Governo de SP assina concessão do Trem Intercidades que vai ligar Campinas à capital *** Ônibus da MobiBrasil 100% movido a gás natural entra em operação no Grande Recife *** Cuiabá reduz em 87% reclamações com monitoramento de frota inteligente *** Trensurb retoma operação do metrô de forma emergencial *** Terminal do Tatuquara completa três anos integrando a região Sul de Curitiba *** Campinas atinge mais de 107 km de rotas para bicicletas *** Metrô de BH receberá 24 novos trens em 2026
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Em Salvador, Nova licitação para o VLT do Subúrbio será publicada nesta quarta

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

A nova licitação para a construção do VLT do Subúrbio de Salvador será publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial do Estado. O anúncio foi feito pelo governador Jerônimo Rodrigues, nesta terça-feira (26), durante uma entrevista coletiva de balanço da gestão.

Essa será a segunda licitação para a obra. Em agosto, o estado rompeu o contrato com a concessionária Skyrail, que tinha sido escolhida para a implementação do sistema.

O governador anunciou que o transporte vai chegar até o bairro de Piatã. “São três trechos: Sairemos do Subúrbio até a Calçada, e chegaremos até Piatã. São trechos independentes, mas é uma licitação só. A mesma empresa pode ganhar dois ou três, mas outras também podem ganhar", disse Jerônimo.

Os três do Subúrbio foram desativados em 2021 e, desde então a área só é atendida por ônibus. “A (nossa) preocupação é a responsabilidade com a Calçada e o Subúrbio”, enfatizou.

O governador citou, ainda, a possibilidade de receber recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo federal, para a obra. 

Histórico

O contrato com Consórcio Skyrail - formado pela chinesa Build Your Dreams (BYD) e Metrogreen – foi firmado em 2019. A licitação para construir a alternativa aos trens que ligavam o subúrbio ao bairro do Comércio foi suspensa em agosto deste ano. 

A decisão foi tomada após recomendação da Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA), que apontou a rescisão como saída diante da inviabilidade do governo reconhecer reequilíbrio econômico sem estudos complexos ou garantia de que o contrato manteria a sua capacidade de execução.

Informações: Correio 24 Horas 

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Prefeitura de São Paulo pode receber R$ 1,4 bilhão do PAC para VLT na região central

domingo, 3 de dezembro de 2023

O sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) planejado pela Prefeitura de São Paulo ganhou nesta sexta-feira, 1º, uma boa notícia. Segundo o secretário municipal de governo, Edson Aparecido, o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, liberou a inclusão do projeto no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal – os dois se encontraram na COP28, conferência mundial do clima em Dubai.

Com isso, a capital pode receber R$ 1,4 bilhão de investimento para sair do papel. A solicitação de inclusão foi feita pela Prefeitura no início do mês passado.

“A ideia do VLT aqui no Centro primeiro é fazer uma requalificação urbana e que ele possa integrar as principais estações de ônibus, trem e metrô, com uma opção de transporte rápido para quem precisa se deslocar pelo Centro”, disse o secretário de governo em exercício, Clodoaldo Pelissioni.

A Prefeitura batizou o projeto de “Bonde São Paulo”, em homenagem aos veículos que dominaram o transporte público na capital na virada do Século 19 para 20 e perduraram até o final da década de 60.

Segundo a gestão de Ricardo Nunes, a iniciativa já conta com estudos técnicos preliminares e projetos funcionais e, neste momento, a Prefeitura trabalha na elaboração de serviços especializados para o desenvolvimento de estudos técnicos urbanísticos como parte do Plano de Requalificação Urbana com Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável.

A ideia é implantar uma rede de 12 km de extensão dividida em duas linhas que fariam a conexão de cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações da CPTM. As duas linhas se integrariam na Av. São João e, ao todo, teriam 27 estações de embarque e desembarque.

Entre os bairros da região central a serem atendidos estão o Bom Retiro e Brás. Além disso, ponto turísticos como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade também estarão no percurso.

Outros equipamentos públicos previstos para serem atendidos pelo VTL são o Vale do Anhangabaú, Parque da Luz, Largo do Paissandu, Largo do Arouche Praça da Sé, Praça Dr. João Mendes, Praça da República, Parque Dom Pedro II e Parque Minhocão.

O projeto pretende requalificar a região central da capital num modelo semelhante ao feito no Rio de Janeiro, que conta hoje com uma rede de VLT significativa e que atende o centro da cidade. No estado de São Paulo, o único VLT em operação é o sistema da Baixada Santista e que está em expansão

A Prefeitura afirmou que promoverá nos próximos meses um chamamento público para receber contribuições da sociedade civil e da iniciativa privada para o projeto.

Informações: Metro CPTM

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Consórcio Metropolitano da Grande Aracaju trará melhorias no transporte público para a população

Em breve, os moradores das quatro cidades que formam a Grande Aracaju irão dispor de um sistema de transporte público de melhor qualidade. Isso porque está em curso a instalação do Consórcio do Transporte, uma iniciativa que integra as prefeituras de Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, e o governo do Estado. O consórcio levará à criação de uma entidade pública que definirá o formato do sistema de transporte coletivo da região metropolitana de Aracaju e as obrigações de cada ente na gestão do serviço. Por ser a mais populosa entre as quatro cidades, Aracaju terá a competência de administrar a autarquia, mas todas as discussões serão conduzidas de forma coletiva. Criado o consórcio, será publicado, em breve, o edital para a licitação do transporte coletivo, instrumento que representa um importante avanço para esses quatro municípios.

