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Volvo vende mais 155 ônibus para a Colômbia

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O sistema de transporte público BRT Transmilênio de Bogotá, capital da Colômbia, terá mais 155 ônibus Volvo, dos quais serão 72 articulados e os demais 83 biarticulados, avaliados em US$ 28 milhões. Os veículos fazem parte do planejamento da cidade em ampliar os corredores do Sistema Integrado de Transporte Público (Sitp) com a abertura de cinco novas estações de embarque e desembarque e a extensão do sistema para outras cidades da região metropolitana.

“Um sistema de transporte urbano de qualidade é prioridade para os gestores públicos de Bogotá. Além de decidirem colocar em circulação veículos mais amigáveis com o meio ambiente, como os nossos híbridos, há um planejamento para a expansão dos corredores do BRT da cidade”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America. 

Adquiridos pelo Consórcio Express (60 biarticulados e 52 articulados) e pela Gmovil (23 biarticulados e 20 articulados), os veículos articulados têm 18,5 metros de comprimento e capacidade para 160 passageiros, enquanto os biarticulados têm 27 metros e transportam 250 passageiros. Eles são equipados com caixa de transmissão automática, freio a disco e EBS, sistema de controle eletrônico de estabilidade. 

“A alta capacidade de transporte dos veículos garante mais eficiência e qualidade ao sistema, reduz o custo por passageiro transportado e diminui a emissão de poluentes”, destaca Alexandre Selski, gerente de ônibus da Volvo Bus Latin América na Colômbia. 

Os ônibus também trazem o controle de aceleração inteligente, tecnologia que permite reduzir o consumo de combustível ao utilizar somente a potência necessária durante arranques e retomadas de velocidade.

Informações: automotivebusiness.com.br
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No Recife, Google Transit da informações sobre horários e rotas do transporte público

terça-feira, 22 de abril de 2014

Até o início do ano, os passageiros da Região Metropolitana do Recife eram completamente órfãos de qualquer tecnologia de informação sobre horários e rotas do transporte público. Em fevereiro passado, ganharam o aplicativo Cittabus, acessível para mais de dois mil ônibus e dez empresas. A partir desta quarta-feira (16/4), contam com mais um serviço: o Google Transit, nova ferramenta que permite aos usuários encontrar informações de acordo com sua localização. O Google Transit está sendo lançado de olho na Copa do Mundo, simultaneamente em outras cinco cidades: Manaus (AM), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Natal (RN) e Salvador (BA).

A nova ferramenta pode ser acessada pelo Google Maps (www.google.com.br/maps), sem exigência de um novo aplicativo a ser baixado nos celulares ou computadores. É acessível tanto para Android quanto IOS. Há informações sobre as linhas de ônibus, rotas, horários de partida e chegada, quantidade de paradas, distâncias e valor da tarifa cobrada. Inclui informações não só do sistema de ônibus, mas também do metrô. Em Recife, o Google Transit vai disponibilizar informações sobre 4.289 pontos, 398 rotas de ônibus e as três do metrô (Linha Centro, com os ramais Jaboatão e Camaragibe, e a Linha Sul).

A estratégia do Google é oferecer o serviço em todas as 12 capitais que sediarão jogos da Copa do Mundo. Além do Recife e das cinco cidades que passam a ter acesso a partir de hoje, o Google Transit está presente no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e em outros dez municípios brasileiros. “É um serviço que queremos deixar disponível para o turista durante a Copa do Mundo. É uma ferramenta que irá ajudá-lo bastante. No Google Maps já disponibilizamos simulações de rotas de carro e a pé. Agora ele terá mais uma opção. São rotas indicadas de forma rápida e prática. E, depois dos jogos, é um dispositivo que ficará para a cidade”, explica o diretor de novos negócios do Google no Brasil, Alessandro Germano.

A única desvantagem da ferramenta é que as informações não são em tempo real. Foram coletadas tendo como base a programação oficial dos gestores dos sistemas: o Grande Recife Consórcio de Transporte e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). No caso do transporte por ônibus, é provável que os horários previstos não coincidam com a prática já que a programação raramente é cumprida devido à falta de prioridade para os coletivos nas ruas, presos nos congestionamentos diários. “Mas mesmo assim o usuário terá uma informação precisa de caminhos a serem seguidos. Também contamos com a participação da população para acrescentar informações e fazer correções sobre rotas”, argumenta o diretor.

CITTABUS JÁ EM DEZ EMPRESAS DE ÔNIBUS

O Cittabus, aplicativo que informa o horário dos ônibus que circulam no Grande Recife em tempo real, já pode ser utilizado por passageiros de dez das 17 empresas que operam o sistema metropolitano. A Borborema, uma das maiores do sistema, deverá estar aderindo à tecnologia na segunda semana de maio. Já são mais de 52 mil downloads desde que o serviço entrou no ar, em fevereiro passado. O sistema ainda está limitado aos dispositivos móveis Android, devendo alcançar o IOS em junho.

Além da tecnologia desenvolvida pela empresa Cittati, o Recife também conta com mais uma empresa do setor: a Transdata Smart, que abriu filial na capital pernambucana e está oferecendo o sistema ITS Informativo, que permite ao usuário pesquisar linhas, os horários das viagens e seus pontos de parada, além de informar a previsão de chegada do ônibus nos pontos e a acompanhar, via celular, a localização de cada veículo no mapa.

Finalizando as opções de serviços de informação sobre o transporte público, o sistema oficial do governo de Pernambuco, que está sendo desenvolvido pela empresa espanhola Etra, a mesma que faz o monitoramento do Transmilênio, de Bogotá. A Etra venceu a licitação realizada pela segunda vez pelo Estado e deverá estar oferecendo, gradualmente, o serviço para os passageiros a partir de julho. A oferta, entretanto, começará em apenas 5% da frota, o equivalente a 150 ônibus. A expectativa é de que comece pelos veículos BRT.

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Volvo entrega 379 ônibus a Bogotá, Colômbia

terça-feira, 15 de abril de 2014

No primeiro trimestre de 2014 a Volvo entregou 379 ônibus para o sistema de transporte de Bogotá, Colômbia. Duzentas unidades híbridas e 179 convencionais vão operar integradas ao Transmilênio, sistema BRT da cidade.

