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Dilma confirma recursos para metrô de Porto Alegre

domingo, 13 de outubro de 2013

Dois anos após o primeiro anúncio para a construção do metrô em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff voltou neste sábado à capital gaúcha para anunciar novamente a obra, já com um novo aporte de recursos e modelagem financeira. Dilma falou ainda sobre a construção do sistema metroferroviário nas cidades de Belo Horizonte e Salvador – sendo que, na terça-feira, assinará a construção do primeiro trecho na capital nordestina.

“Estamos vendo isso acontecer (dificuldades) em Belo Horizonte e Salvador... todos tiveram dificuldades técnicas e aperfeiçoaram os seus modelos, isso é natural no momento em que nós estamos”, disse Dilma, ressaltando o empenho do governo do Rio Grande do Sul e da cidade de Porto Alegre.
Dilma falou que a mobilidade urbana é apenas um dos pactos que foram acertados após as manifestações. “O pacto apresenta direção para avanço, na mobilidade, do reconhecimento de que no nosso País, de 30 a 40 anos, não investiu de mobilidade urbana de forma adequada, necessária e sistemática.”

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, falou sobre as adequações do projeto do metrô, destacando o acompanhamento pessoal da presidente na negociação. “Temos o escopo financeiro, o escopo técnico, para que a PMI (proposta de manifestação de interesse) aconteça”, disse, falando sobre as perspectivas de início das obras.
Fase 1
Ao todo, o governo federal vai destinar R$ 4,8 bilhões para o metrô, R$ 1,7 bilhão do orçamento e mais R$ 1,7 bilhão que serão financiados em 61% pelo governo do Rio Grande do Sul e 39% pela prefeitura de Porto Alegre. O restante dos recursos será obtido por meio de Parceria-Público-Privada (PPP), para um traçado de 10,3 quilômetros.

A vinda de Dilma ao Rio Grande do Sul fez com que técnicos da prefeitura e do governo do Estado se reunissem durante toda a semana em busca de uma formatação financeira que possibilitasse a obra, tendo em vista que a presidente queria fazer o anúncio do metrô neste sábado. Segundo Dilma, em cidades mais ricas o governo tem adotado a divisão de 50/50% para a construção de metrôs, e em municípios maiores, como São Paulo, essa divisão é de 75/25%.
Fase 2
No projeto inicial, apresentado em abril, as estimativas apontavam o metrô ao custo de R$ 9,5 bilhões para um traçado de 14,8 quilômetros, valor maior acima dos R$ 2,4 bilhões previstos inicialmente.

Segundo a prefeitura, o projeto atual prevê estações da Esquina Democrática ao Terminal Triângulo, na zona norte. A ideia inicial era estender a linha até a Fiergs, mas a iniciativa esbarrou na impossibilidade técnica de instalar uma área de manutenção de trens ao final da avenida Assis Brasil.

Tendo em vista a disparidade de recursos disponíveis e orçamento da obra, a prefeitura e o Estado do Rio Grande do Sul começaram a solicitar mais recursos junto ao governo federal, enquanto buscavam alternativas para encaixar os valores no orçamento.

O projeto do metrô foi elaborado com base em uma modelo de integração com sistemas de BRT (ônibus de rápida circulação em faixas exclusivas) e com o trem da Trensurb.

Além dos recursos para o metrô, Dilma também anunciou a construção de quatro corredores de ônibus nas cidades de Porto Alegre, Viamão, Guaíba e Canoas.

Pouco antes dos anúncios do metrô, o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, revelou o investimento de R$ 200 milhões para a construção de corredores exclusivos de ônibus em cidades da região metropolitana de Porto Alegre e na capital. Em relação ao metrô, disse que o anúncio de hoje “é uma renovação da crença na infraestrutura de transporte de alta capacidade de Porto Alegre, que sem dúvida é uma anseio de toda a população".

Cinquenta e sete chaves de retroescavadeiras foram entregues a prefeitos gaúchos, sendo que alguns aproveitaram o momento com a presidente. O vice-prefeito da cidade de Bossoró pediu para o governador do Estado, Tarso Genro, que tirasse uma foto sua com Dilma. Outra prefeita trouxe as rainhas de uma festa local para a cerimônia.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas disse que “se não me engano, é a terceira vez que a presidente vem a Porto Alegre para entregar as máquinas”. Ele ressaltou que todas as cidades com menos de 50 mil habitantes já receberam as máquinas, que são financiadas com recursos do PAC 2.

Por Daniel Favero
Informações: Portal Terra

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Salvador passará a adotar o bilhete único em novembro

domingo, 14 de julho de 2013

Quem precisa pegar dois ônibus para chegar ao  destino final, a partir de novembro poderá pagar somente uma tarifa de R$ 2,80 em Salvador. O prefeito ACM Neto (DEM) assinará o decreto que estabelece Bilhete Único no dia 25 deste mês. Segundo o secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, as empresas terão um prazo para se adaptar, de forma que o benefício começará a valer em novembro deste ano. 

“Serão duas etapas: a primeira em novembro, a segunda ainda sem prazo, depende da reestruturação das linhas”, disse. Atualmente, a integração ocorre entre as quatro áreas de operação do sistema (A, B, C e D - veja no mapa), sendo que cada área se integra com as outras três. 


Hoje, a segunda viagem tem o valor de 50% da primeira.  A partir de novembro, a segunda viagem será gratuita, desde que o passageiro se desloque por áreas de operação diferentes. Assim como é hoje, o período entre a cobrança da primeira tarifa e a integração não pode extrapolar 2.

A segunda etapa, que deverá ser implementada após as empresas vencedoras da licitação do sistema de ônibus assumirem o serviço, prevê que a segunda viagem será gratuita também para viagens dentro da mesma área de operação. “O que não vai poder é a pessoa usar a integração para ir e voltar para o mesmo local. O sistema irá perceber pelo trajeto das linhas e não vai permitir”, disse Aleluia. 

O uso da integração será estimulado pela prefeitura, de acordo com o secretário, já que o redesenho das linhas prevê a exclusão dos trajetos longos. “Hoje você toma ônibus da origem ao destino, baixando a eficiência e aumentando os custos. E a pessoa fica dando volta na cidade. Vamos racionalizar”, completou. Só terá direito a usar o bilhete único quem adquirir o SalvadorCard em um dos balcões de atendimento do Setps, ao valor de R$ 5,70.

