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Em Porto Alegre, Empresa de Viamão terá que adquirir 60 novos ônibus no primeiro ano de concessão

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

A empresa Empresa Viamão Ltda foi declarada nesta segunda-feira (02) a vencedora da licitação da Carris (Companhia Carris Porto-Alegrense), durante a sessão de desestatização, no auditório da Smap (Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio), em Porto Alegre.

Ao ganhar a disputa, por conta da proposta de R$ 109.961.560,00, a Empresa Viamão Ltda, que já atua na região metropolitana, garante a concessão por 20 anos e a operação de 20 linhas – que representa 22,4% do sistema de transporte coletivo da Capital.

A disputa foi estabelecida com proposta comercial mínima de R$ 109 milhões e incluiu também a venda de ações e bens, como ônibus e terrenos.

Fundada em 1953, a Empresa de Transporte Coletivo Viamão está sediada no centro do município de Viamão (RS) e atua no segmento de transporte coletivo de passageiros nas cidades de Viamão, Porto Alegre e Alvorada. A frota é composta por aproximadamente de 350 ônibus que atuam em mais de 400 linhas.

Propostas foram apresentadas por duas empresas: Viação Mimo, de Várzea Paulista-SP, e Empresa Viamão. A empresa Viação Mimo, no entanto, foi desclassificada por não ter garantias aprovadas pela Secretaria da Fazenda. Fundada em 1989, ela opera em 25 cidades, no fretamento contínuo, eventual, executivo e estudantes ou no transporte público.

“Num dia marcante, hoje damos um passo consistente no compromisso que assumimos com a cidade ainda na eleição. A venda da Carris faz parte de um projeto maior de qualificação e modernização do transporte coletivo, que viveu uma grande crise e recebe, desde o início da gestão, ações concretas para melhorar o atendimento ao passageiro e não aumentar o custo no bolso do cidadão”, disse o prefeito Sebastião Melo.

Até o fim do primeiro ano de contrato, cerca de 60 ônibus precisarão ser adquiridos pelo vencedor da disputa. A gestão municipal ressalta que a desestatização não vai acarretar em alterações nas linhas de ônibus da Carris e nem no valor da passagem. O valor da tarifa está garantido pela prefeitura em R$ 4,80 desde 2021, sem reajustes em 2022 e 2023.

“A sessão transcorreu tranquila e com transparência, sem contestações. A Carris foi vendida por um preço justo e o que se espera é que o serviço para o cidadão melhore”, disse a secretária de Parcerias, Ana Pellini.

A sessão pública ocorreu no auditório da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, na rua Siqueira Campos, 1300, 14º andar, Centro Histórico, e foi transmitida ao vivo pelo YouTube da prefeitura. Além dos interessados na concorrência, imprensa, autoridades e público em geral puderam acompanhar o evento.

Debate

A concorrência pública é resultado de um longo processo, que começou em 2021 e incluiu, entre outras etapas legais necessárias, consultas e audiência públicas, além da aprovação de lei na Câmara de Vereadores, que deu aval para a desestatização. O edital também passou pela análise do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que chancelou o texto.

Entre as razões apresentadas para a desestatização estão o alto custo de operação da companhia, cerca de 20% maior do que o de outras operadoras de transporte coletivo na Capital, e a necessidade frequente de alto volume de investimentos para qualificar o serviço oferecido ao passageiro, como a aquisição de novos ônibus com ar-condicionado, por exemplo.

Histórico

A Carris é uma operadora de serviço de transporte público responsável por rotas de ônibus de Porto Alegre desde 1872. A empresa tem 20 linhas em operação, representando 22% do sistema. Caracteriza-se por ser uma sociedade de economia mista, com o controle acionário da prefeitura de Porto Alegre (que detém 99,9% das ações). A sede da Carris está localizada na rua Albion, 385, bairro Partenon.

Informações: O Sul

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Porto Alegre: Transporte público de qualidade é uma obrigação

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sempre que se fala em transporte coletivo em Porto Alegre complementa-se a frase com "de qualidade". Ora, transporte público sempre deve ter qualidade, portanto, esse reforço bem que poderia ser um pleonasmo. Ou se tem qualidade ou o transporte coletivo deve ser aprimorado.

Quando Porto Alegre completou 100 anos, em 1872, tinha 44 mil habitantes. Uma viagem de ida e volta dos arraiais mais distantes até o Centro poderia levar um dia inteiro. Um tipo de gôndola apelidada de maxambomba circulou por volta de 1865, mas não teve muito sucesso e logo caiu em desuso.

No dia 19 de junho de 1872, porém, um decreto assinado por Dom Pedro II alteraria, significativamente, o cotidiano da cidade. É que foi concedida à Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense autorização para funcionar, por meio do Decreto nº 4.985.

A partir daí, o transporte coletivo da cidade foi evoluindo, dinamizando o contexto urbano e alterando o aspecto das ruas e dos futuros bairros. Em 4 de janeiro de 1873, a inauguração da primeira linha, a Menino Deus, foi motivo de festa com muita pompa e uma parelha de cavalos brancos no lugar das mulas. No dia seguinte, as mulas já pegaram no pesado, segundo dados da Carris.

