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Belém: Prefeitura quer regularizar frota com 150 micro-ônibus

segunda-feira, 12 de abril de 2010


Com direito a carreata e buzinaço, os trabalhadores do transporte alternativo comemoraram ontem a determinação do prefeito de Belém, Duciomar Costa, que solicitou à Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), a elaboração de um projeto que pode garantir a circulação de 150 micro-ônibus, que antes trafegavam de forma irregular.
Depois de seis anos na luta pela legalização do transporte alternativo, esse foi o primeiro passo dado pela prefeitura sinalizando a possível aprovação desse tipo de transporte na cidade. O presidente da Associação dos Trabalhadores do Transporte Alternativo, Francinaldo Barros, disse que o projeto já foi feito pela CTBel e visa liberar inicialmente 150 micro-ônibus de forma legalizada, mas, depois o número deve ser ampliado.
“Temos mais de mil veículos em Belém que fazem o transporte alternativo. O prefeito liberando esses 150, já é uma grande vitória e nos traz esperanças de que um dia poderemos conseguir liberar todos”.
Barros explicou que, se o projeto for aprovado, os primeiros micro-ônibus a circularem nas ruas da cidade serão fiscalizados e irão atuar com os mesmos padrões de uma empresa privada, formada pelas 22 cooperativas de transporte alternativo de Belém.“O importante é que mesmo se não conseguimos legalizar todos os carros, abriremos oportunidades de emprego para os cooperados, porque teremos fiscal, cobrador, motorista e todos os cargos que uma empresa de ônibus normal necessita”.
PREÇOS - Ele também informou que o preço da passagem será o mesmo de um ônibus comum: R$ 1,85. Nos micro-ônibus serão aceitos meia-passagem e oferecerão seguro para os passageiros no caso de acidente e terão como principal diferencial os horários de circulação e as linhas por onde irão trafegar. “Nossa proposta é rodar 24 horas por dia em locais mais afastados, onde o transporte público não chega. Queremos unir o útil ao agradável”.
O diretor do Sindicato dos Rodoviários de Belém, Wilson Rocha, informou que o sindicato não é contra a possível legalização do transporte alternativo na cidade, porém, acredita que a legalização não irá resolver o problema do transporte público na cidade. “Ficamos felizes porque são novas vagas de emprego que estão sendo geradas, mas nem tudo será resolvido com isso”.
Em nota, a CTBel confirmou a informação que já elaborou uma proposta que prevê a concessão para operacionalização do serviço de transporte público de passageiros a 150 micro-ônibus, no qual os operadores terão regras a serem cumpridas, seguindo o que determina a Lei Orgânica do Município de Belém e o Regulamento do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus do Município de Belém.

Fonte: Diário do Pará

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Setransbel admite que não é preciso aumentar tarifa para oferecer ônibus de qualidade

segunda-feira, 25 de março de 2013

A melhoria da frota de cerca de 1,8 mil ônibus da Região Metropolitana de Belém (RMB) não está diretamente ligada à tarifa paga por cerca de um milhão de usuários a cada mês. A afirmação é do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), Paulo Gomes. Ele observou que a cada aumento de tarifa, o número de usuários diminui. E como os aumentos não acompanham o que é proposto como ideal para manter sistema, a capacidade de investimentos das empresas cai. 

A solução apontada por ele seria reduzir a elevada tributação sobre o transporte público da capital paraense, que é apontada pela entidade como a mais alta do País. Em cidades com tarifa semelhante, como Fortaleza, onde a tarifa custa R$ 2,20, a frota apresenta melhores condições por causa dos custos muito abaixo da metade de Belém. Outras grandes capitais, como São Paulo, possuem subsídios de até 50% do poder público para sustentar a operação e não deixar os custos das melhorias no serviço pesar no bolso de quem precisa dos ônibus.

A mesma saída é apontada pelo Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA) a cada ano, nas discussões de reajuste de tarifa do Conselho Municipal de Transportes. Este ano, a proposta ganharia um novo contexto, por seguir a tendência de desonerar produtos e serviços, como vários alimentos da cesta básica e tarifas de energia. Porém, não há qualquer plano para que ela se torne realidade.

Paulo Gomes, do Setransbel, preferiu não falar diretamente sobre o tema aumento de tarifa, mas reconheceu que os estudos para um possível reajuste já começaram a ser feitos. Porém, nenhum prazo foi dado. O último reajuste proposto, que foi fechado em R$ 2,20 pelo ex-prefeito Duciomar Costa, foi de R$ 2,34.

Nos últimos cinco reajustes de tarifa, foram suprimidos cerca de R$ 0,50. Mesmo quando os valores apontados pelo sindicato foram aprovados ou tiveram números próximos dos apontados pelo Conselho, a passagem final aprovada pelo prefeito sempre foram valores mais populares.

Gratuidades - O excesso de gratuidades (22% do total de passageiros) e meia passagem (38%) também foi uma causa apontada para os altos custos de manutenção do sistema pelo Setransbel, entidade que representa as empresas de transporte público de Belém.

"Por conta dos ônus elevados em manter o sistema de transporte e uma tarifa que não é a ideal, a capacidade de investimento dos empresários da RMB fica engessada", defendeu o presidente do Setransbel.

Inquérito civil do MPE apura denúncias

A promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor, do Ministério Público do Pará (MPE), abriu um inquérito civil para apurar as condições do transporte público da RMB.

O inquérito foi aberto na sexta-feira, 8, depois de a promotoria ter recebido diversas denúncias de usuários. A promotora de Justiça Elaine Castelo Branco solicitou à Autarquia de Mobilidade Urbana de Belém (Amub) uma relação com todas as empresas de transporte coletivo da RMB e um plano de providências. O prazo dado foi de 10 dias a contar do recebimento da notificação. O órgão municipal de trânsito e transporte informou que o material solicitado pela promotora será entregue no prazo.

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Taxis no BRT de Belém é um retrocesso dizem especialistas

segunda-feira, 11 de abril de 2022

No entendimento da professora Patrícia Bittencourt, de disciplinas relacionadas a Trânsito e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA, o projeto nada acrescenta à mobilidade urbana em Belém. “ Considero o projeto um retrocesso e espero que o prefeito não aprove. A prioridade deve ser para o transporte público coletivo. O sistema de transporte público por ônibus de Belém dispõe de prioridade em pouquíssimas vias. Deveriam dispor de mais exclusividade/prioridade para o TPC (Transporte Público Coletivo), isso sim!”, afirma, destacando que o táxi é um tipo de transporte público individual.


Patrícia externa esperar que  a proposta não vigore, e salienta que “caso contrário, a fiscalização precisa ser intensificada e vai ser um porta para o uso da faixa do BRT por outros usuários do transporte individual (automóveis) e descumprimento da regra”. A professora diz não ter indicadores para avaliar se o Sistema BRT tem contribuído para melhorar o trânsito em Belém. No entanto, observa que “deve-se levar em consideração que o BRT não está em pleno funcionamento e, se assim fosse, com certeza estaria contribuindo de forma efetiva para o sistema de mobilidade da cidade”.

