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Sem plano de mobilidade urbana, Recife ficará sem recursos para projetos

domingo, 3 de maio de 2015

Se encerrou na quinta-feira (30) o prazo para que municípios brasileiros entreguem ao governo federal o Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PDMU). Recife, que no ano passado foi apontada como a capital de pior trânsito do Brasil por uma pesquisa, será uma das cidades que não entregará o documento no prazo estabelecido pela Lei 12.587/2012. Com isso, não receberá novos recursos federais para projetos na área até que as exigências sejam cumpridas. Nesta quarta-feira, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) foi à tribuna durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa e fez críticas diretas ao prefeito Geraldo Julio (PSB), que segundo ela se vangloria de tornar público que realiza uma gestão alicerçada pelo planejamento e monitoramento de suas ações.

Priscila, que durante o tempo em que foi vereadora do Recife sempre fez uma oposição bastante crítica ao governo do PSB, lembrou que algumas intervenções como a ampliação da Avenida Beira Rio e a implantação de corredor de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) na Avenida Norte, dois compromissos da administração socialista que dependem diretamente de recursos do Ministério das Cidades, dificilmente sairão do papel. "Onde está o monitoramento do prefeito que não apontou luz vermelha para a confecção do plano, um assunto tão importante? Nós somos, de acordo com pesquisa recente, a capital com mais trânsito do país, mas a cidade continua absolutamente defasada no que diz respeito ao seu planejamento urbano", salientou a parlamentar. A resolução, contudo, não interfere no repasse de recursos para contratos antigos.

No início do mês, o Diario publicou matéria sobre o tema. À época, a Secretaria Municipal de Planejamento informou que a construção do documento depende da entrega de uma pesquisa de origem/destino, que está sob a responsabilidade do Grande Recife Consórcio. “Em todo o país, tem sido apontada a necessidade deste estudo, com base em pesquisa domiciliar, em particular nas regiões metropolitanas”, justificou o órgão.

A pesquisa demanda abertura de licitação. “A previsão é de que a pesquisa só comece a ser realizada no segundo semestre deste ano, quando devem acontecer o lançamento do edital e a abertura da licitação para a escolha da empresa”, informou o Grande Recife no início do mês. O último trabalho feito nesse sentido foi realizado há 18 anos, pela extinta Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

A Secretaria de Planejamento também informou que houve um pedido ao Ministério das Cidades para prorrogação da entrega do plano. “Outros municípios que não conseguiram entregar o documento fizeram esse pedido. Aguardamos a sinalização do Ministério das Cidades quanto ao adiamento do prazo”, informou a pasta. Consultada novamente nesta quarta-feira, a secretaria informou que não houve mudanças no quadro, mas agregou que já trabalha com um prazo para conclusão do plano: o final do primeiro semestre de 2016.

Em 2011, ainda na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT), foi apresentado um plano de mobilidade à Câmara de Vereadores, quando foi criada uma Comissão Especial de Mobilidade para promover audiências públicas e discutir os encaminhamentos. No primeiro semestre de 2013, o projeto foi retirado da casa para análise do prefeito Geraldo Julio (PSB), alegando que faltavam estudos técnicos que embasassem o plano. Um novo projeto seria elaborado pela atual gestão. Até agora, no entanto, o Recife segue sem definições das políticas públicas de mobilidade urbana.

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No Recife, Especialistas e urbanistas em mobilidade urbana dão suas declarações em audiência pública

terça-feira, 8 de maio de 2012

Na sétima e última audiência pública da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ocorrida na manhã desta segunda-feira (7), especialistas em trânsito e mobilidade urbana expuseram estudos e exemplos que podem ser adaptados à realidade do Estado. O debate aconteceu no Plenarinho III da Casa, na rua da União, bairro da Boa Vista, no centro do Recife.

Mediado pelo presidente da Comissão e deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB), o encontro contou com a participação dos professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Oswaldo Lima Neto, Maurício Pina, Leonardo Meira, César Cavalcanti e o reitor Anísio Brasileiro. Também presentes, o deputado federal João Paulo, o presidente do Crea-PE José Mário Cavalcanti e o consultor em transporte público Germano Travassos.

Costa Filho abriu a discussão lembrando a importância da parceria entre a UFPE e o poder Legislativo. “É um marco poder dialogar diretamente com a academia. Aqui estão técnicos que têm autonomia e domínio sob a questão. Certamente esse é um ponto chave na construção da nossa carta aberta”.

O documento com a radiografia da mobilidade da Região Metropolitana do Recife (RMR) e de Pernambuco será lançado na Alepe no próximo mês de junho e entregue em prefeituras, governo estadual e federal, universidades e bibliotecas, com projetos, metas e sugestões para os próximos 10 anos.

O primeiro palestrante, Germano Travassos, comparou o investimento que é feito para a circulação de automóveis e o que é voltado para os ônibus. “Abrir espaço para carros é estimular o seu uso e se preparar para um congestionamento próximo”, alertou o consultor. “Foi feito um investimento significativo no entorno do Terminal Joana Bezerra para os automóveis, contudo o terminal continua deficiente. É questão de escolha e de política pública. Onde colocar o dinheiro?”, indagou.

Já o doutor em transporte, Oswaldo Lima Neto, lembrou que a última pesquisa domiciliar realizada na RMR foi em 1997, pela antiga EMTU/Recife. “Faltam dados atuais para que nós possamos conhecer os reais problemas da mobilidade e enfrentá-los. Sem pesquisas não é possível planejar”.

O mestre e doutor Maurício Pina também frisou que é preciso conhecer a realidade antes de optar. “Se faz necessária uma atualização dos dados. Não podemos ficar no ‘achismo’”. Além disso, Pina ressaltou que os 15 edifícios-garagem que serão construídos no centro do Recife vão estimular ainda mais o uso de automóveis e adensar a área. “Mobilidade ou imobilidade?”, questionou complementando que em Amsterdam, capital da Holanda, são construídos edifícios garagens, porém, para as bicicletas.

O professor Leonardo Meira provocou os presentes. “Você quer passar o dia no congestionamento ou fazer um passeio pela cidade? Você aproveita e conhece o espaço público? O que faz para melhorar a mobilidade urbana de sua cidade?”. Falta de ciclovias, de calçadas de qualidade e de estrutura - como bicicletários e vestiários -, também foram citados como obstáculos que envolvem a problemática.

