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Em BH, Fiscalização em portas de garagem reduz em 80% os ônibus irregulares

domingo, 21 de abril de 2024

A Prefeitura de Belo Horizonte concluiu nesta semana a fiscalização em todas as 34 empresas que compõem o sistema municipal de transporte coletivo. A medida, parte da política de Tolerância Zero, teve início em 26 de fevereiro e percorreu as 29 garagens do sistema. Durante esse período, as equipes de fiscalização, compostas por agentes da Sumob, BHTrans e Guarda Municipal, abordaram 198 veículos, emitiram 361 autuações, apreenderam 59 Autorizações de Tráfego (AT) e recolheram três veículos ao pátio. Elevadores com defeito e freio de porta inoperante foram as principais irregularidades encontradas.

Um dos resultados mais importantes da operação foi a redução significativa no número de veículos operando sem Autorização de Tráfego ou com a AT recolhida. Nos primeiros 10 dias da operação, em fevereiro, 40% dos veículos abordados estavam nessas condições. Ao longo do período, essa porcentagem foi sendo reduzida e caiu para 8% na segunda semana de abril, representando uma queda de 80% em relação ao início da fiscalização.

De acordo com o superintendente de Mobilidade de Belo Horizonte, André Dantas, esse era o objetivo principal da operação. “Essa redução substancial no número de veículos flagrados sem AT, que era um dos focos dessa operação, mostra a eficácia das medidas implementadas, não apenas em garantir o cumprimento das normas vigentes, mas também em melhorar a qualidade do serviço oferecido aos usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte”, destaca o superintendente da Sumob.

A ação nas portas de garagem é uma etapa da política de Tolerância Zero em relação às empresas de ônibus da capital e tem como foco principal os veículos que estão trafegando sem autorização de tráfego (AT) ou que têm maior número de reclamações registradas no canal de WhatsApp.

Tolerância Zero

A política de Tolerância Zero foi anunciada pelo prefeito Fuad Noman em 25 de janeiro e, desde então, as ações de fiscalização do transporte coletivo foram intensificadas em toda a cidade. Além das autuações e do recolhimento das autorizações de tráfego, as empresas concessionárias não recebem a remuneração complementar quando não cumprem as determinações da Lei 11.458/2023 em relação à pontualidade e qualidade dos veículos. 

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte

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Projeto que suspende reajuste dos ônibus em BH está parado

segunda-feira, 18 de março de 2024

O projeto de resolução que pretende suspender o reajuste das passagens de ônibus no transporte coletivo de Belo Horizonte está parado na Câmara Municipal (CMBH). A proposta foi apresentada como prioridade pelo presidente da Casa, vereador Gabriel Azevedo (MDB), na abertura do ano legislativo, em fevereiro, mas, depois de um mês sem movimentação, pode caminhar para o esquecimento por falta de acordo sobre o tema.

Líderes do Executivo e do Legislativo, o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), e o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (MDB), travaram embates sobre o reajuste das passagens. Mas não se tem notícia de que tenham conversado sobre o tema durante reunião que tiveram na semana passada, para além da discussão de “assuntos institucionais”. 

A última vez que Fuad Noman e Gabriel Azevedo tinham se encontrado, em julho do ano passado, foi justamente para tratar do reajuste dos ônibus, que, em 2023, chegou a ser suspenso por causa de uma resolução dos vereadores. Antes, em abril, as passagens foram reajustadas pela prefeitura e, em junho, o aumento foi suspenso por decisão dos parlamentares. 

Também em junho, prefeitura, empresas de ônibus e Câmara chegaram a um acordo que manteve as passagens em R$ 4,50; em troca, as prestadoras de serviço receberam um subsídio de R$ 476 milhões.

Em 2024, a intenção era seguir o mesmo caminho traçado em 2023 e anular o reajuste das passagens, que já foi autorizado pela prefeitura. Para isso foi apresentado o Projeto de Resolução 824/2023 em 27 de dezembro, um dia após a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) publicar portaria aumentando as passagens dos ônibus da capital em 16%, passando de R$ 4,50 para R$ 5,25.

A expectativa era votar a proposta neste mês. Oficialmente, o presidente da Câmara informa que “o projeto segue em tramitação”. Porém, o texto está parado, aguardando a indicação de membros para composição de uma Comissão Especial para avaliar o projeto antes da colocação em votação no plenário. 

Como funciona

A indicação de membros para comissões do Legislativo de Belo Horizonte é, na maior parte dos casos, uma escolha do presidente da Casa.

Porém, no caso de comissões especiais, o regimento interno no Legislativo determina que a indicação tem que partir dos líderes partidários. Contudo, no que depender da base de apoio do governo Fuad na Câmara, que forma a maioria no Parlamento da capital, a proposta não deve avançar. 

