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Em Natal, Setur tem 120 dias para instalar GPS

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) terá 120 dias para instalar o sistema de GPS em toda frota de ônibus natalense. O prazo foi estipulado pela Prefeitura de Natal como contrapartida para liberar o aumento no valor da passagem, que hoje já passa de R$ 2,00 para R$ 2,20.

O Diário Oficial do Município (DOM) dessa sexta-feira, trouxe a publicação referente ao aumento da passagem, que vinha sendo discutido há algum tempo entre a Prefeitura e o Seturn. Segundo o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Marcos Antônio, o valor da tarifa subiu R$ 0,20 sob a condição do sindicato realizar algumas mudanças no serviço. "O GPS permite o controle dos dados operacionais, como itinerário. O prazo para serem instalados é de 120 dias", informou. O secretário disse ainda que os empresário de ônibus incluirão na frota mais 24 novos veículos. De acordo com ele, as áreas com demanda reprimida, por exemplo, o bairro Planalto, receberão novos ônibus.

Há dois meses, o aumento de R$ 0,30 seria publicado no DOM na ausência da prefeita Micarla de Sousa. Quando voltou a Natal, a chefe do executivo declarou que o reajuste só aconteceria mediante a melhoria dos serviços, entre as quais a ampliação do tempo do Passe Livre, programa que dá direito ao passageiro usar o NatalCard em dois ônibus dentro de uma hora. Com a mudança, esse período passaria a ser de 1h30. Além disso, ela cobrou a integração entre os sistemas de transporte coletivo e alternativo, com objetivo de dar direito de escolha ao usuário.

Reação

O secretário de Mobilidade Urbana adiantou que não haverá aumento no tempo do Passe Livre. "Está faltando apenas a orientação para o usuário", declarou Marcos Antônio. Ele acredita que a integração não é feita em uma hora somente quando o usuário passa por algum imprevisto. A visão de Renata Nunes, moradora do bairro Santarém, é bem diferente. "Tem dias que o ônibus está lotado de um jeito que não consigo passar pela roleta. Quando vejo já perdi o tempo da integração", reclama a usuária. Para ela, esse aumento é "absurdo", principalmente, diante dos problemas de segurança enfrentado pelos ônibus.

Por ter acompanhando as discussões do assunto na mídia, Ana Carmem Nascimento, não foi pega de surpresa com o aumento da passagem, mas reclama da valor. "Não tem sentido essa passagem de ônibus aumentar, é abusivo, se contarmos apenas com o simples fato de que Natal é pequena, sendo possível ir de uma ponta a outra da cidade em pouco tempo", aponta.

No final da tarde de ontem, surgiu um movimento no site de relacionamento Twitter, onde os usuários enfaizam a seguinte frase: #eunãopossopagar2e20. As empresas de ônibus pediram desde outubro de 2010, um acréscimo de R$ 0.34 no valor da tarifa, sendo autorizado pela Prefeitura apenas R$ 0.20. A nova tarifa está embasada por um detalhado estudo realizado pelo setor técnico Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (Semob).

Novos preços

Normal: R$ 2.20
Estudante: R$ 1.10

Tarifa Social: R$ 1,10

Linha Norte Fácil: R$ 1,60

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Nova tarifa de ônibus de Natal será de R$ 2,40 e entrará em vigor a partir do dia 18

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os usuários de transporte público de Natal pagarão R$ 2,40 pela passagem de ônibus a partir do dia 18 de maio. O reajuste da tarifa, atualmente de R$ 2,20, foi anunciado na tarde desta sexta-feira (10) pela titular da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Eliquicina Maria dos Santos. A proposta desagradou o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), para quem a passagem deveria ficar em R$ 2,75.
Foto: Lamonier Araújo/G1
A secretária argumenta que o aumento foi necessário para equilibrar o crescimento dos custos das empresas de ônibus com pessoal e óleo diesel, principais encargos na composição do preço da passagem. "Pegamos um sistema em situação delicada, com empresas falidas e há 28 meses sem reajuste na tarifa", afirma a secretária, que colocou a medida como necessária. Os empresários colocaram na conta os três aumentos salariais para motoristas e cobradores, além de três reajustes no custo do óleo diesel. "Os salários acumularam reajuste de 15,24% no período", informa a titular da Semob.


A secretária municipal cobra mais participação do Governo do Estado nos incentivos para as empresas de ônibus. "O RN cobra o maior percentual de ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - do país sobre o óleo diesel. São 25% que incidem sobre o litro do combusível. Só em Natal e em Rio Branco, no Acre, é cobrado isso. Enquanto isso, em João Pessoa esse impacto é de 2% por litro", compara Elequicina dos Santos, que ainda coloca na conta aumentos nos preços das peças dos veículos.

No sentido da redução dos tributos, a titular da Semob conta que já existe um movimento em nível de Brasil. Durante reunião em Brasília com secretários nacionais de transporte, Elequicina dos Santos informa que houve uma sinalização da presidente Dilma Roussef para apresentar até o fim do ano uma proposta de redução dos impostos PIS/Cofins para o setor. Os tributos também incidem no valor da tarifa. "Para isso vai ser exigido que estados e municípios também tenham reduções de imposto", revela.

Melhorias
Mesmo com a proposta desagradando o Seturn, a titular da Semob deixou claro que serão cobradas melhorias no serviço. "Tanto horário como número de linhas, além de tudo aquilo que está embutido no contexto de aumento da tarifa. A idade da frota é de seis anos. Mesmo não sendo a tarifa que eles querem, isso vai ser cobrado. Vamos cair em cima disso para que a frota seja modernizada", diz a secretária, que não especificou prazos nem percentuais para melhoria na qualidade dos veículos.

Apesar de garantir as cobranças, Eliquicina dos Santos acredita que o contexto de melhorias reais virá efetivamente com a licitação para o transporte público da cidade, que a Prefeitura de Natal espera lançar até o fim do ano. "As empresas podem ou não ficar", ressalta.

Em curto prazo, a secretária informou que duas novas estações de transferência serão retomadas. Uma na altura do supermercado Carrefour da zona Sul de Natal e outra na avenida João Medeiros Filho, na altura do conjunto Panatis, zona Norte da capital potiguar. "Isso não inviabiliza o cartão Passe Livre", garante. A ação, segundo Elequicina, ocorre para atender linhas mais distantes, nas quais a população não tem como integrar. Isso porque expira o tempo limite de uma hora para fazer a integração.

Por Felipe Gibson
Do G1 RN
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Ônibus decorados celebram Natal Iluminado no transporte coletivo de Guarulhos

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

A população de Guarulhos recebe a sétima edição do Natal Iluminado, uma campanha anual que se tornou uma tradição no município. Organizada pela Guarupass, entidade responsável pelo transporte público na região, a iniciativa busca promover o espírito natalino por meio da decoração especial dos ônibus que circulam pelas linhas atendidas.

Iniciada em 1º de dezembro, a campanha visa incentivar os festejos de Natal, proporcionando aos passageiros uma experiência diferente ao viajar em ônibus temáticos, iluminados e decorados para a temporada festiva. A Guarupass destaca a importância desse gesto, não apenas como uma ação promocional, mas como uma forma de expressar gratidão aos passageiros pela confiança ao longo do ano.
 
