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São Paulo: Ônibus no Corredor ABD tem avaliação melhor que o Metrô

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Os passageiros de transportes públicos da Grande São Paulo já têm a consciência da necessidade da ampliação de corredores exclusivos de ônibus.
É um dos aspectos revelados pela pesquisa da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos sobre a Imagem dos Transportes na Região Metropolitana de São Paulo.
Foto: Adamo Bazani

Em geral, a percepção dos passageiros em relação aos serviços de ônibus na Capital Paulista não é positiva. Das 3 mil 160 pessoas entrevistadas, 60% avaliam os serviços como regular, ruim ou péssimo. Já 40% avaliam como bons ou ótimos.

As impressões negativas aumentaram em relação à mesma pesquisa divulgada referente a 2010, quando 41% consideravam o serviços regulares, ruins ou péssimos e 59% achavam como bons ou excelentes. Praticamente o quadro se inverteu.

Quando a avaliação dos passageiros é sobre os serviços de ônibus em corredores, a percepção em relação a qualidade dos serviços tem um cenário bem diferente e a maioria aprova os serviços de ônibus.

De acordo com a pesquisa da ANTP, 54% dos entrevistados consideram os ônibus em corredores excelentes ou bons contra 45% de ruins, regulares ou péssimos.
A explicação desta diferença de resultados se dá pelo melhor desempenho, velocidade maior e mais conforto que um sistema de corredores proporciona.

Em corredores, os ônibus não ficam presos no trânsito e por isso conseguem oferecer mais confiabilidade em relação a cumprimento de horários e trajeto total da viagem. Além disso, apesar de existir, a lotação pode ser mais facilmente revertida em ônibus de corredores pela maior flexibilidade dos horários e disponibilidade dos veículos em operação de fato. O tempo que o ônibus fica fora da garagem é melhor aproveitado, já que sem enfrentar trânsito, os veículos de transportes coletivo conseguem fazer mais viagens.

É um recado claro para os responsáveis pelas políticas de mobilidade que a priorização dos transportes, inclusive com a construção de corredores de ônibus, deixou de ser um discurso de especialista e se tornou anseio da população.

CORREDOR ABD TEM MELHOR AVALIÇÃO QUE O METRÔ

Um exemplo de que os corredores de ônibus têm a preferência da população é o sistema operado pela Metra, o Corredor ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, a Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, com extensão entre Diadema (ABC Paulista) e a região do Brooklin, na zona Sul de São Paulo.

De acordo com a pesquisa realizada em 2011, 79% das pessoas aprovam os serviços da Metra, o que indica melhoria em relação ao ano de 2010, quando 70% das pessoas aprovaram os serviços dos ônibus e trolebus do ABC Paulista.

O índice é superior ao da aprovação do Metrô, que conseguiu 74% de avaliações positivas. Em relação ao ano passado, o Metrô teve uma queda na aprovação de 10%. No ano passado, o metrô teve 84% de aprovação.
O melhor índice de aprovação do metrô foi em 1999, quando 96% das pessoas consideravam o sistema ótimo ou bom.
Mesmo com a expansão do metrô, a lotação das composições, problemas operacionais e rede ainda insuficiente colaboram para a queda no índice de satisfação.

Os ônibus intermunicipais da Região Metropolitana tiveram aprovação de 51% em 2011 contra 59% no ano de 2010.
Os trens da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos também tiveram queda na avaliação positiva. Em 2011, 48% aprovaram os serviços contra 54% em 2010. Lotação e intervalo entre as composições foram as principais queixas dos passageiros.

Os ônibus municipais, fora da Capital Paulista, que incluem o ABC e outras regiões tiveram a pior avaliação entre todos os modais: apenas 36% de aprovação em 2011. Uma expressiva queda em relação a 2010, quando foram aprovados por 55% dos entrevistados.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


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Grande Recife: Começam as obras do corredor exclusivo de ônibus do Ramal Cidade da Copa

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Diante de um público de aproximadamente 200 pessoas, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assinou na manhã de sábado (01), a ordem de serviço para a construção do corredor exclusivo de ônibus Ramal Cidade da Copa. A assinatura, feita no terreno onde será construído o ramal, próximo da cidade da copa e da Arena Pernambuco, marcou o início da construção das obras de mobilidade para a copa do mundo de 2014, um legado para o Estado de Pernambuco. Ainda durante a solenidade, o governador e o Secretário das Cidades, Danilo Cabral, assinaram o Projeto de Lei que estabelece os parâmetros que orientarão a licitação da concessão das linhas de ônibus da RMR.

Para o secretario das cidades, Danilo Cabral, o anuncio tem um símbolo especial. “Em 10 de agosto, anunciamos o lançamento do edital de licitação para construção dos Corredores Norte-Sul, Leste-Oeste, Ramal Cidade da Copa e Terminal Integrado Cosme e Damião. E, é com alegria que viemos hoje, anunciar, o início das obras da intervenção mais importante para as obras de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014 que é o Ramal Cidade da Copa”, comemorou.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, comemorou a antecipação no calendário das obras. “Foi acordado com a Presidência da República que até dezembro deste ano estaríamos iniciando a construção dos corredores exclusivos de ônibus, mas nos antecipamos e com uma antecedência de 90 dias anunciamos o início da primeira obra de mobilidade. Além disso, até 30 de outubro, as obras dos corredores Leste-Oeste, Norte-Sul e Terminal Cosme e Damião serão iniciadas. Isso para nós e importante, porque desta forma poderemos concorrer a Copa das Confederações”, ressaltou.

Para o Ramal Cidade da Copa serão investidos R$ 131 milhões – recursos do Programa de Aceleração do Crescimento destinados às obras para a Copa do Mundo de 2014 (PAC Copa) e do Tesouro Estadual. Do PAC, o Governo conta com R$ 99 milhões de financiamento e fará uma contrapartida de R$ 32 milhões. Serão 18 meses de obra, o que significa que no primeiro semestre de 2013 o projeto estará concluído.

Traçado: O Ramal Cidade da Copa tem início na Avenida Belmino Correia, em Camaragibe, próximo à Estação do Metrô e do Terminal Integrado de Camaragibe. Com 6,3 Km de extensão, o Ramal segue paralelo a linha do metrô, passando pelo rio Capibaribe e cruzando a Cidade da Copa, até a BR-408, que está sendo duplicada. Além do corredor exclusivo de TRO, o ramal cidade da copa terá duas pistas de carro em cada sentido e uma ciclovia. Será construída uma ponte sobre o rio Capibaribe e um viaduto sobre o metrô.