Em 1895, ocorreram as primeiras experiências com a eletricidade, com a inauguração da usina termelétrica da Companhia Fiat Lux. Em 1906, as duas empresas de transporte de bondes - a Carris de Ferro e Carris Urbanos, fundada em 15 de janeiro de 1893 - se unem e formam a Companhia Força e Luz Porto-Alegrense, responsável pelo transporte elétrico e também pelo fornecimento de energia para a Capital.

Em 10 de março de 1908 circularam os primeiros bondes elétricos. Vieram da Inglaterra 35 veículos de quatro rodas e dois bondes modelo Imperial, com dois andares, conhecidos como Chopp Duplo. Os primeiros bondes elétricos trafegaram nas linhas Menino Deus, Glória, Teresópolis e Partenon.

Até 1970, os bondes levaram os porto-alegrenses para o trabalho, para as escolas, para a diversão, para os cinemas no Centro e nos bairros. Comprar ou alugar um imóvel "só se tivesse bonde na porta", expressão muito usada. O prefeito Telmo Thompson Flores, nomeado para governar a cidade entre 1969 e 1975, desativou os bondes, para tristeza de muitos.

Realmente, pelo menos uma linha histórica e circular, a do bonde Duque, poderia ter ficado como lembrança e atração turística. Há quase duas décadas que se fala em reativar um trecho de linha de bonde, mas nada é feito. Depois, o prefeito Guilherme Socias Villela implantou os corredores de ônibus.

Décadas após, a prefeitura está preparando os corredores para neles instalar o sistema de veículos rápidos e articulados. Mas a discussão sobre o transporte coletivo não acaba, pois a tarifa seria mais cara nos ônibus com ar-condicionado, alertam os técnicos, e as licitações feitas pela prefeitura não atraíram interessados. Gradativamente, após a década de 1950, surgiram empresas de ônibus que foram assumindo o serviço dos bondes.

Mas a tentativa de implantar ônibus elétricos, no final dos anos de 1950 e início de 1960, fracassou. Hoje, a Companhia Carris Porto Alegrense tem 383 ônibus nos quais foram instaladas três câmeras e uma na parte externa. As imagens são monitoradas por 13 servidores em cada turno. Transporte coletivo de qualidade, é isso que os porto-alegrenses sempre quiseram. Portanto, que se unam prefeitura e empresários em prol de um superior modelo.

Informações: Jornal do Comércio


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Assaltos no transporte público de Porto Alegre tem forte redução

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Os assaltos no transporte público de Porto Alegre têm apresentado redução quando comparado com o histórico dos meses de outubro nos anos anteriores. O levantamento, que é realizado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), mostrou uma diminuição de 90% das ocorrências no mês de outubro comparado com o mesmo período de 2016. De 50, a Capital passou para cinco registros no mês. 

O Fórum Transporte Seguro ocorreu nessa quinta-feira, 9, no auditório da EPTC, e reuniu forças da segurança e consórcios de ônibus para a apresentação do balanço e controle das ações no combate a assaltos no transporte coletivo urbano de Porto Alegre. No acumulado do ano, até o mês de outubro, foram registradas 49 ocorrências. Neste mês, as cinco ocorrências apresentadas foram somente no consórcio Mob, que atende vias como Assis Brasil, Farrapos, Centro, Baltazar de Oliveira Garcia, avenida do Forte, Cristovão Colombo, Plinio Brasil Milano e 24 de Outubro. Os consórcios Mais, Via Leste, Viva Sul e a Companhia Carris não registraram assaltos.O evento teve a presença do presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto. 

“Este projeto é inspirador. Ao observarmos os resultados obtidos vemos que é um exemplo de como um trabalho sistemático e integrado pode dar excelentes resultados, além de servir de inspiração para outras áreas”, destaca o presidente da EPTC, Pedro Bish Neto. 

Os representantes de seis batalhões (1º BPM, 9º BPM, 11º BPM, 19º BPM, 20º BPM e  21º BPM) ressaltaram que a queda dos números demonstra a importância do trabalho da polícia militar. A orientação é para que o policiamento se expanda às paradas e terminais de ônibus a fim de garantir a segurança dos passageiros.  

“Com o objetivo de coibir os assaltos são realizadas barreiras no entorno de paradas e estações onde há maiores índices. Foi percebido também que os criminosos mapeiam o local onde os policiais estão agindo e se direcionam para outros locais e horários, mas com um trabalho de inteligência estamos tentando acompanhá-los”, afirma o capitão Fernando, do 19° Batalhão da Polícia Militar 

Fórum - Além da EPTC, integram o Fórum Transporte Seguro a Brigada Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, empresas de ônibus e entidades ligadas ao transporte coletivo. Desde 2016, o grupo realiza reuniões mensalmente, visando a ações integradas para diminuir os números de registros. Em razão dos resultados obtidos no Fórum, o transporte público de Porto Alegre é utilizado como modelo em segurança por outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde os índices de assaltos permanecem em alta.

Registros das ocorrências - O sucesso das ações do fórum também depende do registro de atitudes suspeitas e das ocorrências através do telefone 190 da Brigada Militar, com o número da linha, prefixo do ônibus, data e horário, para que os órgãos competentes possam, juntos, coibir as situações que colocam em risco o uso do transporte público. O boletim de ocorrência pode ser feito na página da Delegacia de Polícia On-line ou diretamente na Delegacia de Polícia Especializada de Repressão a Roubos em Transporte Coletivo (DRTC), a primeira do país com essa especialidade, pelo fone 3288-8528. Por meio do contato com os serviços de informações e reclamações dos consórcios de ônibus, também é possível agilizar o fornecimento das imagens das câmeras de videomonitoramento para as polícias.