O sonho de transformar o consórcio em realidade vem de longe. A sua criação tem sido tema de discussões desde 2017, mas devido à pandemia, o processo precisou ser adiado. Desde o início do mês de outubro deste ano, os prefeitos Edvaldo Nogueira (Aracaju), Padre Inaldo (Nossa Senhora do Socorro), Marcos Santana (São Cristóvão) e Alberto Macedo (Barra dos Coqueiros) vêm promovendo reuniões para discutir a sua instalação. Eles se debruçaram sobre o diagnóstico detalhado do transporte coletivo na Grande Aracaju, estudo esse que foi conduzido pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), entidade contratada pela Prefeitura de Aracaju no final do ano passado, com um investimento de R$1,9 milhão. O consórcio conta ainda com a participação do Governo do Estado. O governador Fábio Mitidieri esteve presente nas reuniões de instalação e de discussão para adoção de medidas que visem a melhora do transporte. No dia 13 de novembro foi anunciado pelos quatro gestores municipais e pelo governador a instalação do consórcio. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, ressaltou também que a meta é, até o início de 2024, ter o edital para a licitação do transporte coletivo.

Ainda de acordo com Edvaldo Nogueira, a gestão municipal de Aracaju se inscreveu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, iniciativa que abre linha de crédito para que as prefeituras e governos estaduais possam comprar ônibus e fazer comodato com as empresas. “Entramos nesse projeto com 40 novos ônibus para fazer a renovação da frota. O projeto já está no BNDS e pretendemos que até o começo do ano que vem já esteja aprovado. A ideia do consórcio é também realizar, até o primeiro semestre de 2024, a licitação do transporte coletivo. Teremos mais reuniões do comitê para que, em meados de março ou abril, já possamos estar com o edital da licitação do transporte coletivo de Aracaju e região metropolitana. Os quatro prefeitos e o governo do Estado, juntos, estamos trabalhando pela melhoria do transporte coletivo das nossas cidades”, afirmou.

Estrutura do consórcio
O consórcio do transporte público será uma autarquia que terá uma sede própria, estatuto e regulamento. Como prefeito da maior cidade entre as quatro, o gestor de Aracaju, Edvaldo Nogueira, assume a presidência do consórcio, e o superintendente de Transportes e Trânsito de Aracaju, Renato Telles, a Diretoria Executiva. O governador Fábio Mitidieri e os demais prefeitos das cidades da Grande Aracaju também terão participação efetiva. Com a criação do consórcio metropolitano, todas as decisões sobre o sistema de transporte coletivo serão tomadas coletivamente, tanto do ponto de vista da fiscalização, como das discussões das linhas, entre outros pontos.

Congelamento da tarifa
Em assembleia extraordinária do Consórcio Metropolitano da Grande Aracaju, realizada no dia 22 de novembro, com participação dos prefeitos das quatro cidades, do governador Fábio Mitidieri e demais membros da autarquia, o prefeito Edvaldo Nogueira anunciou o congelamento da tarifa e a concessão de um subsídio pela prefeitura da capital para o transporte público da região metropolitana, sistema que atende, diariamente, 170 mil usuários, totalizando 3,5 milhões passageiros ao mês.

O prefeito destacou ainda que a instalação se divide em dois momentos: o primeiro é um conjunto de ações emergenciais. “A primeira medida será o congelamento do preço das passagens, que já são caras para quem paga, e insuficientes para as empresas. Então o preço da passagem será de R$ 5,00, sendo que os passageiros pagarão apenas  R$ 4,50, e o restante, necessário para financiar o sistema de transporte, será arcado pela Prefeitura de Aracaju, com o valor de um milhão e seiscentos mil reais por mês a partir de janeiro, e um milhão e trezentos mil reais já para os meses de outubro, novembro e dezembro deste ano”, disse, explicando ainda que no próximo ano haverá a renovação de 20 novos ônibus nas empresas de transporte coletivo.

Esta iniciativa foi adotada com base em estudo realizado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) da capital, que identificou a necessidade de aumento da tarifa do transporte coletivo.  O Projeto de Lei para concessão do subsídio foi encaminhado à Câmara Municipal de Aracaju no dia 23 de novembro para ser apreciado pelos vereadores.

O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo, destacou que o consórcio tem um grande desafio, que é o de fazer com que aconteça a licitação do transporte coletivo. “Essa é a grande esperança para que se melhore a qualidade do transporte público. Neste momento, o prefeito Edvaldo Nogueira assumiu o compromisso de ajudar no subsídio às empresas de transporte, que passam por dificuldades, congelando assim o preço da passagem para a população”, disse.

Informações: Governo de Sergipe

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Na Grande Aracaju, Consórcio anuncia investimento de R$ 24 milhões e estabilização da tarifa

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

O Consórcio Metropolitano do Transporte Coletivo da Grande Aracaju anunciou na noite desta quarta-feira (22) o investimento de R$ 24 milhões no setor e ainda a estabilização da tarifa no valor de R$ 4,50. O anúncio foi feito, após uma reunião dos prefeitos dos municípios da Grande Aracaju, que aconteceu na sede da prefeitura da capital.

Após a instalação do consórcio, no último dia 13, estas foram as primeiras medidas anunciadas. Segundo o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), após uma análise feita pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT), verificou-se a necessidade de reajuste da tarifa, mas ele explicou que o valor atual será mantido e que a prefeitura vai aportar um subsídio mensal de R$ 1,6 milhão no sistema até dezembro de 2024, totalizando R$ 24 milhões.

