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Ônibus da Zona Sul do Rio circulam com 50% da capacidade em horário de rush, mostra estudo

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Enquanto em outras áreas da cidade os ônibus se arrastam pelas ruas apinhados de gente, na Zona Sul o problema é o oposto: eles andam vazios demais, mesmo na hora do rush. Longe de ser um problema menor, o excesso de ônibus em circulação ajuda a aumentar os congestionamentos e a poluir mais a atmosfera. Uma pesquisa da PUC- Rio sobre planejamento do transporte coletivo, divulgada em agosto, mostra que 80 linhas municipais que circulam hoje entre Zona Sul e Centro costumam rodar com apenas 15% de sua capacidade fora dos horários de pico; e com aproximadamente 50% da capacidade em horas de rush. Isso se dá, principalmente, por causa da sobreposição de muitas dessas linhas, que fazem quase os mesmos trajetos, com uma ou outra ramificação.

A pesquisa indica ainda que, dentro do horário de pico, quando os ônibus chegam ao Centro, atingem sua lotação máxima e passam a ser insuficientes para a demanda. Isto é, são subutilizados na Zona Sul, mas faltam nas áreas centrais da cidade.

O estudo foi feito entre os meses de março e julho pela estudante de Engenharia de Produção Marina Waetge, agora na Alemanha pelo programa Ciências Sem Fronteiras, sob orientação do professor Hugo Repolho. Apresentado na Semana de Iniciação Científica da PUC- Rio, há dois meses, o trabalho foi concluído com a análise exclusivamente das linhas da Zona Sul, uma a uma, a partir do site "Vá de Ônibus”, mantido pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro ( Fetranspor). O método foi o único encontrado pelos pesquisadores, que não obtiveram da Prefeitura um mapa da malha rodoviária da cidade.

— Quando pedimos acesso ao mapa, a prefeitura disse, para minha surpresa, que não tem um. Como é possível controlar a quantidade de linhas e de veículos, se não há um mapa dessa malha? — questiona Hugo Repolho.

O espanto do professor começou muito antes, no início de 2013, quando se mudou de Portugal, sua terra natal, para o Brasil. Em solo português, era hábito diário conferir a tabela com os horários de cada ônibus antes de sair de casa. Mesmo se o coletivo não passasse na hora exata, a margem de erro corriqueira era de cinco minutos, no máximo. Hoje, ele já aprendeu como funciona por aqui: "na hora que passar, passou, não é assim?”, brinca o professor.

— Para quem vem de fora é mais fácil ver que o sistema funciona muito aquém do ideal. A atual estruturação da frota traz dois principais problemas para o usuário: a falta de horários dos ônibus e a falta de legibilidade de cada linha, porque nem pelo número nem pela aparência do veículo é possível saber a que linha ele pertence — reclama o engenheiro.

Para tornar o sistema de transportes mais eficiente, a pesquisa propõe transformar as 80 linhas pesquisadas em cinco grandes linhas, que, interligadas, passariam por terminais na Gávea, em Botafogo e na Central do Brasil. Uma delas seguiria via Jardim Botânico; a segunda iria pelo Túnel Rebouças; a terceira, pelo Túnel Santa Bárbara; a quarta, pelo Aterro do Flamengo; e a última, por Ipanema, cobrindo toda a orla. Ônibus menores poderiam alimentar essas cinco linhas, fazendo rotas não compreendidas por elas. A proposta também prevê zonas, ao longo desses trajetos, em que os usuários possam facilmente fazer integração com o metrô ou pegar bicicletas públicas.

O objetivo é disponibilizar mais ônibus onde eles realmente são necessários, e nos horários em que a demanda é maior. — Hoje, seja em horários de pico ou em outros períodos do dia, a quantidade de ônibus circulando é basicamente a mesma. Não há um redimensionamento de acordo com a demanda. São colocados na rua quantos ônibus a frota tiver, não importa o horário. Isso faz com que vários da mesma linha passem juntos, vazios. Existem cerca de 600 veículos em toda a frota da Zona Sul. Com certeza, dá para atender a população com bem menos — analisa o professor.

Moradora do Jardim Botânico, a estudante que estruturou a pesquisa é habituée do ônibus da linha 410, que a transportava todos os dias para a PUC-Rio. Fora do país por ainda alguns meses, Marina mantém vivo na memória o cenário que encontrava tanto no ponto de ônibus à espera do 410, quanto em seus trabalhos de campo, quando saía para observar o número de passageiros em cada veículo.

— Eu via constantemente pessoas confusas, sem saber qual é a rota dos ônibus e sem ter um mapa das linhas para consultar. Eu mesma, ainda que estivesse acostumada a andar pela cidade de ônibus, muitas vezes precisava pedir informações na rua para descobrir como chegar a algum lugar — contou Marina, por e- mail. — O que mais me motivou no projeto foi a perspectiva de melhorar esse sistema para que a população possa ter vontade de usar ônibus e deixar os carros em casa, podendo assim diminuir o trânsito na cidade.

O tema preocupa muitos pesquisadores, até mesmo de fora da Zona Sul. Alexandre Rojas, doutor em Engenharia de Transportes e professor da Uerj, por exemplo, fez, no início do ano, uma pesquisa de campo na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Lá, ele ficou por algumas horas observando quantos coletivos passavam e com que lotação. O resultado do trabalho faz coro com os principais pontos levantados por Marina e Hugo.

— Quando o BRS ( Bus Rapid System, o corredor exclusivo para ônibus) foi criado, em 2011, a Prefeitura informou que tinha remanejado e até reduzido algumas linhas de ônibus. No entanto, constatei nesse trabalho que ainda existem inúmeras linhas em excesso, com veículos vazios em quase todos os horários. Há uma grande discrepância entre a quantidade de coletivos que atende a Zona Sul e a Zona Norte. Esta última é claramente menos favorecida — afirma Rojas.