Procurada pela reportagem, a prefeitura afirmou que não comenta projetos em tramitação no Poder Legislativo.

Informações: O Tempo

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Cartão BHBUS para idosos: Saiba os critérios para solicitar reserva de vaga

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Os crimes contra o sistema ferroviário continuam prejudicando a plena operação dos trens da SuperVia, além de causar prejuízo milionário. Nos quatro primeiros meses deste ano, a concessionária registrou 1.241 casos de vandalismo nas composições - um aumento de 650%, quando comparado com o mesmo período do ano passado (de janeiro a abril de 2023 foram 187). As ocorrências de vandalismo envolvem, principalmente, episódios como janela quebrada, pichações, furto de assentos, danos aos difusores do ar-condicionado, entre outros.

Todas essas ações podem criar atrasos nas viagens, causar acidentes sérios e chegam a refletir até na manutenção e limpeza. Por exemplo, uma composição pode permanecer na oficina por dois dias para a troca de um para-brisa vandalizado, ou até três meses, se o dano envolver cabos de alta tensão.

“Somente com a reposição dos assentos furtados, nós já gastamos mais de R$ 300 mil nos quatro primeiros meses do ano. Para evitar novos ataques, os bancos estão sendo substituídos por outros confeccionados em material de menor valor comercial. De uma forma geral, foram gastos mais de R$ 4 milhões para substituir equipamentos roubados e depredação de patrimônio. Não há negócio em nenhum lugar do mundo que se sustente desse jeito. Mesmo assim, mantemos a operação diariamente. Temos um compromisso com o transporte de passageiros”, afirma o Gerente Executivo de Segurança da SuperVia, Marcus Almeida.

O ramal mais afetado por vandalismo é o de Deodoro, com mais de 30% do total das ocorrências. As estações que mais contribuem para esse número são: Maracanã, Madureira, São Cristóvão e Engenho de Dentro – todas com um alto índice de circulação de passageiros. Ao longo do ramal Japeri também é alto o índice de casos, principalmente nas estações Nova Iguaçu, Ricardo de Albuquerque e Nilópolis.

Em relação aos equipamentos/instalações mais vandalizados, foram 62 ocorrências em banheiros de estações, 38 em fios de energia e 29 em cadeados. Portas, portões, placas, grades, lixeiras e câmeras também são alvo frequente de depredação. Já nas trens, a SuperVia registrou 1.162 ocorrências de destruição de visores (em janelas e portas), entre outras.

Furto de cabos

Mesmo com queda nos casos, os furtos de cabos continuam atrasando a vida dos 320 mil passageiros que dependem diariamente do transporte ferroviário. De janeiro a abril deste ano, foram 226 ocorrências do tipo com 12.121 metros de cabos retirados. No mesmo período de 2023, foram 292 ocorrências com 24.275 metros de cabos retirados.

Para tentar diminuir ainda mais os índices, a SuperVia está fazendo uma campanha nas suas redes sociais. Qualquer passageiro que presenciar qualquer ato criminoso, pode fazer uma denúncia, de forma anônima, acessando o QR Code estampado em cartazes espalhados nos vagões e nas plataformas.  Em três meses de funcionamento, o QR Code já A gratuidade no transporte coletivo e a reserva de vagas às pessoas idosas nos estacionamentos públicos e privados estão amparadas pela Lei Federal 10.741/03, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Porém, há uma diferença: a idade mínima para cada benefício.

A credencial de estacionamento reservado para idoso é destinada a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Já o cartão BHBUS master, para gratuidade no transporte público, pode ser adquirido por pessoas com 65 anos ou mais. É importante conhecer as diferenças na hora de solicitar cada um dos benefícios.

Credencial de estacionamento para idosos

Desde março deste ano, a referida credencial pode ser solicitada diretamente pelo celular, por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito ou por meio do Portal de Serviços da SENATRAN (Secretaria Nacional de Trânsito), podendo ser impressa pelo próprio solicitante e utilizada conforme regras informadas no ato da solicitação.

Para a supervisora de Benefícios da BHTrans, Juliana Vidigal Erichsen Contin, a possibilidade de solicitação da credencial também pelo celular trouxe mais facilidade e comodidade às pessoas idosas. "Ao baixar o aplicativo Carteira Digital de Trânsito e seguir as instruções, basta imprimir o documento para começar a utilizá-lo conforme as regras estabelecidas na página do serviço", explica.

Ao baixar o aplicativo Carteira Digital de Trânsito e efetuar o login, o usuário deve acessar a seção "Condutor", clicar na opção "Credencial de Estacionamento". Assim que o documento for liberado para download, basta imprimir e colocar sobre o painel do veículo.

O documento também pode ser solicitado pelo portal de serviços da PBH. Caso a solicitação seja feita à BHTrans, são exigidos o documento de identidade, CPF e comprovante de endereço que comprove residência em Belo Horizonte.