A Volvo está presente em Bogotá desde o início do projeto do Transmilênio, em 2001. A empresa detém mais de 65% do segmento de ônibus urbanos em Bogotá, com modelos articulados, biarticulados e alimentadores. Os contratos com a Volvo incluem treinamento frequente de motoristas, sistema de telemetria, para acompanhamento dos ônibus em tempo real, e atendimento nas garagens dos clientes.

Segundo a Volvo, todos os híbridos vão operar com um contrato em que a Volvo assume a manutenção do veículo e a responsabilidade pela bateria. Os primeiros dos 200 híbridos Volvo que vão operar em Bogotá começam a circular na segunda quinzena de abril.

A Volvo está construindo uma nova oficina na cidade para dar suporte adequado à tecnologia. Além disso, os motoristas que vão dirigir os híbridos também estão recebendo treinamento para aproveitar melhor a tecnologia. “Esses ônibus ainda são novidade e o treinamento é fundamental obter a melhor média de consumo, garantir baixa emissão de poluentes e recarregar as baterias durante as frenagens”, explica o gerente comercial da Volvo Bus Latin America na Colômbia, Alexandre Selski.

Os Volvo híbridos têm dois motores, um a diesele e outros elétrico que funcionam em paralelo ou de forma independente. O motor elétrico é utilizado para arrancar com ônibus e acelerá-lo até 20 km/h. O propulsor a diesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. Ele fica desligado quando o veículo está parado para embarque e desembarque e a energia das frenagens é usada para carregar as baterias que alimentam o motor elétrico. 

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A vez dos BRT's: Não dá mais para ir de carro

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quem diria? Chicago, Las Vegas e Los Angeles, nos Estados Unidos, estão copiando cidades como Curitiba. Goiânia e a colombiana Bogotá. Pelo menos na criação em suas ruas de faixas especiais para ônibus, o chamado BRT (do inglês Bus Rapid Transit), que começou a ganhar o mundo com base na experiência latino-americana. O conceito não é novo. E uma tentativa de emular as características boas do metrô usando ônibus — e investindo um décimo do necessário para fazer um trem subterrâneo. A solução reúne faixas segregadas fisicamente do trânsito, estações fixas, embarque em nível, pagamento da passagem antecipado e veículos mais longos do que o normal. A novidade é que, nos últimos dez anos, o número de cidades que usam o BRT no mundo aumentou de 50 para 166 e essa opção se tornou quase unanimidade entre especialistas em transporte urbano.

“O BRT de Bogotá acabou com o mito de que o sistema não pode ser usado como transporte de massa, pois ele movimenta mais gente do que 95% das linhas de metrô”, disse o consultor colombiano Oscar Edmundo Diaz no EXAME Foram Sustentabilidade, evento que discutiu em São Paulo, no dia 19 de novembro, soluções para a melhoria da mobilidade urbana — e, por consequência, da qualidade do meio ambiente. Diaz é sócio da consultoria GSD Plus e colaborou na gestão de Enrique Peñalosa como prefeito de Bogotá, no fim da década de 90. período em que o Transmilênio, o BRT local, e dezenas de quilómetros de ciclovias foram feitos. A decisão política de Peiialosa seguiu um raciocínio simples: priorizar o transporte público em vez do individual, representado principalmente pelos carros. “Hoje. não vejo muita perspectiva de melhorar o transporte individual motorizado na cidade de São Paulo”, disse Fernando Haddad, prefeito da capital paulista, no encerramento do Fórum.
Pouco mais da metade da população mundial mora em cidades. Em 2050. a concentração será de 70%. No Brasil, a proporção de população urbana já é de 84%. Nos últimos anos. as cidades brasileiras vêm registrando um enorme aumento no número de carros. A consultoria Ernst&Young fez um estudo que projeta dois cenários para o transporte nas cidades até 2050. A notícia ruim é que a mobilidade pode piorar muito. Hoje, metade do transporte de pessoas no mundo é feita por carro. Se a evolução se mantiver constante, em 40 anos quase 70% dos deslocamentos serão feitos em automóveis. O resultado seria que cada pessoa perderia, em média, 106 horas anuais em engarrafamentos — o dobro de hoje. Mas, se as metrópoles usarem os mecanismos disponíveis para incentivar alternativas ao carro, a proporção pode mudar para 40% de pessoas se movendo com carros e 60% com transporte público, compartilhado ou a pé. O gasto com transporte seria reduzido de 12% do PIB global para 6% e 180 000 mortes no trânsito seriam evitadas todos os anos — c uma Araçatuba, do interior de São Paulo, salva por ano. “O mundo precisa de cidades compactas, integradas e includentes”, disse no fórum Elkin Velasquez, coordenador do Habitat, programa das Nações Unidas dedicado aos assentamentos humanos. A escolha de tirar espaço dos carros e entregar aos ônibus é um símbolo disso. Mas vai ser preciso muito mais para dar um salto qualitativo.

Sistemas como BRT e metrô miram atender o maior número possível de pessoas. Quando Velasquez diz que as cidades precisam ser compactas, refere-se ao adensamento das áreas que têm mais acesso a esse tipo de transporte: o de massa. E o que o Rio de Janeiro vem tentando fazer. Parte da cidade está sendo cortada pela via Transoeste, um BRT que liga os bairros da Zona Oeste à Barra da Tijuca. A inauguração da Transcarioca está prevista para o início de 2014. Em 2016, a zona norte receberá o Transbrasil. Uma ligação até o centro. Hoje. o metrô também já atravessa essa parte da cidade, onde há um grande número de casas. “Como a zona norte terá uma infraestrutura de transporte muito melhor, queremos aprovar um projeto para aumentar o gabarito de construção da região”, diz o prefeito do Rio, Eduardo Paes. “0 objetivo é adensar ainda mais o entorno das estações de BRT e metrô.” O Plano Diretor que a Câmara Municipal de São Paulo está discutindo parte da mesma premissa e avança em outro ponto vital para melhorar a mobilidade no longo prazo: o uso misto dos bairros. Melbourne, na Austrália, foi eleita pela consultoria Economist Intelligence Unit nos últimos três anos como a cidade mais “habitável” do mundo. Um dos principais quesitos é o equilíbrio entre prédios comerciais — onde estão os empregos — e residenciais, o que diminui a necessidade de mover as pessoas. “Medellín, na Colômbia, também dá exemplo de uso variado dos bairros”, diz Velasquez, da ONU. “O trânsito é disperso por vias paralelas e há um número crescente de parques e espaços públicos ao ar livre.”