Segundo a engenheira de tráfego da Escola Politécnica da UFRJ Eva Vider, há mais de uma solução possível para melhorar a disposição da malha urbana. Ela afirma que, entre o final de 2012 e o início de 2013, um dos estudos que acompanhou chegou a propostas semelhantes às da pesquisa da PUC-Rio. Na ocasião, no entanto, a proposta era criar linhas de ônibus circulares, que se conectavam às linhas alimentadoras. De lá para cá, outra pesquisa, também orientada por Eva, sugeria apenas um corredor de ônibus do Leblon ao Centro, passando pela orla. A ele, seriam ligados coletivos que trariam passageiros de outros bairros da Zona Sul.

— Há várias maneiras de melhorar o sistema, mas o que costuma unir todas elas é a ideia de formar linhas principais, com ônibus compridos e articulados sendo alimentados por coletivos pequenos que circulam por onde não existe tanta demanda — acredita Eva, que é especializada em mobilidade urbana.

Ela ressalta que a maior produtividade do serviço impacta diretamente no preço das passagens, porque diminui o gasto com combustível e manutenção dos veículos.

— Quando não há ônibus ociosos, que transportam pouquíssimos passageiros e servem apenas para congestionar o trânsito, a eficiência do serviço sobe. Há mais produção com menos custo — sintetiza a pesquisadora.

Informações: O Globo e ANTP

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Transferência de paradas de ônibus gera reclamações em Natal

quinta-feira, 8 de julho de 2010


No primeiro dia de mudança nas paradas de ônibus do Natal Shopping e Via Direta, na BR-101, Zona Sul de Natal, usuários seguem insatisfeitos com o tempo de integração garantido pelo programa Passe Livre. O tempo de uma hora para trocar de ônibus em qualquer ponto de parada da cidade ainda é considerado curto pela população, principalmente para aqueles que descem no shopping e precisam caminhar até a outra parada de ônibus, que fica distante cerca de 300m.

Segundo Sílvio Medeiros, secretário adjunto de trânsito, o problema está em os usuários ainda não saberem usar corretamente o direito garantido a eles. Sílvio explica que as constantes reclamações de usuários recebidas pela secretaria estão ligadas ao mau uso da integração. "A população não está usando o Passe Livre da forma correta", alega o secretário.

Segundo ele, as pessoas querem continuar fazendo integração onde antes funcionavam as estações e isso não é necessário. Tomando comoexemplo os usuários que moram na Zona Norte da capital e precisam se deslocar até Ponta Negra, Silvio Medeiros explica que a troca de transporte pode ser feita ainda na Zona Norte. "Na Zona Norte existem ônibus que fazem a linha Ponta Negra. Basta fazer a troca ainda lá ou mesmo na avenida Bernardo Vieira", afirma.

O secretário disse ainda que não vê necessidade de aumentar o tempo do benefício. "Até agora não foi constatada nenhuma necessidade de ampliação desse tempo em alguma linha", afirmou. Já os usuários partilham de pensamento totalmente contrário ao da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). "Não tem condições. Isso é um absurdo!" É o que pensa o estudante Paulo Silva, 19. Paulo conta que só nessa semana já perdeu a integração temporal em três oportunidades. Morador da Zona Norte, o estudante tem que pegar dois transportes para chegar a empresa onde estagia pela manhã, em Candelária. Ele conta que a lotação dos ônibus e os congestionamentos em horário de pico contribuem para a perda do direito do usuário.

A segurança na região também é apontada como um fator de preocupação para a população que peg1a ônibus no local. Paulo Silva acredita que as antigas estruturas das estações de transferência ofereciam maior segurança aos usuários de transporte público. "As estações antes ficavam abertas até as 23h. E agora, como as pessoas irão ficar nas paradas nesse horário?"

A indagação do estudante é somada à sensação de insegurança que ele afirma ter ao desembarcar em locais distantes de centros de maior movimento, como o Natal Shopping. Funcionários Os funcionários que foram contratados pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Natal (Seturn) para trabalhar nas estações de transferência perderam suas funções. Segundo Sílvio Medeiros, as informações que lhe foram passadas pelo Seturn é que 90% dos funcionários foram reaproveitados e transferidos para funções administrativas dentro do próprio Seturn ou nas empresas.

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Passageiros esperam até uma hora por ônibus nas paradas de Natal

terça-feira, 27 de abril de 2010


A rotina de quem depende do transporte público para se locomover nos domingos e feriados é de espera e insatisfação. Durante esses dias, a frota de ônibus que circula em Natal, um total de 641 veículos é reduzida em até 40%, o que em alguns casos gera uma demora de mais de uma hora para que o passageiro consiga embarcar no transporte coletivo na sua parada.

A longa espera pelo ônibus pode causar prejuízos para a população, como quase aconteceu com o estudante Diego de Medeiros, morador do conjunto Parque dos Coqueiros, Zona Norte. Ele esperou o ônibus por mais de 40 minutos para ir ao colégio em que prestou concurso público no bairro de Ponta Negra, Zona Sul. "Por pouco não encontrei os portões do colégio fechados, é um absurdo essa falta de ônibus no domingo quando a população precisa sair para o lazer ou para outros compromissos", revelou Diego.

A universitária Aline Tarsis que utilizou o transporte coletivo para ir ao jogo do ABC após esperar pouco mais de 30 minutos, também reclama das dificuldades em conseguir o ônibus no domingo. "Eu já vim bem cedo para parada para chegar na hora do jogo, mas é muito difícil essa situação, já teve vezes que passei mais de uma hora esperando o ônibus. Outro problema é que também quando passa o ônibus vem lotado sendo uma viagem bem desconfortável", relatou Aline.