A credencial de estacionamento reservado para idoso é um documento obrigatório que possibilita o uso das vagas destinadas ao estacionamento de veículos que transportem ou sejam conduzidos por pessoas idosas, com idade igual ou acima de 60 anos. As referidas vagas, localizadas ou não em áreas de estacionamento rotativo, se destinam ao estacionamento de veículos que transportem ou sejam conduzidos por pessoa idosa que resida em Belo Horizonte. A credencial de estacionamento deve ser posicionada no painel do veículo, em local visível, possibilitando a fiscalização.

Atualmente existem 877 vagas de estacionamento reservado para pessoas idosas nas ruas da capital. A localização de todas as vagas podem ser acessadas no portal da Prefeitura.

Cartão de gratuidade BHBUS Master

O cartão para gratuidade no transporte coletivo deve ser solicitado pessoalmente no posto do Transfácil, no BH Resolve. Para obter o cartão não é necessário morar em Belo Horizonte, mas a utilização é válida somente na capital.

O cartão BHBUS Master possibilita ao usuário com 65 anos ou mais transpor, de forma gratuita, a roleta do transporte coletivo gerenciado pela BHTrans. Também é possível ter acesso à gratuidade apresentando a qualquer documento pessoal que comprove a idade, porém sem transporte a roleta.

O cartão BHBUS Master deve ser solicitado presencialmente no Posto do Transfácil situado no BH Resolve (Av. Santos Dumont, 363), de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. Não é necessário agendar e o atendimento será feito por ordem de chegada. No ato da solicitação é necessário apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de endereço atualizado (máximo 6 meses). O cartão é emitido na hora. Até o momento, foram emitidos 208 mil cartões BHBUS Master.

Informações: BHTrans

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Em Minas, Sete Munícipios tem uma das tarifas de ônibus mais caras do Brasil

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sete municípios mineiros têm tarifas de transporte coletivo entre as mais caras do país, na comparação com as capitais brasileiras. Contagem, Belo Horizonte, Betim, Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Uberlândia apresentam valores entre R$ 2,40 e R$ 2,55, superiores às tarifas de capitais como Florianópolis, Curitiba e Brasília.

A passagem mais cara de Minas Gerais é de Contagem, R$ 2,55. A Transcon justifica o preço em função dos investimentos no quadro de funcionários, aumento da frota, criação de novas linhas e adaptação dos ônibus para portadores de deficiência física.

Já Belo Horizonte e Betim reajustaram a tarifa, recentemente, para R$ 2,45. Em BH, a sétima tarifa mais cara entre as capitais do Brasil, a BHTrans argumenta que a passagem de ônibus teve um índice de reajuste médio de 6,5%, valor acumulado nos últimos dois anos. Neste mesmo período, a variação do INPC foi de 10,5%, e o salário mínimo teve um aumento de 22,9%, índices superiores ao reajuste das tarifas.

Conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (STTRBH), os reajustes em BH são feitos com base em índices da Fundação Getúlio Vargas. A passagem não foi reajustada no ano passado, pois não houve alteração dos custos. Para reduzir os preços seria necessário desonerar as tarifas.

A Prefeitura de Betim justifica o valor alto da tarifa pelo fato de o índice de passageiros por quilômetro (IPK), usado como referência no cálculo de reajustes, é próximo de um, o que encarece os custos operacionais.

No Vale do Aço, as três principais cidades da região, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, cobram tarifa de R$ 2,40. Conforme a assessoria de Imprensa da Saritur, proprietária da Autotrans, empresa que tem a concessão nos três municípios, o preço da passagem é alto em função do alto custo de vida local, do alto índice de gratuidade e da carga tributária elevada.

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, de acordo com o secretário de Trânsito e Transportes, Paulo Sérgio Ferreira, o valor da passagem é de R$ 2,40, porem, é uma tarifa integrada. “O usuário pode pegar muitos ônibus pagando somente um bilhete.

Além disso, temos uma das frotas mais novas do Brasil, com média de 1,5 ano, e todos os veículos são adaptados para deficientes físicos. Mesmo com o reajuste deste ano e de 2010, o percentual ficou abaixo da taxa inflacionária. Se for comparar esses pontos e o serviço prestado, nossa tarifa é muito barata”, garante.

O superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Pimentel Bicalho, diz que o valor da tarifa varia de cidade para cidade, pois diversos fatores influenciam o preço final da passagem. “São particularidades de cada região. Custo, manutenção e idade da frota, salários dos funcionários, custo de vida, impostos, entre outros.
Entretanto, muitos municípios sequer sabem quanto custa o transporte público e só reajustam a tarifa quando os vizinhos aumentam”, enfatiza. Marcos Pimentel Bicalho ressalta que a ANTP desenvolveu um projeto de lei para reduzir a carga tributária que incide no transporte urbano. “A proposta está para ser votada no Senado. É necessário que exista um esforço mútuo de todas as esferas do poder público. Não adianta a União reduzir o imposto sobre o diesel, por exemplo, se o município aumentar outra taxa”, afirma o superintendente.