“Mais do que uma iniciativa promocional, esta é uma forma de agradecer aos nossos clientes pela confiança e o reconhecimento recebidos durante todo o ano e reforçar nosso compromisso em continuar a trabalhar pelos cidadãos guarulhenses”, afirma Márcio Pacheco, diretor executivo da Guarupass. Márcio ressalta ainda que o Natal representa um momento especial, repleto de valores como solidariedade, respeito e inclusão social. Segundo ele, a decoração dos ônibus busca transmitir esse espírito natalino, tornando a época das festividades mais prazerosa para os passageiros.


Além das empresas concessionárias, a edição deste ano conta com a participação dos operadores subcontratados e cooperativas que operam as linhas atendidas pelos micro-ônibus nos bairros. A iniciativa se estende a diferentes partes da cidade, com empresas como a Empresa de Ônibus Vila Galvão, Viação Urbana Guarulhos e diversas cooperativas, cada uma trazendo seu toque especial para as celebrações de Natal.

Confira algumas das linhas atendidas pelo Natal Iluminado:

Empresa de Ônibus Vila Galvão: 453 (Terminal São João/Centro), 441 (Jd. Santa Paula/Santa Clara);
Viação Urbana Guarulhos: 331 – Cecap /Aeroporto, 351 – Cecap/Shopping;
Cooperativas:
CooperTrans: Linha 791 – Jardim Tupinambá/Terminal Pimentas
CooperFort: Linha 388 – Vila União/Terminal Taboão
CooperUni: Linha 356B – Terminal Cecap/PA Paulista
CooperG4: Linha 277 – Terminal Vila Galvão/Centro
A Viação Campo dos Ouros também participa da celebração, mantendo seus ônibus temáticos em operação itinerante em todas as linhas atendidas pela empresa durante o período da campanha.

Informações: Click Guarulhos

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Empresas de ônibus de Pernambuco compram mais uma empresa de ônibus em Natal

domingo, 22 de janeiro de 2012

A Itamaracá Transportes, que negocia a compra da empresa de ônibus Nossa Senhora da Conceição há mais de dois meses, pode ter fechado negócio na última quinta-feira. Segundo informações do mercado, a empresa pernambucana controlaria agora 70% da Conceição. O assunto ainda é tratado com sigilo. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) confirmou a negociação, mas não o fechamento do negócio. A equipe de reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da empresa pernambucana, mas não obteve êxito. Marcelo Passos, diretor da Conceição, não atendeu as ligações.

Foto: João Maria Alves
Esta seria a segunda empresa de ônibus potiguar vendida a um grupo pernambucano em menos de dois meses no Rio Grande do Norte. Em dezembro, a Empresa Metropolitana (EME) adquiriu 70% da participação da Guanabara Transportes, uma das maiores empresas de ônibus do estado. A negociação teve início em agosto de 2010. O valor da operação não foi divulgado. Segundo o Seturn, a Empresa Metropolitana, também estaria interessada em comprar outras empresas de ônibus em Natal.  Augusto Maranhão, diretor de comunicação do sindicato, já afirmava à época que a venda da Guanabara não se tratava de uma questão pontual. "O sistema de transporte coletivo vem capengando. Hoje foi a Guanabara. Amanhã será outra", sentenciou.

Outras empresas de ônibus municipais e intermunicipais já foram vendidas. Entre elas, a Trampolim da Vitória, que teve 70% de sua participação vendida em março de 2010, à Itamaracá, mesma empresa que teria comprado a Conceição. "Como as empresas não têm condição de renovar a frota, estão vendendo ou se associando a grupos mais fortes. A tendência no mercado natalense será essa", afirmou Augusto Maranhão, à época.


Fundada em 1958, a Itamaracá Transportes integra o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) da Região Metropolitana do Recife, atendendo a oito municípios da zona norte: Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Araçoiaba, Igarassu, Itapissuma e Ilha de Itamaracá. Atualmente, conta com uma frota de 254 veículos e gera mais de 1,2 mil empregos diretos. Por dia, realiza  2,7 mil viagens e transporta 200 mil passageiros. É responsável por 41 linhas. A empresa, que segundo informações do site oficial tem investido na renovação da frota, conta com o maior número de veículos articulados e alongados do STPP - Sistema de Transporte Público de Passageiros.

Já a Conceição conta com 13 linhas de ônibus urbanos nas quatro zonas da cidade e atua desde 1990 em Natal. A empresa tem três terminais (Felipe Camarão, Guarapes e Cidade Nova). O terminal de Felipe Camarão, com mais de  70 ônibus, é o maior de Natal em frota. Segundo o Seturn, o RN conta com 21 empresas de ônibus, entre municipais, metropolitanas e intermunicipais. Só em Natal, circulam 750 ônibus. Eles transportam por dia meio milhão de pessoas.

Fonte: Tribuna do Norte



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Tarifa do transporte público de Natal sobe para R$ 4,50 a partir de segunda

domingo, 12 de novembro de 2023

A tarifa do transporte público de Natal vai subir para R$ 4,50 a partir de segunda-feira (13), tanto na bilhetagem eletrônica quanto no pagamento em espécie. A mudança foi publicada pela Prefeitura no Diário Oficial do Município neste sábado (11).

Atualmente a tarifa custa R$ 3,90 para pagamento com cartão e R$ 4 para pagamento em dinheiro. A partir de segunda-feira, o valor fica o mesmo (R$ 4,50) para as duas formas de pagamento.

Pela primeira vez, a tarifa pública paga pelos usuários da capital potiguar será diferente da tarifa técnica - que é o quanto as empresas devem receber do município pelos usuários. A tarifa técnica ficou definida em R$ 4,95. A diferença deverá ser compensada com o abatimento de dívidas e débitos das empresas com o município. Veja como fica a nova tarifa de acordo com as modalidades:

Nova tarifa do transporte público de Natal de acordo com as modalidades

Modalidade Valor
  • Tarifa inteira R$ 4,50
  • Tarifa estudantil R$ 2,25
  • Tarifa social, somente em cartão R$ 2,25
  • Tarifa inteira das linhas de bairro R$ 4,00
  • Tarifa estudantil das linhas de bairro R$ 2,00
  • Tarifa social das linhas de bairro, somente cartão R$ 2,00

O aumento, de 14,47%, foi autorizado pelo Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana de Natal na quinta-feira (9). A proposta de reajuste foi aprovada com 25 votos sim, incluindo a cadeira da Câmara Municipal, e cinco votos não, entre eles, de representantes estudantis.

O último reajuste da tarifa do transporte público da capital potiguar aconteceu em maio de 2019. Em fevereiro de 2020, o Conselho chegou a aprovar um novo reajuste para R$ 4,35, porém o prefeito voltou atrás e revogou o aumento. 

