Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta guarulhos. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta guarulhos. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

Em SP, Nova linha do Airport Bus Service atende Vila Mariana

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A partir da próxima segunda-feira (20), a rede de ônibus Airport Bus Service inicia um novo trajeto. A empresa que faz o traslado direto para o aeroporto de Guarulhos, agora também passa a atender o Bairro Vila Mariana, na capital paulista.

A linha faz poucas paradas e oferece wi-fi, ar condicionado e um assento reservado para cada viajante. Os ônibus também contam com adaptações para quem viaja com malas.

A linha 830, operada pelo Consórcio Internorte, está programada para realizar 18 partidas todos os dias da semana. As viagens acontecerão também aos domingos e feriados. Os pontos finais serão no Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos e na Rua José Ferreira Pinto (Hotel Grand Mercure), em São Paulo.

Os ônibus são executivos e oferecem um ótimo padrão de conforto aos usuários, o mesmo das outras linhas deste serviço especial. As poltronas são estofadas e reclináveis e possuem um espaço adaptado para o bagageiro. A tarifa será de R$ 48,80.

Além de outras cinco linhas executivas para o Aeroporto de Guarulhos, os passageiros contam com duas linhas intermunicipais. Para essas, a tarifa é de R$ 5,95, que juntas realizam mais de 70 partidas nos dias uteis.

Saiba mais sobre os pontos de partida das linhas de ônibus aqui.

Informações: Governo de SP
READ MORE - Em SP, Nova linha do Airport Bus Service atende Vila Mariana

Em SP, Aumento de até 35,7% em integração e bilhete mensal afeta 23 milhões de passageiros

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Os reajustes de até 35,7% no Bilhete Único Mensal e nas integrações entre ônibus municipais e o sistema de trens e Metrô, anunciados pelo prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador paulista, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, vão atingir cerca de 23 milhões de passageiros por mês na capital paulista. Segundo dados da São Paulo Transporte (SPTrans), que administra o sistema municipal de ônibus, em 2016, a média mensal de usuários que pagaram tarifas integradas (comum ou mensal) foi 13,1 milhões. Os outros 10 milhões usam o bilhete mensal comum, vale-transporte ou estudante todo mês.

O sistema municipal de ônibus recebe, em média, 120 milhões de passageiros pagantes por mês. Outros 69,6 milhões são estudantes, deficientes físicos, idosos ou profissionais com direito à gratuidade. O sistema contabiliza ainda 60,7 milhões de integrações entre ônibus, que não proporcionam receita. Segundo dados da SPTrans, a receita tarifária atualmente está em R$ 5,3 bilhões anuais. O restante que falta para manter o sistema – cerca de R$ 2 bilhões – é investido pela prefeitura na forma de subsídios.

O reajuste das integrações foi a “solução” do prefeito e do governador para manter congelada a tarifa básica em R$ 3,80. O Bilhete Único Mensal, criado pela gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) com objetivo de baratear o deslocamento de quem realizava mais de 38 viagens por mês, vai passar de R$ 140 para R$ 190. Um aumento de 35,7%, que deixa o modal inútil para quem fizer menos de 51 viagens por mês.

Já o modelo mensal para integração entre ônibus e o sistema de trens e Metrô vai subir de R$ 230 para R$ 300 – reajuste de 30,4%. A inflação acumulada desde o lançamento do bilhete, em janeiro de 2015, foi de 26,6%.

A integração entre os ônibus e sistema metroferroviário será reajustada dos atuais R$ 5,92 para R$ 6,80, a partir da próxima segunda-feira (8). Um aumento de 14,8%, bem acima dos 6,4% da inflação projetada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os usuários do Bilhete Diário – que permite integrações ilimitadas durante 24 horas – vão pagar R$ 15, ante os atuais R$ 10 (50%). E o modelo integrado vai de R$ 16 para R$ 20 (33%). Além destes, também serão atingidos pelas medidas os usuários do bilhete Madrugador e Da Hora, exclusivos do Metrô e dos trens.

O corte de gratuidade para idosos com idades entre 60 e 65 anos, que não estejam aposentados, também vai impactar uma parcela dos usuários do sistema, mas ainda não foi divulgado o número de benefícios que serão cancelados. Durante a gestão Haddad, o benefício obrigatório para maiores de 65 anos foi estendido para pessoas a partir de 60 anos.

Protestos
O Movimento Passe Livre (MPL) está organizando uma manifestação para o dia 12, contra o reajuste da tarifa de integrações e do bilhete mensal proposto por Alckmin e Doria. “Não é nenhuma surpresa que eles tenham prometido o congelamento das tarifas em 2017 e agora anunciem o aumento: o compromisso desses senhores não é com a população, e sim com aqueles que financiam suas campanhas e sustentam suas máfias e cartéis. Dissimulados e covardes, Alckmin e Doria aumentam a tarifa pelas bordas, tirando cada vez mais dinheiro da população que precisa se deslocar pela cidade”, diz a convocatória do ato, nas redes sociais.

Além da capital paulista, o Passe Livre está organizando manifestações contra o aumento das passagens em Carapicuíba, Guarulhos, Santo André, Barueri, Osasco e Mauá, todas na Região Metropolitana de São Paulo.

Imprensa amiga
Apesar da evidente manobra do Doria e Alckmin para disfarçar o reajuste, as manchetes da imprensa comercial enfatizaram apenas o congelamento da passagem de ônibus, Metrô e trem em R$ 3,80 para 2017, anunciado na última sexta-feira (30). As manchetes deixaram de lado o aumento de mais que o dobro da inflação na integração entre os ônibus e o sistema de Metrô e trens. Também passou despercebido o aumento de 35,7% do bilhete mensal.

