Governo de SP assina concessão do Trem Intercidades que vai ligar Campinas à capital *** Ônibus da MobiBrasil 100% movido a gás natural entra em operação no Grande Recife *** Cuiabá reduz em 87% reclamações com monitoramento de frota inteligente *** Trensurb retoma operação do metrô de forma emergencial *** Terminal do Tatuquara completa três anos integrando a região Sul de Curitiba *** Campinas atinge mais de 107 km de rotas para bicicletas *** Metrô de BH receberá 24 novos trens em 2026
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Ônibus que vão circular em BH serão climatizados e terão espaço para levar bikes e outras comodidades

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Rio de Janeiro – Suporte para bicicleta, encosto de cabeça e apoio para o braço, ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas, bancos para obesos. Além de agilidade, os veículos do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) prometem dar mais conforto ao usuário. Os critérios que deverão ser atendidos pelos operadores do sistema foram detalhados em decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM).

De acordo com o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, que ontem apresentou o Plano de Mobilidade Urbana de BH no Congresso de Transporte de Passageiros (Etransport), no Rio de Janeiro, os veículos deverão cumprir  uma série de pré-requisitos para que se adaptem ao tamanho das estações e atendam melhor os clientes. “Há diversos tamanhos de ônibus, tipos de porta, e tivemos que estabelecer um parâmetro que se adeque ao projeto de nossas estações”.

Dois tipos de ônibus vão circular nos corredores do BRT: O padrão, com tamanho de 13,2m a 15m, e o articulado, que tem pelo menos 18,6m de comprimento. “Conforme o horário e a linha, definiremos o tamanho. Linhas de maior demanda e horário de pico circularão com ônibus articulados”, explica Célio, que garante que o BRT diminuirá pela metade o tempo das viagens.

Todos os veículos contarão com ar-condicionado, com variação de temperatura entre 22°C e 26°C, e espaço para transportar bicicletas. Inicialmente, será possível transportá-las aos domingos, feriados e aos sábados, a partir das 15h. Dependendo da procura, diz Célio, a BHTrans poderá ampliar os dias de uso. Para portadores de necessidades especiais, haverá rampas de acesso veicular e plataforma elevatória, além de um espaço garantido, seja para cadeira de rodas ou para deficientes visuais acompanhados de cão guia. O município pode cobrar dois espaços reservados para esse público em cada coletivo.

Os ônibus terão ainda dispositivos que limitam a velocidade máxima, para não provocar “trancos” nem desconforto aos passageiros. Há também sistema de bloqueio do veículo, impedindo que os ônibus trafeguem com portas abertas. Um sistema de segurança antiesmagamento também não permitirá que o motorista dê partida se houver algum passageiro ou objeto, como bolsas e mochilas, entre as portas. Para completar o sistema, haverá sinal sonoro de dois segundos para informar sobre o fechamento das portas.

Segundo as especificações detalhadas no Diário Oficial do Município do dia 18, o limite aceitável de passageiros em pé é de cinco pessoas por metro quadrado em horário de pico. Todos os carros apresentados pelos operadores do sistema BRT deverão ser homologados pela BHTrans, que prepara também decretos para regulamentar o treinamento de motoristas do BRT e a operação do sistema.

Com investimento de R$ 1,7 bilhão, entre recursos federais, estaduais, da prefeitura e da iniciativa privada, os corredores do BRT das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado estão previstos para começar a operar em agosto do ano que vem. “A Avenida Pedro I demorará mais um pouco”, admite Célio, seguro de que o sistema ficará pronto até a Copa de 2014. “O BRT da Santos Dumont fica pronto no fim do ano, e logo depois das chuvas, já começamos o da Avenida Paraná”, completa ele.

Informações: Estado de Minas

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Ampliação do Metrô em BH: Os impasses e desafios da capital

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Faltando 14 dias para completar um ano da visita da presidente Dilma Rousseff a Belo Horizonte, quando anunciou a liberação de recursos para a expansão do Metrô Metropolitano, começou nesta semana a sondagem do solo para a Linha 3. E já se completaram duas décadas, desde a primeira promessa do governo de que duas novas linhas do metrô seriam construídas. Neste meio tempo, governo de Minas e prefeituras da capital e de Contagem criaram a empresa Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas). Agora são duas estatais – a outra é a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – envolvidas no cumprimento da velha promessa.

A boa notícia é que o novo superintendente da CBTU-Metrô BH, Nilson Ramos Nunes, é doutor em Engenharia de Transportes e ex-chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da UFMG. Ou seja, não se trata de outro político dirigindo uma estatal.

Lamente-se a falta de ambição de nossos políticos em relação ao metrô. Em 2008, quando se definiu que Belo Horizonte seria uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, a Linha 3 teria extensão de 12,5 km, indo da Savassi à Pampulha. Agora terá apenas 4,5 km, da Savassi à Lagoinha. Em vez de metrô, torcedores serão levados ao Mineirão por ônibus, via BRT.

Se não for apenas mais uma imagem bonita para o período eleitoral, o trabalho de sondagem iniciado agora deve ficar pronto até dezembro. Nas próximas semanas, estará selecionada a empresa que fará o projeto de engenharia. E as obras vão começar no segundo semestre do ano que vem e terminar em 2017.

Porém, para cumprir a promessa feita há um ano, é preciso também construir a Linha 2 e ampliar e modernizar a Linha 1, que transporta, em dia útil, pouco mais de 160 mil passageiros. Dilma prometeu que o metrô transportaria 1 milhão de pessoas por dia. Desse modo, haveria menos ônibus e automóveis circulando nas ruas sempre mais congestionadas.

O que a presidente fez de fato foi cortar tributos para a indústria automobilística, no primeiro semestre. As montadoras ganharam mais fôlego, esvaziaram seus pátios e aumentaram a produção em 4,9% em julho. Em agosto, a vendas atingiram novo recorde: 405 mil veículos, um aumento de 31,5% comparado com um ano atrás. Dilma Rousseff pode comemorar o sucesso dessa política, pois conteve a retração da indústria brasileira, que subiu 0,3% em julho, em relação a junho.

Esse fato não deve ser encarado, contudo, como um desestímulo ao metrô.


