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Licitação para BRT em Salvador sai em julho e recursos estão garantidos

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O dinheiro para o pontapé inicial das obras do BRT (transporte rápido em vias exclusivas) de Salvador já está disponível. Falta apenas se definir o processo de licitação, previsto para o próximo mês, que vai permitir o início das obras, prevista na sua primeira fase, para ser concluída em 24 meses após a assinatura dos contratos. R$ 400 milhões é o custo previsto para a primeira etapa do projeto.

Mas se depender do aporte de recurso e da disposição da Prefeitura, elas começam imediatamente, uma vez que além dos R$ 300 milhões já assegurados  anteriormente pelo município, mediante empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), outros R$ 105 milhões foram assegurados pelo Governo federal, mediante contrapartida, para que o projeto do BRT finalmente saia do papel.

A primeira etapa do BRT deverá começar com intervenções na infraestrutura urbana, que incluem viadutos, elevados, vias exclusivas por onde trafegarão os ônibus especiais, e  remodelagem do sistema de drenagem e saneamento da região que compreende  a região da Estação da  Lapa, passando pela avenida Vasco da Gama e Lucaia (Rio Vermelho) até a região do Iguatemi.

Os recursos  foram confirmados desde o final de semana passada, quando o prefeito ACM Neto recebeu o aval da Caixa para a liberação de R$ 108 milhões para o projeto na sua primeira etapa.Anteriormente outros R$ 300 milhões já  tinham sido assegurados pela CEF. A Prefeitura, conforme confirmou o secretário municipal de Mobilidade urbana (Semob), Fábio Mota, já tem toda a documentação pronta que garante a realização da licitação. “Inicialmente vamos realizar as obras estruturais no percurso de 8,7 quilômetros até a região do Iguatemi, com viadutos, elevados e sistema de drenagem”, disse Mota.

Em duas etapas
O secretário Fábio Mota disse que a licitação deverá ser feita em Regime Diferenciado de Contratações – RDC,  modalidade instituída pelo Governo Federal na época da Copa do Mundo, como forma de ampliar a eficiência nas contratações públicas e aumentar a competitividade entre as empresas interessadas. O RDC foi instituído pela Lei nº 12.462, de 2011, regulamentado pelo  Decreto nº 7.581 de 2011.

Numa primeira etapa o RDC consiste no cadastramento eletrônico de propostas feitas pelas empresas que participam da licitação, quando são classificadas para a etapa subseqüente, as três melhores propostas, que incluem menor preço e prazo.  Numa segunda etapa da licitação, com processo aberto, são feitos as ofertas de preços, prazos e condições de execução da obra.

O secretário de Mobilidade Urbana de Salvador explica que por essas razões não se pode antecipar quaisquer informações, a não ser a garantia dos recursos e o início do processo de licitação. Ele disse ainda que as intervenções estruturais constam de elevados na região do Lucaia (cruzamento entre as avenidas Vasco da Gama, Garibaldi e Juracy Magalhães) e um complexo de viadutos na área próxima ao parque da Cidade e elevados na região do Iguatemi.

Pelo projeto da Prefeitura, o BRT terá extensão de 8,7 quilômetros, entre a Estação da Lapa até a ligação Iguatemi Paralela (LIP), com o uso de vias exclusivas de trânsito, feitos em ônibus articulados e climatizados, com tempo estimado em 16 minutos. Para que os usuários possam utilizar outros sistemas de transportes, serão construídas oito estações de transbordos: Dique, Ogunjá, HGE, Rio Vermelho, Lucaia, ACM, Hiperposto e Iguatemi.

Os ônibus irão trafegar em corredor com faixa exclusiva, que eliminam retornos e semáforos, facilitando o fluxo de veículos.

Intervenção em Feira de Santana
Em Feira de Santana, segunda maior cidade do Estado, a 104 quilômetros de Salvador, as obras já estão em andamento. Mas em Salvador, a população apenas ouviu falar do BRT, mas a única lembrança que tem é a dos antigos ônibus articulados que rodaram na via exclusiva do antigo projeto Transporte de Massa de Salvador (TMS), em 1987, com vias exclusivas nas avenidas Bonocô e Vasco da  Gama, e que serviriam de base para VLT, na gestão do ex-prefeito Mário Kertezs.

O BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, é um sistema de transporte coletivo de passageiros, criado em 1974, e que utiliza uma infraestrutura urbana própria, com via exclusiva de tráfego e um tipo de veículo de alta capacidade, como  , que geralmente possuem diversas portas para acelerar a entrada e saída dos passageiros. A principal característica é que esses veículos trafegam em corredores próprios, no centro das avenidas com,o forma de evitar os congestionamentos no trânsito.