Mas também há um conjunto de medidas de curto prazo que podem melhorar o transporte público. “Eu não consigo entender por que ainda não é difundido no Brasil o uso da Onda Verde nos semáforos para ajudar o fluxo dos ônibus nos horários de pico”, diz Gilberto Peralta, presidente da GE, fabricante de sistemas de controle e equipamentos elétricos. Ele se refere à solução que dá prioridade à passagem dos coletivos em cruzamentos e que é usada corriqueiramente em cidades pequenas, médias e grandes lá fora.

Pelo mundo, costuma ser parte fundamental dos sistemas de BRT, para garantir que os ônibus não percam tempo nos cruzamentos. Mas a tecnologia também pode ser utilizada em linhas de ônibus normais: um dispositivo “avisa” quando o ônibus está se aproximando do sinal para que seja aberto. Na lista de medidas simples também estão o piso baixo, no nível das calçadas, c as portas largas dos ônibus. Eles permitem que mais pessoas entrem com rapidez. “A redução do tempo de viagem com essas melhorias pode chegar a 30% do total”, diz Adalberto Maluf, diretor para São Paulo da Rede C40, grupo das cidades líderes no tema das mudanças climáticas do mundo.

Uma contribuição igualmente valiosa que a tecnologia pode dar está na difusão de informações. Que combinação de meios de transporte é mais apropriada para ir de um ponto a outro? É uma questão frequente para quem habita os grandes centros urbanos. São. afinal, dados que deveriam estar à mão. Londres, Singapura. Hong Konge Seul oferecem isso com eficiência e em tempo real. Essas cidades mapeiam as opções e indicam como o cidadão pode usai- combinações de metrô, trens urbanos, ônibus, bicicleta, táxis, caminhada e até estações de compartilhamento de veículos.

”Quando as prefeituras mapeiam as opções de transporte em detalhe, além de comunicar melhor aos usuários quais são as rotas possíveis, elas descobrem onde estão os pontos subatendidos”, diz Susan Zie-linsky, diretora do centro de pesquisa sobre mobilidade urbana Smart, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Usai- informações em tempo real pode ser determinante para planejar o controle do tráfego e acionai” rapidamente órgãos do governo quando acidentes acontecem. O Centro de Operações que a IBM montou para a prefeitura do Rio de Janeiro já é sincronizado com um aplicativo em que usuários compartilham informações sobre o transito. A ideia é que. quanto mais informações são coletadas, mais previsível se torna a forma como pessoas e veículos se movem. “Os dados coletados por GPS anônimos em carros e celulares permitem análises cada vez mais profundas”, diz Ulisses Mello, diretor de operações da IBM no Brasil. Com as tecnologias de hoje, já é possível saber que pontos de ônibus são mais utilizados a cada hora e, assim, modificar o trajeto dos coletivos.

Mas toda essa tecnologia não resolve uma questão inerente a qualquer rede de transporte complexa: a capilaridade. Os sistemas de informação sofisticados devem indicar e fomentar a integração e o uso dc mais opções. A boa e velha caminhada, por exemplo, não deve ser subestimada. “A cidade não pode ser feita só para veículos motorizados”, diz Oscar Diaz, da GSD Plus. “É preciso estudar o pedestre.” O prefeito de Nova York, Michael Bloomherg, parece ter entendido isso. Durante seu mandato de 12 anos, tomou várias medidas para tornar mais agradável a vida de quem anda pela cidade. Na intervenção com melhor custo-benefício. Bloomberg ampliou o tamanho das calçadas na região da Times Square e melhorou a sinalização. Conseguiu elevar 11% o número de pedestres da área e cortar 63% dos acidentes. Mesmo tirando faixas do transite), a fluidez dos carros no bairro. As cidades precisam fazer a opção entre gastar bilhões para ampliar os espaços públicos e se empenhar em aproveitar melhor os já existentes aumentou 18%. O custo: 1,5 milhão de dólares. “Se você der às pessoas um ambiente adequado para andar, elas vão escolher andar”, diz Helle Soholt. presidente do Gchl Architccts, escritório que auxiliou a prefeitura de Nova York na tarefa de dar mais espaço aos pedestres. Atualmente, o Gchl está elaborando um projeto para o centro de São Paulo com a prefeitura. Estima-se que 25% dos deslocamentos de pessoas na cidade são de. no máximo, 3 quilômetros. Caminhar ou pedalar seriam saídas ideais.

A mesma lógica do espaço para caminhadas, portanto, pode se aplicar ao uso de bicicletas. Em Bogotá, 370 quilômetros de ciclovias foram construídos desde a gestão de Enrique Peñalosa. Hoje. 5% da população se locomove diariamente com as bicicletas. O espaço para os ciclistas cm Bogotá é mais do que o dobro do disponível em São Paulo, onde as ciclovias são usadas basicamente para lazer. Se Bogotá já avançou, o que dizer de Amsterdã, onde a proporção dos que pedalam é de 60% da população todos os dias? E a prova de que a ideia de que as pessoas podem ir trabalhar todos os dias de bicicleta não é utópica. “Uma forma de incentivar é garantir que as estações de metrô, trens e BRT tenham bicicletários”. diz Adalberto Maluf, da C40.0 sistema de aluguel de bicicletas que já funciona em capitais brasileiras inspirou o setor automotivo, que também não quer um cenário de imobilidade maior ainda, mas que espera dobrar suas vendas nos próximos 30 anos. Sistemas de compartilhamento de veículos estão proliferando pela Europa e pelos Estados Unidos. O usuário pega um carro peno de tuna estação de transporte público e o devolve em vagas especiais perto de casa. E uma aposta de algumas montadoras. “O aluguel de carros para trajetos curtos é uma das saídas para completar a última milha dos trajetos, e acreditamos que essa solução pode pegar”, diz Philipp Schicmer, presidente da Mereedes-Benz no Brasil. A empresa alemã criou o sistema Car2go. de aluguel de carros em pequenas estações espalhadas por pontos estratégicos e já oferece o serviço em 25 cidades — a maioria na Alemanha e nos Estados Unidos.