A obra será dividida em duas etapas: na primeira, será feita uma intervenção de 3,76km, iniciando pelas proximidades do rio Capibaribe e seguindo até a BR-408 passando pela Cidade da Copa. Na segunda fase, a obra vai do Terminal de Camaragibe, próximo a Avenida Dr. Belmino Correia, e segue até a estação de Metrô Cosme e Damião – uma extensão de 2,65 km. Serão 18 meses de obra, o que significa que no primeiro trimestre de 2013 a obra estará concluída.

Segundo o secretário, Danilo Cabral, o governo tem pressa e irá acelerar o processo de construção do ramal. “Ficaremos atentos aos prazos, pois sabemos da importância que a obra tem para a estruturação da cidade da copa. Iremos trabalhar para que a primeira etapa (trecho interno) que começa no rio Capibaribe e vai até a BR-408 fique pronto até o final de 2012. Temos pressa e vamos corresponder às expectativas da população”.

Sistema TRO – O Transporte Rápido de Ônibus (TRO) é um sistema onde os ônibus trafegam em faixas exclusivas, possuem ar-condicionado, GPS, sistema de segurança através de registro de imagens e contagem eletrônica de passageiros. As tarifas são cobradas antes de o passageiro entrar nos ônibus e os embarques e desembarques são feitos em estações construídas no mesmo nível dos coletivos, agilizando o tempo de parada dos veículos.O Sistema já é utilizado em cidades como Bogotá (Colômbia), Johanesburgo (África do Sul) e Curitiba (Brasil).

Demais intervenções: Dentro das ações do PROMOB, o Governo também está com a licitação das obras de implantação dos corredores exclusivos de ônibus dos eixos Norte-Sul, Leste-Oeste e ainda do Terminal Integrado Cosme e Damião em andamento. Ao todo, um investimento de R$ 476 milhões, sendo R$ 129 milhões de recursos do Tesouro Estadual e R$ 347 milhões do PAC Copa. Para o Norte-Sul, o investimento será de R$ 159 milhões, já o Leste-Oeste terá um custo de R$ 165 milhões e o Terminal de Integração Cosme e Damião está orçado em R$ 18,5 milhões.

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Fonte: Governo do Estado

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Rio vai ganhar mais seis corredores exclusivos para ônibus em Ipanema, Leblon e Méier até dezembro

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Rio vai ganhar mais seis corredores exclusivos para ônibus em Ipanema, Leblon e Méier até dezembro. A exemplo do sistema BRS que já existe em Copacabana, os trajetos terão câmeras de monitoramento, faixas e pontos exclusivos nas ruas Visconde de Pirajá e Prudente de Moraes (Ipanema), avenidas Ataulfo de Paiva e General San Martin (Leblon) e Avenida Marechal Rondon e Rua 24 de Maio (Méier). A informação foi divulgada ontem pelo subsecretário municipal de Transportes, Carlos Maiolino, durante o seminário sobre corredores exclusivos para ônibus, no Estácio.

Estudos para implantar os corredores de Ipanema e Leblon estão adiantados: “A preocupação é com a pavimentação das vias. As ruas serão fresadas, pavimentadas e sinalizadas antes de implantarmos o sistema. Estamos verificando se haverá redução ou mudança de itinerário”, diz Maiolino. A Secretaria Municipal de Obras já começou a melhorar o asfalto da Av. Ataulfo de Paiva.
Av. Marechal Rondon, no Méier, passará por fase de recapeamento e sinalização para receber corredor BRS | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Maiolino garantiu que outros oito corredores serão implantados em outros bairros até o fim de 2012. O planejamento inclui as avenidas Rio Branco, Presidente Vargas (dois sentidos) e Rua 1º de Março, no Centro. Em Botafogo, o BRS vai passar pelas ruas São Clemente, em direção à Zona Sul, e Voluntários da Pátria, no sentido Centro.

Já na Tijuca, Zona Norte, os corredores serão implantados nas ruas Conde de Bonfim e Dr. Satamini. O primeiro sairá da Pça. Saens Peña e irá até a Av. Paulo de Frontin e outro seguirá pela Dr. Satamini até a Saens Peña.

Em Copacabana, os corredores reduziram o tempo de viagem dos ônibus. Na Av. Nossa Senhora de Copacabana, percurso que levava 23 minutos caiu para 12. Na Rua Barata Ribeiro, os ônibus passaram a cruzar a via em 11 minutos, oito a menos que antes. A Secretaria de Transportes constatou que a frota sofreu redução de 24%.

Passageiros aprovam mudança

Pesquisa do Instituto Insider a pedido da Fetranspor constatou que o trânsito melhorou em Copacabana após a implantação dos corredores exclusivos de ônibus nas Av. Nossa Senhora de Copacabana e Rua Barata Ribeiro. Em fevereiro, antes da introdução do sistema BRS, só 16% consideravam ‘boa’ (14%) ou ‘ótima’ (2%) a circulação de veículos pelo bairro. No estudo divulgado ontem, o índice subiu para 41%.

Em fevereiro, 45% classificaram como ‘ruim’ (27%) ou ‘péssima’ (18%) a circulação de veículos no bairro. No novo estudo, o índice caiu para 21%. Os pesquisadores entrevistaram 400 pessoas — 200 moradores de Copacabana, 150 trabalhadores e 50 turistas nos dias 1º de fevereiro e 20 de maio. A pesquisa constatou que a sigla BRS (Bus Rapid Service) era desconhecida por 94% em fevereiro. Já em maio, apenas 41% disseram desconhecer a marca.



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Especialistas sugerem integração do sistema de transporte público de São Paulo com forte investimento em metrôs e trens

