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Prefeitura de Porto Alegre amplia fiscalização do uso de ar-condicionado no transporte coletivo

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

A prefeitura, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (SMMU) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), está ampliando a fiscalização nos ônibus para verificar o funcionamento do ar-condicionado. Conforme o decreto 19.836/2017, o equipamento deve estar ligado a partir dos 24 graus. A frota operante da Capital é de 1.173 ônibus, dos quais 877 possuem ar-condicionado, o que representa 74%. 

Desde que se ampliou a fiscalização, verificou-se uma situação pontual na Carris que envolve os veículos adquiridos em 2020. Após várias reuniões, sucessivas reclamações, notificações e recalls desde setembro daquele ano, sem obter uma solução para o problema, a Companhia Carris acionou a empresa fornecedora judicialmente. 

“Estamos monitorando essa questão pontual e demos um prazo para adequação, tendo em vista as medidas já adotadas pela empresa para solucionar e entregar para os usuários do transporte veículos com ar-condicionado, dando mais comodidade para quem usa o serviço”, destaca o secretário Adão de Castro Júnior. 

É importante que os usuários do transporte coletivo informem via 156 ou 118 qual o prefixo do ônibus, o horário e o sentido da viagem em que foi observado o não funcionamento do equipamento para que a prefeitura possa  melhorar o atendimento e a prestação do serviço de transporte público.

Informações: Prefeitura de Porto Alegre

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Rodoviários de Porto Alegre prometem greve nesta segunda-feira

domingo, 1 de outubro de 2023

Os rodoviários de Porto Alegre prometem entrar em greve na segunda-feira (2), com 60% da frota em operação. A categoria já havia definido em assembleia pela paralisação. Na sexta-feira (29) ocorreu audiência entre os representantes dos trabalhadores e da Carris, mediada pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), desembargador Ricardo Martins Costa. Na reunião, houve acordo sobre o percentual mínimo de operação, que considera a atual frota de 220 ônibus, em todos os horários do dia.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Porto Alegre, Adair da Silva, os trabalhadores devem se reunir já durante a madrugada, a partir das 4h, em frente à garagem da Carris. Segundo Silva, a mobilização não irá obstruir a passagem dos coletivos e dos trabalhadores, conforme acordado na audiência. 

Também na segunda-feira, no início da tarde, serão abertos os envelopes dos interessados na compra da Carris. Uma nova audiência será realizada às 18h no TRT.

— Nós vamos esperar a abertura dos envelopes para tomar uma decisão de qual o rumo que vamos tomar — afirma o sindicalista. 

Segundo Silva, a motivação da greve é a contrariedade dos rodoviários em relação à venda da Carris.

— A gente não quer, mas passou pela Câmara de Vereadores então não tem como desfazer. Nós entramos judicialmente no Tribunal de Contas porque tem falha no edital. Mas vamos ver o que vai acontecer — relata.

Vencerá a disputa quem ofertar o maior valor a ser pago pela Carris, pelos seus terrenos e veículos, além das linhas de ônibus que são administradas por ela. O valor mínimo é de R$ 109,85 milhões.

Informações: Zero Hora

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Tarifa de ônibus sobe para R$ 3,25 em Porto Alegre

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O acréscimo de R$ 0,30 na tarifa de ônibus de Porto Alegre, referente a um percentual de 10,85%, foi sancionado pelo prefeito José Fortunati nesta quinta-feira. A partir de domingo, o valor, atualmente em R$ 2,95, já será de R$ 3,25. As lotações custarão R$ 4,85. 

Segundo a planilha técnica apresentada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), ocorrida pela manhã, os itens que mais impactaram na passagem foram a despesa com recursos humanos e o custo da manutenção dos veículos. O relatório apontou uma passagem de R$ 3,2691. O reajuste foi aprovado por 14 votos a três. Durante o encontro do conselho, um grupo de cerca de 80 pessoas protestava em frente à sede da EPTC. 

O gerente executivo e representante da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) no conselho, Luiz Mario Magalhães Sá, votou a favor do valor, mas preferia que o montante fosse maior. “O sistema de transporte coletivo de Porto Alegre passa por uma crise financeira sem precedentes, o que nos preocupa, pois estamos há dois anos só mantendo o que temos, sem fazer investimentos. A frota está envelhecendo gradualmente e, lá na frente, isso afetará a qualidade do serviço”, garantiu. 