“Essa é a tática do que 'é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde'. Um clássico da política brasileira”, avalia o cientista político Pedro Fassoni, referindo-se a uma frase infeliz do ex-ministro da Fazenda. Em setembro de 1994, o então ministro foi flagrado em conversa de bastidor com o jornalista Carlos Monforte, instantes antes de entrar ao vivo no Jornal da Globo. Na ocasião, Ricupero confidenciou ao jornalista: “Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde”.

O dia seguinte à posse de Doria também foi de alarde para a operação Cidade Linda, anunciado pelo prefeito e que nesta segunda-feira (2) teve como Palco a Praça 14 Bis, no bairro da Bela Vista, região central. A imagem oferecida à mídia comercial foi de Doria vestido de gari e de vassoura nas mãos, acompanhado de seus secretários “limpando” a praça.

“A praça foi inclusive limpa na véspera. Ele se vestiu de gari pra limpar um local que já estava limpo, pura estratégia de marketing”, diz Fassoni, que comparou a atitude à de Jânio Quadros e sua “vassourinha” da campanha presidencial de 1960.

Segundo o cientista político, a ação de João Doria visa a disfarçar problemas estruturais da cidade. “Pegar uma vassoura é muito pouco perto da despoluição dos rios Tietê e Pinheiros. Fazer uma ação de marketing como essa não elimina o fato de que São Paulo tem um problema de poluição atmosférica, com milhões de veículos circulando nas ruas todos os dias. O que ele mostra de faxina e limpeza de um lado acaba sendo contrastado com a realidade dos fatos.”

Para Fassoni, também professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, o dia de gari do prefeito de São Paulo terá pouco apelo na população mais pobre da cidade e visa a agradar mais a classe média. “Para as pessoas mais pobres causa poucos efeitos, é um público que não assina jornais e revistas. É uma medida que agrada mais ao setor conservador da classe média, que tem essa política higienista de remoção de moradores de rua e limpeza da cidade. Acredito que é esse setor que ele agrada mais. As pessoas mais pobres que usam transporte público, sistema de saúde, creche para os filhos, não estão preocupadas se o prefeito está pegando numa vassoura ou não”, avalia.

Por Luciano Velleda e Rodrigo Gomes
Informações: Rede Brasil Atual
READ MORE - Em SP, Aumento de até 35,7% em integração e bilhete mensal afeta 23 milhões de passageiros

Uber chega ao Recife com promessa de preço até 40% menor que táxi

quinta-feira, 3 de março de 2016

O aplicativo de solicitação de corridas Uber, que conecta motoristas cadastrados com o usuários através do celular, chega ao Recife nesta quinta-feira (3), a partir das 14h. O aplicativo  já pode ser baixado nos celulares de forma gratuita. O serviço promete preços até 40% mais acessíveis, mas pode enfrentar problemas para circular já em seu primeiro dia.

A Secretaria de Mobilidade do Recife aponta que a Lei Federal 12.587/2012, que trata das atividades de transporte remunerado de passageiros, seja coletivo, escolar ou individual, determina em seu artigo 2º que “é atividade exclusiva dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros.”.

A mesma lei é utilizada pelo diretor de comunicação da Uber no Brasil, Fábio Sabba, para defender a legalidade do serviço. "Os motoristas prestam serviço de transporte individual privado, que consta no segundo parágrafo da lei de Mobilidade Urbana. A gente não vê o Uber como uma competição com o táxi. Nossa ideia é de que existam várias plataformas para que o usuário deixe o carro em casa e use outras alternativas. Você aumenta o mercado existente, é diferente", garante.

Os carros do Uber já operam em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Goiânia e Campinas. Recife é a oitava cidade no Brasil a aportar o aplicativo. Em várias cidades, o serviço gera polêmica: os taxistas acreditam que os motoristas do aplicativo competem pela clientela. Além de que, de acordo com a categoria, eles não pagam tributos ou possuem permissão para circular com passageiros.

Em cada cidade, uma reação diferente: em Guarulhos, em São Paulo, um juiz autorizou uso do aplicativo nesta quarta-feira (2). Também na capital paulista, motoristas do Uber dizem ter sido agredidos por taxistas em fevereiro.

Também no âmbito da política, o Uber vem rendendo assunto. Em Goiás, um deputado apresentou projeto de lei que propõe a proibição do aplicativo Uber sem regulamentação. No Rio, a votação do projeto que proíbe a atuação da empresa Uber no município do Rio foi adiada na terça-feira (1º).

Valores mais modestos
De acordo com o diretor de comunicação do Uber no Brasil, Fábio Sabba, os valores do serviço são entre 30% e 40% menores que em corridas de táxi comum."É como você ter um carro e não precisar pagar seguro ou Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O aplicativo também permite estimar o preço da viagem. Colocando o destino inicial e o final, ele calcula uma média do valor da corrida", diz o diretor.

No Recife, a bandeirada, que é o preço por solicitar um táxi, custa R$ 4,75. No Uber, o valor é de R$2,50. A bandeira 1 é R$ 2,31, enquanto que a bandeira 2 custa R$ 2,79 nos táxis. Já no Uber, o valor do quilômetro é R$ 1,15 com acréscimo de R$ 0,17 por minuto. O pagamento no Uber, no entanto, só pode ser feito através de cartão de crédito.

Segurança
Como os carros não possuem um padrão, já que qualquer modelo de carro que tenha data de fabricação a partir do ano de 2008, possua quatro portas e ar-condicionado, pode fazer as corridas pelo aplicativo, pode gerar receio no usuário sobre a confiança no motorista.

Mas, segundo Fábio, a tecnologia assegura o passageiro de que sua corrida será a mais segura possível. "Nós checamos antecedentes criminais dos motoristas e diversas outras formas legais. Além de que a tecnologia é usada para oferecer segurança, uma vez que todas as corridas são rastreadas pelos próprios usuários. O itinerário também pode ser compartilhado com outra pessoa", afirma o diretor de comunicação da empresa.