"Nesta quinta-feira (23), enviaremos à Câmara Municipal de Aracaju o Projeto de Lei para aprovação do subsidio", informou o prefeito de Aracaju, município de administra o consórcio.

Edvaldo Nogueira também informou que a capital se inscreveu no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal para viabilização da compra de 40 novos ônibus.

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), que também participou do encontro, informou que o estado vai contribuir com o funcionamento no sistema, fazendo um aporte de R$ 10 milhões.

O Sistema de Transporte Público da Grande Aracaju atende diariamente cerca de 170 mil usuários.

Informações: G1

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Sai edital de R$ 13,5 bi para trem de passageiros que vai de São Paulo a Campinas em 1 hora

domingo, 8 de outubro de 2023

O governo do Estado de São Paulo publicou, neste sábado, o edital de licitação do Trem Intercidades (TIC), Eixo Norte, no valor de R$ 13,5 bilhões. A obra que faz do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, inclui a construção da primeira linha expressa de média velocidade no Brasil, conectando as cidades de São Paulo e Campinas. A data prevista para o leilão é 29 de fevereiro de 2024.

O projeto prevê ainda um serviço parador, com cinco estações nas cidades de Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. Também está no escopo do edital a licitação o trem metropolitano da Linha 7-Rubi, hoje operadora pela CPTM, que atende a sete cidades: São Paulo, Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Lindo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí.

Qual será o custo para andar em novo trem?
O trecho será a primeira linha expressa de média velocidade no Brasil, com custo máximo de R$ 64 por passageiro. Atualmente, uma passagem rodoviária entre as duas cidades — que leva mais tempo — custa R$ 41.

A previsão é que, em 2031, composições com capacidade para cerca de 800 passageiros em assentos marcados estejam completando o percurso de 96 quilômetros em pouco mais de uma hora, a uma velocidade de até 150 quilômetros por hora, com uma única parada em Jundiaí.

O edital do governo paulista inclui ainda o chamado Trem Intermetropolitano (TIM), entre Jundiaí e Campinas, e a revitalização da atual Linha 7-Rubi da CPTM, que hoje faz o percurso entre a estação Brás, no centro de São Paulo, e Jundiaí. Conheça os detalhes de como serão as novas linhas:

Trem Intercidades (TIC): de SP a Campinas em até 150 km/h
A viagem do expresso que ligará São Paulo (estação Barra Funda) a Campinas deve durar entre 61 e 64 minutos segundo os estudos do governo. A linha conta com uma única parada, em Jundiaí. A velocidade do trem pode chegar a 150 km/h, mas a média será de 96 km/h.

A passagem do expresso entre a capital paulista e Campinas custará no máximo R$ 64 por passageiro e por trecho, mas há a possibilidade de descontos para passageiros frequentes. Passagens de ônibus custam hoje R$ 41 entre São Paulo e Campinas.

A concessionária poderá oferecer modalidades de assentos diferentes com preços distintos, desde que transporte 800 passageiros por viagem durante a hora de pico.

Trem Intermetropolitano (TIM): de Jundiaí a Campinas
Chamado de trem parador, o TIM vai compartilhar trilhos com o TIC entre Jundiaí e Campinas. A diferença é que o TIM vai fazer um trajeto de 44,4 quilômetros em cinco estações: Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas.

O TIM será mais lento, mas também mais barato. A previsão do governo paulista é que a passagem custe R$ 14,05 por trecho entre Jundiaí e Campinas. O passageiro que viajar de Barra Funda a Campinas nos trens com mais paradas vai pagar R$ 18,45.

Para viabilizar as obras, o governo prevê um aporte para remunerar o investimento de aproximadamente R$ 6 bilhões, durante os sete anos em que a concessionária fará as obras. Com isso, o governo estadual vai financiar cerca de 50% dos investimentos do projeto.

Além disso, o edital prevê pagamentos de contraprestações anuais de cerca de R$ 500 milhões quando a obra for entregue, em 2031, até o fim do contrato. A contraprestação total prevista é de R$ 13,74 bilhões, mas vencerá o leilão o grupo que der o maior desconto.
Linha 7 deixará de passar por Brás e Luz
Hoje, a Linha 7-Rubi vai de Jundiaí a Brás, onde faz conexão com as linhas 3-Vermelha do Metrô e Linha 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira da CPTM. Entre Brás e Barra Funda, faz uma parada na Luz, onde há conexão com as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô e 11-Coral da CPTM. O novo projeto prevê desativar as paradas em Luz e Brás, encurtando essa linha até a Barra Funda.

O que pode atrapalhar o projeto
Os três serviços vão compartilhar os mesmos trilhos. Hoje, a Linha 7 divide a estrutura com trens de carga da MRS Logística, mas isso terá que mudar. Para que o TIC seja possível, a MRS precisará construir outra linha só para cargas entre São Paulo e Jundiaí.

A obrigação está prevista na renovação antecipada da concessão da MRS, assinada em julho do ano passado pelo governo federal. Esse é um dos fatores que podem atrasar o TIC. A MRS tem até julho de 2029 para concretizar a segregação da linha, mas o cumprimento desse cronograma será fiscalizado pelo governo federal.

A construção da nova via de cargas= de mão única e com pontos de ultrapassagem, é o maior desafio do projeto porque a concessionária só terá acesso ao canteiro de obras duas horas por dia. Isso porque a Linha 7, paralela, é eletrificada, não sendo possível fazer obras enquanto ela estiver funcionando.