No Brasil a primeira cidade a implantar o BRT foi Curitiba, no Paraná, seguidas de Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte , Brasília, Recife, Fortaleza, Uberaba, Uberlândia , Goiânia, e agora no Rio de Janeiro, e com projeto em andamento em Belém. Na Bahia a primeira cidade a implantar o serviço é Feira de Santana, cuja obra  tem uma extensão de 4,5 quilômetros  e requer investimentos de R$ 87 milhões, devendo entrar em operação em 2017. Em Salvador, as obras deverão ser iniciadas em 2017.

O sistema de transporte coletivo de Curitiba, que tem pouco mais de 1,7 milhão de habitantes,  é integrado ao sistema viário e ao uso do solo. Ele é formado por linhas expressas, alimentadoras, inter bairros e diretas. Atualmente mais de dois milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, que é composto por 1.980 ônibus atendendo 395 linhas. 

por Adilson Fonseca
Informações: Tribuna da Bahia
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Integração de ônibus passa a ser totalmente via Cartão Único em Foz

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O usuário do transporte público de Foz do Iguaçu terá que se habituar com mais uma mudança. Não bastasse o aumento no valor da tarifa no último dia 1º, a partir do dia 22, apenas quem tiver o Cartão Único conseguirá realizar a integração sem pagar outra passagem. O pagamento em dinheiro continuará valendo, mas, não permitirá utilizar o sistema integrado. 

A nova medida foi anunciada pelo Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) e já está em fase de testes desde esta quinta-feira, 12. 

No Terminal (TTU), os passageiros terão que embarcar pela porta da frente, assim, como nos demais pontos de ônibus. Já o tempo de integração que era de uma hora, passa a ser de uma hora e meia. 

Para quem ainda não possui o cartão, a primeira via pode ser adquirida gratuitamente. O bilhete eletrônico único pode ser feito na Associação Único das 8h30 às 18h, no Terminal de Transporte Urbano, ou pelo site www.unicofoz.com.br. Para solicitá-lo, é preciso de um comprovante de residência, CPF e RG. Outras informações pelo telefone (45) 3027-0100.

A primeira via do cartão pode ser feita de graça. Em caso de roubo ou perda, é possível fazer o bloqueio dos créditos do cartão e recuperá-los para o uso em outro cartão. Implantado em janeiro de 2010, o Sistema Único já emitiu mais de 90 mil cartões para usuários de diversas categorias, como estudantes, idosos, turistas e comuns.

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Em Curitiba, Rede metropolitana deixará de aceitar cartão transporte da Urbs

terça-feira, 21 de julho de 2015

O cartão-transporte confeccionado pela Urbs e aceito em todas as linhas de ônibus circulantes em Curitiba e Região Metropolitana está com os dias contados para os usuários das linhas metropolitanas. A partir do dia 5 de agosto, um novo sistema de bilhetagem eletrônica (Metrocard) será implementado na RMC e deve substituir tanto o vale-transporte de papel quanto o cartão hoje válido para o transporte coletivo municipal e metropolitano integrado. Como o sistema de transporte urbano de Curitiba foi desintegrado da rede metropolitana, quem utiliza ônibus das duas redes, terá de carregar dois cartões diferentes.
Gerson Klaina/Tribuna do Paraná
A mudança da bilhetagem eletrônica vai afetar 11 municípios da RMC (Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Araucária, Contenda, Campo Largo, Colombo, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Pinhais, Piraquara e São José dos Pinhais) e 137 linhas integradas.

Vale lembrar que as linhas metropolitanas não integradas já utilizam o Metrocard, porém, esse cartão antigo será aceito apenas nas linhas em que já opera, ou seja, usuários que utilizam ônibus da rede metropolitana integrada e da rede metropolitana não integrada também terão de carregar dois cartões diferentes. Pagamento em dinheiro continuará sendo aceito em todas as linhas.

A implantação do novo sistema cabe às operadoras do transporte público da RMC, que constituíram a Metrocard, associação representante das 17 empresas envolvidas na operação do sistema. Segundo a Metrocard, a nova bilhetagem eletrônica será custeada pelas concessionárias e não terá impacto sobre a planilha de custos da tarifa.

Vales de papel

Hoje, quem utiliza a rede metropolitana integrada de transporte coletivo paga pela viagem com o cartão-transporte da Urbs ou com o vale de papel. A comercialização do VT de papel será encerrada até o dia 6 de agosto. Mas, ao contrário do cartão da Urbs, cuja validade expira no início de agosto, os “passes” serão aceitos até o fim do ano (31 de dezembro). Vale lembrar que, após o período de transição, os vales de papel não poderão ser trocados por dinheiro.

E o cartão da Urbs?

Usuários que utilizam o sistema metropolitano com passagens compradas no cartão da Urbs não perderão os créditos. Os valores ainda poderão ser usados em estações, terminais e ônibus de Curitiba. De acordo com a Urbs, os créditos manterão o valor do dia da compra por cinco anos – isso significa que quando o cartão é passado no validador, é descontado o valor da passagem vigente no dia da compra e não o valor reajustado.