O cartão não é pessoal (poderá ser emprestado), é recarregável e não tem validade. Para que o sistema funcione de forma integrada, o prefeito assinará também outro decreto que prevê a obrigação de instalação de sistemas eletrônicos, com rastreadores GPS (sistema de posicionamento por satélite) em toda a frota. 

Tempo real
A princípio, o sistema servirá ainda para a prefeitura observar se as empresas não reduziram a frota em horários de pouco movimento. No ano que vem, segundo Aleluia, deverá entrar no ar um site em que os usuários poderão verificar a localização dos ônibus em tempo real. “E vamos colocar nos pontos os horários de parada. Agora essa questão de informação online requer tempo para comprar a tecnologia, não deve sair este ano”.

Segundo o secretário, todas essas ações estão sendo implementadas independentemente da licitação do sistema rodoviário de Salvador, que tem previsão para começar em setembro.  No calendário da prefeitura, as vencedoras da disputa começam a operar o sistema entre o fim deste ano e o início do ano que vem.

Corredores 
O principal projeto da prefeitura para mobilidade urbana em Salvador é a implantação do BRT – as linhas exclusivas de ônibus articulados – entre a Estação da Lapa e o Iguatemi, passando pela  Vasco da Gama, Lucaia e Juracy Magalhães. 

O projeto prevê a criação de linhas exclusivas também na Avenida ACM, no Itaigara, até a altura do Posto dos Namorados. No sentido Iguatemi, o projeto prevê ligação com as linhas exclusivas da Avenida Paralela e com a  Bonocô. 

Para tanto, a prefeitura estima gastar R$ 900 milhões, investimento solicitado ao governo federal na semana passada, em reunião que o prefeito teve com a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, e o governador Jaques Wagner (PT). Segundo Aleluia, caso o dinheiro seja liberado, a obra deverá ser entregue em 2016.

A prefeitura pretende ainda gastar  R$ 100 milhões com vias exclusivas de ônibus. Uma ligará a Pituba ao aeroporto, pela orla.  Outras três vias exclusivas vão percorrer as avenidas Suburbana, Bonocô e San Martin, e uma ligará  Cajazeiras à Paralela pelas avenidas Gal Costa e 29 de Março.

A voltas das blitze a volta

R$ 5,70 SERÁ O PREÇO do cartão que o usuário poderá comprar e recarregar para utilizar o sistema de transporte

2 HORAS é tempo da integração. Ou seja, se o usuário pegar um ônibus às 6h, tem até as  8h para pegar o segundo

Cartão poderá pagar Domingo É Meia a partir do dia 28
Após a reclamação de usuários, a prefeitura decidiu ampliar o benefício do Domingo É Meia também para os usuários do SalvadorCard. Desde que o desconto foi instituído, no dia 31 de março deste ano, valia apenas para o pagamento em dinheiro. 

O decreto que amplia o desconto será assinado pelo prefeito ACM Neto (DEM) também no dia 25 deste mês e já valerá para o domingo seguinte, do dia 28. O decreto, todavia, mantém de fora os cartões carregados por empresas, como forma de pagamento do auxílio-transporte. “A ideia não é beneficiar o empresário. O cartão do auxílio-transporte é para ir e voltar ao trabalho”, justificou o secretário José Carlos Aleluia, de Urbanismo e Transporte. 

Por Rafael Rodrigues
Informações: Correio 24 Horas
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Governo e prefeitura solicitam R$ 4,2 bi para obras de mobilidade urbana na região metropolitana Salvador

terça-feira, 9 de julho de 2013

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), pediram ao governo federal R$ 4,2 bilhões para obras de mobilidade urbana na região metropolitana Salvador. Os dois participaram de uma reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, no fim da tarde desta segunda-feira. Os recursos viriam dos R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana anunciados pela presidente Dilma Rousseff, no último dia 24, em resposta à onda de manifestações pelo país e que teve origem na reivindicação do Movimento Passe Livre pela redução da tarifa de ônibus em São Paulo.

De acordo com a ministra Miriam Belchior, dos R$ 4,2 bilhões, o governo do estado pleiteou R$ 3,2 bilhões para serem investidos na ampliação do metrô e na implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT). “O metrô já está com a licitação na rua, a abertura deve se dar no próximo dia 8 de agosto e, com isso, as obras devem ser iniciadas em outubro. Um outro conjunto de obras, chamadas vias estruturantes, que são os BRTs (bus rapid transit), também vai à licitação agora em julho e deve ter início de obras em novembro”, disse a ministra.


“Nós trouxemos duas grandes prioridades: primeiro uma extensão de 5 quilômetros do metrô até o bairro de Cajazeiras, que é o maior bairro de Salvador, e o segundo é o VLT, que é o antigo trem de subúrbio. Nós queremos transformá-lo em um VLT para atender a toda a região metropolitana, complementou o secretário da Casa Civil da Bahia, Rui Costa. Ele falou com a imprensa no lugar do governador Jaques Wagner, que saiu antes do fim da reunião para cumprir agenda em São Paulo. Segundo Costa, o VLT aproveitaria a malha de trilhos do antigo trem metropolitano.

A prefeitura de Salvador pediu R$ 1 bilhão para a implantação de faixas de circulação exclusivas de ônibus, o chamado BRT. O prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto louvou a iniciativa do governo e disse que espera concluir a implantação do serviço até 2015. “Nós tivemos a oportunidade de apresentar um projeto que é muito importante, viabilizará a ampliação de corredores com o modal do BRT, na artéria principal da cidade. O nosso projeto é que a execução seja em 24 meses, disse o prefeito. “Tudo o que está sendo pensado para a capital tem sido formulado em conjunto pela prefeitura e pelo governo do estado”, complementou. As medidas devem beneficiar quase 2 milhões de pessoas.

Pela manhã, os governadores e os prefeitos de São Paulo e do Rio de Janeiro, Gerado Alckmin e Sérgio Cabral, e Fernando Haddad e Eduardo Paes respectivamente, participaram de reuniões com o governo. Alckmin solicitou R$ 10,8 bilhões para obras e melhorias no metrô, trens e construção de corredores, orçadas em R$ 10,8 bilhões. Haddad pediu R$ 6,5 bilhões para a construção de corredor viário, com 150 quilômetros de extensão. O governo do Rio de Janeiro pleiteiou R$ 4,3 bilhões do governo federal para investimentos em obra de mobilidade urbana.

