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Sem plano de mobilidade urbana, Recife ficará sem recursos para projetos
domingo, 3 de maio de 2015Postado por Meu Transporte às 20:23 0 comentários
Marcadores: Pernambuco
No Recife, Especialistas e urbanistas em mobilidade urbana dão suas declarações em audiência pública
terça-feira, 8 de maio de 2012
Mediado pelo presidente da Comissão e deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB), o encontro contou com a participação dos professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Oswaldo Lima Neto, Maurício Pina, Leonardo Meira, César Cavalcanti e o reitor Anísio Brasileiro. Também presentes, o deputado federal João Paulo, o presidente do Crea-PE José Mário Cavalcanti e o consultor em transporte público Germano Travassos.
Costa Filho abriu a discussão lembrando a importância da parceria entre a UFPE e o poder Legislativo. “É um marco poder dialogar diretamente com a academia. Aqui estão técnicos que têm autonomia e domínio sob a questão. Certamente esse é um ponto chave na construção da nossa carta aberta”.
O documento com a radiografia da mobilidade da Região Metropolitana do Recife (RMR) e de Pernambuco será lançado na Alepe no próximo mês de junho e entregue em prefeituras, governo estadual e federal, universidades e bibliotecas, com projetos, metas e sugestões para os próximos 10 anos.
O primeiro palestrante, Germano Travassos, comparou o investimento que é feito para a circulação de automóveis e o que é voltado para os ônibus. “Abrir espaço para carros é estimular o seu uso e se preparar para um congestionamento próximo”, alertou o consultor. “Foi feito um investimento significativo no entorno do Terminal Joana Bezerra para os automóveis, contudo o terminal continua deficiente. É questão de escolha e de política pública. Onde colocar o dinheiro?”, indagou.
Já o doutor em transporte, Oswaldo Lima Neto, lembrou que a última pesquisa domiciliar realizada na RMR foi em 1997, pela antiga EMTU/Recife. “Faltam dados atuais para que nós possamos conhecer os reais problemas da mobilidade e enfrentá-los. Sem pesquisas não é possível planejar”.
O mestre e doutor Maurício Pina também frisou que é preciso conhecer a realidade antes de optar. “Se faz necessária uma atualização dos dados. Não podemos ficar no ‘achismo’”. Além disso, Pina ressaltou que os 15 edifícios-garagem que serão construídos no centro do Recife vão estimular ainda mais o uso de automóveis e adensar a área. “Mobilidade ou imobilidade?”, questionou complementando que em Amsterdam, capital da Holanda, são construídos edifícios garagens, porém, para as bicicletas.
O professor Leonardo Meira provocou os presentes. “Você quer passar o dia no congestionamento ou fazer um passeio pela cidade? Você aproveita e conhece o espaço público? O que faz para melhorar a mobilidade urbana de sua cidade?”. Falta de ciclovias, de calçadas de qualidade e de estrutura - como bicicletários e vestiários -, também foram citados como obstáculos que envolvem a problemática.
César Cavalcanti, vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), destacou cinco prioridades para decidir corretamente sobre projetos de mobilidade urbana: pesquisar a demanda e tecnologia, planejar antes de optar, garantir recurso para investir em manutenção, ouvir a comunidade técnica e aplicar mecanismo de subsídios à operação. “Nós não sabemos o que está acontecendo na cidade, isso é uma vergonha. Optar antes de planejar é colocar o carro na frente dos bois”, desabafou.
Postado por Meu Transporte às 07:24 0 comentários
Marcadores: Especialistas, Pernambuco
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quinta-feira, 2 de abril de 2015
Postado por Meu Transporte às 20:33 0 comentários
Marcadores: Bahia, Ceára, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Postado por Meu Transporte às 22:14 2 comentários
Marcadores: Pernambuco
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sábado, 15 de dezembro de 2012
Postado por Meu Transporte às 11:15 0 comentários
Marcadores: Pernambuco
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sexta-feira, 13 de maio de 2011
Av. Agamenon Magalhães |
Av. Dois Rios, no Ibura |
Postado por Meu Transporte às 20:28 0 comentários
Marcadores: Pernambuco
Recife: O futuro da Av. Agamenom Magalhães, seus números e desafios para uma melhor mobilidade
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Um transporte público de qualidade é condição fundamental para que a cidade não entre em colapso até 2020, quando deverá ter um milhão de carros. O BRT é sucesso em várias metrópoles, como Bogotá e Cidade do México. No Recife, ainda não há estimativa de quanto ele será capaz de transferir, para o sistema coletivo, o usuário que hoje opta pelo transporte individual. Mais do que isso, a gestão dos novos ônibus articulados terá o desafio de manter no sistema os usuários que hoje dependem do transporte público e só aguardam oportunidade financeira de sair para um veículo próprio.
