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Prefeitura do Rio inicia licitação para requalificação do sistema BRT

terça-feira, 9 de novembro de 2021


O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, apresentaram, nesta segunda-feira (8/11), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o novo modelo a ser adotado para requalificação do sistema BRT. A modalidade, inédita no Brasil, será feita de forma separada, dividida em duas fases: a primeira para a locação de frota, possibilitando a substituição gradativa dos ônibus antigos, e a segunda para a concessão da operação do sistema. O novo formato possibilitará uma melhora do serviço prestado à população, com mais veículos, menos lotação e intervalos menores entre os ônibus.

A publicação do edital de licitação para a locação dos ônibus está prevista para o fim de novembro. Quem vencer a disputa ficará responsável pela aquisição dos novos ônibus e pela inspeção da manutenção a ser realizada pelo operador. O município pagará mensalmente ao locador pela frota disponibilizada durante o período do contrato. Já a licitação para a operação está prevista para acontecer em janeiro de 2022.

– Nós estamos dando uma solução definitiva para a operação adequada do sistema BRT. Esse novo modelo permite à futura concessão da operação uma garantia de um aporte importante ao sistema, com a prefeitura alugando os ônibus, tirando um custo dos operadores. Não tenho dúvida que, com esse novo sistema, vamos trazer mais dignidade e respeito à população que usa transporte público nessa cidade – disse o prefeito Eduardo Paes.

Tecnologia embarcada

Os ônibus contarão com uma série de dispositivos de tecnologia para aumentar a segurança e o conforto para os usuários. Entre as novidades estão telemetria e GPS para análise de desempenho; piloto automático para distanciamento dos veículos à frente; limitador de velocidade por GPS; módulo de segurança e interface com condutor; bloqueador de portas para evitar que os veículos circulem de portas abertas; sistema de alerta de colisão frontal e videomonitoramento.

Estão habilitadas a participar da licitação empresas (brasileiras e estrangeiras) que tenham comprovada experiência técnica, como fabricantes, encarroçadoras, empresas de energia e gestores de ativos. A participação de consórcios é permitida e o critério de escolha será o menor preço. A locação será pelo período de cinco anos, renováveis por igual período.

Sustentabilidade

Os veículos a diesel que chegam em 2023 já serão compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro-6, que prevê redução de poluentes locais, como o material particulado em 50%, e hidrocarbonetos em 71%, representando enormes ganhos para a saúde.

Os veículos elétricos estão de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, que estipula uma substituição de até 20% da frota do sistema de ônibus por veículos zero emissão, até 2030. Com a entrada da frota, o município ainda supera a meta do Planejamento Estratégico de introdução de ônibus elétricos na cidade. A frota prevista já posiciona o Rio como uma das maiores cidades da América Latina em relação à frota zero emissão.

Audiência pública

Na quarta-feira (17/11), a Secretaria Municipal de Transportes promove na Câmara de Vereadores uma audiência pública sobre a licitação da locação de frota do BRT. Essa é uma das etapas anteriores à publicação do edital de licitação, quando o projeto será mostrado de forma transparente e os eventuais interessados poderão fazer suas sugestões de aperfeiçoamento do certame.

Licitação para operação do sistema

Em janeiro de 2022, está prevista uma nova licitação para a operação dos serviços do sistema BRT. A concorrência será dividida em três lotes, garantindo múltiplos operadores para diminuir o risco de descontinuidade. Cada um deve ser operado por um concessionário, que terá como atribuições a circulação da frota do respectivo lote, a manutenção dos veículos e a construção das garagens, que serão erguidas em terrenos disponibilizados pela Prefeitura. Até que os vencedores assumam, a prefeitura continuará encarregada pelos serviços do BRT.

A prefeitura optou pelo modelo de contratação separada, com empresas especializadas nas áreas de provisão de frota e concessão da operação, de forma a dividir responsabilidades e aperfeiçoar sua gestão, oferecendo garantias financeiras e incentivos para a melhoria contínua do serviço, além de maior controle dos serviços pelo poder público e flexibilidade em caso de descontinuidade dos serviços. Para isso, a Prefeitura do Rio se inspirou em casos testados com sucesso em outras cidades do mundo, como Londres, Singapura, Bogotá e Santiago.

Garagens públicas

Para assegurar a competitividade da licitação, a Prefeitura inovou e vai oferecer aos operadores quatro terrenos públicos para a construção de garagens dos BRTs e instalação de infraestrutura, o que possibilitará atrair concorrentes internacionais e de outros estados. Os imóveis ficam na Avenida Cesário de Melo, em Santa Cruz, e próximo à estação Magarça, em Guaratiba – ambos para atender o corredor Transoeste; na Ilha do Fundão, para veículos dos corredores Transcarioca, Transoeste Lote Zero (entre os terminais Alvorada e Jardim Oceânico) e Transbrasil, quando estiver em operação; e em Deodoro, para articulados e biarticulados dos corredores Transolímpica, Transcarioca, Transoeste Lote Zero e Transbrasil.

Dependendo da necessidade, poderá haver remanejamento de frota entre corredores. A garagem da Cesário de Melo será a primeira garagem exclusivamente elétrica do país, recebendo todos os veículos elétricos previsto para o sistema BRT.

Novo modelo de bilhetagem

Para a reorganização do sistema BRT e do sistema de transporte público coletivo da cidade, a Prefeitura está implantando um novo modelo de gestão, com a contratação, por meio de uma licitação em andamento, de uma prestadora para gerir o sistema de bilhetagem. O concessionário vencedor será responsável pela arrecadação tarifária e pelo repasse das receitas ao município, por meio de uma Câmara de Compensação Tarifária, para o controle e pagamento aos novos operadores. A licitação da Bilhetagem Digital foi lançada em outubro deste ano e os envelopes serão abertos no próximo dia 7 de dezembro.