A entidade representa os interesses das empresas que operam os ônibus na Capital. Antes de a EPTC anunciar sua proposta, a ATP havia sugerido que a passagem custasse R$ 3,49. Como o valor ficou muito abaixo do que a associação esperava, Sá assegura que não há possibilidade de renovar a frota.

Ele ressaltou, ainda, a boa qualidade do transporte público porto-alegrense, se comparado com outras capitais. “O tempo médio de espera aqui é de 19 minutos, perdendo só para Curitiba, onde é de 18. Há locais em que esse período supera os 30 minutos. O tempo da viagem é o menor de todos, sendo de 56 minutos no total, enquanto no Rio de Janeiro, por exemplo, é de 96 minutos”, disse.

A reunião desta quinta foi a última com Luis Afonso Martins como representante da Central Única de Trabalhadores (CUT). O rodoviário anunciou, depois da votação, que abandonará o Comtu e também a CUT. “Quem analisar a planilha será favorável, pois ela está correta tecnicamente, mas sua metodologia está completamente equivocada. Na planilha, consta que estamos dando nosso dinheiro para os empresários. Este conselho é uma falácia, um circo armado em que a sociedade sai perdendo e só quem ganha são os empresários”, critica. Martins sugeriu que a prefeitura subsidie o aumento e que o transporte seja totalmente operado pela empresa pública Carris.

Getúlio Vargas Júnior, representante da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa), destacou que a inflação dos últimos dez anos foi 20% menor do que o reajuste médio da tarifa. “Além disso, falta elaboração do Plano de Mobilidade de Porto Alegre, previsto por lei na Política Nacional de Mobilidade Urbana para ser implantado até este ano. Outra questão são as duas licitações esvaziadas, que previam um valor inferior na passagem”, relatou. 

Todos esses componentes, somados à falta de debate com a comunidade, fazem com que a entidade julgue ser responsabilidade da prefeitura subsidiar o aumento e as isenções oferecidas a idosos, deficientes e a certas áreas profissionais, bem como a meia passagem para estudantes. As isenções representam 35% do valor da tarifa, conforme a ATP. “Retirando 35% do preço da passagem, ela não estaria em R$ 2,95, mas sim em R$ 1,91, e o reajuste pedido não seria de R$ 3,27, mas sim de R$ 2,12”, ponderou Vargas.

Para presidente do Comtu, querer serviço qualificado com passe livre é ‘demagogia barata’

O presidente do Comtu, Jaires da Silva Maciel, defendeu a reavaliação anual de custos para manter o sistema funcionando. Sobre a possibilidade de a prefeitura subsidiar isenções, responsabilizou a Câmara Municipal. “Há uns três anos, o conselho encaminhou uma resolução à Casa, que foi acatada, dizendo que todas as isenções que fossem concedidas deveriam indicar, juntamente, a fonte daquele financiamento. Agora estamos vivendo esse episódio da Brigada Militar, que poderá ter seu efetivo com direito a passe livre com ou sem farda, e eles não sinalizaram a fonte da isenção, rompendo o que prometeram”, reclamou.

Os índices de inflação apresentados pelo governo federal foram questionados por Maciel. “O que não está acima da inflação? Não é só a passagem de ônibus. A declaração oficial de inflação é que está abaixo dos preços ideais. Criou-se uma ilusão de que os índices inflacionários promulgados pelo governo federal são uma verdade absoluta, mas os preços das coisas têm a sua própria realidade”, argumentou. “Por que a Mercedes Benz ou a Volvo venderiam ônibus no Brasil mais baratos do que lá fora? São todas empresas multinacionais, que têm cotação internacional, e não são tão afetadas pela inflação brasileira.”

Para Maciel, é “demagogia barata” imaginar que é possível haver transporte público e de qualidade gratuitamente. “Nem a saúde pública consegue ser gratuita e eficiente. Então, acho que está na hora de parar com essa demagogia barata e entender que, para se ter um serviço de qualidade, é preciso pagar por ele”, concluiu.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Álvaro Fernandes Lottermann, garantiu que a entidade continuará acompanhando a questão. “A pauta é muito importante para os estudantes e a sociedade, e não vamos arredar da posição de aumento zero”, avisou. “O transporte coletivo tem que ser discutido de forma mais ampla e democrática com a sociedade, pois tem sido muito de portas fechadas, no conselho, que é um espaço já dominado pelos empresários. Acreditamos que a sociedade precisa ser trazida para esse debate.”