O encontro foi a primeira rodada de conversas do governo federal com governadores e prefeitos das principais capitais do país, que deve seguir até a quarta-feira. Estão previstas ainda reuniões com os governadores de Minas Gerais, Pernambuco, do Ceará, do Paraná e do Rio Grande do Sul e os respectivos prefeitos das capitais.

De acordo com a ministra Miriam Belchior, após as reuniões o governo vai avaliar as demandas para saber o montante a ser repartido com cada estado. Os pleitos apresentados hoje já atingem 50% dos R$ 50 bilhões anunciados pelo governo federal. “Vamos fazer um balanço disso, e vamos decidir se já fazemos um anúncio parcial ou se seguimos consultando outras grandes cidades sobre a destinação dos recursos”, disse a ministra.

Segundo especialistas e integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) consultados pela reportagem, a mobilidade urbana está diretamente relacionada à qualidade de vida, além de ser um dos maiores causadores de estresse da vida das pessoas. Eles avaliam que os efeitos negativos de um transporte público caro e de má qualidade prejudicam também outras áreas vitais para a vida do cidadão, como saúde, educação, finanças e cultura.

Fonte: Boainformacao.com.br
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Até 2016, Salvador terá 35 km em vias preferenciais para ônibus

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Com apenas um modal de transporte capaz de cobrir toda a cidade — os ônibus —, Salvador tem um dos maiores problemas de mobilidade urbana entre as capitais brasileiras. Mas a prefeitura quer mudar, num prazo de três anos, o cenário que rende críticas de especialistas no país. 

De acordo com o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, corredores exclusivos para BRT devem estar prontos até 2016. O município também promete investir R$ 1 bilhão em 35 quilômetros de vias preferenciais para ônibus, buscando chegar à velocidade comercial de 24 km/h — hoje, os ônibus se locomovem a 12 km/h em média, mesma velocidade de São Paulo.

De acordo com Aleluia, uma das prioridades é fazer um “conjunto de vias exclusivas de ônibus da Lapa até o Iguatemi, chegando até a Ligação Iguatemi Paralela (LIP) e  Acesso Norte e também  até a Pituba”. Também será feito um corredor progressivo do aeroporto à Pituba. 

“Embora esse corredor não seja exclusivo, é preferencial para ônibus.  Serão em torno de 35 quilômetros e terá um conjunto de investimento de R$ 1 bilhão. A ideia é que fique pronto em 2016”, acrescentou Aleluia.


O secretário afirmou que vai tentar evitar a desapropriação e que, quando fala em vias exclusivas, pensa justamente na circulação do BRT. “Ainda estamos estudando a parte estrutural. O prefeito quer para 2016. O nosso custo é só com as vias, o dos BRTs é com as empresas”, afirmou. 

Atraso  
Para especialistas, o atraso no sistema de transporte da capital baiana é resultado da falta de investimento há quase 40 anos. Em meados dos anos 1970, quando foi criada a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), estatal responsável pela política de mobilidade no país, capitais aproveitaram a verba disponível e implantaram sistemas de transporte que, hoje, ajudam a desafogar o trânsito. 

Quem não aproveitou isso naquela época, paga o preço até hoje. E Salvador é uma delas. “Com certeza. A melhor solução, hoje, é o transporte sobre trilhos. Salvador está aí há 20 anos construindo um metrô de seis quilômetros e ainda não acabou”, afirmou o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha.

Desde que a EBTU foi extinta, em 1991, a responsabilidade pelo transporte urbano nas cidades brasileiras passou às mãos dos respectivos prefeitos. Mas o problema da falta de continuidade a cada troca de governo e o baixo investimento em logística e infraestrutura impedem que a mobilidade avance. 

Para se ter uma ideia, a frota veicular do Brasil cresceu 107% entre 2002 e 2012, saltando de 35,5 milhões de veículos para 73,7 milhões. “Não houve investimento razoável na infraestrutura dos grandes centros. Se a infraestrutura aumentou, foi 5%”, apontou José Antônio Martins, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) e executivo da Marcopolo.

Ar-condicionado 
Em Salvador, a expectativa é que a renovação da frota ajude a dar maior fluidez ao trânsito. Mas isso poderá impactar na tarifa, segundo Aleluia. As linhas serão reordenadas e 300 linhas tronco terão ar-condicionado. As demais, ventilação forçada.

Todos os novos ônibus funcionarão com motor no padrão Euro 5, menos poluente, e terão acessibilidade, o que significa mais eficiência e menos poluição. O Plano de Mobilidade Urbana também está em andamento e deverá ter como ponto de partida o plano para a Copa do Mundo. Ainda esta semana, as entidades da sociedade civil receberão convites para a formação do Conselho de Transportes.

Soluções 
Se muitas capitais brasileiras adotam mais de um modal de transporte público e ainda têm sérios problemas de mobilidade, Salvador, que conta apenas com os ônibus, passa por dificuldades ainda maiores. Durante o Seminário Nacional NTU 2013 & Transpúblico, realizado em São Paulo entre 3 e 5 de julho, o CORREIO conversou com especialistas em busca de soluções para a mobilidade urbana em Salvador.

Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Salvador ainda tem muito a investir em ônibus, mas não descarta a necessidade de colocar o metrô para funcionar. 

“Primeiro, Salvador tem um problema adicional que é a geografia, a topografia não é fácil. Segundo, vocês vão ter que investir em ônibus por muito tempo. Terceiro, tem que investir em metrô”, disse.

Brasiliense ressaltou que a capital baiana precisa fazer o “dever de casa” e que o problema da cidade não é tecnológico ou financeiro. “Vai ter que caprichar nos projetos, torcer para não eleger péssimos administradores, porque começam um projeto e os seguintes param”, alertou. 

O engenheiro acredita que o metrô pode ser a solução, desde que esteja interligado a todo o projeto. “Salvador tem pessoal técnico qualificado, deve estar tendo algum outro problema”.

Obstáculos   
O presidente da NTU, Otávio Cunha, também aposta no transporte de superfície como a alternativa mais rápida e mais barata. Segundo ele, é preciso ter corredores com vias segregadas, acessibilidade universal, passagem pré-paga, embarque livre para dar velocidade à viagem.