Como sugestões para melhorar o trânsito de Belém, Patricia Bittencourt defende melhorar a eficiência e a qualidade do sistema de transporte público coletivo. “Outras ações importantes: organização do transporte de carga urbana (é muito comum operações de carga e descarga nos corredores da cidade em horários críticos), ações educativas no trânsito, maior fiscalização, melhorar a sinalização, priorizar o transporte cicloviário e incentivar o transporte escolar”, conclui.

O que diz a Semob?
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informa que não foi consultada sobre o projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Belém, para o tráfego de táxi nas vias do BRT.  A autarquia explica que o instrumento legal vigente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 184, inciso 3º, não permite que outros veículos circulem na via expressa, a não ser os ônibus do BRT. A excepcionalidade é dada, conforme o artigo 29, inciso 7º, aos veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias.

A Semob comunica que, atualmente, existem 5.337 taxistas credenciados para o serviço e o Sistema BRT conta com uma frota de 14 veículos articulados e 50 troncais atuando no município. Em relação a acidentes, em 2021, foram registradas 14 ocorrências na via expressa. Os dados de 2022 ainda estão sendo sistematizados.


Informações: O Liberal
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Justiça reconhece acordo para compra de ônibus com ar-condicionado na Grande Belém

domingo, 10 de dezembro de 2023

Foi reconhecido pela Justiça o acordo que prevê o novo sistema integrado de transporte público coletivo de passageiros de Belém, incluindo a aquisição de uma nova frota de ônibus com ar-condicionado para a população da Grande Belém.

A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (6). De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a homologação foi feita pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), com a ciência do Ministério Público do Estado (MPE).

O acordo ocorreu entre o governo do estado, o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Belém (Setransbel) e as prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba.

"O Estado está entrando com uma concessão de isenções fiscais para possibilitar que as empresas possam garantir uma tarifa justa e econômica para o usuário, assim como investimentos no serviço e a renovação da frota de ônibus", explicou o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.

Renovação da frota
A renovação da frota de transporte coletivo foi anunciada pelo governador Helder Barbalho no último dia 10 de outubro.

Com ela, a região metropolitana deve ser contemplada com 1000 ônibus novos no processo de renovação da frota.

A partir da decisão, serão 300 veículos adquiridos pelo Setransbel; 265 ônibus elétricos pelo governo estadual e outros 130 ônibus ou 200 micro-ônibus adquiridos pela Prefeitura de Belém.

"A meta é renovar a frota até o ano de 2025, quando a capital paraense sediará a Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP 30", destacou a PGE.

A expectativa é que o novo sistema integrado de transporte público coletivo de passageiros de Belém faça a integração dos Sistemas BRT, que têm previsão de entrega no primeiro semestre de 2024, de acordo com o governo estadual.

O acordo homologado também prevê a instituição de novas tecnologias, como a implementação da bilhetagem digital

Informações: G1 Pará

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Belém poderá ter o primeiro sistema integrado de transporte público com redução de CO2

domingo, 18 de abril de 2010


A Região Metropolitana de Belém poderá ser a primeira capital brasileira a ter um sistema integrado de transporte público associado a um programa de redução de emissão de gás carbônico.
Para conseguir pôr a ideia em prática o governo do Pará pleiteia junto à Agência Internacional do Japão (Jica) um empréstimo de R$ 420 milhões.
Um termo de compromisso, que permite o acesso ao empréstimo inicial de R$ 320 milhões do Governo do Japão, já foi assinado pela Agência e o Governo do Pará.
De acordo com o chefe da delegação da Jica, Katsuhiko Haga, o processo deve ser acelerado, para que ainda em abril o empréstimo seja aprovado pelo governo japonês. Ele comparou as negociações com o governo do Pará a "um longo namoro, que se firma com um casamento feliz”.
Até agosto deste ano, técnicos da Agência Internacional do Japão (Jica) iniciam os estudos de mensuração da redução da emissão de CO2 na Grande Belém. Eles vão fazer uma comparação entre a emissão atual e a que existirá quando o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano for implementado.
Segundo Paulo Ribeiro, coordenador de planejamento do programa Ação Metrópole, onde está inserido o projeto, a redução de CO2 será possível porque o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano prevê a redução significativa do número da frota de ônibus, que passarão a circular nos corredores exclusivos e preferenciais construídos na Região Metropolitana de Belém.
“O tempo de parada desses veículos nos engarrafamentos será menor contribuindo para a diminuição da emissão de dióxido de carbono na atmosfera”, explica. Com esses dados, o governo do Pará pretende captar recursos junto ao mercado de carbono, a título de compensação ambiental.
A criação do sistema integrado de transporte público irá beneficiar dois milhões de pessoas moradores da Região Metropolitana deBelém (RMB).
“Para os usuários do transporte coletivo teremos a melhoria da oferta do sistema de transporte na periferia. À medida que se racionaliza o sistema (troncaliza), haverá linhas percorrendo vias segregadas com veículos de maior capacidade, reduzindo o número de ônibus convencionais que hoje circulam nas vias com tráfego compartilhado. Então isso irá aumentar a capacidade dessas vias.” comentou o coordenador de planejamento do projeto, o arquiteto e urbanista Paulo Ribeiro.

Ação Metrópole:
O programa Ação Metrópole é a maior intervenção na malha viária da Região Metropolitana de Belém (RMB) dos últimos 20 anos. A primeira etapa do projeto já está em andamento com a execução das obras, que fazem parte do chamado "Corredor Norte", que compreende o prolongamento e duplicação de avenidas que fazem ligação com a periferia e rodovias, a construção de um elevado e um túnel na região central, além de obras de compensação ambiental no Parque Ambiental de Belém.
A segunda etapa prevê a implantação de corredores exclusivos para o transporte coletivo, novas estações e terminais de integração. O sistema funcionará com tráfego de ônibus articulados, com capacidade para 200 passageiros, garantindo a bilhetagem única para os usuários que necessitam de mais de uma condução para chegar ao seu destino dos cinco municípios da RMB - Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará. A renovação da frota de ônibus vai melhorar não apenas o trânsito, mas também o impacto sobre o meio ambiente.
Quanto à infraestrutura, destaca-se a possibilidade de ultrapassagem dos ônibus nos pontos de parada. No projeto, estão previstas a operação de linhas simultâneas, linhas que vão parar em todos os pontos e linhas semiexpressas, que só vão parar nos pontos de demanda, principalmente nos horários de pico, ampliando a capacidade do sistema.
Será adotado o ônibus com porta do lado esquerdo, com piso elevado, e a estação de embarque em nível, ou seja, os pontos de parada serão áreas pagas do sistema e o usuário, ao ingressar no ponto de parada, vai poder embarcar no ônibus de forma muito mais rápida.
Todas as obras em curso no projeto prevêem a implantação de ciclovias, estrutura que é da maior importância para o usuário de bicicletas na RMB e que representa mais de 7% no total de deslocamentos realizados diariamente nessa região.
O sistema integrado irá possibilitar a conexão entre a bicicleta e o ônibus, já que permitirá que o ciclista deixe sua bicicleta no terminal de integração para pegar o ônibus a partir daquela área.