Corte de tributos é alternativa
Fortaleza, capital do Ceará, com 2.505.552 habitantes, pratica a menor tarifa de ônibus coletivos municipais entre as capitais brasileiras, no valor de R$ 1,80. O preço só é possível graças a reduções de impostos.

Segundo o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondin, para evitar os reajustes, as negociações foram direcionadas para a redução dos tributos. “Antes, os aumentos eram praticamente anuais. Decidimos, então, reduzir os valores do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) de 4% para 2% e zerar a taxa de gerenciamento, que era de 3%. Em nova negociação, conseguimos reduzir em 50% o ICMS sobre o óleo diesel”.

Com a queda das taxas tributárias, o passageiro do transporte público de Fortaleza ainda ganhou a redução da tarifa para R$ 1,20 em todos os domingos do ano, aniversário da cidade, comemorado dia 13 de abril, e dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. Atualmente, Fortaleza tem uma frota de 1.755 veículos. O preço pago por quilômetro rodado é de R$ 3.

Ademar lembra que a redução tributária trouxe benefícios. “Percebemos que o transporte é um meio para a economia e não um fim. O transporte público é um serviço social. Não se gera renda durante o trajeto, e sim no destino final do usuário. Com a redução, aumentamos em 20% o número de pessoas transportadas, atualmente, em 1,3 milhão de pessoas por dia”, enfatiza.

O presidente da Etufor garante que ainda há uma grande parcela da população que não tem acesso ao transporte público. “Estamos buscando a isenção de tributos federais para ampliar os serviços existentes e manter o preço atual, ou, quem sabe, até reduzir. Em função desta experiência, recebemos visitas de representantes de várias empresas operadoras e de cidades para ver como funciona nosso projeto. Mesmo com preços baixos, estamos renovando nossa frota”.

Reajuste sem melhorias

Os aumentos das tarifas de ônibus deixaram muitos passageiros descontentes. Em Belo Horizonte, a medida desencadeou até um protesto de estudantes, no último dia 3 de fevereiro, na Praça 7, Centro da cidade.

Segundo o presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames), Gladson Reis, o objetivo da manifestação era pedir uma auditoria nas empresas de ônibus para analisar seus faturamentos.

Os manifestantes também cobraram a sanção da lei que concede o pagamento de meia passagem aos estudantes. “Consideramos esse aumento inconstitucional. Queremos conscientizar a população e mostrar nossa luta pela regulamentação da meia passagem”, pontua.

Em Belo Horizonte, com o valor da passagem em R$ 2,45, um trabalhador que utiliza o ônibus duas vezes por dia terá que desembolsar em um mês, considerando-se 22 dias úteis, R$ 107,80 para o transporte.

O valor é ainda maior para aqueles que necessitam pegar mais de um ônibus. É o caso da comerciária Márcia Alexandrino, 45 anos, que usa três coletivos para chegar até o serviço, totalizando seis ônibus todos os dias. “Está muito cara a passagem. Se o serviço fosse melhor, até justificaria o preço. Gasto por mês cerca de R$ 240 somente com passagens. Passo muito tempo em um único ônibus e só consigo pegar uma integração. Para mim, o preço justo da passagem deveria ser R$ 2”.

A funcionária pública Rosimere Miranda Santos, 24 anos, também não concorda com o aumento do preço da passagem. “Preciso de três ônibus todos os dias para ir para o trabalho e para a faculdade. Achei um absurdo o aumento da tarifa. Os ônibus continuam lotados e sempre demoram”, ressalta a servidora.

De acordo com a presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte e Região Metropolitana (AUTC), Gislene Gonçalves dos Reis, o preço da passagem em BH é muito caro em função do trajeto. “Para comparar, fizemos uma visita a São Paulo. Um coletivo suplementar roda 14 bairros e cobra R$ 3. Em BH, num ônibus de Venda Nova até o Barreiro paga-se R$ 2,45. Foram comprados carros novos, mas praticamente não houve melhoria do serviço”, garante.



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Transporte coletivo é o serviço mais criticado em Belo Horizonte

terça-feira, 12 de setembro de 2023

A primeira pesquisa DATATEMPO para a eleição municipal de Belo Horizonte em 2024 levantou a avaliação dos eleitores sobre os serviços públicos prestados na capital. Entre oito quesitos, o transporte coletivo foi o mais criticado: 66,6% dos entrevistados estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Apenas 11,9% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho prestado, enquanto 19,8% veem o serviço como regular.

