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Justiça proíbe sistema de reconhecimento facial no Metrô de São Paulo

terça-feira, 5 de abril de 2022

A 6ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou, nesta terça (22), que o Metrô interrompa o sistema de captação e tratamento de dados biométricos dos rostos de seus usuários, o chamado reconhecimento facial. A decisão liminar da juíza Cynthia Thomé tem efeito imediato. Ela considerou que a estrutura que está sendo implementada pela empresa de trens tem "potencialidade de se atingir direitos fundamentais dos cidadãos".


Uma ação civil pública foi ajuizada no dia 3 de março, pedindo que o Metrô fosse proibido de continuar coletando, mapeando e registrando sem consentimento prévio informações sobre os rostos de seus cerca de quatro milhões de usuários diários, usando como justificativa a segurança pública.

As garantias básicas para os dados coletados da população, a privacidade dos usuários e a proteção de crianças e adolescentes não estariam sendo atendidas pela empresa na implementação de um sistema de câmeras com reconhecimento facial e inteligência artificial que custou mais de R$ 50 milhões, segundo a ação.

De acordo com a juíza, "o Metrô, até o momento, não apresentou informações precisas sobre o armazenamento das informações e utilização do sistema de reconhecimento facial". Ela permitiu que a empresa continue instalando o sistema de câmeras, mas não poderá usá-lo para reconhecimento facial. À decisão, cabe recurso.

O Metrô informou à coluna que não foi intimado da decisão, mas que irá recorrer e prestará todos os esclarecimentos à Justiça. E atesta que "o novo sistema de monitoramento obedece rigorosamente o que prevê a Lei Geral de Proteção de Dados".

Para Eloísa Machado, professora da FGV Direito e uma das advogadas da ação, a decisão é inédita no Brasil. "A medida liminar é importante para fazer cessar violações aos direitos dos usuários do metrô e também porque serve de precedente para outros casos de uso indiscriminado de reconhecimento facial que têm se espalhado pelo país", afirmou à coluna.

A ação foi proposta pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a Defensoria Pública da União, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Intervozes, a Artigo 19 Brasil e América do Sul e o Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu).

Para as organizações, além de desrespeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal, o Código de Defesa do Consumidor e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, o sistema de reconhecimento facial é passível de falhas que poderiam levar à identificação equivocada de uma pessoa inocente como um procurado pela polícia.

A ação, cujo mérito ainda será julgado, também pede o pagamento de uma indenização de, pelo menos, R$ 42,8 milhões em danos morais coletivos já causados aos passageiros.

Em posicionamento enviado à coluna na publicação da notícia sobre a ação, o Metrô de São Paulo afirmou que o seu Sistema de Monitoramento Eletrônico "não tem reconhecimento facial do cidadão ou qualquer personificação ou formação de banco de dados com informações pessoais". E que sua implantação atende aos requisitos da LGPD.

De acordo com a empresa, o sistema é exclusivo para o apoio operacional e atendimento aos passageiros. "Com ele, é possível fazer a contagem de passageiros, identificação de objetos, monitoramento de crianças desacompanhadas, invasão de áreas como a via por onde passa o trem, animais perdidos, ou monitoramento de deficientes visuais pelo sistema, gerando alertas nessas situações para que os funcionários ajam rapidamente."

Ação diz que reconhecimento facial pode gerar 'falsos positivos' entre negros e trans

"O Metrô de São Paulo está se apropriando indevidamente dos dados de milhões de usuários, como se não existisse lei, nem consequências para seus atos ilegais", avalia Eloísa Machado. Ela defende que a proteção a dados pessoais é um direito reconhecido pela Constituição, através da recente emenda constitucional 115, e também pela LGPD. E que é fundamental que o Judiciário se posicione na proteção desses dados "para que a LGPD e a Constituição não virem letra morta".

Em fevereiro de 2020, os autores da ação contra o Metrô entraram com um pedido judicial para que a empresa demonstrasse com documentos, relatórios e atas que a implementação do sistema contava com mecanismos para evitar que os dados dos usuários fossem coletados e usados de forma indevida.

Na avaliação deles, o Metrô mostrou que o sistema é "ineficiente e perigoso", sem todas as precauções necessárias para evitar violações massivas ao direito à privacidade.

A defensora pública Estela Guerrini, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública de São Paulo disse à coluna que "ao usar o sistema de reconhecimento facial, o Metrô adota uma tecnologia que invade a privacidade das pessoas, gera discriminação e deixa de investir onde realmente é necessário, que é na melhoria do transporte público". O que, segundo ela, não faz sentido considerando os desafios que o Metrô já tem para garantir um serviço de qualidade.