domingo, 1 de maio de 2011

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil afirmam que a única solução possível para diminuir o congestionamento em São Paulo é investir na integração do sistema de transporte público, além de ampliar a rede de metrôs e trens.
Eles ressaltam, no entanto, que o metrô requer altos investimentos, além de ser um projeto de tempo de execução longo. Segundo os especialistas, na capital paulista, no curto prazo, poderia ser ampliado e modernizado o transporte por meio de ônibus. Eles recomendam também a criação de corredores exclusivos para os ônibus.
“Os automóveis ocupam de 80% a 90% do espaço viário para transportar metade da demanda de clientes [pessoas]. Os ônibus ocupam, no máximo, 10% ou 20% do espaço para levar a outra metade”, disse Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transportes. Nessa comparação, Figueira destaca que não está considerando o transporte feito por trilhos.
São Paulo tem uma população de 11 milhões de habitantes. Segundo a SPTrans, empresa responsável pelo transporte de ônibus na capital, somando a população da região metropolitana, são 17 milhões de pessoas.
Cerca de 55% das viagens na região metropolitana, de acordo com a empresa, são feitas em transporte coletivo, num total de 6 milhões de passageiros transportados por dia. Para atender a essa demanda, existem 16 consórcios operando na região, com 15 mil veículos, em mais de 1,3 mil linhas. Na capital, existem atualmente dez corredores de ônibus.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte, a média de passageiros transportados por ônibus, em março, chegou a 250,9 milhões, enquanto o metrô transportou 89,8 milhões. Por dia útil, os ônibus transportaram, em março, a média de 9,8 milhões de passageiros. A média diária no metrô foi 3,6 milhões.
O pouco investimento no sistema de transporte coletivo faz com que se crie, em São Paulo, de acordo com Figueira, uma cultura voltada para o transporte individual, o que amplia os congestionamentos. “Nos anos 60, muita gente andava de ônibus. Ônibus era bom? Não. Os filhos dessas pessoas vieram e é a lei do mercado: a pessoa estudou, fez faculdade, evoluiu e a primeira coisa que ela quer fazer é sair do ônibus porque o serviço é ruim. É um processo autofágico. Está se plantando um não usuário a partir daí”, lamentou.
Para Figueira, o ideal é destinar duas faixas por sentido nas principais avenidas da capital para o deslocamento de ônibus. A sugestão dele é que a faixa da esquerda seja exclusiva para ônibus urbano e a do meio, para ultrapassagem de ônibus em horário de pico, ônibus fretado, táxi com passageiro e automóveis com duas ou mais pessoas. As outras faixas seriam destinadas para os demais veículos.
“Numa faixa de ônibus, se consegue levar, de 10 a 15 mil passageiros por hora/sentido. Na faixa de automóveis, não se leva mais do que mil ou 1,5 mil pessoas por hora/sentido, uma relação de dez para um”, exemplificou o consultor.
Segundo Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis, implantar corredores de ônibus e planejar as linhas dos coletivos não têm custo muito elevado. “Pode-se começar a fazer os investimentos em transporte público agora, com essas medidas de menor custo”, afirmou. E a vantagem desse tipo de transporte, de acordo com ele, é que os ônibus alcançam praticamente todos os bairros da cidade.
Mas, para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, investir somente em ônibus não resolverá o problema. Ele acredita que a melhor solução para a questão da mobilidade é o metrô.
“Os corredores de ônibus, sozinhos, não têm capacidade para atender à demanda na cidade de São Paulo. O corredor de ônibus tem um limite físico operacional que se dá, teoricamente, em cerca de 46 mil passageiros por hora/sentido. Já o metrô chega a 96 mil passageiros hora/sentido, podendo até ultrapassar isso com medidas de redução de intervalo entre as composições”, observou. Ejzenberg enfatizou ainda que os corredores de ônibus têm uma limitação pelo fato de que nem toda avenida os comporta. Já no caso do metrô, faz-se uma rede pelo subsolo.


Fonte: Agência Brasil

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Carroça e maratonista são mais rápidos que ônibus em corredores de São Paulo

segunda-feira, 17 de maio de 2010


Se os ônibus de São Paulo disputassem a maratona de São Silvestre com a velocidade média em que andam na cidade, ficariam longe do pódio. Dados da SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo em São Paulo) apontam que os ônibus trafegam com velocidade entre 12 km/h e 19 km/h nos corredores exclusivos da capital. Um maratonista profissional corre a 20 km/h.
E não são só os atletas que venceriam os coletivos: carroças puxadas por dois cavalos andam a 26 km/h, velocidade superior às verificadas nos corredores. As comparações são do consultor de trânsito e planejamento urbano Sérgio Gollnick. Especialistas ouvidos pelo R7 definem como "baixa" a velocidade dos ônibus na cidade. Para Gollnick, o ideal seria entre 23 km/h e 25 km/h. Já o também consultor de trânsito Horácio Figueira fala em 20 km/h.
Em alguns corredores, como o Pirituba - Lapa - Centro e o Vereador José Diniz - Ibirapuera - Santa Cruz (ambos com média de 12 km/h), se não fosse o trânsito, a carroça desenvolveria o dobro da velocidade. Bem humorado, Sérgio Gollnick vai além: nessas duas pistas exclusivas, os ônibus são tão rápidos quanto um camelo no deserto, cuja velocidade média também é de 12 km/h.
Em nota, a prefeitura diz que o corredor da avenida Vereador José Diniz, inaugurado em 2008, melhorou o fluxo da região. A SPTrans diz, por meio de nota, considerar a velocidade de 19 km/h um "desempenho bom". Entretanto, só o corredor da Paes de Barros, na zona leste, chega a essa velocidade. A prefeitura considera a pista elevada do Expresso Tiradentes - que não enfrenta o trânsito da capital, só parando nas estações - como um corredor de ônibus, que chega a 36 km/h, velocidade média adequada para os critérios de especialistas.

A pesquisa Desempenho do Sistema Viário Principal de 2009, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), apresentada na última segunda-feira (10) na Câmara de Vereadores de São Paulo, mostra que mais de um terço (35%) dos ônibus trafegam em todas as vias da cidade abaixo de 14,9 km/h. A pesquisa mediu a velocidade de 469 km das principais vias de São Paulo, incluindo as que têm corredores exclusivos. Para Gollnick, 18 km/h seria a velocidade mínima para os coletivos fora dos corredores.

O presidente da ANTP (Associação Nacional do Transporte Público), Ailton Brasiliense Pires, lista três sugestões que fariam a velocidade dos ônibus em São Paulo melhorar:

1- Dar a possibilidade de ultrapassagem dos ônibus nos corredores ao menos nos horários de pico; com isso, as vias para carros seriam reduzidas para que os coletivos pudessem fazer a ultrapassagem

2- Distribuir melhor os pontos de ônibus para evitar a concentração de pontos de lentidão

3- Semáforos inteligentes que priorizem a passagem de ônibus


Levantamentos da ANTP dão conta que as faixas de ônibus levam no mínimo dez vezes mais pessoas do que as de automóveis.

– As políticas da prefeitura priorizam a quantidade de veículos. A prioridade deveria ser quantidade de pessoas transportadas. Outro lado Por meio de nota, a prefeitura lista uma série de melhorias do sistema viário feitas ao longo da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Entre elas, a obras de recuperação do pavimento de sete dos dez corredores de ônibus. A prefeitura promete o mesmo em outros dois corredores ainda neste ano.