Assaltos a ônibus em Porto Alegre - ocorrências/ano

2016 - 915
2017 - 612
2018 - 400
2019 - 191
2020 - 140
2021 - 61
2022 - 40

Informações: Prefeitura de Porto Alegre

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Carris é vendida para empresa de Viamão por R$ 109,9 milhões

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Na tarde desta segunda-feira (2), a Prefeitura de Porto Alegre realizou o leilão de privatização da Carris, no auditório da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP). O lance ganhador foi de R$ 109.951.500,00 da Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda, que já opera linhas na região Metropolitana da Capital.

O leilão tinha como valor mínimo R$ 109,8 milhões e inclui a venda de todas as ações e o patrimônio, como ônibus e terrenos, e a concessão, por 20 anos, de 20 linhas operadas pela companhia, o que representa 22% do sistema de transporte coletivo da Capital. O primeiro lance da vencedora foi de R$ 2 mil a mais do que o mínimo, que aumentou após pedido da Prefeitura na negociação verbal.

Para o prefeito Sebastião Melo, (MDB), a privatização pode melhorar o sistema de transporte público. “Essa desestatização significa qualificar o serviço, porque você tá diminuindo o custo, isso influi na passagem, nova frota”, disse. Ainda, sobre o interesse de somente duas empresas, Melo relatou que não ficou surpreso. “O sistema de transporte público faliu antes da pandemia e se escancarou na pandemia. Se lá atrás pode ter sido lucrativo, hoje é bastante complicado. Hoje me parece que não é um mercado tão atrativo. Gostaria que tivesse mais empresas, mas R$ 110 milhões é uma expectativa maior do que o próprio edital para esse processo”, afirmou.

A titular da Secretaria Municipal de Parcerias, Ana Pellini, concordou com a avaliação do prefeito, e considerou o processo bem sucedido. “R$ 110 milhões por uma empresa que tem déficit há 10 anos, que tem problema com uma folha inchada, é um ótimo resultado, se pensar que não teve ação judicial, nenhuma liminar, não teve cautelar do Tribunal de Contas, não teve nada”, disse.

A empresa vencedora foi fundada em 1953 e tem uma frota atual de 290 ônibus ativos que operam linhas metropolitanas, entre Viamão e Porto Alegre, e linhas urbanas dentro de Viamão, além de atuar também em Alvorada. Segundo Otávio Marco Antônio Bortoncello, diretor da empresa, a companhia de Porto Alegre seguirá se chamando Carris e, após a incorporação, estima-se que a frota total da empresa será de 550 veículos. Conforme o edital, cerca de 60 ônibus precisarão ser adquiridos até o final do primeiro ano de atuação.

“O transporte está no DNA da nossa empresa, essa paixão nos promoveu a investir muito mais. Obviamente, se fosse olhar só o investimento, hoje em dia é mais fácil aplicar no mercado financeiro do que empreender. Então às vezes tem que ser um pouco arrojado e aceitar esse desafio, realmente é um grande desafio”, afirmou Darci Norte Rebelo Jr, assessor jurídico da Viamão.

A Viação Mimo Ltda., de Sorocaba (SP), também participou do certame, porém não apresentou garantia de um dos itens do edital e foi desclassificada. Como a Comissão Especial de Contratação da Prefeitura tem 15 dias para a análise da documentação habilitatória da primeira colocada, ainda cabe recurso contra a desclassificação.

Se as exigências forem aprovadas e após serem vencidas todas as etapas de eventuais recursos, a empresa será declarada vencedora em publicação feita no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). Os contratos de venda das ações e de concessão dos serviços devem ser assinados até o primeiro trimestre do próximo ano, após a realização de todas as etapas previstas no edital.

Entre as razões apresentadas pela Prefeitura para a privatização da empresa, estão o alto custo de operação da companhia e a necessidade de investimentos para qualificar o serviço, como a compra de novos ônibus. Contudo, os críticos da privatização vão lembrar que ela chegou a ser uma das melhores empresas de transporte do País, sendo considerada a melhor empresa de transporte coletivo do Brasil, em premiação concedida pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), nos anos de 1999 e 2001. Para os críticos, a queda seria consequência do modelo de gestão adotado pela Prefeitura nas últimas décadas.

Fundada em 1872, como Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense, a empresa começou a operar uma linha de bonde entre o Centro e o bairro Menino Deus, ainda puxado a mulas. Em 1908, coloca em circulação o primeiro bonde elétrico da cidade. Em 1953, em razão da precarização do serviço e da gestão da americana Bond & Share houve a encapação da empresa.

As mais conhecidas da Carris, as linhas Ts, transversais, começam a circular em 1976, no período de implantação de corredores de ônibus da Capital. Às linhas Ts, de 1 a 4, soma-se no ano seguinte a Campus Ipiranga, que liga o Centro ao Campus do Vale da UFRGS, recém inaugurado. Durante os governos da Frente Popular, ocorre a expansão das linhas, de 5 a 10, a criação da T1 Direta e da Linha Turismo. Em 2006, é criada a T11 e, em 2016, a linha T12.