Fonte: Fernanda Mira

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Sistema BRT de Belém ganha ampliação a partir de quinta-feira, 31

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O sistema BRT Belém ganha uma série de novidades a partir da próxima quinta-feira, dia 31. De forma experimental, o Terminal Maracacuera abre suas portas, não só para mais uma extensão de itinerário dos ônibus articulados do BRT, mas também para receber a chamada linha Troncal, com ônibus padrón, que são veículos com capacidade para 83 passageiros, com portas dos dois lados, que permitem que seja feito embarque e desembarque, não só nas paradas comuns, como também nos terminais e estações BRT.

Esses veículos circularão a partir do Terminal Macacuera até o Terminal São Brás, pela canaleta exclusiva, e de lá seguirão viagem em pista comum até a avenida Visconde de Souza Franco, rua Marechal Hermes, avenida Presidente Vargas, avenida Nazaré, avenida Magalhães Barata e avenida Almirante Barroso, em mais uma alternativa de interligação do sistema com o centro da cidade, com o usuário pagando uma única passagem.

Trajetos - Também a partir do dia 31, a linha Paricás - Águas Negras - São Brás passará a integrar no Terminal Maracacuera, de onde fará retorno ao bairro, portanto não seguirá mais viagem até o Terminal São Brás. A partir do dia 5 de novembro, as linhas Outeiro/Brasília - São Brás, Outeiro/Itaiteua - São Brás e Fama - São Brás também passarão a fazer a mesma integração no Maracacuera.

Quem se utiliza dessas linhas deve ficar atento de que precisará fazer o transbordo do ônibus comum, que vem dos bairros, e integrar, no Terminal Maracacuera, para seguir viagem, seja num ônibus BRT (até São Brás), ou no padrón até a Doca.

“Inicialmente os veículos padrón entram em circulação para atender prioritariamente a comunidade de Outeiro e entorno, que passa a ter essa mudança na forma de circulação e ganha uma possibilidade de seguir até o Centro. Também é importante ressaltar que, ao não ir mais até São Brás, essas linhas comuns voltam mais rapidamente para suas origens, o que vai gerar uma maior oferta dos veículos aos usuários nos bairros”, detalha Gilberto Barbosa, à frente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB).

“Outra vantagem é que essas linhas seguiam até São Brás na pista comum, não eram expressas, e agora, com a viagem pelo BRT ou padrón na canaleta, este usuário ganhará em tempo de viagem”, comemora Gilberto.

Lazer - Uma outra vantagem será sentida pelo público que não reside ou trabalha em Outeiro, mas que busca o distrito nos momentos de lazer, em especial no veraneio, já que este usuário não precisará mais se concentrar em São Brás para o embarque, e poderá fazê-lo em estações, terminais, ou menos no trajeto do ônibus padrón pelo centro de Belém. “Este usuário também ganhará em tempo e conforto para aproveitar os momentos de lazer”, acrescenta o superintendente da SeMOB.

Estações - Outra novidade é que, a partir do dia 31, mais estações passarão a funcionar em caráter experimental, aumentando as possibilidades de embarque e desembarque de usuários ao longo do trajeto. Inicialmente, junto com o Terminal Maracacuera serão ativadas as estações Homobono (próximo à Celpa, na Augusto Montenegro), Maguari, Grêmio Português, Eduardo Angelim e Castro Moura.

A previsão é que, até o fim de novembro, todas as estações localizadas nas avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso sejam ativadas, inclusive o segundo módulo localizado em São Brás, que dará suporte aos veículos que seguirão para a avenida Governador José Malcher.

Horário - Também, a partir do dia 31, passará a ser ampliado o horário de atendimento do Sistema BRT, com terminais e estações funcionando das 6 horas às 23h30 de segunda-feira a sábado. Nesta etapa os ônibus padrón não acessarão o Terminal Mangueirão, para dar ainda mais conforto e velocidade a quem fez o embarque nos terminais Maracacuera - onde será seu ponto inicial e final - e Tapanã, mas nada impede que um usuário que esteja no Terminal Mangueirão, por exemplo, acesse um veículo BRT e faça o transbordo ao padrón em uma das estações.

Padrón - Ao todo, seis veículos padrón entram no sistema no dia 31. A partir do dia 5 de novembro já serão 20 veículos e até o final de novembro a previsão é de 50 ônibus padrón circulando do Maracacuera até ao centro de Belém. O número de veículos articulados BRT, que circulam atualmente, também aumenta de nove, para 15, sendo nove com origem no Terminal Maracacuera e seis no Terminal Tapanã.   

Integração - Com essas mudanças, os usuários devem estar atentos à forma correta de se utilizar do benefício da integração. Como para fazer a integração entre as linhas que irão apenas até o Maracacuera com o sistema BRT e/ou os veículos padrón será preciso fazer o deslocamento entre a parada comum e o Terminal, os usuários deverão portar um cartão que dará acesso a este segundo embarque.

Quem possui Vale-Digital, Passe Fácil Sênior ou Passe Fácil Especial fará o acesso diretamente. Quem possui Passe Fácil Estudantil precisa colocar créditos em seu cartão, até hoje utilizado por muitos apenas como uma espécie de “identidade” apresentada junto a um pagamento em dinheiro.

“Já temos muitos estudantes que utilizam o Sistema BRT e que se habituaram a colocar créditos no cartão, alguns para a semana toda”, detalha Natanael Romero, do Sindicato das Empresas de Transporte de Belém (Setransbel).

Quem não possui nenhum desses cartões precisará adquirir o Cartão Expresso, que pode ser comprado e alimentado em qualquer terminal ou estação do sistema BRT, e que tem o custo de R$ 4, podendo ser carregado com o valor que o usuário desejar.

Esse sistema de cartões é fundamental não só para a integração, como para o embarque de passageiros ao longo do trajeto em direção ao centro de Belém, fora da canaleta, já que não haverá presença do cobrador no veículo.

“Grande parte do itinerário é feito dentro do Sistema BRT, que já tem cobrança da passagem do lado de fora, nas bilheterias. Essa não comercialização dentro dos veículos também aumenta a segurança de motoristas e passageiros, já que não haverá a circulação de dinheiro dentro dos veículos”, reforça o superintendente da SeMOB.

Novo transporte público - Todas essas novidades são mais uma etapa no caminho de uma mudança estrutural no sistema de transporte público de Belém, que avança para uma licitação com abertura prevista para janeiro de 2020.

“É importante ressaltar que a Prefeitura de Belém continua caminhando para a realização da licitação, inclusive estamos com consulta pública aberta no site da SeMOB para receber contribuições da sociedade até o dia 30 de outubro. No dia 30 de setembro, fizemos uma audiência pública com ampla participação popular. Passado o período da consulta pública iremos seguir os trâmites legais para a realização da licitação”, esclarece Gilberto Barbosa.