Em caso de perda de objeto dentro do veículo ou se achar que o motorista fez uma rota que cobrasse mais caro ao passageiro, ao final da corrida surge um botão "pedir ajuda". Quando terminar a corrida também aparece um botão para avaliar o motorista: com notas de 3 para baixo, em um ranking que tem 5 como nota máximo, surge um chat com funcionários do Uber perguntando a razão da insatisfação do usuário.

Informações: G1 PE


Colabore com o Blog Clicando nos anúncios da página
READ MORE - Uber chega ao Recife com promessa de preço até 40% menor que táxi

Guarulhos deve ter reajuste na passagem de ônibus ainda este ano

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A cidade de Guarulhos poderá ter aumento na tarifa de ônibus ainda este ano, segundo informações do próprio prefeito da cidade, Sebastião Almeida, nesta segunda-feira (14). De acordo com informações do jornal “Guarulhos Hoje“, o percentual de reajuste não deve ser menor que 16%, e o valor da tarifa deve ficar entre R$ 4,10 e R$ 4,30.

“O aumento da tarifa, que é feita no final do ano necessariamente acontecerá, por conta da alta em todos os insumos que são utilizados pelas companhias, como o diesel, pneu e desgaste de veículos”, disse o prefeito.

O anúncio vem após uma série de paralisações feitas por motoristas e cobradores. Nesta segunda, os trabalhadores das empresas Viação Atual e Campo dos Ouros, que pertencem ao mesmo grupo, paralisaram as atividades por conta da falta de pagamento do vale- refeição. Foi a segunda greve em pouco mais de um mês.

Informações: Portal ViaTrolebus

Leia também sobre:
READ MORE - Guarulhos deve ter reajuste na passagem de ônibus ainda este ano

No Recife, Linhas opcionais caem no gosto da população

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Conforto, Agilidade e ar condicionado são ingredientes suficientes para atrair usuários para este modal que cresce a cada ano na Região Metropolitana do Recife.

Este tipo de transporte tem uma tarifa diferenciada que mesmo sendo um pouco mais cara, agrada e muito os usuários que usufruem do serviço.

Esse tipo de serviço já é oferecido em várias cidades brasileiras e tem como desafio atrair usuários que fugiram do sistema comum tirando-os dos seus carros e consequentemente melhorando a mobilidade, pois para muitos, só um modal diferenciado faz deixar seus carros em casa.

Hoje, o STPP (Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) conta com 07 linhas opcionais: 214 ( UR-02 Ibura Opcional), 064 (Piedade Opcional) recém implantadas e 072 (Candeias Opcional), 042 (Aeroporto Opcional), a 195 (Porto de Galinhas-Recife), a 053 (RioMar Shopping Opcional) e a mais recente, a 518 (Apipucos-RioMar Opcional).

No Brasil, essas linhas são conhecidas como executivas e tarem muitas pessoas que deixaram seus carros nas garagens, pois tem que ter um serviço quase compatível para atingir este público alvo.

Em São Paulo, existem algumas linhas executivas da EMTU que custam até R$ 33 que ligam o Aeroporto até Guarulhos.

Em Fortaleza, esses serviços são conhecidos como Ônibus Frescão e no Rio, com este mesmo nome, a menor tarifa custa em torno de R$ 9.

Em Salvador, em breve poderão acessar internet Wi-Fi nos veículos que fazem o transporte público executivo, além de escapar do calor da capital baiana durante as viagens nos coletivos com ar-condicionado.

O fato é que estas linhas opcionais vem ajudando e muito o sistema de transporte coletivo da cidade, que passa por muitas dificuldades em relação a conclusão do sistema BRT implantado, mas, que falta ainda muito para ser concluído e ajustado.

Blog Meu Transporte

READ MORE - No Recife, Linhas opcionais caem no gosto da população

Governador de SP realiza vistoria técnica nas obras do Rodoanel Norte

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O governador Geraldo Alckmin realizou nesta terça-feira (20) uma vistoria técnica nas obras do trecho Norte do Rodoanel. Ao todo, serão construídos sete túneis duplos, que somam 6,1 quilômetros em cada sentido, e 114 pontes/viadutos, totalizando 12,68 quilômetros. A rodovia será concluída e liberada ao tráfego em 2017.

Durante a vistoria, o governador sobrevoou as obras e visitou o Lote 2, onde conferiu as intervenções em andamento para a escavação do Túnel 202, que terá 740 metros de extensão na pista externa e 700 metros na pista interna. Além disso, fiscalizou a execução de um viaduto com 571 metros de extensão, que está em fase de conclusão.

"Nós estamos hoje vistoriando o Rodoanel Norte, que é a última etapa do Rodoanel. É a maior obra metropolitana na America Latina, mais de 170 quilômetros de Rodoanel Metropolitano. Nessa área norte com todos os cuidados ambientais. Nós estamos com 34,2% da obra bruta executada e o prazo pra entrega é o final de 2017, portanto menos de dois anos e meio do empreendimento, 45,9% está executado e dentro do cronograma," afirmou Alckmin.

Trecho Norte
O Rodoanel Norte terá 44 km de extensão e interligará os trechos Oeste e Leste do Rodoanel. Começa na confluência com a Avenida Raimundo Pereira Magalhães, antiga estrada Campinas/São Paulo (SP-332), e termina na intersecção com a Rodovia Presidente Dutra (BR-116). O trecho prevê acesso à Rodovia Fernão Dias (BR-381), além de uma ligação exclusiva de 3,6 km para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Com sua construção, o tráfego de passagem, sobretudo de caminhões, será distribuído e realocado no entorno da RMSP, melhorando o fluxo nas marginais e consequentemente o trânsito dos veículos de transporte coletivo. Estima-se que o Rodoanel Norte irá retirar 18,3 mil caminhões por dia da Marginal Tietê.