Informação

De acordo com a Metrocard, responsável pela operacionalização da bilhetagem eletrônica, entre as novidades que o novo sistema trará está a possibilidade de os passageiros acompanharem, em tempo real, a localização dos veículos, pontos de embarque e previsão de chegada do próximo ônibus. Todas essas informações serão disponibilizadas via aplicativo para celular que deverá ser lançado mais para frente.

Segurança

Em caso de roubo ou extravio do cartão, o usuário não perde os créditos. Basta solicitar o bloqueio do cartão para que o sistema recupere os créditos não utilizados. Passageiros beneficiários de gratuidades contarão com um sistema de biometria facial, para que se verifique se o cartão pertence mesmo ao usuário portador (apenas esses usuários terão de passar pela biometria).

Por Carolina Pompeo
Informações: Gazeta do Povo

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Transporte coletivo de Curitiba tem prioridade de passagem pelos semáforos de canaletas

domingo, 5 de julho de 2015

Os quase 600 mil passageiros que diariamente utilizam as oito linhas de biarticulados são beneficiados pela prioridade que os ônibus têm nos semáforos. Podem até nem perceber, mas em função dessa prioridade dada ao transporte coletivo no trânsito, a viagem é mais rápida, pois os veículos ficam menos tempo parados em cruzamentos.

Definido tecnicamente como prioridade semafórica, o sistema pode prolongar o tempo de verde quando o ônibus se aproxima e reduzir o tempo do vermelho quando o ônibus chega a uma determinada distância ou, ainda, sincronizar um grupo de semáforos para que o ônibus não precise parar em cruzamentos entre uma estação e outra. Outro sistema, também utilizado em Curitiba, é a programação dos semáforos, com tempo de vermelho menor nas canaletas.

Esse controle é feito por operadores de trânsito no Centro de Controle Operacional, mesmo local onde ficam fiscais da Urbs que ajudam a orientar essa prioridade.

O tempo que vai definir a prioridade para o ônibus é variável. Como eles trafegam em sentidos opostos com os mesmos intervalos e mesmos conjuntos de semáforos, os tempos de chegada e saída por sentido são diferentes. Assim, a prioridade semafórica é trabalhada por sentido e faixa horária de acordo com o maior fluxo de usuários, o que exige engenharia para garantir que o ônibus não pare na maioria dos semáforos e fique o mínimo de tempo parado em cruzamentos, sem perder de vista a necessidade de garantir o fluxo do trânsito nas transversais.

No caso das linhas do Expresso Ligeirão, nos eixos Boqueirão e Linha Verde, essa prioridade varia de acordo com o horário e o sentido do ônibus, chegando nos horários de pico a 50%. Isso significa que o tempo de verde pode ser ampliado em até 50% do tempo do semáforo, garantindo que ao chegar no cruzamento o ônibus encontre o sinal aberto. Da mesma forma, se o sinal estiver fechado quando o ônibus está a uma determinada distância o tempo do vermelho pode ser reduzido em até 50%.

Levantamento feito no ano passado pela área de Estudo e Estatísticas da Urbs sobre o tempo de viagem dos ônibus nos eixos de transporte mostra que, em média, nas primeiras horas da manhã, o Ligeirão Boqueirão sentido Centro passa direto em 27 dos 33 semáforos do trajeto o que significa que ele passa direto em cerca de 80% dos cruzamentos. No pico da manhã, o tempo total parado em semáforo no sentido Centro fica em apenas 2 minutos.

Na Linha Verde, no sentido bairro/Centro, no pico do horário de almoço o ônibus passa direto em 79% dos cruzamentos parando, em média 24 segundos, em apenas nove dos 31 semáforos do trajeto. Quando o ônibus encontra um semáforo fechado o tempo de vermelho é reduzido.

Nos eixos Boqueirão e Linha Verde o sistema de prioridade semafórica é feito através de sensores que ficam no pavimento e, acionados por um aparelho instalado nos ônibus, alteram o tempo dos semáforos de acordo com a programação de prioridade, feita pela área de engenharia de tráfego da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran).

Na Avenida Sete de Setembro, a prioridade é feita com a sincronização dos semáforos entre duas estações. Assim, ao sair de uma estação o ônibus vai encontrar os três semáforos abertos ou, se o primeiro estiver no vermelho, o tempo de sinal fechado será reduzido também em porcentuais diferentes de acordo com horário e sentido.

Na Avenida República Argentina, sensores no solo reconhecem a passagem de veículos na canaleta e se comunicam com os semáforos, acionando a prioridade. No eixo Norte, a prioridade é feita com a programação de tempo dos semáforos que ficam menos tempo fechados no sentido da canaleta.

Ligeiro

Motorista de ônibus há 28 anos e, desde 2010, do Ligeirão Boqueirão, Airton Rodrigues de Oliveira é um entusiasta do sistema de prioridade. “É só passar no sensor que o semáforo abre, espere para ver”, desafia. De fato, em função do horário, os semáforos do trajeto – sentido bairro-Centro a partir do terminal Hauer, abrem em todos os cruzamentos até a Praça Carlos Gomes. “Isso varia conforme o horário, de tarde a prioridade maior será no sentido contrário, afinal, esse é o Ligeirão, não é?", brinca o motorista. O tempo total de viagem no horário de pico é de 22 minutos, subindo para 25 fora do pico.