A aquisição desses novos veículos faz parte da exigência feita pelo prefeito Zenaldo Coutinho de que os operadores do sistema público de transporte investissem em cerca de 200 novos veículos 0 km. Segundo o superintendente da SeMOB, as novidades não só dão funcionalidade ao novo trecho de obra a ser entregue em breve, do Tapanã ao Maracacuera, como já permitem que o usuário experimente, desde já, algumas mudanças estruturais que ocorrerão de forma ampliada quando o sistema estiver todo reconfigurado.

“Agora os moradores de áreas como Outeiro poderão ter uma experiência mais clara sobre como funcionam linhas alimentadoras e linhas troncais padrón e BRT. Em breve, essa experiência será ampliada para outros bairros de Belém”, anuncia o superintendente da SeMOB.

Informações: Rede Pará
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Belém tem uma frota de carro superior à média nacional

sábado, 21 de maio de 2011

A taxa de motorização (relação entre a população e a frota de veículos) em Belém é de 22.3 carros para cada 100 habitantes, maior que a do Brasil, que é de 8 para cada 100 habitantes. Significa que na capital paraense, a proporção entre pessoas e carros é maior que a média nacional.

A necessidade de se investir na humanização do trânsito, para diminuir o número de acidentes e de mortos, levou os deputados estaduais a realizar, nesta quinta-feira, 19, uma sessão especial na Assembleia Legislativa, a pedido do deputado Celso Sabino, para discutir a situação do trânsito na Região Metropolitana de Belém (RBM).

Os números foram apresentados pelo Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), representado na ocasião pelo coordenador da Unidade Central de Planejamento (UCP), Carlos Valente. A sessão também teve representantes da Companhia de Transportes de Belém (CTBel), Ministério Público do Estado (MPE) e do projeto Ação Metrópole.

“Mostramos as prováveis causas desse crescimento da taxa de motorização”, explica Carlos Valente, sobre as razões para o aumento da frota, que, em todo o Pará, superou, este ano, a marca de 1 milhão de veículos. Em Belém, pelo menos ¼ da população é motorizada.

Entre as razões está o próprio crescimento da indústria automobilística no País, com as correspondentes facilidades no financiamento de carros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o aumento da renda familiar. Além disso, o automóvel é visto pela população como uma solução para as deficiências no transporte público de passageiros, como proteção contra a violência urbana e como alternativa para reduzir o tempo de deslocamento entre a casa e o trabalho.

No entanto, o aumento da motorização provoca problemas que exigem atenção urgente, pois o excesso de carros traz, como consequência, a queda da qualidade de vida nos grandes centros urbanos por conta do aumento dos congestionamentos, da poluição atmosférica e do estresse provocado pelo tempo gasto no trânsito.

Mais grave ainda é o aumento da exposição ao risco de acidentes de trânsito, com a consequente elevação dos gastos médico-hospitalares e previdenciários. Todo o estresse do trânsito também pode provocar um aumento da incidência de doenças cardíacas e neurológicas.

Entre as ações que poderão ser tomadas para melhorar a fluidez no trânsito, segundo Carlos Valente, está a reorganização do espaço público e do sistema viário, para melhor atender o aumento dos veículos motorizados e a segurança de pedestres e ciclistas, conforme recomendações do Ministério das Cidades. Como exemplo dessa reorganização, está a construção de ciclovias e o estímulo ao uso de bicicletas.
Outra sugestão fundamental é a reengenharia do sistema de transporte público de passageiros, de modo a que o motorista se sinta à vontade para deixar seu carro na garagem e usar os coletivos urbanos.

Levantamento estatístico feito pelo Detran, tomando como base o mês de abril, mostra que atualmente há 1.009.064 veículos registrados no Estado. Somente na RMB há 390.931 veículos – o que corresponde a 39% da frota. O município com o maior quantitativo é Belém, com 299.037 veículos, seguido de Ananindeua, com 73.521. Os dados mostram, ainda, entre os municípios que formam a Região Metropolitana, o registro de 11.744 veículos em Marituba, 5.481 em Benevides e 1.148 em Santa Bárbara.

Carlos Valente informa que as projeções vão além: até o final deste ano o Pará terá 1,115 milhão de veículos registrados rodando pelas ruas do Estado. Belém terá uma frota de 325 mil e a RMB de 430 mil veículos. “É um número excessivo. O Detran, no sentido de alertar a sociedade e em especial os órgãos de trânsito, vem atualizando o seu estudo da frota para que sejam viabilizadas soluções para esta situação”.

A UCP do Detran faz levantamentos diários sobre os acidentes de trânsito e suas variáveis registrados em todo o Pará. Parte do resultado desse trabalho pode ser conferido no site www.detran.pa.gov.br, no link do Observatório Estadual de Segurança Viária.

Fonte: Agência Pará

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Aumenta o número de acidentes no trânsito de Belém

terça-feira, 27 de setembro de 2011

As estatísticas da capital referentes a 2010 não mentem: apenas em Belém, aconteceram 10.320 acidentes no trânsito, resultando em 3.647 feridos e 130 mortos. O total de pedestres atropelados no ano passado chegou a 691, totalizando 46 mortos. Os acidentes motociclísticos chegaram à incrível marca de 10.485 ocorrências, com 271 mortos. Já os acidentes com ciclistas chegaram a 633, com 14 vítimas fatais.

Os dados revelam uma realidade vivida há muito tempo pelos moradores de Belém: dirigir ou simplesmente trafegar em ruas e calçadas por Belém vem se tornando uma tarefa cada vez mais difícil e perigosa.

O arquiteto e urbanista, Paulo Ribeiro, especialista em transportes, diz que a questão do trânsito deve ser debatida de forma mais ampla sob o aspecto da mobilidade, que implica em vários aspectos, sejam sociais ou econômicos. “Não adianta você ter uma ótima solução de transporte se o usuário não tem condições de pagar a tarifa. É por aí”, coloca.

Ribeiro aponta que a solução para Belém passa pela reestruturação do sistema de transporte público que, segundo ele, se mantém completamente obsoleto e com a mesma concepção operacional desde quando se iniciou o transporte de passageiros, baseado em linhas bairro-centro. “Hoje, a região metropolitana assumiu outro contexto e as ligações bairro-centro, que são as vias, não têm mais capacidade para esse volume. Hoje, o sistema de transporte público é extremamente precário em termos de oferta na periferia e excessivamente no centro”.

Como não há mais espaço para oferta de linhas na periferia, os moradores dessas regiões ficam penalizados, já que novas ocupações sempre vão surgindo. “Grande parte dos ônibus de Ananindeua já retornam do Entroncamento, fazendo com que o usuário tenha que pegar outro coletivo para ir ao centro. Só mudando essa concepção, implantando um sistema integrado, resolveria essa situação”, explica.