A partir da assinatura do contrato, a concessionária terá um prazo de seis meses para realizar todas as atividades e procedimentos necessários para o início de operação do sistema de bilhetagem digital, devendo fornecer os novos validadores aos operadores, emitir cartões de transportes e novas mídias aos usuários comuns e aos que têm direito à gratuidade, como QR Codes, disponibilizar a rede de venda, treinar funcionários e realizar os testes necessários.

O início da bilhetagem digital deverá coincidir com o início da nova concessão para operação do BRT, no segundo semestre de 2022.

Remuneração dos novos concessionários

LOCADOR – O cálculo da remuneração do locador de frota será determinado pela quantidade de veículos disponibilizados, multiplicada pelo valor de aluguel unitário. Os veículos sem condições para a operação não serão considerados.

OPERADOR – A remuneração do operador será com base no custo do serviço. Haverá também incentivos ou penalidades, de acordo com o serviço executado, além de incentivos em casos de aumento do número de passageiros. Atualmente, a remuneração do operador é pelo número de passageiros pagantes, gerando competição por passageiros e poucos incentivos para a prestação adequada do serviço. Com o novo modelo de remuneração e os incentivos propostos, a Prefeitura conseguirá maior qualidade e conforto para usuários, redução da pressão sobre a tarifa, redução de exposição ao risco da demanda sobre operadores e maior controle do serviço pelo poder público.

Prefeitura no controle

Mesmo com a entrada de novas empresas após a licitação da operação do BRT, o planejamento do sistema, o monitoramento e a operação do Centro de Controle Operacional do BRT permanecerão sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Transportes, assim como a avaliação dos resultados para a remuneração do serviço prestado.

Intervenção do BRT

O sistema BRT, que já teve, em seu auge, 384 veículos licenciados, encontra-se sob intervenção da Prefeitura desde março deste ano devido à degradação do serviço que vinha sendo prestado à população. A frota operacional de 297 articulados tinha apenas 120 rodando, em estado extremamente precário. Mesmo com o reforço da manutenção corretiva e de medidas preventivas, o desgaste dos veículos continua sendo o principal problema da atual frota, hoje composta por cerca de 200 ônibus em operação, provocando constantes desfalques e se tornando necessário um reforço na operação do BRT com o aluguel de ônibus comuns para serviços eventuais nos horários de pico da manhã e da tarde.

Como parte das melhorias previstas para o BRT, a Prefeitura planeja reformular algumas das estações mais movimentadas, como Santa Cruz e Curral Falso – ambas em Santa Cruz, além de Pingo D´Água, Magarça e Mato Alto, em Guaratiba. Desde o início da intervenção do BRT, em março deste ano, a Prefeitura já recuperou 37 estações, das 46 que estavam fechadas. As outras nove vão ser reabertas até o fim deste ano. Há previsão ainda de implantação, até 2023, do Terminal Intermodal Gentileza, próximo ao Terminal Rodoviário Novo Rio que fará a ligação intermodal com o VLT, propiciando incremento na demanda dos dois sistemas e trazendo maior conforto aos usuários.

Informações: Prefeitura do Rio
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BRT Rio anuncia novidades no Corredor Transoeste

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O Consórcio BRT Rio informou que dará prosseguimento ao processo de readequação do sistema à nova demanda de passageiros e, na segunda-feira, dia 20 de junho de 2020, realiza a segunda etapa das mudanças operacionais após a flexibilização das medidas restritivas para o combate à Covid-19.

A principal novidade é a conclusão das obras do retorno operacional na altura da estação Salvador Allende, que possibilitou a criação da linha 29 Salvador Allende – Jardim Oceânico (Parador). O funcionamento será diário, das 4h às 21h15, e atenderá todas as estações paradoras entre Salvador Allende e Jardim Oceânico.

O BRT Rio também volta a oferecer a linha 13 Mato Alto – Alvorada (Expresso), atendendo a solicitações dos passageiros. O serviço funcionará nos horários de pico da manhã (4h à 8h25) e à tarde (15h45 à 19h30).

Com o retorno da linha 13 e a criação da linha 29, o serviço 28 Mato Alto – Alvorada (Semiexpresso) será retirado de circulação.

Também haverá mudança nos corredores Transcarioca e Transolímpica. O serviço 51A Vila Militar – Alvorada passa a operar apenas nos horários de pico. De manhã, das 4h às 9h, e à tarde, das 15h10 às 20h50. Para suprir a demanda no entrepico, a linha 50 Centro Olímpico – Jardim Oceânico (Parador) continua operando durante todo o dia, percorrendo o trecho entre o Morro do Outeiro e Alvorada.

As alterações realizadas recentemente reforçam o conceito de transferência nas estações, como acontece nos meios de transporte em todo o mundo. Dessa forma, o terminal Alvorada assume o papel de principal conector do sistema BRT, por seu tamanho e capacidade de operação.

Informações: Mobilidade Rio
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BRT Rio terá mudanças operacionais em suas linhas a partir desta quarta-feira

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Nesta quarta-feira (01/07), o BRT Rio dará início a algumas mudanças operacionais em suas linhas de ônibus, visando a readequação à demanda de passageiros, que deve aumentar devido à 3ª fase da flexibilização das medidas restritivas, que começa na quinta (02/07).

Entre as alterações, começará a operar em caráter experimental a linha 51A, que fará o trajeto entre a Vila Militar e o Terminal Alvorada, no corredor Transolímpica. Ela vai funcionar nos dias úteis, com intervalos a cada 20 minutos durante todo o dia. Além disso, haverá a oficialização da linha 22 – Alvorada x Jardim Oceânico (Parador). Já a 25A funcionará nos finais de semana entre Mato Alto e Alvorada. Também será retomada a linha 20, que será um serviço expresso entre o Terminal Santa Cruz e a estação Salvador Allende, no corredor Transoeste.
 