Diogo Moyses, coordenador do programa de Direitos Digitais do Idec, explica a questão da discriminação. De acordo com ele, a tecnologia adotada é passível de falhas, podendo produzir ações discriminatórias contra os passageiros. "O usuário pode ter seu longo e cansativo trajeto diário interrompido em virtude de 'falsos positivos'", afirma. Alguém ser confundido com um procurado pela Justiça ou com um desaparecido, por exemplo.

A ação cita que é maior a taxa de 'falsos positivos' entre indivíduos de pele escura e de etnias quando elas não são apropriadamente trabalhadas na base de dados. E que não há provas de que o sistema do metrô recebeu tratamento especial para reduzir esse viés. "Isso faz com que o sistema potencialmente seja um perpetuador de desigualdades presentes na sociedade brasileira, selecionando erroneamente mais vezes indivíduos negros e imigrantes", diz a ACP.

A ação afirma que as pessoas não binárias, transexuais e transgêneros também são especialmente afetadas por sistemas como esse.

"O resultado discriminatório da tecnologia de reconhecimento facial reflete o enviesamento presente na própria base de dados que alimenta essa tecnologia, já que é elaborada e desenvolvida por alguns poucos homens cis e brancos de multinacionais que controlam a sua venda para o restante do mundo", explica a defensora Isadora Brandão, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial da Defensoria Pública.

Apesar de não envolver inteligência artificial como o reconhecimento facial automático, levantamento da Defensoria Pública do Rio de Janeiro e do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais aponta que 83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são negros.

Captação de dados sobre crianças sem consentimento dos responsáveis

Os autores da ação defendem que o reconhecimento facial não pode ser equiparado a um circuito interno de TV e, portanto, não seria suficiente uma placa informando que "este ambiente está sendo gravado". O sistema mapeia as informações biométricas do rosto, únicas de cada indivíduo, transformando-os em dados, que são armazenados para poderem ser comparados com as bases existentes.

A Lei Geral de Proteção de Dados demanda consentimento dos cidadãos para a coleta de informações pessoais. Você passa por isso todos os dias, quando entra em um site e ele te pergunta se pode utilizar cookies para coletar seus dados.

Um dos pontos sensíveis nesse sentido é a coleta e tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes usuárias do metrô sem que haja o consentimento de pais ou responsáveis, o que bate de frente não apenas com a LGPD, também com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Para o defensor Daniel Secco, coordenador do Núcleo Especializado da Infância e Juventude da Defensoria Pública, a justificativa de que o sistema possibilitaria a identificação de crianças desaparecidas e, por isso, precisa ser mantido, não é válida. "Como as crianças crescem e seus rostos mudam rapidamente, sabe-se que a chance de acerto do sistema de reconhecimento facial em crianças é pequena."

A ação defende que o projeto do Metrô está na contramão de medidas que vem sendo adotadas na Europa e nos Estados Unidos para restringir o uso massivo dessa tecnologia. E que empresas como Amazon, IBM e Microsoft já avisaram que vão suspender a venda de soluções de reconhecimento facial para o uso policial para evitar violações aos direitos humanos.

"Quando o reconhecimento facial é aplicado em massa por um órgão publico, informação sensível de cidadãos fica disponível. Isso é uma vigilância a priori, onde todo mundo que usa metrô é suspeito até que se prove o contrário", avalia à coluna Pedro Ekman, coordenador do Intervozes.

"É um caminho sem volta para uma sociedade vigiada onde os governos vão ter um poder extremo em relação aos cidadãos", alerta.

João Paulo Dorini, defensor público federal e defensor regional dos direitos humanos em São Paulo, vê a proteção de dados como a nova fronteira dos diretos fundamentais.

"O acúmulo tecnológico acrítico tem pavimentado abusos de diversas ordens. Essa ação pode estabelecer um marco no que pode ou não ser feito. E como Estado e empresas podem atuar sem atacar os direitos humanos", conclui.

O que já disse o metrô sobre a questão do reconhecimento facial

Quando as organizações demandaram respostas do Metrô de São Paulo, a coluna entrou em contato com a empresa, em 2020, para falar do assunto.

Através de sua assessoria, ela afirmou que "obedeceu aos requisitos legais para a implantação do Sistema de Monitoramento Eletrônico, que tem o objetivo de modernizar o atual circuito interno". Disse que "o sistema foi contratado para o monitoramento com câmeras que têm recursos de inteligência para apoio as ações operacionais e não para o reconhecimento de dados pessoais".

Disse que o Sistema de Monitoramento Eletrônico tem o objetivo de modernizar o atual circuito interno, "oferecendo maior a segurança aos mais de quatro milhões de pessoas que utilizam o Metrô todos os dias", e busca também reduzir a quantidade de ocorrências de segurança pública, como assédio e importunação sexual, furtos e roubos nas estações e trens.