César Cavalcanti, vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), destacou cinco prioridades para decidir corretamente sobre projetos de mobilidade urbana: pesquisar a demanda e tecnologia, planejar antes de optar, garantir recurso para investir em manutenção, ouvir a comunidade técnica e aplicar mecanismo de subsídios à operação. “Nós não sabemos o que está acontecendo na cidade, isso é uma vergonha. Optar antes de planejar é colocar o carro na frente dos bois”, desabafou.

Fonte: Blog do Jamildo

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Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Em abril de 2015, finda o prazo de três anos para a elaboração do plano de mobilidade urbana nos municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes, estabelecido pela Lei 12.587/2012, a Lei de Mobilidade Urbana. Nesse período, as cidades deveriam ter incluído nos seus planos diretores as diretrizes de transporte determinadas na Política Nacional de Mobilidade Urbana. No entanto, a poucos meses da expiração desse prazo, mais de 70% das capitais e cidades brasileiras acima de 500 mil habitantes, e 95% do total de municípios acima de 50 mil habitantes, não conseguiram finalizá-lo.

Desde 1988, a Constituição Federativa do Brasil já objetivava, na política urbana, a ordenação e o desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar da população. O plano diretor já constava como obrigatório para os municípios acima de 20 mil habitantes. No entanto, apenas 13 anos depois, com o Estatuto das Cidades (Lei n.° 10.257/2001), ocorreu a regulamentação e foram estabelecidos os critérios dessas políticas urbanas, incluindo a obrigação da União em instituir as diretrizes para os transportes urbanos - o que aconteceu somente em 2012.

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que apenas 3,8% do total dos municípios brasileiros possuíam Plano Municipal de Transporte. Nas cidades acima de 500 mil habitantes, 55,3% dos municípios tinham o Plano e 28,9% estavam em processo de elaboração.     

Em recente controle dos Planos de Mobilidade Urbana feito pelo Ministério das Cidades, de 1.317 municípios que responderam a pesquisa (equivalente a 38% dos 3.325 mil municípios acima de 50 mil habitantes), apenas 61 (5%) possuem o plano de mobilidade urbana. O número total de municípios que não têm o plano são 1.256 (95%), dos quais apenas 361 (29%) estão em processo de elaboração.

Às vésperas do encerramento do prazo definido pela Lei de Mobilidade, a Revista NTU Urbano apurou em 46 cidades, incluindo as 27 capitais e as cidades acima de 500 mil habitantes, os principais gargalos sobre a elaboração dos chamados “Plamob” e também de que maneira secretários e técnicos têm encarado a missão de transformar a mobilidade urbana em suas localidades.

No levantamento, foi constatado que 71,8% das cidades não têm o plano. Dentro desse percentual, 91% estão em processo de elaboração e 9% não iniciaram. Das cidades que possuem o plano, 69% são capitais. Das 27 capitais brasileiras, 67% não possuem o Plano de Mobilidade Urbana e 33% possuem ou estão em fase de elaboração (confira os gráficos).

De acordo com a apuração da Revista NTU Urbano, dentre os principais problemas enfrentados pelos municípios na elaboração dos planos, destacam-se a falta de recursos financeiros e a precária estrutura de pessoal. Esses também foram apontados como os motivos para o atraso na entrega dos projetos.

Segundo o Ministério as Cidades, as razões são variadas. “Pudemos identificar que alguns municípios não conhecem o teor da lei nem as reais sanções para a não-elaboração do Plano de Mobilidade, apesar dos esforços da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana (SeMob) para divulgação da Lei nº 12.587, seja através de seminários, cursos e publicações sobre o tema”, explica o órgão em nota oficial.

A SeMob do Ministério das Cidades ressalva que “vem identificando um crescente interesse por parte dos municípios para a capacitação e maior mobilização nos últimos meses para a elaboração de Plano de Mobilidade”.

Em suma, a realidade é que um número muito alto de cidades não conseguirá atender ao prazo da Lei. Essa é a realidade de Cuiabá (MT), que ainda está na fase de contratação de empresa para elaboração do plano. Segundo Anna Regina Feuerharmel, secretaria-adjunta da Secretaria de Mobilidade Urbana da capital, esse processo não foi iniciado antes por falta de recursos humanos e financeiros. “Já foi feito o escopo básico e o termo de referência para licitação. A previsão para a finalização do plano é até 18 meses após o seu início”, revela Anna Regina.

Das cidades que ainda não possuem plano, dois exemplos são Duque de Caxias (RJ) e Goiânia, que ainda não deram início a nenhuma etapa do processo de elaboração. Na capital goiana não há previsão para a construção do PMU. É o que informa Sérgio Wiederhecker, diretor de Planejamento e Gestão Sustentável. “A elaboração do plano está na agenda, mas não sabemos quando será iniciado porque existem outras prioridades (da prefeitura de Goiânia), como saneamento e outras questões”, justifica.

Integrando a cidade

Como previsto na Lei 12.587/2012, o Plano de Mobilidade Urbana deve ser integrado ao Plano Diretor do município. Apesar de ser um dos aspectos fundamentais da legislação que as áreas de desenvolvimento urbano estejam em consonância, esse também se tornou um dos motivos para os atrasos dos planos.

Devido a esse fator, alguns municípios precisam aguardar a elaboração ou revisão do Plano Diretor para dar andamento ao Plamob. Um exemplo dessa situação é Palmas (TO). O projeto foi iniciado há dois anos. Mas, como está sendo integrado a todas as outras áreas de planejamento da capital, a finalização do plano de mobilidade urbana e transporte foi adiada. Ainda assim, a previsão é de que o plano seja apresentado ao Ministério das Cidades em abril deste ano.

A diretora de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (SMAMTT), Joseísa Furtado, afirma que todo o plano de mobilidade urbana e transporte da capital tocantinense está em harmonia e totalmente integrado a outras áreas da cidade. “Teremos a implantação de sistemas BRT que caminha junto com calçadas e ciclovias”, garante.

Para Furtado, todas essas mudanças são muito importantes. Ela enxerga de maneira otimista que, embora, esses investimentos tenham demorado a acontecer, são extremamente necessários. “Sem dúvida, nunca investiram tanto em mobilidade urbana. A Copa do Mundo foi um fracasso (na cidade), mas deixou todos esses projetos como um legado para as cidades”, opina.