O empreendimento recebe aporte de R$ 5 bilhões do Governo do Estado de São Paulo. O investimento total é de R$ 6,95 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões do Tesouro Paulista, R$ 2,1 bilhões de financiamento do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e R$ 2,05 bilhões de convênio com o Governo Federal.

READ MORE - Governador de SP realiza vistoria técnica nas obras do Rodoanel Norte

CET SP vai reduzir velocidade na Doutor Arnaldo e em mais duas vias

terça-feira, 20 de outubro de 2015

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai reduzir o limite de velocidade em mais três vias de São Paulo a partir da sexta-feira (23). A redução acontecerá na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul, na Avenida Doutor Arnaldo, no Centro, e na Avenida João Simão de Castro, na Zona Norte. A velocidade máxima nas vias passará de 60 km/h para 50 km/h.

Na Avenida Jornalista Roberto Marinho, a mudança vai valer no trecho de quase 7 km entre a Marginal Pinheiros e a Avenida Doutor Lino de Moraes Leme, incluindo a passagem pela Ponte Estaiada.

Na Avenida Doutor Arnaldo, o limite de velocidade será alterado no trecho entra Rua Heitor Penteado e o Viaduto Okuhara Koei, que tem 1,5 km de extensão.

Já na Avenida João Simão de Castro, os motoristas terão que se acostumar com a nova velocidade máxima por 1,4 km, desde a Praça Lourenço de Bellis até o acesso à Rodovia Fernão Dias, na divisa com Guarulhos.

A CET afirmou que vai acompanhar o desempenho da nova medida e intensificar o monitoramento do trânsito nessas regiões. A medida faz parte do plano de redução de acidentes do Programa de Proteção à Vida. Faixas, painéis informativos e placas de sinalização serão colocados para orientar os motoristas sobre as mudanças.

READ MORE - CET SP vai reduzir velocidade na Doutor Arnaldo e em mais duas vias

Corredor de ônibus entre Guarulhos e SP entra em operação

domingo, 20 de setembro de 2015

Após um impasse entre a Prefeitura de Guarulhos e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), o novo trecho do Corredor Metropolitano de Guarulhos finalmente passará a funcionar neste sábado (19).

O novo trecho tem 12,3 km, que liga os terminais Cecap e Vila Galvão, vai operar com 23 linhas de ônibus. A obra custou R$100 milhões.

Prevista para 2013, a obra foi inaugurada oficialmente em 31 de agosto deste ano em cerimônia que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). No entanto, o corredor não passou a operar no dia seguinte conforme o prometido pela EMTU. Isso porque a Prefeitura de Guarulhos não permitiu que os ônibus usassem o local, pois afirmou que a obra não estava pronta e colocava em risco a vida de motoristas e passageiros.

Um outro trecho, entre os terminais Taboão e Cecap, foi inaugurado em julho de 2014. Quando este novo trecho for inaugurado, o corredor terá 20 km e ligará Guarulhos à capital, com acessos ao Metrô a à CPTM.

Inauguração
O segundo trecho do Corredor Metropolitano Guarulhos foi inaugurado no dia 31 de agosto. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participou da cerimônia e afirmou que a obra do corredor com mais 4,5 km de extensão - um terceiro trecho da obra - que ligará Guarulhos e São Paulo deve ser iniciada em 2016. “Nós vamos este ano terminar o projeto executivo e licenciamento ambiental. Esperamos iniciar a obra no ano que vem”, disse o governador. No entanto, há dois anos, o governo prometeu a entrega de todo corredor da EMTU até o fim deste ano.

READ MORE - Corredor de ônibus entre Guarulhos e SP entra em operação

Governo entrega mais 12,3 km do Corredor Guarulhos - São Paulo

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Trecho Cecap – Vila Galvão beneficiará 60 mil usuários / dia com mais opções de linhas para a capital e economia de até R$ 4,40 com as novas integrações para estações do Metrô e da CPTM.

O Governador Geraldo Alckmin entregou nesta segunda-feira, 31/08, mais 12,3 km do Corredor Metropolitano Guarulhos – São Paulo, empreendimento idealizado para reestruturar o transporte metropolitano da região norte da Grande São Paulo, oferecendo à população viagens mais rápidas e seguras em faixas exclusivas para ônibus. A operação no trecho começará, gradativamente, a partir de terça-feira, 01/09.

Projetado e construído pela EMTU/SP sob coordenação da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), o trecho Cecap – Vila Galvão representou investimento de R$ 99,7 milhões. Somados aos R$ 39,7 milhões da ligação de 3,7 km entre Taboão e Cecap, operando desde 2013, o investimento total do Governo do Estado foi de R$ 139,4 milhões.  

Esta nova etapa conta com três faixas de circulação por sentido, sendo uma delas exclusiva para ônibus em 9,6km construídos em pavimento rígido, característica que proporciona mais conforto ao usuário e menor custo de manutenção da via. Conta, ainda, com 3 km de ciclo passeio distribuídos ao longo do corredor, além de 2,7km de via que serão compartilhados com o tráfego local. 