Cunha também acredita que é preciso democratizar o espaço urbano, dando preferência aos ônibus, além de incentivar o uso do transporte coletivo e investir em soluções político-administrativas. 

“A lei de mobilidade já recomenda a prioridade no transporte. O prefeito pode criar obstáculos e restrições ao transporte individual em algumas áreas da cidade. Esse é o grande problema de cidades mais antigas, como Salvador, Recife, São Luiz, onde as ruas são estreitas”.

O secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, disse que obstáculos serão criados. “Quando reduzimos a quantidade de estacionamentos na cidade, estamos fazendo isso. O estacionamento é um pedágio de fim de linha”, declarou.

A criação recente de faixas e vias exclusivas para ônibus e  alterações pontuais no tráfego em alguns pontos da cidade, como a Avenida Octávio Mangabeira e a Magalhães Neto, que costumam congestionar em horários de pico, são um bom começo. Mas, para o presidente da Fabus e executivo da Marcopolo, José Antônio Martins, é preciso fazer mais.

“Salvador precisa abrir  e criar corredores exclusivos de ônibus”, apontou. Em curto e médio prazos, essa é, na opinião de Martins, a melhor solução logística e de infraestrutura para uma cidade que possui apenas um modal, além dos trens do Subúrbio, que atendem a um trecho limitado da cidade.

BRT: projetos atrasam e até montadoras reclamam

Fabricantes de ônibus articulados no Brasil terão produção aquém da esperada este ano com relação aos veículos para operar no sistema BRT. 

De acordo com executivos das montadoras Volvo, Scania e Marcopolo, a expectativa de ter o sistema implantado, até o final deste ano, em cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Natal, Recife e Salvador não deverá sair do papel por conta da falta de infraestrutura das cidades para receber o modelo. 

“O projeto do BRT está atrasado e a venda de pesados está quase estagnada”, disse o gerente comercial da Volvo na América Latina, Euclides de Castro. Para ele, se o quadro continuar o mesmo, até o final do ano, o sistema estará longe de ser implantado na maioria das cidades. “Rio de Janeiro está mais avançado, o próximo é Brasília, mas Salvador parou. Eles não se decidiram se pelo metrô ou BRT e eu não acredito que nenhum dos dois estará operando até lá”, completou, se referindo à Copa do Mundo de 2014.

O gerente de Marketing da Scania, Marcio Furlan, disse que os projetos têm evoluído, mas a parte prática, com exceção de Rio de Janeiro e Brasília, não tem avançado. “Efetivamente, o BRT só se consagrou no Rio de Janeiro.  A maioria está atrasada”, afirmou.

Apesar disso, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), José Antônio Martins, garantiu que a indústria está preparada para a demanda que surgir, com possibilidade de entrega dos veículos em um prazo de 60 dias. No entanto, não é possível implementar o sistema sem infraestrutura urbana nas cidades. “Não houve um investimento razoável na infraestrutura dos grandes centros. Na  maioria, os investimentos ficaram para trás. O governo federal tem planos, o problema é que esses planos não saem do papel por questões burocráticas”. 

Clarissa Pacheco, de São Paulo. A repórter viajou a convite da NTU.


8 Medidas Para a Melhoria do Transporte Público Coletivo Urbano no Brasil

1 Prioridade de circulação para o transporte coletivo nas vias urbanas sobre o transporte individual 
motorizado;

2  Elaboração imediata dos planos diretores e dos planos de mobilidade urbana por todos os municípios obrigados pela legislação, a serem construídos com a participação de representantes da sociedade civil organizada;

3 Continuidade dos investimentos federais, estaduais e municipais na infraestrutura para a mobilidade urbana;

4  Implantação de redes de transportes modernas, integradas, multimodais, racionais e de alto desempenho;

5  Implantação de uma política de mobilidade, construída com a participação efetiva da sociedade, com representantes nos conselhos municipais de transporte, estabelecendo qual o nível de serviço de transporte público que se deseja oferecer a todos os cidadãos e quanto isto vai custar ao passageiro (tarifa) e quanto vai custar ao governo (subsídio);

6  Desoneração dos tributos municipais, estaduais e federal que pesam sobre o setor de transporte público;

7  Subsídio com recursos públicos às gratuidades que oneram a tarifa paga pelos usuários;

8  Subsídio ao serviço, a ser pago por meio de um fundo com recursos dos combustíveis, distribuído aos municípios de forma proporcional à população.

Por Clarissa Pacheco e Perla Ribeiro
Informações: correio24horas.com.br

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PAC 2 selecionou 63 empreendimentos de mobilidade urbana este ano

terça-feira, 11 de junho de 2013

Desde o início do ano, a segunda edição do Programa  de Aceleração do Crescimento (PAC 2) selecionou 63 novos empreendimentos na área de mobilidade urbana. Com essas novas obras e uma previsão de R$ 8 bilhões em investimentos, a expectativa é beneficiar 59 municípios com população entre 250 mil e 700 mil habitantes.

O governo já previa R$ 52 bilhões a serem investidos na construção de metrôs, monotrilhos, automóveis, trens urbanos, veículos leves sobre trilhos (VLTs), BRT (sigla em inglês para trânsito rápido de ônibus) e corredores de ônibus.

Há atualmente no país, 15 obras de BRTs em andamento, 13 de corredores de ônibus, quatro metrôs, dois monotrilhos, um trem urbano e dois VLTs, que beneficiarão capitais e grandes cidades brasileiras como Belo Horizonte, Belém, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Foram concluídas as obras de modernização da Linha Oeste do metrô de Fortaleza; o trem Calçada Paripe, em Salvador; e as estações Santo Afonso e Rio dos Sinos, que ligam por meio de trens urbanos os municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

O sétimo balanço do PAC acrescenta que estão sendo investidos R$ 1,5 bilhão em pavimentação e melhoria de vias. Desse total, 86% já se encontram em fase de execução.

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BRT Transoeste tem 93% de satisfação dos usuários

sábado, 25 de maio de 2013

O serviço de transporte TransOeste tem 93% de clientes satisfeitos, segundo pesquisa divulgada na quinta-feira pelo Consórcio BRT. Realizada pelo Instituto Insider, o estudo ouviu cerca de 2 mil pessoas de 15 a 64 anos, que deram uma nota média de 7,64, em uma escala de 0 a 10. De acordo com o levantamento, o aspecto mais bem avaliado foi a rapidez da viagem, com índice de 76% de satisfação.