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Em BH, Governo anuncia obras para melhorar acesso a vetor Norte

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Calejados por intervenções que se estendem há décadas, quem precisa usar uma das principais avenidas de Belo Horizonte, a Cristiano Machado, e sua extensão, a MG-010, terá mais alguns anos de obras pela frente. Com elas, mais poeira, riscos aos pedestres, congestionamentos e promessas de solução para o trânsito ainda caótico. A intervenção desta vez é um conjunto de seis obras, que fazem parte das ações de mobilidade para a Copa de 2014. Com previsão para término no ano do mundial, a expectativa é que os turistas que visitem a capital, inclusive para a Copa das Confederações, em 2013, desembarquem em um canteiro de obras.

As intervenções têm um orçamento de R$ 570 milhões. Os recursos virão do governo estadual, por meio de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), e de parcerias público-privadas - as empresas ainda não foram selecionadas. Estão previstas a construção de viadutos, trincheiras, uma ponte, além da revitalização de 19,5 km de rodovias (veja ao lado).

Para especialistas, o cronograma é apertado, as obras serão feitas às pressas e, além de não resolverem o problema, podem criar novos gargalos. 

Permanente.  A maioria das intervenções será feita na Cristiano Machado, que corta 32 bairros e já passa por obras do BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus). Desde sua criação, há 40 anos, ela sofre intervenções praticamente de dois em dois anos, sendo que, nos últimos sete, o movimento de máquinas se intensificou - apenas em 2010 não houve obra.

O pesquisador do Departamento de Trânsito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dimas Gazolla afirma que as intervenções na avenida deveriam ter sido planejadas há seis anos, quando a Linha Verde começou a ser construída. "As obras são uma extensão tardia da Linha Verde. O fluxo de veículos vai aumentar de forma ainda inestimável por causa do shopping novo e também da catedral que vão construir na área".

Além disso, a duplicação da LMG 800 até o trevo de Confins e da MG-010, em Lagoa Santa, vai permitir a criação de um novo acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Para o especialista em mobilidade urbana José Aparecido Ribeiro, as intervenções são bem vindas, mas não resolvem o problema. "O investimento vai melhorar o acesso a Confins, mas a curto prazo. Em menos de cinco anos, o fluxo de veículo deverá ser bem maior do que as duas obras esperam. Aí novas ações serão necessárias".

As intervenções vão afetar 3 milhões de pessoas que vivem em nove cidades da região metropolitana. Segundo o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fuad Noman, a expectativa é reduzir de cerca de 45 minutos para 30 minutos o trajeto do centro da capital até o aeroporto - meta proposta na implementação da Linha Verde, mas que não foi cumprida.


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Projeto de Monotrilho em Belo Horizonte é considerado como uma solução eficiente e ecologicamente correta

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A viagem rápida e segura acontece nas alturas. Os vagões, movidos por eletricidade, trafegam em um único trilho, suspenso a até 20 metros de altura. Semelhante a um metrô, acoplado a vigas de concreto armado, o monotrilho pode ser a nova aposta para o transporte de massa de Belo Horizonte e região metropolitana.

Um projeto elaborado pela iniciativa privada já está nas mãos do governo do Estado. A solução, considerada eficiente e ecologicamente correta, é apoiada pela Sociedade Mineira de Engenheiros (SME). O mesmo modal está sendo feito em São Paulo. Lá, para a Copa do Mundo de 2014, a aposta foi em um sistema interligado às várias linhas de metrô e aos trens metropolitanos.
Conforme consta no projeto apresentado e a que o Hoje em Dia teve acesso, o monotrilho prevê 
poucas intervenções no sistema viário, já que os pilares de sustentação dos trilhos são pré-moldados e de dimensões reduzidas. As vigas são posicionadas nos canteiros centrais ou laterais das vias.
Prevista para ser concluída em 18 meses, a primeira fase da empreitada visa criar um terminal na Lagoinha, região Noroeste de BH, passando pela Pedro II, Antônio Carlos até o Mineirão. O restante do projeto inclui um traçado até o aeroporto de Confins, na Grande BH. Ao todo, seriam 16 estações com plataformas de embarque e desembarque no mesmo nível do trilho.
“Não há a necessidade de condutores, e ele não disputa espaço no chão com carros, ônibus e caminhões. Além de apresentar um menor custo, também desapropria menos. O sistema pode ajudar, e muito, a população de Belo Horizonte e região”, analisa o engenheiro civil Luiz Otávio Silva Portela, que também é membro da Comissão de Transportes da SME. 
Especialista e consultor respeitado em todo o Brasil, Luiz Otávio é um defensor ferrenho do sistema. Segundo ele, para implantar o Metrô Leve – outro nome dado ao monotrilho – em Belo Horizonte, o gasto seria bem menor do que os investimentos feitos em outros modais, como o metrô. O custo médio por quilômetro do monotrilho é de R$ 81 milhões, enquanto o metrô ultrapassa os R$ 250 milhões.

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Em Belo Horizonte, BRT terá "versão light" na Avenida Pedro II

sábado, 9 de junho de 2012

Sem perspectiva de expansão das linhas de metrô a curto ou médio prazo e com um trânsito em que o volume de veículos já é equivalente ao de São Paulo, com 4,3 automóveis para cada mil metros quadrados de área urbana, Belo Horizonte tenta apelar para soluções “light” para um problema que de leve não tem nada. Uma delas já está nos planos oficiais, e surge como uma espécie de compensação para o fato de o município não ter conseguido viabilizar a implantação do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) na Avenida Pedro II. Um dos dois grandes corredores de acesso ao Mineirão – o outro é o complexo das avenidas Antônio Carlos/Pedro I –, a Pedro II deve ganhar um modelo simplificado do BRT, sem corredores exclusivos de coletivos ou obras de peso. A outra solução ainda será apresentada ao poder público e também consiste em uma “versão dietética” de um grande meio de transporte de massa: o chamado metrô leve em monotrilho é a sugestão da Sociedade Mineira de Engenheiros para lidar com o transporte público na capital.