Informações: Sul 21

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Prefeitura de Porto Alegre lança nova consulta pública para desestatização da Carris

terça-feira, 22 de novembro de 2022

A Secretaria Municipal de Parcerias publicou no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) dessa segunda-feira, 21, a abertura de nova consulta pública por 30 dias, a contar do dia 22, para concessão do bloco de 21 linhas operadas pela Companhia Carris Porto-Alegrense. A medida faz parte do processo de desestatização da companhia.

Segundo a secretária Municipal de Parcerias, Ana Pellini, a prefeitura está disponibilizando novamente a minuta do edital de concessão da Carris, pois foram implementadas alterações significativas em decorrência de sugestões advindas da consulta anterior.

A consulta é destinada a coletar manifestações da sociedade civil sobre a minuta de edital, contratos e demais anexos para a concorrência pública, de âmbito internacional. Os documentos serão disponibilizados a partir desta terça-feira, 22, no site da secretaria. Eventuais comentários, contribuições e sugestões dos interessados devem ser encaminhados, por meio de correspondência dirigida, incluindo o formulário de contribuições, até 21 de dezembro de 2022.
As novas minutas do edital e dos contratos ficarão disponíveis aqui até o dia 21 de dezembro próximo. Os próximos passos consistem no envio do processo ao TCE, que terá 90 dias para realizar seu exame e em não havendo desconformidade o edital estará em condições de ser publicado.

Principais modificações
- Prazo de concessão das linhas passa de 16 para 20 anos;
- Pagamento pelo serviço concedido será com base em quilômetros rodados e não mais pelo IPK;
- Reavaliação do imóvel sede da empresa pelos técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda, que passou a ser de aproximadamente R$ 70 milhões;
- Reavaliação da frota elaborada através de laudo pericial, somando R$ 52 milhões;

Histórico
A Carris é um operador de serviço de transporte público responsável pelas rotas de ônibus de Porto Alegre desde 1872. A empresa tem 21 linhas em operação e 549 paradas de ônibus, representando 24,7% do sistema. Caracteriza-se por ser uma sociedade de economia mista, com o controle acionário da prefeitura de Porto Alegre (que detém 99,9% das ações). A sede da Carris está localizada na rua Albion, 385, bairro Partenon.

Dados da Carris
- Faturamento anual - Setembro/2021 a Setembro/2022: R$ 142,1 milhões 
- Receita Bruta mensal (set/2022): R$ 12.313.652,94
- Receita Líquida (set/2022): R$ 10.876.086,32
- Receita Líquida por Km (setembro/2022): R$ 9,55
- Consumo de óleo diesel (Km/Litro): R$ 1,87
- Número de passageiros transportados - janeiro a setembro/2022: 29.734.958

Operação:
Funcionários ativos: 1.198 colaboradores.

Primeira consulta pública 
A primeira consulta pública da Carris foi realizada em abril de 2022, seguida por uma audiência pública em maio.
Objetivo - Licitação de concorrência pública, tendo como finalidade a concessão dos serviços de operação das linhas da bacia transversal do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus do Município de Porto Alegre, associado à alienação das ações ordinárias e preferenciais da Companhia Carris Porto-Alegrense, nos termos do art. 39 da Lei 8.666/93, e no art. 4.º da Lei Complementar 382/1996, e demais normas aplicáveis.

Informações: Prefeitura
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Porto Alegre: Empresa de transporte Carris comemora 140 anos

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A empresa de transporte coletivo de Porto Alegre, Carris, comemorou os 140 anos de serviços completados esse ano, em solenidade na sua sede, em Porto Alegre, nesta quinta-feira (21). Criada em junho de 1872, a empresa serve a cerca de 300 mil passageiros por dia, percorrendo 75 quilômetros todos os dias e contando com quase 2 mil servidores, 362 veículos e 28 linhas.

Mais antiga empresa de transporte coletivo do País em atividade, a Carris nasceu com a autorização do imperador Dom Pedro II, via decreto, publicado em 19 de junho de 1872. Hoje, a companhia tem mais de 200 dos seus 362 veículos com acessibilidade, enquanto 100% da frota opera com biodiesel.

Conforme o prefeito José Fortunati, a atuação da Carris combina investimento na renovação da frota, com recursos de acessibilidade e sustentabilidade, qualificação dos profissionais e instrumentos modernos de gestão. "O referencial de qualidade é presente a partir de quem atua nas viagens, na manutenção dos veículos e nas diversas etapas que viabilizam o serviço prestado aos 300 mil passageiros diários de Porto Alegre e também da Região Metropolitana", avaliou o prefeito.

A comemoração incluiu a apresentação do livro alusivo aos 140 anos, inauguração da galeria de ex-presidentes e apresentação de peça de teatro encenada pelos colaboradores e dirigida pelo gaúcho Flávio Bicca. Nesta quinta, a partir das 14h30, a Carris será homenageada na Câmara Municipal, em ato no Plenário Otávio Rocha.

Para o presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, a companhia desenvolveu-se ao longo dos 140 anos pautada pelo desafio de antecipar as inovações para o transporte coletivo. Zimmermann resgatou o início da operação em 1872 com bondes puxados por tração animal, destacando projetos que se consolidaram na rotina dos usuários, como as linhas T, que ligam os bairros sem passar pelo Centro. "É com essa dimensão de serviço que os colaboradores fazem da empresa referência nacional, com foco na prestação de um bom serviço aos cidadãos", manifestou o dirigente.