"O principal atributo, da rapidez, está demonstrando grande consistência. Tem sido feito um trabalho diário de ajuste do serviço e na frequência dos ônibus, o que nos permite atingir plenamente os resultados", analisou o gerente-geral do consórcio, Alexandre Castro.

De acordo com Castro, os esforços agora estão voltados para melhorar o conforto dentro dos ônibus articulados, já que o BRT passou a ser um transporte de massa que, muitas vezes, supera as linhas de ônibus convencionais, em termos de volume de passageiros. Atualmente, o sistema registra uma média de 100 mil passageiros por dia.
A pesquisa mostrou ainda que 18% das pessoas acreditam que o uso da pista exclusiva do BRT foi benéfico para o trânsito da região onde circula. Em um questionamento específico, os passageiros relataram que tiveram redução de até 34 minutos por viagem, em média, quando comparado ao serviço regular de ônibus.

A pesquisa também mostrou que 72% dos passageiros conhecem mais o meio de transporte pelo nome BRT do que pelo apelido escolhido - Ligeirão. Com isso, a concessionária criou uma nova logomarca e o serviço passará a ser denominado como BRT TransOeste. O mesmo ocorrerá com os próximos corredores atualmente em construção, como o Transcarioca, Transbrasil e Transolímpico.

Castro explicou ainda que, à medida em que for sendo adotada a nova nomenclatura, o termo Ligeirão vai desaparecendo da comunicação visual do BRT. "Ainda assim, trata-se de um apelido escolhido por meio de uma pesquisa popular. Por isso, o nome Ligeirão nunca desaparecerá", avalia Castro.

Lançamento

A partir de sábado, começa a operar o serviço expresso Mato Alto-Alvorada, que fará o trajeto entre a localidade de Mato Alto, em Pedra de Guaratiba, até o terminal Avorada, na Barra da Tijuca, com saídas a cada 10 minutos.

De acordo com o Consórcio BRT, o objetivo é proporcionar maior agilidade no período de maior movimentação de passageiros, bem como beneficiar quem embarcar ou tiver como destino as estações Ilha de Guaratiba, Recreio Shopping, Gláucio Gil e Salvador Allende, onde o serviço expresso fará paradas. O serviço funcionará de 5h30 às 8h30.

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Prefeitura de Porto Alegre divulga situação das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014

quarta-feira, 6 de março de 2013

A Prefeitura de Porto Alegre divulgou nesta terça-feira (5) a situação das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014. As nove melhorias previstas estão em andamento, e também foi construída uma central para o monitoramento do trânsito. Segundo a administração municipal, a verba prevista aumentou de R$ 423,7 milhões previstos em 2010 para cerca de R$ 888 milhões, possibilitando algumas alterações.

Os corredores de ônibus pelo sistema Bus Rapid Transit (BRT) serão mais extensos que o inicialmente previsto, e novos terminais de ônibus serão construídos. O aumento na verba também viabilizou que a Avenida Moab Caldas, a Tronco, seja adaptada para o sistema.

O projeto do viaduto da Avenida Bento Gonçalves também foi aperfeiçoado, sendo preparado para receber a estação do Metrô. O secretário de Gestão, Urbano Schmitt, reconheceu que parte das construções causam transtornos, mas destacou a importância das mudanças na cidade.

“Ninguém gosta dos transtornos causados pelas obras, mas quando estiverem prontas, Porto Alegre terá inúmeras vantagens”, disse Schmitt. “O transporte público, por exemplo, será mais rápido e oferecerá mais segurança e conforto. A cidade terá belas avenidas e tratamento paisagístico diferenciado”, acrescentou.

Confira a situação das obras

1 - Avenida Tronco
Avenida Tronco terá corredor de ônibus e ciclovia (Foto: Divulgação/PMPA)
Um dos principais entraves para o início das obras na Avenida Moab Caldas era a desapropriação das residências à margem da via. Segundo a prefeitura, após a realização de 25 assembleias com a comunidade, e a constituição de um comitê de trabalho com lideranças locais eleitas pela população, o município adquiriu 43 áreas, localizadas em um raio de dois quilômetros da avenida para a construção de 1,5 mil habitações. Outras 332 famílias optaram por receber um bônus de cerca de R$ 52,3 mil. As empresas selecionadas para o programa estão em fase de contratação.

Residências serão desapropriadas na Avenida Tronco (Foto: Jessica Mello/G1)
A obra prevê a duplicação da via nos dois sentidos, a construção de uma ciclovia e de um corredor de ônibus. A avenida será uma alternativa para o deslocamento na Zona Sul da cidade. Quatro trechos estão em andamento.
Valor da obra: R$ 156 milhões

2 - BRT Protásio Alves
Situação: em andamento.
Cinco trechos da obra estão em andamento: entre as ruas São Simão e Teixeira Mendes; São Mateus e Cristiano Fischer; Lucas de Oliveira e Amélia Telles; São Manoel e Ramiro Barcelos; Ramiro Barcelos e João Telles. Como consequência, o cruzamento da Avenida Osvaldo Aranha com a rua Fernandes Vieira está bloqueado. O desvio é feito pelas ruas Vasco da Gama, Irmão José Otão e Santo Antônio. A rua Santo Antônio é a principal alternativa para atravessar a Osvaldo Aranha.
Valor: R$ 77,9 milhões

3 - BRT Padre Cacique e João Pessoa

O corredor de ônibus da Avenida João Pessoa está sendo readequado entre a Avenida Azenha e a Rua André da Rocha, em 3,2 quilômetros. A obra deverá ficar pronta em setembro deste ano, diz a prefeitura. No momento estão em obras os trechos entre a Avenida Venâncio Aires e Rua Otávio Correa. Na Azenha, entre a Praça Piratini e rua Professor Freitas de Castro. Não há desvios de trânsito.
Valor: R$ 64,5 milhões

A Avenida Padre Cacique terá um corredor duplo de 2,1 km no trecho compreendido entre a Avenida José de Alencar e o viaduto da Pinheiro Borda, e de 2,6 km de corredor simples, do viaduto à Avenida Chuí. As obras devem iniciar na próxima semana, e a previsão de conclusão é para abril de 2014. Desvios serão feitos pela Avenida Edvaldo Pereira Paiva.
Valor: R$ 51,6 milhões

Estação de BRT conforme projeto em andamento em Porto Alegre (Foto: Divulgação/PMPA)

4 - BRT Bento Gonçalves e Terminal Antônio Carvalho
Situação: em andamento.
A Avenida Bento Gonçalves também terá um terminal de BRT, em uma extensão de 6,5 quilômetros, com 24 estações. Um novo terminal também será construído na Avenida Antônio de Carvalho. A obra deverá estar pronta em agosto de 2013.