Informações: G1 Natal

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População de Natal recebe 60 novos ônibus adaptados para pessoas portadoras de necessidades especiais

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Os natalenses dispõem agora de uma frota de 100 ônibus adaptados para portadores de necessidades especiais e obesos. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) e a Prefeitura do Natal entregaram a população uma nova frota de 60 ônibus, todos adaptados para este público.
Os novos veículos foram adquiridos pelas empresas Guanabara, Nossa Senhora da Conceição, Reunidas, Rio-grandense, Via Sul, Santa Maria e Cidade do Natal. “A entrega destes novos 60 ônibus contribuirá muito para o desenvolvimento do projeto Via Livre, pois entre as medidas a serem adotadas está a questão da acessibilidade para pedestres nas calçadas, nos transportes coletivos urbanos”, ressaltou Kelps Lima, secretário municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
“Nossa intenção é fazer com que a idade média da frota de ônibus de Natal chegue há 2,5 anos, pois dessa forma conseguimos manter sempre a qualidade do serviço”, informou o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão. Ele acrescentou que Natal possui agora uma frota de 100 ônibus adaptados. Os 60 novos veículos tiveram um investimento de R$ 15 milhões e somam-se aos outros 800 carros da frota.Os novos ônibus são equipados com motores eletrônicos que atendem às determinações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), com a vantagem ambiental de reduzir em pelo menos 30% a emissão de poluentes.
Também são parametrizados para limitar a velocidade, dispondo de sistema de freios pneumático e freio auxiliar top brake, garantindo maior segurança. A carroceria proporciona maior vedação acústica contra ruídos externos. Seguem ainda a norma NBR 1402 que enfatiza obrigações sobre acessibilidade nos transportes públicos.
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Natal é a cidade com menos ônibus acessíveis a deficientes

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma pesquisa realizada pela organização Mobilize Brasil avaliou os transportes coletivos de algumas das principais cidades do país e revelou que Natal é a cidade com menos ônibus adaptados àqueles que apresentam restrições de mobilidade. Com apenas 20% da frota acessível, a capital potiguar ficou atrás de Fortaleza, Manaus, Recife, Goiânia, Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com a promotora de Justiça na área de Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Rebecca Nunes, a informação não é nova, entretanto, não deixa de ser preocupante. "Temos ciência  desta situação e estamos trabalhando para revertê-la", disse, se referindo à recomendação feita pelo órgão para que a licitação da próxima concessão do transporte público  de Natal trouxesse toda a frota acessível.

"Não estamos realizando trabalho junto às empresas porque não é objetivo do Ministério Público atuar no âmbito de termos de ajustamento de conduta isolados. Buscamos uma atuação macro, focada no edital da concessão do transporte público, no qual só poderão concorrer empresas que tiverem a capacidade de disponibilizar esses transportes acessíveis, tal qual prevê a nossa legislação atual", explicou, acrescentando que a instituição está disposta a entrar com ações civis e medidas judiciárias caso essa recomendação não seja cumprida.

Segundo ela, existem também outros pontos que estão sendo negligenciados quando o assunto é acessibilidade, como por exemplo as calçadas. "São as calçadas que recebem o maior fluxo de pessoas na cidade e, por outro lado, são estes locais que apresentam menos estrutura para os deficientes - as pessoas com mobilidade reduzida", comentou.

Com o objetivo de mudar essa realidade, o Ministério Público planeja implantar   o projeto "Acessibilidade nos Canteiros", aprovado no mês passado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos e que tem o objetivo de orientar os trabalhadores nos canteiros de obras. O intuito é transformar 15 profissionais em construtores da acessibilidade, prevenindo e não remediando a questão das barreiras estruturais.

De acordo com Rebeca, medidas como estas somada à intensificação dos trabalhos de regulamentação, fiscalização e punição daqueles que não estiverem de acordo com as normas de acessibilidade devem ajudar a mudar a cara da cidade e tirar da invisibilidade uma parcela da população que possui mobilidade reduzida.

Frota estará 100% acessível em três anos

A titular da Secretaria Municipal e Mobilidade Urbana, Elizabeth Thé, recebeu a notícia sobre o baixo índice de acessibilidade dos transportes públicos de Natal com certa tranqüilidade. De acordo com ela, a situação observada nos ônibus de Natal não é ideal, entretanto, é preciso dar tempo para que as empresas se adéqüem gradativamente às normas.

"O processo de licitação do transporte, que deve ocorrer agora em março vai reverter essa realidade. Com certeza não teremos 100% da frota adequada de início, porque isso demanda tempo, mas dentro de cerca de três anos posso afirmar que todos os carros já estarão adaptados para receber deficientes, gestantes, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção em geral", comentou.

Para o secretário adjunto da pasta, Haroldo Maia, o indicador apontado pela pesquisa pode não implicar necessariamente em prejuízo para as pessoas com deficiência, já que o estudo não levou em consideração que "muitas destas pessoas utilizam o Programa de Acessibilidade porta à porta da Prefeitura, o Prae. "Como o Prae existe para dar comodidade a esta parcela da população, imagino que muitos deles prefiram o programa aos transportes comuns", comentou.

Falta de ciclovia

A pesquisa da organização Mobilize Brasil também constatou que Natal é uma cidade que não possui um circuito cicloviário. A Semob, entretanto, nega a informação e confirma a existência de 21km de ciclovias e ciclofaixas na capital. "Temos um plano cicloviário e estamos buscando recursos para implementá-lo. Ao todo, a implantação do projeto deve viabilizar mais 60km de faixa especiais para ciclistas, integrando  todos os pontos da cidade", disse Elizabeth Thé.

De acordo com a secretária, a implantação do plano requer um investimento de cerca de R$ 10 milhões, que deverá vir do Ministério das Cidades. "Ainda estamos sem previsão para a captação desta verba, entretanto, possuímos outros projetos de ciclovias já aprovados dentro de projetos como o Pró-Transporte e o PAC da Copa de 2114".



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Trânsito de Natal tem mais carros e menos ônibus

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A quantidade de passageiros que utilizaram os ônibus de linha cresceu 1,5% em 10 anos em Natal. A estatística preocupa pois contrasta com o crescimento populacional no período (13%) e também com a elevação no número de veículos na cidade (330%). As causas de uma menor utilização do transporte público de massa são atribuídas às deficiências na qualidade do serviço prestado, assim como melhores condições de renda da população.

Desde o ano de 2004, a quantidade de passageiros de ônibus vinha caindo, tendo uma recuperação em 2010. Há sete anos, a média mensal era de 10,7 milhões de pessoas transportadas; no ano passado foram 10,3 e em 2009, foram 9,9 milhões.  Em 2000, 10,1 milhões de passageiros utilizaram esse tipo de transporte.

As estatísticas foram repassadas à reportagem pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). Enquanto isso, a frota de veículos na capital do RN aumentou mais de 330% nos últimos 10 anos, passando de 66,8 mil para 292 mil.

Para o professor de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Enilson Medeiros Santos, a migração do transporte coletivo para o individual trará problemas à cidade no futuro. “A consequência imediata é a dificuldade de fluidez de tráfego. Por enquanto Natal ainda tem espaço, mas já percebemos a quantidade de congestionamentos crescendo”, disse.

De acordo com o estudioso, que possui especialização na área de engenharia de transportes, o crescimento econômico da cidade ficou concentrado nos mesmos pontos da cidade ao longo dos anos. “O crescimento populacional se expandiu para as periferias, mas as pessoas continuam voltando para o centro de Natal para trabalhar. E para isso, continuam utilizando as avenidas Prudente de Morais, Salgado Filho, Capitão Mor Gouveia, Antônio Basílio”, argumentou.

Enilson acredita que não existiu planejamento através de políticas públicas por parte das autoridades para o crescimento da cidade. Para o secretário adjunto da Semob, Haroldo Maia, não há obra de engenharia que acompanhe tal crescimento. “Nenhuma obra vai comportar o crescimento que constatamos de veículos nos últimos tempos. Temos que priorizar a prestação de serviço do transporte público”. Segundo ele, os projetos existentes visam reestruturar as vias e criar mais faixas exclusivas para ônibus. “Não podemos estar disputando espaço com carros e motos. Estamos viabilizando projetos para beneficiar os usuários do transporte coletivo”.