Essa integração, segundo Ribeiro, seria multimodal, não envolvendo apenas ônibus-ônibus, mas também bicicleta-ônibus, carro-ônibus e até barco-ônibus. Assim, o deslocamento seria facilitado, podendo ser utilizado mais de um modal. “Dessa forma, poderíamos melhoraríamos a oferta no centro, de maneira mais racional, com corredores segregados, aumentando a oferta na periferia com linhas menores que não viriam até o centro, mas até determinados corredores de grande capacidade”.

Por esse modelo, o ônibus percorre uma fixa segregada, só dele, tendo maior velocidade operacional e acessibilidade. “Será muito mais rápido para quem sai de casa, pega o ônibus para o trabalho e retorna também de ônibus. O carro ficaria na garagem e a diminuiria a demanda de veículos nas ruas, tendo em vista que nenhuma cidade brasileira hoje tem condições de aumentar seu espaço viário na mesma proporção que cresce a frota de veículos”.

O único projeto que existe nesse sentido atualmente, de acordo com Paulo Ribeiro, é o Ação Metrópole. O projeto do Ação Metrópole começou a ser feito ainda na época do Plano Diretor de Transporte em 1990. Em 2001, ele foi revisto e em 2003, feito um estudo de viabilidade. Em 2008 e 2009, o governo do Estado fez o Ação Metrópole com algumas obras viárias importantes, como a avenida Centenário, a recuperação da Arthur Bernardes e os elevados Gunnar Vingren e o da Júlio César.


Sistema já está “na UTI”


Para a professora doutora Maisa Sales Tobias, engenheira de Transportes da Universidade Federal do Pará, a falta de investimentos no sistema de transporte público metropolitano e de entendimento político sobre a questão, aliado à falta de projetos, prejudica sensivelmente a mobilidade na RMB.“Não há educação dos condutores e a fiscalização com punição severa aos maus condutores não existe. Há muito tempo em Belém só se faz conscientização no trânsito em campanhas esporádicas, quando a educação deveria ser permanente desde cedo”, diz Maisa, que integra o Grupo de Mobilidade Territorial e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, da Faculdade de Engenharia Civil.

Segundo ela, não há uma gestão estratégica no trânsito no Estado e em Belém. “A decisão tem que ser conjunta, envolvendo todos os municípios, com tratamento igual e respeito às autonomias e direito de voz a todos, já que parte do problema do trânsito é metropolitano e não localizado”.

Para ela, o trânsito e o transporte de Belém já “estão na UTI” há muito tempo. “Não há um pequeno remédio para resolver a situação. As medidas precisam ser impactantes na proporção da gravidade da situação”, analisa.

“Se não abrirmos espaços para a circulação de motos e bicicletas, não há como diminuir as fatalidades nos acidentes nem proporcionar transporte a quem não pode pagar o ônibus circular para atender as suas necessidades mais básicas. Se não adotarmos um Plano de Circulação Urbana de carga, o trânsito vai continuar congestionado”.

ACIDENTES

Apenas em Belém, em 2010, aconteceram 10.320 acidentes no trânsito, resultando em 3.647 feridos e 130 mortos. O total de pedestres atropelados no ano passado chegou a 691, totalizando 46 mortos.


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Mais três empresas de transporte coletivo saem de circulação em Belém

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Por apresentarem péssimas condições de trafegabilidade e baixa qualidade na prestação de serviços de transporte à população, mais três empresas foram retiradas definitivamente do sistema de transporte público de Belém: Expresso Michele, Via Urbana e Viagem Bem. Todas elas já estavam com suas permissões cassadas pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), já que estavam descumprindo as ordens de serviço que determinam os horários de saída e itinerários de cada veículo. A operação que resultou na suspensão dos serviços aconteceu na noite de terça-feira, 12.

“A ida até as garagens das empresas era para checar as condições dos coletivos. Apenas constatamos o que já sabíamos: as empresas possuem veículos em condições precárias de trafegabilidade e não podem mais circular”, disse o coordenador de fiscalização de transporte da Semob, Márcio Bello.

Na garagem das empresas Via Urbana e Expresso Michelle não existia ninguém e as portas da empresas foram lacradas. Na empresa Viagem Bem, em Benevides, oito coletivos foram vistoriados e nenhum tinha condições de operar. “Elevadores para deficientes que não funcionam, pneus carecas, vidros quebrados, carros sujos e sem condições de trafegabilidade foram algumas das irregularidades que encontramos. Isso apenas ratifica que a empresa não tem condições de operar, como já prevíamos”, completou Márcio.

A população não ficará desamparada quanto ao serviço de transporte porque a maioria dos coletivos dessas empresas sequer circulavam, ou seja, já não estavam atendendo à demanda da população, e outras empresas que compartilhavam as linhas já tinham assumido as operações. “As linhas que estas empresas operavam já haviam sido absorvidas anteriormente por outras empresas. Temos compromisso com os passageiros e estamos trabalhando para que ninguém fique sem ônibus, e muito menos sem transporte de qualidade”, disse Maisa Tobias, superintendente da Semob.

Balanço

Os números de ônibus impedidos de circular em Belém já chega a 66 coletivos e sete o de empresas que tiveram linhas cassadas: Expresso Michele, Alternativa, Viagem Bem, Via Urbana, Perpétuo Socorro, Eurobus e Transportes Pinheiro. As fiscalizações devem continuar de forma intensa e a população pode ajudar denunciando as irregularidades dos coletivos pelos canais de comunicação: fale conosco do site (www.belem.pa.gov.br/semob), twitter: @semob_bel e pelo telefone 118.

A população também pode denunciar à Semob caso observe alguns desses veículos que foram lacrados circulando pelas ruas de Belém. Para isso, a superintendência disponibiliza semanalmente a relação das placas de veículos lacrados em sua página na internet.

Operação de trânsito apreende 32 veículos irregulares 

A Operação Trânsito Seguro, realizada em diversos pontos de Belém entre a tarde de terça, 12, e a manhã de quarta-feira, 13, pela Semob, resultou na apreensão de 32 veículos irregulares.

Ao final da tarde de terça, no cruzamento da Avenida Pedro Álvares Cabral com Passagem Mirandinha, os agentes de trânsito e de transportes da Semob apreenderam 15 motos e dois veículos particulares. Já na quarta-feira, a operação teve início no bairro de São Brás, ao lado da Praça do Operário, passando à Avenida Almirante Barroso, e seguindo pela Rua Yamada, no bairro do Benguí, até terminar na Rodovia Augusto Montenegro. Ao final desse primeiro roteiro, oito vans e sete micro-ônibus com licenciamento vencido e em péssimas condições de trafegabilidade foram apreendidos.

Enquanto a operação transcorria na Augusto Montenegro, três ônibus da Viação Princesa foram flagrados trafegando com documentação irregular. Um deles, inclusive, estava com placa de Belém e documentação de Castanhal. Já na Almirante Barroso foram apreendidos quatro ônibus sem autorização para fazer a linha Marituba/São Brás.