Na Avenida Pedro II, corredor que liga o Complexo da Lagoinha, no Centro de BH, ao Anel Rodoviário, na Região Noroeste, o BRT light – definição usada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar – será uma versão mais simples que os modelos das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I, já em implantação. Em comum, o sistema Pedro II tem operação do transporte público pela esquerda – no canteiro central da via –, embarque no mesmo nível do ônibus e passagem pré-paga em estações. A diferença fundamental é a ausência de pista exclusiva para ultrapassagem. Ou seja, para passar um ônibus que estiver parado em uma das nove estações o coletivo que vier atrás precisará entrar em uma das faixas reservadas ao trânsito misto, mais à direita da avenida. A expectativa é de que as obras comecem no início de 2013, podendo se estender até 2014, ano da Copa.

Com o novo modelo de transporte coletivo, a estimativa da BHTrans é de que o tempo de viagem no corredor Pedro II tenha redução de 45%. “Operamos hoje com uma média de velocidade de 11km/h. Em alguns pontos chega a 18km/h, mas em outros não passa de 6km/h. O BRT vai permitir aumento para uma média de 20km/h”, explica o diretor de Desenvolvimento e Implementação da BHTrans, Daniel Marx Couto. Segundo ele, o BRT da Pedro II terá ligação com a estação de integração São José, que será construída na interseção da avenida com o Anel Rodoviário. “A estação é fundamental para início da operação do sistema na Pedro II”, disse.

O terminal deve receber 22 linhas alimentadoras, que vão trazer os passageiros dos bairros. Eles vão embarcar em linhas troncais que seguem pela Pedro II em direção a outras partes da cidade. Atualmente, 22 linhas municipais passam pelo corredor, número que será reduzido para as cinco troncais. Entre as rotas estudadas estão os destinos Centro, via BRT Área Central; Centro, via Avenida Afonso Pena; Região Hospitalar; Avenida José Cândido da Silveira; e Região da Pampulha, todas partindo da Estação São José. Além das troncais, outros coletivos que passam pela Avenida Presidente Carlos Luz e seguem pela Pedro II – a exemplo da 3503 (Santa Terezinha/São Gabriel) – permanecem no corredor. Rotas alternativas, passando pelos pelo interior dos bairros, serão estudadas.

“Toda a frota será readequada. As linhas troncais terão ônibus articulados, com 18,6 metros e capacidade para 180 passageiros. Também serão usados ônibus menores, de 13 metros, capazes de levar 90 pessoas”, explica Couto. Os ônibus convencionais, atualmente em circulação, não terão ponto na avenida . “Podem até passar por ela em pequenos trechos, mas não vão parar”, informou.

Outro impacto para o corredor por onde passam 68 mil veículos diariamente será a racionalização da frota e consequente diminuição da emissão de poluentes. “No pico entre as 6h e as 7h, 171 ônibus passam pela Pedro II, fora as linhas metropolitanas, operadas pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER). Com o BRT, o número cairá para 51.”

O BRT light da Pedro II receberá R$ 10 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e terá contrapartida do governo municipal, em valor ainda não definido. A obra está em fase de elaboração do projeto executivo, que dará condições de calcular o orçamento.

MUDANÇA DE PLANOS A Pedro II chegou a entrar no pacote de corredores aptos a receber a versão completa do BRT, com corredores exclusivos. Mas, devido ao alto custo das desapropriações, a prefeitura desistiu do projeto. A obra havia sido orçada em R$ 233,5 milhões. Na ocasião, foram levados em conta os fluxos diários de passageiros de cada corredor para estabelecer a prioridade das intervenções. Os BRTs da Antônio Carlos e da Cristiano Machado terão condição de transportar 36 mil e 24 mil passageiros no horário de pico, respectivamente, enquanto o da Pedro II teria capacidade para 8 mil. Segundo a prefeitura, a versão light do BRT não vai requerer desapropriações.


PALAVRA DE ESPECIALISTA: RONALDO GUIMARÃES GOUVêA, PROFESSOR DA UFMG E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES URBANOS

Bom, mas insuficiente

“O BRT da Avenida Pedro II vai trabalhar com uma restrição operacional, já que os ônibus precisam entrar na faixa mista para fazer ultrapassagens. Ainda assim, qualquer BRT já significa um tratamento viário que prioriza o transporte coletivo e oferece uma condição melhor de tempo de viagem ao motorista. O sistema contribui para a política de transporte público, mas não isenta a cidade de implantar um modelo de maior capacidade, como o metrô. Belo Horizonte tem que continuar na busca incessante por recursos para ampliar a rede metroviária como espinha dorsal e o BRT e outros modais como complementares. No caso da Pedro II, bem como da Antônio Carlos e Cristiano Machado, onde as obras do BRT estão em andamento, já há demanda para mais passageiros do que a capacidade total. Os 8 mil passageiros estimados pela BHTrans para a Pedro II são pouco diante da real demanda, que hoje gira em torno de 20 mil passageiros.”


TIPOS DE BRT
1 – Completo
Semelhante ao modelo da Avenida Antônio Carlos, é operado à esquerda, com passagem pré-paga em estações no canteiro central, uma pista exclusiva para ônibus do BRT e outra para ultrapassagem. Ou seja, enquanto um ônibus estiver parado em uma das estações, outro poderá passar livremente por uma faixa lateral.
2 – Intermediário
Como o que está sendo implantado no corredor Cristiano Machado, esse modelo só tem ultrapassem exclusiva no trecho das estações.
3 – BRT Light
Previsto para a Pedro II, terá operação à esquerda, estações para pagamento de passagens e faixa exclusiva para ônibus, mas a ultrapassagem será feita na faixa dos carros.
4 – BRT Simples
Como na Avenida Nossa Senhora do Carmo, é operado à direita da via, sem estações nem faixa para ultrapassagem.