Entre os funcionários, Valfrido Borges da Silva, motorista da Carris há 35 anos, recebeu a comenda Dom Pedro II, criada especialmente para a data em reconhecimento a personagens que contribuíram para a trajetória da companhia. A homenagem foi concedida a um conjunto de parceiros e autoridades, como o prefeito José Fortunati e o ex-prefeito José Fogaça. 
Conforme a prefeitura, a missão da Carris é transportar pessoas com qualidade, contribuindo com a mobilidade urbana. O Executivo ainda destacou a Linha C4 Balada Segura, que facilita o deslocamento de trabalhadores e frequentadores das regiões boêmias de Porto Alegre.

Informações: Jornal do Comércio

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Prefeitura confirma extensão da vida útil dos ônibus em Porto Alegre

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A vida útil dos ônibus do transporte coletivo de Porto Alegre foi aumentada para até 15 anos no caso dos veículos comuns e 16 anos para os articulados. Pela legislação em vigor, de 2018, os carros deveriam rodar por, no máximo, 12 anos para os comuns e 13 anos para os articulados. Contudo, a prefeitura vem publicando sucessivas normas para aumentar o limite.

Até 2023, os acréscimos de vida útil eram de 24 meses. Agora, isso foi esticado ainda mais, chegando aos 36 meses, o que acaba envelhecendo a frota. A resolução que ampliou a idade máxima saiu no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA) no dia 2 de janeiro de 2024.

O texto contém um aspecto de dubiedade: um item menciona que os carros fabricados em 2010, atualmente no 14° ano de circulação, poderiam seguir nas ruas até abril de 2024. Mais abaixo, um inciso autoriza a “prorrogação excepcional da vida útil máxima em até 36 meses”. O secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, confirmou que a extensão é válida por até 36 meses. Isso significa que está permitida a circulação de ônibus fabricados entre 2009 (comuns) e 2008 (articulados).

Castro afirmou que a medida foi necessária em função exclusivamente da Carris, empresa pública em processo de privatização. A resolução permite que a Carris mantenha 29 ônibus ativos: 23 comuns fabricados em 2009 e seis articulados de 2008. Deste montante, 18 carros estão em operação. Os outros 11 seguem ativos no sistema, mas aguardam peças de reposição para voltar a circular ou foram colocados na reserva.

— Foi necessária a iniciativa para não comprometer a tabela horária da Carris — diz Castro.

Ele afirma que os três consórcios privados que atuam na cidade não deverão fazer uso do aumento da vida útil. Os carros mais velhos dos operadores privados são de 2010, assegura. Atualmente, a idade média da frota de ônibus comuns no sistema de Porto Alegre é de 6,99 anos. Se acrescidos no cálculo os articulados, o tempo de uso geral sobe para 7,36 anos.

Castro projeta o rejuvenescimento do indicador em 2024. Ele menciona negociações para que os consórcios privados adquiram 110 veículos novos. E ainda destaca que a Viamão, compradora e próxima de assumir o controle da Carris, terá de providenciar 60 ônibus novos no primeiro ano de operação.

— Poderemos nos aproximar dos 6 anos de idade média nos comuns e 6,5 anos nos articulados. É o que esperamos alcançar até o final de 2024 — diz Castro.

PAC
Existe expectativa positiva na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana quanto à inscrição realizada no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal, em uma modalidade da política pública direcionada à renovação de frota.

A prefeitura apresentou proposta para adquirir 600 ônibus zerados, sendo 500 movidos a diesel e 100 elétricos. O investimento, de cerca de R$ 1 bilhão, seria feito com recursos federais, aportados a fundo perdido. A prefeitura, caso receba a confirmação, teria de adquirir os veículos via licitação. Depois, os repassaria ao sistema de transporte.

Como isso diminuiria o custo das empresas, seria discutida uma forma de compensação, que poderia ser desde a redução de tarifa do usuário até o corte nos subsídios públicos para manter os ônibus rodando ou aumento de investimento por parte das operadoras do serviço.

A secretaria tem mantido reuniões com o governo federal e aguarda resposta, prometida ainda para janeiro. Uma renovação de 600 carros, mais da metade da atual frota circulante, que conta com 1.173 veículos, é considerada um avanço significativo.

— É uma grande oportunidade para nós — avalia Castro.

Projeto de lei revoga parâmetros de idade da frota
Tramita desde dezembro na Câmara de Vereadores o projeto de lei 046/2023, de autoria da prefeitura de Porto Alegre, que revoga os dispositivos da lei de 2018 responsáveis por fixar os limites de idade da frota em 12 anos (comuns) e 13 anos (articulados). A norma, se aprovada, dará poder à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana para regular anualmente, via decreto, os critérios de tempo e qualidade para a circulação de veículos no transporte coletivo. O projeto também revoga o artigo que determina a inclusão apenas de veículos zero Km e com ar-condicionado na frota.

Informações: Gaúcha Zero Hora

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Prefeitura de Porto Alegre e Empresa Viamão celebram transferência da Carris

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Em ato para assinatura de contrato realizado nesta terça-feira (23), a Carris deixou de ser uma empresa pública. Aos 151 anos de existência a Companhia Carris Porto-Alegrense e suas 30 linhas urbanas, incluindo as tradicionais transversais: da T1 à T13, passam a integrar a Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda.