A construção de um viaduto sob a Avenida Bento Gonçalves, entre as avenidas Salvador França e Aparício Borges, causa reflexos no trânsito. O desvio no sentido Sul-Norte é feito pela Aparício Borges, Veiga, Guedes da Luz, Bento Gonçalves, Guilherme Alves, Felizardo e Salvador França. Já na direção contrária, os condutores de veículos devem acessar Salvador França, Valparaiso, Barão do Amazonas, Bento Gonçalves, Doze de Outubro, Mário de Artagão e Aparício Borges.
Valor: R$ 52,7 milhões

5 - Duplicação da Rua Voluntários da Pátria
A Rua Voluntários da Pátria, no Centro de Porto Alegre, terá 3,5 km de extensão duplicados, entre a Rua da Conceição e a Avenida Sertório, e ganhará um terminal de ônibus junto à estação São Pedro do Trensurb, o trem que liga Porto Alegre à Região Metropolitana.
A primeira etapa, que compreende 2,5 km entre a Rua da Conceição e a Avenida Sertório, teve início em agosto de 2012, e deve ser concluída um ano depois. O trecho restante está em fase de licitação.
Valor: R$ 64,5 milhões

6 - Complexo da Rodoviária
A Rodoviária de Porto Alegre fica no Centro da cidade, o que causa um grande congestionamento no local. Para aliviar o tráfego no entorno do complexo, um viaduto está sendo construído sobre a Rua da Conceição, ligando a Avenida Júlio de Castilhos à Castelo Branco. A obra prevê também uma estação de ônibus com acesso subterrâneo, e deverá estar pronta no final de 2013.
Valor: R$ 31,5 milhões.

7 - Implantação de cinco obras na Terceira Perimetral
O corredor da Terceira Perimetral, que liga as zonas Norte e Sul de Porto Alegre, terá cinco passagens subterrâneas e dois viadutos ao longo dos 12,3 quilômetros de extensão. O objetivo é fazer uma ligação entre o Beira-Rio e o Aeroporto Salgado Filho sem passar pela Região Central. Segundo a prefeitura, as obras devem estar prontas em 2014.

Estão em construção as passagens subterrâneas da Rua Anita Garibaldi e das avenidas Ceará e Cristóvão Colombo, além do viaduto da Avenida Bento Gonçalves. Já passagem subterrânea entre as avenidas Carlos Gomes e Plínio Brasil Milano está em fase de licitação.
Valor: R$ 194,1 milhões.

8 - Duplicação da Avenida Beira-Rio
A Avenida Edvaldo Pereira Paiva, a Beira-Rio, que liga o Centro à Zona Sul passando pelo Estádio Beira-Rio, ganhará três novas faixas nos 5,8 quilômetros entre a Usina do Gasômetro, ponto turístico na orla do Guaíba, e o viaduto da Pinheiro Borda. Uma ponte sobre o Arroio Dilúvio foi construída como parte da obra. Outro viaduto, já em construção, ligará a Avenida Pinheiro Borda à Edvaldo Pereira Paiva, sobre a Padre Cacique.
Valor: R$ 119,2 milhões

9 - Prolongamento da Avenida Severo Dullius
Situação: em andamento
É na Avenida Severo Dulluis que fica o Aeroporto Salgado Filho. O objetivo do prolongamento é facilitar o acesso da Zona Norte aos dois terminais. Para isso, a via será estendida em 2,4 quilômetros. Além das três pistas, será feita a calçada, com iluminação, e a canalização de esgoto pluvial. Parte da obra foi concluída como medida compensatória por uma rede de supermercados.
Valor: R$ 83 milhões

10 - Monitoramento dos três corredores
Além das obras nas vias, foi concluído um centro de monitoramento do tráfego, para que técnicos da EPTC controlem o fluxo nos corredores de ônibus da Avenida Tronco, da Avenida Padre Cacique e da Terceira Perimetral. Além de acompanhar o tráfego em um circuito interno de televisão, os técnicos poderão também controlar os semáforos conforme as necessidades do tráfego.
Valor: R$ 14,4 milhões

READ MORE - Prefeitura de Porto Alegre divulga situação das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014

Investimentos em mobilidade urbana para a Copa diminuem R$ 3 bilhões em um ano

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Os investimentos previstos em mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014 diminuíram R$ 3 bilhões em relação à previsão inicial da Matriz de Responsabilidades da Copa, documento que estabelece os compromissos da União, estados e municípios com ações referentes ao evento.

Na Matriz inicial, de 2010, R$ 11,9 bilhões estavam previstos para serem investidos em projetos de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede do Mundial. De acordo com as últimas atualizações do Portal da Transparência, a previsão atual de investimentos caiu para R$ 8,9 bilhões.
Veículo Leve sobre Trilhos em Brasília estão entre as obras excluídas
A diminuição pode ser explicada tendo em vista que, apenas em 2012, seis grandes obras foram retiradas da Matriz de Responsabilidades. Estes empreendimentos estavam orçados em R$ 4,7 bilhões e equivaliam na época a 38% dos investimentos totais em mobilidade urbana – que eram de R$ 12,3 bilhões no início do ano passado. Os dados foram obtidos por meio de um levantamento no Portal da Copa.

Veja tabela das obras aqui.

A construção do Veículo Leve sobre Trilhos em Brasília, do monotrilho de São Paulo, do corredor exclusivo para ônibus em Salvador e do corredor metropolitano em Curitiba estão entre as obras excluídas da Matriz. Em Manaus, foram retiradas a construção do corredor exclusivo para ônibus e do monotrilho, tornando a cidade a única das sedes que não receberá obras em mobilidade urbana.