Pedrina Lúcia Rosa, professora aposentada, usa o Ligeirão sempre que precisa ir ao Centro ou para um bairro no trajeto. “O Ligeirão para mim é uma maravilha, é rapidíssimo. Imagine para quem trabalha e precisa do ônibus”, diz. Embora utilize o ônibus com frequência, ela não sabia da prioridade semafórica. Ao ser informada de como funciona, aprova o sistema. “Com certeza que isso é um benefício sim, dá agilidade. Para quem trabalha o Ligeirão é o que há de bom”, diz.

Trafegando no eixo Boqueirão, o motorista do Circular Sul, José Luciano Perotoni, diz que naquele horário e sentido (perto do almoço, indo para o bairro), a viagem seguia tranquila. “Agora na ida vai bem, para quem está vindo o tempo é diferente”, conta. Essa diferença é o que exige uma programação precisa e intrincada porque a canaleta tem dois sentidos e o semáforo é o mesmo. Por isso, o acionamento é feito por sensores que ficam na faixa em que está o ônibus e não em toda a largura da canaleta.

No Ligeirão Pinheirinho/Carlos Gomes, o motorista Rubens de Souza, que trabalha há 20 anos no sistema, também considera que a prioridade semafórica é essencial. “Sem essa prioridade ficaria muito difícil. A cidade cresceu muito, tem muito carro”, diz.

João Alves, aposentado e que usa o Pinheirinho/Carlos Gomes, conta que nunca tinha percebido que o ônibus fica pouco tempo parado no semáforo, ou passa por ele aberto. Ao observar durante a viagem, aprovou na hora. “É muito bom, assim chega mais rápido”, diz ele.

No mesmo ônibus, a estudante Paula Vasconcelos Marjolla percebe o quanto a linha é rápida. “O ônibus não pega trânsito, ele vem muito rápido. Eu acho que é bem mais rápido e bem mais em conta.”

Curitiba tem oito linhas de biarticulados (incluídas as duas linhas de Ligeirão) que trafegam em seis eixos de transporte (Norte, Sul, Leste, Oeste, Boqueirão e Linha Verde). Os eixos são a espinha dorsal do sistema integrado que transporta, por dia, em torno de 1,8 milhão de passageiros no sistema urbano.

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CTA quer R$ 80 milhões por 29 linhas de transporte coletivo

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A CTA (Companhia Tróleibus Araraquara) espera que cerca de R$ 80 milhões sejam investidos na terceirização de suas 29 linhas de transporte coletivo. O valor consta no edital da licitação, de 347 páginas, ao qual a Tribuna teve acesso, ontem.

Segundo o documento, a empresa interessada em assumir o serviço deve ter 92 veículos ao todo — 84 para trabalhar nas linhas e oito para ficarem de reserva.

No início, toda a frota deve ter até dois anos de fabricação. A concessão é válida por 20 anos e pode ser prorrogada pelo mesmo período. Isso não inclui as sete linhas já administradas pela Viação Paraty.

Os envelopes com as propostas das empresas devem ser entregues, lacrados, no dia 9 de junho, até às 9h30, na sede da CTA. A conferência das ofertas está prevista para as 9h45.

A concorrência pública visa escolher a melhor combinação entre “menor tarifa proposta e maior oferta de pagamento pela outorga de permissão”.

Os R$ 80 milhões aplicados devem ser divididos em frota (R$ 54,1 milhões), terreno da garagem (R$ 2,5 milhões), obras e instalações da garagem (R$ 11,6 milhões), outorga (R$ 5 milhões) e outros investimentos (R$ 6,7 milhões). De todo o montante, a CTA deve ficar com o valor da outorga.

Qualidade
O objetivo da terceirização, de acordo com o edital, é “oferecer à população um sistema de transporte coletivo municipal integrado, racional, eficaz e capaz de produzir efeito indutor sobre a estrutura da cidade, coerente com seu processo de consolidação, renovação e controle da expansão urbana”.

A expectativa da CTA é que a nova empresa comece o trabalho em até 180 dias da assinatura de contrato e da ordem de serviço, o que pode ocorrer ainda este ano.

Mesmo após a concessão, a Prefeitura ainda será a responsável por fixar a tarifa cobrada aos usuários — atualmente, o preço da passagem é R$ 3.

Quem pode?
Segundo a CTA, podem participar da licitação “todas as pessoas jurídicas devida e legalmente habilitadas ao exercício da atividade econômica de transporte de passageiros por ônibus (transporte coletivo urbano, rodoviário ou fretamento contínuo)”.

As empresas devem atender a requisitos como capacitação técnica e financeira, além de apresentar toda a documentação.