Campanha de outros governos
O projeto do Trem Intercidades é antigo e chegou a fazer parte da campanha de João Doria (então no PSDB) e de Rodrigo Garcia (PSDB) ao governo paulista. Durante a campanha, Tarcísio prometeu dar continuidade ao projeto.

O edital foi lançado no marco dos primeiros 100 dias da gestão de Tarcísio pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), na mesma semana em que representantes do governo estadual apresentaram o ativo a investidores estrangeiros na Europa.

Informações: EXAME

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Privatização do Metrô do Recife passará por novos estudos

sexta-feira, 14 de julho de 2023

No dia em que metroviários decidem por mais uma greve contra o sucateamento do Metrô do Recife, o governo federal afirmou que o processo de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) passará por novos estudos.

A privatização da companhia, que opera e gerencia o Metrô do Recife, foi formatada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, até agora, após seis meses do governo do PT, não foi retirada do Plano Nacional de Desestatização (PND), o que tem deixado metroviários em pânico.

A afirmação sobre os novos estudos foi feita à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, na tarde desta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, em Brasília, durante assinatura de contrato no valor de R$ 1,7 bilhão para financiamento de obras de infraestrutura, urbanização e saneamento no Estado.
O ministro se referia ao lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) - ou PAC 3 -, como vem sendo chamado o grande pacote de investimentos em infraestrutura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Novo Pac ou Pac 3 estava para ser lançado no início de julho, mas agora a previsão é de que saia no fim do mês.

““No fim do mês o presidente estará lançando o Novo PAC, com novas obras não só para Pernambuco, mas para o País inteiro. E junto com o PAC, o presidente quer fortalecer a concessão de empréstimos aos Estados e municípios para fazer Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões públicas. Por isso, o presidente determinou a realização de estudos importantes que nós faremos, a exemplo da CBTU de Pernambuco”, disse Rui Costa.

Informações: JC Online
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Prefeito do Rio negocia com o Governo Federal investimento de mais R$ 1,9 bi para revitalização do BRT

quarta-feira, 15 de março de 2023

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, está negociando com o Ministério da Fazenda dois empréstimos no valor acumulado de R$ 1,9 bilhão para compras de ônibus e restaurações de terminais do sistema BRT da capital fluminense. A proposta da Prefeitura carioca é que a União seja fiadora de R$ 700 milhões em empréstimos com o Banco Mundial e de R$ 1,2 bilhão com a Caixa Econômica Federal.

— O Rio, como todas as grandes cidades brasileiras, passou por uma crise grande no setor de transporte. Nós encampamos o sistema de BRTs e isso exigiu de nós investimento muito grande. São quase R$ 2,5 bilhões de investimentos comprando ônibus e recuperando estações. Então tem dois pleitos [de empréstimo] aqui [levado à Fazenda] — disse Paes após encontro desta segunda-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília.

A União pode ser garantidora de empréstimos tomados por estados e municípios, desde que sejam cumpridos requisitos pelo tomador, como a capacidade de pagar dívida no prazo estabelecido. Quando o estado ou município não paga as parcelas, o governo federal quita os valores devidos aos bancos e busca a recuperação do crédito.
O prefeito do Rio acredita que, com a “situação muito organizada” nas suas contas públicas do município, a formalização do acordo com o Ministério da Fazenda será viabilizada. Na semana passada, Haddad já havia permitido que a União fosse garantidora (fiadora) na operação de crédito de R$ 1,2 bilhão entre o município do Rio e o Banco do Brasil, também com vista à reestruturação do sistema de BRT da cidade.

Em nota, a prefeitura do Rio diz que as melhorias previstas no sistema de transporte público da cidade incluem reformas de estações e pista, além da compra de ônibus. A estimativa é um gasto de R$ 1,2 bilhão só com as compras de novos ônibus, segundo o prefeito.

— São financiamentos [empréstimos] ainda não no padrão PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. A gente espera que em breve tenhamos a reabertura de linhas de crédito que permitam condições, com juros menores, voltar a investir nas cidades — avaliou Paes.

Informações: O Globo
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Governo Federal investirá R$ 330 milhões no Metrô DF

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Governo Federal investirá R$ 330 milhões para o metro do Distrito Federal. De acordo com o ministério das Cidades, o Governo do Distrito Federal vai licitar duas etapas do empreendimento Expansão e Modernização do Metrô – trecho de Samambaia e modernização da Linha 1 – e do Viaduto EPIG (Parque da Cidade/Setor Sudoeste), do Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Oeste.

Os empreendimentos foram selecionados em 2012 no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade Grandes Cidades).

Em um rápido discurso, Temer disse que o pleito atendia pedidos antigos de parlamentares do Distrito federal e que “mobilidade urbana é um dos grandes desafios do nosso tempo”. “Estamos renovando o país, colocando o país no século XXI”, afirmou.

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, disse no discurso que a obra é “estratégica” e agradeceu o “apoio importante” dado pelo presidente Temer.

Informações: Isto É
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Prefeito de Goiania prevê entrega em 90 dias do BRT Norte-Sul

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O prefeito Paulo Garcia visitou na manhã de ontem (21), as obras de ampliação do Terminal Recanto do Bosque, que fazem parte da maior intervenção de mobilidade urbana já feita em Goiânia, o Bus Rapid Transit (BRT) Norte-Sul. Acompanhado por vereadores e secretários, o prefeito conferiu o andamento das obras que têm previsão de entrega à população até o final deste ano. “A obra é dividida em duas etapas, pois não podemos desativar o terminal. A primeira etapa será entregue em 90 dias”, afirmou Paulo Garcia.