O operador de máquinas, Aureliano Silva, enfrentou a demora de uma hora para conseguir o ônibus da linha 01 para ir ao conjunto Parque dos Coqueiros, Zona Norte. Ele revela que outro problema gerado pela longa espera é a insegurança das paradas. "Além de ter que esperar o ônibus para voltar pra casa, ficamos expostos por muito tempo a ações de bandidos principalmente à noite. Já tive que esperar por até uma hora e meia, mas consegui chegar seguro em casa", afirmou Aureliano.

Justificativa

De acordo com o diretor do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn), Augusto Maranhão, a redução da frota é feita por causa da baixa demanda dos serviços no final de semana. "Nós fizemos um estudo junto com a Secretaria de Mobilididade Urbana e o efetivo que colocamos nas ruas nos domingos e feriados é suficiente para atender as demandas, nós priorizamos as linhas que passam por centros comerciais como os shoppings, na BR 101 e Bernardo Vieira", disse Maranhão.

Augusto Maranhão informou que o Seturn e a Semob fazem semanalmente acompanhamento das demandas das linhas de ônibus, mas ainda não identificaram a necessidade de ampliar atualmente o número de ônibus circulando nos domingos e feriados em Natal.

Fonte: Dnonline
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Nem VLT, nem BRT, Natal terá apenas um corredor de ônibus

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nem VLT ( Veículo Leve sobre Trilhos), nem BRT (Bus Rapid Transit). Natal terá apenas um corredor de ônibus com extensão de 22 quilômetros como inovação entre as obras de mobilidade urbana da Copa 2014. A informação partiu do ministro das Cidades, Mário Negromonte, na abertura hoje (25) do 25º Seminário Nacional NTU - Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, no Expo Transamérica, em São Paulo.

Mário Negromonte disse que o PAC da Copa prevê investimentos de R$ 12 bilhões para modernizar os sistemas de transporte coletivo nas cidades-sede do mundial de futebol. O valor se soma ao PAC da Mobilidade Urbana que destinará mais R$ 18 bilhões para 24 cidades brasileiras, totalizando a aplicação de R$ 30 bilhões nos centros urbanos nos próximos 3 anos.

Segundo os empresários do setor de transportes, Natal ainda não apresentou projeto para viabilização do BRT que deverá consumir boa parte dos investimentos do Ministério das Cidades.

As administrações municipais ou os empresários do setor de transporte coletivo têm até dezembro deste ano para apresentar os projetos. Os recursos do PAC da Copa já estão garantidos.

Segundo Agnelo Cândido, presidente do Seturn, os empresários aguardam os projetos da Prefeitura de Natal para viabilização do BRT. "A iniciativa cabe ao poder público. A prefeitura tem de apresentar sua proposta", declarou Cândido.

O BRT é um sistema de transporte criado em Curitiba na gestão do então prefeito Jaime Lerner nos idos da década de 80 e utilizado em mais de 80 cidades do mundo. Nele, os ônibus circulam em uma rede  de canaletas exclusivas com atributos especiais, como múltiplas posições de paradas nas estações, acessibilidade universal, embarque em nível, veículo articulado e com múltiplas portas, pagamento e controle fora dos ônibus.

O BRT custa de 4 a 20 vezes menos que sistemas de veículos leves sobre trilhos e entre 10 a 100 vezes menos que um sistema de metrô, conforme dados técnicos da NTU. O sistema de ônibus leva de 2 a 3 anos para ser implantado.

De acordo com Ivo Carlos de Almeida Palmeira, secretário executivo da Frente Parlamentar do Transporte, pelo menos um BRT está previsto para Natal por conta da Copa 2014. "Mas é preciso que poder público apresente o projeto até o final deste ano, senão o dinheiro não sai. Até agora não tenho conhecimento do projeto em Natal", declarou Palmeira.

Ivo Palmeira informou que os projetos do BRT estão adiantados em cidades como Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O BRT já está consolidado em Curitiba (PR) e em São Paulo (Expresso Tiradentes).

"Se o poder público não tiver condições de financiar o BRT em Natal existe a alternativa da PPP - Parceria Público Privada", sugeriu Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da NTU. "Isso já está ocorrendo em Goiânia. Os empresários realizam o investimento, exploram o serviço e a prefeitura assume o encargo das amortizações ao longo de até 30 anos", completou Cunha Filho.



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Tarifa de ônibus em Natal sobe para R$ 2,35

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O reajuste da tarifa de ônibus para R$ 2,35 não satisfez o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn). Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), o sindicato afirma que empresas continuarão a trabalhar "no vermelho" com o novo valor da passagem. De acordo com o Seturn, o reajuste de R$ 0,15 é insuficiente para acabar com o desequilíbrio econômico e financeiro.

O aumento foi anunciado na manhã desta quarta pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) após reunião com o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito Urbano. Para que a nova tarifa entre em vigor é preciso que o prefeito Carlos Eduardo publique no Diário Oficial a portaria autorizando o aumento. A expectativa da Semob é que o novo valor comece a ser cobrado no fim de semana.

Atualmente, a tarifa de ônibus em Natal custa R$ 2,20, O valor não é reajustado há 43 meses. A proposta inicial da Prefeitura de Natal era de que a tarifa fosse de R$ 2,30, mas, de acordo com a titular da Semob, Elequicina Santos, foi levado em consideração o aumento salarial concedido aos motoristas de ônibus para chegar ao valor de R$ 2,35.

Incialmente o Seturn pediu uma passagem de ônibus a R$ 2,80, no entanto na nota divulgada nesta quarta o sindicato afirma que chegou a sugerir uma tarifa de R$ 2,70 ou a desoneração de impostos para as empresas. Na mesma nota, o sindicato diz torcer para que a licitação dos transportes aconteça o mais rápido possível. O projeto promete reestruturar o transporte público da cidade.

De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, a capital potiguar é atendida por 646 ônibus que circulam diariamente com 86 linhas. Em média, 530 mil pessoas utilizam o transporte público na cidade.