Outro ponto importante das mudanças tem como objetivo fortalecer a transferência nas estações, como acontece nos meios de transporte em todo o mundo. Sendo assim, o terminal Alvorada assume o papel de principal conector do sistema BRT, por seu tamanho e capacidade de operação.

O BRT Rio chegou a ter uma redução de 75% dos passageiros no período de isolamento social, mas este índice vem caindo gradativamente e agora a redução é de 58% em relação ao último dia antes das medidas restritivas.

Confira as mudanças no BRT Rio que começam nesta quarta-feira (01/07):

Linha em caráter experimental: 51A – Vila Militar x Alvorada (Parador). Circulará nos dias úteis das 04h10 às 00h;

Linha oficializada: 22 – Alvorada x Jardim Oceânico (Parador). Além da circulação diária, das 04h às 00h, passará a funcionar nos finais de semana;

Linhas alteradas: 25A – Mato Alto x Alvorada (Parador). Circulará apenas aos sábados e domingos, das 04h10 às 23h;

Linha 38 – Terminal Alvorada x Fundão – via Galeão (Parador). Funcionará das 04h às 00h aos domingos;
Linha retomada: 20 – Santa Cruz x Salvador Allende (Expresso). Funcionará nos dias úteis, das 04h20 às 8h10 e das 16h45 às 18h45;

Linha substituída: 42A – Galeão x Madureira (Parador). Aos sábados, o trajeto será feito pela 42E – Santa Efigênia x Galeão (Parador).

Informações: Diário do Rio
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BRT Transoeste vai perder um terço das estações entre Santa Cruz e Campo Grande

sexta-feira, 31 de maio de 2019

As 22 estações, entre os terminais de Santa Cruz e Campo Grande, que estão desativadas há um ano, só voltarão a funcionar depois de reformadas pela futura concessionária do serviço — cuja escolha está longe de acontecer. Além disso, o projeto do interventor instituído pela prefeitura, Luiz Alfredo Salomão, prevê que esse trecho volte sem ônibus articulados, apenas com abrigo nos pontos de parada e com embarque mediante nova validação do cartão Riocard. Na prática, o corredor BRT Transoeste passa a ter oficialmente 43 estações, um terço a menos do que as 65 originais.
Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo

— As estações serão abertas, sem catracas. Terá só um teto para proteger as pessoas da chuva e do sol. E as linhas alimentadoras vão rodar por ali na faixa exclusiva. O passageiro entrará no ônibus comum e validará o cartão no veículo — afirma Salomão, defendendo que a região não tem demanda para ônibus articulados do BRT.

No entanto, até que isso aconteça, a Prefeitura do Rio ainda vai licitar um estudo para saber quais intervenções serão necessárias no corredor. Só depois, fará a escolha da nova empresa para operar todo o sistema BRT, que terá, como contrapartida das empresas, realizar as obras apontadas pelo estudo. Além dos problemas das 22 estações, o corredor sofre com um trecho de seis paradas entre o Pingo D’água e a Ilha de Guaratiba por conta do solo inadequado que causa danos ao asfalto.

— É impossível resolver esse problema do asfalto. A gente faz uma maquiagem. Por isso, o estudo precisa ser feito. Ele vai indicar qual seria a melhor solução: se é trocar o solo ou criar uma estrutura que suporte ou trocar o trajeto — diz Salomão.

Ainda não há data para a escolha da empresa que vai operar o sistema BRT. Salomão espera realizar a licitação ainda em 2019, mas admite dificuldades. Além disso, as empresas de ônibus que realizavam o serviço até este ano, quando a prefeitura decretou uma intervenção no sistema, prometem entrar na Justiça contra a medida.

O EXTRA mostrou ontem que a prefeitura decidiu desmontar as 22 estações do BRT entre os terminais de Santa Cruz e Campo Grande. Segundo o interventor Salomão, a decisão foi tomada por conta dos constantes roubos das estruturas.

— Até a nova licitação ser feita, é impossível restaurar essas estações. Aquilo ali custou entre R$ 600 e R$ 800 milhões para ser feito. Até piso de granito levaram.

Empresas questionam licitação

As empresas de ônibus que operavam o serviço questionam a legalidade de uma licitação para escolher novas firmas que passariam a atuar nos três corredores do BRT que já existem (Transoeste, Transbrasil e Transolímpica) e também na Transbrasil, que ainda não foi inaugurada. O consórcio operacional do BRT afirma que há um contrato vigente desde 2010 que dura até 2032 e entrará com reclamação na Justiça caso ele seja rompido.

“Apostar nessa solução, além de gerar insegurança jurídica, é protelar a resolução de problemas, colaborando para o sucateamento do modal. E vale lembrar que licitar um sistema que opera sob contrato legal e formal vai gerar indenizações de alto valor. E essa conta será paga pela população”, ameaçou o grupo, em nota.

Salomão alega que o contrato é ilegal porque foi celebrado sem licitação. As empresas foram escolhidas, alega ele, para operar os ônibus regulares e o BRT é um sistema completamente diferente.

Em nota, as empresas que operavam o BRT criticaram os 120 dias de intervenção sob o comando de Salomão.

“Agora, quatro meses depois de estar à frente da gestão do BRT, a Comissão de Intervenção não conseguiu sequer apresentar à sociedade um diagnóstico transparente ou um planejamento sério sobre o que precisa ser feito para garantir um transporte mais eficiente e útil aos usuários”, afirmam.

Sobre as 22 estações fechadas, as empresas afirmaram: “É lamentável que a intervenção tenha optado pela solução mais fácil ao iniciar o desmonte das estações e ignorado sua obrigação legal em garantir segurança para os passageiros. A prefeitura jogou todo o dinheiro investido nas estações no ralo. Era esperada a atuação da Guarda Municipal para fiscalizar, aplicar multas e, principalmente, intensificar o trabalho de conscientização junto aos passageiros”.