O novo terminal interligará as regiões Noroeste e Sul do município, no Terminal de Integração Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia. O trabalho das obras viárias e o recapeamento asfáltico do trecho Norte já estão em fase adiantada e serão entregues à população até o final deste ano. “O BRT vai proporcionar mais qualidade de vida à população. Com a viagem mais rápida, o usuário poderá chegar ao seu destino antes do previsto e aproveitar o tempo que esperava para curtir a família ou até mesmo fazer o que antes não tinha tempo”, ressaltou Paulo Garcia.

O prefeito falou ainda do legado de sua gestão na área da mobilidade urbana. “Eu fui o primeiro prefeito que investiu tanto em Mobilidade Urbana em Goiânia, talvez desde a década de 1970. Antes não se falava em ciclovias, hoje já entregamos à população 70 quilômetros. Construímos o Complexo Viário Mauro Borges que desafogou o trânsito da região Sul da capital e beneficiou não só os moradores da região, mas a todos que passam por ali. Os corredores de ônibus que entregamos também marcam a história da mobilidade urbana de Goiânia. Avenidas duplicadas, prolongadas, asfaltamentos, trabalhamos para melhorar a qualidade de vida da população”, finalizou Paulo Garcia.

O novo terminal será instalado em um espaço de mais de 13 mil metros quadrados, mais que o dobro do atual, e será um dos mais modernos da Rede Metropolitana de Transporte. Os horários dos ônibus serão informados por meio de displays e sinais sonoros. Com 21,8 quilômetros de extensão, o BRT vai atender 143 bairros da Capital e também de Aparecida. O benefício contemplará mais de 500 mil moradores e cerca de 120 mil usuários por dia.

Investimento

O BRT Norte-Sul, orçado em R$ 340 milhões, é realizado com recursos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Grandes Cidades. A operação do BRT será feira com ônibus articulados, que permitirão um avanço na velocidade de circulação do transporte coletivo, que atualmente é 14 km/h, e passará para mais de 25 km/h. Os passageiros também terão mais conforto com ar condicionado, novos terminais e plataformas de embarque e desembarque. (Secom Goiânia)

Informações: O Hoje
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Prefeitura inaugura neste domingo o VLT Carioca

segunda-feira, 6 de junho de 2016

A Prefeitura do Rio inaugura neste domingo (05/06) o VLT Carioca e o passeio público da Avenida Rio Branco, duas grandes obras que mudam significativamente o perfil de mobilidade e ambiência do Centro da cidade. Rápido, sustentável e moderno, com rede de 28 Km, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) vai integrar todos os meios de transporte do Centro e da Região Portuária – barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e, futuramente, o BRT Transbrasil. Para a viagem inaugural do VLT, a Avenida Rio Branco será fechada integralmente das 8h às 18h e se transformará numa grande área de lazer para os cariocas que forem até o local neste domingo.

O VLT Carioca inicia a operação de forma progressiva. De acordo com o planejamento da prefeitura, o avanço da operação em ciclos tem como objetivo fazer com que a população se acostume ao movimento de circulação dos bondes. A prioridade é garantir segurança plena aos futuros passageiros e melhor convívio entre pedestres, veículos e VLT. A cada ciclo, gradativamente, horário e trajetos da operação serão ampliados e novos bondes entrarão no sistema. 

A primeira etapa, Rodoviária Novo Rio – Aeroporto Santos Dumont, terá 18 Km em trilhos, 17 paradas e uma estação (em azul no mapa acima). A ligação entre a Central do Brasil e a Praça XV (em verde) entra em operação no segundo semestre. Inicialmente, o VLT transportará passageiros de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h com embarque e desembarque em oito paradas nos dois sentidos: Parada dos Museus, São Bento, Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont. No primeiro mês, período de adaptação, não haverá cobrança, mas agentes da concessionária irão acompanhar o dia a dia da operação para tirar dúvidas dos passageiros sobre o pagamento da passagem, trajetos e demais procedimentos do novo modal. A previsão é a de que o primeiro trecho do sistema entre em operação comercial no dia 1º de julho. A partir de 2017, entrará em operação o trecho que funcionará na Avenida Marechal Floriano.

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e a Concessionária do VLT Carioca vão intensificar campanhas educativas e ações nas redes sociais para orientar os usuários a respeito do uso do novo sistema sobre segurança, forma de pagamento, compra dos bilhetes e regras de convivência dentro dos trens, dentre outras informações. Desde março, a campanha#OlhonoVLT trabalha o conceito de segurança com foco na atenção de pedestres e motoristas, já que os trens são silenciosos e vão circular em áreas com grande fluxo de pessoas e automóveis. A campanha ocupa ruas, mídias sociais, mídia mobile e rádio, além de ações corpo a corpo bem-humoradas chamando a atenção de pedestres. No período de testes, o programa distribuiu 50 mil adesivos, 250 mil folhetos e instalou 22 painéis e displays ao longo do Centro e Região Portuária. Nesta nova etapa, mais 200 mil folhetos serão distribuídos nas ruas do eixo de passagem.

Características do sistema

O VLT servirá aos usuários dos diversos sistemas de transporte públicos e distribuirá passageiros nas regiões que compõem a área central da cidade. Na operação plena, funcionará 24 horas com 32 trens, capacidade para transportar 300 mil pessoas e máquinas de autoatendimento para a compra de bilhetes em todas as paradas e estações. Condutores e controladores responsáveis por guiar as composições acumulam desde o ano passado mais de 2 mil horas de treinamentos teóricos, no simulador e habilitação em via. Ao todo, serão 130 profissionais habilitados até o fim de 2016. 