Não é permitida a participação de consórcios formados mais de dois integrantes, assim como empresas que tenham servidores da administração pública no quadro de diretores e sócios. 

Empresa vive crise financeira

A CTA passa por dificuldades financeiras e perde cerca de R$ 3 milhões por ano em arrecadação, por conta da queda no número de passageiros.

Em abril, a companhia chegou a atrasar em uma semana o pagamento do vale-alimentação a seus 570 funcionários. Para acertar a pendência, eram precisos R$ 160 mil.

“Temos falta de recursos. A empresa vem lutando no dia a dia para o pagamento das contas. Este mês, houve um tropeço e não conseguimos pagar na data prevista”, admitiu o presidente da empresa, Sílvio Prada, na oportunidade.

Segundo ele, empresas da região de Araraquara, além de Belo Horizonte e Curitiba, demonstram interesse em assumir as linhas terceirizadas.

Se tudo ocorrer dentro do previsto, a concessão pode ser concluída ainda este ano, entre novembro e dezembro, e a CTA se tornará uma espécie de órgão regulador e fiscalizador.

A reportagem da Tribuna tentou contato por telefone com Prada durante a tarde e a noite de ontem, para comentar o edital, mas ele não foi encontrado.

Informações: Araraquara.com
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Urbs Curitiba formaliza liberação dos terminais Pinheirinho, CIC e Capão Raso para Araucária e Comec

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Urbs renovou oficialmente, nesta semana, a oferta de novos espaços nos terminais Pinheirinho, Capão Raso e CIC para embarque e desembarque de passageiros de Araucária. Além de formalizar a oferta à Prefeitura de Araucária para ampliação de duas linhas locais do município vizinho até Curitiba, permitindo que os usuários voltem a pagar apenas uma passagem, a Urbs também enviou documento à Comec, propondo o uso da estrutura da capital para viabilizar a criação de uma nova linha entre os dois municípios.

No caso da Prefeitura de Araucária, o documento que formaliza proposta de parceria entre os dois municípios foi elaborado a partir de uma série de reuniões entre os técnicos da Urbs e da CMTC-Araucária, empresa responsável pelo transporte coletivo do município, para definir o funcionamento das linhas locais de Araucária que serão ampliadas até Curitiba.

Pelo acordo, a Urbs libera para estas duas linhas plataforma de embarque e desembarque no Terminal Pinheirinho e estações-tubo nos terminais Capão Raso e CIC, o que já foi feito. A operação das linhas fica inteiramente a cargo da CMTC, à qual caberá, por exemplo, a definição de horários, dimensionamento da frota, frequência dos ônibus, definição das empresas que vão operar as linhas e entendimentos com a Comec.

A utilização dos novos espaços nos terminais de Curitiba será gratuita, ficando a CMTC apenas obrigada a informar à Urbs, 48 horas antes do início da operação, a razão social, o número do CNPJ, endereço e nome completo dos administradores das empresas operadoras que farão a nova ligação entre Araucária e os três terminais de Curitiba.

A nova ligação foi prevista em acordo entre as prefeituras de Araucária e Curitiba, anunciado há duas semanas como forma de minimizar o impacto da desintegração do transporte promovida pela Comec no município de Araucária.

Desde fevereiro, quando a Comec assumiu o gerenciamento do transporte metropolitano, o usuário de Araucária passou a pagar uma passagem no ônibus alimentador e outra nos terminais da cidade. Até então, o usuário pagava apenas a passagem no alimentador e embarcava sem pagar outra passagem nos terminais de Araucária e de Curitiba.

Com a determinação da Prefeitura de Curitiba de manter a integração do transporte, os usuários metropolitanos continuam a se deslocar normalmente dentro da cidade sem pagar outra passagem.

Comec

A oferta feita pela Urbs à Comec – que inclui uma plataforma de embarque e desembarque no Terminal Pinheirinho e a utilização de estações-tubo nos terminais CIC e Capão Raso –  viabiliza, por exemplo, a criação da linha alimentadora que a Comec tentou implantar no início do mês. Já naquele momento a Urbs havia liberado o terminal Pinheirinho para a nova linha, uma vez que o Terminal CIC, pretendido pela Comec, não oferece a menor condição técnica para essa operação.

A formalização da oferta foi feita em documento encaminhado pela Urbs nesta quarta-feira (29), em resposta à solicitação, feita pela Comec na semana passada, para utilização do Terminal CIC como ponto final do novo alimentador.

Na solicitação (protocolo 04-0450657/2015), a Comec argumenta que o novo alimentador apenas utilizaria espaço antes usado pelo metropolitano Angélica/CIC.

O parecer técnico da Urbs, já informado no início do mês por e-mail e agora encaminhado à Comec por ofício, comprova que não é possível a utilização do mesmo espaço por serem linhas com características totalmente diferentes, a começar pela demanda gerada, inclusive, pela decisão da Comec de desviar da CIC o itinerário dos ligeirinhos Araucária/Curitiba e Angélica/Capão Raso.