As obras de mobilidade urbana nas cidades que receberão os jogos da Copa e estão previstas na Matriz de Responsabilidades possuem linha de crédito especial da Caixa Econômica Federal. Como o documento prevê que apenas empreendimentos que ficarem prontos até o início do Mundial podem receber recursos da Caixa, a retirada pode ser vista como uma manobra dos governos estaduais para as obras não ficarem sem o financiamento da União. Sendo assim, os governos podem pedir outra linha de financiamento ao Ministério do Planejamento, como os recursos do PAC Mobilidade.

Embora outras sete ações tenham sido incluídas na Matriz em 2012, o valor previsto para a execução destas é bem menor do que o montante que as obras retiradas representariam nos investimentos em mobilidade urbana. Juntas, conforme mostrado na tabela acima, elas somam R$ 641 milhões ao orçamento.

As obras de mobilidade urbana, juntamente com os aeroportos, são consideradas os principais legados que serão deixados aos brasileiros após a realização do Mundial. Em relatório de dezembro, o Tribunal de Contas da União observou que há morosidade na elaboração dos projetos e na contratação por parte dos entes federados responsáveis pelos empreendimentos.

Principais obras em mobilidade urbana

Corredor Exclusivo de Ônibus - São espaços viários delimitados, destinados prioritariamente à circulação de transporte público urbano, com ônibus operando em faixas preferenciais no nível da superfície. O planejamento para a Copa do Mundo de 2014 prevê a implementação de vários corredores exclusivos de ônibus nas cidades-sede, com destaque para as cidades de Cuiabá, Natal e Porto Alegre.

BRT (Bus Rapid Transit) – Traduzido como Linha de Ônibus Rápida, o BRT é um transporte coletivo sobre pneus, rápido, flexível e de alto desempenho. O conceito evoluiu a partir dos corredores exclusivos para ônibus, como alternativa ao metrô.

Além de segregar o tráfego geral e impor medidas de prioridade na circulação, o que facilita o trânsito das pessoas, o BRT também proporciona redução dos tempos de embarque e desembarque de passageiros, por ser composto de veículos com grande número de portas e de plataformas niveladas ao piso do ônibus. Outras vantagens são o pagamento fora do veículo, as estações fechadas e seguras e os mapas de informação em tempo real. Serão implantados BRTs nas seguintes cidades-sede: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Veículo Leve sobre Trilhos - O VLT é um trem urbano de passageiros, cujo tamanho permite que sua estrutura de trilhos seja construída no meio urbano existente. Embora possua menor capacidade para transportar passageiros e velocidade inferior a dos trens de metrô, o VLT produz menos poluição e menor intensidade de ruído. Está prevista a construção e a operação dos seguintes VLTs até o início do Mundial: VLT Cuiabá/ Várzea Grande, no Mato Grosso e VLT Parangaba/Mucuripe, em Fortaleza (CE). Os VLTs terão capacidade de 20 mil passageiros/hora e percorrerão mais de 35 km.

Metrô – Estão previstos investimentos em estações e terminais de metrô nas cidades-sede de Fortaleza e Recife. O metrô tem elevada capacidade de passageiros, atinge alta velocidade e possui um curto intervalo de tempo entre embarque e desembarque.

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Obras de mobilidade urbana para Copa em Salvador têm prazos incertos

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A mobilidade urbana em Salvador é um problema crônico e que leva a um gargalo atualmente insuperável na cidade. Com a confirmação de que a capital baiana sediaria a Copa de 2014, houve grande esperança por parte da população de que obras e recursos pudessem enfim livrar a cidade dos enormes engarrafamentos e melhorassem seu sistema de transporte de baixa qualidade. Hoje, quem não tem carro em Salvador está servido unicamente de ônibus para se movimentar pela cidade.

A frota de ônibus de Salvador gira em torno atualmente de 2.450 ônibus, auxiliados por 290 veículos que integram o Sistema de Transporte Complementar. Entretanto, a passagem de R$ 2,80 é criticada por usuários e entidades civis devido à frota mal distribuída entre os bairros e com veículos antigos e desconfortáveis. Além disso, os coletivos seguem por ruas malcuidadas e frequentemente engarrafadas a qualquer hora do dia. Com isso, a melhor opção segue sendo tomar um táxi, cuja bandeirada inicial custa R$ 3,75 e o quilômetro rodado em R$ 1,85 na bandeira 1 e R$ 2,59 na bandeira 2. É o táxi mais caro entre as capitais do Nordeste, mas com um custo nacional apenas mediano.

A falta de entendimento entre os entes públicos causa grande desconfiança de que as intervenções prometidas sejam de fato efetivadas e entregues aos moradores. De todas estas obras, a mais polêmica, esperada e que poderia começar a sinalizar uma transformação radical na forma de encarar o transporte de massa na cidade é a do metrô de Salvador. Porém, após mais de 12 anos de iniciada, a construção do modal jamais chegou ao seu final e ainda teve o trecho original, de 12 quilômetros, reduzido à metade. Atualmente, a linha já erguida liga a Estação da Lapa – a maior da cidade – à movimentada Rótula do Abacaxi, mas não funciona. O trecho adicional deveria seguir até a Estação Pirajá e desobstruir o quase caótico trânsito da BR-324, mas somente as estruturas elevadas ficaram prontas, sem trilhos nem estações.

A ideia do governo do estado é usar verba federal para terminar e colocar em operação o primeiros seis quilômetros e, logo após, efetuar as obras de uma segunda linha, da Rótula até o aeroporto, com extensão de 24 quilômetros atravessando toda a avenida Paralela, uma das mais importantes da cidade. Além disso, o governo estadual também propôs construir paralela à nova linha corredores para BRT, o que resultaria em grande alívio do trânsito da Paralela, atualmente sufocado durante qualquer período do dia. Por fim, há a promessa de revitalizar os trens do Subúrbio Ferroviário e também implementar ciclovias em torno do estádio.
O projeto ainda está em fase de licitação e, caso seja aprovado, deverá ter obras iniciadas em 2013 e encerradas somente em 2016, dois anos depois da Copa. O custo foi fixado em R$ 3,5 bilhões com parceria entre governo e entes privados. A própria Linha 1, de seis quilômetros, não estará disponível a baianos e turistas na época do evento. Apesar de já ter trilhos, trens e ter passado por fase de testes, ainda não há os últimos recursos disponíveis para, enfim, liberar o transporte aos moradores de Salvador. Por conta de indefinições políticas, ainda é impossível determinar quando e como o modal será enfim inaugurado e integrado à vida da população.