Os números reforçam o peso do transporte coletivo para o futuro político da cidade. Nos últimos meses, o prefeito Fuad Noman (PSD) e a Câmara Municipal, sobretudo por meio de seu presidente, Gabriel Azevedo (sem partido), travaram uma batalha sobre o tema. Houve até mesmo ameaça de anulação do atual contrato com as empresas do setor por parte de Azevedo, justamente quando o Executivo defendia um novo subsídio para as concessionárias para impedir um reajuste da tarifa cobrada ao cidadão. 

O transporte coletivo tem sido tema de frequentes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara. Atualmente, o Legislativo tem aberta a CPI do Ônibus sem Qualidade, que investiga a má qualidade do transporte coletivo e a possível omissão da prefeitura de BH. O passado recente também mostra que a bandeira rende votos. Em 2016, o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi eleito com a promessa de “abrir a caixa-preta da BHTrans”. Com a caneta nas mãos, Kalil fez duas auditorias na empresa pública, mas não rompeu o atual contrato com as empresas de ônibus, assinado em 2008. O processo de desgaste fez com que a prefeitura colocasse em curso um processo de extinção da BHTrans, que passará a se chamar Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte (Sumob), a partir de um cronograma que pode durar até 2036.

Para além do transporte público, a pesquisa DATATEMPO mostra que a saúde e a segurança também são alvo de críticas por parte dos belo-horizontinos. Do total de entrevistados, 44,4% avaliam esse primeiro serviço com insatisfação, enquanto 42,6% julgam o segundo como ruim. Vale lembrar que, neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as guardas municipais, vinculadas às prefeituras, são parte do sistema de segurança pública, enquanto as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros estão subordinados ao governo de Minas Gerais.

O maior problema
A pesquisa perguntou aos entrevistados qual o maior problema da capital. Nos primeiros lugares do ranking, estão trânsito e transporte (27,7%), saúde (23,9%) e segurança (18%). Área elogiada em termos de prestação pública, a educação é vista por 6,8% dos ouvidos como a maior limitação da capital mineira. Assistência social, empregos, obras de infraestrutura e serviços administrativos variam entre 1,1% e 2,1%. 

Oito áreas são bem avaliadas por 21,6%
De maneira geral, a maioria dos moradores de BH avalia os serviços públicos como regulares: 66,3% estão nessa condição, conforme o DATATEMPO. Aqueles que julgam o tema de forma positiva somam 21,6%, enquanto 12,1% acham que os serviços ofertados pelo Poder Público são negativos.

No recorte por regionais, há pouca variação entre os entrevistados. Ainda assim, moradores da Pampulha são os que mais elogiam os serviços: 28,1% avaliam como positivos, 65,6% como regulares e 6,2% como negativos. Por outro lado, a regional Centro-Sul é mais crítica: 16,7% se enquadram no positivo, 68,9% no regular e 14,4% no negativo. 
A pesquisa avaliou as seguintes áreas, de oito grupos: educação, escolas e creches; cultura, esporte e entretenimento; assistência social; segurança pública; serviços administrativos; saúde, postos de saúde e hospitais; infraestrutura (obras); transporte público e mobilidade urbana. 

Entre os serviços pesquisados pelo DATATEMPO, a educação é a mais bem avaliada em BH: 39,2% estão muito satisfeitos ou satisfeitos com escolas e creches. Depois, vem cultura, esporte e entretenimento, área na qual 37,6% dos entrevistados estão muito satisfeitos ou satisfeitos – percentual tecnicamente empatado com a educação, considerando a margem de erro de 2,83 pontos. 

A educação teve seu chefe trocado recentemente. A pedido, Charles Martins Diniz deixou a secretaria municipal em agosto, dando lugar à professora e pedagoga Roberta Rodrigues Martins Vieira. Também em agosto, o prefeito Fuad assinou termo de pactuação para receber R$ 987 mil do Programa Nacional de Segurança nas Escolas, vinculado ao governo federal. 

Informações: O Tempo
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Balanço da Prefeitura de BH mostra aumento das fiscalizações e melhoria no transporte público

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nesta quinta-feira (28), o balanço de fiscalizações e melhorias no funcionamento do transporte público da capital desde a sanção da Lei 11.458/2023, que trouxe uma nova forma de remuneração do sistema. Os dados mostram que, de julho até o encerramento do 7º decêndio (20 de setembro), foram feitas 723 operações de fiscalização com a vistoria de 10.172 veículos (um mesmo ônibus pode ter sido vistoriado em mais de uma ocasião) e recolhimento de 244 autorizações de tráfego. Em razão do descumprimento de condicionantes previstas na legislação, dos R$103.157.840,11 previstos para serem repassados às concessionárias, foram pagos R$ 96.634.978,26, ou seja, 93,68% do total. Os consórcios deixaram de receber R$ 6.522.861,85 no período.