A cerimônia ocorreu no Centro Administrativo Municipal, no Centro Histórico de Porto Alegre. O prefeito da Capital, Sebastião Melo destacou em sua fala que o sistema de transporte coletivo vem sendo fragilizado nos últimos anos por mudanças de cenário.

— Já estava falido. A pandemia escancarou esta situação. Até 2019 eram transportados 900 mil passageiros por dia. Na pandemia esta quantidade passou para 200 a 250 mil usuários. Hoje são quase 700 mil, sendo que 120 mil utilizam as linhas da Carris — pontuou.

Durante o discurso, Melo lembrou do peso da operação da Carris nas contas da prefeitura:

— A política precisa ter coragem para enfrentar temas difíceis. Enfrentamos a questão dos cobradores, que são trabalhadores e merecem o nosso respeito. Mas a continuidade interferia no custo da operação. Enfrentamos a questão do subsídio de dinheiro público, pois sem o aporte a passagem custaria R$ 6,80 ao invés dos R$ 4,80 — citou.

Mantidos horários e itinerários
Mesmo com a transferência do controle empresarial e acionário, a Carris prosseguirá sendo fiscalizada e regulada pelo setor público, pela gestão da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Durante cerca de 90 dias, uma comissão composta por técnicos e gestores da prefeitura poderá auxiliar na operação dos serviços em caso de necessidade. Não estão previstas mudanças de itinerários para os passageiros.

Conforme o contrato determina, a empresa que realizou investimento inicial de R$ 60 milhões com a compra de 62 novos ônibus, sendo todos com ar-condicionado e seis deles articulados.

— Nossa prioridade é retomar a confiabilidade no serviço. Ou seja, atender os mais de 120 mil passageiros que utilizam as linhas da Carris com qualidade e garantia de que os horários sejam cumpridos — afirmou o empresário Leonel David Bortoncello.

Em entrevista ao programa Gaúcha Mais, o novo diretor-presidente da Carris disse que os novos veículos entram em operação até o final de maio. A frota operante da companhia hoje possui 249 ônibus.

Atualmente, a empresa tem 1.125 funcionários ativos. O edital garantiu a manutenção do vínculo empregatício para 718 servidores durante os primeiros 12 meses após a assinatura do contrato. Além disso, outros 177 cobradores não podem ser demitidos pelo mesmo período. Assim, 80% dos trabalhadores têm estabilidade garantida por ao menos um ano na gestão privada.

Informações: Zero Hora

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Em Porto Alegre, Novo sistema de transporte coletivo gera um prejuízo de cerca de R$ 52 milhões

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Recentemente, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), divulgou que, nos primeiros seis meses da operação do novo sistema de transporte coletivo da cidade, as empresas tiveram um prejuízo de cerca de R$ 52 milhões – R$ 42 milhões das empresas privadas e R$ 10 milhões da Carris. A queda seria motivada, especialmente, pela redução no número de passageiros desde que o novo sistema de transporte público entrou em operação, em fevereiro.
Novo sistema de transporte coletivo de Porto Alegre entrou em vigor em feveiro | Foto: Joana Berwanger/Sul21

Segundo a ATP, o número de passageiros que pagam tarifa caiu 7,35%. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) também aponta queda, mas um percentual menor: 5,3%. De qualquer forma, essa redução seria recorde na cidade.

Diretor-executivo da ATP, Gustavo Simionovschi diz ainda que, nesses seis meses, durante 34 dias as empresas operaram com uma tarifa menor do que os atuais R$ 3,75 e que por 97 dia usuários que tinham feito a recarga antes da elevação da tarifa pagaram um valor menor. Diante desse quadro, ele afirma que seria necessário cobrar uma tarifa de R$ 4,20.

“Se eu fizesse uma conta tarifária hoje, colocando só a quilometragem rodada e o passageiro que eu perdi, a tarifa passaria de R$ 3,75 para R$ 4,20, sem considerar qualquer outro aumento de custo”, diz Simionovschi. “Alertamos que estamos chegando em um dilema que, no final do mês, a empresa vai ter que escolher se paga diesel, salário ou a prestação do ônibus. Estamos muito preocupados porque está entrando numa falência do sistema”, complementa.

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirma que não há a menor possibilidade de, no momento, haver uma revisão no preço da tarifa e que isto só irá ocorrer a partir de fevereiro de 2017, mês em que usualmente ocorre reajuste dos salários dos rodoviários e da tarifa.

Como alternativa para reduzir os prejuízos, ele diz que a EPTC tem promovido mudanças e cortes nos horários de algumas linhas menos utilizadas. Ele cita, como por exemplo, a linha São Caetano, que teve redução de 40% do número de passageiros no período. “Readequou-se a grade de horários para que o usuário tenha ainda a oferta de transporte com intervalos um pouco maiores”, diz Cappellari.

Ele ainda atribui a redução de passageiros a fatores externos ao sistema, como a popularização do Uber, com tarifas mais baixas que o táxi, e a crise de segurança no Estado.