O texto também menciona o corredor Jardim Ângela, que tem velocidade média de 13 km/h.– Na região sul da cidade, o corredor Jardim Ângela - Guarapiranga - Santo Amaro, que enfrentava problemas de lentidão dos coletivos especialmente a partir de março de 2010 na região da estrada do M'Boi Mirim, teve seu desempenho melhorado com a adoção de uma faixa reversível para ônibus. Implantada em duas etapas, em março e em abril, são no total 2.500 metros de extensão. Após sua ampliação, registramos na faixa das 7h uma melhoria de 50% no tempo de percurso.
A SPTrans disse, por meio de nota, reconhecer os problemas citados pelos especialistas ouvidos pela reportagem. O órgão afirma que desenvolve projetos em corredores para melhorar o transporte coletivo na cidade:
* Monotrilho da zona sul, entre Santo Amaro e Piraporinha, que segue traçado alternativo ao do atual corredor de ônibus da estrada do M'Boi Mirim. O trem deverá futuramente ser integrado à linha 9 (Esmeralda) da CPTM, na estação Socorro, e à linha 5 (Lilás) do Metrô, na estação Santo Amaro. Previsão de entrega da primeira etapa: 2012.* Novo corredor Capão Redondo - Vila Sônia, que vai ligar o corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro pelas avenidas estrada do Campo Limpo até a região do Capão Redondo.
* Reforma da parada Juscelino Kubitschek do corredor Santo Amaro no cruzamento com a avenida Santo Amaro, que deve mudar de lugar para facilitar o fluxo.* Reforma da parada Vital Brasil do corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro na altura da praça Jorge de Lima (Butantã), com o desmembramento da parada no sentido centro e reinstalação da parada no sentido bairro.

Fonte: R7.com
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Prefeitura de São Paulo não cumpre meta dos 66 km de corredores de ônibus

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Oito horas da manhã e os ônibus disputam espaço com carros e caminhões na Estrada do Campo Limpo, na Zona Sul da cidade. Os semáforos abrem e fecham e os veículos avançam poucos metros.

Essa cena corriqueira não se repetiria todos os dias se a Prefeitura tivesse cumprido sua meta de implantar 66 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, inclusive nessa via.


Apenas 12 quilômetros, menos de 20% da meta, foram concluídos desde 2006 e a cidade tem hoje apenas 0,73% de suas vias com corredores.

 
São Paulo tem uma frota de 15 mil ônibus, que cobrem 1.342 linhas de Norte a Sul e Leste a Oeste. Para traçar um raio-X desse serviço, às vésperas das eleições, o DIÁRIO inicia hoje uma série de reportagens, na qual percorreu a linha campeã de reclamações, a melhor avaliada pelos usuários e o maior corredor exclusivo. Testou os avanços tecnológicos que estão disponíveis e flagrou esquemas clandestinos de transportes. Ouviu ainda especialistas, que apontaram problemas e soluções para o transporte público na maior cidade da América Latina.

“Essa atual administração não deu continuidade ao plano de investimentos em transporte público que vinha sendo implantado há dez anos”, afirmou Flamínio Fichmann, consultor de transportes.

“A Prefeitura está investindo em trilhos, o que não é da sua competência, e deixando os ônibus de lado.” Fichmann se refere ao fato de o governo municipal estar colocando recursos próprios no Metrô e em monotrilho, modais da responsabilidade do estado.

Outro especialista, Horácio Figueira, vai além ao falar na falta de prioridade do transporte coletivo sobre pneus. “O congestionamento de automóveis é inevitável, mas o de ônibus é imperdoável.”

Ambos defendem medidas já adotadas em outras cidades, como Curitiba, no Paraná, para dar maior fluidez ao tráfego de coletivos. Uma delas é um sistema nos semáforos que detecta a presença do ônibus e aumenta o tempo em verde enquanto diminui o de vermelho para eles passarem. “Essa medida adotada em Londres, na Inglaterra, em 1977, diminui o tempo do percurso em 30%”, disse Figueira.

Outra ação, ainda mais simples, segundo o consultor, é permitir que ônibus façam ultrapassagens nos corredores, utilizando as faixas destinadas aos carros, como é permitido no caso dos táxis. “Às vezes, um ônibus estaciona para descer um idoso e fica três minutos parado, formando uma fila atrás dele”, afirmou Figueira.
“Permitir a ultrapassagem seria péssimo para os carros, mas ótimo para os coletivos. É isso o que importa quando pensamos no sistema de transportes de uma cidade.”

O objetivo dessas medidas é aumentar a velocidade média nos principais corredores da cidade, que em horários de pico chega a ser a mesma de um pedestre, de acordo com o monitoramento realizado.

Nem metade das metas de mobilidade foi cumprida

A Prefeitura não cumpriu nem a metade das promessas de mobilidade urbana previstas no plano de metas Agenda 2012.

Entre elas estava a requalificação de dez terminais urbanos. Apenas dois foram concluídos: o Terminal Cidade Tiradentes, na Zona Leste, e o Terminal Jardim Ângela, na Zona Sul. Outra meta previa a requalificação de 38 quilômetros de corredores exclusivos. Apenas o Corredor Rebouças, de dez quilômetros, recebeu reparos.

Também na Agenda 2012 aparece a construção de nove terminais urbanos. Apenas um, o Campo Limpo, na Zona Sul, foi entregue. O programa de metas previa ainda a conclusão do corredor Expresso Tiradentes e a revitalização de 46% dos abrigos de pontos de ônibus. Nenhuma dessas metas foi concluída.

A Prefeitura disse que lançou licitação em abril passado para a construção de novos corredores de ônibus. No total, serão 68,5 quilômetros de vias exclusivas para o transporte público. A previsão de investimento é de R$ 2 bilhões. “Como o sistema de transportes da cidade de São Paulo deve operar de forma integrada entre os modais de pneus e trilhos, a Prefeitura já aplicou R$ 1 bilhão na expansão da rede de Metrô.” Além disso, a Secretaria Municipal de Transportes vai implantar mais de 130 quilômetros de corredores de ônibus à direita das vias e faixas exclusivas.

Fonte: Diário de São Paulo


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Em SP, MP dá 45 dias para Prefeitura proibir táxis nos corredores de ônibus

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes afirmou nesta terça-feira, 17, que recomendará à Prefeitura de São Paulo revogar em até 45 dias a portaria que permite aos táxis usar os corredores exclusivos de ônibus. Caso a ordem não seja cumprida, o Ministério Público Estadual ajuizará uma ação civil pública contra o governo municipal. Um estudo da Secretaria Municipal dos Transportes mostra que, sem os táxis, os corredores seriam 25% mais rápidos para os ônibus.

"Findo esse prazo, sem uma justificativa plausível que leve a uma eventual renovação desse prazo, o Ministério Público ajuizará ação civil pública contra a Prefeitura, porque o nosso compromisso único e exclusivo está voltado para a população que usa ônibus na cidade", disse Ribeiro Lopes em uma entrevista da qual participou o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto.

Ainda de acordo com ele, pesquisas mostram que o paulistano médio perde quatro anos de suas vidas no trânsito. O levantamento feito pela Prefeitura a pedido da própria Promotoria mostrou que a velocidade dos ônibus pode aumentar 25% caso os táxis sejam proibidos nos corredores. "Estamos devolvendo para essas pessoas um ano de vida", declarou o promotor. "Sinto-me profundamente devedor de um ano de vida, de satisfação, a essas pessoas."