Informações: G1 RN

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Teste de VLT em Natal deve começar em 60 dias

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A primeira composição do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) que circulará na capital potiguar já está na superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), na Ribeira, mas ainda sem data definida para entrar em circulação. Mas a expectativa do órgão é que o primeiro VLT passe a circular com passageiros, em fase teste, no prazo de dois meses, sem previsão de aumento no valor da tarifa, que custa R$ 0,50. 
Foto: Frankie Marcone

Das 14 composições adquiridas para renovação da frota ferroviária na Região Metropolitana, 12 são VLTs e dois são locomotivas tradicionais. O conjunto foi adquirido por R$ 154 milhões através do PAC Equipamentos. Além da composição do VLT, as duas locomotivas também chegaram e estão sendo testadas. 

A primeira composição do veículo leve foi apresentada ontem pelo superintendente da CBTU em Natal, João Maria Cavalcanti, que também falou sobre o projeto de modernização do sistema ferroviário potiguar.  Além desse, o segundo VLT deve chegar à cidade no fim deste mês e, posteriormente, a chegada dos outros dez com intervalo médio de dois meses entre cada um. A previsão é de que a implantação do VLT seja concluída em três anos. 

“Quanto mais veículos, são mais viagens e mais demanda. A expectativa é passar da média de 6 mil passageiros diários para 18 mil. Um estudo indica que há uma demanda reprimida de 60 mil passageiros/dia das zonas Norte e Sul”, afirma o superintendente.

Os VLTs atuarão na linha Sul (Natal/Parnamirim) e parte da linha Norte (Natal/Nova Natal). Segundo Cavalcanti, a presença em parte da linha é necessária para cumprir o intervalo prometido de 20 minutos. No restante da linha Norte, entre a estação Nova Natal e a de Ceará-Mirim, atuarão as novas locomotivas.

Dentro da modernização do sistema na Grande Natal, o pré-projeto elaborado pela CBTU prevê reparos das 22 estações da década de 1980, criação de outras oito, manutenção e substituição de parte dos trilhos e dos dormentes (apoio para as linhas férreas). A expectativa do órgão é que a implantação das novas estações torne o sistema ferroviário mais acessível à população, deixando-a mais visível e próxima às paradas de ônibus e corredores viários. “O sistema de ônibus está saturado e o sistema de trem, transporte de massa de grande capacidade, pode ajudar a diminuir a demanda de veículos”, disse o superintendente.


Devem ser feitos ainda viadutos ou túneis, nos cruzamentos da ferrovia com as avenidas João Medeiros Filho, Mário Negócio, Bernardo Vieira, e Capitão Mor Gouveia. Esses equipamentos para os automóveis visam dar mais celeridade ao tráfego dos dois tipos de veículo, mas, de acordo com a companhia, independe da implantação do VLT.

Essas demandas serão entregues à empresa vencedora da licitação, em fase de conclusão, para elaborar o projeto executivo dentro do prazo inicial de um ano. A expectativa de João Maria Cavalcanti é que os serviços durem dois anos. Para esse projeto e obras, a CBTU garantiu R$ 311,65 milhões através do PAC Mobilidade Grandes Cidades. 

Desse total voltado à reestruturação da rede, foram liberados R$ 53 milhões para pagar o projeto e parte do material a ser adquirido para substituição. Cavalcanti garante que os reparos a serem feitos, mesmo na linha, não impedem o funcionamento normal da rede. “Os trens e VLTs não vão parar de rodar por causa das obras. Esse pode ser feito com eles em circulação”. 

O que é VLT?
O Veículo Leve sobre Trilho (VLT) é um equipamento de transporte mais moderno que as tradicionais locomotivas férreas. Similar aos ônibus, o VLT é mais leve que as locomotivas em uso, em Natal. Serão compostas por três vagões, cada uma com capacidade para 200 passageiros, podendo transportar até 600 pessoas de uma vez. O VLT também se diferencia por ser bimotor e, por ter um em cada ponta, não precisa fazer curvas, indo para frente e para trás. Serão climatizados e, de acordo com a CBTU, passarão nas estações a cada 20 minutos.

Novas estações
Na modernização, serão implantadas oito novas estações na Região Metropolitana de Natal:

BR-101 Sul, próximo ao viaduto de Parnamirim
BR-101 Norte, próximo à fábrica da Ambev
Próximo à avenida das Fronteiras, na zona Norte
Estação Baldo, próximo ao Passo da Pátria
Estação próximo aos shoppings Estação e Norte Shopping
Estação no Bairro Nordeste
Estação próximo à Lagoa de Extremoz

Unificação das atuais duas paradas do Alecrim, uma para cada linha

Números 
R$ 154 milhões do PAC Equipamentos foram usados para aquisição de 12 VLTs e duas locomotivas.
R$ 311,65 milhões do PAC Mobilidade Grandes Cidades para reparos e modernização da rede ferroviária.
600 passageiros poderão ser transportados por VLT.
8 novas estações serão construídas na Grande Natal.
22 é o número de estações existentes na rede da CBTU Natal.
6 mil é a média de passageiros transportados diariamente.
18 mil é a projeção de passageiros/dia transportados quando implementados os quatro VLTs.
60 mil é a projeção de passageiros/dia, incluindo transporte pelas tradicionais locomotivas.
1.545.298 passageiros transportados em 2013.
1.126.629 passageiros transportados em 2012.
1.853.048 passageiros transportados em 2011.

Por Pedro Andrade
Informações: Tribuna do Norte
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Ônibus decorados celebram Natal Iluminado no transporte coletivo de Guarulhos

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

A população de Guarulhos recebe a sétima edição do Natal Iluminado, uma campanha anual que se tornou uma tradição no município. Organizada pela Guarupass, entidade responsável pelo transporte público na região, a iniciativa busca promover o espírito natalino por meio da decoração especial dos ônibus que circulam pelas linhas atendidas.