Em relação à melhoria do sistema, foram acrescidas 652 novas viagens à operação de transporte convencional da capital desde julho: 480 nos dias úteis e 172 nos finais de semana (sábado, domingo ou feriado). Foram incorporados à frota 208 veículos - dos quais 155 são novos e 53 foram renovados, trazendo ao município uma frota mais moderna e com menores níveis de poluentes, conforme padrão do Decreto 16.568/2017.

Já a produção quilométrica, no sistema convencional de ônibus, validou 4.848.862,43 km. A produção deveria atingir 5.111.506,94 km, ou seja, 94,21% do total previsto foi efetivado de acordo com a especificação da legislação. O que também contribuiu para o pagamento menor da remuneração programada.

Remuneração complementar

O cálculo da remuneração complementar é realizado a cada 10 dias. Baseado na análise de todas as viagens realizadas e da quilometragem produzida durante o período, além dos registros da fiscalização, o pagamento é feito até o quinto dia útil após o fim do período apurado.  A fiscalização é feita pelo sistema SIT BUS, via GPS, por meio do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), além das contribuições dos usuários feitas pelo whatsapp (31) 98472-5715. A remuneração complementar só é repassada às concessionárias se a viagem for realizada de maneira completa, dentro dos parâmetros de Qualidade estabelecidos na lei (trajeto, qualidade dos ônibus e cumprimento do quadro de horários).

Resultados do 7º decêndio

De 11 a 20 de setembro, a Prefeitura de Belo Horizonte realizou 213 operações de fiscalização no transporte público da capital, resultando na vistoria de 2.293 veículos e 1.297 autuações. Foram recolhidas 43 autorizações de tráfego. Os dados fazem parte do relatório também divulgado nesta quinta-feira (28) no portal da PBH.

No 7º decêndio, no sistema convencional de ônibus, foram validados 3.976.665,26 km. A produção programada era de 4.247.287,05, ou seja, 93,63 % do total foi efetivado de acordo com a especificação da legislação. Em consequência, dos R$ 14.929.214,00 a serem repassados aos consórcios, foram disponibilizados R$ 13.835.675,34, ou seja, 92,68% do previsto. 

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte

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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Expansão do Move em BH terá investimento de US$ 100 milhões

domingo, 10 de março de 2024

O Move, sistema de mobilidade urbana de Belo Horizonte que acaba de completar dez anos de implantação, está prestes a passar por uma grande expansão. 
Move é um dos principais sistemas de mobilidade de Belo Horizonte | Crédito: Alessandro Carvalho

Para isso, o projeto demanda um investimento de US$ 100 milhões. Os recursos para a obra vêm de um financiamento no valor de US$ 80 milhões provenientes do Banco Mundial (Bird). Os outros US$ 20 milhões serão custeados pela própria Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). 

O projeto de expansão abrange uma área de cerca de 24 quilômetros e atende o Vetor Oeste da Capital, contemplando as regiões Central, Oeste e Barreiro, e também a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O eixo estruturante da expansão é a avenida Amazonas. 

As obras incluem:
  • a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, 
  • a adequação de várias vias transversais, 
  • a construção de abrigos para passageiros em pontos de ônibus e 
  • a readequação de calçadas com foco na acessibilidade.
 
Elas integram o projeto de Melhoria da Mobilidade e Inclusão Urbana no Corredor Amazonas (BRT Amazonas), que contempla o tratamento prioritário para o sistema de transporte público e coletivo por ônibus.

Segundo a PBH, também é prevista a melhoria urbana da Vila Cabana do Pai Tomás, na região Oeste da Capital, com o desenvolvimento de obras de infraestrutura, como a construção de ruas e vielas e intervenções em locais com risco geológico.  

A Prefeitura não informou qual é a previsão de início e de conclusão das obras de expansão do Move em Belo Horizonte.

Mas disse que a licitação para os estudos e projetos do BRT Amazonas, através de financiamento com o Banco Mundial, está em andamento, na fase de negociação das condições de contrato com o consórcio vencedor da concorrência.

“Estima-se que a Ordem de Serviço para início dos trabalhos seja emitida nos próximos meses”, disse a PBH.

O que já foi feito no Move de BH

Para sua implantação, o sistema contou com os investimentos previstos no PAC da Mobilidade Urbana da Copa 2014. Ao longo destes dez anos de existência, o BRT Move aumentou a sua capacidade de passageiros de 30 mil para 350 mil usuários transportados por dia. De lá pra cá, algumas intervenções já foram feitas para acompanhar o crescimento da demanda. 