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O secretário Tatto, contudo, afirmou que não tem uma decisão sobre o assunto, argumentando que o tema precisa ser debatido com "os interessados", tanto no Conselho da Cidade quanto no de Transportes e Trânsito. Ainda assim, o dirigente declarou que os táxis "atrapalham" o deslocamento dos ônibus nos corredores. "Tudo o que invade o corredor atrapalha o ônibus. Só não sabíamos o quanto atrapalha. Verificamos que 1% dos usuários de carro (táxis) atrapalha 99% dos usuários do transporte coletivo."

O próprio levantamento da Prefeitura, entregue a Ribeiro Lopes na semana passada, recomenda a retirada dos táxis dos corredores.

A decisão não versa sobre as faixas exclusivas de ônibus, que ficam à direita na pista, e onde os táxis nunca puderam entrar.

Protesto. Nessa segunda-feira, 16, taxistas fizeram uma carreata nas regiões sul e central de São Paulo para protestar contra a proibição de circular nas faixas e corredores exclusivos de coletivos na capital. O comboio foi até o Aeroporto de Congonhas e depois seguiu para a Prefeitura.

Informações: MSN
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No Grande Recife, Falta de corredores causam atrasos nos deslocamentos de ônibus

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Todos os dias, cerca de 2 milhões de passageiros utilizam o ônibus como meio de transporte na Região Metropolitana do Recife, através dos coletivos do Grande Recife Consórcio de Transportes (GRCT). São 390 linhas, cerca de 3 mil ônibus, que realizam aproximadamente 26 mil viagens diariamente. O maior desafio, para a população, é driblar os atrasos e os veículos lotados nos horários de pico.

Morando no bairro de Maçaranduba, em Jaboatão dos Guararapes, a técnica de enfermagem Izete Azevedo se desdobra para chegar até o Hospital Getúlio Vargas, no Recife, onde trabalha. “Os ônibus demoram, eu às vezes ando até outro ponto, para pegar outra linha, para ver se consigo ir. São dois ônibus, além do metrô, para chegar no HGV. E ainda mudaram a linha do ônibus que eu pegava, já não tinham muitos”, reclama Izete.

As mudanças de roteiro nas linhas acontecem, por vezes, devido a pedidos da população. “O transporte público é muito dinâmico. As linhas aumentam de acordo com a necessidade, mas é preciso entender que, para criar uma linha, é preciso demanda e que a prefeitura dê a infraestrutura necessária para que o coletivo passe por lá. Tem lugar que não é pavimentado e o ônibus passa, mas com dificuldade”, explica o presidente do Consórcio, Nélson Menezes.

O valor da passagem é definido através do Conselho do Consórcio, que é formado por representantes tanto do governo quanto da sociedade civil. O último reajuste aconteceu em janeiro deste ano, fazendo com que as passagens custem a partir de R$ 1,40 (Anel G) - aos domingos, a tarifa é reduzida, custando a partir de R$ 1,10 (anéis A, D e G). Confira na tabela ao lado o preço atual das passagens do GRCT.

Embora a administração do GRCT seja feita em conjunto, atualmente, pelas prefeituras de Olinda e Recife, além do governo estadual, a responsabilidade do transporte público dentro das cidades permanece sendo dos governos municipais. “As prefeituras são obrigadas a tomar conta de seu transporte, não podem delegar a ninguém. No Consórcio, elas administram em conjunto. Pensar o transporte dessa forma, no Recife, é uma facilidade, devido à densidade da Região Metropolitana, que mais parece uma cidade só. Se você pensar separadamente, ia ser muito difícil para a população. Imagine a quantidade de pessoas que trabalha em uma cidade e mora em outra sem ter como ir de ônibus?”, reflete Menezes.

TRO
O professor doutor na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e atuante na pesquisa do transporte do Grande Recife Oswaldo Lima Neto lembra que os corredores exclusivos poderiam ajudar a desafogar o trânsito, ao menos para os ônibus. “O seu dia fica menor com as demoras. A gente perdeu a precisão no deslocamento, você não tem certeza da hora que o ônibus vai passar, não consegue prever que sai daqui e em 20 minutos chega ao destino”, diz Lima Neto.

Essa previsibilidade pode ser reconquistada através dos corredores de ônibus, em especial os do transporte rápido por ônibus (TRO), que vão se implantados de Igarassu ao Centro do Recife. Esses veículos terão plataforma de embarque/desembarque em nível, seguindo o modelo do metrô, com pagamento adiantado da passagem, o que tende a agilizar o embarque e desembarque. “Já faz mais de 30 anos que esse tipo de transporte existe. Você tem para mais de 100 projetos funcionando no mundo todo. O mais famoso deles é o Transmilênio, em Bogotá, capital da Colômbia, que funciona que é uma beleza”, conta o professor.

O sistema conhecido como ‘Transmilênio’ se tornou o único grande projeto de transporte público aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A criação de corredores exclusivos de ônibus deixou as viagens muito mais rápidas. Com isso, sete em cada dez habitantes usam o transporte público. O Transmilênio permitiu a retirada de circulação de 7 mil ônibus particulares pequenos, o que ajudou a reduzir ainda o consumo de combustível.

Katherine Coutinho
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São Paulo precisa de mais 3 mil ônibus nos novos corredores exclusivos e faixas preferenciais

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Prefeitura comemora os números que comprovam um aumento de 70% na velocidade média dos ônibus depois da criação dos últimos 70 quilômetros de faixas exclusivas na cidade. Mas nem todos os passageiros que transitam por essas rotas tiveram uma economia de tempo nos seus deslocamentos. Isso porque eles ainda passam muito tempo nos pontos esperando pelos coletivos e, quando eles chegam, estão lotados.

A meta da Prefeitura é terminar essa gestão, em 2016, com a implantação de 150 quilômetros de faixas exclusivas e mais 150 quilômetros de corredores. Mas isso pouco adiantará se não forem colocados mais ônibus para circular e se a rede não for adequada para essa nova realidade. Na estimativa do engenheiro Horácio Figueira, especialista em transportes, será necessário um acréscimo de três mil ônibus na frota atual, de 15 mil  coletivos, para dar vazão à demanda gerada por essas novas vias. Além disso, de acordo com o especialista, será necessária a utilização da frota inteira em tempo integral. Hoje, a totalidade dos ônibus só circula nos horários de pico.


A rede de ônibus de São Paulo conta com 1.320 linhas para atender 9,8 milhões de embarques de passageiros por dia. A SPTrans, que administra o sistema, realiza um estudo para reorganizar as linhas para a realidade gerada com a implantação dos novos corredores e faixas exclusivas. “Algumas linhas deverão ser remanejadas para as novas faixas para melhor aproveitar suas vantagens”, disse a estatal.