Fonte: Estado de Minas

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Em BH, BRT desatará nós no trânsito e também vai gerar corte de vagas

sábado, 2 de junho de 2012

A principal aposta de Belo Horizonte para o desafio do transporte de massa, especialmente para a Copa do Mundo de 2014, começa a mostrar a cara. E não apenas nas obras espalhadas pela cidade, que antes de representar a prometida solução para a mobilidade urbana vêm desafiando a paciência dos motoristas. Enquanto a prefeitura luta contra o calendário e enfrenta questionamentos nas licitações para o projeto, um dos consórcios que operam o sistema regular BHBus trouxe o primeiro veículo articulado para servir ao BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus), dentro dos parâmetros exigidos pela BHTrans. Flagrado pelo Estado de Minas, o veículo, quase 10 metros maior que modelos mais simples de coletivos (veja especificações na arte), será testado na cidade. A expectativa inicial é de ganhos, com a retirada de 802 ônibus de corredores como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e do hipercentro de BH. O lado preocupante da inovação é a previsão de que sejam cortados postos de trabalho de 2.967 motoristas e cobradores. A ameaça de desemprego já preocupa o sindicato da categoria, que promete reagir na Justiça do Trabalho e até com greves.

Enquanto o enxugamento de cargos abre controvérsia e as obras rendem polêmica na Justiça e desgaste para motoristas, o novo modelo de coletivo que deverá se tornar comum na capital é preparado para as ruas. Estacionado em uma concessionária de Contagem, região metropolitana, o ônibus articulado de desenho futurístico flagrado pelo EM tem mais de 20 metros de comprimento e capacidade para até 165 passageiros. Cedido para testes pela Volvo, o veículo participava de teste de motores adaptados à nova legislação, e ainda será apresentado às empresas que operam o sistema BHBus e metropolitano.


O modelo Marcopolo Viale BRT, chassi Volvo B-340 M, foi configurado pelo grupo Treviso – que controla as viações Torres e Santa Edwiges – atendendo sugestões dos operadores de Belo Horizonte e especificações dos atuais ônibus que circulam na capital e região metropolitana. “Como a BHTrans ainda não estabeleceu o padrão definitivo, fizemos um BRT com cerca de 20 metros, média de comprimento desse tipo de veículo, e configuração interna semelhante à dos coletivos usados atualmente”, afirma Márcio Paschoalin, diretor-executivo do grupo Treviso.

A previsão inicial era de que a escolha dos modelos e a quantidade de veículos do BRT de Belo Horizonte tivessem sido definidas até fevereiro do ano passado. Em dezembro de 2010, dois ônibus articulados chegaram a ser apresentados na sede da BHTrans. Mas o tempo passou e a empresa que regula o transporte coletivo ainda não bateu o martelo sobre a configuração definitiva dos veículos do sistema, apontado como grande solução para o caótico trânsito de BH.

Testes
Enquanto a definição – agora programada para sair até julho – não vem, o grupo que representa duas empresas decidiu trazer à capital o primeiro ônibus do BRT, modelo próximo ao que será adotado. O coletivo será apresentado nas garagens nos próximos três meses e poderá ser testado nas ruas, com sacos de areia e galões de água simulando o peso dos passageiros. “Belo Horizonte tem uma das topografias mais acidentadas entre as capitais e o trânsito tem características bastante próprias. A Volvo sempre testou seus ônibus por aqui. Desta vez, decidimos trazer o BRT para mostrar aos operadores, na prática, como ele se comporta. Serão testes de tecnologia mecânica, de combustível, subida de rampa, consumo, ou seja, será mais um teste técnico”, explica o diretor Márcio Paschoalin, responsável pela avaliação do veículo.

O padrão interno e externo da carroceria será escolhido até julho, quando portaria vai definir as normas, garante o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, confirmando que detalhes do veículo da Volvo podem ser aproveitados. Entre eles estão os bancos de encosto alto e os visores laterais com itinerários, instalados no salão de passageiros.

Veículo articulado pode transportar até 165 pessoas
"As definições técnicas sobre os chassis já estão prontas e, entre outros termos, exigem suspensão a ar, para estabilizar os ônibus nas plataformas, e, nos veículos articulados, volante retrátil, transmissão automática, além de motor traseiro ou central. Mas a carroceria ainda depende da apresentação de produtos que estão surgindo no mercado", aponta Freitas. Outros detalhes que vêm sendo estudados para integrar os veículos são um bicicletário na parte traseira dos ônibus e monitores de vídeo de 14 e 16 polegadas, que exibirão informações aos usuários.

De acordo com o diretor da BHTrans, os consórcios operadores só começarão a fazer os pedidos de compra para os ônibus do BRT em setembro. "Temos até lá para testar, verificar a funcionalidade e definir os padrões", diz. A intenção da empresa municipal de transporte e trânsito é iniciar a avaliação com passageiros nas linhas que partem da Estação São Gabriel e Venda Nova, rumo ao Centro da capital. Entretanto, ainda não há data definida para o início da operação.



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Tarifa de ônibus em Salvador vai a R$ 2,80 e vira a quinta mais cara do Brasil

A partir de 0h desta segunda-feira, os soteropolitanos vão pagar R$ 2,80 pela tarifa de ônibus. Nesta sexta (1º), a prefeitura anunciou o índice de reajuste na tarifa de 12%. Com o aumento de R$ 0,30, Salvador passa a ocupar o quinto lugar no ranking nacional das passagens mais caras entre as capitais do Brasil.

O percentual foi definido após estudos feitos por técnicos da prefeitura. Segundo o secretário municipal de Transportes e Infraestrutura, José Mattos, o reajuste levou em conta os cálculos do empresariado, que reclamava de defasagem no preço da tarifa.  “Tem 18 meses que não concedemos aumento, mas houve dois aumentos de salário da categoria nesse período”, justificou.

Depois de quatro dias de análise, os técnicos chegaram a conclusão que o aumento de R$ 0,30 seria, segundo o secretário, “o de menor impacto para a população”. O pedido de reajuste foi feito pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps), logo após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ter concedido, dia 25, um aumento salarial de 7,5% aos rodoviários em greve e determinado pagamento de benefícios, como o quinquênio, e elevação no valor do tíquete refeição. Contudo, o valor pedido pelo Setps foi R$ 3,15.

“Não tínhamos como deixar de repassar para a tarifa, porque senão aconteceria o que ocorreu no passado, que é aquela dívida que a Prefeitura tem, através de uma ação do Setps, que já está transitado em julgado e não cabe mais recurso”, emendou Mattos, referindo-se à dívida no valor de R$ 600 milhões. Ainda segundo Mattos, o montante é relativo a desequilíbrios tarifários computados de 1997 a 2005.