Todos os veículos apreendidos nas operações foram encaminhados ao pátio de retenção da Semob, localizado na Estrada do Tapanã, de onde só poderão ser liberados depois que os proprietários sanarem as irregularidades e efetuarem o pagamento das taxas administrativas, como o serviço de guincho, diárias de pátio, licenciamento atrasado e as taxas referente às infrações de trânsito atrasadas, se houverem.

Por Nathalia Petta
Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB)

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Novo sistema de transporte público de Porto Alegre deve entrar em vigor em fevereiro

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O novo sistema de transporte público de Porto Alegre deverá entrar em operação em fevereiro — dois meses antes do prazo máximo previsto pelo edital de licitação. Pelo menos esta é a meta das empresas de ônibus, segundo o gerente técnico da Associação dos Transportes de Passageiros (ATP), Gustavo Simionovschi. Antes disso, porém, terão que passar por uma vistoria por parte da Prefeitura, para verificar se todas as exigências do edital foram atendidas. “É possível que o sistema comece a operar até o final de fevereiro, mas ainda existem algumas etapas até a definição da data final”, afirma o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. 

O início das operações também é importante porque será a partir desta data que as empresas poderão solicitar o aumento na tarifa dos ônibus, conforme definido em decreto. Nos outros anos, as operadoras reivindicavam a revisão tarifária e a concessão do reajuste dos salários dos rodoviários, cuja data-base é 1º de fevereiro. Na prática, as empresas já estarão com custos elevados, por conta do reajuste dos rodoviários. 

Mas o principal é que a entrada do novo sistema também resultará em mudanças, como a ampliação de consórcios. Atualmente, são três apenas —  Unibus, STS e Conorte — e uma empresa pública (Carris). Pelo novo modelo, serão quatro consórcios, divididos por seis bacias, e a Carris. Com a distribuição por bacias haverá a troca de algumas linhas. 

A estimativa da ATP é de que a mudança afete até dez linhas. Já a projeção da EPTC é de que sejam afetadas cinco linhas, atualmente operadas pela Carris e que serão repassadas para um dos consórcios. Já a Carris assumirá uma nova linha e três derivações. É provável que outros itinerários sofram mudanças. Não está descartado o prolongamento de trajetos e ajustes nos percursos. Para amenizar os transtornos à população, Cappellari espera que os ajustes ocorram após o início da operação do novo sistema. Defende a necessidade de diálogo com lideranças das comunidades afetadas pelas mudanças. 

De acordo com o gerente técnico da ATP, os últimos meses foram dedicados à análise das adequações que serão necessárias. Igualmente aproveitam para treinar os profissionais, no sentido de que se adaptem às novas rotas. Simionovschi informou ainda que, em um primeiro momento, haverá renovação parcial da frota. Está previsto o ingresso de cerca de 300 ônibus zero quilômetro. A maioria dos coletivos terá ar-condicionado, em atendimento a uma das cláusulas do edital. 

Conforme a licitação, as empresas devem iniciar a operação dos consórcios com no mínimo 25% da frota climatizada. Na sequência, os operadores terão até 10 anos para equipar a totalidade da frota com equipamentos de ar-condicionado. 

Tarifas podem aumentar

O início de 2016 será marcado por mudanças no transporte coletivo de Porto Alegre. As discussões começarão com a elaboração da proposta de reajuste dos rodoviários. A primeira assembleia da categoria ocorre hoje, a partir das 19h. Durante o encontro, pretendem elaborar a pauta de reivindicações. Posteriormente, será encaminhada ao Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Pelas manifestações de ambos os lados, a intenção é que as negociações ocorram normalmente. 

É mais provável que se repita o movimento de 2015, quando o acerto ocorreu em três semanas, e bem diferente de 2014, quando houve paralisação por 17 dias dos serviços e a negociação acabou na Justiça, trazendo prejuízos aos usuários. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Adair da Silva, a ideia é que a proposta contemple um ganho real, um pouco acima da inflação. Outra proposta que deverá ser apresentada é a garantia de manutenção dos empregos. A categoria conta com cerca de 9 mil funcionários. 

“Reconhecemos que este é um momento de dificuldades financeiras e queremos a garantia de que não haverá cortes”, afirma. Ao mesmo tempo, ele rebate o movimento de alguns profissionais que reivindicam aumento salarial de 20%. “Não vamos mentir para os profissionais. Vamos levar a negociação com a mesma transparência do ano passado, quando obtivemos ganhos importantes”, assinala.

Em 2015, além de 8% de reajuste, a categoria conseguiu elevar o valor do vale-refeição, entre outros benefícios. Já na Associação dos Transportes de Passageiros (ATP) a perspectiva é de que a negociação seja concluída até o final deste mês. A expectativa é grande, uma vez que o índice de reajuste a ser concedido aos rodoviários é fundamental para o reajuste da tarifa de ônibus da Capital. 

Atualmente, o pagamento dos salários dos funcionários representa entre 48% a 49% da composição do valor da passagem. Existe porém um diferencial neste ano. Em função da licitação do transporte público, a revisão da tarifa só poderá ser solicitada após os novos consórcios iniciarem a operação. Segundo o edital, isso poderá ocorrer até abril de 2016. Antes disso, o valor ainda precisa ser analisado pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), para depois ir à sanção do prefeito José Fortunati.

Cores indicam região

As empresas, que serão responsáveis pela prestação do serviço por 20 anos, terão que fazer outras melhorias na frota. Além do ar-condicionado, os ônibus deverão ter acessibilidade plena e uma redução do número máximo de passageiros por veículo, entre outros pontos. 

Gradativamente os coletivos da capital gaúcha ganharão nova identidade visual, com cores diferenciadas por região: Centro e linhas transversais — Carris (ocre), Norte (vermelho), Leste (verde) e Sul (azul).

Trajetória da licitação

• 2011: começa o processo para elaboração da licitação do transporte público de Porto Alegre. É formado um grupo de trabalho para elaboração do edital. 
• 31 de março de 2014: primeiro edital é lançado.
• 3 de junho de 2014: prazo para apresentação das propostas. Não houve interessados. 
• 19 de setembro de 2014: lançamento de novo edital para licitação do transporte coletivo.
• 24 de novembro de 2014: prazo para as empresas apresentarem propostas e mais uma vez não há interessados. 
• 6 de maio de 2015: publicado o terceiro edital, desta vez aberto a empresas internacionais e com a divisão da cidade em seis lotes.
• 6 de julho de 2015: empresas interessadas apresentam propostas de operação do sistema. 
• 30 de julho de 2015: Prefeitura publica o primeiro resultado da licitação do transporte.
• 9 de outubro de 2015: contratos com as empresas vencedoras da licitação foram assinados. Estabelecidos prazos de até 180 dias para o início das operações. 