Cidades do mundo inteiro estão se movendo para resolver os problemas de transporte e a ordem do dia é conseguir o melhor custo-benefício. ‘As cidades vão gastar bilhões tentando criar novos espaços públicos, como grandes avenidas e elevados, ou vão sc empenhar em usar melhor o que já existe?”, diz Paulo Custódio, consultor de transporte do Banco Mundial. A conclusão do EXAME Fórum é que a segunda opção é a que faz sentido.

Fonte: Revista Exame
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Volvo vende 200 ônibus híbridos para duas empresas da Colômbia

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A Volvo Bus fechou um novo negócio para ônibus híbridos: 200 unidades fabricadas na unidade de Curitiba (PR) serão fornecidas para o sistema integrado de transporte público da capital colombiana Bogotá, para rodar no Transmilênio, como é conhecido o BRT da cidade. A compra, realizada por duas empresas, a Consórcio Express (156 veículos) e a GMovil (44 veículos) inclui além do chassi, um contrato de proteção da bateria por 12 anos e um plano de manutenção por cinco anos.

“Com esta aquisição, a cidade entra definitivamente na era da eletromobilidade e dá um grande passo na adoção de um sistema de transporte urbano sustentável, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista ambiental. Esta venda consolida a liderança da Volvo em eletromobilidade não apenas na Europa, mas também na América Latina. Mais uma vez estamos quebrando paradigmas e oferecendo ao mercado uma nova solução de transporte”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus para a América Latina.

Os híbridos entram em operação a partir de janeiro de 2014. Parte do trajeto será feito pelas vias troncais do Transmilênio e parte em ruas normais, onde atualmente não circulam alimentadores. Os ônibus terão portas com escadas no lado direito e portas no mesmo nível das plataformas do lado esquerdo, para permitir a parada nos terminais de embarque e desembarque do sistema de BRT. A compra dos veículos faz parte do plano da prefeitura de Bogotá para implementar um sistema de transporte urbano baseado em energias limpas.

“Apresentamos o híbrido em uma rodada de discussões sobre tecnologias de baixas emissões promovida pelo município há dois meses. O nosso veículo se mostrou o mais adequado para atender às necessidades dos administradores públicos”, afirma Euclides Castro, gerente de ônibus urbanos da Volvo Bus Latin América.

O ônibus híbrido da Volvo consome até 35% menos combustível o que resulta em uma menor emissão de CO2, algo como 35% menos se comparado com veículos tradicionais. Segundo a Volvo, em um ano de operação, o modelo deixa de emitir 33 toneladas de CO2 se comparado ao ônibus padrão. O veículo também emite 50% menos material particulado (fumaça) e NOx (óxidos nocivos à saúde) com relação aos veículos com tecnologia Euro 5 e é mais silencioso que os ônibus movidos à diesel.

“Embora com maior valor de investimento inicial, ao longo de 12 anos os híbridos Volvo terão um custo e um retorno equivalente ao de um ônibus diesel na mesma operação. O lucro será do meio ambiente e da população", reforça Pimenta.

A economia de combustível e redução de emissões devem-se à tecnologia desenvolvida pela Volvo que une dois motores, um a diesel e outro elétrico, que funcionam em paralelo ou de forma independente. O motor elétrico é utilizado para arrancadas e aceleração até 20 km/h enquanto o motor a diesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. O motor a diesel fica desligado quando o veículo está parado para embarque e desembarque e a energia das frenagens é usada para carregar as baterias do motor elétrico.

Informações: Automotive Business

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Para 83% dos curitibanos, trânsito e cidade seriam melhores se mais pessoas andassem de ônibus

terça-feira, 2 de abril de 2013

De acordo com os dados do levantamento de satisfação do Instituto Paraná Pesquisas, que ouviu 700 pessoas entre sábado dia 23 de março e segunda-feira, dia 25 de março, 95% dos entrevistados revelaram que estão felizes com Curitiba. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira, que foi aniversário da cidade.

No entanto, diversas áreas ainda desagradam os curitibanos. Para 23%, se pudessem mudar algo na cidade, seria a segurança. Dos entrevistados, 71,14% não têm boas estimativas em relação à área e acreditam que a violência deve aumentar nos próximos dez anos.

Já para 14% dos entrevistados, a área da saúde precisa de mudanças, mas o cenário neste caso, diferentemente do que ocorre com a segurança, é de otimismo. De acordo com a pesquisa, 40% acreditam que a saúde pública deve ter melhorias nos próximos dez anos.

O trânsito é um problema a ser mudado por 8,8% dos entrevistados. Do total de pessoas consultadas, 79,14% acreditam quem o trânsito vai piorar nos próximos dez anos.

Mas o cidadão de Curitiba está ciente que é no ônibus que está a solução para o problema.

Ainda de acordo com o Paraná Pesquisa, 83% dos 700 entrevistados acreditam que o trânsito e a qualidade de vida só vão melhorar em Curitiba se mais pessoas andarem de ônibus.

E para isso, os entrevistados pedem ampliação do número de linhas e corredores de ônibus, bem como a colocação de mais veículos de alta capacidade, como os ônibus articulados e biarticulados.

A cidade de Curitiba junto com a região metropolitana, formando a RIT – Rede Integrada de Transporte, é pioneira na concepção dos BRTs – Bus Rapid Transit, que muito mais que simples corredores, são sistemas que integram a cidade, qualificam urbanisticamente os locais onde servem e oferecem maior comodidade aos passageiros, como estações que protegem os usuários da chuva e do sol e que têm plataformas no mesmo nível do assoalho dos ônibus, oferecendo acessibilidade.

Atualmente, Curitiba e a região Metropolitana têm cerca de 80 quilômetros de corredores ou faixas com exclusividade para ônibus.

Este número deve aumentar com a ampliação da Linha Verde, que é um avanço do sistema atual de BRT. A Linha Verde possui capacidade para veículos maiores, mais pontos de ultrapassagem para evitar filas de ônibus nas estações, áreas com canteiros de flores e árvores, ciclovias e pistas para caminhadas, o que mostra que o BRT é um sistema que se integra ao meio urbano e não destoa dele.

A linha Verde liga o Terminal Pinheirinho ao Atuba, mas há previsão de ela se estender agora para o Contorno Sul da Cidade até a Copa de 2014, embora que a prefeitura admitiu atrasos nas obras.