Informações: Extra Globo

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Estruturas inacabadas de BRT viram esqueletos na Avenida Brasil

domingo, 12 de março de 2017

São ao menos cinco passarelas provisórias, três abrigos de ônibus improvisados e de madeira, além de uma estação e três viadutos inacabados. Ao longo da Avenida Brasil, a promessa de solução para aproximar a Zona Oeste do Centro, facilitar o acesso para quem vem da Baixada e proporcionar a integração com outros corredores se transformou em incômodos esqueletos. As obras do corredor BRT Transbrasil estão paradas desde julho do ano passado.
Foto: Guilherme Pinto / Extra

O secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, promete que até o fim de junho, o cenário começará a mudar, com o reinício da obra.
— Já acertamos a retomada nesse semestre. Só não tenho ainda uma data, porque depende de acertos burocráticos — diz Indio da Costa.

O atraso vai custar caro aos cariocas. Segundo o secretário, a prefeitura já acertou com o consórcio formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e OAS o pagamento do primeiro reajuste no valor de R$ 47 milhões. Indio da Costa diz que o reajuste, que é anual, é previsto no contrato. Um segundo pagamento está em discussão. O consórcio diz que a correção é para manter o equilíbio econômico e financeiro da obra.
— É dinheiro nosso pelo ralo. Quanto mais tempo passar, mais vão gastar — critica o mecânico de gás, Valdez Miranda, de 40 anos, que contava com o BRT para encurtar a distância de casa, em Cordovil, e o trabalho, em Bonsucesso.

O funcionário público Ronaldo Brasil, de 58 anos, morador de Madureira, faz coro nas críticas:
— É uma falta de responsabilidade começar uma obra dessa e não concluir. Tem que cobrar, principalmente, do governo que saiu. Essa situação traz transtornos para quem passa por aqui todos os dias e tem de conviver com esses esqueletos. É uma pena, pois o BRT seria útil para quem utiliza o transporte público. Do jeito que está, ela (a obra) não beneficia ninguém. Pelo contrário. Deve recomeçar logo, até porque, certamente, a demora na conclusão vai gerar mais gastos. A gente tem exemplos recentes, como o Maracanã — lembra.

A promotora de vendas Vanderly Nicolau, de 48 anos, do Jardim América, calcula que o corredor reduziria a uma as duas horas que leva até o trabalho, no Centro. Quinta-feira, ela esperava o ônibus num abrigo de madeira e com cobertura de zinco. A passarela fixa, que era perto da parada, foi derrubada. Agora, tem uma provisória, feita com tubulações metálicas a cem metros dali. A frase, “Por que parou” pichada no esqueleto da estação, perto da Fiocruz, traduz a indignação com a demora na conclusão da obra.

Corredor até o Caju
A prefeitura garante que vai concluir as obras, mas a prioridade é para o que a gestão passada deixou inacabado, ou seja, de Deodoro ao Caju. A ligação do corredor com o Centro — permitindo acessar o trecho da Rodoviária à Central, a cargo Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) — , bem como a construção de três terminais vão ficar para uma segunda etapa, pois, segundo Indio da Costa, nem os terminais nem foram licitados.

O de Deodoro, ponto de conexão com o Transolímpica e Transoeste, é um deles. Os outros dois são os de ligação com a Baixada: no Trevo das Margaridas, pela Dutra, e das Missões, pela Washignton Luiz. A nova previsão para conclusão das obras é meados do ano que vem. O custo inicial do corredor foi de cerca de R$ 1,4 bilhão, sendo que pouco mais da metade deste montante foi pago. De acordo com o secretário, o valor já desembolsado corresponde ao mesmo percentual de execução da obra, ou seja 55% do total.

Entenda o histórico
Iniciadas em novembro de 2014, as obras do BRT Transbrasil foram paralisadas no fim de julho do ano passado, pouco antes da Olimpíada, com o argumento de que era para facilitar a mobilidade nos Jogos. A previsão de retomada em setembro não se concretizou. De início, a prefeitura tentou negar que as obras estivessem paradas, mas o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada revelou, em outubro, que 90% da mão de obra dos canteiros, que girava em torno de 1.200 operários, havia sido dispensada.

Logo depois, a prefeitura admitiu a paralisação, mas garantiu que não era por falta de dinheiro. O impasse seria por conta do pedido de reajustes e aditivos. No começo do ano, a atual gestão informou que a empresa responsável cobrava R$ 40 milhões em novos itens e R$ 45 milhões de reajuste no contrato para prosseguir com as obras. A prefeitura ficou de avaliar o pedido e agilizar o recomeço, o que ainda é só promessa.

Informações: Extra
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Passageiros do BRT ficam confusos no primeiro dia de funcionamento

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Os novos terminais do BRT, do corredor Transolímpica, que liga Deodoro, na Zona Norte, e Barra da Tijuca, na Zona Oeste, começaram a funcionar nesta terça-feira (23) e estavam vazios, mas, de acordo com os funcionários que trabalhavam no local nesta manhã, as pessoas ainda estavam desinformadas sobre o funcionamento do novo trecho do transporte. Segundo uma funcionária da estação Pe. João Chiribbin, em Magalhães Bastos, os passageiros que irão se beneficiar do serviço ainda nem sabiam da inauguração.

"Está começando hoje, o pessoal não está nem sabendo direito ainda, daqui a uma semana vai estar tudo lotado", disse.

Na estação Minha Praia, na Barra da Tijuca, os poucos passageiros que chegavam ainda estavam confusos quanto ao funcionamento do trecho.

"Está todo mundo perguntando sobre a integração daqui da Transolímpica para a Transcarioca, e a gente ainda não sabe se tem q pagar outra passagem ou não, nem como faz", afirmou a funcionária da estação, também confusa.