Principais melhorias proporcionadas pelo novo trecho do Corredor:

- Semáforos exclusivos para a travessia de pedestres foram implantados em todos os pontos de parada. A rede semafórica está interligada, possibilitando a sincronização dos equipamentos para melhor fluidez;
- Foram implantados 10.038 m² de paisagismo;
- Foram instaladas 170 m² de placas de advertência e orientação (sinalização vertical ) e 15.107 m² de faixas de trânsito (sinalização horizontal);
- 3 km de ciclo passeio distribuídos ao longo do corredor; 
- 16 estações de embarque e desembarque, mais a Estação de Transferência Emílio Ribas que contam com cobertura e iluminação adequadas, sinalização horizontal e vertical, sistema de informação ao usuário, piso com altura de 28 cm para facilitar o embarque e desembarque em nível com o acesso aos ônibus, rampas para acesso de cadeirantes e faixas de travessia que aumentam a segurança do pedestre no seu entorno;
- O Corredor é 100% acessível com piso podotátil;
- As travessias de pedestres ao longo do corredor são adequadas para total acessibilidade, contando com rampa de acesso, piso podotátil, semaforização para pedestres e sinalização;
- No trecho de parada à esquerda e faixa exclusiva de ônibus, as estações de embarque estão localizadas próximas aos cruzamentos, facilitando o acesso de pedestres ao canteiro central;
- Iluminação adequada ao longo do Corredor para segurança noturna;
- Comunicação visual simples e de fácil visibilidade para que os usuários transitem de maneira adequada e com agilidade nas dependências do Corredor e Estações;
- A infraestrutura permite que seja instalada futuramente a cobrança eletrônica por meio de catracas, viabilizando a implantação de integração tarifária entre os sistemas intermunicipal e municipal;
- As características arquitetônicas desenvolvidas permitem que sejam implantados sistemas diversos como sonorização, painéis informativos eletrônicos, CFTV (circuito fechado de TV com sistema de câmeras de segurança) e outros.

A previsão é de que sejam transportados nesse trecho 60 mil passageiros por dia. 

Operação Integrada 

A entrega do trecho Cecap- Vila Galvão proporcionará aos usuários viagens mais rápidas e seguras e maior mobilidade. Ao utilizar o Cartão BOM, haverá novas opções de deslocamento para as linhas do Metrô e da CPTM por meio da integração com desconto entre linhas metropolitanas. 
A linha 802 Terminal Taboão – Metrô Tucuruvi será o serviço principal do corredor e sua frota operacional triplicará, passando de três para nove ônibus, com intervalo médio de 15 minutos. O desconto na integração propiciará uma economia de até R$ 4,40 aos usuários. Veja a seguir as novas integrações possíveis: 

Terminal Taboão 
- Integração com desconto entre oito linhas metropolitanas com a linha 802
- Ponto terminal de 17 linhas municipais
- Frota total de 172 veículos
- Frequência de 94 ônibus hora/pico 
No trecho que liga os Terminais Taboão e Cecap será possível a integração entre as linhas 552, 590, 599 e 802, facilitando os deslocamentos das pessoas que tiverem como destino as Estações Armênia, Penha e Tucuruvi. 

Terminal Cecap 
- Integração entre 12 linhas metropolitanas com a linha 802
- Ponto terminal de 16 linhas municipais 
- Frota total de 199 veículos
- Frequência de 101 ônibus/hora/pico
Trecho Cecap  - Praça IV Centenário:
- Integração de 13 linhas metropolitanas com a 802.
Trecho Praça IV Centenário  - Vila Endres 
-  Operação de 19 linhas metropolitanas  com ligação direta para Armênia, Campos Elíseos, Penha, Carrão Tietê e Tucuruvi.
Trecho Vila Endres - Timóteo
Integração de duas linhas metropolitanas com a linha 802. 
Trecho Timóteo a Vila Galvão,
- Operação de10 linhas metropolitanas com ligação direta para as Estações Tucuruvi e Parada Inglesa.

Terminal Vila Galvão
Em dezembro de 2014 foi entregue aos usuários o Terminal Vila Galvão que também faz parte desse trecho do corredor, com quatro plataformas dotadas de bancos, lixeiras e todos os itens de acessibilidade, além de um bicicletário com capacidade para 74 unidades. Por lá, o planejamento operacional prevê:
- Integração de duas linhas metropolitanas com a linha 802
- Ponto terminal de 11 linhas municipais 
- Frota total de 94 ônibus
- Frequência de 44 ônibus hora/pico.

Corredor Guarulhos – São Paulo
Trecho Taboão – Cecap 
O trecho Taboão – Cecap, com 3,7 km de extensão e dois terminais de integração, foi entregue em julho de 2013. Lá operam linhas metropolitanas e municipais que compartilham a faixa exclusiva para ônibus. A circulação é de 30 mil usuários por dia. 
Trecho IV Centenário (Guarulhos) - Tiquatira (Penha)
EMTU/SP trata com a Prefeitura de Guarulhos para viabilizar a implantação do Terminal Metropolitano Vila Endres e com a Prefeitura de São Paulo para viabilizar a passagem de transposição da CPTM e a duplicação do viaduto Imigrante Nordestino, na Penha.
Trecho Vila Galvão – Tucuruvi  
O projeto desse trecho de 4,5 km está em revisão. EMTU/SP trata com a Prefeitura de São Paulo com o objetivo de reduzir as desapropriações previstas. 

Informações: EMTU SP

Leia também sobre:
READ MORE - Governo entrega mais 12,3 km do Corredor Guarulhos - São Paulo

CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Metrô de São Paulo foi construído na mesma época que o da capital chilena, no final dos anos 1960. A diferença é que o daqui tem 78 quilômetros de trilhos e o de lá 92. Outra diferença é que a região metropolitana de Santiago do Chile, com cerca de 6,6 milhões de habitantes, tem a metade da população da capital paulista. Diariamente, em média, 4,7 milhões de pessoas passam pelas catracas das estações em São Paulo. O sistema exibe sinais de que já não dá conta da demanda e – ao que tudo indica – deve chegar ao final desta segunda década do século 21 com os mesmos 78 quilômetros.
AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Um reforço poderia vir da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com linhas que cortam a cidade em praticamente todas as direções e ligam ao centro da capital e entre si dezenas de cidades da Grande São Paulo. A CPTM, porém, transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia, embora disponha de 260 quilômetros de trilhos. Obviamente, as condições estruturais das vias, estações e trens da companhia, por ter uma história bem mais antiga que a dos automóveis como meio de mobilidade, não foram pensadas para atingir a mesma velocidade e volume de passageiros do Metrô. Mas algumas medidas de modernização, que andam em marcha lenta demais para o ritmo da metrópole, demonstram que a malha ferroviária tem um potencial muito maior do que o oferecido.