Segundo Ana Odila de Paiva Souza, diretora de planejamento da SPTrans, a tendência é que a cidade tenha menos linhas com mais frequência de ônibus. “Essa medida tornará o sistema mais racional e fará com que as pessoas fiquem menos tempo nos pontos.”

Isso é o que espera a funcionária pública Micaela da Silva, que usa o transporte público para ir ao trabalho, na Avenida Doutor Arnaldo, na Zona Oeste. “A implantação da nova faixa ainda não me trouxe benefício”, afirmou. “Quando entro no ônibus ele vai rápido, mas demora muito para passar e vem lotado.”  Mesma opinião tem a oficial administrativa Fabiana Singi. “Algumas linhas demoram muito. Os ônibus empacam onde não tem faixa.”

Mais quatro trechos exclusivos começaram hoje

Mais quatro trechos de faixas exclusivas para ônibus serão implantados hoje pela Prefeitura, dentro da Operação Dá Licença para o Ônibus, realizada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e pela SPTrans. As avenidas Águia de Haia, na Zona Leste, Brigadeiro Luís Antônio, na região central, Francisco Matarazzo, na Zona Oeste, e a Rua João Teodoro, na região central, terão vias exclusivas para o transporte coletivo em dias e horários determinados.

Na Avenida Águia de Haia, o transporte coletivo terá exclusividade de circulação na nova faixa em toda a sua extensão, desde a Avenida São Miguel até o acesso à Radial Leste, totalizando 4,3 quilômetros. Ela vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 5h às 9h, no sentido Centro e, das 17h às 20h, no sentido bairro. 

Na Brigadeiro Luís Antônio, a faixa funcionará em toda sua extensão de 4,8 quilômetros, desde a Praça Dom Gastão Liberal Pinto até a Rua Maria Paula. A nova faixa estará à direita da via e vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h e, aos sábados, das 6h às 14h.  No sentido do bairro, será colocada faixa complementar a já existente no contrafluxo do tráfego geral, interligando assim todos os trechos da avenida nesse sentido. 

Na Avenida Francisco Matarazzo, no sentido bairro, serão 200 metros de faixa exclusiva à esquerda, próximo ao Viaduto Pompeia. Já no sentido Centro, a faixa exclusiva à esquerda terá 300 metros e estará no acesso à Avenida General Olímpio da Silveira.

A exclusividade para o transporte coletivo na nova faixa da Avenida Francisco Matarazzo valerá de segunda a sexta-feira, das 4h às 23h, e aos sábados, das 4h às 15h. 

Por fim, na Rua João Teodoro, a nova faixa terá extensão total 900 metros,  entre as avenidas do Estado e Tiradentes, e funcionará de segunda a sexta-feira, das 6h às 10h.

As engenharias de campo da CET e da SPTrans vão monitorar e orientar o tráfego nessas  regiões. Os motoristas ainda não serão multados nesse período inicial.

Entrevista - Horácio Figueira, especialista em transporte

‘A cidade já vive em constante estado de pico’

Engenheiro especialista em transportes, Horácio Figueira é um dos maiores defensores do transporte público e acredita que os corredores exclusivos são a solução para a prioridade que os ônibus devem ter nas ruas de São Paulo.

DIÁRIO_ Os corredores são a solução para os nossos ônibus?
HORÁCIO FIGUEIRA_ Sim. A cidade necessita de 400 quilômetros de corredores. Isso não foi feito até hoje porque aqui o “deus” automóvel sempre falou mais alto. Agora temos de comemorar a iniciativa do prefeito (Fernando Haddad) em retomar esse processo.

Mas bastam os corredores ou serão necessários mais ônibus?
Cada quilômetro de corredor vai atrair uma média de dez mil passageiros por dia. Isso vai gerar uma nova demanda e a rede precisa se adequar a isso.

Novos ônibus serão necessários?
Não mais do que três mil ônibus a mais serão necessários. Mas para isso a Prefeitura tem de negociar com as empresas para colocar os ônibus por mais tempo nas ruas. Hoje, a totalidade da frota, de 15 mil ônibus, só circula nos horários de pico e, na verdade, a cidade já vive em constante estado de pico. O horário do almoço já pode ser considerado como hora de pico e isso faz com que cada pico quase se emende com o outro. Portanto, os 15 mil ônibus da frota atual têm de estar na rua o dia inteiro para dar conta da demanda que vai ser gerada com as faixas e os corredores.

Por Fernando Granato
Informações: Diário de SP
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Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre pretendem iniciar novas operações em sistemas BRT nos próximos meses. Até 2016, mais mil quilômetros devem ser implantados

Do projeto abstrato às pis­tas concretas. Após qua­tro anos do lançamento do Programa de Acelera­ção do Crescimento “PAC Copa do Mundo”, é assim que, em breve, sete cidades brasileiras, que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, poderão resumir os longos meses de investimentos na moderna, efi­ciente e sustentável mobilidade ur­bana tão sonhada pelos brasileiros.

Desde 2009, o Governo Federal já disponibilizou R$ 51 bilhões para a infraestrutura do transporte público e da mobilidade urbana de forma geral. Os recursos foram disponibi­lizados por meio dos PACs Copa do Mundo, Mobilidade Grandes Cida­des e Mobilidade Médias Cidades. Hoje, parte dessa verba está sendo utilizada na implantação de corre­dores exclusivos de ônibus e siste­mas rápidos de ônibus, os conheci­dos BRT (Bus Rapid Transit).

Até 2014, a previsão é de inaugurar cerca de 250 quilômetros de novas linhas de BRT nas cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curiti­ba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Até 2016, 25 cidades brasilei­ras estarão com o foco na implanta­ção desses sistemas que prometem revolucionar a mobilidade urbana nessas cidades e inspirar outras ci­dades a investirem nessa solução.

No total, serão 113 projetos, sendo 53 de BRT com 697 km de extensão e 60 de corredores exclusivos, que somarão 575 km. Juntos, esses pro­jetos totalizam 1.272 km de vias para os ônibus circularem livres e com eficiência. Serão nove mil veículos BRT, operando em 442 estações e 60 terminais. Tudo isso em benefício de mais de 57 milhões de brasileiros.

BRASÍLIA

Mesmo não estando no cronogra­ma das obras de mobilidade urba­na para a Copa de 2014, a capital federal tem previsão de finalizar as obras do Expresso DF, sistema que ligará as regiões administrativas de Santa Maria, Gama, Park Way ao Plano Piloto - centro de Brasília- até dezembro de 2013. Com 43 km de extensão, o sistema terá capacida­de diária de transportar cerca de 200 mil passageiros. Ao todo, serão 15 estações com embarque em nível e 15 passarelas para a segurança de travessia dos pedestres.