Esses dois ligeirinhos tinham um intervalo médio, no pico, de três minutos e apenas passavam no Terminal CIC, onde desembarcavam apenas passageiros interessados no entorno ou em alimentadores locais. Vale lembrar que nos horários de pico 4,5 mil passageiros de Araucária se deslocavam nas diversas linhas e pagando uma única passagem para a Rede Integrada de Transporte ou para o centro de Curitiba.

Por outro lado, a linha Angélica/CIC, que foi extinta pela Comec, atendia principalmente trabalhadores da Cidade Industrial de Curitiba. Essa linha transportava 400 passageiros por dia com um intervalo de 70 minutos, o que permitia a utilização de plataforma compartilhada com outros alimentadores.

Não há, segundo o documento da Urbs, termo de comparação do Angélica/CIC com a linha para a qual a Comec pretende utilizar o Terminal CIC. O novo alimentador terá no mínimo 12 mil passageiros por dia, substituindo praticamente toda a rede de alimentadores do terminal Angélica, de Araucária.

A Urbs também reafirma que, chegando ao Terminal CIC,  os usuários com destino ao Eixo Sul ou ao centro de Curitiba não teriam ônibus suficientes para absorver a demanda gerada pelo novo alimentador. Se, ao invés de parar na CIC, esta linha parar no Terminal Pinheirinho, os usuários terão quatro linhas de biarticulados (incluindo Ligeirão), três linhas de Ligeirinhos, Interbairros e alimentadores (vários deles para a CIC e entorno) ficando evidente que esta opção, além de viável, é a melhor para o usuário.

O Terminal Pinheirinho tem uma área operacional de 27,3 mil metros quadrados e registra, por dia, em torno de 130 mil passageiros. Já o Terminal CIC tem uma área operacional de 6,1 mil metros quadrados e 59,9 mil passageiros por dia.

O município de Araucária tem em torno de 120 mil habitantes. Quando era gerenciado pela Urbs, o sistema de transporte metropolitano integrado com Araucária tinha sete linhas, uma frota de 57 ônibus que transportavam, por dia, 46,7 mil passageiros. Esses passageiros se deslocavam de Araucária para qualquer ponto de Curitiba pagando apenas uma passagem.

Informações: URBS

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Ônibus da Região de Curitiba deixam de aceitar cartão da Urbs nesta segunda

domingo, 12 de abril de 2015

A partir de segunda-feira (13), passageiros que utilizam o sistema de ônibus da Região Metropolitana de Curitiba, só vão poder usar os coletivos se pagarem a passagem em dinheiro ou com passes de papel. Os atuais cartões da Urbs, autarquia que cuida do sistema na capital, deixarão de ser aceitos nesta data.

Segundo a determinação, os créditos que foram colocados no cartão da Urbs até o dia 12 de fevereiro, ainda podem ser usados nos ônibus da Região Metropolitana. Já as passagens compradas no cartão após essa data só podem ser usados nas linhas de Curitiba.

A mudança vai atingir os passageiros de 13 cidades, que utilizam o sistema integrado com a capital. A medida foi tomada pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), vinculada ao governo do estado. Inicialmente, os passes seriam cobrados a partir de 29 de março, mas a data foi alterada.

Para muitos passageiros, isso acabou soando como uma surpresa. “O meu patrão já me carrega o cartão todo mês. Agora, vou ter que desembolsar dinheiro para pagar o ônibus”, reclama um deles.

Quem precisar comprar novas passagens para usar os ônibus a partir do dia 13, pode se dirigir até a sede da Metrocard, na Rua Benjamin Constant, no Centro de Curitiba ou nos terminais metropolitanos. As passagens custam R$ 3,30.

Informações: G1 PR e RPC

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Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Em abril de 2015, finda o prazo de três anos para a elaboração do plano de mobilidade urbana nos municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes, estabelecido pela Lei 12.587/2012, a Lei de Mobilidade Urbana. Nesse período, as cidades deveriam ter incluído nos seus planos diretores as diretrizes de transporte determinadas na Política Nacional de Mobilidade Urbana. No entanto, a poucos meses da expiração desse prazo, mais de 70% das capitais e cidades brasileiras acima de 500 mil habitantes, e 95% do total de municípios acima de 50 mil habitantes, não conseguiram finalizá-lo.

Desde 1988, a Constituição Federativa do Brasil já objetivava, na política urbana, a ordenação e o desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar da população. O plano diretor já constava como obrigatório para os municípios acima de 20 mil habitantes. No entanto, apenas 13 anos depois, com o Estatuto das Cidades (Lei n.° 10.257/2001), ocorreu a regulamentação e foram estabelecidos os critérios dessas políticas urbanas, incluindo a obrigação da União em instituir as diretrizes para os transportes urbanos - o que aconteceu somente em 2012.