O próximo reajuste da tarifa está previsto para dezembro de 2013 e constará no edital de licitação que a prefeitura vai abrir em junho, para efetivar contratos de concessão no serviço de transporte público da capital. Atualmente, as empresas de ônibus são permissionárias. “Hoje, não temos contrato formal, onde podemos efetivamente exigir determinadas ações. Mas só posso lançar o edital após a solução da dívida de R$ 600 milhões”, complementou o secretário.

De acordo com Mattos, o edital vai proibir, a partir de janeiro de 2013, as gratuidades não previstas na lei. “É inconcebível ter oficial de justiça, carteiros e PMs utilizando sem pagar”, disse. O secretário afirmou que pretende ainda apurar a quantidade de deficientes físicos que utilizam o transporte.
“Temos uma média de 33,3 mil passagens de deficientes físicos por mês. Mas não parece que é isso na realidade. Tudo isso impacta no valor da tarifa”, finalizou. O CORREIO procurou o superintendente do Setps, Horácio Brasil, para comentar o aumento, mas ele não foi localizado.

Salvador ultrapassa BH e Rio
Com o aumento anunciado ontem pela prefeitura, Salvador será a quinta capital com a tarifa de ônibus mais cara do país, atrás  apenas de São Paulo (R$ 3), Florianópolis (R$ 2,90), Porto Alegre (R$ 2,85) e Campo Grande (2,85). O reajuste fez Salvador ultrapassar, no ranking, sete capitais. Entre elas,  Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba (veja ao lado quadro comparativo).

Em relação ao Nordeste, Salvador já ocupava o primeiro lugar no pódio da carestia, mas ampliou ainda mais a diferença para a segunda colocada, Maceió, cuja tarifa foi aumentada para R$ 2,10 em fevereiro deste ano. Em comparação com outras capitais nordestinas de tamanho semelhante, o valor da tarifa em Salvador é R$ 0,65 maior que a de Recife, e R$ 0,80 que a de Fortaleza.

Contudo, o sistema de transportes públicos urbanos da capital é alvo constante de críticas de usuários, devido a problemas como frota envelhecida, baixa quantidade de veículos (2.446) e atrasos de linhas. Apesar das queixas, o secretário municipal de Transporte e Infraestrutura, José Mattos, disse que, para reduzir o impacto do aumento, até a Copa de 2014 serão renovados mil ônibus.

Está previsto ainda aumento no número de ônibus adaptados para deficientes físicos para 70% da frota. “A integração tarifária, que antes tinha tolerância de uma hora para pegar outro ônibus, passará a ser de duas horas”, salientou. Questionado se o aumento corresponde à qualidade do serviço oferecido, Mattos disse que o problema é de serviço público: “Como cidadão, vou dizer sempre que não vale. Como vou dizer também que a tarifa da energia não vale a pena, porque temos problemas constantes de queda de energia, como a água também tem”.


Fonte: Correio 24 Horas

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Êita Copa Boa!!! Desperdício com dinheiro público chega a R$ 776 milhões

domingo, 1 de janeiro de 2012

Uma reportagem especial do site UOL, neste sábado (31), revela que o desperdício de dinheiro público com os preparativos para a Copa do Mundo em 2014 chegou à R$ 776 milhões no ano que ora termina.

O valor é a soma do que foi gasto em oito episódios patrocinados pelos governos federal, estaduais e municipais.

Mato Grosso, segundo o site, deu uma grande contribuição para essa gastança. "Em uma só obra, uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o dinheiro mal empenhado foi de R$ 700 milhões. É que a obra de mobilidade urbana original planejada para Cuiabá, uma das sedes da Copa, eram dois corredores exclusivos de ônibus (BRT - Bus Rapid Transit)", diz a reportagem.

O levantamento também faz referência ao teleférico que seria construído em Chapada dos Guimarães e foi cancelado pelo Governo do Estado.

Confira a íntegra da reportagem do UOL, feita pelo jornalista Vinícius Segalla:
Desperdício de dinheiro público em 2011 com preparação para a Copa chega a R$ 776 milhõesO desperdício de dinheiro público com os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 alcançou a cifra mínima de R$ 776 milhões em 2011. Esta é a soma do que foi gasto em oito episódios protagonizados pelos governos federal, estaduais e municipais em que foram consumidos recursos em obras que não saíram do papel, compras mal sucedidas, eventos privados pagos com dinheiro público e convênios irregulares com ONGs.

 
O Estado de Mato Grosso lidera a lista dos pouco atentos com os cofres estatais. Em uma só obra, uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o dinheiro mal empenhado foi de R$ 700 milhões. É que a obra de mobilidade urbana original planejada para Cuiabá, uma das sedes da Copa, eram dois corredores exclusivos de ônibus (BRT - Bus Rapid Transit).
Era este o empreendimento planejado pelo Estado e previsto na Matriz de Responsabilidades da Copa, assinada em janeiro de 2010 pelo Ministério do Esporte e Estados e cidades-sedes do Mundial de 2014.

A escolha do modal aconteceu após a encomenda de estudos técnicos e teve a aprovação unânime de especialistas em transporte público de três universidades (USP, UFRJ e UFMT). Os políticos de Mato Grosso, porém, manobraram para que o projeto fosse substituído pela linha de VLT, elevando os custos para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original.

Em outro episódio no mesmo Estado, em novembro, o governo cancelou o contrato da obra de um teleférico na Chapada dos Guimarães, no valor de R$ 6 milhões, que estava sendo construído dentro do planejamento do Estado para a Copa do Mundo de 2014 (e com os recursos destinados a este fim) como equipamento que fomentaria o turismo na região. O equipamento seria construído a 67 quilômetros da capital Cuiabá, sede da Copa.

O contrato assinado em 2009 com a empresa Zucchetto Máquinas e Equipamentos Industriais, que construiria o teleférico, não sobreviveu a uma auditoria interna do Poder Executivo de Mato Grosso. A empresa, porém, já havia recebido R$ 600 mil do governo matogressense, e não irá devolvê-los aos cofres públicos. À Procuradoria Geral do Estado do Mato Grosso, cabe ingressar na Justiça para reaver os recursos.