Apesar da falta de esclarecimentos, tinha gente comemorando muito a novidade. As amigas Caroline Ribeiro, Vanessa Leite e Ester Cândida, que moram em Magalhães Bastos, chegaram à estação do BRT em clima de festa.

"Moro aqui na frente e a gente não podia usar o BRT na Olimpíada, tô muito feliz, vai mudar a vida tanto pra trabalhar quanto pra ir à praia", disse Vanessa.

Todas elas trabalham no Rio 2 e, nesta terça-feira (23), já saíram bem mais tarde de casa. "A gente demora tipo uma hora e meia, saímos às 8h normalmente e hoje estamos saindo agora, às 9h30", comemoraram.

O corredor Transolímpica, considerado um dos legados da Olimpíada para a população, promete diminuir muito o tempo de trajeto para os motoristas, mas sofrerá cobrança de pedágio, na ida e na volta. O funcionamento do BRT Transolímpica será distribuído em 18 estações.

Elisa de Souza*
Do G1 Rio
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Linha 4 do Metrô do Rio é inaugurada

domingo, 31 de julho de 2016

O governo do Rio de Janeiro, enfim, inaugura neste sábado (30) a Linha 4 do Metrô da capital fluminense. Orçada em R$ 9,7 bilhões, a obra sofreu atrasos e quase foi paralisada por falta de recursos. Apesar de tudo isso, foi concluída a tempo da Olimpíada, assim como todos os sete projetos de mobilidade urbana incluídos no plano de legado dos Jogos Olímpicos de 2016.

Ao todo, governo estadual e municipal executaram mais de R$ 14,5 bilhões em investimentos em mobilidade visando à Olimpíada –o governo federal ajudou com financiamentos. Só o metrô consumiu cerca de dois terços de todo esse valor. Com o restante, porém, o Rio ainda ganhou um VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), dois corredores de ônibus expressos do tipo BRT, reformas em estações de trem e obras em avenidas da cidade.

Assim como ocorreu com metrô, todas as obras passaram problemas ou tiveram entregas adiadas. Juntas, entretanto, elas compõem um conjunto de melhorias superior ao prometido em 2009, quando o Rio ainda era cidade candidata a sede dos Jogos.

No dossiê de candidatura do Rio à sede da Olimpíada, não constava o plano de construção da Linha 4 do Metrô, por exemplo. Segundo o documento, os 16 km quilômetros entre Ipanema e a Barra da Tijuca que serão percorridos de trem durante a Rio-2016 seriam interligados por um corredor de ônibus expressos. No dossiê, também estava prevista a construção do VLT.

Obras de mobilidade da Olimpíada

VLT do Centro – R$ 1,2 bilhão
TransOlímpica – R$ 2,2 bilhões
BRT TransOeste (trecho zero) – R$ 115 milhões
Novo Elevado do Joá – R$ 458 milhões
Viário do Parque Olímpico – R$ 514 milhões
Linha 4 do Metrô – R$ 9,7 bilhões
Reforma de estações de trem – R$ 259 milhões

Operação restrita até o fim da Rio-2016
Levando em conta todas essas obras, a prefeitura do Rio estima que o percentual da população que usa o transporte público para se locomover na cidade vai mais que triplicar. Em 2009, 18% dos moradores da capital fluminense usavam ônibus, metrô ou trens em seu transporte diário. Com a conclusão de todas as obras, esse percentual deve chegar a 63%.

Essa mudança, contudo, só poderá ocorrer após a Olimpíada. Isso porque, durante os Jogos, o metrô e outros sistemas de transporte construídos para o evento terão acesso restrito a portadores de ingresso e profissionais credenciados pela organização.

O metrô começará a funcionar na segunda-feira (1º) transportando somente portadores de credenciais olímpicas. No dia 5, dia da cerimônia de abertura da Rio-2016, ela passará a atender torcedores donos de bilhetes olímpicos. A população só poderá usar o novo meio de transporte após o fim dos Jogos Paraolímpicos, em setembro.

Os dois novos BRTs do Rio, TransOeste e o da TransOlímpica, terão operações semelhantes à do metrô. Os serviços terão acesso restrito na Olimpíada. Após o fim dos Jogos Olímpicos, ainda agosto, serão abertos a toda a população.

Cartão de Transporte Olímpico a R$ 25
Espectadores que pretendem usar os BRTs ou a Linha 4 do Metrô para se deslocarem durante a Rio-2016, além de apresentarem seus ingressos para eventos olímpicos, precisarão portar um cartão de transporte especial válido para o período das Olimpíadas. O bilhete único olímpico custará no mínimo R$ 25 e dará direito a viagens ilimitadas por um dia. Uma passagem de metrô no Rio custa hoje R$ 4,10.

O bilhete já está à venda pela internet e em estações ou pontos credenciados. É possível também comprar um cartão válido por três dias (R$ 70) ou sete dias (R$ 160).

O Cartão de Transporte Olímpico também dará acesso a linhas de ônibus expressas criadas justamente para levar torcedores a arenas olímpicas. 

Informações: Portal Uol
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Prefeitura inaugura Transolímpica, primeira via expressa da cidade com BRT

domingo, 10 de julho de 2016

O prefeito Eduardo Paes inaugurou, neste sábado, um dos principais legados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para a mobilidade dos cariocas: a Transolímpica. A via expressa incorpora o sistema BRT e interliga os bairros Recreio dos Bandeirantes e Deodoro.

O BRT da Transolímpica é o terceiro corredor exclusivo para ônibus rápidos do Rio e o segundo a atravessar a cidade transversalmente, somando-se aos serviços BRT Transoeste e Transcarioca – em funcionamento desde 2012 e 2014, respectivamente. Juntos, os três corredores serão responsáveis pelo transporte de mais de meio milhão de pessoas por dia.