Garante que "não há qualquer banco de dados com informações pessoais de passageiros e nenhuma informação personificada é registrada quando ele passa pelas catracas do Metrô" e que o sistema foi moldado obedecendo a LGPD. Por fim, diz que "nosso maior compromisso é com o cidadão de bem".

por Paulo Sakamoto
Informações: Uol
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Metrô do Rio é sete vezes mais problemático que o de São Paulo, aponta pesquisa

terça-feira, 15 de julho de 2014

Criticado pela superlotação nos horários de pico, o Metrô de São Paulo nem parece enfrentar problemas quando comparado ao do Rio de Janeiro, sete vezes mais problemático, embora sua malha seja 43% menor que a paulista e transporte 13 vezes menos passageiros.

A avaliação foi feita por dois estudos do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que pesquisou o transporte público nas duas capitais e nas cidades de Belo Horizonte e Recife, município com o maior número de irregularidades.

Quando apenas o metrô é avaliado, o de São Paulo, com 3,2 milhões de passageiros por dia, apresentou oito irregularidades em suas cinco linhas e 75,5 quilômetros de extensão. Três em qualidade de viagem (item que engloba velocidade média, intervalo entre os trens, conforto e acessibilidade) e cinco em atendimento aos usuários, como falhas em canais de reclamação, em informação sobre o trajeto e devolução do bilhete quando o serviço é mal prestado.

Já no Rio de Janeiro, seus 240 mil passageiros diários enfrentam 58 irregularidades em suas duas linhas. Foram 34 problemas nas estruturas das estações, nove nos vagões e 15 na qualidade das viagens.

Pior só mesmo o metrô de Recife, com 93 problemas, que comprometem principalmente a qualidade da viagem (29) e as estruturas das estações (27) de suas quatro linhas. Entre um e outro figuram os 28 quilômetros do metrô de Belo Horizonte, responsável por transportar 241 mil passageiros todos os dias. Por lá, o Idec encontrou 23 desvios, dez deles em atendimento ao usuário, nove nas estruturas das estações e quatro na qualidade da viagem.

De acordo com o estudo, “a precariedade do serviço” é de fato maior no Rio e no Recife. "As regras que visam a prestação de um bom serviço são amplamente desrespeitadas", explica João Paulo Amaral, pesquisador do instituto e responsável pelo levantamento. "Queremos que os cidadãos usem seus direitos e exijam, por exemplo, sua passagem de volta caso ele se sinta prejudicado, um direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor."

Ônibus

Recife e Rio também lideram as irregularidades quando a qualidade dos ônibus é avaliada. Com 400 linhas, Recife apresentou 227 problemas, seguido por Rio, com 168 linhas e 112 falhas. Distantes aparecem São Paulo, com 1.300 linhas e 85 ocorrências, e Belo Horizonte, onde há 303 linhas e 30 problemas.

Do total de irregularidades na cidade nordestina, 79 se referem à estrutura do ponto, contra 38 defeitos do tipo no Rio, 11 em Belo Horizonte e dez em São Paulo. As condições estruturais dos coletivos aparecem na sequência: 71 ocorrências na capital pernambuca, 51 em São Paulo, 11 no Rio de Janeiro e quatro em Belo Horizonte.

A qualidade da viagem apresentou 57 defeitos em Recife, 41 no Rio, 11 em Belo Horizonte e 10 na capital paulista. Por último aparece o quesito "Atendimento ao Usuário”. Aí quem lidera é o Rio: 22 irregularidades, seguido por Recife (20), São Paulo (11) e Belo Horizonte (7).

“O mais preocupante, no entanto, é a falta de segurança”, diz a pesquisa. Na capital pernambucana, houve casos de motoristas que não pararam no ponto ou que "arremessaram o passageiro"; no Rio, os condutores freiam bruscamente, andam em alta velocidade “e até circulam com as portas abertas, colocando os passageiros em evidente perigo”. 

Na capital pernambucana, a plataforma elevatória de alguns carros, que facilita o acesso aos cadeirantes, estava quebrada, enquanto, no Rio, alguns ônibus não tinham essa estrutura, embora a legislação obrigue que 100% da frota esteja adaptada.

Para o pesquisador, ninguém vai deixar o carro na garagem se o transporte coletivo for ruim. "Por isso, melhorar os investimentos no transporte público é imprescindível para incentivar seu uso.”

As assessorias de imprensa do metrô de São Paulo, Rio, Fortaleza e Belo Horizonte não se pronunciaram a respeitos dos números.

Informações: Ultimo Segundo

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Metrô de SP gera ganhos de R$ 19,3 bi por ano ao Brasil, diz estudo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Metrô de São Paulo proporciona ganhos de R$ 19,3 bilhões anualmente para economia do Brasil, o equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que aponta estudo da Universidade de São Paulo (USP), que comparou dois cenários - com a presença do Metrô e sem - e concluiu que, quanto menos tempo de deslocamento diário de casa para o trabalho, mais produtivo será o trabalhador, o que gera efeitos positivos na economia. 