Fialmente, ainda no pantanal, em novembro, um imbróglio envolvendo uma compra frustrada por parte do governo de Mato Grosso de dez veículos Land Rover equipados com radares móveis fez com que os cofres públicos do Estado sofressem um prejuízo de R$ 2,2 milhões.

Os carros, comprados junto a uma empresa brasileira que representa uma fábrica russa, tinham um custo total de R$ 14 milhões, e foram adquiridos pela Secopa-MT (Secretaria Especial da Copa). A justificativa era que eles seriam utilizados no patrulhamento da fronteira matogrossense com a Bolívia para reforçar a segurança brasileira durante o Mundial de futebol, em 2014. O negócio foi fechado em julho deste ano. Cada veículo sairia por R$ 1,4 milhão.

A aquisição, porém, de acordo com o TCE-MT (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso) e com o Ministério Público do Estado, foi feita com uma série de irregularidades, a começar por uma compra sem licitação injustificável, feita junto a uma empresa "constituída às pressas" e "sem nenhuma experiência comprovada", conforme descreve o relatório do TCE-MT sobre o caso.

Assim, no dia 4 de novembro, o governo de Mato Grosso resolveu cancelar a compra, e os veículos nem chegaram ao Brasil. O problema, porém, é que a Secopa-MT já havia feito o pagamento de R$ 2,2 milhões antes de receber as Land Rovers, a título de "cheque caução". Quando o negócio foi desfeito, a empresa não quis devolver o dinheiro, e os cofres públicos de Mato Grosso amargam o prejuízo.

Já no Rio de Janeiro, em julho, a Geo Eventos, empresa de eventos das Organizações Globo e do Grupo RBS, recebeu R$ 30 milhões do governo estadual e da prefeitura do Rio de Janeiro para organizar o sorteio preliminar das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014.

A empresa foi contratada em regime de exclusividade pelo Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 para produzir a cerimônia. Quando foi ao mercado à caça de patrocinadores para bancar a festa, encontrou apenas dois: a prefeitura do Rio e o governo estadual. Cada um assinou um contrato de patrocínio no valor de R$ 15 milhões.

Ou seja, a Fifa, que era a dona da festa, não investiu qualquer quantia no evento, que foi feito pela Globo e pago integralmente com recursos públicos.
Também em julho, em Fortaleza (CE), o gramado do estádio do Castelão, que está sendo reformado para a Copa, virou jardim de prédios públicos e relvado de campo de "pelada" de soldados da Polícia Militar. O gramado havia sido adquirido pelo Estado em dezembro de 2009, a um custo de R$ 500 mil.O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (esq), junto com o secretário da Secopa, Éder Moraes, foI até a Rússia em julho conhecer as Land Rovers. Gostaram, mas não consultaram o Ministério da Defesa para efetuar a compra. LEIA MAIS

À época, as autoridades públicas justificaram o investimento com argumento de que tratava-se de um tipo de gramado com alta maciez e que requer manutenção apenas a cada dez anos. Não durou nem dois anos.

Em setembro, foi a vez de Minas Gerais e Belo Horizonte abrirem os bolsos públicos. Estado e prefeitura uniram forças para patrocinar uma festa comemorativa para os mil dias que faltavam para a Copa, no dia 15 daquele mês.
O povo mineiro bancou a festa, orçada em R$ 650 mil, que contou com jantar de gala para cartolas da Fifa e políticos do Brasil, apresentações musicais e contratação de agências de marketing e empresa de segurança.

Por fim, o governo federal deixou seu quinhão de desperdício, avaliado em mais de R$ 42 milhões, através de convênios com associações que foram reprovados por órgãos de fiscalização e projetos que não produziram resultado algum, além de prejuízo.

Em setembro, o programa do Ministério do Turismo "Bem Receber Copa", que visava elaborar treinamentos e cursos para recepcionar os milhares de turistas no Mundial através de convênios com entidades privadas, foi suspenso por ser alvo de investigações que indicavam desvio de recursos públicos.

A Polícia Federal acredita que houve desvio de dois terços dos R$ 4,4 milhões destinados pelo Ministério ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).

No mesmo mês, quatro funcionários do Ministério do Esporte foram pegos pelos auditores do  Tribunal de Contas da União por descumprirem a lei de licitações 8666/93. Os auditores do TCU pediram que os funcionários fossem multados por terem autorizado pagamentos a quatro empresas do Consórcio Copa 2014 sem ordens de serviço e, pior, sem relatório detalhado do trabalho realizado.

Os funcionários também autorizaram pagamentos de despesas não previstas no edital, como passagens aéreas dos consultores contratados, computadores, hotéis. A exceção custou R$ 700 mil. O Consórcio Copa 2014 foi contratado em licitação de julho de 2009 para dar “suporte de gerenciamento ao Ministério do Esporte”.

O caso foi agravado porque, após auditoria do TCU, o Ministério do Esporte decidiu aumentar o valor do contrato de prestação de serviços em quase 80%. Como se não bastasse, as empresas felizardas renovaram o contrato até julho de 2013.

O custo do serviço foi orçado em R$ 13,1 milhões em 2009 e em 2011, graças a aditivos, o preço saltou para R$ 24 milhões. No total, as empresas vão ganhar cerca de R$ 40 milhões, se não houver mais aumentos, e ninguém explicou ainda quais são efetivamente os serviços prestados nem por que o valor final ficou tão acima do previsto inicialmente.

Fonte: Midia News



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Em BH, Abertura de viadutos desata nó e abre caminho para BRT

domingo, 18 de dezembro de 2011

Local de constantes congestionamentos em horário de pico, o entroncamento das avenidas Antônio Carlos com Abraão Caram, na Pampulha, ganhou um presente ontem, dia do aniversário de Belo Horizonte. Foi entregue pela prefeitura o complexo José Alencar, que consiste em uma trincheira e dois viadutos de 123 m de extensão. O nome homenageia o ex-vice-presidente, morto em março deste ano.