Há também aquelas cidades que se antecederam à Lei, trabalhando com um planejamento para a mobilidade e transporte antes de 2012, e que agora passam por um momento de revisão desse plano, atendendo melhor aos critérios estabelecidos na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Entre elas, está Curitiba (PR), cidade modelo em implantação de redes multimodais e sistemas mais avançados de transporte coletivo urbano. A capital paranaense possui o plano desde 2008.

“Atualmente, estamos em fase de finalização da revisão do Plano Diretor Municipal. Após a entrada em vigência desta versão atualizada, iniciaremos a revisão do Plano de Mobilidade, já em consonância com a nova política nacional e com o próprio plano diretor atualizado”, explica o supervisor de Informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Oscar Ricardo Schmeiske.

Em Boa vista (RR), a prefeitura informa que o Projeto de Mobilidade Urbana está de acordo com o Plano Diretor da Cidade, no que se refere à mobilidade. O projeto, executado por meio do convênio com a Caixa Econômica Federal, destina R$ 68 milhões para a  melhoria do sistema de transporte urbano da capital, que inclui a implantação de 44,6 quilômetros de ciclovia. Estão previstas ainda a implantação de 50 bicicletários e a revitalização da sinalização vertical e horizontal. Os processos licitatórios para contratação das empresas já foram iniciados e, depois de seguidos todos os trâmites legais, estima-se que os serviços sejam finalizados no final de 2016.

Em Florianópolis (SC), a participação do BNDES no desenvolvimento dos estudos foi muito além do apoio financeiro, afirma o coordenador técnico do PLAMUS pela SC Parcerias, Guilherme Medeiros. “A troca de experiências e conhecimentos com a Área de Estruturação de Projetos do BNDES, acostumada a desenvolver e acompanhar diversos projetos estruturados de grande porte e bem sucedidos no Brasil, foi bastante positiva e a participação da equipe técnica do BNDES durante todo o período de desenvolvimento do estudo, muito intensa e direta”, explica.

Segundo Medeiros, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, o BNDES apoiou o desenvolvimento dos estudos com recursos provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP). Os recursos aportados pelo banco, no estudo, possuem caráter não reembolsável por parte do Governo de Santa Catarina, sendo este responsável pelo apoio institucional em conjunto com os municípios. “É a primeira vez que um estudo patrocinado pelo FEP possui caráter regional e não nacional, e há uma expectativa por parte do BNDES que o PLAMUS vire uma referência para que outras regiões metropolitanas construam seus planos de mobilidade”, conta o coordenador.

Elaboração do PMU

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), assegurada na Lei n.° 12.587/2012, estabelece os princípios e as diretrizes para o transporte nas cidades e também do Plano de Mobilidade Urbana. Esse, por sua vez, deve ser elaborado pelo poder público municipal em integração com os respectivos planos diretores dos municípios acima de 20 mil habitantes. A sua avaliação, revisão e atualização devem ser feitas, periodicamente, no prazo de até 10 anos. 

Para a composição desses planos, muitas cidades precisaram efetivar a contratação de empresas de consultorias para alguns processos e até mesmo para a elaboração total do plano. Algumas delas contaram com o apoio de entidades parceiras como a Embarq Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público para Todos (MDT) e também do Ministério das Cidades.

Pensando em contribuir com a construção do plano e auxiliar melhor as cidades nesse processo, a Embarq Brasil desenvolveu o guia “Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável”. A publicação traz conceito e exemplos práticos que colaboram para a formulação da política e do plano de mobilidade municipal. O guia apresenta a metodologia que descreve o passo a passo necessário para preparar, gerenciar, elaborar, instituir, implementar e revisar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável. É possível fazer o download da publicação no site www.embarqbrasil.org. Outras publicações com orientação para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana podem ser acessadas no site do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).

Se as cidades não elaborarem os planos, terão como penalidade a falta de recursos financeiros para investir em mobilidade urbana. De acordo com o parágrafo 4° do Artigo 24 da lei, “Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei.”

Virando Lei

Embora não conste na Lei n.º 12.587/2012 que os planos de mobilidade urbana tenham que se transformar em um Projeto de Lei (PL) e posteriormente em uma lei municipal, algumas cidades sinalizaram que isso deva acontecer. Dos planos já elaborados, alguns já possuem PL, como é o caso de Sorocaba (SP).

O PL 198/2014 encontra-se em votação na Câmara Municipal de Sorocaba, segundo Adriano Brasil, gerente de Operação e Transporte Urbano, que informou que a previsão de votação é até o final de março. “O projeto de lei ficou parado na câmara porque está interligado com o Plano Diretor, que teve algumas alterações”, explica.

Já em Belo Horizonte a Câmara Municipal sancionou, em 2011, a Lei n° 31/11, que institui a Política Municipal de Mobilidade originária do Projeto de Lei n° 2.347/09, de autoria do Vereador Anselmo José Domingos.

Existem também os casos das cidades em que os Projetos de Lei foram arquivados. É o caso de Brasília (DF) e Recife (PE), nos quais os números dos projetos são, respectivamente, PL 796/2012 e PLE 12/2011. 

Informações: Revista NTU Urbano

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Consultores alemães discutem mobilidade urbana do Recife

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apesar de todos os problemas de mobilidade no estado, o Recife está em estágio avançado de adaptação para receber a Copa do Mundo de 2014, mas enfrenta um grande, e óbvio, problema: comunicação. Essa é a opinião de dois consultores alemães, que atuaram nas Copas da Alemanha (2006) e África do Sul (2010) e chegaram nesta segunda-feira ao Recife. Amanhã, eles conhecerão a realidade do transporte público de perto e farão um diagnóstico dos principais desafios que precisam ser superados para garantir o sucesso do evento, que já tem como prévia, a Copa das Confederações, em 2013.

De acordo com Thomas Wehr, que foi o responsável pela coordenação do escritório da Copa e da Fan Festa, em Nuremberg, na Alemanha, os trabalhos iniciados em Pernambuco serão verificado a fundo apenas em um futuro próximo, mas, com dois anos e meio de antecedência, é possível realizar praticamente todas as adaptações necessárias para um evento de qualidade. “Trabalhar em uma escala como essa é sempre um desafio, mas em termos de ônibus, por exemplo, o Recife está bem mais avançado do que outras cidades que já receberam a Copa, como algumas da África do Sul”, afirma.