Por Isabella Sander
Informações: Jornal do Comércio


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Tarifa de ônibus de Porto Alegre sobe para R$ 2,70

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nem o protesto dos estudantes nas ruas de Porto Alegre sensibilizou os integrantes do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) que ontem aprovaram a nova tarifa de R$ 2,70 para os ônibus da Capital. O reajuste de 10,20% foi abonado por 18 votos a dois. A lotação passará de R$ 3,65 para R$ 4,00, um aumento de 9,59%. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa) votaram contra o percentual. Os novos preços do transporte coletivo entram em vigor a partir de hoje.
A passagem da Capital que custava R$ 2,45 sofreu um reajuste de 10,20% - a inflação dos últimos 12 meses chegou a 5,99%. Alguém que utiliza ônibus duas vezes por dia de segunda a sexta-feira, para ir e voltar para o trabalho, por exemplo, terá que gastar R$ 27,00 por semana. O valor desembolsado durante o mês será de R$ 108,00.
O presidente do Comtu, Jaires da Silva Maciel, salienta que o valor de R$ 2,70 representa uma redução em relação ao pedido do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), que havia solicitado R$ 2,81, o que corresponderia a 14,69%. "Ninguém gosta de aumento, mas todo mundo gosta de ônibus novos", comenta.
A nova tarifa atende a estudo técnico realizado pela equipe econômica da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). De acordo com Maciel, os itens que mais pesaram para o aumento da passagem estão relacionados com a compra de 242 ônibus novos em 2010. A frota da Capital é de 1.650 veículos (40% com ar-condicionado). Além disso, foi concedido um aumento salarial de 8% aos rodoviários.
Durante a reunião do Comtu no auditório da EPTC, um grupo de estudantes do Coletivo de Comunicação da Fabico e da Famecos realizou uma manifestação diferente. Eles colocaram um bote dentro do arroio Dilúvio para protestar contra o aumento. Para Iur Priebe de Souza, que integrava o grupo, o transporte de bote será a alternativa mais barata para o cidadão circular em Porto Alegre. "É mais fácil remar no riacho Ipiranga do que pagar uma das passagens mais caras do País", acrescenta. Um outro grupo de alunos preferiu se manifestar na avenida Ipiranga e na sede da EPTC, na rua João Neves da Fontoura, com faixas e cartazes contra o aumento.
Para tentar amenizar a indignação dos estudantes com o reajuste da tarifa, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, anunciou que a segunda viagem nos ônibus da Capital será gratuita, incluindo estudantes e todos os usuários do transporte coletivo que utilizam qualquer categoria do cartão TRI. No entanto, é importante ressaltar que o deslocamento sem a necessidade de pagamento dever ser realizado no prazo máximo de 30 minutos. A gratuidade terá início no dia 1 de julho.
Em função do reajuste da tarifa, o preço dos bilhetes de integração metrô-ônibus (empresas Carris e Conorte) passa de R$ 3,75 para R$ 4,00 a partir de hoje.


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Porto Alegre: Carris entrega 32 novos ônibus para o transporte coletivo

sexta-feira, 16 de julho de 2010


A Carris, empresa de transporte público de Porto Alegre, apresentou, nesta quinta-feira (15), 32 novos ônibus, que passam a circular na próxima semana. Deste total, doze vão substituir carros antigos e 20 serão acrescidos à frota - que passará a ser de 361 ônibus. Ao todo, os novos carros receberam investimento de R$ 17 milhões.

São 25 modelos Volvo B7R LE equipados com um aparato moderno que oferece mais conforto a usuários, motoristas e cobradores, além de sete veículos articulados modelo Mercedez-Benz modelo 0500MA, ano 2010.

Entre os destaques do modelo 0500MA, estão seu tamanho: os carros têm lotação de 58 passageiros sentados e podem receber até 72 pessoas em pé. Para um desembarque de passageiros mais seguro, o ônibus é dotado de um monitor LCD 7" no posto do motorista, que transmite imagens da porta traseira. O modelo conta com acesso aos deficientes físicos e uma vaga para cadeirante.

