é comum que o ônibus saia cheio da integração, e que o espaço do terminal deixa a desejar. "Penso que o terminal é muito pequeno para a quantidade de gente que o utiliza, principalmente em horários de pico", diz.

O TÚNEL - Em todo esse período, a única obra que andou - a passos lentos, quase parando - foi o Túnel da Abolição, aberto ao tráfego nesse domingo (12). "A empresa tem dificuldades financeiras e de mobilização. Pensamos em garantir o túnel, para que a empresa tivesse fôlego operacional. Além disso, outra parte da discussão é que a empresa tem entendimento de que teria a receber e o Estado não reconhece", explica o secretário de Mobilidade. 

Por ter ainda várias pendências, como infiltrações e a instalação de um elevador e de uma escada, a abertura do túnel foi alvo de inúmeras críticas no Twitter e no Facebook do JC Trânsito. "Não foi inaugurado, foi liberado para o tráfego. É uma decisão que se precisava tomar. O transtorno diário era tão grande que achamos razoável, pois o ganho para o tráfego era maior do que o benefício de esperar o tempo de serviços finais", justifica Bruto.

Para conter as infiltrações e a água que mina de alguns pontos na parede, o consórcio tem injetado resina há três semanas, totalizando 800 litros. Também será feito o saneamento. "Não há risco de a estrutura ser danificada por isso. Hoje não há problemas, mas temos o entendimento que algo precisa ser feito. Todo túnel é tolerável algum nível de umidade, e no nosso ainda não é o ideal", admite o secretário.

Além das obras e dos serviços para conter as infiltrações, uma licitação ainda é prevista. O procedimento será feito para levar medidas paliativas ao Museu da Abolição, que alega ter sofrido consequências negativas por causa do túnel, como um jardim que já estava previsto no projeto inicial, em que se gastou R$ 16 milhões, e a reforma da praça na saída do equipamento, na Rua Benfica. 

Há ainda a previsão de abrir uma passagem de pedestres na Rua Real da Torre, o que justifica a faixa sem saída tão questionada na lateral esquerda do túnel. Assim como o Corredor Leste-Oeste, não há prazo para essas intervenções.

Amanda Miranda e Lorena Barros

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Grande Recife amanhece com poucos ônibus circulando

O Grande Recife amanheceu com metrô funcionando e poucos ônibus nas ruas. A paralisação parcial dos coletivos atende a uma adesão ao protesto nacional contra o projeto que altera as regras sobre seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, 70% dos ônibus não circulam no início desta manhã. 

As linhas mais afetadas são as das empresas Cidade Alta, Vera Cruz, Borborema, Metropolitana e Itamaracá. O metrô, que prometeu na noite da última terça (14) não funcionar durante todo o dia, operou de forma normal desde o começo da manhã. A assessoria de imprensa da CBTU-PE afirmou que os maquinistas aderiram à greve e os três estão sendo operados pelos supervisores, mas circularão apenas em horário de pico: das 5h às 9h e das 16h às 20h. 

Já os ônibus, que não tinham horário definido para paralisação, surpreenderam os passageiros nesta manhã. Em alguns terminais, nenhum veículo tinha saido por volta das 5h40, no Terminal de Setúbal, na Zona Sul do Recife, o gerente operacional informou que a circulação só começaria a partir das 6h. Os passageiros que embarcavam no metrô eram avisados pelos fiscais que os trens funcionavam, mas que o Terminal Integrado do Barro, um dos mais movimentados do sistema, estava completamente fechado e sem ônibus.

No terminal da PE-15, alguns motoristas de coletivos e até alguns passageiros fecharam o terminal integrado para impedir que motoristas que não aderiram ao movimento circulassem. Houve tumulto tanto por parte dos trabalhadores como dos passageiros. Um efetivo de cerca de 40 policiais militares foi acionado acalmar os ânimos. Com a ajuda policial, a situação no local foi normalizada e os ônibus passaram circular normalmente. Um destaque foi a atuação da polícia no auxílio ao embarque de passageiros dos coletivos, junto aos fiscais do terminal.

No Terminal Integrado do Aeroporto, os portões da integração estavam fechados até pouco antes das 6h, mas algumas linhas como TI TIP/Aeroporto e TI Tancredo Neves/Aeroporto pegavam os passageiros do lado de fora da estação. No Terminal Integrado de Tancredo Neves, poucos passageiros aguardavam ônibus, mas os portões das estações estavam abertos.

Já no Terminal Integrado do Recife, os passageiros que desciam do metrô aguardavam a abertura dos portões da integração. Alguns funcionários afirmavam que os ônibus circulares só iriam rodar a partir das 9h. O Terminal Integrado da Macaxeira, na Zona Oeste do Recife, também estava sem ônibus no começo da manhã. Internautas relataram que muitos passageiros aguardavam por ônibus do lado de fora da estação.

No bairro do Janga, em Paulista, assim como na PE-15, em Olinda, muitos passageiros aguardavam nas paradas. Segundo internautas, os coletivos da empresa Cidade Alta não estavam circulando. Na Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores de ônibus da capital, o movimento de coletivos era menor do que o normal. Passageiros reclamavam que os ônibus da Borborema, que seguiam para a Zona Sul/Jaboatão dos Guararapes, não estavam passando.

Informações: JC Online


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