A intervenção faz parte do PAC da Mobilidade Urbana, voltado para a Copa de 2014, e custou, ao todo, R$ 52,5 milhões, incluindo desapropriações. Do total de famílias removidas, 61 foram indenizadas e 27 foram reassentadas em apartamentos do programa Vila Viva.
Foto: SAMUEL AGUIAR
A intenção da prefeitura é melhorar o trânsito na região e evitar que o acesso ao Mineirão dependesse de pequenas vias nos arredores. "A obra vai facilitar o acesso ao estádio, ao aeroporto e à universidade, além de favorecer todo o tráfego da região", disse o prefeito Marcio Lacerda durante a cerimônia de inauguração, que contou também com a presença do ministro Aldo Rebelo (PC do B) e da viúva de José Alencar, Mariza Gomes.

Iniciada em junho de 2010, a construção do complexo possibilitou a eliminação do cruzamento com semáforos entre as duas avenidas. Agora, também é possível fazer ligação direta entre as avenidas Abraão Caram e Professor Magalhães Penido. Somente na avenida Antônio Carlos, passam 80 mil veículos por dia.

A obra também favorecerá a implantação do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) nas avenidas Antônio Carlos e Pedro I. As intervenções encontram-se em andamento e irão beneficiar os trechos Centro-Pampulha e Pampulha-Vilarinho. Juntas, as obras deverão beneficiar cerca de 650 mil pessoas das regiões Pampulha, Venda Nova e Norte, além de cidades da região metropolitana como Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano.

Fonte: O Tempo

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Sistema BRT vai tirar 800 ônibus do Centro de Belo Horizonte

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sistema que chega a BH com a promessa de fechar as portas do Centro para 800 ônibus apenas no horário de pico, convencer o motorista a trocar o carro por coletivos e suprir a carência de um metrô insuficiente ainda é ilustre desconhecido para maior parte da população. EM antecipa como será o aspecto das estações e a lógica de funcionamento do projeto na área central.

Um novo sistema está perto de mudar o aspecto de algumas das principais vias de Belo Horizonte, e chega com a ambiciosa tarefa de suprir as lacunas deixadas por um metrô incipiente, além de transformar a lógica de um dos aspectos críticos da cidade: a mobilidade urbana. Se as linhas arquitetônicas das novas estações são novidade e as propostas de mudança ainda soam estranhas aos ouvidos de muita gente, pela capital elas já mostram seus reflexos. Mal deu tempo de trafegar pela nova Avenida Antônio Carlos e aproveitar as melhorias na Avenida Cristiano Machado e estão de volta o barulho ensurdecedor das máquinas, retenções no trânsito, concreto quebrado e ferragens expostas. Desta vez, a requalificação viária lança as bases do BRT, ou Bus Rapid Transit (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês).

O projeto está sendo preparado com a difícil missão de dar mais conforto aos passageiros, convencer motoristas a deixar o carro na garagem e desafogar o Hipercentro de Belo Horizonte. Nessa região, o BRT vai fechar as portas para cerca de 800 ônibus apenas no horário de pico da manhã, uma redução de 24,25% no tráfego local. Mais que isso: vai simplesmente proibir o tráfego de veículos de passeio em vias onde hoje o trânsito é frenético, como as avenidas Santos Dumont e Paraná.

O Estado de Minas mostra hoje, com exclusividade, o traçado do projeto na área central e o desenho das estações. E revela como essa sigla e o nome estrangeiro ainda soam estranhos aos ouvidos do belo-horizontino, que já ouviu falar, mas não tem a menor ideia do que será esse tal de BRT.

Principal aposta da capital em termos de mobilidade para a Copa’2014, o BRT terá nome e sobrenome em português, para facilitar entendimento e comunicação. A ideia é que o público dê sugestões e vote para batizá-lo. Inicialmente, dois corredores serão contemplados: o percurso das avenidas Antônio Carlos/Pedro I e o da Cristiano Machado, não por coincidência as duas opções de ligação do aeroporto de Confins com o Centro da cidade. Serão 27 quilômetros de linha distribuídas nas duas avenidas e no Hipercentro (avenidas Paraná e Santos Dumont). Para que se tenha uma ideia do que representa isso, a distância equivale a cruzar duas vezes BH de leste a oeste ou a atravessar a capital do Barreiro até Venda Nova. O sistema tem entre seus trunfos um ônibus articulado (sanfonado) que pode transportar quase três vezes mais passageiros que os convencionais.

As vias serão totalmente modificadas e terão pistas exclusivas para o BRT, ao longo das quais haverá 41 estações de embarque e desembarque. Na Área Central, as intervenções estão sendo licitadas. As propostas de obra viária e construção das estações foram entregues à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) semana passada.

Os ônibus terão portas à esquerda ou dos dois lados e vão dispor de piso nivelado com as plataformas das estações. O pagamento da passagem ocorrerá antes, na área externa, o que facilitará o acesso aos coletivos, feito em tempo menor. Ao entrar na estação, basta pegar o primeiro ônibus. Todo o sistema será integrado às linhas municipais e metropolitanas. Será criado um conjunto de linhas alimentadoras que sairá dos bairros para levar os passageiros até as estações do BRT.

A partir dessas estações, haverá duas categorias de linhas: a expressa partirá direto ao Centro, com parada apenas nas avenidas Paraná e Santos Dumont. A segunda terá pontos ao longo do trajeto. Na volta, vale a mesma regra e nas estações haverá ônibus para levar os passageiros aos bairros, como ocorre atualmente no sistema BHBus de Venda Nova, São Gabriel e Barreiro: ônibus partindo rumo ao Centro e, a partir das estações, uma rede interligando os bairros.

O Plano de Mobilidade Urbana de BH prevê uma rede de transporte estruturada por ônibus convencionais, articulados e o metrô. De acordo com o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a médio e longo prazo a rede de BRTs será ampliada para toda a cidade. Há previsão para implantação nas avenidas Amazonas e Andradas. No Eixo Sul, em direção ao Bairro Belvedere, há estudos em andamento para verificar se o modal é a melhor opção. O projeto das avenidas Pedro II/Carlos Luz ficou para trás, sob a justificativa do alto custo das desapropriações, apesar de se tratar do segundo mais importante corredor para o palco principal da Copa: o Mineirão.

Para a via, restou a proposta de faixas exclusivas para ônibus, nos moldes das adotadas na Nossa Senhora do Carmo. Será construída ainda a estação de integração São José, no bairro homônimo, nas proximidades do Anel Rodoviário. “A Antônio Carlos e a Cristiano Machado foram escolhidas porque ocorreu uma coincidência, que é Copa do Mundo, e esses corredores são caminho para estádio e aeroporto. Foi uma janela de oportunidades”, justifica o presidente da BHTrans, garantindo que o novo modelo não vai afetar os custos da passagem.