“Nosso sonho sempre foi tornar esta cidade mais integrada e mais justa. Com o BRT Transolímpica, uma importante parcela da população vai se deslocar com mais rapidez e conforto ganhando qualidade de vida no trajeto de casa para o trabalho. Essa foi uma das principais obras do legado olímpico”, comemorou o prefeito.

Na cerimônia, estiveram presentes o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, o Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, além do secretário executivo de governo do Rio, Rafael Picciani, e deputados federais como Carlos Lupi e Laura Carneiro.

O prefeito disse ainda que acredita que se o BRT não estiver aberto ao público no dia 22, seguinte as olimpíadas, fica aberto na mesma semana. “Tem algumas coisas provisórias que temos que ajeitar, mas acreditamos que na mesma semana conseguimos inaugurar”, disse.

BRT Transolímpica

O BRT Transolímpica funcionou de graça de 12 as 15h de ontem (9) e 10 às 15h de hoje. O serviço, depois disso, será aberto no dia 18 de julho para os que vão trabalhar nos Jogos. O BRT funcionará para o público em geral após os Jogos.

De acordo com a prefeitura, 12 ônibus do BRT estarão à disposição neste fim de semana para que a população conheça a via. Nesta operação especial de inauguração da Transolímpica, os passageiros só poderão embarcar e desembarcar no Terminal Paralímpico, no Recreio, na estação Marechal Fontenelle, e na estação São José de Magalhães Bastos, que tem integração com a Supervia. Não será permitido o desembarque de passageiros nas demais estações da via.

Até o começo dos Jogos Olímpicos do Rio, em 5 de agosto, a Transolímpica ficará fechada pra treinamento dos motoristas do BRT. Durante a Olimpíada, somente poderá embarcar no BRT do novo corredor quem possuir o cartão Riocard Olímpico. A via, por sua vez, será de uso exclusivo da família olímpica – contingente de atletas, profissionais e turistas relacionados aos jogos. A Transolímpica só será aberta à população em geral no dia 22 de agosto.

Informações: Manchete Online
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Mercedes-Benz desponta no BRT do Rio de Janeiro

segunda-feira, 6 de junho de 2016

De olho na crescente demanda do transporte público, a Mercedes-Benz amplia sua participação com a venda de 50 ônibus superarticulados exclusivos para o sistema de BRT do Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Olímpicos que serão realizados em agosto próximo. Somados aos 18 novos ônibus também negociados para a capital fluminense no fim do ano passado, o sistema será acrescido de 68 novos veículos da marca. Além disso, até o fim de julho, o sistema terá 158 novos veículos previstos para operar até as Olimpíadas.

O novo volume chega em momento propício para a montadora, que entre janeiro e maio deste ano acumula fatia de 55,3% do mercado total de chassis, considerando urbanos e rodoviários e modelos a partir de 8 toneladas de PBT. Em 2015, a Mercedes-Benz encerrou o ano com 52,5% de market share, sendo a líder do segmento urbano, com 71,6% das vendas no período.

“Acreditamos que apesar da retração do mercado de ônibus, que caiu 42% no acumulado até maio, nos manteremos neste patamar de participação este ano”, afirma Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Segundo o executivo, as baixas do mercado previstas para este ano no segmento urbano estão concentradas na faixa de micro-ônibus e escolares, incluindo os do programa Caminho da Escola, exatamente os segmentos onde a empresa tem pouca participação.

Com o anúncio da encomenda destes novos 50 veículos, a Mercedes-Benz soma 271 ônibus de grande capacidade rodando em vias do BRT carioca, entre modelos padron, articulados e os superarticulados, o que garante participação de mais de 80% da frota exclusiva para o sistema, que conta com 367 ônibus.

Barbosa defende que este é o resultado do trabalho dedicado ao negócio de ônibus: na cidade do Rio de Janeiro, onde a montadora tem 20 concessionárias de veículos pesados, quatro delas são inteiramente voltadas para o segmento. “Oferecemos não só no Rio de Janeiro mas em todo o Brasil e América Latina uma consultoria especializada em transporte de passageiros fazendo o papel de intermediários entre o produto e a infraestrutura local”, comenta Gustavo Nogueira, gerente de marketing para BRT.

Segundo ele, há 14 projetos de BRT aprovados no Brasil com previsão de serem concluídos em até cinco anos: “Dez deles estão em estágio avançado e a Mercedes-Benz participa de todos eles”, acrescenta.

Para Nogueira, o superarticulado é uma alternativa inteligente para o operador do transporte público urbano: “Prova disso é que em três anos, desde o seu lançamento, já vendemos mais de mil unidades em todo o País”, relembra.

Com seus 23 metros de comprimento, o modelo O 500 MDA de piso alto tem capacidade para transportar entre 200 e 220 passageiros, dependendo da configuração da carroceria. “Um ônibus biarticulado que tem um pouco mais de capacidade, além de não encontrar essa demanda ao longo do dia e ter de ficar parado no fim de semana, tem um custo operacional mais alto, fora o valor da aquisição. Acredito que o sucesso do superarticulado se dá por essas diferenças, pela demanda de transporte e pelo custo operacional mais baixo”, defende. Segundo ele, o preço final do veículo depende da configuração da carroceria: “Em média, o biarticulado custa de 35% a 40% mais caro que o superarticulado”, revela.

Os novos veículos rodarão no terceiro corredor do sistema BRT no Rio de Janeiro, a linha Transolímpica, com previsão de ser inaugurada a tempo das Olimpíadas, informa Alexandre Castro, gerente de infraestrutura do consórcio que opera o sistema. O BRT do Rio já opera com as linhas Transoeste, desde 2012, e com a Transcarioca, desde 2014. Para 2017, está prevista a inauguração do quarto corredor, o Transbrasil.