O secretário confirma que a tendência de migração do transporte público para o individual traz prejuízos para  a cidade. “Teremos mais problemas de tráfego. Além de questões ambientes e de saúde que estão diretamente ligadas”, encerrou.

Os problemas dos transportes de massa se estendem a nível nacional. A utilização do transporte público sofreu uma queda de 30% em todo o Brasil. O preço da passagem aliadas a falta de políticas públicas para esta área foram apontados como causas para a diminuição constatada nos últimos 10 anos. A análise pertence ao estudo “A mobilidade urbana no Brasil”, divulgado na semana passada pelo Instituto de Polícia Econômica Aplicada (Ipea).

Além da ausência de planejamento para a mobilidade, o estudo também aborda os incentivos federais à utilização de transporte individual. Os subsídios do Governo Federal para aquisição de veículos como automóveis e motocicletas representam 90% do total destinado a área de transportes.

Falta de licitação é problema para a mobilidade de Natal

O Ministério Público Estadual, através das promotorias de Defesa do Patrimônio Público, já entrou com uma ação civil pública para tentar garantir a licitação do transporte público para Natal. O prazo dado pelo MPE/RN termina no próximo dia 15 de junho e prevê pena de R$ 500 mil à prefeita Micarla de Sousa caso não haja o cumprimento.

A licitação que irá reorganizar as linhas de ônibus da cidade há tempos se arrasta e no início do ano já havia sido prorrogada por seis meses. De acordo com o estudo “A mobilidade urbana no Brasil”, do Ipea, umas das principais causas dos problemas ligados ao tráfego é exatamente a ausência de tal licitação.

“Nem todos os municípios possuem um sistema de regulação da oferta de transporte público que estimule a qualidade, produtividade e integração do serviço. Muitos problemas do transporte público podem estar associados à ausência de um modelo regulatório adequado e também à falta de contratos e instrumentos jurídicos”, informa o documento na página 27.

Para o professor de engenharia civil da UFRN, Enilson Santos, o problema é discutido há quase 20 anos. “Me lembro na década de 90, quando já chamávamos atenção para esta necessidade. A licitação tornará o serviço mais atrativo e modernizará o funcionamento”, declarou.

No entanto, o especialista faz ressalvas. “O contrato não fará mágicas. A qualidade no serviço prestado não estará garantido simplesmente pelo fato de ter havido essa regulamentação. Não tenho essa ilusão”.

A visão do professor é compartilhada pelo diretor de comunicação da Seturn, Augusto Maranhão. “ O sistema padece de orientação jurídica. Mas se engana  quem pensa que a licitação irá melhorar o transporte público. Os alternativos já funcionam assim e isso não ocorreu”.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) deve divulgar ainda este mês o plano de mobilidade detalhando os novos pólos de atração da população e a cobertura do transporte público.

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Prefeitura de Natal tem 90 dias para fazer licitação do transporte

terça-feira, 31 de março de 2015

A Prefeitura de Natal tem, no máximo, 90 dias para iniciar o processo licitatório do transporte público de Natal. O prazo foi estabelecido em audiência judicial realizada ontem (30) pela manhã entre Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral do Município e Tribunal de Justiça. No acordo ficou estabelecido que a Prefeitura lançará o edital de licitação dentro do prazo, mesmo se a Câmara Municipal não finalizar a apreciação do projeto que regulamenta o sistema de transporte público da capital. 

A audiência foi convocada pelo juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública, Cícero Martins, e é desdobramento de uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público em 1999. Na época, o MP solicitava o fim dos contratos entre Município e empresas operadoras de transporte, bem como início do processo licitatório. Em 2010, esgotaram-se todas as possibilidades de recurso, e o processo entrou em execução no ano seguinte. Nunca foi cumprido. Em março deste ano, a promotora estadual Keyvianne Sena solicitou uma audiência para acordar o cumprimento da ação.

“Ficou acordado que o Município tem 90 dias para finalizar a licitação, independente de lei da Câmara. Se por acaso vier alguma lei municipal e for preciso fazer algum ajuste, o Município terá mais 30 dias para fazer isso. Se houver justificativa”, explicou o juiz. “A questão é que esta é uma decisão judicial e precisa ser cumprida. A Câmara Municipal tem o papel dela, mas independente disso o Município precisa fazer a licitação”, pontuou. 

O processo de licitação do transporte público da capital tramita, hoje, por duas esferas. Em fevereiro de 2014, o Município encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que define as regras do sistema de transporte. Este começou a ser analisado pelo legislativo na última quinta-feira (26), e já possui 207 emendas. Até ontem, apenas três foram votadas. Concomitantemente, a STTU iniciou a elaboração do edital para licitar o sistema de transporte, já parcialmente finalizado.

Entretanto, mesmo com a decisão da Justiça, a orientação do Município é aguardar a votação do projeto na Câmara Municipal. De acordo com o procurador geral do Município, Carlos Castim, a análise da Câmara Municipal deve ser finalizada antes de que o prazo se esgote. Ele afirma que o Município aguardará a análise do projeto para poder lançar o edital.

“Nós ultrapassamos, desde o ano passado, toda uma série de etapas para chegar até o momento atual. Demandou custo, dinheiro e tempo. E o MP quer que a gente simplesmente ignore tudo que está sendo feito, fazendo uma licitação às pressas, sem que ele possa dar uma garantia de que os licitantes possam ser alvo de novos bloqueios e suspensões”, criticou. “O que precisamos é cautela, bom senso e entender que estamos com um projeto de regulamentação”, asseverou.

De acordo com Castim, embora o projeto de lei não tenha cunho autorizativo, evitará que empresas questionem ou impugnem o edital posteriormente. “Se a gente não prever em lei, qualquer gestor pode fazer a licitação e conceder da forma que quiser.”, acrescentou.

Integrante da bancada do prefeito na Câmara Municipal de Natal, o vereador Júlio Protásio (PSB) cobrou explicações por parte do Executivo. “Entendo que não há prejuízo para a função do legislativo. Mas eu também não tinha nenhuma informação sobre o que foi decidido, e por isso cobrei a presença da Prefeitura aqui”, disse na manhã de ontem (30), durante sessão extraordinária para apreciação do projeto.

A secretária municipal de Mobilidade Urbana, Elequicina dos Santos, lembrou ainda que, mesmo após a aprovação do projeto pela CMN será necessário fazer uma audiência pública de consolidação do edital. “Os vereadores disseram que vão votar logo. Eles veem que a Prefeitura está sendo pressionada pela Justiça para fazer o processo, que já deveria ter sido feito há anos”, acrescentou. 