Ao completar 23 anos, em maio, a CPTM orgulha-se de ter deixado para trás a imagem frequente de passageiros pendurados ou se equilibrando no alto das composições. Também são coisas do passado usuários sem pagar passagem, atravessando cercas esburacadas. O comércio nos vagões, em que ambulantes ofereciam doces, salgados, bebidas, cigarros, brinquedos, revistas e eletrônicos, disputando no grito a atenção dos passageiros com pedintes e pregadores religiosos, é mais controlado.

Mas faltou aos sucessivos governos, desde 1992, dar a merecida prioridade ao trem. À época, o então governador, Luiz Antônio Fleury Filho, assinou a lei que criou a CPTM ao lado do então vice e secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Aloysio Nunes Ferreira Filho, hoje senador (PSDB-SP).

“Fleury criou a CPTM para gerir concessões, uma empresa com estrutura ruim e de caráter provisório. E prometia reduzir os intervalos entre trens para três minutos. Mario Covas assumiu em 1995 e seguiu o mesmo caminho”, lembra o estudante de Planejamento Territorial na Universidade Federal do ABC (UFABC) Caio César Ortega, idealizador do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu). Duas décadas depois, o intervalo ainda é um sonho cuja realização nunca é prioridade – e tampouco o orçamento é cumprido. De 2003 a 2014, o total orçado para o setor somou R$ 8,2 bilhões, em valores atualizados, mas R$ 1,1 bilhão deixou de ser investido.

Fora dos trilhos
A atual frota da companhia tem 196 trens. Em setembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 982 milhões para a compra de mais 35, a serem fabricados pela CAF Brasil, em Hortolândia, no interior paulista. A empresa é uma das envolvidas em supostas irregularidades praticadas em contratos de obras, serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos celebrados pelos governos tucanos.

As denúncias abrangem integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, além de diretores de 18 empresas do setor metroferroviário, conforme revelações feitas por um executivo de uma das suspeitas, a multinacional alemã Siemens, em 2013. Na lista, inclui a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a japonesa Mitsui. E a formação de cartel para celebração de contratos até 30% acima do valor, conforme estimativa do Ministério Público (MP) de São Paulo.

Os contratos de manutenção preventiva e corretiva com a CPTM são alvo de diversos inquéritos do MP paulista. Um deles, concluído em dezembro, examinou acordos assinados entre 2001 e 2002 para manutenção de composições com Alstom, Adtranz, CAF e Siemens – todas empresas com diversos acordos ainda em vigor com o governo de São Paulo.

No inquérito, os promotores pedem ressarcimento ao estado de R$ 418 milhões e a dissolução de dez empresas envolvidas. A matriz espanhola da CAF ficou de fora do pedido de dissolução, mas foi incluída no de ressarcimento. Na época, o promotor Marcelo Milani disse acreditar em irregularidades nos novos contratos, que poderiam ter sido evitadas se o MP tivesse levado adiante as investigações em 1997, quando as autoridades da Suíça já verificavam pagamento de propinas.

Ainda em dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 executivos. Entre eles, um ex-presidente da CAF, Agenor Marinho Contente Filho, e um ex-presidente da CPTM, Mário Bandeira, cujo nome circula entre trabalhadores da companhia como o “cunhado de Alckmin”, além de quatro diretores. Bandeira foi defendido, elogiado e mantido no cargo pelo suposto cunhado até o final de fevereiro.

A lista inclui o ex-diretor de operações e manutenção José Luiz Lavorente, o diretor de engenharia e obras Ademir Venâncio de Araújo (que teria US$ 1,2 milhão em cinco contas na Suíça), o diretor de operações da estatal nas gestões Covas e Alckmin João Roberto Zaniboni (que teria lá US$ 826 mil), e Antonio Kanji Hoshikawa, diretor administrativo na gestão Alckmin (2003-2006).

Em abril, foi o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MP paulista, que denunciou à Justiça diretores de 12 empresas por participação em esquema de contratos de fornecimento de trens e de manutenção assinados em 2007 e 2008, durante a gestão Serra. Entre eles, o executivo da CAF José Manuel Uribe e o ex-presidente da comissão de licitações da CPTM Reynaldo Rangel Dinamarco. Outras empresas com diretores denunciados foram as habituais Alstom, Bombardier e Tejofran.

A CAF tem outra ligação com a CPTM. O mesmo Agenor Marinho Contente Filho está vinculado à CTrens – Companhia de Manutenção. A empresa não mantém sequer um site para divulgar suas atividades. Porém, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Sinfer), a CTrens faz manutenção de composições das linhas 8 e 9 em um pátio da estatal na estação Presidente Altino, em Osasco, na Grande São Paulo. “Não se sabe ao certo como é feito o trabalho de manutenção. Eles não permitem a entrada de gente do sindicato lá”, diz o diretor do Sinfer Evângelos Loucas, o Grego. A CPTM não atendeu às solicitações de entrevista.

Sucateamento
Foco dos contratos investigados, a manutenção não é o forte das linhas. A mais sucateada, a 7-Rubi, é conhecida pelos velhos trens da série 1100, fabricados nos Estados Unidos entre 1956 e 1957, além de outros com a lataria remendada e goteiras nos vagões. Em julho de 2000, uma composição com falhas nos freios atingiu outro na estação Perus. Morreram nove pessoas, e 115 ficaram feridas. Vítimas e familiares ainda lutam na Justiça por indenização. Em julho de 2012, dois trens da mesma linha se chocaram na estação Barra Funda, matando cinco pessoas e deixando 47 feridas.