Para a especialista em mobilidade Nora Pullmann, ex-coordenadora de transportes da Fifa em Frankfurt, o problema de linguagem é o grande atraso verificado não apenas na região, mas em todo o país. Segundo ela, mesmo o Rio de Janeiro, que se mantém mais voltada a receber os turistas estrangeiros, não está preparado para um evento como a Copa. “No Recife não há placas com pelo menos mais uma língua, como o inglês. No Rio, as letras são pequenas, em amarelo sobre o azul, o que dificulta muito a leitura. É preciso uma adaptação, que vai além de sinalizações, passando também pelo quesito de hospitalidade. E isso passa pelas exigências da Fifa, que são inúmeras”, explica.

As grandes referências para o Recife são justamente as cidades litorâneas da África do Sul, que receberam o evento, a exemplo da Cidade do Cabo e Durban. Durante as celebrações, as exigências quanto à mobilidade são inúmeras, até mesmo passando pela criação de corredores exclusivos para os Estádios, o que deve ser negociado e enfrentado pelas subsedes.

Segundo  o secretário extraordinário da Copa, Amir Schvartz, é preciso pensar além dos eventos realizados e dos planos já traçados para dar mais fluidez ao tráfego, como a utilização de ônibus BRT, mas no legado da Copa, exemplo em que a Alemanha se faz modelo. “Podemos aprender com eles o que funciona e, em especial, como investir sabiamente para que a sociedade local se beneficie dessas melhorias após o evento. Não pensando apenas em infraestrutura, mas em qualificação de atendimento e no tipo de transporte utilizado”, afirma.

Sobre a questão de haver tempo hábil para agilizar as obras, Schvartz garante que, se a Copa fosse realizada hoje, tendo o estádio sido concluído, Pernambuco já poderia receber o evento. “Nosso aeroporto já está preparado e intervenções extraordinárias no trânsito que liga o Recife a São Lourenço poderiam ser realizadas, mas agora é um momento de refletir sobre como investir para resolver o problema de mobilidade não apenas para a Copa, mas também para depois dela”, conclui.

Confira o itinerário do grupo de avaliação alemão nesta quarta-feira:
9h - Visita às obras da Via Mangue
10h20 - Visita ao Metrorec na estação Werneck
11h – Saída de metrô para o Terminal de Integração de Camaragibe
11h30 - Saída do TI de Camaragibe para visita à Arena Pernambuco
12h - Visita à Arena
12h20 - Saída da Arena para visita ao Corredor Leste/Oeste
14h30 - Visita ao Corredor Norte Sul até os terminais integrados da PE-15 e Pelópidas da Silveira
16h - Saída do TI Pelópidas da Silveira até o Terminal de Joana Bezerra



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No Recife, Prefeito Geraldo Júlio cria secretária exclusiva de mobilidade urbana

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pela primeira vez o Recife ganha uma pasta específica para a mobilidade e o controle Urbano. Em entrevista ao blog, o titular da pasta, o engenheiro João Braga, ex-secretário de Defesa Social e de Infraestrutura, contou sobre as expectativas para gerir o que hoje é um dos maiores problemas da cidade: a imobilidade. 

Veja alguns trechos da entrevista

1- Qual a expectativa do senhor para resolver as questões da mobilidade na cidade?
R – Nós vamos atuar em duas vertentes: mobilidade e controle urbano, que estão diretamente ligadas. Achei muito interessante a ideia do prefeito-eleito, Geraldo Júlio de reunir os dois temas. Vamos procurar resolver, inicialmente, a questão das calçadas no centro da cidade e avançar nesse aspecto. Também vamos atuar na melhoria do transporte público.

2- De que forma o município irá ajudar a melhorar o transporte público, que é gerido pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano?
R- Vamos atuar em parceria. O prefeito-eleito sinalizou que o investimento no transporte público é um ponto importante. Eu atuei como consulto do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros e tenho uma boa relação com o secretário das Cidades, Danilo Cabral e com o presidente do Grande Recife, Nelson Menezes. Na verdade precisamos pensar de forma metropolitana. A Região Metropolitana do Recife é uma das mais conturbadas do Brasi, muitas vezes não sabemos onde começa e termina o município. O nosso foco é priorizar o transporte público e aumentar a velocidade.

3- Que outras áreas vocês pretendem atuar?
R – Devemos criar restrições para o automóvel, velocidade ao transporte público, incentivar caminhadas para pequenas distâncias e ainda o uso das bicicletas.

4- Até onde a Secretaria da Mobilidade vai poder atuar? Obras como a construção dos viadutos da Agamenon Magalhães, de alguma forma vão passar pelo crivo da pasta da mobilidade?
R- Nós vamos trabalhar em parceria com o governo do estado. Será uma ação conjunta. Em janeiro vamos abrir discussões para o debate e até o final do mês, nós deveremos ter um diagnóstico do que devemos apresentar ao prefeito para executar.

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Prefeitura do Recife lança plano emergêncial de mobilidade urbana