Quando em operação, o BRT do Distrito Federal prevê uma redução no tempo de viagem de 90 para 40 minutos. O monitoramento da frota, feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO), ajudará no con­trole do tempo do percurso e tam­bém em casos de emergências. O novo sistema terá ramais no Gama (8,7km de extensão) e em Santa Maria (5,3km). O trecho se tornará único a partir de um ponto de en­contro na BR-040, a 27,8km de dois pontos de desembarque no Plano Piloto (terminal Asa Sul e rodoviá­ria do Plano Piloto).

BELO HORIZONTE

Outros projetos que estão em dia e devem ser inaugurados no primei­ro semestre de 2014 são os de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cida­de toca quatro obras de BRT previs­tas na matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo.

As quatro obras são: corredor Antô­nio Carlos/Pedro I, corredor Carlos Luz/Pedro II, corredor Área Central e corredor Cristiano Machado. Serão 41,6 quilômetros com mais de 60 es­tações e cerca de 420 ônibus. A de­manda diária estimada é de 750 mil passageiros em todos os corredores.

CAPITAL MINEIRA VAI INAUGURAR MAIS DE 40 KM DE CORREDORES EXCLUSIVOS PARA ÔNIBUS

O caso de Belo Horizonte é tão po­sitivo que foi usado recentemente como exemplo pelo juiz federal Mar­llon Sousa em uma decisão contra as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), que visava a construção e implantação do modal. Na decisão, o magistrado destacou que, se Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de habitantes, adotou o BRT, não há justificativa para Cuiabá es­colher o VLT, que é um modelo mais oneroso para o poder público.

Segundo o diretor-presidente da BH­Trans, Ramon Victor César, em cada corredor o sistema contará com li­nhas expressas e paradoras. Haverá ainda linhas interligando os corredo­res de BRT com os demais da cidade. “O BRT será expandido progressiva­mente para outros corredores que justifique a implantação de média/alta capacidade, conforme previsto no Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte. Estamos concluin­do o projeto na avenida Pedro II e o próximo a ser desenvolvido será o da avenida Amazonas. O plano prevê que toda a rede seja implantada até 2020”, afirma César.

CURITIBA

Cidade pioneira na concepção dos sistemas BRT, Curitiba, vai expan­dir a Linha Verde, o BRT brasileiro mais conhecido do mundo. O cor­redor, que hoje possui 22 km em sua extensão, já está em fase de construção de mais 3 km. O pro­jeto também contempla o fecha­mento lateral das estações tubos com vidros de película interna, ca­paz de reduzir a incidência de luz solar e aumentar o conforto térmi­co. As estações possuem sistemas de captação de águas de chuva, que serão utilizadas para a limpe­za das instalações.

Com recursos do PAC da Copa e contrapartidas, a extensão da Li­nha Verde Sul tem custo estimado de R$ 15,5 milhões e previsão de ser entregue à população até maio de 2014, conforme ofício entregue em dezembro de 2012 pela prefeitura da capital paranaense ao Ministério das Cidades. Por falta de repasse de recursos, as obras haviam sido paradas, mas foram retomadas em janeiro de 2013.

Atualmente, Curitiba opera com uma rede de transporte totalmente inte­grada formando um sistema comple­to de BRT com 81 km de extensão de corredores e ainda com a previsão de inauguração – em maio de 2014 – do Corredor Aeroporto Rodoviá­ria (15 km) e a reforma do Corredor Avenida Cândido de Abreu (1,1 km).

FORTALEZA

A prefeitura de Fortaleza, no Ceará, criou recentemente uma secretaria especial para a Copa do Mundo. A cidade deve receber dois jogos da seleção brasileira no Mundial. O órgão vai acompanhar as obras e tentar resolver os problemas de lo­gística que envolvem a criação dos corredores exclusivos para a im­plantação dos sistemas BRT.

Em um mês, a secretaria iniciou o acompanhamento semanal dos ór­gãos, instituições e empresas en­volvidas. “Entre eles, estão o des­locamento de linhas telefônicas, postes de iluminação pública e gás que não estavam previstos nem no projeto inicial nem no orçamento”, explica o secretário recém-nomea­do Domingos Neto. As obras agora se concentrarão nas etapas de alar­gamento, terraplanagem, pavimen­tação, urbanização, paisagismo e sinalização de vias.

Na capital cearense, são quatro projetos de BRT nas avenidas Dedé Brasil, Paulino Rocha, Alberto Cra­veiro e Raul Barbosa, que totali­zam 20 quilômetros de extensão. Serão 52 novas estações com de­manda diária estimada em 245 mil pessoas no total. Nos horários de pico, cada corredor atenderá a uma demanda concentrada que varia de 6 a 11 mil pessoas.

Segundo Domingos Neto, o projeto foi pensado não só para atender a rede hoteleira e turística, mas para facilitar o deslocamento em toda a cidade, deixando um legado para as próximas gerações. “As vias que dão acesso à região onde se loca­liza o setor hoteleiro, o aeroporto e o estádio Castelão estão nesse fluxo. Também estão regiões muito afetadas por congestionamentos. Tratam-se de vias que ligam os lo­cais de maior fluxo, onde as pes­soas trabalham, aos bairros dormi­tórios. O legado fica para a cidade, sem dúvida”, explica.

RECIFE DEVE INAUGURAR O BRT NORTE/SUL PARA BENEFICIAR 180 MIL PESSOAS

RECIFE

Os projetos dos três sistemas BRT previstos para a cidade de Recife fa­zem parte das obras de infraestrutu­ra de mobilidade urbana destinadas à Copa do Mundo de 2014. Juntos, somam cerca de 50 quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Ao longo de todo o sistema, serão im­plantadas ciclovias com o objetivo de estimular a integração com o transporte público. Os corredores previstos para serem entregues até o Mundial são o Norte/Sul, o Leste/Oeste e o Corredor Ramal da Copa.

O corredor Norte/Sul conta com dois trechos, sendo o primeiro já em obra com 33,2 km (de Igarassu até o Centro da Cidade), previsto para se­tembro de 2013, e com investimento de R$ 151 milhões. Esse trecho terá 33 estações e vai beneficiar cerca de 180 mil passageiros por dia quando estiver concluído. O segundo trecho, do Tacaruna até o Terminal de Joana Bezerra, cerca de 4,8 km de exten­são, terá sua obra iniciada ainda nes­te trimestre e contará com 9 esta­ções de embarque e desembarque. O investimento para esse trecho é de R$ 110 milhões. A obra será en­tregue em dezembro de 2014.