PELO MUNDO
Esse sistema de transporte coletivo vem sendo implantado em vários países, como Colômbia, Chile, México, África do Sul, China, Estados Unidos, Canadá, além de nações da Europa. Na Colômbia, há cinco cidades operando o BRT e em outras duas o sistema está em construção. A engenheira civil Monica Vanegas Betancourt, em workshop promovido em Belo Horizonte sobre o tema, disse que 20% dos motoristas colombianos deixaram de usar o carro depois da implementação do projeto. Em Los Angeles (EUA), o público do transporte coletivo aumentou em 25% depois do BRT, segundo Ethan Arpi, da rede Embarq (grupo internacional de consultoria a governos e empresas sobre transporte e mobilidade).



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Obras do metrô de BH terão início em 2012

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) afirmou, em entrevista concedida a um telejornal local, nesta segunda-feira, que as obras de expansão da linha do metrô na capital terão início já no ano que vem. “É importante destacar que Belo Horizonte vai receber 10% do total da verba do PAC da Copa e do PAC Mobilidade. Isso é uma vitória para nós”, destacou. Dos R$ 30 bilhões destinados para a infraestrutura no país, BH vai receber R$ 3,16 bi, anunciados pela presidente Dilma Rousseff na semana passada.

“As linhas dois e três terão início daqui a um ano e devem acabar em até quatro ou cinco anos. É um projeto para a cidade de BH e para a Região Metropolitana”, disse Lacerda. Segundo o prefeito, os investimentos no Boulevard Arrudas, na Via 710 (Andradas/Cristiano Machado) e nos BRTs (Antônio Carlos/ Pedro I e Cristiano Machado) são da ordem de R$ 1,5 bilhão. Além disso, a BHTrans tem o plano de Mobilidade Urbana.



Fonte: Estado de Minas


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Dilma anuncia R$ 3,16 bilhões para o metrô de Belo Horizonte

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira a liberação de R$ 2 bilhões do Orçamento da União para as obras de ampliação do metrô de Belo Horizonte. Em discurso na sede da Prefeitura da capital mineira, Dilma afirmou que os recursos fazem parte do pacote de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 do governo federal. O dinheiro será empregado na ampliação da linha 1 e na construção das linhas 2 e 3.

Segundo a presidente, a importância do investimento no transporte urbano na região metropolitana vai além do Mundial de futebol. "Estamos concentrando esforços para que Belo Horizonte e Minas tenham estrutura de transporte à altura da iimportância do estado para o país",afirmou.

Dilma Rousseff visitou pela manhã as obras de revitalização do Mineirão, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Na passagem pelo estádio, que está sendo preparado para a Copa do Mundo, a presidente estava acompanhada de Pelé, do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, do prefeito de BH, Márcio Lacerda, dos ministros dos Transportes, Orlando Silva, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, além de deputados federais e estaduais. No local, Dilma viu uma maquete de como o estádio ficará após a conclusão da obra, prevista para o fim de 2012.

Após a visita ao Mineirão, que durou cerca de 10 minutos, a presidente passou pelas obras do sistema de ônibus rápido (BRT), em construção na Avenida Antônio Carlos. Ao final, Dilma seguiu para a sede da prefeitura da capital, onde deve anunciar investimentos para o metrô. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC). No início da tarde, Dilma deve voltar para Brasília.

No desembarque no Aeroporto da Pampulha, por volta das 10h20, a presidente foi recepcionada por lideranças do PT estadual, como o presidente do partido em Minas, Reginaldo Lopes, e o vice-prefeito de BH, Roberto Carvalho. Também compareceram ao terminal políticos aliados do governo federal, como o senador Clésio Andrade (PR).



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Aberta licitação para BRT na área central de BH

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A empresa ou consórcio que executará as obras do BRT (ônibus rápido) na área central de Belo Horizonte será divulgado dia 18 de outubro. O projeto, orçado em R$ 55 milhões, prevê a construção de três estações nas avenidas Paraná e três na Santos Dumont. O embarque será feito por plataformas.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) publicou ontem no Diário Oficial do Município o edital com as regras de licitação, entre elas, o menor preço. A obra deverá ser concluída em março de 2013.

O BRT da área central vai transportar os passageiros das estações do BHBus da Pampulha, Venda Nova, Vilarinho e José da Cândido da Silveira. Os ônibus que fazem estas ligações passam pelas avenida Antônio Carlos e Cristiano Machado, onde o projeto de ônibus rápido será implantado.

Levantamento feito pela BHTrans revela que o BRT da área central terá ônibus articulados com capacidade de transportar até 130 passageiros. No horário de pico, pela manhã, serão 115 veículos a cada hora partindo das seis estações. Com o BRT, a BHTrans estima que 68% dos ônibus serão retirados da Região Central. Por hora, serão 640 viagens a menos.

Além de construir as estações, a empresa vencedora da licitação executará obras nas avenida Santos Dumont e Paraná para receber os ônibus articulados. O projeto prevê um sistema de pagamento das passagens na própria estação, medida que vai agilizar o embarque e consequentemente as partidas dos ônibus.

O BRT das avenidas Antônio Carlos e Pedro I devem ser concluídos pela Prefeitura de Belo Horizonte em março de 2013. O projeto está orçado em R$ 451 milhões. Já o da Avenida Cristiano Machado será concluído em agosto de 2012, com investimento de R$ 132 milhões.

 



 

Em Belo Horizonte serão 94 estações do BRT, principal projeto da prefeitura para a Copa do Mundo de 2014. Por causa do aumento no valor das indenizações dos imóveis que seriam demolidos na Avenida Pedro II, a prefeitura suspendeu as obras do BRT da via, que é uma das ligações da Pampulha.

O cálculo inicial feito pela prefeitura era de que seriam necessários R$ 84 milhões para pagar quem mora ou tem estabelecimento comercial no caminho da obra. Porém, um novo levantamento constatou que o valor deveria ser de pelo menos R$ 153 milhões.
 
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