Os ônibus contam com ar condicionado e entradas low entry, dotadas de um mecanismo conhecido como sistema de "ajoelhamento", que baixa a parte dianteira do carro para facilitar o embarque e desembarque dos usuários. Para atender às necessidades dos passageiros cadeirantes, o veículo tem uma rampa de acessibilidade que sustenta até 250 quilos.

No ato, que ocorreu no Largo Glênio Peres, Centro Histórico, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, destacou os esforços para qualificar o transporte coletivo da cidade, afirmando que 30% da frota já têm ar condicionado e 35%, acesso universal. O prefeito ainda afirmou que, a partir deste ano, todos os ônibus terão de ter acessibilidade universal aos deficientes físicos. Ele ainda anunciou que a Associação das Empresas de Transporte de Passageiros de Porto Alegre (ATP) também renovará sua frota durante este ano.

O diretor-presidente da Carris, João Pancinha, ressaltou que a Carris, que tem 138 anos, possui uma das frotas mais jovens das capitais brasileiras. "Estamos nos preparando para atender a população e a demanda para a Copa de 2014", afirmou. A empresa conta com cerca de 1,9 mil colaboradores, operando em 27 linhas da cidade.As linhas atendidas pelos novos veículos, em um primeiro momento, serão T2A, 343 (Campus-Ipiranga) e T11. Ainda em 2010, segundo a Prefeitura, a empresa colocará em circulação mais 37 veículos novos.

Fonte: Jornal do Comércio
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Transporte público de Porto Alegre retoma a operação em novas áreas após liberação de trechos

quarta-feira, 29 de maio de 2024

A Secretaria de Mobilidade Urbana  (SMMU) e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informam ampliação no transporte público a partir desta quarta-feira, 29. Com a liberação de mais trechos de vias públicas que haviam sido inundadas durante as enchentes, haverá o retorno da operação da linha 704 - Humaitá, para atender a parte já acessível do bairro. 

A linha 704 vai operar em tabela especial, com intervalo de 20 minutos entre as viagens, com trajeto entre o Terminal Conceição (abaixo da elevada da Conceição) via avenida Farrapos, avenida A.J. Renner até a avenida Amynthas Jacques de Moraes, onde vai operar o terminal bairro. O retorno em direção ao Centro percorre a avenida A.J. Renner e avenida Farrapos até o Terminal Conceição.

As linhas transversais T1, T2, T2A, T5, T7, que já operam com 100% da oferta de viagens, voltam a cumprir o itinerário original em todo o percurso. As linhas T3, T8 e T12 passam a atender o Terminal Cairu, na avenida Farrapos, enquanto a T5 e a T11 passam a operar um terminal temporário na Farrapos, sentido Centro-bairro, entre a avenida Pernambuco e a rua Prof. Sarmento Barata.

O transporte coletivo de Porto Alegre opera com uma oferta de 90% dos dias úteis desde quinta-feira, 23, para atender uma demanda de 49% do volume de passageiros de um dia normal, registrada no início desta semana. No entanto, o comprometimento das vias públicas em boa parte da cidade impactada pela enchente ainda reflete na regularidade da operação.

“É preciso entender que temos a circulação de muitos veículos de ajuda humanitária nos corredores e faixas exclusivas de ônibus para dar agilidade ao atendimento emergencial, e que as linhas ainda fazem desvios por vias sem priorização do transporte coletivo. Por isso é importante consultar a localização dos ônibus e os alertas no aplicativo Cittamobi”, destaca o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior. 

Todas as notificações sobre as linhas, rotas alteradas e a localização dos ônibus em tempo real, com GPS em 100% da frota, estão atualizadas no aplicativo Cittamobi, disponível para smartphones iOS e Android.

No feriado de Corpus Christi, na quinta-feira, 30, o atendimento será com tabela de feriado e, nos demais dias, a oferta será normal de dias úteis na sexta-feira e de sábado e domingo no final de semana. 

A Secretaria de Mobilidade Urbana  e a EPTC realizam uma análise diária da operação para reforçar as linhas que apresentam maior demanda e assim adequar às necessidades dos usuários. 