“Quando você retira o metrô, o tempo de deslocamento aumenta e a produtividade cai. O PIB da cidade de São Paulo e de outras regiões do País é afetado. O Brasil perde competitividade, a arrecadação do governo é reduzida, as famílias têm menos renda e, portanto, consomem menos”, diz o estudo parcialmente divulgado nesta quarta-feira, e que será apresentado na íntegra na próxima sexta-feira.


A pesquisa, denominada A Economia Subterrânea: Monitorando os Impactos mais Amplos do Metrô de São Paulo, conduzida pelo professor Eduardo Haddad, da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, mostra que, caso o Metrô de São Paulo não existisse, a cidade deixaria de produzir R$ 6,15 bilhões (32% do total dos impactos econômicos avaliados).

O restante da região metropolitana deixaria de contribuir com a economia em R$ 2,17 bilhões (11%). Os demais municípios do Estado de São Paulo perderiam R$ 2,29 bilhões (12%) e o restante do Brasil sofreria um impacto econômico negativo de R$ 8,7 bilhões (45%).

O Metrô de São Paulo tem extensão de 74 quilômetros e 64 estações, transporta diariamente 4 milhões de passageiros e representa 20% das viagens em transportes públicos da cidade. Segundo o estudo, a quantidade de recursos que o Metrô gera anualmente (R$ 19,3 bilhões) equivale a aproximadamente a 65% dos custos da construção de toda a rede de linhas e estações.

Informações: Agência Brasil
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Haddad quer inaugurar um trecho de ciclovia por semana

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Empenhada em criar 400 km de ciclovias na capital paulista até o fim do ano que vem, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) pretende entregar ao menos um trecho de rotas cicloviárias por semana. Segundo o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, as canaletas para bikes serão em 2014 o que as faixas exclusivas para ônibus foram no ano passado, quando a Prefeitura instalou centenas de quilômetros pela cidade. O prefeito está confiante de que a medida terá respaldo e apoio da maior parte da população. "Agora, nosso foco é ciclovia. Nós implementamos quase 400 km de faixas exclusivas de ônibus. Tivemos 84% de aprovação da população. Acho que as ciclovias vão ter 100% de aprovação. De novo, São Paulo (estava) muito atrasada, só com 60 km (de ciclovias). Qualquer cidade desenvolvida tem 400 ou 500 km de ciclovias. De novo, vamos colocar São Paulo na modernidade", disse Haddad.

Durante a manhã, ele e Tatto pedalaram pelo trecho de 2 km que passou a funcionar, na região central, entre a Estação Julio Prestes, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde também fica a Sala São Paulo, e a Praça da República. Esse trecho, entregue na primeira semana de junho, se liga à primeira ciclovia entregue pela atual gestão, entre o Largo do Paiçandu e a Sala São Paulo, de 1,4 km. O novo mecanismo, pintado de vermelho (esse é a cor internacional das ciclovias e vigora, por exemplo, nas ruas de Barcelona, na Espanha), passa pela faixa de rolamento à direita de vias como as Avenidas Duque de Caxias e São João e o entorno do Largo do Arouche. Na semana retrasada, a CET entregou 1,7 km de ciclovia no canteiro central da Avenida Escola Politécnica, na zona oeste. Alguns dias antes, outra via da região, a Avenida Eliseu de Almeida, ganhou 2,1 km de mecanismo cicloviário.

"As pessoas precisam de alternativas ao que está aí, e estamos construindo as alternativas. O que não podemos é ficar com a situação como São Paulo estava atrasada em tudo. Atrasada no metrô, atrasada em ônibus, atrasada em ciclovia. A cidade está investindo em metrô, em faixa de ônibus e em ciclovias. Tudo o que deveria ter sido feito nos últimos 30 anos e não foi", disse Haddad. O prefeito citou exemplos de outras metrópoles a respeito do uso de bicicletas. "Em Tóquio, 25% dos trajetos são feitos de bicicleta. Em Londres, 7%. Sabe quanto é em São Paulo? Menos de 1%." Questionado sobre a possibilidade de a ciclovia tirar espaço dos carros e diminuir a sua fluidez, ele disse que isso não ocorrerá, já que o que estão sendo suprimidas são vagas de estacionamento, e não faixas de rolamento.