Há também projeto que prevê a continuação do corredor pela BR 116 até Fazenda Rio Grande, cidade vizinha de Curitiba, após a conclusão da duplicação da rodovia.

Mas de acordo com a pesquisa, o curitibano está disposto a deixar mais o carro em casa se houver uma ampliação nos espaços preferenciais para os ônibus e uma melhoria na qualidade dos serviços com mais investimentos públicos em transportes.

O modelo de transporte adotado em Curitiba serviu de exemplo para vários sistemas que conseguiram ampliar as vantagens do BRT, como o Transmilênio, na Colômbia, e o Transantiago, no Chile, que também tomaram como base outro sistema brasileiro de transportes: o Corredor Metropolitano ABD, que liga as zonas Sul e Leste de São Paulo por municípios do ABC Paulista, com uso inclusive de trólebus, ônibus totalmente elétricos, que não emitem poluição.

De acordo com o instituto, grande parte da satisfação do curitibano em relação à cidade se dá devido aos transportes, mas os cidadãos têm a consciência de que são necessários investimentos parta que os serviços acompanhem o crescimento do local.

Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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Sistema de Corredores Expressos tipo BRT, dá total ênfase ao sistema viário

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Curitiba deu total ênfase ao sistema viário, aproveitando a facilidade de uma ocupação do solo menos densa; São Paulo, além do seu empenho também em construir um sistema viário apropriado, dedicou-se muito à tecnologia dos veículos
Maior ônibus do Mundo em Curitiba
Sob o título acima, o jornal O Estado de São Paulo (13/02/13) fez importantes considerações acerca do transporte urbano de São Paulo, reconhecendo, de plano, que “São Paulo precisa, há muito, de um sistema como o BRT (Bus Rapid Transit), no qual ônibus de alta capacidade operem em faixas segregadas, tenham prioridade nos cruzamentos e sejam monitorados em tempo real por sistemas de rastreamento”.

Acrescenta a matéria que “o sistema escolhido (para corredores a implantar em São Paulo) é uma forma aperfeiçoada do modelo instalado há quase 50 anos em Curitiba, que se baseia na prioridade do transporte coletivo e na integração de todos os modais”. E que “várias cidades do mundo copiaram o modelo e, em Bogotá, na Colômbia, técnicos brasileiros conseguiram aprimorá-lo e fazer do Transmilênio um novo ícone de eficiência no transporte público que, agora, se pretende copiar em São Paulo”.
Transmilênio de Bogotá
Está tudo certo, para decepção dos brasileiros e, em particular, dos paulistanos. O modelo de corredores de Curitiba começou a ser implantado no início da década de 1970, quando o prefeito da Cidade era o arquiteto Jaime Lerner, dentro de um plano moderno de urbanização que se estendeu por muitos anos, graças à continuidade administrativa assegurada, em grande parte, pelo próprio êxito do modelo de transportes. Mas, em época próxima,. São Paulo preocupou-se com o mesmo problema, em escala maior, tendo produzido, em 1974, o chamado Plano SISTRAN, fruto de estudos da Prefeitura, administrada por Olavo Setubal, e da recém criada Região Metropolitana de São Paulo, institucionalizada por Paulo Egydio Martins. O primeiro passo para a implantação do plano de 280 km de corredores, com 1.580 tróleibus, dos quais 450 articulados, foi a criação da Diretoria de Tróleibus da CMTC, em 1977.

Curitiba deu total ênfase ao sistema viário, aproveitando a facilidade de uma ocupação do solo menos densa; São Paulo, além do seu empenho também em construir um sistema viário apropriado, dedicou-se muito à tecnologia dos veículos, adotando-os elétricos, como um importante passo para despoluir a cidade, mormente junto a corredores de tráfego intenso. Modernos ônibus elétricos foram projetados e construídos em São Paulo, tendo a Prefeitura adquirido 300 deles e construído um primeiro corredor, na avenida Paes de Barros, na Vila Prudente.

Na sequência, a CMTC estabeleceu convênio com a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, que deveria, aos poucos, assumir todo o transporte público da Região Metropolitana, seguindo um plano de integração total. Como “holding” do sistema, a EMTU deteria progressivamente o controle acionário da Companhia do Metrô, como de fato ocorreu, o da CMTC e o da futura empresa ferroviária resultante da fusão do sistema de trens urbanos da FEPASA e da rede similar da EBTU – Empresa Brasileira de Trens Urbanos, incorporação essa que veio a constituir, mais tarde, a CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

A primeira ação resultante do mencionado convênio da CMTC com a EMTU, antes da prevista fusão das empresas, foi a transferência dos projetos executivos de todos os 280 km de corredores para a empresa metropolitana, caminhando na direção da perfeita integração dos transportes. Entretanto, ocorreu a sucessão municipal, em 1979, e tudo mudou. A começar pela extinção da EMTU, destinada a ser o cérebro do sistema metropolitano dos transportes. Foi um desastre!

Dois corredores municipais, operados por tróleibus, ainda vieram a ser construídos: o da avenida Santo Amaro e o da Nova Cachoeirinha. Mas não se garantiu a adequada preservação das faixas. Nem mesmo a tração elétrica foi conservada, em favor do meio ambiente. Por isso se recomenda hoje copiar Bogotá...

Tem-se insistido, há anos, que os chamados corredores de ônibus guardem as seguintes características básicas:

a) emprego de veículos de tração silenciosa, não poluentes;

b) nenhum cruzamento com outros fluxos de deslocamento ou interferência de outros veículos no mesmo leito de tráfego;

c) possibilidade de formação de comboios;

d) elevada frequência de composições, o que depende de outros fatores abaixo mencionados;

e) possibilidade de cobrança externa aos veículos, permitindo a entrada e saída dos passageiros por todas as portas;

f) plataformas de embarque no nível do interior dos carros;

g) redundância em instalações, de forma a minimizar as possibilidades de interrupção do tráfego;

h) aceleração e velocidades elevadas, mas atendendo os níveis de conforto e segurança exigidos;

i) guiagem mecânica, magnética, ótica ou similar, permitindo uma operação segura, com velocidade e frequências elevadas.