Informações: Automotive Business
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BNDES corta até 43% dos recursos para mobilidade do Rio

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Enquanto a crise avança, os investimentos em mobilidade urbana começam a dar marcha à ré. Os financiamentos do BNDES para projetos no setor, no Rio, deverão sofrer um tombo superior a 43% em 2016. É a primeira vez, desde 2012, que a instituição prevê queda nos recursos para empreendimentos da área no estado.

A expectativa para o resto do país também não é animadora: o banco estima uma baixa de 20% a 25% nos créditos para o segmento este ano, em todo o Brasil. O motivo apontado pelo BNDES é a crise econômica que atinge estados e municípios, freando a elaboração de novos projetos públicos e privados. “Temos pouca entrada de novos projetos e os antigos já estão em ritmo de desembolso. Sem novos, o desembolso deve cair. É importante que sejam elaborados novos projetos para que a carteira volte a crescer”, explica Anie Amicci, gerente de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES.

Dois novos projetos privados, ainda não aprovados, estão em análise pelo banco para 2016 no Rio. Um deles, da concessionária Rio Terminais, prevê melhorias nos terminais de ônibus de Nilópolis, Américo Fontenelle, Nova Iguaçu e Menezes Cortes — os três primeiros já estão em obras. O segundo refere-se a melhorias na Ponte Rio-Niterói e imediações, exigidas à EcoPonte na licitação. As principais intervenções serão construção de alça de ligação entre a ponte e a Linha Vermelha, merguhão em Niterói e ligação com a Avenida Brasil. Os financiamentos são de R$ 40 milhões para a Rio Terminais e R$ 970 milhões para a EcoPonte.

Os desembolsos do BNDES para mobilidade no Rio eram inexistentes até 2011. Em 2012, foram liberados R$ 135 milhões, saltando para R$ 318 milhões em 2013, R$ 1,9 bilhão em 2014 e R$ 4,4 bilhões em 2015. A alta no período foi de 3.190%. A previsão de liberação para 2016 é de R$ 2,5 bilhões, considerando os projetos novos e os antigos.

No Brasil, crédito deve cair 20% 

No Brasil, os créditos do BNDES para projetos de metrô, trem, VLT, BRT e outros empreendimentos de mobilidade subiram de R$ 6,4 bilhões, em 2014, para R$ 8,5 bilhões, em 2015. Em 2016, não devem passar de R$ 6,8 bilhões, se a queda for de 20%. O crescimento era contínuo desde 2007.

No fim do ano passado, o Ministério das Cidades sinalizou que o orçamento da União para obras de mobilidade também sofrerá corte em 2016 e deve ser menor do que o R$ 1 bilhão previsto para 2015.
“Qualquer queda de financiamento é ruim, principalmente para o setor de mobilidade, que viveu duas décadas sem investimento”, avalia Marcos Bicalho, diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

“A orientação do governo tem sido focar nos projetos em andamento e liberar menos recursos para os novos”, aponta o coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (MDT), Nazareno Affonso.

Os projetos fluminenses que constavam na carteira do BNDES em 2015 e continuam em 2016 são a Linha 4 do metrô, o VLT do Centro, a duplicação do Elevado do Joá, a ciclovia da Niemeyer (já inaugurada), o trecho de ligação da Transolímpica com o BRT Transbrasil, a via expressa do Porto Maravilha e a conclusão do Transoeste, entre o Terminal Alvorada e o Jardim Oceânico, além de investimentos da SuperVia.

Por Gustavo Ribeiro
Informações: O Dia
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Lote Zero do BRT Transoeste chega perto do metrô

domingo, 17 de janeiro de 2016

O Lote Zero promete gerar economia de metade do tempo gasto hoje pelos passageiros de ônibus no percurso. A previsão da prefeitura é concluir até junho esse trecho, que representa 5% do Transoeste, em operação desde 2012 entre Barra, Santa Cruz e Paciência. 
Das oito estações previstas para o novo trecho do BRT, cinco estações já estão concluídas e três em obras
Foto: Ernestto Carriço
“A cidade passou por um longo período de obras. O carioca tem sido tolerante em aguardar essas obras e em entender que o Rio demandava uma rede nova de transportes porque passou décadas sem esse investimento”, diz o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani. “Mas o esforço está chegando ao fim e vai valer a pena”, acrescenta.

Segundo a secretaria, os ônibus que fazem o trecho do Alvorada até o Jardim Oceânico levam, em média, 40 minutos nos horários de pico. A estimativa é que, com a implantação do Lote Zero, o tempo seja reduzido para 20 minutos, já que os articulados usam pista exclusiva, sem engarrafamentos.

A conexão com a linha 4 (Ipanema - Barra) será imediata, porque o governo do estado pretende finalizar a obra do metrô no mesmo período. A estudante Diana Azevedo, 20 anos, que mora na Taquara e estuda no Centro, não vê a hora de perder menos tempo no transporte. 

“Do Alvorada, eu vou poder pegar o BRT direto para o Jardim Oceânico e, de lá, o metrô. Vai ser mais rápido”, estima, empolgada. “Por outro lado, o Transoeste deve ficar mais lotado”, prevê o estudante Yury Nascimento, 18.

Américas mantém 3 pistas

A capacidade viária da Avenida das Américas será mantida, com três faixas de rolamento em cada sentido para tráfego geral. O BRT seguirá pela pista do meio, em pavimento de concreto, sendo implantado contíguo ao canteiro central, que será mantido, seguindo o traçado já implantado do Transcarioca na Avenida Ayrton Senna.

Haverá uma nova ponte sobre o canal Marapendi – com 107 metros de vão livre e 14,5 metros de largura – ao lado da existente. A nova estrutura será acessada por veículos e pedestres, enquanto a antiga passará a ser exclusiva para o BRT. A intervenção contempla, ainda, a implantação de uma ciclovia com 4,5 metros.
Cinco estações foram concluídas (Parque das Rosas, Porto dos Cabritos, Ricardo Marinho, Barra Garden e Freeway) e três estão em construção (Barrashopping, Cittá América e Jardim Oceânico).