Consórcios

• Bacia Norte/Nordeste
Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes
• Bacia Sul — Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga
•  Bacia Leste/Sudeste
Lote 5 - Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril
Lote 6 - Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

Fonte: EPTC e Correio do Povo


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Em Belém, Usuários contam os dias para a chegada de ônibus climatizados e com WiFi

domingo, 5 de novembro de 2023

A modernização das frotas de ônibus já é uma realidade em muitas capitais brasileiras. Com a predominância de temperaturas altas no país e a proximidade que a sociedade atual possui com a tecnologia, meios de transporte climatizados e com wi-fi grátis são componentes que podem facilitar a vida do cidadão. De acordo com o Governo do Estado, até o primeiro semestre de 2024, Belém também será uma dessas cidades. O acordo para isso foi assinado no dia 10 de outubro deste ano e deve garantir que a Região Metropolitana de Belém receba os novos veículos.

Os novos ônibus, que terão baixa emissão de carbono, além do conforto térmico com a presença do ar-condicionado, terão internet gratuita e um aplicativo que permitirá ao usuário, monitorar, em tempo real, a localização e previsão de chegada do transporte. O investimento é de R$250 milhões. 

Usuários dizem que a climatização dos veículos trará conforto nos dias quentes de BelémUsuários dizem que a climatização dos veículos trará conforto nos dias quentes de Belém. Além disso, o “Sistema Integrado de Transporte Público Coletivo de Passageiros de Belém”, prevê uma rede integrada composta por linhas troncais e bilhetagem 100% digital.

Entre as cidades que já possuem ônibus climatizados, estão Fortaleza e São Luís e até mesmo locais interioranos como Jundiaí, São Paulo. A capital cearense iniciou a inserção das novas frotas em 2014. Durante a pandemia da COVID-19, os ar-condicionados foram desligados, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para diminuir o contágio do vírus. A partir do início de agosto deste ano, 100% dos ônibus equipados com ar-condicionado passaram a ter o aparelho ligado em Fortaleza.“Pego ônibus todas as semanas, quase diariamente. Eu vi a chegada dos ônibus com ar-condicionado e eles trouxeram bastante conforto, pois Fortaleza é uma cidade bem quente. A gente se sente até mais valorizado pelo governo, por nos garantir essa possibilidade”, conta o professor João Lucas Sousa, nascido e criado em Fortaleza.

Em São Luís, no Maranhão, cerca de 720 novos veículos foram introduzidos na frota em 2019. Nesse mesmo ano, São Luís foi a cidade da região nordeste com a maior porcentagem de frota de ônibus urbanos  A capital enfrentou um problema similar à Fortaleza durante a pandemia, e o funcionamento integral da climatização ainda está sendo reinstituído. 

O transporte coletivo em Jundiaí (SP) iniciou investimento em frotas mais modernas em 2021. Além da climatização, os modelos mais novos contam com tecnologia para pagamento em cartões de crédito e débito e um sistema de vigilância com quatro câmeras. “Definitivamente é muito melhor, principalmente quando você precisa pegar um ônibus lotado”, brinca Naisa Nascimento, de 20 anos. “No verão fica aquele calor insuportável, que faz a pressão cair. O ar-condicionado ajuda bastante nesse aspecto”.

De acordo com o anúncio feito pelo governador Helder Barbalho, a Região Metropolitana será contemplada com mil ônibus novos no processo de renovação da frota. São 300 veículos adquiridos pelo Setransbel; 265 ônibus elétricos pelo governo estadual e outros 130 ônibus ou 200 micro-ônibus adquiridos pela Prefeitura de Belém. A meta é renovar a frota até 2025.

O acordo também garantirá a isenção tributária às empresas que executarem o serviço, condicionadas a metas de melhorias. Segundo Barbalho, os veículos devem ser integrados ao BRT metropolitano, que está em construção, com os ônibus do BRT de Belém.

A climatização do transporte público já é uma reivindicação antiga da população de Belém, devido às altas temperaturas registradas na região anualmente. Portanto, a possibilidade de se locomover pela cidade com mais conforto é vista com muito otimismo pelos moradores.

Informações: O Liberal

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Belém: Passagem de ônibus fica em R$ 1,70

domingo, 21 de dezembro de 2008

O preço da passagem que os usuários terão que pagar a partir de amanhã nos ônibus de Belém será de R$ 1,70. O prefeito Duciomar Costa homologou o aumento de 13,33% na passagem na manhã de ontem, após uma reunião com empresários e a Companhia de Transportes de Belém (CTBel). Estudantes com direito à meia-passagem pagarão R$ 0,85.O aumento no preço da passagem, no entanto, foi condicionado pela Prefeitura Municipal de Belém à assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel). Por meio da assinatura deste termo, os empresários assumiram alguns compromissos propostos pela prefeitura para a melhoria da qualidade do transporte público de Belém. A partir de primeiro de janeiro de 2009, os empresários têm que comprovar, em até 90 dias, a renovação de pelo menos 50% da frota de veículos para atender à população. Além disso, eles também se comprometem a garantir atendimento de transporte público em todos os bairros de Belém, inclusive nos distritos de Outeiro e Mosqueiro, cobrando o mesmo preço da passagem. Os empresários terão ainda que estender a toda a frota a pintura padronizada definida pela CTBel, os validadores eletrônicos das carteiras de meia-passagem, gratuidades e vale-transporte digital, e o monitoramento por câmeras de seguranças, que inibem a ação de assaltantes. A proposta da prefeitura de uma tarifa única de um real aos domingos foi recusada pela Setrans-Bel e ficou de fora do acordo. Os empresários também não aceitaram a proposta de arcar com os custos da adaptação dos ônibus para a acessibilidade de portadores de necessidades especiais.

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CTBel diz que número de usuários já chegam a 1 milhão por dia no caótico transporte de Belém

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quem disse que o trânsito de Belém não tem jeito? Ou melhor, será que ele ainda tem jeito? Para o cidadão comum, que diariamente tem motivos de sobra para se exasperar, retido em congestionamentos até pouco tempo atrás tidos como improváveis, perguntas desse tipo se tornam hoje recorrentes e recorrentemente ficam sem respostas. A realidade, que chega a ser aniquiladora em alguns momentos, é um trânsito tenso, barulhento, caótico muitas vezes. Manter os nervos no lugar chega a ser quase impossível, e o resultado que se tem é a progressiva degradação do espaço urbano com a consequente deterioração das condições de vida da população.

Mas terá de ser sempre assim? – é outra pergunta que tem ressurgido com força nestes últimos tempos. Enquanto isso, a população de Belém vai perdendo rapidamente as condições mínimas de mobilidade, tolhida que está pelo explosivo aumento da frota circulante, pela concentração demográfica decorrente do boom imobiliário e por um sistema viário caquético e obsoleto. Assim, não há respostas prontas nem para essas e nem para outras indagações que de certa forma refletem temores e incertezas em relação ao futuro da cidade.