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Av. Agamenon Magalhães
A Prefeitura do Recife anunciou, no início da tarde de hoje, o Plano de Ação para o trânsito do Recife 2011/2012. Com um investimento total de quase R$ 18 milhões e prazo de um ano para a execução, o projeto traz uma série de intervenções para melhoria dos padrões de mobilidade urbana. O pacote de serviços está dividido em nove metas, desde a modernização semafórica com a implantação de equipamentos de proteção para a variação de tensão, incluindo baterias nos semáforos de trânsito, a criação de giros de quadra até a manutenção de ciclovias. Também fazem parte do plano, ações de recuperação de pavimento e estudos de engenharia de tráfego. 
O objetivo é melhorar a circulação de pedestres, veículos e ciclistas intervindo nos logradouros e realizando a manutenção de locais estratégicos como os principais corredores viários do município e o entorno dos mercados públicos.
Confira detalhes do plano, anunciados pela prefeitura:
Manutenção e sinalização – O Plano prevê a sinalização vertical e horizontal de 119 vias do Recife, que foram divididas em três blocos de acordo com o grau de prioridade. Serão iniciados primeiramente os grandes corredores metropolitanos, por onde trafegam os maiores volumes de veículos diariamente. Depois, as ações serão realizadas nos corredores secundários e nas vias coletoras – aquelas que ligam as ruas aos corredores principais -, e na seqüência as vias locais.
Entre os logradouros que irão receber serviços de manutenção de sinalização e pavimento estão as avenidas Caxangá, 17 de Agosto, Conde da Boa Vista, Conselheiro Aguiar, Conselheiro Rosa e Silva, Cosme Viana, Cruz Cabugá, Dantas Barreto, Abdias de Carvalho, Domingos Ferreira, Agamenon Magalhães, Guararapes, Hidelbrando de Vasconcelos, Mascarenhas de Morais, Maurício de Nassau, Norte, Nossa Senhora do Carmo, Otacílio de Azevedo, Parnamirim, Recife, Rui Barbosa, Uriel de Holanda, Dois Rios, Antônio Falcão, Beberibe, General Mac Arthur, General San Martin, João de Barros, Boa Viagem, entre outras. Custo das intervenções: R$5.774.080,00.
Criação de giros - Outra iniciativa do plano é a criação de giros de quadra em importantes avenidas, acabando assim com algumas entradas à esquerda. A ação visa facilitar e melhorar a fluidez dos veículos, e assim, evitar retenções que se formam com a obstrução de uma das faixas na via. As dez intervenções previstas já dispõem de estudos por parte da CTTU, são elas:
- Eliminação de dois giros à esquerda na Av. Agamenon Magalhães e o fechamento de três agulhas que dão acesso à via principal e a local.
Haverá a proibição do movimento à esquerda no horário das 7h às 22h (em dias úteis), no sentido Olinda/Recife, nos pontilhões localizados na altura da Av. Rui Barbosa e da Rua Henrique Dias. Com isso, os veículos terão que realizar giros de quadra. Será adequado o horário dos outros giros à esquerda da Agamenon situados na altura na Rua General Joaquim Inácio e Rua Bandeira Filho para também da 7h às 22h, valendo apenas para dias úteis.
O projeto inclui ainda o fechamento de três agulhas localizadas na pista Oeste, sentido Olinda/Recife. Serão eliminadas as duas entradas entre as vias São Salvador e Bandeira Filho (uma de saída e outra de entrada para a pista local) e a primeira agulha após a Rua Joaquim Nabuco. Serão implantadas e trocadas placas de sinalização advertindo os condutores para as saídas existentes na via. A iniciativa visa melhorar a fluidez tanto na via principal quando na via local da Agamenon Magalhães. Custo da intervenção: R$250 mil.
- Eliminação do giro à esquerda para retorno no sentido subúrbio/cidade na Av. Mascarenhas de Morais com destino à Av. Recife. Com essa mudança, os condutores que estiverem no sentido subúrbio-cidade deverão a fazer o retorno após a UPA (Unidade de Ponto Atendimento) da Imbiribeira e subir pela alça do viaduto Tancredo Neves no sentido Av. Recife. A ação prevê também a colocação de um semáforo para pedestres em frente à unidade hospitalar. Custo da intervenção: R$101 mil.
- Construção de pontilhão sobre o canal da Av. Agamenon Magalhães na altura do viaduto da Av. João de Barros. Serão duas alças que servirão de retorno para os dois sentidos da via. A medida servirá para melhorar o fluxo e o escoamento de veículos que vêem dos bairros da área. Custo do serviço: R$1.442.100,00.
- Criação de giro de quadra na Av. Norte para a Av. Professor José dos Anjos, no Vasco da Gama. Será eliminado o giro à esquerda do local no sentido subúrbio/cidade. O projeto da intervenção prevê a pavimentação de um trecho do Canal Vasco da Gama entre as ruas Guimarães Peixoto e Av. Norte, que servirá para a realização do giro de quadra. Com isso, será suprimido o terceiro tempo do semáforo localizado na AV. Norte com a Av. Professor José dos Anjos. A medida vai facilitar a circulação de veículos na via principal. Custo da intervenção: R$275.800,00
- Criação de giro de quadra na Av. Norte, no bairro da Tamarineira. Com isso será eliminado o giro à esquerda no sentido cidade/subúrbio no ponto entre as ruas Regueira Costa e General Abreu e Lima. O condutor terá que entrar à direita na Av. Agamenon Magalhães Melo seguir pelo prolongamento da Rua Canapolis e Rua 13 de Junho para cruzar a Av. Norte. Com a mudança será extinto o terceiro tempo do semáforo do local. Custo da intervenção: R$326 mil.
- Criação de alça de retorno no canteiro central da Rua Prefeito Arthur de Lima Cavalcante, em Santo Amaro. Com a intervenção, o motorista que estiver vindo da Ponte do Limoeiro não poderá mais entrar à esquerda para acessar a Rua da Aurora. Para chegar até a via, o condutor irá dobrar à direta logo após a ponte e seguir pela Rua Prefeito Arthur Lima Cavalcanti até fazer o contorno na nova alça na Praça. Com a modificação será eliminado um dos tempos do semáforo da Av. Norte com a Rua da Aurora, o que irá melhorar a fluidez dos veículos que transitam pela área. Custo da intervenção: R$396.400,00.
- Criação de giro de quadra na Rua da Fundição, em Santo Amaro. Com a medida, o veículo que segue pela Rua Prefeito Arthur de Lima Cavalcanti não poderá mais entrar à esquerda na Ponte do Limoeiro. Para acessar o Bairro do Recife, o condutor seguirá pela Rua da Aurora e entrará a direita na Rua Dois de Julho em seguida dobra no prolongamento da Rua da Fundição que terá terrenos desapropriados até entrar a direta novamente na Av. Norte no sentido subúrbio/cidade. Serão construídos 250 metros de via entre as ruas Araripina e 24 de Agosto para a eliminação de um dos tempos do semáforo localizado na Av. Norte com a Rua da Aurora. Custo da intervenção: R$312.900,00.
- Eliminação de giros de quadra nos dois sentidos na Av. Abdias de Carvalho, no bairro do Prado. Com isso, serão criados dois giros de quadra. O primeiro no sentido cidade/subúrbio será através da Rua Santa Edwirges, Rua Pandia Calógeras e Av. Cosme Viana, para quem quer acessar o bairro de Afogados. Já para o motorista quem está no sentido subúrbio/cidade, o giro será feito pelas vias Santa Edwirger e Padre Teófilo Tworz. Custo da intervenção: Santa Edwirger - R$40 mil e Padre Teófilo Tworz – R$15 mil.
- Criação de giro de quadra na Av. Abdias de Carvalho nas proximidades da faculdade FIR. Com isso, será eliminado o giro à esquerda da área localizada no bairro do Prado. Com a execução do projeto, o condutor que estiver vindo no sentido cidade/subúrbio terá que realizar o retorno através das ruas Dr. José Machado, Leopólis e Xavier Sobrinho. A medida possibilitará o ganho de mais uma faixa para a circulação dos veículos no trecho da Abdias de Carvalho. Custo da intervenção: R$668 mil.
Concurso Público - A Prefeitura do Recife promoverá um concurso público, em agosto, para a contratação de duzentos novos guardas municipais. O certame propiciará uma melhoria no monitoramento do tráfego, já que parte dos novos profissionais será absorvida pela CTTU. O edital com o cronograma de datas e conteúdo programático será lançado em junho.
Etapas
– Foi publicada a comissão de elaboração do concurso no Diário Oficial do Município de 07/05/11.
– Termo de referência pronto na primeira quinzena de maio.
– Avaliação do Termo de referência pela comissão até o final de maio.
– Lançamento do edital em junho.
– Realização do concurso prevista para agosto.
Modernização semafórica com inclusão de baterias - Nesta semana, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) inicia o processo de modernização e manutenção 210 grupos semafóricos em importantes corredores da Cidade. O trabalho, que faz parte do conjunto de ações da Prefeitura para minimizar os transtornos causados pelo período chuvoso e assim melhorar a circulação de veículos, inclui a instalação das baterias “no brecks” nos equipamentos. Os serviços terão um prazo de quatro meses para a conclusão. A cada mês será contemplado um conjunto de vias definido por região do município.
O primeiro corredor de trânsito a receber a modernização será a Av. Agamenon Magalhães, onde nove sinais receberão as melhorias. Com a iniciativa da colocação de baterias, mesmo que haja falta de fornecimento de energia elétrica, os equipamentos não irão parar de funcionar com uma autonomia de até três horas. Além disso, todos os 210 semáforos também terão os gabinetes dos controladores e os cabos de comunicação trocados, uma nova vedação para a passagem dos cabos, novo aterramento e filtros específicos para evitar “ruídos” na comunicação entre as redes.
A primeira etapa do trabalho é a troca dos cabos. A partir da segunda quinzena de maio, serão implantados os demais novos componentes. Ainda neste mês, também passarão pela modernização os semáforos das avenidas Caxangá (15), Norte (18), Dois Rios (4) e da Rua Real da Torre (3), perfazendo um total de 49.
Em junho, o trabalho continua nas seguintes vias: Abdias de Carvalho (8); Mascarenhas de Morais (20); Recife (10); Benfica (6); e José Bonifacio (4). Em julho, será contemplada a área do bairro de Boa Viagem e Pina, com as avenidas Boa Viagem (13); Conselheiro Aguiar (16) e Domingos Ferreira (21); Por fim, em agosto, receberão as melhorias os equipamentos das avenidas Conde da Boa Vista (8); 17 de Agosto (11), Rosa e Silva (7); Rui Barbosa (7); Cruz Cabuga (6) Beberibe (12); Rua 48 (3); Joaquim Nabuco (6) e Rua do Espinheiro (3).
Em fase de testes, uma bateria já foi instalada no conjunto de semáforos que ficam localizados no cruzamento da Av. Agamenon Magalhães com a Rua Joaquim Nabuco. Nas medições realizadas, o dispositivo respondeu muito bem. Custo da intervenção: R$2.158.650,00.
Mercados públicos – Disciplinamento do entorno de nove mercados públicos do Recife. Os projetos incluem a regulamentação de estacionamento, implantação e manutenção de sinalização horizontal e vertical, melhorando a circulação de pedestres e veículos. A ação prevê ainda a transformação de algumas vias em sentido único para facilitar a fluidez.
Serão alvo dos serviços de ordenamento os mercados de Casa Amarela, Afogados, Nova Descoberta, São José, Água Fria, Encruzilhada, Boa Vista, Madalena e Cordeiro. Custo das intervenções: R$1.619.000,00.
Melhorias de mobilidade -  O plano contempla alguns projetos e estudos da CTTU para a melhoria da mobilidade urbana do Recife. Entre eles está a contratação de um estudo de tráfego e simulação para os pontos críticos da Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte. Esse trabalho de estudo terá o custo de R$150 mil. Outros pontos da Cidade também irão receber ações que visam facilitar a mobilidade das pessoas. São elas:

Av. Dois Rios, no Ibura
- Alargamento de 350 metros da Av. Dois Rios, no Ibura, no trecho a partir da linha férrea sentido BR-101. A obra inclui a criação de baias para ônibus. No local, já foram realizados, nesse último mês de abril, serviços de pintura e reposição de sinalização, atendendo a uma demanda na comunidade do bairro. Com a ampliação da via, a intenção é que haja uma melhor circulação de veículos com menos retenções. Custo da intervenção: R$ 1.060.384,00.
- Criação do binário das ruas Francisco da Cunha e Ministro Nelson Hungria, em Boa Viagem. As duas vias serão transformadas em toda sua extensão em mão única, melhorando a circulação interna e o escoamento de veículos da área. Custo da intervenção: R$ 253.807,00. Além disso, numa segunda etapa, haverá o complemento do binário com a criação de um acesso a Rua José Maria de Miranda. Custo da intervenção: R$ 1.322.439,00.
- Transformar a Rua José de Alencar, na Boa Vista, em mão dupla. Com a medida, a via torna-se uma nova ligação para o condutor que estiver no bairro da Boa Vista e quer chegar até a Ilha do Leite. A ação visa também desafogar o trânsito de veículos da Avenida Lis Petit e Rua General Joaquim Inácio. Custo da intervenção: R$ 60 mil.
- Disciplinamento de estacionamento na Rua José Osório, na Madalena. Será regularizada a sinalização e proibição de estacionamento com horário determinado. Com a medida, a intenção facilitar a circulação de veículos na via que liga a Rua Joaquim Nabuco até a Av. Caxangá. Custo da intervenção: R$35 mil.
- Inversão no fluxo dos veículos no Segundo Jardim da Avenida Boa Viagem, no horário 17h às 20h. A medida permitirá o acesso ao bairro da Zona Sul pela Capitão Rebelinho. Agentes de trânsito estarão local para orientar os motoristas sobre as mudanças.
Comitê de Discussão sobre Mobilidade – A Prefeitura do Recife criará um comitê formado por técnicos da CTTU, especialistas em trânsito ligados a universidades, entidades de classe como taxistas, empresários de transporte urbano e outras representações da sociedade civil. O grupo fará fazer sugestões e participar das ações para melhorar o tráfego no Município.
Ciclovias – Dentro do Plano de Ação, serão recuperadas cinco ciclovias da Cidade, que no total representa mais de 18 quilômetros. As intervenções incluem a melhoria de pavimento, a colocação de blocos e a sinalização horizontal e vertical. Serão alvo do trabalho de recuperação as ciclovias Cavouco; Arthur de Lima Cavalcante (trecho da ciclovia Centro); Orla de Boa Viagem; Brasília Teimosa; e Tiradentes. O total de investimento para a manutenção desses equipamentos será de R$1.626.000,00.
Disciplinamento de Carga e Descarga – Além das intervenções físicas, também integra o conjunto de ações de melhoria dos padrões de mobilidade a elaboração de um Projeto de Lei ou Decreto que regulamenta a operação de carga de descarga de mercadorias. Pela antiga lei, de 1996, a proibição das 7h às 19h era restrita apenas aos bairros do Centro do Recife, corredores de transporte coletivo do Centro Expandido e corredores metropolitanos urbanos principais e secundários.
Assim, ficará proibida a parada e estacionamento de veículos de transporte de carga e descarga no horário de 6h a 22h, de segunda a sábado. Caberá ao órgão gestor de trânsito do Recife definir quais são as vias e as regras para a implantação do disciplinamento dos serviços de carga e descarga de mercadorias.