Segundo o secretário de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo, a demanda estimada para o Norte/Sul é de 328 mil passageiros por dia. Na Agamenon, passam por dia cerca de 100 mil carros, a maioria transportando apenas uma pessoa. Imagine a redução no número de veículos se parte desse público migrasse para o transporte público. "O corredor não atende a demanda de deslocamento de todo esse público que usa carro. Mas quem sai de Igarassu, Paulista ou Olinda, por exemplo, para o polo médico do Recife, na Ilha do Leite, é perfeitamente atendido", explicou o engenheiro especialista em mobilidade, Germano Travassos.
Tornar o transporte público mais atraente do que o carro é o desafio. O técnico em eletrônica João Dourado dos Santos, 46 anos, conta que normalmente viaja sentado nos degraus do ônibus por falta de espaço. Ele chega a gastar mais de duas horas de Igarassu, limite Norte do corredor, ao Recife. "Se houvesse condições de ter um carro, eu deixaria o ônibus".
Os argumentos do transporte individual são fortes: liberdade de ir e vir, conforto e total autonomia. "Não é fácil levar o usuário do carro para o transporte público. O ônibus precisa ser rápido, confortável e atender às necessidades de deslocamentos. Além disso, devem haver restrições ao transporte individual. Enquanto o carro valer a pena, o motorista não fará a migração", apontou Travassos.
Com o aumento da velocidade na Agamenon, a estimativa do governo é que o número de automóveis na via passe de 3,3 mil para 4,2 mil por hora. A velocidade média atual no sentido Olinda/Boa Viagem, hoje de 20,9 km/h, passará a 30,3 km/h. No trecho mais crítico, na altura da Rua Paissandu, a velocidade em horário de pico, que é de 5 km/h, alcançará 18km/h.
"O usuário do carro terá que fazer uma volta maior para fazer o retorno. A gente sabe que haverá crítica nesse sentido, mas o objetivo é garantir velocidade para o transporte público", ressaltou. No trecho da BR-101 - entre os municípios de Igarassu e Abreu e Lima - também serão reduzidos os retornos. Atualmente há um retorno a cada 400 metros. O intervalo será ampliado para cada 2 quilômetros. "Essas intervenções irão permitir mais segurança e velocidade para o Corredor Norte-Sul", apontou Flávio Figueiredo.
Na Agamenon, onde nos horários de pico o motorista gasta cerca de 45 minutos entre Tacaruna e a estação Joana Bezerra, o trecho será percorrido em 20 minutos. Segundo o secretário-executivo, na área mais crítica, entre o Derby e o Parque Amorim, são realizadas 7,7 mil viagens de ônibus por dia. Com o corredor a expectativa é de reduzir o número de viagens para seis mil por dia. Menos veículos, mas mais rápidos e eficientes.
Características do sistema BRT (Bus Rapid Transit)
• Plataforma de embarque e desembarque em nível
• Pagamento antecipado da tarifa
• Veículos de alta capacidade e tecnologia mais limpa
• Transferência entre rotas, sem incidência de custo
• Integração dos modais em estações e terminais
• Programação e controle da operação por GPS
• Sinalização e informação ao usuário
• Identidade visual própria
O BRT não chega a superar o metrô, mas tem vantagens. Segundo os especialistas, com as características que o diferenciam do modelo convencional do transporte por ônibus, o sistema pode transportar de 30 mil a 35 mil passageiros por hora. É o que ocorre, por exemplo, com o Transmilênio de Bogotá, Colômbia. Na defesa do modelo, o urbanista paranaense Jaime Lerner, que chegou a desenhar o projeto do Norte/Sul, disse: "O BRT pode ser implantado em dois anos e se paga sem precisar de subsídios necessários para construir o metrê".