Aparentemente mais moderna, a linha 8-Diamante carece de reformas em sua via. Em dezembro de 2011, dois trabalhadores experientes foram atropelados e mortos por um trem durante uma inspeção regular nos trilhos, perto da estação Barueri.

Isso aconteceu menos de uma semana depois de três outros funcionários serem mortos entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. Dias depois, o governador Alckmin extinguiu a 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho. Vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o órgão investigava as causas do acidente. Oficialmente, foi extinta para otimização dos recursos humanos e materiais.

Comparada ao Metrô, a linha 9-Esmeralda margeia o Rio Pinheiros, cortando bairros nobres da zona sul. Liga Osasco ao bairro do Grajaú, na zona sul. Recebeu investimentos, estações e trens novos entre 1998 e 2000, entre os quais os famosos espanhóis doados pela Renfe mediante contrato de reforma assinado por Covas, no valor de R$ 93,2 milhões, sem licitação. As panes, porém, são frequentes. Em fevereiro de 2011, um trem descarrilou próximo à estação Ceasa.

Partindo do Brás até Rio Grande da Serra, cortando São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires, municípios da região do ABC, a Linha 10 é outra com vagões velhos e estações malconservadas. A de Rio Grande da Serra tem passarela apoiada em uma estrutura metálica instalada emergencialmente. O telhado da única plataforma em operação tem péssimas condições, assim como os banheiros. A Linha 11-Coral, que vai do Brás à estação Estudantes, de Mogi das Cruzes, atende também o Expresso Leste, que vai da Luz a Itaquera, com menos paradas. Antes de receber trens novos para a Copa, a linha sofreu uma pane em 2008, deixando 60 mil pessoas sem transporte. Os passageiros apedrejaram o trem.

Intervalos crônicos
Autora do livro de crônicas A Viajante do Trem, Andréia Garcia, 42 anos, promove saraus na estação do Brás. Usuária da CPTM há 20 anos, ela publica toda semana em seu blog casos que só acontecem ali.

“Embora estejam mais confortáveis e com linhas novas, os trens ainda são superlotados. É preciso diminuir o intervalo, mas isso depende de mais trens e menos falhas”, diz. “Há várias linhas que não se concretizam como prometido, o que é sério. Isso dá a entender que, por ser investimento público, as verbas escorrem, como não deveriam, causando os atrasos que todos vemos a cada dia.”

Reforçando a queixa de seu colega Grego, do Sinfer, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Leonildo Bittencourt Canabrava, cobra investimentos na manutenção da frota, das vias, da sinalização, da comunicação e do fornecimento de energia. “Os trens saem a cada cinco minutos, mas com a redução de velocidade e paradas entre as estações esse intervalo muda no trajeto. Do jeito que estão as vias, não há hoje como diminuir os intervalos”, afirma Canabrava.

Segundo ele, os maquinistas relatam os problemas que afetam as viagens. As soluções chegam a demorar três, quatro meses. Nas condições atuais, cinco trabalhadores levam uma hora para trocar um dormente, e os trens ficam sem circular por cerca de duas horas, no início da madrugada. Por isso, a curto prazo, é necessário contratar trabalhadores e investir em equipamentos mais modernos. E a médio prazo, tirar do papel o ferroanel, para que os trens de carga, lentos e pesados, deixem de usar as linhas dos trens de passageiros.

A companhia lucrou R$ 123,3 milhões em 2014, apesar de cortes. E informa em seus relatórios que moderniza os sistemas de energia, construindo e reformando subestações e cabines seccionadoras em praticamente todas as linhas; que revitaliza a faixa ferroviária em toda a rede, essencial para a conservação das vias; e que implementa os chamados sistemas de sinalização e de comunicação entre trens, centro operacional e estações. Porém, no final de fevereiro, suspendeu, por tempo indeterminado, diversos contratos.

Segundo o próprio governo paulista, foram suspensos 38 dos 252 contratos da estatal em obediência ao Decreto 61.061, assinado por Alckmin em janeiro sob alegação de equilibrar as despesas. As responsabilidades de falhas são lançadas sobre trabalhadores. Descarrilamentos e acidentes geralmente sobram para o maquinista.

São profissionais que estudam na própria CPTM para operar seus trens durante oito horas por dia, sem horário de almoço, fazendo refeições fracionadas a cada troca de composição na estação terminal – pouquíssimos deles almoçam, mas só porque conquistaram esse direito na Justiça. Entram a cada dia em horário e locais diferentes. Têm de estar atentos à sinalização e a qualquer nova trepidação na via e se antecipar a falhas na comunicação, muito frequentes. É quando é apertado o botão “prosseguir em velocidade reduzida” ou o trem é parado. “Toda atenção é pouca. Se avançar a sinalização, o trem sair do trilho ou bater no da frente, na melhor das hipóteses estamos na rua”, afirma Canabrava.

Conforme os sindicatos, falta manutenção também nas estações. Das 96, só 30% estão no padrão. Na Brás Cubas, há uma diferença de 30 centímetros entre o piso da plataforma e a porta do trem. A CPTM fala em construção, reforma e adaptação de estações, destacando a de Franco da Rocha, entregue ano passado, e obras nas de Suzano e Ferraz de Vasconcelos.