Devido ao comprometimento da malha viária nas áreas ainda impactadas com o alagamento, sobretudo nas regiões mais afetadas como os bairros Anchieta, Centro, Humaitá e 4º Distrito, muitas linhas ainda sofrem desvios e mudanças nos terminais de acordo com os eixos de deslocamento.

Alterações nos terminais:

Consórcio MOB - Zona Norte - ônibus azul

• Linhas do Terminal CPC (Eixo Farrapos), como a 704, e linhas do Terminal Parobé (Eixo Sertório) foram deslocadas para o Terminal Conceição (abaixo da elevada da Conceição);

• Linhas B25 - A. Feijó / Humaitá e B55 - Protásio / Humaitá – atendimento até avenida Amynthas Jacques de Moraes e retorna para a Farrapos no sentido bairro-Centro (BC) até rua Quintino Bandeira, retorna para a avenidaFarrapos (CB) até Terminal Cairu e segue itinerário normal;

• Linhas 637.2 - Chácara das Pedras Via IAPI e 520.3 - Triângulo 24 de Outubro Auxiliadora com terminal na Praça Dom Feliciano;

• Linha 525 - Rio Branco / Anita / Iguatemi com terminal na rua Sarmento Leite (UFRGS Campus Centro) e retornam ao bairro via Paulo Gama e Osvaldo Aranha;

Consórcio Mais/Via Leste - Zona Leste - ônibus verde

• Terminais Borges de Medeiros e Salgado Filho operam normalmente;

• Linhas do Terminal Parobé via avenida Osvaldo Aranha, com terminal na rua Sarmento Leite (UFRGS Campus Centro) e retornam ao bairro via Paulo Gama e Osvaldo Aranha; exceto linha 492 Petrópolis/Sesc com terminal junto à Câmara de Vereadores, na avenida Loureiro da Silva;

• Linha 671 - Carlos Gomes / Salso - Terminal na praça Dom Feliciano fazendo o itinerário: BC - itinerário normal, Cristóvão Colombo, Garibaldi, Alberto Bins, Coronel Vicente, Independência à direita, Annes Dias (terminal junto com a linha 637). CB -  Independência, Praça, Júlio de Castilhos, Ramiro Barcelos, Cristóvão Colombo e segue itinerário normal;

Terminais Viva Sul - Zona Sul - ônibus vermelho

• Terminais Borges de Medeiros e Salgado Filho operam normalmente; 

• Linhas Terminal Uruguai e Linhas 110 - Restinga Nova Via Tristeza, 111 - Restinga Velha (Tristeza), 111.2 - Hípica / Tristeza com terminal junto à Câmara de Vereadores, na avenida Loureiro da Silva;

• Linha 280 - Otto/HPS com terminal na rua Sarmento Leite (UFRGS Campus Centro) e retornam ao bairro via Paulo Gama e Osvaldo Aranha;

Terminais Carris - Linhas Transversais e Campus - ônibus amarelo

Terminais Centro 

• Linhas 343 - Campus / Ipiranga e 353 - Ipiranga / PUC / UFRGS com terminal na rua Sarmento Leite (UFRGS Campus Centro) e retornam ao bairro via Paulo Gama e Osvaldo Aranha;

Terminais Sul

• T1 - Terminal Câmara de Vereadores (voltou ao normal);

• T2, T2A, T5, T7 - Terminal Peri Machado (voltou ao normal);

Terminais Norte

• T2 e T2A - Estação Farrapos (volta ao normal 29/5)

• T3, T8 e T12 – Terminal Cairu (a partir de 29/5);

• T5 e T11 - avenida Farrapos entre Pernambuco e Sarmento Barata (a partir de 29/5).

Informações: Prefeitura de Porto Alegre

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Nova frota entra em funcionamento com reajuste tarifário em Porto Alegre

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A nova tarifa do transporte público de Porto Alegre entrou em vigor nesta segunda-feira (22). Agora, a passagem de ônibus custa R$ 3,75, e a de lotação, R$ 5,60. O valor para estudantes será R$ 1,87. Além dos novos preços, passa a circular nesta segunda na capital gaúcha a nova frota, apresentada na última sexta-feira (19).