Para simplificar os projetos, muitas cidades têm substituído os veículos de tração elétrica por outros movidos a combustíveis, o que, hoje, enseja a qualquer criança dissertar sobre os inconvenientes. No próprio projeto de Curitiba, de 50 anos, previu-se implantar, numa segunda fase, um sistema de bondes, assegurando um transporte não poluente e, talvez, com maior capacidade, o que atualmente se põe em dúvida. Eu mesmo fui convidado pelo prefeito Lerner para pensar no projeto, com uma solução atualizada e nacionalizada, como a que alcançamos com os tróleibus em São Paulo.

Hoje se pode dizer que a Região Metropolitana de São Paulo conta com modos de transportes dedicados a quatro categorias de capacidade:

1. Sistema metro-ferroviário – Para demandas acima de 50.000 passageiros por hora e por sentido.

2. Sistema de Média Capacidade – Corredores como o ABD (ligação São Paulo, São Bernardo, Diadema, de caráter metropolitano) e o Expresso Tiradentes (ex - fura fila), para 30.000 a 50.000 passageiros por hora e por sentido.

3. Sistema de Corredores Expressos formado pelos corredores restantes, cujas deficiências não lhes permite alcançar desempenho de média capacidade, não indo além de 20.000 passageiros por hora e por sentindo.

4. Sistema de Baixa Capacidade – Automóveis e ônibus disputando o mesmo espaço.

A convicção de que São Paulo necessitava de sistemas de transporte de capacidade intermediária entre os ferroviários e o resto, levou a Prefeitura Municipal, em continuação aos propósitos do Plano SISTRAN, a implantar um trecho experimental de um sistema de média capacidade, chamado de VLP – Veículo Leve Sobre Pneumáticos e idealizado para 150 km de extensão. Esse trecho experimental, que liga o Parque Dom Pedro II ao Sacomã e à Vila Prudente e hoje se chama Expresso Tiradentes, respeitou quase todos os requisitos do corredor, mas abandonou a tração elétrica, assim como a guiagem lateral, que dispensa o motorista de dirigir o tempo todo. Foi uma decisão na contramão dos mais recentes projetos mundiais, que ademais, levou a um grande desperdício dos equipamentos então adquiridos.

Mas não é por acaso que os dois corredores citados, ABD e Tiradentes, ocupam os dois primeiros lugares na preferência dos usuários, de transporte coletivos, superando hoje o Metrô nessa avaliação. Mas também não é por acaso que o chamado índice de passageiros por quilometro – IPK, que mede a demanda de passageiros em cada quilômetro percorrido no sistema, está acima do número 5, enquanto na média da cidade ele não chega a 2. Essa indicação é preciosa não só para aquilatar a qualidade do serviço oferecido, mas também para avaliar o retorno econômico, com o qual se custearão todos aqueles requisitos a adotar no projeto de um bom corredor. Assim, o corredor não encarece o transporte, mas lhe reduz os custos, apesar dos investimentos indispensáveis. Só assim poderemos criar na cidade um verdadeiro sistema de corredores, como, aliás, fora preconizado na lei 12.328 de 1997, que criara o Subsistema de Transporte de Média Capacidade, que permitiria identificar com precisão os verdadeiros corredores, evitando as improvisações que transformaram os atuais corredores em sistemas de baixa capacidade, poluentes e desconfortáveis.

Adriano Branco é ex-Secretário dos Transportes e da Habitação do Estado de São Paulo, eleito Engenheiro do Ano de 2008, Membro da Academia Nacional de Engenharia.


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Prefeitura de São Paulo anuncia retomada da construção dos corredores de ônibus

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Secretaria Municipal de Transportes anunciou a retomada da construção dos corredores de ônibus na capital. Antigos projetos engavetados por problemas de planejamento ou irregularidades nos processos licitatórios vão ser tocados pelo atual governo. Entre eles o da construção de 63,8 quilômetros de faixas exclusivas em regiões como Jardim Ângela, Campo Limpo, Vila Sônia e os bairros cortados pelas Avenidas Radial Leste e Inajar de Souza e o da instalação do Bus Rapid Transit (BRT). Este é um sistema de alta capacidade, que em dezenas de cidades do mundo proporciona serviços de qualidade, com rapidez, eficiência, redução dos acidentes de trânsito e de emissão de carbono. O modelo deverá ser implantado nas Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes. 

O BRT funciona com ônibus capazes de transportar aproximadamente 300 passageiros a uma velocidade média de 45 quilômetros por hora, num trajeto expresso (com distância maior entre os pontos de parada), em corredor exclusivo projetado com pontos de ultrapassagem. Tudo é pensado para assegurar agilidade, começando pelo pagamento da tarifa, que será feito nas plataformas de embarque e não no interior dos veículos. O traçado do sistema da Avenida 23 de Maio tem 20 quilômetros e inclui as Avenidas Rubem Berta, Moreira Guimarães, Washington Luís, Interlagos e Teotônio Vilela até o Largo do Rio Bonito, na zona sul. Na Bandeirantes, o corredor de 16 quilômetros ligará a região da Marginal do Pinheiros, na zona sul, ao Terminal Vila Prudente, na zona leste, sem passar pelo centro. 

O sistema escolhido é uma forma aperfeiçoada do modelo instalado há quase 50 anos em Curitiba, que se baseia na prioridade do transporte coletivo e na integração de todos os modais. Várias cidades do mundo copiaram o modelo e em Bogotá, na Colômbia, técnicos brasileiros conseguiram aprimorá-lo e fazer do Transmilênio um novo ícone de eficiência no transporte público que, agora, se pretende copiar em São Paulo. Espera-se que ele seja reproduzido aqui em todos os seus detalhes. Em Bogotá, áreas degradadas ao longo do corredor foram recuperadas e ganharam centros de lazer com fácil acessibilidade. 

São Paulo precisa há muito de um sistema como o BRT, no qual ônibus de alta capacidade operem em faixas segregadas, tenham prioridade nos cruzamentos e sejam monitorados em tempo real por sistemas de rastreamento. Se forem observadas todas essas condições, será possível alcançar aqui benefícios de que cidades dos Estados Unidos e da China, por exemplo, já desfrutam, como a redução do tempo tanto das viagens como de espera nos pontos de embarque, que são fortes incentivos para a substituição do transporte individual pelo coletivo. O sistema também ajuda a preservar o meio ambiente, porque opera com velocidade média constante, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de poluentes. Em Bogotá, logo após a construção do BRT, a redução do número de acidentes com mortes no trânsito foi de quase 90% e o nível de emissão de poluentes baixou 40%. 