Solução para esses problemas, como se sabe, ainda não existem, e nem nascem prontas. De qualquer forma, depois de conviver durante décadas com o contínuo agravamento dos problemas ligados ao tráfego urbano, a população belenense – e como ela a de toda a Região Metropolitana – vê surgirem não uma, mas duas propostas simultâneas como possibilidades de solução. Os dois projetos – um da Prefeitura Municipal e outro do Governo do Estado – sugerem o mesmo modo de transporte, o Bus Rapid Transit (BRT), como instrumento para desfazer o nó do transporte público de passageiros e, em decorrência, para promover o descongestionamento nos principais corredores de tráfego da cidade.

Embora conceitualmente parecidos, porém, os dois projetos diferem bastante no traçado e na abrangência. Orçado em R$ 430 milhões, o projeto da PMB, ainda obscuro, sem projeto executivo e sem fonte garantida de recursos, tem seu traçado restrito a dois corredores de tráfego, a avenida Augusto Montenegro, a partir da via de acesso para o Outeiro, na entrada da Vila de Icoaraci, e a avenida Almirante Barroso, do Entroncamento até São Brás. O projeto municipal prevê a construção de dois elevados no Entroncamento, uma solução inteligente para desafogar o trânsito naquela área, eliminando a esdrúxula fórmula de engenharia que criou ali uma lenta e perigosa corrente de tráfego em permanente contrafluxo.

A proposta da Prefeitura, além de quase que totalmente ignorado ainda em sua concepção técnica, apresenta no pouco que é conhecida diversões senões que a tornam objeto de sérios questionamentos. Dois pontos, em especial, reforçam as suas inconsistências. Um, o fato de prever a solução do transporte público com ônibus de circulação rápida somente até São Brás, sem contemplar qualquer solução para a obstrução crônica que hoje temos em duas áreas centrais de Belém – a avenida Presidente Vargas e o complexo do Ver-O-Peso. O outro, a sua abrangência restrita à capital, desconsiderando o fato óbvio de que a questão do trânsito não é um problema pontual, mas de alcance metropolitano.
Tarifa é base dos custos e não aumentará
Dois técnicos japoneses, ligados à Jica, se encontram no momento em Belém. Em conjunto com a equipe estadual de especialistas do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), eles estão fazendo a compatibilização da legislação brasileira, em resguardo da soberania nacional, com os dispositivos da legislação japonesa. Segundo explicou o diretor geral do NGTM, o arquiteto Cesar Meira, este é um passo necessário para a elaboração do contrato definitivo, que será assinado em Tóquio no final de março, A minuta do contrato foi assinada em Brasília no dia 9 deste mês.

Com base também nesse trabalho conjunto, o NGTM vai montar agora o edital da licitação internacional para contratação da consultoria geral do empreendimento. A consultoria é que vai fazer todo o detalhamento do projeto, incluindo desde o planejamento financeiro e orçamentário até a execução das obras de engenharia do sistema BRT. Nessa fase serão apresentadas também as soluções conclusivas a respeito das questões mais delicadas. Entre elas, a localização dos pontos de parada e de travessia de pedestres ao longo da BR-316 e Almirante Barroso.

O detalhamento vai permitir também, entre muitas outras questões, o redimensionamento da frota, a possível revisão de linhas urbanas e a adoção de um sistema de trânsito rápido, seguro e eficiente na área mais central da cidade, a partir de São Brás, o que inclui a utilização de veículos dotados de tecnologias modernas e inovadoras. A idéia central é acabar com o “passeio” de ônibus quase vazios que hoje congestionam os corredores centrais, como Presidente Vargas e Castilhos França.

 ENTRONCAMENTO

De acordo com Cesar Meira, estudos comprovam que, do universo de usuários que utilizam ônibus em circulação na BR-316 em direção ao centro, 30% desembarcam já no Entroncamento, enquanto a redução de demanda chega a 50% em São Brás. A simples otimização dos serviços a partir desses dois pontos de referência já significará, para o diretor do NGTM, um ganho enorme para a população, seja pela sensível melhoria dos serviços, seja pela economia de tempo, seja ainda pela redução das emissões de gases poluentes. “E um dado importante em relação aos cálculos”, faz questão de frisar Cesar Meira. “Nós vimos trabalhando, desde o início dos estudos de viabilidade, rigorosamente com a tarifa vigente, o que significa dizer que o projeto em si não acarretará aumento de preço”.
Projeto BRT do Governo também depende dos recursos privados

Orçado em torno de R$ 607 milhões – sendo R$ 320 milhões de financiamento da Jica, a Agência de Cooperação Internacional do Japão, R$ 167 milhões de contrapartida do Estado e R$ 120 milhões o desembolso previsto pela iniciativa privada –, o Projeto Ação Metrópole contempla soluções globais para as questões que afetam globalmente o trânsito em toda a Região Metropolitana. Isso significa dizer que a proposta do Governo do Estado busca encaminhar soluções não exclusivas para a capital, mas antes contempla o caos do trânsito em Belém como síntese e somatória de problemas convergentes a partir de municípios como Santa Bárbara, Santa Isabel, Benevides, Marituba e Ananindeua.

Essa realidade emerge dos próprios números. Segundo dados fornecidos esta semana pela CTBel, aproxima-se já da casa de um milhão (982.081) o universo de passageiros que se utilizam, diariamente, do serviço de transporte coletivo oferecido pela frota de ônibus que circula na capital, boa parte dela oriunda dos municípios que integram a Região Metropolitana. Essa frota média é hoje estimada em 1.704 ônibus, sendo 1.112 da própria capital e 592 da RMB. Nesses números não estão incluídos os quantitativos de vans e de seus usuários, sobre os quais a CTBel não exerce qualquer controle por se tratar de um serviço clandestino.

O projeto Ação Metrópole, do Estado, que em sua primeira etapa resultou no prolongamento da avenida Independência da Augusto Montenegro até a avenida Júlio César e na construção do Elevado Daniel Berg, prevê para esta segunda etapa duas obras integradoras do transporte metropolitano. A primeira é o prolongamento da avenida João Paulo II até o elevado do Coqueiro. A segunda, a implantação de faixas rápidas e exclusivas para ônibus que partirão de um terminal em Marituba, próximo ao acesso da Alça Viária, e vão além de São Brás para alcançar duas áreas nevrálgicas da capital.

Um desses pontos críticos é o corredor da avenida Presidente Vargas, incluindo a extensão de retorno pelas avenidas Nazaré e Magalhães Barata. O outro, o complexo do Ver-O-Peso, neste incluindo os eixos de saída da cidade – 16 de Novembro, Almirante Tamandaré, Gentil Bittencourt e Mundurucus. O projeto estadual não contempla, como se vê, a avenida Augusto Montenegro, hoje um dos nossos mais problemáticos corredores de tráfego. Se for possível conciliar os dois projetos – o do Estado e o da PMB –, tornando-os complementares e não concorrentes, Belém terá a chance de romper com décadas de atraso e abraçar um dos mais modernos sistemas de tráfego urbano do Brasil, num horizonte que se estenderá pelo menos até por volta de 2025, segundo os especialistas.

Fonte: Diário do Pará
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