As estações e paradas do VLT ficam a cerca de 20 cm de altura, niveladas às composições, dotadas de rampas suaves e antiderrapantes que facilitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais. Cada plataforma disporá de entrada nas extremidades, linha de piso podotátil e faixas em alto relevo que facilitam a locomoção de pessoas com deficiência visual. Internamente, todas as composições reservam local específico para cadeirantes sem prejuízo a outros assentos. Sinalização, validadores e acionamento de portas estarão sempre em alcance adequado. 

Integrado à operação urbana Porto Maravilha, o VLT Carioca será um modelo sustentável de transporte. Movido à eletricidade, preserva a identidade do Rio ao oferecer a opção de Alimentação Pelo Solo (APS), com energia captada por meio de um terceiro trilho instalado entre os trilhos de rolamento do trem, dispensando o uso de fiação aérea (catenárias). A implantação do VLT tem custo de R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e R$ 625 milhões viabilizados por meio de uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura do Rio. 

Passeio público 

O novo passeio público da Avenida Rio Branco alterou uma das avenidas mais movimentadas do Centro, entre a Avenida Nilo Peçanha e a Rua Santa Luzia e abrange 14,4 mil metros quadrados, dos quais 9 mil m² de área de convivência ao longo de seus 600 metros. O local ganhou 35 árvores, 1.620 m² em canteiros verdes, bicicletários, 70 bancos e nova iluminação pública.

A área de grande movimento passa a oferecer aos frequentadores do Centro um espaço de circulação exclusiva para pedestres, ciclistas e para o VLT ao longo do caminho cercado de prédios históricos como o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.

A prefeitura montou esquema especial de trânsito e transportes para o fechamento de toda a Avenida Rio Branco, das 8h às 18h deste domingo, que funcionará como área de lazer entre o Aterro do Flamengo e a Orla Prefeito Luiz Paulo Conde. As linhas de ônibus que circulam pela Avenida Rio Branco serão desviadas para a Avenida Passos. Painéis de mensagens e 55 operadores de trânsito da CET-Rio e agentes da Guarda Municipal orientarão os motoristas.  

Informações: Jornal do Brasil
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Governo Federal libera verba para corredor de ônibus M'Boi Mirim em SP

domingo, 24 de abril de 2016

O governo federal divulgou na quinta-feira, 21, por meio de informações do Portal da Transparência, a liberação de recursos para contratos já firmados com a Prefeitura de São Paulo que somam, ao todo, R$ 199 milhões. São verbas referentes a obras do corredor de ônibus M'Boi Mirim, do Terminal Itaquera e para reservatórios antienchentes nos Córregos Zavuvus e Aricanduva.

Os repasses divulgados para as quatro obras paulistanas somam cerca de R$ 11 milhões. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou na quinta, só em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) há uma dívida de cerca de R$ 400 milhões da União com a Prefeitura.

O atraso dos repasses, associado à secura dos cofres públicos provocada pelo aumento da inflação e pela queda na arrecadação da Receita municipal, paralisou a capacidade da Prefeitura de realizar novas obras.

Os recursos cuja liberação foi divulgada na quinta servirão para recompor o caixa da Prefeitura, uma vez que a modalidade do convênio do PAC na capital prevê que as obras são pagas na forma de reembolso - a União faz o acerto depois que a Prefeitura realiza a obra, usando verbas do Tesouro. O congelamento dos novos investimentos acontece porque a Prefeitura conta com o dinheiro do reembolso para novas iniciativas.

A dívida do PAC vem sendo cobrada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) desde o fim do ano passado. O eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff é visto como ponto de incerteza pela Prefeitura.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Haddad relatou receio de que mudanças na política econômica em um eventual governo Michel Temer possam atrasar ainda mais o pagamento dos atrasados, o que sepultaria a capacidade da cidade de realizar outras obras necessárias, especialmente nas áreas de Saúde e drenagem urbana.

Questionado sobre o assunto na quarta-feira, o Ministério das Cidades, que faz a gestão da maior parte dos recursos do PAC, informou que vinha fazendo o possível para liberar os recursos devidos à capital.

O Portal da Transparência do governo federal traz tabelas que mostram haver uma dívida entre o governo federal e a Prefeitura de cerca de R$ 2 bilhões, valor maior do que o montante atrasado de recursos do PAC. O valor não se refere apenas a investimento em obras. Há ações relacionadas a programas sociais, como inclusão digital e de combate a drogas entre adolescentes.

O recurso é apenas de contratos cujo prazo de execução dos convênios já terminou. As dívidas mais antigas datam de 2006.

O valor devido pela União corresponde a 25% do montante de recursos prometidos para São Paulo entre 2006 e 2015. Nesse período, a capital recebeu repasses diretos de cerca de R$ 5 bilhões da União.

Levando em consideração apenas esses contratos, que já chegaram ao fim da vigência e ainda não estão quitados, a Prefeitura gastou, como contrapartida aos convênios, cerca de R$ 500 mil - nas gestões Gilberto Kassab (PSD), entre 2006 e 2012, e Fernando Haddad.

A relação do Portal da Transparência lista ainda 126 contratos firmados com a Prefeitura de São Paulo que estão em execução no momento, que vão desde a produção de lares para cidadãos de baixa renda a pesquisas sobre o consumo de crack no centro paulistano.