De acordo com o secretário municipal dos Transportes, o corredor da Avenida Liberdade e da Rua Vergueiro, na região central, e o formado pela Avenida Paulista, a Rua Domingos de Morais e a Avenida Jabaquara, na zona sul, ganharão ciclovias permanentes. Esses projetos saem do papel, segundo ele, "ainda este ano". Na Paulista, especificamente, o poder público estuda criar uma ciclovia no canteiro central da via. A Alameda Nothmann e as Ruas Prates e Guaianazes, no centro, são algumas das que devem receber ciclovias já nas próximas semanas. "A previsão é toda semana (inaugurar) uma ou mais (ciclovias). São várias gerências de operação da CET. Os projetos estão sendo descentralizados para cada gerência, criando uma dinâmica própria", contou Tatto.

Com as recentes inaugurações, São Paulo passa a ter cerca de 70 km de ciclovias, bem abaixo de outras cidades de grande porte, como Bogotá (359 km), Nova York (675 km) e Berlim (750 km). A atual malha cicloviária paulistana corresponde a apenas 0,4% dos 17 mil km de ruas da cidade inteira. Tatto esclareceu ainda que a Prefeitura lançará em breve um site na internet onde será possível encontrar o mapa da rede de ciclovias da cidade.

Informações: Diário do Grande ABCEmpenhada em criar 400 km de ciclovias na capital paulista até o fim do ano que vem, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) pretende entregar ao menos um trecho de rotas cicloviárias por semana. Segundo o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, as canaletas para bikes serão em 2014 o que as faixas exclusivas para ônibus foram no ano passado, quando a Prefeitura instalou centenas de quilômetros pela cidade. O prefeito está confiante de que a medida terá respaldo e apoio da maior parte da população. "Agora, nosso foco é ciclovia. Nós implementamos quase 400 km de faixas exclusivas de ônibus. Tivemos 84% de aprovação da população. Acho que as ciclovias vão ter 100% de aprovação. De novo, São Paulo (estava) muito atrasada, só com 60 km (de ciclovias). Qualquer cidade desenvolvida tem 400 ou 500 km de ciclovias. De novo, vamos colocar São Paulo na modernidade", disse Haddad.

Durante a manhã, ele e Tatto pedalaram pelo trecho de 2 km que passou a funcionar, na região central, entre a Estação Julio Prestes, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde também fica a Sala São Paulo, e a Praça da República. Esse trecho, entregue na primeira semana de junho, se liga à primeira ciclovia entregue pela atual gestão, entre o Largo do Paiçandu e a Sala São Paulo, de 1,4 km. O novo mecanismo, pintado de vermelho (esse é a cor internacional das ciclovias e vigora, por exemplo, nas ruas de Barcelona, na Espanha), passa pela faixa de rolamento à direita de vias como as Avenidas Duque de Caxias e São João e o entorno do Largo do Arouche. Na semana retrasada, a CET entregou 1,7 km de ciclovia no canteiro central da Avenida Escola Politécnica, na zona oeste. Alguns dias antes, outra via da região, a Avenida Eliseu de Almeida, ganhou 2,1 km de mecanismo cicloviário.

"As pessoas precisam de alternativas ao que está aí, e estamos construindo as alternativas. O que não podemos é ficar com a situação como São Paulo estava atrasada em tudo. Atrasada no metrô, atrasada em ônibus, atrasada em ciclovia. A cidade está investindo em metrô, em faixa de ônibus e em ciclovias. Tudo o que deveria ter sido feito nos últimos 30 anos e não foi", disse Haddad. O prefeito citou exemplos de outras metrópoles a respeito do uso de bicicletas. "Em Tóquio, 25% dos trajetos são feitos de bicicleta. Em Londres, 7%. Sabe quanto é em São Paulo? Menos de 1%." Questionado sobre a possibilidade de a ciclovia tirar espaço dos carros e diminuir a sua fluidez, ele disse que isso não ocorrerá, já que o que estão sendo suprimidas são vagas de estacionamento, e não faixas de rolamento.

De acordo com o secretário municipal dos Transportes, o corredor da Avenida Liberdade e da Rua Vergueiro, na região central, e o formado pela Avenida Paulista, a Rua Domingos de Morais e a Avenida Jabaquara, na zona sul, ganharão ciclovias permanentes. Esses projetos saem do papel, segundo ele, "ainda este ano". Na Paulista, especificamente, o poder público estuda criar uma ciclovia no canteiro central da via. A Alameda Nothmann e as Ruas Prates e Guaianazes, no centro, são algumas das que devem receber ciclovias já nas próximas semanas. "A previsão é toda semana (inaugurar) uma ou mais (ciclovias). São várias gerências de operação da CET. Os projetos estão sendo descentralizados para cada gerência, criando uma dinâmica própria", contou Tatto.