Emendas em análise

O que é?
O Projeto de Lei 018/2014 cria e regulamenta o Sistema Municipal de Serviço de Transporte Coletivo Urbano de Natal

11 de fevereiro de 2014 foi a data em que o Executivo remeteu o projeto à Câmara Municipal de Natal

59 é o número de artigos do projeto

207 é o número de emendas propostas 

Artigos polêmicos:

Art.5º: Estabelece as formas de delegação do serviço por meio de concessão, permissão e autorização
18 emendas

Art.10º: Estabelece o tempo de delegação do sistema
11 emendas

Art.17: Versa sobre a política tarifária dos transportes
9 emendas

Art.21: Dispõe sobre a criação e uso do Fundo Municipal de Transportes Coletivos (FMTC)
6 emendas

Art.31: Trata das obrigações dos concessionários e permissionários do transporte público
17 emendas

Art.50: O artigo sugere a criação da taxa de análise do Relatório de Impacto Sobre o Tráfego Urbano (Ritur) 
1 emenda

Art.55: Determina a redução da idade de gratuidade de 65 para 60 anos
1 emenda

Informações: Tribuna do Norte

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A dura rotina dos usuários de transporte coletivo na capital potiguar

quinta-feira, 27 de maio de 2010


Superlotação, longa espera, desconforto, atrasos, ônibus velhos... São essas algumas das reclamações feitas por quem, diariamente, precisa utilizar o sistema de transporte urbano de Natal. Sem contar no valor pago para usufruir de um serviço, que na maioria das vezes, deixa muito a desejar. Independentemente do tipo de transporte, pode ser ônibus, alternativo, ou até o trem, a verdade é que a população da Grande Natal está totalmente insatisfeita com a qualidade do transporte público oferecido na cidade. A superlotação é uma das principais queixas. Para tentar conseguir um lugar sentado, muita gente chega a andar cerca de 30 minutos até o terminal dos ônibus (ponto de partida).

O auxiliar de pedreiro, Adonias da Costa, é morador da Zona Norte de Natal. De segunda a sábado, ele deixa a residência no conjunto Novo Horizonte e caminha 15 minutos até chegar ao terminal de ônibus do conjunto Pajuçara. “Eu vou para o terminal na esperança de pegar um lugarzinho sentado. Tem dias que eu consigo, mas às vezes o ônibus já sai cheio desde a primeira parada”, lamentou Adonias.

A maioria dos usuários que estavam no terminal de ônibus do Conjunto Pajuçara, na última quinta-feira, afirmou que essa situação é mais comum do que se imagina. Uma equipe da TRIBUNA DO NORTE embarcou junto com os passageiros e comprovou de perto a deficiência do sistema de transporte da cidade. Em cada uma das paradas percorridas, problemas e reclamações se acumularam e cresceram.

Primeira Parada: Terminal de ônibus do Conjunto Pajuçara - Hora: 5h20 da manhã

O movimento no terminal de ônibus já era intenso, dezenas de passageiros a espera do ônibus. A essa hora da manhã a situação ainda estava organizada. Quem chegava ia direto para fila, tentar garantir um lugar sentando. Afinal, a viagem, para alguns, chega a durar até uma hora, dependendo de como esteja o trânsito na Zona Norte.

A estudante Joyce Souza (12) já estava na fila, apesar de só ter aulas às 7h30 da manhã. Para não perder o primeiro horário, ela tem que sair de casa ainda de madrugada. “Eu moro no conjunto Vila Verde e venho para o Pajuçara porque, às vezes, consigo pegar o ônibus mais vago. E tenho que sair bem cedo também devido ao engarrafamento que tem lá na ponte de Igapó, se deixar para ir mais tarde para a escola com certeza eu chego atrasada”, explicou a estudante.

Situação semelhante é a do auxiliar de serviços gerais, Kleber Nascimento. O horário de trabalho dele é a partir da 7h, mas às 5h30 ele já está saindo de casa. “Se eu não sair essa hora, não chego a tempo no serviço. É muito difícil para quem precisa pegar ônibus. Os carros são velhos, sujos e o valor da passagem é muito alto. Se for comparar não vale a pena pagar esse tanto de dinheiro para usar um serviço tão ruim”.

Bem próximo ao terminal tem um ponto de parada para os transportes alternativos, que nos últimos anos tem “roubado” boa parte dos usuários de ônibus. A vantagem desse sistema está no fato de chegarem até os lugares que os ônibus não atendem. “Eu desisti de pegar ônibus porque não passa perto do meu trabalho, que é na Prudente de Morais. Pelo menos dos carros que circulam na Zona Norte, nenhum passa por ali. Já as ‘bestas’ (alternativos) param bem próximo ao meu local de trabalho e cobram o mesmo preço dos coletivos”, disse a atendente Vilda da Silva.

Mas para o auxiliar de encanador, Jeandro Fortunato, os transportes opcionais também deixam muito a desejar. As principais reclamações são a mudanças do itinerário, o excesso de velocidade e, principalmente, a falta de um horário certo para as saídas dos veículos. “Eu estou aqui desde as 5h30 da manhã, mas a besta só vai sair de seis horas. Pode uma coisa dessas? Todo dia eles saem em um horário diferente”, falou Jeandro.

Um outro problema é a questão dos pontos de paradas. Tanto para as paradas dos alternativos, como as dos ônibus, não oferecem muita proteção aos passageiros. No Pajuçara, por exemplo, o terminal de ônibus não oferece nenhum conforto aos passageiros, que esperam o transporte debaixo de sol ou de chuva. Por volta das 5h45, a equipe da TN pegou o ônibus, que faz a linha Pajuçara-Mirassol (linha 60). O veículo deixou o terminal com todos os bancos ocupados e algumas pessoas em pé. Alguns quilômetros mais à frente, após a terceira parada, o ônibus já estava praticamente lotado. “Vejo essa cena se repetir todos os dias”, reclamou o supervisor, Zenaido dos Anjos.

Passageiros ficam sem opção

Segunda Parada: Estação de trem do Conjunto Panoram - Hora: 6h10Para fugir do longo congestionamento que se forma todas as manhãs, e, principalmente economizar no valor da passagem, muitos moradores da Zona Norte estão optando pelo transporte ferroviário. O trem acaba sendo uma solução rápida e barata. Ao invés de gastar 1h30 no trajeto Zona Norte-Ribeira, o usuário do serviço ferroviário acaba fazendo o mesmo percurso em 30 minutos. Além disso, economiza R$2,50 por dia, já que a passagem do trem custa apenas R$0,50.

O zelador, Roberto Bezerra é um dos adeptos ao trem. Ele caminha cerca de dez minutos de casa até a estação do Panorama. “Eu prefiro pegar o trem que não atrasa, não tem problema com engarrafamento e a passagem é só R$0,50. É muito mais vantagem, sem se compara”.

Assim como acontece com os ônibus, o estado de conservação dos trens não está muito bom devido ao tempo de uso do equipamento (cerca de 50 anos). Além disso, são poucos os lugares disponibilizados para sentar. Cada vagão possui cerca de oito bancos, com capacidade para oito pessoas cada. Ou seja, apenas 64 pessoas de um universo de centenas de pessoas vão sentadas.

Um outro problema é segurança dos passageiros. Segundo alguns usuários, existem dias, que de tanta gente, o trem segue viagem com a porta aberta.Para o pedreiro, Antônio Barbosa, a viagem de trem não é muito confortável, mas a economia (de tempo e dinheiro) compensa. “Os ônibus estão ruins e o trânsito nem se fala. É muito melhor, na minha opinião, pegar o trem, apesar do aperto, porque a gente gasta bem menos. E se fosse de ônibus também era desconfortável, porque eles só andam cheios também”.

O trem, que saiu do município de Ceará-Mirim chegou à estação da Ribeira por volta das 6h40. Foram gastos cerca 30 minutos. Se o mesmo trajeto tivesse feito de ônibus, seria gasto cerca de uma hora.
Terceira Parada: Passarela Neópolis - Hora: 8h30Quem disse que os moradores da Zona Sul não têm problemas com o sistema de transporte público de Natal? Basta dar uma volta pelos bairros de Capim Macio, Cidade Satélite, Neópolis para constatar que a situação é semelhante à Zona Norte. Atrasos, ônibus antigos e cheios, má educação de alguns motoristas e cobradores.