As parcerias entre os dois entes federativos têm vigência até 2019 e devem resultar ainda em transferência de cerca de R$ 2,4 bilhões nos próximos quatro anos. Até o momento, perto de 45% desses valores já foram enviados à gestão municipal. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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VLT carioca resgata memória de bondes com sustentabilidade

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Antigo bonde elétrico na Avenida Rodrigues Alves, Zona Portuária do Rio (Foto: Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)Antigo bonde elétrico na Avenida Rodrigues Alves, Zona Portuária do Rio (Foto: Augusto Malta / Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)


Em abril, quando o VLT começar a circular em seu primeiro trecho – da Rodoviária Novo Rio até o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio –, estará sendo escrito um novo capítulo na história dos transportes públicos da cidade.
Movido à eletricidade e totalmente não poluente, o novo meio de transporte, que vai atender a cariocas e visitantes, também resgata lembranças da época dos bondes elétricos. Até mesmo o som do antigo será lembrado. Por ser extremamente silencioso, na cabine do condutor haverá um botão para a tradicional buzina e um outro que reproduz a campainha dos antigos bondes. 
Os bondes circularam na cidade entre 1892, quando pertencia à Companhia Ferrocarril São Cristovão, e depois de 1905 até o final da década de 60, quando estavam sob o controle da Light, concessionária de energia. Para antigos usuários, especialistas em história e autoridades, o VLT é o que pode se chamar de um "bonde turbinado com alta tecnologia".
A professora Márcia Mendes, moradora da Gamboa, na Região Portuária do Rio, contou que tem memória da infância quando usava o bonde para ir para a escola na companhia da irmã. "Achava o máximo, me sentia gigante com a sensação de liberdade quando ficava na janela", lrelembrou. 
O VLT trouxe a memória do bonde. Quem andou e teve o privilégio não esqueceu. Para quem não conhece, o assunto voltou"
Roberta Saragoça, museóloga
Para ela, o VLT, que tem uma parada na porta da casa dela, é uma visão futurista dos bondes. "Eu estou otimista. Vai ser bom sim se ele realmente for usado como planejado", opinou.


O VLT carioca é um dos primeiros do mundo projetado sem a  tecnologia catenária, que usa cabos para captar energia elétrica em fios suspensos. Os trens não têm fios em rede aérea e são alimentados por duas fontes de energia.
Em entrevista ao G1, o secretário de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes, explicou que o modelo do VLT do Rio é inédito até mesmo em outros lugares do mundo.


"Abastecimento pela superfície a gente tem conhecimento que existe em Dubai, mas lá é um pouco diferente já que eles circulam em áreas mais livres e não passam por regiões com construções como aqui no Rio".
Trilhos do VLT são abastecidos pelo sistema APS  (Foto: Káthia Mello/G1)Trilhos do VLT são abastecidos pelo sistema APS (Foto: Káthia Mello/G1)
A energia vem de um terceiro trilho, sistema APS (alimentação pelo solo), instalado entre os trilhos de rolamento do veículo, cuja alimentação ocorre apenas no trecho sob o trem. As composições também têm um supercapacitor, uma espécie de bateria, que recebe energia da rede e pode ser recarregado pela energia absorvida no processo de frenagem do trem. Além disso, ele é silencioso
Segundo Arraes, a sustentabilidade não é o principal foco do projeto, mas ele foi levado em consideração. "No mínimo, esses três aspectos, da poluição direta por conta do combustível, da sonora e da visual, ele atende os requisitos da sustentabilidade", explicou. 
Ele explicou que quando a operação for plena, serão feitos testes ambientais para saber, por exemplo, qual a quantidade de carbono está sendo capturada pelo fato do trem não estar queimando combustível.
Outra semelhança com os antigos bondes é o trajeto. Durante as obras, foram encontrados trilhos dos antigos bondes. Em alguns pontos, o VLT vai fazer o mesmo de 160 anos atrás. Entre os achados arqueológicos descobertos embaixo das movimentadas ruas está o calçamento da Rua da Constituição.


Parte do piso será preservada e exposta como previsto na proposta enviada e aprovada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A área tem 15 metros quadrados é o trecho mais antigo, que ainda mantém o desenho original e de maior representatividade histórica, conforme avaliação dos arqueólogos.
E é também por isso a preocupação com os prédios históricos ao longo do traçado do VLT. Para minimizar o impacto e evitar vibrações haverá um mecanismo de controle de ruído atendendo um pedido do Instituto do Patrimônico Histórico (Iphan) e do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
"Como o trem vibra quando passa nesses locais, por exemplo na Rua da Constituição, e na Rio Branco onde estão prédios históricos, nós colocamos nesses trechos equipamentos para reduzir o impacto. É um isolante, um material sintético que é colocado no topo do trilho para proteger, dar uma proteção física", explica Arraes.
O secretário afirmou que depois da transformação urbana da Região Portuária eles estão fazendo projetos para a expansão do VLT até a Zona Sul.


"Será com outro viés que não só o da integração. Tem a ver com o resgate da mobilidade, da recuperação urbanística de um bairro como Botafogo. O VLT sairia da Cinelândia para seguir até Flamengo, Botafogo, Jardim Botânico e Gávea, para integrar com o Metrô".
Bonde na Avenida Rio Branco com Avenida Treze de Maio (Foto: Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)Bonde na Avenida Rio Branco com Avenida Treze de Maio (Foto: Augusto Malta / Acervo Fotográfico da Light/Divulgação)
Retomada da história
A museóloga do Instituto Light, Roberta Saragoça, ressalta que o VLT trouxe da volta a memória dos bondes. Segundo ela, aumentou o interesse na história deles aumentou a partir do momento em que começou a se veicular notícias sobre a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos.