O BRT apresenta boas características para operar numa cidade que precisa de sistemas que possam ser implementados com maior rapidez e menor custo do que o metrô. O custo de construção de um quilômetro de BRT é pelo menos dez vezes menor do que um quilômetro de linha de metrô. Mesmo se comparado aos veículos leves sobre trilhos (VLTs), considerados tecnologicamente mais sofisticados em operações urbanas, o BRT ainda leva vantagem, porque exige metade dos investimentos com pequena diferença de capacidade de transporte de passageiros por hora. 

Quanto ao tempo de construção, o de um corredor operado pelo sistema BRT é dois terços menor do que o do metrô e metade do exigido pelo VLT. Essa relação de custo e tempo de instalação é atraente, inclusive para consórcios interessados em parcerias público-privadas. 

A escolha do sistema, portanto, parece adequada. Resta agora o atual governo se empenhar, como promete, para que esses projetos finalmente se tornem realidade. 

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Rio: Cidade Maravilhosa se rende ao ônibus expresso

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Palco da final da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro passa por uma revolução tardia no seu sistema de transporte público. A capital fluminense está implantando o BRT (sigla para Bus Rapid Transit ou Ônibus de Trânsito Rápido), que se caracteriza pela utilização de vias exclusivas para ônibus e estações de pré-embarque, como em Curitiba.

Em operação há dois meses, o TransOeste corta a Barra da Tijuca em uma extensão de 40 quilômetros – a previsão é de 56 km até o fim do ano. Há faixas de ultrapassagem nos corredores, as estações são todas climatizadas e há dois tipos de linha operando: as expressas, que seguem sem parar em vários pontos, e as chamadas “paradoras”, que pegam passageiros em todos os terminais – o que permite, na primeira opção, que as viagens entre dois pontos extremos sejam mais rápidas. A aceitação dos passageiros, por enquanto, é boa: 70 mil pessoas utilizam o TransOeste diariamente e 90% delas afirmam estar satisfeitas com o serviço.

A previsão da Secretaria Municipal de Transportes é ampliar o BRT em mais três eixos até 2016, num total de 150 quilômetros de vias exclusivas – em Curitiba são 81 quilômetros. Só a TransBrasil, eixo de 31 quilômetros que ligará o bairro Deodoro ao Aeroporto Santos Du­­­mont, passando pela Avenida Brasil, terá capacidade de transportar 900 mil pessoas por dia.

O secretário de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, falou ontem à Gazeta do Povo durante a 15.ª Etransport, congresso que discute os rumos e tendências do transporte público no país e no mundo. Para Sansão, uma das tendências apontadas no evento este ano, não por acaso, é justamente a consolidação do BRT como um meio de transporte de massa, capaz de fazer frente, inclusive, à demanda atendida hoje em muitas cidades pelo metrô.

Curitiba, que foi sinônimo de inovação ao implantar o BRT na década de 70, agora aposta as suas fichas no metrô, opção que ainda está longe de ser unanimidade. Há um embate hoje, no país, entre esses dois modais?

Não vejo a coisa dessa forma, de optar por um ou outro. Aqui, no Rio, desenhamos nossa rede de BRT para ser integrada à rede metroviária que já existia e que está em expansão [as linhas 1 e 2 do metrô carioca tem 36,2 quilômetros e atendem cerca de 700 mil passageiros/ dia. A previsão é ampliar essa capacidade para 1,2 milhão de passageiros/dia no próximo ano, com a aquisição de 19 novos trens]. Depende muito do que você quer para a cidade, da região que você está implantando o modal, da característica da sua demanda. Não sei se é essa a discussão em Curitiba, mas onde já existe o BRT, eu esperaria mais para tomar a decisão de mudar de modal. Investiria na modernização do sistema, com pistas de ultrapassagem, por exemplo, e linhas expressas que ultrapassem as paradoras [linhas que param em todos os pontos]. Assim, você multiplica sua capacidade e o sistema tem uma vida útil maior. Já estamos fazendo o BRT no Rio com essas condições.

A implantação do BRT no Rio e em outras cidades, como Belo Horizonte, pode mudar essa concepção ainda vigente de que o metrô é a única opção de transporte de massa?

Nos anos 1970 e até nos anos 1980, ninguém falava em um outro meio de transporte urbano que não fosse metrô. Quando o sistema nos anos 80 ganhou inovações técnicas que permitiram que ele passasse a ser um sistema de alta capacidade em outras cidades, como o Transmilênio em Bogotá, se quebrou um paradigma.

Um dos eixos do BRT carioca, o Transbrasil, tem uma demanda estimada de 900 mil passageiros por dia – número até maior do que a demanda do metrô do Rio. Haverá de fato capacidade e estrutura para chegar a esse número?

É possível sim porque na Avenida Brasil não há cruzamentos, o BRT terá duas faixas, uma em cada sentido, e linhas expressas diretas ou paradoras. Combinando tudo isso, se consegue atingir essa capacidade. O Transmilênio, na Colômbia, já está atendendo um número próximo a isso.

Mesmo com a modernização do transporte público, hoje é muito difícil o motorista deixar o carro em casa e partir para o ônibus. Como cativar esse público?

Entre os usuários de carro, há dois tipos. O cativo, que não abre mão da individualidade e do conforto, mesmo se você colocar um helicóptero expresso, e há aquele que pode mudar de pensamento, tendo uma boa opção à mão. Com um modal público expresso de alta capacidade, os condutores vão poder escolher. No Rio, se 20% dos usuários de carros partirem para o transporte coletivo, o trânsito vai melhorar muito. O que já vale a pena.

Informações: Gazeta do Povo

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No Grande Recife, Falta de corredores causam atrasos nos deslocamentos de ônibus

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Todos os dias, cerca de 2 milhões de passageiros utilizam o ônibus como meio de transporte na Região Metropolitana do Recife, através dos coletivos do Grande Recife Consórcio de Transportes (GRCT). São 390 linhas, cerca de 3 mil ônibus, que realizam aproximadamente 26 mil viagens diariamente. O maior desafio, para a população, é driblar os atrasos e os veículos lotados nos horários de pico.