Com as recentes inaugurações, São Paulo passa a ter cerca de 70 km de ciclovias, bem abaixo de outras cidades de grande porte, como Bogotá (359 km), Nova York (675 km) e Berlim (750 km). A atual malha cicloviária paulistana corresponde a apenas 0,4% dos 17 mil km de ruas da cidade inteira. Tatto esclareceu ainda que a Prefeitura lançará em breve um site na internet onde será possível encontrar o mapa da rede de ciclovias da cidade.

Informações: Diário do Grande ABC

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Metrô de São Paulo opera no vermelho mesmo com tarifa, publicidade e loja

terça-feira, 24 de junho de 2014

O Metrô de São Paulo opera com prejuízos todos os meses mesmo com a cobrança de tarifa (R$ 3), a utilização maciça de publicidade e o recente licenciamento da marca. A conclusão é de um recente estudo da Austin Rating – uma agência que avalia a saúde financeira de empresas –, que joga um balde de água fria nos entusiastas da catraca livre, principal bandeira do Movimento Passe Livre (MPL).

Inspirado nas manifestações de junho, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo chegou a propor a tarifa zero durante a greve que quase ameaçou a abertura da Copa do Mundo e que só foi suspensa depois que 42 metroviários foram demitidos por determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

De acordo com o estudo, os custos de operação, manutenção, despesas com vendas, administração e planejamento de obras custam aos cofres do Metrô R$ 181,3 milhões ao mês, enquanto a tarifa e outras fontes de receita, como publicidade e licenciamento da marca, arrecadam R$ 169,7 milhões, um déficit mensal de R$ 11,6 milhões, ou de R$ 140 milhões por ano. Desde a década de 1990, o rombo acumulado chega a R$ 5,1 bilhões.

Professor do departamento de transportes da Escola Politécnica da USP, Telmo Giolito Porto explica que o metrô tem três fontes de renda: tarifa, outras receitas e aporte do Estado. “É totalmente impossível expandir o metrô apenas com a receita do bilhete. O ideal é que a tarifa pague a manutenção e operação, enquanto o Estado cuide da expansão.”

O estudo da agência informa que o Estado investiu R$ 3 bilhões no ano passado, montante 34% superior ao ano anterior. Desse valor, R$ 488 milhões correspondem à manutenção da rede – dinheiro que deveria sair da tarifa – e R$ 2,5 bilhões à expansão do sistema metroviário.

Por essa razão, Porto considera um “absurdo” a proposta de catraca livre. “Isso significa acabar com a receita do Metrô, provocando a degradação financeira da empresa. Se fosse instituída a catraca livre, o Estado pagaria toda a diferença utilizando os nossos impostos. No fim, perdem todos.”

Mais: Sistema de R$ 750 milhões que reduz espera no Metrô só funciona aos domingos

Para conseguir bancar pelo menos a manutenção e operação dos trens, o professor sugere uma alternativa já utilizada em todo o mundo e que ganha força em São Paulo: a venda de espaço publicitário nas estações e o licenciamento da marca “Metrô”.

Ao todo, 134 lojas foram construídas em diversas estações do sistema nos últimos anos. São 14 opções de publicidade interna, que vão desde banner e painéis nas paredes até propaganda em televisões gigantes e adesivos no chão e corrimão. Um banner de 5 m² custa R$ 2.450, enquanto dois adesivos de 70 m² ligando duas estações não saem por menos de R$ 41 mil.

Desde o dia 23 de abril, uma loja de produtos oficiais, com o logotipo e mapas da malha, foi inaugurada na estação Consolação da linha 2-verde. São canecas, bolsas e chaveiros. A loja não é operada pelo metrô, mas por um empresário que paga pelo uso da marca. Quando o design do produto é desenvolvido pelo metrô, a companhia estatal embolsa 9% do faturamento, enquanto esse índice cai para 7% se o desenho for do empresário. Questionado pela reportagem, o Metrô não revelou quanto arrecada com publicidade e licenciamento.

Essa é mais uma das razões para que o relatório da Austin cravasse uma nota AA- ao Metrô e recomendasse ao empresariado que invista na companhia, apesar de ainda deficitária. “A grande razão para essa nota é que o Estado é o principal investidor, dono do segundo maior orçamento do País, depois da União”, justifica Leonardo Santos, economista responsável pelo estudo. “O governo cobre a manutenção e ainda investiu R$ 3 bilhões no ano passado.”

Além disso, diz ele, a companhia parou de tomar dívida desde 2010, quando toda ela passou a ser administrada pelo caixa do Tesouro. “Isso deixa a companhia saudável para investimento de longo prazo.”

A agência também destaca o crescimento médio anual de 13,3% da receita metroviária aliado à queda nas despesas. "Mas o metrô ainda é deficitário e, se fosse uma empresa privada, a nota seria mais baixa", diz o economista, que preferiu não especular sobre o índice. "O fato é que o Metrô é uma empresa com vocação pública, sem objetivo de lucro, e essa característica foi considerada em nossa análise."