A mudança mais significativa para o usuário foi o valor dos passagens, que neste período acumulou uma alta de 98%. Se no início das operações a tarifa padrão custava R$ 2,65, hoje o passageiro desembolsa R$ 5,25 para pegar um ônibus em BH. 

Já na infraestrutura, o sistema contou com a construção de estações de integração por toda a cidade, que são aquelas estações maiores onde ocorre a ligação entre as linhas alimentadoras vindas de diversos bairros e as linhas do Move.

São elas:
  • Estação São Gabriel;
  • Estação Pampulha;
  • Estação Venda Nova;
  • Estação Vilarinho.

Além disso, também foram construídas as estações de transferência, onde os usuários podem desembarcar e embarcar nas linhas ali disponíveis. Elas estão localizadas ao longo dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado, do Move, e nas avenidas Paraná e Santos Dumont, na região central da cidade.

Além disso, também foram implantadas e ampliadas faixas exclusivas para uso dos coletivos, abrangendo ainda a recuperação dos pavimentos, implementação de sinalização horizontal e vertical, fiscalização eletrônica, abrigos de ônibus com novas funcionalidades e tratamento de calçadas e canteiros. 

Nos últimos anos, o avançar da tecnologia também impulsionou a revitalização do sistema, com a inclusão de uma nova modalidade de crédito eletrônico, vendas por aplicativo ou pela internet, e instalação de máquinas de autoatendimento nas estações. 

Prazo de validade da frota do Move termina em 2026

Pensados para se locomover com mais rapidez e sem interrupções (nas pistas exclusivas), os ônibus do Move têm uma vida útil de 12 anos, conforme previsto em decreto municipal, contados a partir do ano de 2014. Com isso, o prazo de validade da frota expira daqui a dois anos, em 2026.

Atualmente, o sistema conta com 425 veículos, sendo 236 do tipo padrão, e 189 articulados. 

Informações: Diário do Comércio

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Em BH, Empresas de ônibus descumprem lei e recebem repasse menor da prefeitura

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

A Prefeitura de Belo Horizonte publicou, nesta terça-feira (22), o balanço com os resultados do 3º decêndio (1º a 10 de agosto) da remuneração complementar do transporte coletivo da capital, previsto na Lei 11.458/23. Por não cumprir com todos os itens de qualidade determinados na legislação como pontualidade, qualidade dos veículos dentre outros, as concessionárias foram punidas e o valor repassado aos consórcios R$13.980.693,32, ou seja, 92,94% do total de R$15.042.400,60 previstos.

No sistema convencional de ônibus, houve uma produção quilométrica de 4.006.374,07 km. A produção programada era de 4.279.488,07 km, ou seja, 93,6% das viagens foram realizadas de acordo com a especificação da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob). 

Já no transporte suplementar, a produção quilométrica estimada era de 377.636,00 km, mas foram realizados 329.719,23 km, ou seja, 87,3% das viagens programadas. A remuneração de R$ 606.105,78 também não foi paga na totalidade. Foram direcionados R$504.438,02 ao sistema, ou seja, 83,23% do total. 
O cálculo da remuneração complementar é efetivado a cada 10 dias. Após análise de todas as viagens realizadas, da quilometragem produzida durante o período, e com os registros da fiscalização, o pagamento é feito até o quinto dia útil posterior à apuração. 

Desde 8 de julho, quando foi sancionada a lei municipal que definiu a manutenção da tarifa em R$4,50 e criou a remuneração complementar baseada na produção quilométrica, houve intensificação da fiscalização do transporte coletivo da capital. A remuneração complementar só é repassada às concessionárias se a viagem for realizada de maneira completa, dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos na lei. 

Fiscalização e Melhorias

Do dia 1º a 10 deste mês, foram vistoriados 2.019 veículos, emitidas 832 autuações, e recolhidas 22 Autorizações de Tráfego (ATs). Em relação às intervenções do período, foram acrescentadas 135 viagens e realizados ajustes operacionais em 20 linhas, seja no quadro de horários do dia útil ou do fim de semana. Desde a aprovação da Lei 11.458/23, já foram acrescentadas 332 novas viagens no sistema durante os dias úteis (período de 07.07 a 17.08.2023).  Até o final deste ano, 420 ônibus novos vão entrar no sistema, possibilitando mais viagens e conforto aos cidadãos. 

A fiscalização do transporte público é feita pelo sistema SITBUS, por meio de equipe de campo da Sumob/BHTrans, pela equipe de operação instalada no Centro de Operação de Belo Horizonte (COP-BH), e pelas intervenções decorrentes das contribuições dos cidadãos realizadas pelos canais oficiais da PBH. 

O sistema SITBUS monitora, via GPS, cada viagem de ônibus da cidade e permite saber se cada um dos cerca de 2.400 ônibus do sistema convencional saiu no horário certo ou se atrasou. Também é possível conferir o itinerário de cada linha e verificar a posição dos veículos ao longo desse itinerário. 