Assim, a estratégia dos organizadores locais é, em última análise, trabalhar com o improviso. Há propostas de explorar sistemas de transporte alternativos, como ônibus especiais, reforço da frota de coletivos comum. O trade turístico entraria na questão oferecendo pacotes de traslado de hóspedes de hotéis até o estádio. Para facilitar este processo, haverá decreto de feriados em todos os dias de partidas na cidade, o que, esperam os gestores, diminua o trânsito em toda a cidade e facilite o caminho para quem vai à Fonte Nova.
Ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador
As únicas duas obras relativas aos esforços da Copa em andamento atualmente são a ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador e a reforma do porto da cidade. Classificada como satisfatória em termos de prazos, a intervenção no terminal aéreo visa reforma e adequação do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves, além de construção de nova torre de controle. Todas as etapas deverão ser entregues no período entre agosto e dezembro de 2013.

Já no porto, uma intervenção longamente acalentada pelo trade turístico, o trabalho teve início no meio do ano. A intenção é transformar dois antigos armazéns em terminais turísticos e de passageiros, o que trará ao local atrações como restaurantes, galerias de exposição, casas de shows e outros equipamentos a serem usados por baianos e turistas. O estado aplicará verba federal de cerca de R$ 36 milhões, com fim das obras previsto para maio, coincidindo com o aniversário de 100 anos do terminal. 

Outra obra que, apesar de não ter sido iniciada, tem previsão de entrega para este ano é a das ciclovias da cidade. O projeto, chamado “Cidade Bicicleta”, prevê construir oito quilômetros de pista cicloviária no entorno da Arena Fonte Nova e 14 quilômetros no percurso do Centro até a orla, a área de Itapagipe (situada na Cidade Baixa) e o Centro Antigo. Este projeto, de execução considerada simples, seria entregue já para a Copa das Confederações e estaria também entre os planos de mobilidade como teste para a Copa do Mundo, integrando os sistemas já disponíveis.

Plano Diretor, a grande polêmica
Em Salvador, a grande polêmica que envolve a organização da Copa do Mundo é relativa a uma série de concessões institucionais às empresas da construção civil listadas na tentativa de aprovação de um novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Como as alterações visam a mudanças de regras para exploração financeira no período da copa, a matéria passou a ser popularmente conhecida como PDDU da Copa.

O conjunto de propostas inclui alterações de exploração do espaço no entorno da Arena Fonte Nova para a construção de novos estacionamentos e estabelecimentos comerciais. A região, considerada histórica, tem uma série de edifícios tombados e, assim, muitos poderiam ser derrubados para dar lugar a novos centros comerciais. Mas a grande polêmica está em relação às concessões para construção de novos empreendimentos em diversas áreas da cidade, em especial a Orla Marítima.

Segundo o projeto, haverá mudanças nas regras que podem liberar o gabarito da região, o que, na avaliação dos ambientalistas, provocará o inapelável sombreamento da orla da cidade, nos moldes da região da praia de Boa Viagem, em Recife. A prefeitura de Salvador não obedeceu o trâmite legal da votação do projeto e não realizou a série necessária de audiências púbicas, além de não colocar à disposição o projeto na íntegra para apreciação da população, apostando no envio da matéria para a Câmara de Vereadores. Assim, o PDDU da Copa foi travado pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MP-BA) e assim permanece desde o ano passado.

Para tentar aprovar as medidas, os vereadores de Salvador transferiram os pontos questionados do PDDU da Copa para a votação de outro projeto, o da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos), de caráter similar. A Louos original foi votada no final do exercício legislativo de 2011 em uma sessão extraordinária no dia 27 de dezembro, novamente sem o cumprimento do trâmite legal, e sancionada pelo prefeito João Henrique no início de janeiro de 2012.

Para que as matérias do PDDU da Copa vingassem na Louos, uma nova votação deveria ser feita, mas novamente o MP questionou na Justiça os méritos e a própria aplicação da Louos foi suspensa pela Justiça no meio do ano. Os vereadores de Salvador prometeram e votaram os aditivos da lei no final do ano mesmo com protestos de políticos e entes jurídicos de toda a cidade alegando que a discussão deveria ser transferida para a próxima legislatura.

O ambientalista e vereador eleito pelo PV Marcell Moraes analisa a situação e afirma que a votação da matéria é uma “afronta à população”. “Houve uma renovação de 56% na Câmara de Vereadores de Salvador, o que indica que a cidade quer um outro perfil de legisladores. Até por respeito a esta decisão, a Câmara atual e o prefeito deveriam esperar mais 15 dias para que os novos vereadores assumam e que esta proposta possa ser debatida pela sociedade. Já chega, em Salvador, de votações no apagar das luzes do fim do ano”, criticou Moraes.

Mesmo assim, a polêmica matéria foi votada na noite do último dia 12 de dezembro. Na ocasião, o PDDU da Copa teve sete emendas para facilitar a construção durante o período do mundial e o texto dos adendos foi arbitrariamente escondido da oposição, minoria na Casa até então. O texto final era desconhecido de todos os vereadores. No final do pleito, apenas os parlamentares Olívia Santana (PcdoB), Aladilce Souza (PCdoB), os petistas Gilmar Santiago, Marta Rodrigues e Vânia Galvão, além de Andréa Mendonça (PV) e Heber Santana (PSC) foram contrários às medidas.

Como havia prometido ao longo de 2012, a promotora de Justiça Rita Tourinho foi à Justiça exigindo a anulação da votação ocorrida no apagar das luzes da última legislatura. Segundo ela, as decisões comprometem diversas administrações além da última e dá aos construtores poder para ignorar regulamentações ambientais. “O mínimo que se deve fazer é uma discussão ampla com a sociedade. O prefeito tem legitimidade até o último dia de mandato, mas há, neste caso, um aspecto moral. O correto seria deixar essas questões para o administrador seguinte. As mudanças só beneficiam o empresariado”, ponderou.

Por: Lucas Esteves
Informações: Rede Brasil Atual
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