A boa nota contrasta com algumas conclusões do estudo. Uma delas é de que a companhia rodou 18,3 milhões de quilômetros em 2013, 14,8% menor que o ano de 2011, quando a rede percorreu 21,5 milhões de quilômetros. Além disso, seus principais ramais operam com aproximadamente 40% da velocidade máxima, enquanto, nos horários de pico, a utilização de sua frota atinge 77% dos 900 carros à disposição no horário de pico.

Solvência

Gerente financeiro do Metrô, José Carlos do Nascimento admitiu durante a CPI dos Transportes, no ano passado, que a tarifa é incapaz de bancar os custos operacionais. Relator da comissão, o vereador Paulo Fiorillo (PT) afirmou ao iG que desconfia das informações prestadas pela companhia na ocasião. “É preciso abrir as contas do Metrô de forma mais transparente porque as planilhas que a gente recebeu eram muito simplistas. Não ficou claro como ela faz sua manutenção e investimento”, diz. “O Metrô têm um grande espaço para propaganda e publicidade, que pode ajudar a congelar ou reduzir a passagem.”

O economista da Austin garante que poucas empresas que administram metrô ao redor do mundo conseguem se bancar apenas com o custo da tarifa. “Isso é raro. Essas empresas tem uma missão pública que não pode ser desprezada e que reflete nos preços das passagens.”

O professor da USP concorda. “A companhia precisa mesmo diversificar a arrecadação porque isso ocorre nas companhias mais importantes do mundo.” Por outro lado, é “ilusão” acreditar que essa medida vai resolver os entraves de manutenção e operação. “Só a tarifa paga por esse serviço. O ideal é subir a passagem quando necessário para pagar seus custos de operação e assim manter sua independência de gestão. Catraca livre é um sonho.”

Por Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo
Informações: Ultimo Segundo

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Linha do metrô de São Paulo fica R$ 1 bilhão mais cara

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Depois de quase seis meses do lançamento do edital do prolongamento da Linha 2-Verde do metrô de São Paulo, o investimento total no projeto, previsto pelo governo de São Paulo, ficou R$ 1,1 bilhão mais caro. A obra vai estender a linha da Vila Prudente, na região leste de São Paulo, à rodovia Presidente Dutra, próximo à divisa com Guarulhos, terá 13,5 quilômetros de extensão e 12 estações. O projeto recebeu na semana passada licença ambiental prévia.

O lançamento do edital da obra ocorreu em 15 de outubro de 2012 e foi feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em ato na estação Corinthians-Itaquera, na região leste. Na época, Alckmin afirmou que o investimento total, incluindo trens, sistema elétrico e obras, chegaria a R$ 7,7 bilhões, com recursos totalmente aplicados pelo governo do Estado. Ontem, o Metrô informou que o investimento saltou para R$ 8,8 bilhões, 14,3% a mais do que o inicialmente previsto.

De acordo com o Metrô, o processo de pré-qualificação para contratação das obras de extensão da Linha 2-Verde está em andamento e ainda não há valor final para o intervenção, já que ainda não há projeto básico da obra. "Os custos estimados para a licitação só serão estabelecidos após a conclusão dos projetos básicos. O valor de R$ 8,8 bilhões é apenas uma projeção, que é uma exigência legal", informou a empresa em nota.

O Metrô afirmou ainda que para o financiamento do projeto está contratando uma linha de R$ 1,5 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que estuda outras formas de financiamento. A estimativa da companhia é concluir o primeiro trecho do projeto no fim de 2018 e a linha completa em 2019.

A licença prévia foi emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), mas ainda não permite o início das obras. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, para garantir o começo da intervenção, a companhia entrará agora com processo de solicitação da licença ambiental de instalação.

Com o prolongamento, a Linha 2-Verde, que começa na Vila Madalena, região oeste de São Paulo, fará interligação com a Linha 3-Vermelha, na estação Penha. O número de passageiros que serão transportados quando a obra estiver concluída também mudou. No lançamento do edital do prolongamento, a previsão era que esse número saltaria para 1,1 milhão. Agora, a previsão é transportar 1,7 milhão de passageiros.

A linha é uma das sete previstas para os próximos anos pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. Até 2015, o sistema metroferroviário deve receber mais 30 quilômetros de metrô e 41 quilômetros de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Entre os projetos previstos para os próximos anos estão a conclusão da Linha 4-Amarela do metrô (Luz-Vila Sônia), obras da extensão da Linha 5-Lilás (Santo Amaro-Chácara Klabin), início do monotrilho da Linha 17-Ouro (Aeroporto de Congonhas-Morumbi), da Linha 13-Jade da CPTM (Engenheiro Goulart-Aeroporto de Guarulhos), do monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente-São Mateus), da Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim), e da Linha 20-Rosa (Lapa-Moema).