Mauri Cruz, ex-secretário de Transportes de Porto Alegre durante a gestão da Frente Popular e professor de pós-graduação em Direito à Cidade e Mobilidade Urbana, defende que o problema da redução de passageiros no sistema é fruto do “congelamento de um modelo de transporte público já saturado”.
Ele pondera que o transporte público deveria oferecer uma integração maior entre os modais da cidade – transporte coletivo, seletivo e estacionamentos rotativos. “A licitação congelou um modelo de transporte já saturado, precisaria modicar o sistema integrando os diversos modais”, afirma Cruz.

O professor defende, por exemplo, a flexibilização das tarifas como forma de atrair mais público para o transporte coletivo. Segundo ele, a passagem poderia ser reduzida em horários de entrepico, isto é, de menor ocupação. Além disso, poderia ser diferenciada de acordo com a distância. Ele também sugere que, em áreas centrais, poderia ser restringida a circulação de veículos e utilizados ônibus menores e/ou elétricos para reduzir os custos.

Para isso, no entanto, ele afirma que a gestão das tarifas deveria ficar a cargo da EPTC, como determina a lei municipal 8133, e não da ATP, como ocorre atualmente. Nesse caso, ele diz que seria possível realizar uma integração maior entre os diversos modais do sistema e a EPTC teria mais recursos para investir na modernização do sistema. À ATP, segundo Mauri, ficaria exclusivamente a remuneração do serviço prestado, que poderia ser feito através do pagamento de critérios como quilômetro rodado ou passageiro transportado.

Subsídio de isenções
O diretor da ATP reconhece que o aumento da tarifa poderia gerar uma redução ainda maior de passageiros e que é preciso buscar outras alternativas. Ele defende, por exemplo, uma revisão da política de isenções, que hoje faria com que 35% dos usuários de ônibus não paguem passagem. “Estamos com o número de isenções explodindo. Extrapolou qualquer limite aceitável”, afirma. “Hoje, o usuário poderia pagar R$ 1 a menos, R$ 2,75, se não tivesse isenção”.

Simionovschi defende que as isenções poderiam ser financiadas de outra forma, como pela cobrança de um valor adicional nos parquímetros da cidade, implementação de uma taxa sobre a gasolina e até a cobrança de um “pedágio urbano” para a circulação de veículos no Centro cujo valor seria revertido para a sistema de transporte.

“Não é ser contra o automóvel, é usar racionalmente o automóvel. Temos que definir que modelo de transporte a cidade quer, um transporte racional, integrado, menos poluente, ou uma pessoa sozinha dentro de um automóvel e todo mundo parado no trânsito”, pondera Simionovschi.

Cappelari, porém, salienta que a questão das isenções depende de legislações federais – como o caso da isenção para maiores de 65 anos, prevista na Constituição – e de leis locais – como a meia tarifa para estudantes -, o que só pode ser mudado pela Câmara de Vereadores. “Não se tira benefício por interesse do gestor ou das empresas”, diz Cappellari.

Por outro lado, ele concorda que é preciso buscar alternativas de financiamento da tarifa de ônibus. “A oferta de um transporte de qualidade somente baseado em tarifa é insustentável”, diz.

Ele afirma que a Prefeitura tem defendido junto ao Congresso Nacional a aprovação de uma legislação que permita a cobrança de uma Cide (Contribuição de intervenção no domínio econômico) sobre o combustível cujo valor poderá ser revertido para subsidiar o transporte coletivo. Segundo ele, caso fosse imposta uma taxação extra de 10% sobre o valor do combustível, entrariam nos cofres públicos R$ 200 milhões por ano e isso, se aplicado no transporte coletivo, poderia levar à redução da tarifa para R$ 2,80.

O atual diretor da EPTC também se diz favorável a buscar outras alternativas de financiamento do sistema, como a cobrança de taxa sobre estacionamento, mas pondera que isso também depende da Câmara de Vereadores. “Quem usa o automóvel tem que subsidiar o transporte coletivo”, afirma.

Ele ainda diz que é preciso – e a EPTC estaria trabalhando nesse sentido – combater a evasão das tarifas, isto é, a utilização inadequada de gratuidades. Segundo Cappellari, este é um verdadeiro “câncer no sistema”.

Lentidão no trânsito
Outro ponto apontado como responsável pelo prejuízo das empresas é a lentidão do trânsito na Capital, que levaria ao aumento do consumo de combustível, obrigaria que um maior número de veículos fosse mantido em operação e afastaria o usuário do transporte coletivo.

Simionovschi diz que a ATP defende a priorização do transporte coletivo em avenidas com três ou mais faixas, com ao menos uma delas sendo exclusiva para ônibus. “Isso diminui muito o custo da operação e aumenta a velocidade”.

Atualmente, Porto Alegre tem 67 quilômetros de corredores de ônibus, que ainda são insuficientes e precisam de grandes obras para ser implementados. Uma alternativa, porém, são as faixas exclusivas em determinados períodos, como o que existe nas avenidas Cavalhada e Teresópolis desde 2013.

Segundo Cappellari, os ônibus percorriam o trajeto de 5,6 km entre as avenidas em meia hora antes da instalação das faixas exclusivas e agora fazem em 15 minutos. Ao mesmo tempo, o período de deslocamento no automóvel teria se mantido. “Com a diminuição do tempo de viagem na Cavalhada, a última medição aponta que tivemos 4% de aumento de passageiros. Há uma probabilidade boa de que melhorando a condição operacional da rede de transportes tenha um maior numero de usuários”, afirma.