Após o término do horário de verão e com o retorno das aula na maioria das escolas em Porto Alegre, a tabela horária normal dos ônibus foi retomada também nesta segunda. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a redução na frequência das viagens foi de 7% desde 24 de dezembro do ano passado, quando foram adotados os horários especiais de verão.

Ainda nesta segunda, quatro novas linhas transversais passam a circular nas ruas de Porto Alegre. As linhas T12, T12 A, T12.1 e T13 beneficiarão as regiões da Lomba do Pinheiro e da Restinha, bairros afastadas do centro da cidade. Os novos itinerários serão operados pela empresa Carris, que responde pelas linhas transversais já em operação.

O reajuste da tarifa do transporte público foi de 15,38% em relação aos preços antigos, de R$ 3,25 para os ônibus e de R$ 4,85 para lotações. O percentual é superior ao aumento salarial concedido aos transportadores rodoviários, definido em 11,81% no dissídio. Os motoristas passam a receber R$ 2.424,52, e os cobradores, 1.456,60. Segundo a prefeitura, os valores são os maiores entre capitais brasileiras.

A prefeitura afirma que os salários dos rodoviários têm peso de 46,49% na composição da tarifa, conforme foi definido na licitação do transporte coletivo. Outros 21,2% equivalem a custos variáveis, 5% a peças e assessórios e o restante a outros itens, como a implantação de ar-condicionado em toda a frota.

Os novos veículos foram apresentados na última sexta-feira (19) no Largo Glênio Peres, no Centro da cidade. No início da operação, serão 296 veículos novos na frota. Uma das novidades é a identidade visual, com cores específicas que informam as regiões de destino para os passageiros: o azul será destinado às linhas que atendem a Zona Norte da cidade; o verde, para a região Leste; o vermelho, para Sul, e o amarelo corresponderá aos trajetos da Companhia Carris, com linhas transversais.

Todos os coletivos serão adaptados para cadeirantes. Em até 10 anos, 100% dos ônibus deverão contar com equipamento de ar-condicionado. A adesivagem com o novo layout nos ônibus que já rodam na capital será feita gradualmente.

Informações: G1 RS


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Em Porto Alegre, privatização da Carris deve ficar para o ano que vem

domingo, 6 de novembro de 2022

A prefeitura de Porto Alegre trabalha para acelerar o trâmite das etapas em seu projeto de privatização da Carris, única empresa pública de ônibus da Capital. Com avaliações patrimoniais concluídas ou próximas da efetivação, o Executivo municipal pretende encaminhar o mais breve possível sua proposta de edital para aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). No entanto, a projeção é de que o documento seja analisado somente no início do ano que vem e, caso aprovado, o edital poderá ser apresentado à sociedade e aos potenciais investidores entre março e abril de 2023, e o leilão deve ficar para o segundo semestre. Antes, a previsão era de que a venda ocorresse ainda este ano.

Apesar de a companhia de transporte estar constituída como uma sociedade de economia mista, o controle acionário da Carris pertence à prefeitura de Porto Alegre, que detém praticamente a totalidade das ações. A empresa é executora direta da prestação de serviços de transporte coletivo aos porto-alegrenses. Transportou pessoas, conforme relatório da própria Carris, em 3.304.418 deslocamentos realizados entre janeiro e junho deste ano. O faturamento nos últimos 12 meses foi de R$ 114.156.895,68. A receita líquida em junho de 2022 superou R$ 10,54 milhões.
Atualmente, é responsável por 21 linhas de ônibus em operação na Capital e 549 paradas de ônibus, representando 24,7% do sistema. Tal abrangência se deve, em parte, pela manutenção das importantes Linhas Transversais (T1 ao T13), as quais percorrem longos trechos urbanos, cruzando diversos bairros para fazer a conexão entre Norte, Sul, Leste e região central.

No caso da privatização, o mesmo serviço, em tese, deverá ser prestado por uma concessionária, que poderá assumir a operação dos coletivos por 20 anos, de acordo com a proposta da administração municipal. Além disso, a mesma empresa deverá comprar o patrimônio da Carris, composto pela propriedade onde funciona sua sede e por veículos e equipamentos. A frota possui 244 veículos, com idade média de uso em torno de oito anos. A projeção é de que sejam necessários 98 novos ônibus para manter a frota adequada à legislação até 2034.