Iniciada em 1º de dezembro, a campanha visa incentivar os festejos de Natal, proporcionando aos passageiros uma experiência diferente ao viajar em ônibus temáticos, iluminados e decorados para a temporada festiva. A Guarupass destaca a importância desse gesto, não apenas como uma ação promocional, mas como uma forma de expressar gratidão aos passageiros pela confiança ao longo do ano.
 
“Mais do que uma iniciativa promocional, esta é uma forma de agradecer aos nossos clientes pela confiança e o reconhecimento recebidos durante todo o ano e reforçar nosso compromisso em continuar a trabalhar pelos cidadãos guarulhenses”, afirma Márcio Pacheco, diretor executivo da Guarupass. Márcio ressalta ainda que o Natal representa um momento especial, repleto de valores como solidariedade, respeito e inclusão social. Segundo ele, a decoração dos ônibus busca transmitir esse espírito natalino, tornando a época das festividades mais prazerosa para os passageiros.


Além das empresas concessionárias, a edição deste ano conta com a participação dos operadores subcontratados e cooperativas que operam as linhas atendidas pelos micro-ônibus nos bairros. A iniciativa se estende a diferentes partes da cidade, com empresas como a Empresa de Ônibus Vila Galvão, Viação Urbana Guarulhos e diversas cooperativas, cada uma trazendo seu toque especial para as celebrações de Natal.

Confira algumas das linhas atendidas pelo Natal Iluminado:

Empresa de Ônibus Vila Galvão: 453 (Terminal São João/Centro), 441 (Jd. Santa Paula/Santa Clara);
Viação Urbana Guarulhos: 331 – Cecap /Aeroporto, 351 – Cecap/Shopping;
Cooperativas:
CooperTrans: Linha 791 – Jardim Tupinambá/Terminal Pimentas
CooperFort: Linha 388 – Vila União/Terminal Taboão
CooperUni: Linha 356B – Terminal Cecap/PA Paulista
CooperG4: Linha 277 – Terminal Vila Galvão/Centro
A Viação Campo dos Ouros também participa da celebração, mantendo seus ônibus temáticos em operação itinerante em todas as linhas atendidas pela empresa durante o período da campanha.

Informações: Click Guarulhos

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Tarifa de ônibus em Joinville é a mais cara do País

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Quem deixar para comprar a passagem apenas dentro dos ônibus do transporte coletivo de Joinville irá pagar o bilhete mais caro do País. 


Isto porque o preço da tarifa embarcada, reajustada para R$ 4,50 desde segunda-feira, é o mais alto entre as cidades brasileiras que já definiram os aumentos das passagens do transporte público, considerando apenas os ônibus. 

É o que aponta o levantamento divulgado esta semana pela Agência Brasil — a maioria dos municípios não diferencia valores de compras antecipadas e embarcadas. Mas os bilhetes comprados antes do embarque, por R$ 3,70, ainda pesam menos no bolso dos joinvilenses se comparados aos preços de algumas cidades. 

Em Brasília, a passagem de determinadas linhas custa até R$ 4,00, enquanto em Belo Horizonte o preço chega a R$ 4,45. Cariocas e paulistanos passaram a pagar R$ 3,80, sendo que em São Paulo (SP) a passagem da integração de ônibus e trilhos custa R$ 5,92. Por outro lado, há cidades em que o bilhete sai por menos de R$ 3,00 (veja lista abaixo)

A Prefeitura de Joinville justifica que a cobrança mais cara na hora do embarque permitiu que o preço da passagem antecipada ficasse na casa dos R$ 3,70, quatro centavos abaixo do que apontavam as planilhas avaliadas para o reajuste. Somente 5% dos usuários da cidade, informa o município, compram bilhetes embarcados. 

Apesar do percentual alegado, na segunda-feira à noite dois telejornais nacionais mencionaram Joinville como a cidade com a passagem de ônibus mais cara do Brasil, o que reforçou as reações negativas ao aumento. As reportagens consideraram apenas a cobrança de R$ 4,50 na comparação. Esse valor também é o principal alvo das manifestações contrárias ao novo reajuste, especialmente nas redes sociais. 

Mensagens de protesto, muitas em versões bem-humoradas, lembram que ir e voltar a qualquer lugar da cidade pode custar até R$ 9,00 ao passageiro.

Primeira manifestação será nesta quarta-feira

A primeira grande manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Joinville será nesta quarta-feira, às 18 horas, com concentração na Praça da Bandeira. A maior convocação é do Movimento Passe Livre. 

Além de questionar o novo reajuste, como ocorre a cada aumento e deve se repetir mais vezes nas próximas semanas, o protesto também promete chamar a atenção para causas como a tarifa zero e a falta de licitação para a concessão do transporte público.

O Movimento Passe Livre defende que o transporte poderia ser gratuito por meio do chamado imposto progressivo, que implicaria em cobrar mais de quem tem mais posses e de minimizar a cobrança de quem tem renda menor.