Já o asfaltamento das pistas centrais está 89% concluído e a ponte sobre o canal Marapendi em fase de finalização, com 94% de execução. A próxima frente de obra será a construção da ciclovia. Ao todo, o Lote Zero está com 89% das obras concluídas.

Especialistas aprovam
Para especialistas, o principal ganho do Transoeste será sua conexão com a nova linha de metrô. “Vai ligar o pessoal que vem da Zona Oeste com quem quer ir para a Zona Sul e Centro pelo metrô”, diz a engenheira de Transportes Eva Vider, da UFRJ.

“O Lote Zero é indispensável ao funcionamento da Linha 4, porque a maioria dos usuários do metrô que vai até o Jardim Oceânico seguirá viagem”, analisa Alexandre Rojas, engenheiro de Transportes da Uerj.

A prefeitura eliminará linhas de ônibus que fazem o mesmo percurso do Lote Zero para melhorar o trânsito.

Ainda não estão definidas quais serão elas. “Quando fazem isso, os moradores dos bairros próximos têm que andar mais para chegar a uma estação de BRT ou metrô”, reclama o estudante Julio Persson, 18, morador do Recreio, que já utiliza o Transoeste.
O Lote Zero da Transoeste

Novas linhas expressas

Já neste ano, com a inauguração também do BRT Transolímpica (entre Deodoro e Barra), será possível fazer viagens expressas nas rotas: Recreio — Jardim Oceânico; Tanque — Jardim Oceânico; Centro Olímpico — Jardim Oceânico; Alvorada — Sulacap; Recreio — Deodoro; e Madureira — Recreio. Serão criadas as paradoras Recreio — Jardim Oceânico; Alvorada — Jardim Oceânico; Centro Olímpico — Jardim Oceânico; e Recreio — Sulacap.

Até junho, integração BRT e ônibus municipais terão tarifa de integração com metrô, com desconto. O valor não foi informado.

O novo trecho do BRT Transoeste terá seis quilômetros (serão 58 km ao todo, somando com a extensão do Transoeste já inaugurada) e oito estações: Barra Shopping, Parque das Rosas, Ricardo Marinho, Riviera, Freeway, Porto dos Cabritos, Cittá América e o terminal no Jardim Oceânico.

Nos horários de pico, a estimativa é que 30 mil passageiros circulem pelo novo trecho.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, com a inauguração do BRT Transolímpica, o tempo de viagem entre Deodoro e Barra da Tijuca será reduzido de 1h30 para 40 minutos.

Por Gustavo Ribeiro
Informações: O Dia


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Túnel do BRT Transolímpica é totalmente perfurado na zona oeste do Rio

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Um dos túneis do BRT Transolímpica terminou de ser perfurado nesta terça-feira (4), no Maciço da Pedra Branca, galeria Engenho Velho, sentido Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, estiveram presentes na última detonação. São mais de 3 km de travessia. No total, foram 350 m³ de rocha escavados, o que equivale a 32 mil caçambas de caminhão.

Este material será reutilizado como aterro nas obras de urbanização para adequação das pistas do BRT. A previsão é de sejam consumidos 500 mil kg de explosivos durante toda a perfuração.

O terceiro BRT da cidade ligará o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro, passando por Barra da Tijuca, Curicica, Colônia Juliano Moreira, Taquara, Jardim Sulacap, Vila Militar e Magalhães Bastos. O tempo de viagem deve ser reduzido em 60%: de duas horas e meia para 30 minutos. A previsão é de que 70 mil passageiros sejam beneficiados, com 55 mil veículos por dia.

A implantação do corredor expresso será uma opção alternativa à estrada do Catonho. O BRT será interligado com as outras duas linhas já construídas: a Transoeste e a Transcarioca. 

Informações: R7.com
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No Rio, Estação do BRT Cesarão II reabre após 7 meses

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A estação Cesarão II, do BRT Transoeste, em Campo Grande, na Zona Oeste foi reaberta nesta segunda-feira (3) ao público. A estação estava fechada desde 7 de janeiro, quando foi incendiada por vândalos durante um protesto. O prejuízo foi de R$ 350 mil para o consórcio BRT.

Desde que essa estação foi inaugurada, já forma investimos mais de meio milhão de reais, segundo o consórcio, em reparos para remonta a estação que já foi depredada e teve equipamentos quebrados e furtados quatro vezes, como explica a diretora relações institucionais do BRT Suzy Balloussier.

“A estação foi completamente destruída por um incêndio durante um protesto no dia 7 de janeiro. E os operários só puderam entrar na estação para começar os trabalhos de manutenção em maio por causa da situação de insegurança, que não recomendava que a gente colocasse equipes trabalhando lá. De maio até agora, ainda tivemos alguns episódios durante o dia em que os operários tiveram de suspender os trabalhos por causa da falta de segurança na região”, explicou a diretora.

Segundo Suzy, a estação Cesarão II é de grande importância para a região. Ela diz que o comércio daquela área de Campo Grande sentiu muito com a queda do movimento por causa do fechamento da estação.
“A estação é do sistema BRT, mas ela serve mesmo às pessoas que precisam do serviço”, destacou Suzy.

Ela acrescentou ainda que quando a rede do BRT estiver completa, vai poder atender melhor a demanda de passageiros, principalmente dos bairros de Santa Cruz e Campo Grande, que pedem melhoria no sistema de transportes. Atualmente, passageiros que usam o BRT Transoeste poderão se distribuir por outras linhas do BRT Transolímpica e Transbrasil.

A prefeitura também já divulgou um projeto de melhoria e ampliação das estações dos corredores, como por exemplo em Santa Cruz, e o reforço no asfalto para melhorar as condições da via. Suzy diz que esse pacote de medidas vai melhorar, num curto espaço de tempo as condições de transporte na região.

Informações: G1 Rio

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