— Serão dois objetos em um único edital, pelo qual vamos vender a empresa e conceder 20 anos de operação. São elementos indissociáveis. Estamos buscando ser rigorosos nas avaliações econômicas para que o processo seja encaminhado ao TCE com mínimas chances de apontamentos para correções. Queremos aprovar o modelo e cumprir o trâmite no menor tempo possível — pontua a secretária de Parcerias da Capital, Ana Pellini.

Além dos bens patrimoniais, estão em análise itens importantes. Um deles é um potencial passivo ambiental que deverá integrar o eventual processo de privatização. Trata-se da suspeita de contaminação do solo no terreno da sede, localizado no bairro Partenon, onde funcionou um posto de combustíveis cuja desativação teria ocasionado a deterioração de tanques de armazenamento e, posteriormente, vazamento de poluentes.

A prefeitura quer descartar ou confirmar e dimensionar o dano para incluir o impacto de recuperação do ambiente eventualmente afetado na futura negociação.

— Não sabemos qual é a amplitude desse dano nem mesmo se temos uma questão ambiental concreta. Por isso, está em andamento uma perícia que vai nos trazer essas respostas — pondera a secretária.

Empresa tem mais de 1,1 mil empregados
Outro item relevante acerca da proposta de privatização da Carris são os ativos e eventuais passivos de ordem trabalhista. A empresa, segundo a prefeitura, reduziu seu corpo funcional em 370 trabalhadores, os quais aderiram ao plano de demissão voluntária promovido pela empresa. Esse grupo não produzirá impactos financeiros futuros, pois abriu mão de contestar a relação contratual com a adesão ao programa.

Informações: Zero Hora
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Funcionários da Carris em greve garantem circulação de 70% da frota de ônibus em Porto Alegre

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Os funcionários da empresa de transporte coletivo Carris garantem cumprir a ordem judicial de colocar nas ruas 70% da frota de ônibus em horário de pico e 50% nos demais horários nesta segunda-feira (3). A paralisação começou na sexta (30) e ainda não tem previsão para encerrar. Nesta manhã uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) discute a situação e, no início da tarde, uma nova assembleia será realizada na sede da empresa.

Segundo Luis Afonso Martins, motorista e integrante do comando de mobilização, os funcionários em greve estão cumprindo a exigência da Justiça nesta manhã. "Está sendo cumprido o pedido de 70%", disse ele ao G1. "(A reunião) pode decidir o fim (da paralisação), viemos com essa disposição. O transtorno não é só para a população, para a empresa, mas também para os trabalhadores", completou.

A reunião no TRT começaria às 8h. Por volta das 12h30 uma assembleia esta marcada para ocorrer na sede da Carris, para debater os assuntos tratados na reunião da manhã. Em frente à empresa, grevistas seguem as manifestações.

Funcionários da Carris rejeitaram na sexta (30) a proposta acertada durante reunião de mediação realizada no Ministério Público do Trabalho (MPT). O acordo fechado entre a direção da Carris, uma comissão de trabalhadores e representantes do Sindicato dos Rodoviários previa o pagamento da primeira parcela do prêmio por participação nos resultados da empresa na próxima quarta (5), no valor de R$ 500. A segunda parcela, proporcional às metas individuais, seria paga no dia 15 de janeiro de 2013.

Segundo o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Julio Gamaliel Pires, os trabalhadores reivindicam o pagamento de R$ 1 mil na primeira parcela da premiação, além de melhores condições de trabalho, como mais segurança e equipamentos em boas condições.

Continua nesta segunda o cadastro para interessados em ocupar vagas temporárias de motorista e cobrador na Carris. O processo emergencial foi iniciado no domingo (2). Para se inscrever, é preciso comparecer à sede da empresa, na Rua Albion, 385, Portão 2, em Porto Alegre, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.

Os interessados devem levar carteira de trabalho, RG, CPF e comprovante de residência. Os candidatos às vagas de motorista deverão apresentar, além desses documentos, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Curso de Capacitação em Transporte Coletivo de Passageiros, sendo exigida experiência mínima de dois anos. Para o cargo de cobrador, é preciso ter concluído o Ensino Médio e ter idade mínima de 18 anos.