Fonte: Diário de Pernambuco

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Recife: O futuro da Av. Agamenom Magalhães, seus números e desafios para uma melhor mobilidade

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Avenida Agamenon Magalhães terá pela frente um dos seus maiores desafios desde que foi inaugurada, em 1975. A primeira perimetral do Recife integrará o Corredor Norte/Sul, com faixa exclusiva de ônibus, nos moldes do sistema BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus). As intervenções previstas propõem garantir mais velocidade ao transporte individual, com eliminação de semáforos em quatro cruzamentos, a partir da construção dos viadutos projetados para a via. Dentro desse contexto, há pelo menos dois aspectos que precisam ser observados: o crescimento da frota, que recebe uma média de 3,5 mil novos carros por mês, somente na capital, e a qualidade do transporte público para atrair o usuário do carro.

Um transporte público de qualidade é condição fundamental para que a cidade não entre em colapso até 2020, quando deverá ter um milhão de carros. O BRT é sucesso em várias metrópoles, como Bogotá e Cidade do México. No Recife, ainda não há estimativa de quanto ele será capaz de transferir, para o sistema coletivo, o usuário que hoje opta pelo transporte individual. Mais do que isso, a gestão dos novos ônibus articulados terá o desafio de manter no sistema os usuários que hoje dependem do transporte público e só aguardam oportunidade financeira de sair para um veículo próprio. 

    Segundo o secretário de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo, a demanda estimada para o Norte/Sul é de 328 mil passageiros por dia. Na Agamenon, passam por dia cerca de 100 mil carros, a maioria transportando apenas uma pessoa. Imagine a redução no número de veículos se parte desse público migrasse para o transporte público. "O corredor não atende a demanda de deslocamento de todo esse público que usa carro. Mas quem sai de Igarassu, Paulista ou Olinda, por exemplo, para o polo médico do Recife, na Ilha do Leite, é perfeitamente atendido", explicou o engenheiro especialista em mobilidade, Germano Travassos.

Tornar o transporte público mais atraente do que o carro é o desafio. O técnico em eletrônica João Dourado dos Santos, 46 anos, conta que normalmente viaja sentado nos degraus do ônibus por falta de espaço. Ele chega a gastar mais de duas horas de Igarassu, limite Norte do corredor, ao Recife. "Se houvesse condições de ter um carro, eu deixaria o ônibus".

Os argumentos do transporte individual são fortes: liberdade de ir e vir, conforto e total autonomia. "Não é fácil levar o usuário do carro para o transporte público. O ônibus precisa ser rápido, confortável e atender às necessidades de deslocamentos. Além disso, devem haver restrições ao transporte individual. Enquanto o carro valer a pena, o motorista não fará a migração", apontou Travassos.

Com o aumento da velocidade na Agamenon, a estimativa do governo é que o número de automóveis na via passe de 3,3 mil para 4,2 mil por hora. A velocidade média atual no sentido Olinda/Boa Viagem, hoje de 20,9 km/h, passará a 30,3 km/h. No trecho mais crítico, na altura da Rua Paissandu, a velocidade em horário de pico, que é de 5 km/h, alcançará 18km/h.

O que muda no trânsito

O tempo de viagem no trecho de 37 quilômetros do Corredor Norte/Sul, de Igarassu (Litoral Norte) até os dois ramais do Recife - estação do metrô Joana Bezerra e a estação central do metrô - deverá ter uma redução de cerca de 30 minutos, segundo estimativa da Secretaria das Cidades. As maiores mudanças serão sentidas no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. Segundo o secretário executivo de mobilidade, Flávio Figueiredo, a PE-15, responsável pelo maior trecho do corredor, já dispunha de uma faixa central exclusiva para o ônibus. Mesmo assim, a velocidade poderá ser observada também por causa das estações de embarque, que terão pagamento antecipado e passagem em nível. Também na PE-15, haverá o fechamento de três dos quatro retornos existentes.

"O usuário do carro terá que fazer uma volta maior para fazer o retorno. A gente sabe que haverá crítica nesse sentido, mas o objetivo é garantir velocidade para o transporte público", ressaltou. No trecho da BR-101 - entre os municípios de Igarassu e Abreu e Lima - também serão reduzidos os retornos. Atualmente há um retorno a cada 400 metros. O intervalo será ampliado para cada 2 quilômetros. "Essas intervenções irão permitir mais segurança e velocidade para o Corredor Norte-Sul", apontou Flávio Figueiredo.

Na Agamenon, onde nos horários de pico o motorista gasta cerca de 45 minutos entre Tacaruna e a estação Joana Bezerra, o trecho será percorrido em 20 minutos. Segundo o secretário-executivo, na área mais crítica, entre o Derby e o Parque Amorim, são realizadas 7,7 mil viagens de ônibus por dia. Com o corredor a expectativa é de reduzir o número de viagens para seis mil por dia. Menos veículos, mas mais rápidos e eficientes.