"Somos frequentemente procurados por pesquisadores e outros profissionais sobre o assunto. O VLT trouxe a memória do bonde. Quem andou e teve o privilégio não esqueceu. Para quem não conhece, o assunto voltou", explicou.    
O instituto abriga parte da história dos bondes. São fotografias de Augusto Malta, documentos, mobiliário e equipamentos à disposição da pesquisa. Um bonde reformado está em exposição e são feitas visitas teatralizadas  com personagens vestidos como na década de 20 para ajudar a manter essa memória.
Trilhos do VLT sobre a Avenida Rio Branco (Foto: José Raphael Berrêdo / G1)Trilhos do VLT sobre a Avenida Rio Branco (Foto: José Raphael Berrêdo / G1)
Menos carro e material reciclado
A implantação do novo meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e R$ 625 milhões viabilizados por meio de uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura do Rio.

De acordo com informações da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto Maravilha (Cdurp), os carros que circulam diariamente pelos centros urbanos transportam em média 1,3 passageiros. A capacidade de cada  VLT é de 420 passageiros. Considerada uma taxa de ocupação média, cerca de 255 carros deixarão de circular pela cidade.
Traçado do VLT no Centro do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)Traçado do VLT no Centro do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
As obras do VLT utilizaram equipamento de fresa ao longo da intervenção na Avenida Rio Branco para a remoção do pavimento, de forma a garantir o melhor uso dos recursos. Ao todo, 3.240 metros cúbicos de asfalto foram retirados da avenida e seguem sendo aproveitados nas obras.  
O novo modelo de transporte alterou o visual da Avenida Rio Branco, uma das principais da cidade. Está em construção um boulevard, com extensão de  600 metros. Nesse ponto, a pista será compartilhada com o VLT e ciclofaixa, nas proximidades da Cinelândia, onde fica o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.
VLT vai passar na Avenida Rio Branco (Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio)VLT vai passar na Avenida Rio Branco (Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio)
Como vai funcionar a operação  
O VLT vai operar 24 horas por dia nos sete dias da semana, confirma Arraes. Em agosto, quando estiver totalmente entregue o VLT terá 28 quilômetros de comprimento com  32 paradas. Serão 32 trens em operação. Até o início de fevereiro sete trens já haviam sido entregues: cinco deles produzidos na França  e dois produzidos na fábrica da Alstom, em Taubabé, São Paulo. A capacidade total do  sistema chegará a 300 mil passageiros por dia.

Atualmente 28 condutores estão em fase final de treinamento e habilitação para começar a trabalhar em abril. O objetivo é formar mais 40 profissionais
Para as duas turmas iniciais, o primeiro mês aconteceu na França, no centro de treinamento da RATP, empresa responsável pela operação do metrô e VLT em Paris. Eles também usam um simulador de condução que apresenta o trajeto entre a Rodoviária e o Aeroporto Santos Dumont reproduzindo situações a serem encaradas durante a operação.
Treinamento de condutores do VLT no Centro do Rio (Foto: Káthia Mello/G1)
Treinamento de condutores do VLT no
Centro do Rio (Foto: Káthia Mello/G1)
A segunda etapa de implantação do VLT - Central do Brasil até Praça 15 -  está marcada para agosto.


Segundo Arraes, um  dos principais desafios será o início da circulação onde será possível saber se o novo transporte terá o mesmo dinamismo pensado na implantação.
Ele confirma que o VLT terá prioridade nos sinais de trânsito e os outros motoristas vão ter que se adaptar a isso. 


" Se ele vem em uma linha e o sinal está fechado, existe abaixo um sinalizador em que o sinal abre para ele automaticamente e fecha para os outros carros, mas isso é uma situação comum". Ele lembrou ainda os problemas enfrentados pela prefeitura quando o BRT foi implantado e muitas pessoas andavam de skate e cruzavam as vias exclusivas dos ônibus.
De acordo com Arraes, as ruas estreitas, no Centro, a região da Central do Brasil com grande circulação de pessoas serão os pontos mais complicados. O VLT terá velocidade de 18 quilômetros nos trechos mais difíceis e de até 50 quilômetros, nos trechos mais desertos e durante a madrugada. A previsão é que eles circulem na horas de pico com frequência de três minutos.          
Secretário Jorge Arraes em entrevista no VLT    (Foto: Káthia Mello/G1)
Secretário Jorge Arraes em entrevista no
VLT (Foto: Káthia Mello/G1)
Preço das passagens x validação
De acordo com o secretário, a prefeitura do Rio irá fazer o  anúncio do preço da passagem do VLT em meados de março.

O pagamento será feito por cartões validados em oito máquinas próprias, no interior dos módulos do trem.


Esse é um sistema inédito no país, mas também haverá fiscalização e a prefeitura pretende mandar um projeto de lei para a Câmara para estabelecer uma multa no caso de alguém não validar a passagem. O modelo é semelhante ao que ocorre com o Lixo Zero. Segundo o secretário, o valor da multa também deverá ser o mesmo.
" Mantivemos essa que é a opção mundial. Esse tipo de transporte no mundo inteiro é assim. Em alguns países funciona melhor e em outros pior. Haverá campanha educativa e também fiscalização", acrescentou.  
No entanto, Arraes acredita que as pessoas já estão acostumadas porque já fazem uso do Bilhete Único nos ônibus, barcas e no metrô.  A diferença é que no VLT não existe catraca. 
Por Katia Melo
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