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Porto Alegre terá apenas um reajuste na tarifa dos ônibus em 2016

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A prefeitura da Capital homologou ontem o resultado da licitação do transporte coletivo da cidade e apresentou a nova identidade visual dos ônibus, que será implementada em toda a frota em até um ano após o início da operação, prevista para abril de 2016. No evento, o prefeito José Fortunati anunciou que, na sexta-feira, assinará um decreto determinando que, no próximo ano, só exista um reajuste da tarifa, no momento do início dos serviços dos novos consórcios, formados pelas empresas que operam hoje o sistema. Mesmo que o dissídio dos rodoviários aconteça antes, o reajuste só será feito posteriormente, com a aplicação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) sobre todos os itens da planilha e o salário dos rodoviários.

Na divulgação do resultado da concorrência, em setembro, a prefeitura disse que havia a possibilidade de dois reajustes, um após o dissídio dos trabalhadores e outro no início da operação dos novos consórcios. Para conseguir aproximar as duas situações, o contrato previsto para ser assinado em até 45 dias foi antecipado para sexta-feira. A partir da assinatura, as empresas têm 180 dias para se adaptarem às normas e começarem o serviço. "Os prazos são compatíveis para que seja feito apenas um reajuste. Temos a convicção de que a operação pode começar até antes de abril. Estamos dialogando com as empresas para que, quem sabe, no final de fevereiro ou início de março, comece", afirmou Fortunati.

O prefeito comentou ainda sobre o recurso da Stadtbus, empresa desclassificada na licitação, que tramita na Justiça. "Não nos preocupamos com o recurso, pois já estamos acostumados. Em todas as licitações que a prefeitura faz, o segundo ou terceiro colocado ingressa com recurso e vencemos em todos", ressaltou.

A licitação para contratação do transporte coletivo por ônibus levou mais de dois anos para ser concluída pelas equipes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e de demais órgãos da prefeitura. Atualmente, as empresas operam apenas com permissões. Nesta terceira tentativa de regularizar o sistema, o edital publicado no dia 6 de maio dividiu as três atuais bacias operacionais em seis lotes. O contrato estipulou ainda a ampliação gradual de ar-condicionado nos veículos. No prazo máximo de 10 anos, 100% da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias. A divisão das linhas entre os lotes também teve alteração para a melhor adequação dos trajetos. A Carris, por exemplo, ganhou quatro linhas e perdeu cinco.

Logo no início da operação, a frota total da Capital terá 1.781 ônibus (um acréscimo de 72 coletivos), sendo 241 com a nova identidade visual. "A atual identidade utiliza o desenho de um eletrocardiograma em cores distintas para cada bacia. A visualização não é fácil. O novo modelo foi pensando para ser mais minimalista e para que a região do trajeto seja fácil de ser identificada", explicou o direitor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.

Os ônibus serão pintados na cor correspondente à sua bacia (ocre, vermelho, verde e azul), apenas com o teto e a saia na cor cinza. A única informação nas laterais será que o coletivo é da cidade de Porto Alegre, facilitando a diferenciação dos intermunicipais. O nome das linhas nos letreiros de LED terão o tamanho ampliado para facilitar a visualização a distância.

Por Jessica Gustafson
Informações: Jornal do Comércio


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Prefeito de Porto Alegre anuncia novo edital do transporte público

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O Diário Oficial de Porto Alegre publica nesta sexta-feira, 19, o extrato do novo edital para contratação do serviço de transporte público coletivo por ônibus. Os detalhes do documento, que prevê ampliação e qualificação do serviço na Capital, serão apresentados pelo prefeito José Fortunati em entrevista coletiva às 10h, no Paço Municipal (Praça Montevidéu, 10 - Centro Histórico), acompanhado do presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. 

O primeiro edital foi lançado pela prefeitura em março deste ano, e a licitação resultou deserta, sem apresentação de propostas. Esta é a primeira licitação na história do transporte coletivo de Porto Alegre, desde 1920, quando foi autorizada oficialmente a operação de ônibus na cidade. Desde então, o serviço funciona sustentado em permissões. Atualmente, o sistema conta com 1.703 ônibus, 400 linhas, operados em três consórcios (STS, Unibus e Conorte), além da empresa pública Carris. 

Informações: EPTC


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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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