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que apenas 3,8% do total dos municípios brasileiros possuíam Plano Municipal de Transporte. Nas cidades acima de 500 mil habitantes, 55,3% dos municípios tinham o Plano e 28,9% estavam em processo de elaboração.     

Em recente controle dos Planos de Mobilidade Urbana feito pelo Ministério das Cidades, de 1.317 municípios que responderam a pesquisa (equivalente a 38% dos 3.325 mil municípios acima de 50 mil habitantes), apenas 61 (5%) possuem o plano de mobilidade urbana. O número total de municípios que não têm o plano são 1.256 (95%), dos quais apenas 361 (29%) estão em processo de elaboração.

Às vésperas do encerramento do prazo definido pela Lei de Mobilidade, a Revista NTU Urbano apurou em 46 cidades, incluindo as 27 capitais e as cidades acima de 500 mil habitantes, os principais gargalos sobre a elaboração dos chamados “Plamob” e também de que maneira secretários e técnicos têm encarado a missão de transformar a mobilidade urbana em suas localidades.

No levantamento, foi constatado que 71,8% das cidades não têm o plano. Dentro desse percentual, 91% estão em processo de elaboração e 9% não iniciaram. Das cidades que possuem o plano, 69% são capitais. Das 27 capitais brasileiras, 67% não possuem o Plano de Mobilidade Urbana e 33% possuem ou estão em fase de elaboração (confira os gráficos).

De acordo com a apuração da Revista NTU Urbano, dentre os principais problemas enfrentados pelos municípios na elaboração dos planos, destacam-se a falta de recursos financeiros e a precária estrutura de pessoal. Esses também foram apontados como os motivos para o atraso na entrega dos projetos.

Segundo o Ministério as Cidades, as razões são variadas. “Pudemos identificar que alguns municípios não conhecem o teor da lei nem as reais sanções para a não-elaboração do Plano de Mobilidade, apesar dos esforços da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana (SeMob) para divulgação da Lei nº 12.587, seja através de seminários, cursos e publicações sobre o tema”, explica o órgão em nota oficial.

A SeMob do Ministério das Cidades ressalva que “vem identificando um crescente interesse por parte dos municípios para a capacitação e maior mobilização nos últimos meses para a elaboração de Plano de Mobilidade”.

Em suma, a realidade é que um número muito alto de cidades não conseguirá atender ao prazo da Lei. Essa é a realidade de Cuiabá (MT), que ainda está na fase de contratação de empresa para elaboração do plano. Segundo Anna Regina Feuerharmel, secretaria-adjunta da Secretaria de Mobilidade Urbana da capital, esse processo não foi iniciado antes por falta de recursos humanos e financeiros. “Já foi feito o escopo básico e o termo de referência para licitação. A previsão para a finalização do plano é até 18 meses após o seu início”, revela Anna Regina.

Das cidades que ainda não possuem plano, dois exemplos são Duque de Caxias (RJ) e Goiânia, que ainda não deram início a nenhuma etapa do processo de elaboração. Na capital goiana não há previsão para a construção do PMU. É o que informa Sérgio Wiederhecker, diretor de Planejamento e Gestão Sustentável. “A elaboração do plano está na agenda, mas não sabemos quando será iniciado porque existem outras prioridades (da prefeitura de Goiânia), como saneamento e outras questões”, justifica.

Integrando a cidade

Como previsto na Lei 12.587/2012, o Plano de Mobilidade Urbana deve ser integrado ao Plano Diretor do município. Apesar de ser um dos aspectos fundamentais da legislação que as áreas de desenvolvimento urbano estejam em consonância, esse também se tornou um dos motivos para os atrasos dos planos.

Devido a esse fator, alguns municípios precisam aguardar a elaboração ou revisão do Plano Diretor para dar andamento ao Plamob. Um exemplo dessa situação é Palmas (TO). O projeto foi iniciado há dois anos. Mas, como está sendo integrado a todas as outras áreas de planejamento da capital, a finalização do plano de mobilidade urbana e transporte foi adiada. Ainda assim, a previsão é de que o plano seja apresentado ao Ministério das Cidades em abril deste ano.

A diretora de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (SMAMTT), Joseísa Furtado, afirma que todo o plano de mobilidade urbana e transporte da capital tocantinense está em harmonia e totalmente integrado a outras áreas da cidade. “Teremos a implantação de sistemas BRT que caminha junto com calçadas e ciclovias”, garante.

Para Furtado, todas essas mudanças são muito importantes. Ela enxerga de maneira otimista que, embora, esses investimentos tenham demorado a acontecer, são extremamente necessários. “Sem dúvida, nunca investiram tanto em mobilidade urbana. A Copa do Mundo foi um fracasso (na cidade), mas deixou todos esses projetos como um legado para as cidades”, opina.

Há também aquelas cidades que se antecederam à Lei, trabalhando com um planejamento para a mobilidade e transporte antes de 2012, e que agora passam por um momento de revisão desse plano, atendendo melhor aos critérios estabelecidos na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Entre elas, está Curitiba (PR), cidade modelo em implantação de redes multimodais e sistemas mais avançados de transporte coletivo urbano. A capital paranaense possui o plano desde 2008.