O universitário Felipe dos Santos que o diga. Ele mora no bairro de Neópolis e a universidade que ele estuda fica na avenida Engenheiro Roberto Freire, Ponta Negra. Um percurso que não é tão distante, quando vai de carro, gasta em média 20 minutos, mas quando vai de ônibus... “Tenho que apelar para sorte. Existe um espaço de tempo muito grande em um ônibus e outro. Já cheguei a esperar mais de 45 para pegar um ônibus.”A reportagem da TRIBUNA DO Norte chegou por volta das 8h30 na parada de ônibus que fica embaixo da passarela de Neópolis. O ponto ainda estava cheio de passageiros.

De acordo com uma legislação municipal, alternativos e ônibus não podem utilizar o mesmo ponto de ônibus, mas na realidade não é bem assim que a coisa funciona.Muitos alternativos não respeitam as paradas de ônibus e param nesses locais para tentar embarcar mais passageiros e acabam ocupando o lugar destinado apenas aos ônibus. Nessa confusão os usuários são prejudicados porque sem ter onde parar, os ônibus passam direto do ponto.

Uma outra reclamação é com relação ao estado de conservação dos veículos e o preço da passagem de ônibus. “A maioria da frota é sucateada. São ônibus antigos, que fazem um barulho enorme e quebram com muita freqüência. A passagem então, o valor que nós pagamos não compensa porque Natal é uma cidade pequena. Outras cidades maiores que possuem a tarifa um pouco mais alta, mas em compensação um mesmo transporte chega a vários pontos da cidade, coisa que não acontece aqui”, explicou Felipe.

Para a empregada doméstica Francisca Canindé Gomes, o sistema de transporte público só favorece aos donos das empresas e não a população como deveria ser. “Eu moro no Conjunto Bela Vista, no Planalto, e lá eu só posso pegar um ônibus, que é o 33. Eu já esperei mais de 40 minutos por ele. E a passagem de ônibus é muito cara, mas o pobre não tem direito nem de reclamar, depende do ônibus, então tem que pagar. Não dá para andar a pé, né?”
Quarta Parada: Campus Universitário - Hora: 9h15

Na UFRN a situação é tão ou mais complicada do que nos outros pontos da cidade. A instituição recebe alunos de todos os locais do Estado, que sentem muitas dificuldades para conseguir chegar e sair do Campus, já que poucas linhas fazem esse percurso.

Dependendo do local que desejar ir, os estudantes tem que pegar dois ônibus: o Circular até a avenida Salgado Filho e outro até o destino final. O problema é que, em determinados horários, o Circular chega a demorar cerca de 20 minutos ou mais e ainda vem lotado.“Chamamos esse sistema de transporte público, mas ele não tem nada de público. Nós pagamos, e caro, para ter direito a ele. Deveríamos, no mínimo, ter um transporte de qualidade”, reclamou a universitária Débora Melo, que já chegou a esperar uma hora pelos ônibus da linha 47 e 48 (Nova Descoberta).Já o, também universitário, Fernando Araújo, define como “razoável” o valor da tarifa e a qualidade do sistema de transporte da cidade. “Deveriam ser colocados mais ônibus para rodar em Natal. Eu, por exemplo, estou a 18 minutos esperando o 31 e até agora nada. Mas acho que o valor da tarifa razoável. Poderia ser mais baixo, mas também não está tão caro assim”.

TAC quer recompensar usuário

Recentemente a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) negociou com os empresários do setor, o reajuste da tarifa de ônibus. Para justificar o aumento das passagens, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público. O acordo é uma espécie de recompensa para o usuário que passou a pagar, desde o dia sete de setembro, uma tarifa de R$1,75.

De acordo com o TAC, as empresas concessionárias de ônibus terão que cumprir uma série de recomendações: renovar a frota em cerca de 372 veículos nos próximos 36 meses,; ampliar o serviço noturno com dez linhas a serem definidas pela STTU e que sairão entre meia-noite e cinco horas da manhã, de hora em hora; implantação do serviço porta à porta com a aquisição de 20 veículos tipo microônibus sem cobrança da tarifa para os portadores de deficiência física com alto grau de deficiência na mobilidade.

O acordo definiu ainda a reativação de alimentadores do Residencial Redinha; implementação de Circular Integrado ao Terminal de Soledade, beneficiando as comunidades de Nova República, Jardim Brasil, Brasil Novo, Parque das Dunas e os loteamentos Novo Horizonte, Jardim Floresta, Dom Pedro e Santa Cecília, entre outras recomendações.

De acordo com a secretária adjunta, Lúcia Rejane de Almeida, a STTU já iniciou os estudos para por em prática as determinações. “Os projetos para ampliar o horário noturno dos transportes, bem como a questão dos circulares e o transporte porta à porta já estão sendo feitos. Acredito que vamos cumprir todas as recomendações dentro dos prazos estabelecidos”.

O não cumprimento do ajuste de conduta implicará em interferência do Ministério Público e multas por descumprimento do acordo. As multas variam de acordo com cada recomendação. No caso do transporte porta à porta, por exemplo, se não for cumprido a partir do 13° mês (contando a partir de setembro) a empresa vai pagar uma multa de R$ 400,00 por dia e por veículo que deveria está em operação.Questionado sobre a qualidade da frota que está rodando na cidade, o chefe do departamento de estudos de projetos da STTU, Flávio Nóbrega, reconheceu que boa parte dos ônibus é antiga e já estava precisando ser renovada.

“A frota de ônibus de Natal tem uma idade média de sete anos. A renovação desses ônibus chegou na hora certa. Com essa medida, a frota ficará com uma média de quatro anos e meio. Fato que além de aumentar o conforto da população, vai diminuir o tempo das viagens, porque carro novo roda melhor que velho”.

De acordo com dados da STTU, Natal possui hoje uma frota total de 703 ônibus, sendo a frota efetiva (que circula diariamente) de 611 veículos. Sete empresas (Cidade das Dunas, Riograndense, Reunidas, Via Sul, Santa Maria, Guanabara e Conceição) possuem concessão para fazer esse tipo de transporte.Já a frota de opcionais é composta por 177 carros. O sistema transporta mensalmente um total de 11 milhões de passageiros. Por dia, são, aproximadamente, 430 mil usuários transportados nos ônibus e alternativos. Para fiscalizar toda a frota, a secretaria disponibiliza cerca de 104 fiscais de trânsito, que trabalham em todas as regiões do município, independente do tipo de autuações.

Os transportes alternativos são os que mais acumulam infrações. Até o dia oito de agosto deste anos, o Sindicato do Permissionários de Transporte opcional registrou um total de R$ 696.726,97. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) o sistema de ônibus recebe uma média de 100 multas por mês.

Com relação aos pontos de passageiro, a STTU informou que de 2006 a 2007 foram instalados 120 novos abrigos, mas 100 foram recuperados e ainda tem uma licitação em andamento para que sejam instalados mais 92 abrigos. “Sabemos que a quantidade não é suficiente, mas estamos trabalhando para melhorar ao máximo. Existe também um problema sério: muita gente não conserva os abrigos, praticamente todos os dias temos que consertá-los”, reclamou Flávio Nóbrega.