Ele diz que a Prefeitura pretende instalar, até o final do ano, mais sete faixas exclusivas para ônibus nas avenidas Assis Brasil, Icaraí, José do Patrocínio, Loureiro da Silva, Ipiranga e Mauá. Além disso, diz que há previsão de conclusão do corredor da Sertório até a Assis Brasil ainda neste ano.

Por Luís Eduardo Gomes
Informações: Sul 21
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Em Porto Alegre, Nova gestão da Carris adquire 70 ônibus novos

quarta-feira, 17 de julho de 2024

No mês em que completa meio ano no comando da Companhia Carris, a nova gestão está colocando em circulação mais 41 novos ônibus. No total, 56 veículos já foram entregues e outros 14 estão em processo de aquisição, chegando a Porto Alegre até o final do ano. Isso faz parte do projeto prioritário de renovação da frota, com a compra de 70 carros no total, sendo 64 comuns e seis articulados. São oito a mais do que o anunciado no início do ano.

O objetivo é ampliar cada vez mais a oferta diária de viagens. Já houve um aumento de 83 viagens por dia distribuídas nas linhas de maior demanda, viabilizado pelo programa Mais Transporte, da Prefeitura de Porto Alegre. Além disso, houve melhora da efetividade, ou seja, do cumprimento de viagens até o final, de 88,7% para 99,4%. Para ilustrar, é possível comparar o número de viagens realizadas em 22 de janeiro de 2024, último dia de operação da Carris sob gestão pública, que foi de 2.102, com o número de 12 de julho de 2024 (último dia útil antes do fechamento do balanço), quando a Carris realizou 2.390 - 288 viagens a mais.

O diretor-presidente da empresa, Leonel Bortoncello, ressalta que, desde que a nova gestão assumiu, o foco é melhorar a operação, a qualidade e a confiabilidade do transporte público. "Oferecer um serviço confiável à população, no qual o passageiro sabe que o ônibus vai passar na hora, vai completar a viagem até o final e que ele terá conforto e segurança nos seus deslocamentos diários é a nossa principal meta. E, para isso, estamos trabalhando desde que vencemos a licitação, antes ainda de assinar o contrato. Temos feito o possível para agilizar as entregas de novos veículos, revisar processos internos e qualificar a manutenção e as rotinas na garagem", pontua.
Nos primeiros meses, a empresa reativou 31 veículos que não estavam nas ruas por falta de manutenção. Além disso, ampliou de 71 para 253 (com os 41 novos ônibus entregues) a frota com ar-condicionado funcionando.

"A chegada desses novos ônibus é muito importante para garantir qualidade e conforto no atendimento do usuário do transporte coletivo", destaca Adão de Castro Júnior, secretário de Mobilidade Urbana da Prefeitura de Porto Alegre.

R$ 80 milhões em novos ônibus

Desde que assumiu a Carris, em janeiro, a nova gestão já investiu R$ 66,1 milhões na compra dos 70 novos ônibus para a renovação da frota. Todos os veículos são equipados com ar-condicionado, GPS, suspensão a ar, com acessibilidade plena e segurança reforçada por quatro câmeras — cujas imagens são acessíveis ao motorista pelo painel, permitindo um monitoramento eficiente do ambiente interno e externo durante o embarque e desembarque de passageiros. Nos próximos meses, a previsão é investir mais R$ 12,9 milhões na aquisição de outros 12 veículos.

Além disso, a empresa também investiu mais de R$ 3,2 milhões na recuperação e manutenção de veículos que estavam parados, conserto e higienização dos aparelhos de ar-condicionado, reforma de bancos e estofados e revitalização da pintura. Também foram reativadas as câmeras de segurança e realizadas manutenções nas plataformas de acessibilidade. E novos veículos de apoio (carros utilizados no atendimento de ocorrências, por exemplo) também foram adquiridos.

Na infraestrutura da garagem, foram realizadas reformas e melhorias na oficina, no prédio da administração, aquisições de equipamentos de trabalho e de segurança, compra de gerador, manutenção e organização das áreas de estacionamento, implantação de estação de coleta seletiva de lixo e construção de uma cabine de pintura, reforma das rampas de manutenção e adequações ambientais.

Preocupação com as pessoas

Entre as reformas priorizadas nos primeiros meses estão aquelas com o objetivo de melhorar o ambiente de trabalho. Banheiros e áreas de convivência dos colaboradores foram revitalizados.

Os investimentos em pessoas e treinamentos foram retomados, com a realização de cursos e palestras, além de ações de orientação e educação no trânsito. O quadro de funcionários passa por adequações, com oportunidades de promoção para algumas funções.

Aumento da demanda

Outra mudança significativa foi o aumento da demanda em cerca de 15%. A tendência já vinha sendo registrada nos primeiros meses do ano. Na enchente, houve uma queda. Mas, em junho, o número de passageiros retornou praticamente aos patamares anteriores, mesmo com o aeroporto e quatro estações da Trensurb fechados, trecho por onde passa a linha de maior movimento, o T11.

A Carris opera atualmente com 260 veículos ativos, incluindo a frota de reserva, e transporta cerca de 150 mil passageiros todos os dias.

Com a informação Carris e Terra

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