“Atualmente, estamos em fase de finalização da revisão do Plano Diretor Municipal. Após a entrada em vigência desta versão atualizada, iniciaremos a revisão do Plano de Mobilidade, já em consonância com a nova política nacional e com o próprio plano diretor atualizado”, explica o supervisor de Informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Oscar Ricardo Schmeiske.

Em Boa vista (RR), a prefeitura informa que o Projeto de Mobilidade Urbana está de acordo com o Plano Diretor da Cidade, no que se refere à mobilidade. O projeto, executado por meio do convênio com a Caixa Econômica Federal, destina R$ 68 milhões para a  melhoria do sistema de transporte urbano da capital, que inclui a implantação de 44,6 quilômetros de ciclovia. Estão previstas ainda a implantação de 50 bicicletários e a revitalização da sinalização vertical e horizontal. Os processos licitatórios para contratação das empresas já foram iniciados e, depois de seguidos todos os trâmites legais, estima-se que os serviços sejam finalizados no final de 2016.

Em Florianópolis (SC), a participação do BNDES no desenvolvimento dos estudos foi muito além do apoio financeiro, afirma o coordenador técnico do PLAMUS pela SC Parcerias, Guilherme Medeiros. “A troca de experiências e conhecimentos com a Área de Estruturação de Projetos do BNDES, acostumada a desenvolver e acompanhar diversos projetos estruturados de grande porte e bem sucedidos no Brasil, foi bastante positiva e a participação da equipe técnica do BNDES durante todo o período de desenvolvimento do estudo, muito intensa e direta”, explica.

Segundo Medeiros, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, o BNDES apoiou o desenvolvimento dos estudos com recursos provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP). Os recursos aportados pelo banco, no estudo, possuem caráter não reembolsável por parte do Governo de Santa Catarina, sendo este responsável pelo apoio institucional em conjunto com os municípios. “É a primeira vez que um estudo patrocinado pelo FEP possui caráter regional e não nacional, e há uma expectativa por parte do BNDES que o PLAMUS vire uma referência para que outras regiões metropolitanas construam seus planos de mobilidade”, conta o coordenador.

Elaboração do PMU

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), assegurada na Lei n.° 12.587/2012, estabelece os princípios e as diretrizes para o transporte nas cidades e também do Plano de Mobilidade Urbana. Esse, por sua vez, deve ser elaborado pelo poder público municipal em integração com os respectivos planos diretores dos municípios acima de 20 mil habitantes. A sua avaliação, revisão e atualização devem ser feitas, periodicamente, no prazo de até 10 anos. 

Para a composição desses planos, muitas cidades precisaram efetivar a contratação de empresas de consultorias para alguns processos e até mesmo para a elaboração total do plano. Algumas delas contaram com o apoio de entidades parceiras como a Embarq Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público para Todos (MDT) e também do Ministério das Cidades.

Pensando em contribuir com a construção do plano e auxiliar melhor as cidades nesse processo, a Embarq Brasil desenvolveu o guia “Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável”. A publicação traz conceito e exemplos práticos que colaboram para a formulação da política e do plano de mobilidade municipal. O guia apresenta a metodologia que descreve o passo a passo necessário para preparar, gerenciar, elaborar, instituir, implementar e revisar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável. É possível fazer o download da publicação no site www.embarqbrasil.org. Outras publicações com orientação para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana podem ser acessadas no site do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).

Se as cidades não elaborarem os planos, terão como penalidade a falta de recursos financeiros para investir em mobilidade urbana. De acordo com o parágrafo 4° do Artigo 24 da lei, “Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei.”

Virando Lei

Embora não conste na Lei n.º 12.587/2012 que os planos de mobilidade urbana tenham que se transformar em um Projeto de Lei (PL) e posteriormente em uma lei municipal, algumas cidades sinalizaram que isso deva acontecer. Dos planos já elaborados, alguns já possuem PL, como é o caso de Sorocaba (SP).

O PL 198/2014 encontra-se em votação na Câmara Municipal de Sorocaba, segundo Adriano Brasil, gerente de Operação e Transporte Urbano, que informou que a previsão de votação é até o final de março. “O projeto de lei ficou parado na câmara porque está interligado com o Plano Diretor, que teve algumas alterações”, explica.

Já em Belo Horizonte a Câmara Municipal sancionou, em 2011, a Lei n° 31/11, que institui a Política Municipal de Mobilidade originária do Projeto de Lei n° 2.347/09, de autoria do Vereador Anselmo José Domingos.

Existem também os casos das cidades em que os Projetos de Lei foram arquivados. É o caso de Brasília (DF) e Recife (PE), nos quais os números dos projetos são, respectivamente, PL 796/2012 e PLE 12/2011. 

Informações: Revista NTU Urbano

READ MORE - Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

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