Veja os preços cobrados nas capitais entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016

Aracaju
R$ 3,10 em janeiro de 2016

Belém
R$ 2,70 em maio de 2015

Belo Horizonte
R$ 3,70 a R$ 4,45 em janeiro de 2016

Boa Vista
R$ 2,80 a R$ 3,10 em janeiro de 2016

Brasília
R$ 2,00 a R$ 4,00 em janeiro de 2016

Campo Grande
R$ 3,25 em novembro de 2015

Cuiabá
R$ 3,10 em fevereiro de 2015

Curitiba
R$ 3,15 a R$ 3,30 em fevereiro de 2015

Florianópolis
R$ 3,10 a R$ 3,50 em janeiro de 2016

Fortaleza
2,75 em novembro de 2015

Goiânia
R$ 3,30 em fevereiro de 2015

João Pessoa
R$ 2,70 em julho de 2015

Macapá
R$ 2,75 em setembro de 2015

Maceió
R$ 2,75 (reajuste em discussão)

Manaus
R$ 3,00 em janeiro de 2015

Natal
R$ 2,65 em julho de 2015

Palmas
R$ 2,95 em maio de 2015

Porto Alegre
R$ 3,25 em fevereiro de 2015

Porto Velho
R$ 2,60 (sem aumento)

Recife
R$ 2,45 em janeiro de 2015

Rio Branco
R$ 2,90 em dezembro de 2015

Rio de Janeiro
R$ 3,80 em janeiro de 2016

Salvador 
R$ 3,30 em janeiro de 2016

São Luís
R$ 2,60 em abril de 2015

São Paulo
R$ 3,80 a R$ 5,92 em janeiro de 2016

Teresina
R$ 2,50 em janeiro de 2015

Vitória
R$ 2,45 (sem aumento)

Informações: Agência Brasil

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Em Natal, Seturn calcula que tarifa de ônibus deveria ser R$ 5,35

segunda-feira, 4 de abril de 2022

A tarifa técnica do sistema de transporte urbano de Natal, que engloba custos, preço do veículo, atualizações salariais, está na casa dos R$ 5,35, segundo cálculos do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano do Rio Grande do Norte (Seturn). A entidade entregou a planilha tarifária nesta quinta-feira (31) à Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) e cobra, da pasta, que atualize os custos do sistema.


O documento, intitulado “Cálculo Referencial de Tarifa Técnica” foi entregue pelo consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga, em reunião ordinária do Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU), que se reúne nas últimas quintas-feiras de cada mês.

Segundo Queiroga, o documento do Seturn toma como base uma planilha da própria STTU, entregue ao judiciário em dezembro de 2021. À época, os motoristas estavam em greve. A tarifa atual, de R$ 3,90 (cartão) e R$ 4,00 (dinheiro) estaria defasada, segundo o Seturn, em virtude das mudanças de custos.

Para chegar ao valor de R$ 5,35, que é o custo total do sistema, o Seturn cita em seu documento o aumento no preço do diesel, que estaria em R$ 5,3770; o novo salário dos motoristas (R$ 2.258,09 + 88,22 de comissão para dupla função); vale refeição, aumento no valor do veículo, entre outras questões. A “Demanda Equivalente” é de 3.144.095 passageiros/mês. A frota atual seria de 396 ônibus com mais 232 reservas.

“As empresas estão a beira da falência, ônibus e opcionais. Endividamento grande. Não estão aguentando esse último reajuste do óleo diesel, não tem de onde tirar. São 30 mil litros por dia. É o único negócio do Brasil, talvez do mundo, que desde a crise da pandemia, guerra, não tivemos reajuste. Você não encontra um produto que desde 2019 aconteceu isso. O setor não aguenta mais. ”, diz. 

A assessoria de imprensa da STTU disse que está em vias de atualização da sua planilha tarifária com os custos do sistema e vai apresentar, em reunião com os empresários, os cálculos feitos pela equipe técnica. Em reunião no último dia 21 de março, o acordo era de apresentar os dados em 15 dias. A nova reunião entre empresários, STTU e o prefeito Álvaro Dias (PSDB), no entanto, ainda não tem data marcada.

Isenção de ISS não foi para a Câmara
Uma semana depois de anunciar nova isenção do Imposto Sobre Serviço (ISS) para que as empresas de ônibus ganhem fôlego em meio à alta do preço dos combustíveis e evitem a redução das linhas do transporte coletivo, o projeto ainda não saiu dos gabinetes da Prefeitura do Natal para ser enviado à Câmara Municipal. Na Secretaria Municipal de Tributação (Semut), o projeto ainda não avançou. 

A medida foi anunciada para conter a movimentação dos empresários que se preparavam para reduzir em 10% a frota que circula na cidade, que já está reduzida para cerca de 70% desde que a pandemia da covid-19 paralisou as atividades econômicas e educacionais. Sobre isso, uma decisão judicial ainda em vigor obriga que 100% da frota esteja em circulação nas ruas, mas não é cumprida, o que tem gerado, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), mais de 107 mil autuações contra as empresas.

Essa isenção de ISS, inclusive, não é garantia de retorno das linhas que foram devolvidas pelo Seturn à STTU. Segundo o sindicato, a isenção, que representa a tarifa em 5%, reduziria a tarifa técnica em R$ 0,25, o que torna o custo da operação superior a passagem cobrada. Para isso, os empresários sugerem subsídio por parte da Prefeitura do Natal.

“Na correção da planilha da STTU, a tarifa passa de R$ 5. O ISS, se chega a esse valor, 5% do ISS é R$ 0,25. O que representa esse valor numa diferença de R$ 5,35 para R$ 3,90? O ISS, que o prefeito nem encaminhou, por mais que aprove sem restrições, não resolve nem a metade”, diz Queiroga. 

Licitação
Depois de ser adiada mais uma vez, a licitação do transporte público de Natal tem nova previsão para acontecer. Agora, de acordo com  estimativa da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), o lançamento do edital deve ocorrer a partir de julho deste ano. Daliana Bandeira, titular da pasta, afirmou que, até o final desta semana, a minuta preparada pela empresa de consultoria sobre a licitação será entregue à STTU.

“A minuta do edital deverá ser enviada à Procuradoria Geral do Município (PGM) para análise em maio. A PGM vai precisar de cerca de 30 dias para avaliações e depois o documento será enviado à Comissão de Licitação de Transporte, da Prefeitura do Natal, para formatação. Por se tratar de uma concorrência pública, é necessário um prazo de 45 dias para que as empresas possam manifestar suas propostas”, explicou Daliana Bandeira, inicialmente.