O corredor Norte/Sul terá dois ramais ao chegar no Recife. O primeiro passará pela Agamenon e se integrará à estação de metrô Joana Bezerra. O segundo passará pela Avenida Cruz Cabugá e se misturará ao tráfego misto até chegar à estação central do metrô. quando o usuário terá a opção de seguir viagem no metrô ou, se preferir, pegar uma embarcação em direção à Zona Oeste. O projeto de navegabilidade foi incluído no PAC Mobilidade, mas falta o governo definir a forma de financiamento. "Já estamos fazendo o estudo de impacto para não perdermos tempo", revelou Flávio Figueiredo, secretário executivo de mobilidade.
A avenida e o corredor Norte/Sul
25 a 30 minutos é a estimativa de redução do tempo de viagem com o corredor
As estações
10 estações somente no trecho da Avenida Agamenon Magalhães
Cada estação terá 180 metros quadrados de área nos dois lados do canal e capacidade para 600 pessoas cada uma
Postado por Meu Transporte às 08:07 0 comentários
Marcadores: B R T, Corredores de Ônibus, Pernambuco
Nenhum projeto de mobilidade urbana ainda saiu do papel no Recife
domingo, 6 de fevereiro de 2011
O ´processo`, que vai da chegada do plano até a sanção do prefeito, será dividido, de acordo com Liberal, em quatro momentos. ´Primeiro, no dia 15, Milton Botler (coordenador do Instituto da Cidade) vai fazer uma exposição na Câmara para os vereadores. Depois ele envia o projeto detalhado e nós, paralelamente, nomeamos uma comissão especial para analisá-lo. O terceiro passo é marcarmos audiência pública para debater e colher o máximo de sugestões com pessoas e entidades ligadas a àrea de mobilidade. E, por último, votamos e enviamos para sanção do prefeito`, antecipou Liberal.
´Já estou com o material pronto e vamos discutir vários aspectos do plano, mas o enunciado básico é o deslocamento das pessoas. Tirá-las do isolamento e fazê-las ter acesso ao transporte coletivo é algo fundamental`, explicou Milton Botler. Ele afirmou que esta preocupação vem do número de pessoas que moram em morros e não têm acesso a transportes coletivos próximos de suas casas: são cerca de 500 mil, ou seja, mais um terço da população da cidade.
Por outro lado, a tão esperada solução para os engarrafamentos no Recife, ao que parece, não será contemplada no Plano de Mobilidade. E a justificativa é que não existe uma única ação que resolva o problema. ´O transporte individual tem que ser restrito, mas vamos discutir isso com a sociedade`, disse Botler.
Engarrafamento
De acordo com o técnico, não é possível resolver os engarrafamentos sem a redução do número de veículos em circulação.Questionado se o rodízio de placas seria a solução para Recife, ele disse ser contra e apontou a taxação por circulação de veículos próprios, como é adotado em Londres, na Inglaterra, como o melhor caminho.
A eficiência nos transportes intermodais é um dos obstáculos que será enfrentado pela prefeitura, para isso, uma série de medidas compõem o plano. Entre elas, oferecer um serviço de transporte coletivo de qualidade, utilizando faixas exclusivas para o transporte público, o aumento do número de ciclovia, além de uma rede de mobilidade hidrográfica e instalação de teleféricos.
Outra prioridade do plano é a melhoria e recuperação das calçadas. ´Costumo dizer que o deslocamento das pessoas começa pelas calçadas. Isso também será prioridade, daí a importância do conjunto de ações como o controle do comércio no Centro do Recife, por exemplo`, disse.
O Recife possui 372 linhas de ônibus e, pensando nelas, será implantada uma malha que alimente e integre os principais corredores de trânsito. ´A Avenida Norte e aEstrada de Belém se conectam com a Encruzilhada, então, na Encruzilhada, terá uma estação de integração para facilitar o deslocamento`, anunciou Antônio Machado, assessor técnico do Instituto da Cidade. Diante da importância do Plano, que propõe medidas que podem alterar o cotidiano dos recifenses, a prefeitura sabe que não agradará a todos. E, entre os desafios, espera contribuir para melhor qualidade de vida das pessoas, não permitindo que o transporte seja um dificultador, mas, sim, um facilitador para a rotina da população.
Fonte: Diário de Pernambuco
Postado por Meu Transporte às 12:04 0 comentários
Marcadores: Pernambuco