Para o diretor de Comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, o Termo de Ajustamento de Conduta vai trazer muitos benefícios tanto para aqueles que utilizam, como para quem oferece e fiscaliza o sistema de transporte urbano. “A tendência é que o sistema de transporte fique realmente organizado. Esse foi apenas o primeiro passo. Esperamos que essa mudança de postura do órgão gestor (STTU) permaneça firme, porque só assim vamos conseguir um transporte de qualidade.”

Opcionais criticam diferenciação

“As pessoas vêem o sistema de transporte alternativo como uma espécie de ‘quebra galho’ que socorre a população, principalmente aqueles que moram nos bairros mais carentes de Natal”, desabafou o presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional do RN (Sintoparn), José Pedro dos Santos Neto (Pedrinho).

Segundo Pedrinho, a STTU não dá a devida atenção aos alternativos, que não foram beneficiados com o corredor da Bernardo Vieira. “Nós deveríamos ter mais vantagens já que somos o único sistema de transporte licitado, mas parece que funciona diferente. Uma prova é que não fomos beneficiados com o corredor da Bernardo Vieira, que a STTU faz questão de dizer que é exclusivo para os ônibus e nem temos o direito de circular com passageiros em pé”.

Com relação a permissão para circular com passageiros em pé, o Sintoparn desistiu de esperar pela Câmara dos Vereadores e está realizando uma campanha para o recolhimento de 15 mil assinaturas. “Pretendemos apresentar um projeto de iniciativa popular par vê se com o apoio da população conseguimos esse direito, que os ônibus já possuem”, disse Pedrinho.

Uma das principais reclamações contra os alternativos é a falta de segurança desse sistema. Por ser menor que o ônibus, os passageiros dos opcionais estão mais sujeitos a assaltos. E para acabar com esse problema, o Sintoparn está tentando implantar um sistema de GPS, que vai monitorar toda a rota do veículo. Mas a implantação do GPS esbarrou na burocracia do órgão gestor, que só vai liberar o sistema quando os ônibus também providenciarem.

“Nós estamos apenas esperando a liberação da STTU, já providenciamos tudo que foi solicitado. Mas temos que esperar que os ônibus se adequem também, mas pelo que eu sei não tem nem previsão. As pessoas falam do transporta alternativo, mas nós queremos fazer tudo direitinho, já o Seturn não quer porque com o GPS, a STTU teria o controle de tudo”, alfinetou Pedrinho.Para o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, o sistema de ônibus é diferente. “É tudo em proporções maiores, temos mais veículos, mais gastos. Não é de uma hora para outra que conseguimos resolver tudo”. Ele disse ainda desde que os alternativos começaram a rodar na cidade, os ônibus perderam 20% dos seus passageiros. “E desde 200 o sistema não tem acréscimo na demanda, só nos gastos”.

Um exemplo é a meia passagem e a gratuidade dos idosos, deficientes e portadores de doenças crônicas. Segundo ele, de cada 100 pessoas, 20 não pagam a tarifa e 40 pagam meia passagem. “Ou seja, as outras 40 pessoas é quem acabam pagando, por isso o aumento da tarifa e não porque queremos ganhar mais dos usuários”, disse Augusto.

Questionado sobre a qualidade do sistema de ônibus da cidade, Augusto Maranhão respondeu: “O nosso sistema é de boa qualidade. Tem alguns defeitos, mas a frota é suficiente para transportar toda a população. O que precisamos é de mais velocidade do trânsito”.

Passagem de trem atrai passageiros

Uma opção que está começando a ser utilizada por grande parte dos moradores da Zona Norte, Ceará-Mirim e Extremoz é o trem. Além de ser mais barato, a passagem custa R$0,50, o tempo de duração da viagem é bem menor do que se fosse feita de ônibus.

O ambulante, Jenivaldo Costa, é uma das pessoas que preferem utilizar o trem. “A gente sabe que o trem é velho e não oferece nenhum conforto, mas seu eu for de ônibus também vou em pé. Mas pelo menos eu pago mais barato.Além da tarifa outra coisa atrai o ambulante. “Aqui no trem é todo mundo mais unido. Todo mundo se conhece. Teve até um dia que eu cantei para os passageiros. E também é mais seguro que ônibus porque nenhum malandrinho se atreve a fazer alguma maldade com ninguém aqui dentro, eles não são nem doidos”.

De acordo com dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cerca de 12 mil passageiros são transportados diariamente, nas 27 viagens feitas pelas três composições (vagões e locomotiva). O trem está sendo tão utilizado que a companhia está com o projeto de ampliação, para atender cerca de 60 mil pessoas.

“O Projeto de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) está em fase de negociação. A governadora Wilma quer muito executá-lo, mas só poderá fazê-lo se contar com recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já que o projeto inicial está orçado em R$ 130 milhões”, explicou o gerente administrativo da CBTU, Flávio Cordeiro.

Além disso existe um outro projeto, em fase de estudo, que prevê a ampliação para Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José do Mipibu e Nísia Floresta. Segundo Flávio, ainda não existe um valor para o projeto, mas os primeiros estudos estimam um custo de R$ 400 milhões, já que teriam que ser construídas novas ferrovias.

Ainda tem aqueles que preferem economizar mais ainda e acabam fazendo uso de outro meio de locomoção: a bicicleta.“Para quem mora na Zona Norte a bicicleta é melhor. A gente não gasta nada e ainda chega mais rápido do que quem vai de carro ou de ônibus. O meu patrão sai de casa de 6h30, de carro, e eu de 7h30, de bicicleta. Adivinha quem chega primeiro? Eu é claro.”, disse o ASG Deílson Lemos.

Fonte: Tribuna do Norte
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Usuários de bicicleta reclamam da falta de ciclovias em Natal

domingo, 12 de dezembro de 2010

Elas são leves, não poluem o meio ambiente, ajudam na saúde e na definição de um corpo perfeito. Embora tenha inúmeras atribuições positivas, não é fácil convencer as pessoas a trocar o conforto dos automóveis pela sustentabilidade da bicicleta. Mesmo o número de pessoas que utiliza diariamente bicicletas em Natal ser de 4%, o que representa aproximadamente 54 mil viagens por dia - maior do que a média nacional que é apenas 2,8% -, os integrantes da Associação de Ciclistas do Rio Grande do Norte (Acirn) acreditam que o percentual poderia ser maior caso existisse na capital potiguar mais faixas exclusivas para bicicletas. A prefeitura está elaborando um plano que, se posto em prática, aumentará a extensão de ciclovias e ciclofaixas de 21km para 83km e dará aos natalenses a alternativa de deixar a bicicleta em paradas de ônibus e pagar o transporte público.

Apesar de Natal não oferecer trechos que interliguem os quatro cantos da cidade, os usuários da "magrela" se arriscam dividindo espaço com motocicletas e automóveis pelas ruas e avenidas de maior movimento, seja para trabalhar ou simplesmente pelo prazer de pedalar. O presidente da Acirn, Haroldo Mota, afirma que a Zona Norte concentra um maior número de ciclistas, porém vem sendo registrado crescimento em todas as zonas.