Porém, a estação de Francisco Morato, que já foi paga, não passa de um sonho da população. Licitada em 2009 e prometida para março de 2011, só deverá ficar pronta no final de 2017. O consórcio vencedor, Consbem/Tiisa/Serveng, cobrou

R$ 65,5 milhões para construir esta e a estação de Franco da Rocha, que já entregou. A CPTM pagou R$ 63,5 milhões. A estação provisória, desde 2010, tem plataformas estreitas. Para acessá-las, os usuários são obrigados a atravessar sobre os trilhos. O portão de saída não dá vazão principalmente no horário de pico. Não há acessibilidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Daniele Almeida, estudante: só justificativas para sem fim
“A justificativa é que a estação fica numa área de aterramento, instável, que alaga e requer obras da prefeitura, como um piscinão. E que há briga na Justiça com o consórcio que perdeu a licitação”, conta a estudante de Jornalismo Daniele Almeida, 21 anos, moradora de Franco da Rocha.

Também integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, ela participou de reunião em junho com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves. Daniele já chegou a ficar dentro de um trem lotado por mais de duas horas, no escuro, com as portas fechadas, entre as estações Pirituba e Piqueri. “Havia mulheres grávidas, pessoas passando mal. Só depois de uma hora e meia fomos informados de que faltou energia.”

O estudante da UFABC Caio Ortega afirma que a CPTM é “controlada por pessoas que não conhecem a empresa e tampouco sabem o que farão para reduzir a humilhação diária à qual o passageiro é submetido nos horários de pico”. Para ele, há dez anos o governo estadual subestimou a demanda dos subúrbios, para então se espelhar excessivamente no Metrô. “Ignorou as longas distâncias, negligenciou regiões que giram em torno de cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e São José dos Campos, agravando a pressão sobre as rodovias e enfraquecendo o papel da ferrovia como serviço de metrô urbano e regional.”

A solução do problema, avalia o estudante, depende de reforma administrativa que afaste a CPTM do antigo sistema ferroviário e se volte para o cenário atual. E que constitua um plano de desenvolvimento apoiado nos trilhos, envolva as prefeituras e estimule planos diretores abrangentes. “O governo precisa ser menos preguiçoso, ouvir consultores, pesquisadores, a população, e acabar com os contratos e seus aditivos intermináveis que assina com as grandes empreiteiras que financiam sua campanha.”

Tabela mapa trens

Linha 7 –Rubi: Inaugurada em 1867, passou à E. F. Santos a Jundiaí e à Rede Ferroviária Federal. Trens velhos superlotados, problemas de sinalização e fornecimento de energia.

Linha 8 –Diamante: Criada em 1875 como Companhia Sorocabana, foi estatizada em 1919 e em 1971 tornou-se Fepasa. Carece de reformas. A manutenção dos trens piorou com terceirização desses serviços.

Linha 9 – Esmeralda: Entre 1998 e 2000 ganhou estações e trens novos. Superlotada, a linha mais bonita carece de subestação elétrica e tem gargalos nas integrações Pinheiros e Largo 13.

Linha 10 –Turquesa: Com a mesma origem da Linha 7, tem trens antigos, superlotados, panes elétricas e de sinalização. Como nas demais linhas, os trilhos irregulares precisam de reforma.

Linha 11 – Coral: Criada em 1875 para ligar São Paulo e Rio, tornou-se E.F Central do Brasil em 1889. Superlotada, necessita de novas estações e de sistemas de controle e sinalização.

Linha 12 – Safira: Construída em 1932 pela Central do Brasil, tem estações antigas, em péssimo estado de conservação, composições superlotadas e problemas elétricos e na sinalização.

Expresso Leste: Complementar à linha 11 Coral, para somente nas estações Brás, Tatuapé e Guaianases. Seus trens são os mais lotados de toda a rede.

Prejuízos generalizados

Dinheiro federal - Somente em aval para empréstimo até o momento, o governo federal já concedeu R$ 22 bilhões para o estado, junto ao BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e instituições multilaterais de fomento, como Banco Mundial, JBIC, BID, entre outros, para obras metroferroviárias.
Do PAC Mobilidade Urbana, o estado e as cidades paulistas ganharam R$ 4,5 bilhões a fundo perdido do Orçamento Geral da União. Serão R$ 400 milhões para a Linha 18–Bronze, monotrilho que ligará a cidade de São Paulo a São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São Caetano.
Também serão repassados, a fundo perdido, R$ 1,3 bilhão do Orçamento da União para três projetos: a construção da Linha 13–Jade, duas novas estações na linha 9 e a reforma de 18 estações. A lista de obras é longa:

Atrasos – Os usuários deverão continuar se apertando por muito mais tempo. As razões dos atrasos vão de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades em editais, em licitações e em contratos, a falta de recursos.

Extensão Linha 9 até Varginha – Orçada em R$ 727 milhões, a obra que inclui a estação Mendes foi prometida para 2014. Ainda em fase de desapropriação dos terrenos, tem novo cronograma para 2016, com recursos do PAC.

Linha 13-Jade – Ligação de São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, com 12,2 quilômetros de extensão, ao custo de R$ 1,8 bilhão, deverá transportar 130 mil passageiros por ano. Prometida para 2014, não deve sair antes do final de 2017. Alckmin alega que faltam repasses federais, mas o projeto original não previa recursos da União.

Modernização de estações – Em 2007, o então governador José Serra (PSDB) prometeu modernizar 63 estações ao custo de R$ 2,5 bilhões no prazo de quatro anos. O prazo terminou em 2011, mas apenas 15 estações (23% do prometido) foram modernizadas.

Trens regionais – São Paulo a Sorocaba – Anunciado em 2013 e previsto para funcionar em 2017, não tem data para sair do papel. O projeto prevê investimento de R$ 4 bilhões, com a construção de trilhos e estações em Sorocaba e São Roque. 

Trem Intercidades – Litoral-Interior – Em dezembro de 2013, sem detalhar o projeto, Alckmin anunciou um trem ligando São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Campibnas e São José dos Campos. A primeira etapa começaria por Campinas. A ideia está parada no Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas.

por Cida de Oliveira
Informações: Rede Brasil Atual

Leia também sobre:
READ MORE - CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960