“Então, estamos falando de mais ou menos 105 dias até a licitação acontecer – isso se nenhuma empresa impugnar ou entrar com algum mandado”, concluiu em seguida. De acordo com a STTU, empresas de todo o País poderão concorrer à licitação. O edital está sendo elaborada pela empresa Rua Viva, de Belo Horizonte (MG).

Informações: Tribuna do Norte
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Cidade de Natal terá menos ônibus nas ruas com a licitação do transporte coletivo

domingo, 17 de junho de 2012

Haverá uma mudança no sistema de transporte coletivo de Natal até o final do ano. Só que não vai ser uma mudança brusca e repentina, perceptível de um dia pro outro pelos usuários. Uma licitação vai aperfeiçoar o sistema. Mudança administrativa que, obviamente, se refletirá nas ruas. Novas linhas podem ser criadas, outras extintas, algumas rotas aumentadas. O que é certo é que haverá menos ônibus. Hoje são 834. Após licitado o sistema, serão 772, uma queda de 7,5%. Isso pode acarretar problemas no futuro se aumentar o número de usuários, tendo em vista o crescimento populacional registrado pelo IBGE. Entre 2000 e 2010, por exemplo, a população cresceu 12,8%. Só que nos últimos dez anos, houve redução no número de usuários da ordem de 1,48%.

Diminuir a quantidade de ônibus nas ruas da capital é apenas uma das várias mudanças feitas na licitação do transporte. Só saberemos a dimensão real do novo realinhado do sistema após apresentação das propostas na concorrência, que é pública. A prefeitura pretende consolidar a forma de gestão do sistema de ônibus e o do transporte alternativo da capital, agora denominado "complementar". O edital da licitação do transporte coletivo está em fase final e deve ser publicado até o final do mês de junho.

Após a publicação, será dado um prazo de 45 dias corridos para análise das empresas ou consórcios que desejem operar o sistema. Então, haverá a abertura das propostas. Em 15 dias, se não houver impugnações das concorrentes e nenhum outro imbróglio, o resultado será publicado no Diário Oficial do Município e já poderá ter o contrato assinado. Daí, serão mais 120 dias para ser implantado. O que a população espera é que haja melhorias significativas, especialmente nos quesitos mais deficitários do sistema: superlotação, insegurança, regularidade das viagens, profissionalismo e eficiência. Além disso, outra polêmica é o preço (e o reajuste) da tarifa inteira, que hoje custa R$ 2,20.

Outro porém para que o certame seja deflagrado éque ainda é preciso a aprovação de uma Lei Autorizativa, que já foi enviada pelo Executivo à Câmara Municipal e tramita nas comissões daquela casa Legislativa. Mas o que parece tão distante de acontecer até o final do ano pode ser considerado rápido se for levado em conta que a licitação do transporte de Natal vem sendo adiada há pelo menos nove anos, quando venceu o primeiro prazo para concessão das linhas de ônibus às sete empresas que operam até hoje: Guanabara, Santa Maria, Reunidas, Cidade do Natal, ViaSul, Conceição e Riograndense. Na época, o município prorrogou as permissões por mais sete anos, prazo que terminou em 27 de junho de 2010. Houve nova prorrogação no ano passado, embora a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público tenha requisitado à justiça, em abril de 2011, a deflagração da concorrência pública.

A prefeita Micarla de Sousa (PV), declarou que a licitação será um divisor de águas. A apresentação das propostas elaboradas pela administração municipal irá nortear e definir o procedimento delicitação para concessão do serviço de transporte coletivo de passageiros no município.

Vencerá a licitação a empresa ou consórcio que apresentar menor preço de outorga onerosa, considerando os quesitos técnicos e preço oferecido pelo sistema. O município já estabeleceu um valor mínimo de 0,5%, ou seja, uma parte dos lucros do sistema, que terá que ser investido na melhoria da mobilidade urbana de Natal. "Vencerá a empresa que melhor comprove capacidade técnica, o preço e ofereça um percentual maior de lucro ao município", diz Haroldo Maia, secretário-adjunto de transportes de Natal e presidente da comissão técnica de acompanhamento da licitação.

MudançasSerão licitados três lotes: um com viagens originadas na Zona Norte, outro na Zona Sul (que abrangerá as Zonas Leste e Oeste), e um terceiro lote chamado "Complementar", que substituiria o atual sistema opcional/alternativo. Esse sistema operaria nas regiões limítrofes, onde circulam poucas linhas, e como alimentadores das rotas mais utilizadas. "Haverá 692 ônibus convencionais e 80 microônibus. Só que a redução não é ruim para o sistema. Isso poderá ser estabelecido com aumento no número de viagens, ônibus no estilo sanfonado. Tudo foi feito com base nos estudos de equilíbrio econômico-financeiro", garante Haroldo Maia, responsável pelo processo licitatório.

Algumas regras do novo jogo já foram apresentadas em audiência pública realizada no dia 25 de maio. Também através de licitação, a Semob contratou uma consultoria de São Paulo (Oficina Consultores Associados) para fazer os estudos de demanda, estatísticas e o desenho do novo sistema. A empresa especializada traçou o que considerou como a real situação dos transportes públicos, com informações precisas das principais demandas em cada bairro. Das mudanças, a maior polêmica surgiu em torno do transporte opcional/alternativo. Haverá redução no número de linhas, de 177 para 80, e eles não poderão circular em vários bairros como Quintas, Tirol, Alecrim, Petrópolis e Cidade Alta.

Contudo, apesar da polêmica, omunicípio garante que os usuários serão beneficiados. "A nova proposta estabelece uma rede única do sistema, com cartão único e a opção do transporte complementar operado por microônibus. Alguns trechos pouco utilizados serão redesenhados. Natal passará de 125km2 de cobertura para 134 km2 de cobertura. Vamos otimizar o sistema", diz Haroldo Maia.