Como pontos negativos de pedalar dividindo o mesmo espaço com veículos automotores, Mota destaca a falta de segurança do ciclista e os efeitos da poluição. Para o arquiteto Márcio Leite, 53 anos, bicicleta é sinônimo de lazer e esporte. Há 15 anos ele pratica a atividade, pelo menos, duas vezes por semana. "Gosto muito de praticar esportes. Faço remo, vôlei e musculação, mas sinto mais prazer mesmo é com o ciclismo. O único problema é a falta de espaços adequados", opina.

O representante comercial Carlos Camboim, 50, aderiu à "bike" há um ano e meio, mas já se tornou um amante do ciclismo, modalidade que pratica, no mínimo, duas vezes por semana. "Saímos para pedalar por vários locais e percebemos sempre como é precária a oferta de vias exclusivas para bicicletas que é um transporte limpo, não polui e ainda melhora a condição física de quem adere à prática", ressalta.

O secretário adjunto de trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Haroldo Maia, afirma que uma avaliação prévia feita para integrar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana constatou em Natal apenas 21,8 km de faixas exclusivas para bicicletas. Desse total, apenas a Via Costeira, na Zona Sul, e a Avenida Itapetinga, localizada no Conjunto Santarém, Zona Norte, têm ciclovias com 15km de extensão. Em outros pontos da cidade como as avenidas Ayrton Senna, Omar O'grady (prolongamento da Prudente de Morais), Café Filho, além da orla de Ponta Negra, existem somente 6,8 km de ciclofaixas.
Por Erta Souza
 
Fonte: Diário de Natal
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Prefeitura do Natal promete que concorrência para operar linhas de ônibus vai finalmente ser feita, ainda em 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Muito se fala nas mudanças que podem acontecer no sistema de transporte público de Natal quando for feita a até agora adiada licitação das linhas de ônibus. Mas a concorrência parece difícil de sair do papel, e vem sendo protelada há pelo menos oito anos, desde que venceu o prazo da última permissão dada aos empresários do setor, em 26 de julho de 2003. Com a licitação, questões como mais acessibilidade, frota renovada, tarifa mais barata e novos itinerários deverão ser estabelecidas pelo município de Natal, que gerencia o sistema, através da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), determinando frota, linhas e tarifa.

Há doze anos, sete empresas exploram o transporte urbano na capital: Santa Maria, Reunidas, Cidade do Natal, Guanabara, Riograndense, Nossa Senhora da Conceição e Viasul. Elas atuam em itinerários que, em sua maioria, foram criados ainda na década de 1980, quando os destinos de viagens do natalense eram para os bairros do Alecrim,Cidade Alta e Ribeira. Com a licitação, a ideia é que haja mais polos geradores de viagens, passando para pelo menos 13, e incluindo destinos como Igapó, Felipe Camarão e Ponta Negra, além do polo composto pelas vias Bernardo Vieira, Capitão-mor Gouveia, Salgado Filho e Km 6.

Ana Elizabeth Thé Bonifácio Freire, titular da Semob, explica que está sendo preparado um termo de referência para a contratação da empresa que vai fazer o edital. "É uma espécie de consultoria. O edital de licitação deverá ser lançado até o final de julho, e haverá um prazo de 120 dias para que os trâmites legais aconteçam, como em qualquer outra licitação. Dá para conhecer o vencedor da licitação do transporte ainda em 2011", previu. Segundo a secretária, o plano de mobilidade iniciado em 2009 será o norteador da licitação. "Características como se o critério para o vencedor vai ser ligado a questões como a técnica ou preço da passagem vão ser definidos por essa consultoria, que vai trabalhar junto com os técnicos. O que sabemos é quehaverá mudanças".

Por enquanto, a Semob evita dar mais detalhes sobre a licitação, porque ela será preparada pela empresa que for contratada para fazer a consultoria e o plano de referência. Dependendo do valor, será definida a modalidade e o prazo para apresentações de propostas: se carta-convite, em 15 dias, se tomada de preços, em 30 dias; se pregão eletrônico ou presencial, de 8 a 10 dias.

Apesar de iniciado há dois anos, o Plano de Mobilidade só foi concluído no final de maio deste ano. O documento foi elaborado pela Fundação Coppetec, ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Desconheço critérios da escolha, que foi feita pela gestão anterior à nossa", disse Elizabeth. "Mas estamos abertos às instituições locais, como a Funpec, da UFRN, que tem técnicos capacitados na área de transportes. Poderemos ouvi-los".

O objetivo principal da elaboração da licitação no transporte público é a modernização do sistema. "Não de imediato, mas a longo prazo, teremos ônibus mais confortáveis, maior pontualidade para o usuário e, se necessário for, aumento da quantidade de ônibus nas ruas", afirmou a secretária.





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Em Natal, Ônibus não param na baia; motoristas têm ignorado recuos e obrigam pedestres a riscos

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Elas estão lá, porém, nem sempre são utilizadas pelos motoristas de ônibus e alternativos que circulam diariamente em Natal. Não são todos os pontos de ônibus da capital potiguar que dispõem de baias - recuo no asfalto para facilitar o trânsito nas grandes cidades -, entretanto, onde elas existem, deveriam minimizar os transtornos, especialmente para os pedestres que muitas vezes se arriscam entre carros e motos para conseguir entrar no transporte desejado.
A cena faz parte da rotina do comerciante Gilvan da Silva, 41 anos, que há 20 anos trabalha próximo ao ponto de ônibus localizado na avenida Felizardo Moura, no bairro das Quintas. Diariamente ele assiste dezenas de pedestres se arriscarem no tráfego intenso da avenida e garante que são poucos os motoristas que respeitam e usam o espaço. "De 100 veículos que passam por aqui, apenas um pára na baia. Isso é ruim porque atrapalha o trânsito e provoca acidentes", diz.

Enquanto a equipe de reportagem do Diário de Natal estava no local, um ônibus parou em local irregular e o motorista Manassés Dias, 28 anos, foi questionado sobre o por quê da atitude. "Muitas vezes o pedestre fica na avenida então para não piorar a situação paramos aqui mesmo", afirmou.

Estudante de uma escola privada que fica próxima ao escritório da Caern, localizado na avenida João Medeiros Filho (estrada da Redinha), Iagos Cruz Azevedo, 16 anos, conta que o fato é corriqueiro também nesse ponto de ônibus. "A situação é ainda mais complicada quando param outros ônibus e alternativos e temos que passar no meio do trânsito para podermos entrar em algum deles para chegar em casa", reclama.

A dona de casa Mônica Alexandre, 41 anos e mãe da pequena Maria Eduarda, afirmou que há alguns dias viu um idoso cair porque teve que se deslocar de uma calçada alta para conseguir entrar no ônibus. "Para nós que temos a saúde perfeita já é ruim, agora imagine para os idosos e portadores de necessidades especiais", indaga.

Campanha


O diretor de comunicação do Sindicato dasEmpresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), Augusto Maranhão, informou que empresas, motoristas e cobradores são constantemente fiscalizados e que, inclusive, diversos ônibus têm câmeras instaladas na frente dos veículos para detectar esse e outros possíveis abusos que podem ocorrer com o usuário.

Com o intuito de melhorar o serviço oferecido, o Seturn irá promover uma campanha de orientação direcionada a motoristas, cobradores e usuários do transporte coletivo, especialmente idosos e portadores de necessidades especiais. A data ainda não foi definida, mas o primeiro encontro será após o carnaval no ginásio Nélio Dias, localizado no conjunto Gramoré, Zona Norte de Natal.

Fonte: DN Online

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