Características do sistema BRT (Bus Rapid Transit)

• Corredor exclusivo para o ônibus
• Plataforma de embarque e desembarque em nível
• Pagamento antecipado da tarifa
• Veículos de alta capacidade e tecnologia mais limpa
• Transferência entre rotas, sem incidência de custo
• Integração dos modais em estações e terminais
• Programação e controle da operação por GPS
• Sinalização e informação ao usuário
• Identidade visual própria

A avenida que liga extremos

São sete mil metros dentro de um corredor de 37 km. Sem dúvida, o trecho mais polêmico e que exige maior atenção. A Agamenon Magalhães é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e de Leste a Oeste. A avenida também serve de passagem para os municípios vizinhos e comporta uma frota maior do que muitas cidades pernambucanas. O governo escolheu implantar o sistema BRT entre outros dois tipos de modais: o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e o Monotrilho. Um dos argumentos foi de que o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) previa para a malha viária da Região Metropolitana corredores exclusivos de ônibus.

O BRT não chega a superar o metrô, mas tem vantagens. Segundo os especialistas, com as características que o diferenciam do modelo convencional do transporte por ônibus, o sistema pode transportar de 30 mil a 35 mil passageiros por hora. É o que ocorre, por exemplo, com o Transmilênio de Bogotá, Colômbia. Na defesa do modelo, o urbanista paranaense Jaime Lerner, que chegou a desenhar o projeto do Norte/Sul, disse: "O BRT pode ser implantado em dois anos e se paga sem precisar de subsídios necessários para construir o metrê".

O corredor Norte/Sul terá dois ramais ao chegar no Recife. O primeiro passará pela Agamenon e se integrará à estação de metrô Joana Bezerra. O segundo passará pela Avenida Cruz Cabugá e se misturará ao tráfego misto até chegar à estação central do metrô. quando o usuário terá a opção de seguir viagem no metrô ou, se preferir, pegar uma embarcação em direção à Zona Oeste. O projeto de navegabilidade foi incluído no PAC Mobilidade, mas falta o governo definir a forma de financiamento. "Já estamos fazendo o estudo de impacto para não perdermos tempo", revelou Flávio Figueiredo, secretário executivo de mobilidade.

A avenida e o corredor Norte/Sul

37,9 km é a extensão dos dois ramais do Norte/Sul de Igarassu às estações do metrô Joana Bezerra (pela avenida Agamenon) e Centro do Recife (pela Avenida Cruz Cabugá)
25 a 30 minutos é a estimativa de redução do tempo de viagem com o corredor

As estações

43 estações de embarque e desembarque serão inseridas no corredor Norte/Sul
10 estações somente no trecho da Avenida Agamenon Magalhães
Cada estação terá 180 metros quadrados de área nos dois lados do canal e capacidade para 600 pessoas cada uma




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Nenhum projeto de mobilidade urbana ainda saiu do papel no Recife

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um dos projetos mais importantes que a Prefeitura da Cidade do Recife enviará para a Câmara do Vereadores, em 2011, é o Plano de Mobilidade Urbana. Com um atraso de quase dois anos, o plano chegará à Casa através de uma exposição por parte do Executivo, no dia 15 deste mês e com a pretensão de ´romper com a abordagem tradicional da circulação e do transporte`. Segundo o presidente da Câmara, Jurandir Liberal (PT), não basta só o Executivo enviar o projeto para que seja votado, é preciso conhecê-lo e discuti-lo.

O ´processo`, que vai da chegada do plano até a sanção do prefeito, será dividido, de acordo com Liberal, em quatro momentos. ´Primeiro, no dia 15, Milton Botler (coordenador do Instituto da Cidade) vai fazer uma exposição na Câmara para os vereadores. Depois ele envia o projeto detalhado e nós, paralelamente, nomeamos uma comissão especial para analisá-lo. O terceiro passo é marcarmos audiência pública para debater e colher o máximo de sugestões com pessoas e entidades ligadas a àrea de mobilidade. E, por último, votamos e enviamos para sanção do prefeito`, antecipou Liberal.

´Já estou com o material pronto e vamos discutir vários aspectos do plano, mas o enunciado básico é o deslocamento das pessoas. Tirá-las do isolamento e fazê-las ter acesso ao transporte coletivo é algo fundamental`, explicou Milton Botler. Ele afirmou que esta preocupação vem do número de pessoas que moram em morros e não têm acesso a transportes coletivos próximos de suas casas: são cerca de 500 mil, ou seja, mais um terço da população da cidade.

Por outro lado, a tão esperada solução para os engarrafamentos no Recife, ao que parece, não será contemplada no Plano de Mobilidade. E a justificativa é que não existe uma única ação que resolva o problema. ´O transporte individual tem que ser restrito, mas vamos discutir isso com a sociedade`, disse Botler.

Engarrafamento
De acordo com o técnico, não é possível resolver os engarrafamentos sem a redução do número de veículos em circulação.Questionado se o rodízio de placas seria a solução para Recife, ele disse ser contra e apontou a taxação por circulação de veículos próprios, como é adotado em Londres, na Inglaterra, como o melhor caminho.

A eficiência nos transportes intermodais é um dos obstáculos que será enfrentado pela prefeitura, para isso, uma série de medidas compõem o plano. Entre elas, oferecer um serviço de transporte coletivo de qualidade, utilizando faixas exclusivas para o transporte público, o aumento do número de ciclovia, além de uma rede de mobilidade hidrográfica e instalação de teleféricos.

Outra prioridade do plano é a melhoria e recuperação das calçadas. ´Costumo dizer que o deslocamento das pessoas começa pelas calçadas. Isso também será prioridade, daí a importância do conjunto de ações como o controle do comércio no Centro do Recife, por exemplo`, disse.

O Recife possui 372 linhas de ônibus e, pensando nelas, será implantada uma malha que alimente e integre os principais corredores de trânsito. ´A Avenida Norte e aEstrada de Belém se conectam com a Encruzilhada, então, na Encruzilhada, terá uma estação de integração para facilitar o deslocamento`, anunciou Antônio Machado, assessor técnico do Instituto da Cidade. Diante da importância do Plano, que propõe medidas que podem alterar o cotidiano dos recifenses, a prefeitura sabe que não agradará a todos. E, entre os desafios, espera contribuir para melhor qualidade de vida das pessoas, não permitindo que o transporte seja um dificultador, mas, sim, um facilitador para a rotina da população.

Fonte: Diário de Pernambuco

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