Fonte: Diário de Natal
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Em Natal, Greve de ônibus causa caos no trânsito

terça-feira, 24 de maio de 2011

O natalense que precisou utilizar o transporte público para ir ao trabalho ou à escola ontem vivenciou horas de caos na capital potiguar devido à greve de motoristas e cobradores de ônibus de Natal. O cenário, ao longo da manhã, envolvia engarrafamentos, paradas lotadas, chuva, além da longa espera dos usuários pela chamada frota de emergência.

Trajetos que eram feitos em uma hora, em dias normais, com apenas 30% dos ônibus rodando pelas ruas passaram a demorar até cinco horas, como relatou o açougueiro Joílson Cipriano, 38 anos. Morador do loteamento Jardim Progesso, na Zona Norte de Natal, ele trabalha no bairro de Felipe Camarão e necessita tomar dois ônibus para chegar ao local de seu emprego. "Saí de casa às 5h da manhã e até agora (9h) ainda estou na parada esperando um ônibus para chegar no serviço", contou o açougueiro.

Após mais de quatro horas de espera, ele conseguiu chegar à empresa em que trabalha somente às 10h. Joílson Cipriano afirmou que, caso a greve continue, fará um percurso diferente para ir o trabalho. "Vou pegar o trem, descer na estação do bairro das Quintas e ir a pé até Felipe Camarão. Assim, pelo menos, chego na hora", explica. Outra usuária, a técnica em hemoterapia Maria Neci, 48 anos, não tem a mesma alternativa, pois mora em Macaíba e trabalha no Hemonorte, em Tirol. O percurso que era feito em até 40 minutos, passou a ser realizado, ontem, em mais de quatro horas.

Para os motoristas que compõem a frota emergencial, a manhã do primeiro dia de greve também não foi fácil. Segundo Aílton Pereira, condutor de um ônibus da linha "Soledade II - Ponta Negra", com os carros superlotados, as viagens ficaram mais complicadas. "Estou levando em média 350 passageiros por cada viagem. Os ônibus estão superlotados", explica ele.

Na saída da Zona Norte, principalmente no conjunto Panatis, a situação era caótica na manhã de ontem. Os poucos coletivos que passavam no local não paravam, por estarem superlotados. Quem procurava o transporte alternativo deparava-se com a mesma situação, chegando até a ver-se alguns microônibus trafegando com as portas abertas e com as pessoas penduradas para fora.

AumentoO Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) entrou com um pedido, na manhã de ontem, junto ao Tribunal Regional do Trabalho, pedindo que a frota de emergência passe a ser de 60% do efetivo de ônibus disponíveis. "Algumas empresas tiveram problemas com atrasos nas saídas dos ônibus, pois os motoristas demoraram a chegar aos seus locais de trabalho. Com esse pedido, esperamos regularizar o atendimento", explica Augusto Maranhão, diretor de comunicação do sindicato patronal.


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Em Natal, Ônibus não param na baia; motoristas têm ignorado recuos e obrigam pedestres a riscos

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Elas estão lá, porém, nem sempre são utilizadas pelos motoristas de ônibus e alternativos que circulam diariamente em Natal. Não são todos os pontos de ônibus da capital potiguar que dispõem de baias - recuo no asfalto para facilitar o trânsito nas grandes cidades -, entretanto, onde elas existem, deveriam minimizar os transtornos, especialmente para os pedestres que muitas vezes se arriscam entre carros e motos para conseguir entrar no transporte desejado.
A cena faz parte da rotina do comerciante Gilvan da Silva, 41 anos, que há 20 anos trabalha próximo ao ponto de ônibus localizado na avenida Felizardo Moura, no bairro das Quintas. Diariamente ele assiste dezenas de pedestres se arriscarem no tráfego intenso da avenida e garante que são poucos os motoristas que respeitam e usam o espaço. "De 100 veículos que passam por aqui, apenas um pára na baia. Isso é ruim porque atrapalha o trânsito e provoca acidentes", diz.

Enquanto a equipe de reportagem do Diário de Natal estava no local, um ônibus parou em local irregular e o motorista Manassés Dias, 28 anos, foi questionado sobre o por quê da atitude. "Muitas vezes o pedestre fica na avenida então para não piorar a situação paramos aqui mesmo", afirmou.

Estudante de uma escola privada que fica próxima ao escritório da Caern, localizado na avenida João Medeiros Filho (estrada da Redinha), Iagos Cruz Azevedo, 16 anos, conta que o fato é corriqueiro também nesse ponto de ônibus. "A situação é ainda mais complicada quando param outros ônibus e alternativos e temos que passar no meio do trânsito para podermos entrar em algum deles para chegar em casa", reclama.

A dona de casa Mônica Alexandre, 41 anos e mãe da pequena Maria Eduarda, afirmou que há alguns dias viu um idoso cair porque teve que se deslocar de uma calçada alta para conseguir entrar no ônibus. "Para nós que temos a saúde perfeita já é ruim, agora imagine para os idosos e portadores de necessidades especiais", indaga.

Campanha


O diretor de comunicação do Sindicato dasEmpresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), Augusto Maranhão, informou que empresas, motoristas e cobradores são constantemente fiscalizados e que, inclusive, diversos ônibus têm câmeras instaladas na frente dos veículos para detectar esse e outros possíveis abusos que podem ocorrer com o usuário.

Com o intuito de melhorar o serviço oferecido, o Seturn irá promover uma campanha de orientação direcionada a motoristas, cobradores e usuários do transporte coletivo, especialmente idosos e portadores de necessidades especiais. A data ainda não foi definida, mas o primeiro encontro será após o carnaval no ginásio Nélio Dias, localizado no conjunto Gramoré, Zona Norte de Natal.

Fonte: DN Online

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