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte
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Assembleia prepara ciclo de debates sobre mobilidade urbana

domingo, 18 de abril de 2010


Com o objetivo de discutir as políticas públicas de transporte e mobilidade urbana e o planejamento do trânsito na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais prepara a realização de um ciclo de debates com data prevista de 26 de Agosto.
Na primeira reunião do grupo de trabalho, realizada nesta quinta-feira (15/4/10), foram delineadas os aspectos gerais do evento e traçado um diagnóstico do setor. O ciclo foi solicitado pelo deputado Carlin Moura (PCdoB) e pela deputada Maria Tereza Lara (PT), e teve na reunião, a participação de dez órgãos e entidades ligados ao tema.
De acordo com o requerimento de Carlin Moura, pensar a mobilidade é mais que tratar apenas de transporte e trânsito, "é buscar medidas e procedimentos que contribuam para a sustentabilidade em áreas urbanas". Moura disse que este é um dos problemas mais graves da Região Metropolitana e que ouvir a sociedade civil e os órgãos públicos é uma forma de construir políticas adequadas. O parlamentar destaca que, diante da participação de Minas na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, o ciclo de debates é "uma forma de trazer a sociedade para junto das decisões estratégicas do Estado, visando à construção de uma engenharia de transporte que atenda todos os mineiros que, passadas essas competições esportivas, serão os verdadeiros usuários deste serviço".
Ao presidir a primeira parte da reunião, Maria Tereza Lara destacou os principais problemas enfrentados pelo trânsito na região metropolitana e sua consequência em outras áreas, como a segurança. Ela enfatizou a importância da integração de todas as esferas de poder na construção do ciclo. "É indispensável a participação do movimento social e a contribuição da Assembleia é essa abertura para a sociedade".
Para Carlin Moura, a presença de órgãos governamentais e da sociedade civil na reunião mostrou que já existem vários projetos para melhorar a mobilidade urbana. "Precisamos agora unificá-los e no ciclo isto resultará em benefícios para todos", afirmou.
O Ciclo de Debates Mobilidade urbana nas regiões metropolitanas e outros grandes centros do Estado de Minas Gerais terá dois eixos principais de discussão, de acordo com a proposta inicial, que poderá ser alterada pelas entidades parceiras. O primeiro é planejamento urbano e mobilidade urbana, que vai tratar das condições de deslocamento nas cidades e o desenvolvimento urbano e da acessibilidade universal. O segundo eixo, mobilidade urbana e transporte coletivo, vai abordar o transporte rodoviário, metrô, VLT (veículos leves sobre trilhos), transporte urbano e desenvolvimento sustentável. Além dos painéis, haverá uma fase de debates.

Subsecretário diz que metrô é única alternativa
Para o subsecretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Marcos Sampaio, o grande desafio é fazer políticas públicas de mobilidade dentro das cidades, nos hipercentros, diante da pressão crescente do veículo individual (carros e motos). "Por isso, não há outra alternativa para a questão dos gargalos, da baixa velocidade do transporte coletivo, a não ser o metrô. Tudo o mais é paliativo".
Ele afirmou que, de acordo com estudos de consultorias, todos os investimentos feitos nas avenidas Antônio Carlos, Cristiano Machado e Pedro I estarão superados em cinco anos, com estas vias totalmente congestionadas. Sampaio sugeriu que o ciclo discuta o investimento massivo no metrô, a prioridade para a construção do rodoanel e uma legislação mais severa para as motos.
A presidente da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (AUTC), Gislene Gonçalves, detalhou o que chamou de "quadro caótico do transito em Belo Horizonte, com estrangulamento de vias, ônibus superlotados, passagens caras". Para ela, toda vez que acontece qualquer mudança, os usuários não são chamados a opinar.
Para órgãos municipais como BHtrans e Secretaria Municipal de Políticas Urbanas de Belo Horizonte (Smurbe), algumas políticas já foram tomadas, como a implantação dos corredores rápidos de transporte, como lembrou Humberto Alvim, da secretaria. Ele sugeriu que os corredores rápidos fossem discutidos no ciclo, bem como o custo dos acidentes com motos para o orçamento público da saúde.
Trabalhadores representados pela Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Minas Gerais querem que as condições de trabalho da categoria também sejam abordadas no ciclo de debates, segundo o presidente da entidade, José Célio de Alvarenga.
Parceiros - Participaram da primeira reunião os seguintes órgãos e entidades: BHTrans, Smurbe, AUTC, Fettrominas, Setop, Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Belo Horizonte (Setra-BH), Fiemg, Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Minas Gerais (Sintrocel) e Agência RMBH, além de representantes de gabinetes parlamentares.

Fonte: Assembléia Legislativa de MG

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