Morando no bairro de Maçaranduba, em Jaboatão dos Guararapes, a técnica de enfermagem Izete Azevedo se desdobra para chegar até o Hospital Getúlio Vargas, no Recife, onde trabalha. “Os ônibus demoram, eu às vezes ando até outro ponto, para pegar outra linha, para ver se consigo ir. São dois ônibus, além do metrô, para chegar no HGV. E ainda mudaram a linha do ônibus que eu pegava, já não tinham muitos”, reclama Izete.

As mudanças de roteiro nas linhas acontecem, por vezes, devido a pedidos da população. “O transporte público é muito dinâmico. As linhas aumentam de acordo com a necessidade, mas é preciso entender que, para criar uma linha, é preciso demanda e que a prefeitura dê a infraestrutura necessária para que o coletivo passe por lá. Tem lugar que não é pavimentado e o ônibus passa, mas com dificuldade”, explica o presidente do Consórcio, Nélson Menezes.

O valor da passagem é definido através do Conselho do Consórcio, que é formado por representantes tanto do governo quanto da sociedade civil. O último reajuste aconteceu em janeiro deste ano, fazendo com que as passagens custem a partir de R$ 1,40 (Anel G) - aos domingos, a tarifa é reduzida, custando a partir de R$ 1,10 (anéis A, D e G). Confira na tabela ao lado o preço atual das passagens do GRCT.

Embora a administração do GRCT seja feita em conjunto, atualmente, pelas prefeituras de Olinda e Recife, além do governo estadual, a responsabilidade do transporte público dentro das cidades permanece sendo dos governos municipais. “As prefeituras são obrigadas a tomar conta de seu transporte, não podem delegar a ninguém. No Consórcio, elas administram em conjunto. Pensar o transporte dessa forma, no Recife, é uma facilidade, devido à densidade da Região Metropolitana, que mais parece uma cidade só. Se você pensar separadamente, ia ser muito difícil para a população. Imagine a quantidade de pessoas que trabalha em uma cidade e mora em outra sem ter como ir de ônibus?”, reflete Menezes.

TRO
O professor doutor na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e atuante na pesquisa do transporte do Grande Recife Oswaldo Lima Neto lembra que os corredores exclusivos poderiam ajudar a desafogar o trânsito, ao menos para os ônibus. “O seu dia fica menor com as demoras. A gente perdeu a precisão no deslocamento, você não tem certeza da hora que o ônibus vai passar, não consegue prever que sai daqui e em 20 minutos chega ao destino”, diz Lima Neto.

Essa previsibilidade pode ser reconquistada através dos corredores de ônibus, em especial os do transporte rápido por ônibus (TRO), que vão se implantados de Igarassu ao Centro do Recife. Esses veículos terão plataforma de embarque/desembarque em nível, seguindo o modelo do metrô, com pagamento adiantado da passagem, o que tende a agilizar o embarque e desembarque. “Já faz mais de 30 anos que esse tipo de transporte existe. Você tem para mais de 100 projetos funcionando no mundo todo. O mais famoso deles é o Transmilênio, em Bogotá, capital da Colômbia, que funciona que é uma beleza”, conta o professor.

O sistema conhecido como ‘Transmilênio’ se tornou o único grande projeto de transporte público aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A criação de corredores exclusivos de ônibus deixou as viagens muito mais rápidas. Com isso, sete em cada dez habitantes usam o transporte público. O Transmilênio permitiu a retirada de circulação de 7 mil ônibus particulares pequenos, o que ajudou a reduzir ainda o consumo de combustível.

Katherine Coutinho
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Busscar Colômbia fabrica 60 ônibus biarticulados

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O sistema de transporte público de Bogotá, na Colômbia, contará em breve com mais 60 veículos biarticulados produzidos pela Busscar Colômbia, empresa do grupo Busscar Ônibus. Há opção de compra de mais 60 unidades. A iniciativa integra a terceira fase de expansão do projeto Transmilênio, operado pelo Consorcio Express.

Os modelos terão piso alto e capacidade para 250 passageiros e reforçarão o sistema de transporte público urbano colombiano, que utiliza corredores exclusivos do tipo BRT – Bus Rapid Transit –, que já funcionam em Curitiba há alguns anos e são cogitados em Porto Alegre como alternativa para o trânsito, principalmente às vésperas da Copa do Mundo de 2014.
 
Fonte: amanha.com.br
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Em Pernambuco, Assembléia Legislativa lança nesta quinta-feira uma Carta Aberta com o tema “Desafios da Mobilidade”

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Com o objetivo de explanar um diagnóstico sobre a situação da mobilidade urbana no país, focando em Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife, será lançada no próximo dia 28, às 10h30, a Carta Aberta “Desafios da Mobilidade”, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

"Temos um grande desafio com o transporte coletivo e a mobilidade urbana de Pernambuco. Este documento apresenta uma radiografia de toda problemática, incluindo obstáculos que os gestores públicos e a iniciativa privada têm que enfrentar. É um instrumento de pesquisas e sugestões para o futuro", afirma o presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Alepe, Sílvio Costa Filho (PTB).

O sistema de transporte coletivo de Curitiba, no estado do Paraná, é apresentado como um exemplo sugestivo à Região Metropolitana do Recife. Desde 1971, o arquiteto e então prefeito da capital paranaense, Jaime Lerner, investia em ruas exclusivas para pedestres, transporte público integrado e vias restritas para ônibus. O modelo foi copiado mundialmente, dando origem ao Transmilênio de Bogotá, capital da Colômbia.

De acordo com o doutor em mobilidade urbana da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Oswaldo Lima Neto, tem que mudar o plano diretor do Recife e a política de uso e ocupação do solo. A construção de corredores exclusivos, ciclovias ou ciclofaixas, e o incentivo ao uso de bicicletas são as principais alternativas rumo a uma mobilidade sustentável, em especial no Recife, com vistas para a Copa do Mundo de 2014.

“O plano diretor recifense contempla o chamado polo gerador de tráfegos, inclusive, em áreas já congestionadas. Isso tem que mudar. Além disso, a cidade cresce desordenadamente, causando prejuízos ao fluxo de veículos no Recife”, avalia Lima Neto. Para o engenheiro, a mobilidade urbana começa nas calçadas e também se faz necessária a priorização do transporte público.

“Num primeiro momento, o governo tem de requalificar as calçadas e investir em ciclovias para as pessoas começarem a mudar seus hábitos”, diz. “A curto prazo, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) precisa passar por uma reforma”, completou.

Por Leonardo Lucena

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