O corredor Leste/Oeste, previsto para fevereiro de 2014 terá 12,3 km de extensão e um investimento de R$ 145 milhões, beneficiando a re­gião metropolitana de Recife, por meio da interligação da Avenida Caxangá à Cidade da Copa. Isso será feito por meio da UR-7, em São Lourenço da Mata, onde o BRT atenderá o terminal e a estação de metrô a serem inaugurados.
Outro corredor que ficará pronto até 2014 será o Ramal da Copa. Com investimento de R$ 131 mi­lhões, o Ramal tem 6,3 km de ex­tensão e também vai operar com o sistema BRT ou o Transporte Rápido por Ônibus (TRO), como é chamado em Recife. Sua principal função é levar à população usuá­ria de ônibus até a Arena da Copa. Sua primeira fase (ramal interno) será entregue em abril de 2013. Em junho, para a Copa das Confedera­ções, outro trecho estará concluído e em dezembro deste ano, todo o Ramal será entregue. Serão benefi­ciados 20 mil passageiros/dia.

RIO DE JANEIRO

Outra cidade que está com os pro­jetos adiantados visando melhorias de mobilidade tanto para os even­tos esportivos quando para a popu­lação é o Rio de Janeiro. Em 2012, foi inaugurado o BRT Transoeste com 31 estações. O corredor tem 56 km de extensão total e liga a Bar­ra da Tijuca à Santa Cruz e Campo Grande com capacidade para trans­portar 220 mil passageiros por dia.

BRT TRANSCARIOCA TERÁ UMA PONTE EXCLUSIVA PARA OS ÔNIBUS.

A previsão é que até agosto deste ano o corredor esteja funcionando completamente com as 53 esta­ções previstas. Até agora, o projeto já atingiu o objetivo de reduzir pela metade o tempo de viagem do ca­rioca nessa região. Além do Tran­soeste, o Transcarioca também está previsto para ser concluído em 2013. A linha terá 41 km de extensão, 46 estações e capacidade máxima para transportar 400 mil pessoas por dia.

O BRT Transcarioca vai ligar o Ae­roporto Internacional Antônio Car­los Jobim até a Barra da Tijuca, passando pela Penha e a Ilha do Governador. Nesse trecho, está sen­do construída a Ponte Estaiada da Ilha do Governador, que será usada exclusivamente pelos ônibus. Serão 400 metros de ponte construídos ao lado do atual acesso sobre a Baía de Guanabara.

A expectativa é de grande redução no tempo de viagem. De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o trajeto entre a Ilha do Governa­dor e Santa Cruz, que é de até três horas em horário de pico, poderá ser feito em 50 minutos com os no­vos corredores.

O diretor de Comunicação e Marke­ting da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Esta­do do Rio de Janeiro (Fetranspor), Paulo Fraga, lembra que essa rapi­dez do deslocamento é o que faz do BRT um exemplo mundial para solução em transporte. “Na verda­de, o BRT é uma tendência mundial. Hoje, se você for parar para analisar, os grandes projetos de mobilidade urbana no mundo estão focados no BRT. E, se você for comparar, o cus­to para implantação da malha ferro­viária e metroviária é muito alto. Por isso, o BRT é tão viável”, justifica.

PORTO ALEGRE

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é mais uma cidade que está melho­rando sua mobilidade urbana por meio do BRT. A capital já possui três corredores - Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa -, que serão modernizados e um novo corredor, o Padre Cacique, será im­plantado. Juntos, esses corredores farão parte de um sistema tron­co-alimentador formando uma rede estrutural destinada a racionalizar e integrar o sistema de transporte público coletivo da cidade.

A cidade reinaugura até agosto des­te ano os corredores adaptados para BRT João Pessoa, Protásio Alves e Bento Gonçalves. O projeto com os três corredores prevê 17,2 quilôme­tros somando custos no valor de 199,5 milhões com desapropriações.

PORTO ALEGRE ESTÁ MODERNIZANDO OS CORREDORES EXCLUSIVOS PARA INAUGURAR BRT NESTE ANO

Na Avenida Bento Gonçalves a ade­quação será entre os terminais Aze­nha e o Terminal Antônio de Carva­lho, numa extensão aproximada de 6,5 km, e com previsão de 12 esta­ções de embarque e desembarque.

O corredor da Avenida Protásio Alves está localizado entre a Rua Sarmen­to Leite e a Rua Saturnino de Brito numa extensão de aproximadamente 7,5 km, com previsão de 14 estações de embarque e desembarque.

Já o corredor da Avenida João Pessoa terá a adequação no tre­cho compreendido entre a Avenida Azenha e Avenida Salgado Filho com extensão aproximada de 3,2 km, com previsão de 8 estações e 1 estação de integração multimodal.

DE OLHO NAS OBRAS

A NTU lançou em 2012 o projeto BRT Brasil no intuito de acompanhar a im­plantação desses projetos no Brasil. O monitoramento é realizado por uma rede técnica, composta por profis­sionais das empresas de transportes associadas e dos órgãos públicos envolvidos nas implantações do BRT. Essa rede alimenta o banco de dados da NTU, que pode ser consultada em www.brtbrasil.org.br.

O presidente da NTU, Otávio Cunha, lembra que em todo o Brasil serão 1.272 quilômetros de corredores. Isso representa investimentos pri­vados em veículos e sistemas in­teligentes com monitoramento da operação em tempo real, por GPS, e gerenciamento por meio do Cen­tro de Controle Operacional (CCO). “Estamos falando em R$ 8 bilhões de investimentos privados, 521 esta­ções e 60 terminais”, ressalta.

Cunha destaca que a priorização do transporte público coletivo em detrimento do individual é a solu­ção para melhorar a mobilidade nas cidades. Ele lembra que é possível, num sistema BRT, com ônibus arti­culados e biarticulados, atingir de­mandas de 40 a 45 mil passageiros por hora e por sentido. “Poucos metrôs no mundo operam com essa capacidade. Você consegue melho­rar muito a qualidade do transporte e as viagens vão ser muito mais rá­pidas”, aponta.

A qualidade, eficiência e seguran­ça, aliados à maior velocidade co­mercial, vai estimular o usuário do transporte público individual moto­rizado a migrar para esse sistema. A expectativa é que haja uma trans­ferência em torno de 20% para o transporte coletivo. “O BRT é uma invenção brasileira que ganhou o mundo, presente em mais de 145 cidades. O maior conforto e a rapi­dez proporcionados pelo BRT cer­tamente convencerão o usuário do automóvel a usar o transporte pú­blico como uma boa opção de des­locamento”, opina.

GANHOS DE MOBILIDADE

Os projetos de mobilidade contribuirão para a melhoria dos principais indicadores de qualidade do transporte público. Entre eles:

Aumento de 2% ao ano dos passageiros transportados;
Transferência superior a 20% das viagens do transporte individual para o coletivo;
Redução de 40% no tempo de viagem;
Aumento de 78% na velocidade média nos corredores;
Aumento significativo de confiabilidade dos serviços.

Fonte: NTU / Portal da Transparência do Governo Federal / Consórcio BRT-Sul *Estimativa.

Fonte: Revista NTU Urbano - Jan/Fev 2013
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