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Conheça os novos caminhos do Metrô SP em 2014

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Está prevista para este começo de ano a entrega do trecho inicial do primeiro monotrilho da cidade de São Paulo, que vai ligar a Vila Prudente ao Hospital de Cidade Tiradentes, na Zona Leste.

O primeiro trecho desse monotrilho, que será o de maior capacidade do mundo, transportando até 48 mil passageiros por hora e por sentido, terá duas estações, Vila Prudente e Oratório, além do Pátio Oratório. A previsão de demanda para o primeiro trecho é de 13,3 mil passageiros por dia.

Ao todo serão 18 estações, com 26,6 quilômetros de vias elevadas. A previsão é de que 500 mil passageiros serão atendidos por dia, em média, a partir de 2016, com a conclusão da obra. O valor total de investimento é de R$ 6,4 bilhões. 

As vigas e as estações da nova linha de monotrilho, a Linha 15, ficam suspensas a 15 metros de altura, o equivalente a um prédio de cinco andares. Cada estação tem 5,4 mil metros quadrados de área construída, cinco elevadores, sete escadas rolantes e estão organizadas em dois pavimentos. No inferior, ou mezanino, ficam a bilheteria, as catracas, os sanitários e as salas de supervisão operacional. No pavimento superior, as plataformas de embarque. Ao todo, 58 trens vão operar no trecho.

Mas a nova linha corre o risco de não melhorar o trânsito da região. Segundo Flamínio Fichmann, consultor de transportes, o sistema de monotrilho custa por quilômetro um pouco mais do que a metade do Metrô, mas transporta menos de um terço do volume de passageiros do sistema subterrâneo. “O sistema de monotrilho acaba custando mais por passageiro transportado e não terá nenhum efeito no trânsito”, afirma Fichmann. “Isso porque a velocidade com que a frota de automóveis cresce é mais rápida do que a capacidade do monotrilho em atrair usuários de carros.”

Sérgio Ezjemberg, também consultor de trânsito, foi mais longe e disse que não dá para entender como uma obra de baixa capacidade de transporte público custará tanto. “Se o governo tivesse optado pelo Metrô convencional, as obras não teriam causado tantos problemas no trânsito e o sistema ainda poderia transportar três vezes mais pessoas”, argumenta. O Metrô, por sua vez, afirma que o sistema adotado atende à demanda da região.

Estação Adolfo Pinheiro será inaugurada já neste mês
Além da nova linha de monotrilho, o Metrô terá outras inaugurações neste ano. Neste mês, será entregue a Estação Adolfo Pinheiro da Linha 5-Lilás, que está sendo expandida do Largo Treze, em Santo Amaro, até a Chácara Klabin, com 11,5 quilômetros e 11 novas estações (Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin). 

O investimento será de R$ 7,5 bilhões. Todas as estações terão escadas rolantes, elevadores, rampas e piso tátil. Também em 2014, as estações Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie  da Linha 4-Amarela serão concluídas. 

A Estação Vila Sônia e o prolongamento da linha até Taboão da Serra têm previsão de entrega para o final de 2016. A Linha 4 fará integração com a futura Linha 17, na Estação São Paulo-Morumbi. Essa linha também terá inauguração no final de 2014, do primeiro trecho entre a Estação Morumbi da CPTM e Congonhas.

Análise: Lucila Lacreta,  urbanista do Movimento Defenda São Paulo
Temos de rever o gerenciamento

Estamos notando um esforço do governo de São Paulo para ampliar o número de linhas do Metrô. Mas ainda não se chega perto da eficiência internacional de países emergentes como China e México, por exemplo. Todo o gerenciamento do nosso Metrô precisa ser revisto. Nosso custo é dos mais altos do mundo. As estações são muito sofisticadas. Geram um custo de desapropriação enorme. Tínhamos de ser mais sóbrios.  Todo o gerenciamento tem de ser revisto. É preciso  abrir consórcios internacionais. Tudo aqui é muito caro. Nosso custo por quilômetro é exorbitante. 

Algumas estações são projetadas para abrigar futuros shoppings centers. Fazem um banco de terras para futuras obras. Isso gera uma tremenda especulação imobiliária e aumenta enormemente os custos.  Esse tipo de atuação me parece um contrassenso que atrasa em muito o desenvolvimento das linhas do Metrô paulistano.

Linha 8 da CPTM vai até Amador Bueno
Com extensão atual de 35,2 km  entre Júlio Prestes-Itapevi, a Linha 8 da CPTM atende a população de seis municípios:  São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi. Um trecho de 6,3 km além de Itapevi está sendo remodelado, em fase final de obras, para atendimento à população do extremo oeste da Grande São Paulo, a região de Amador Bueno.

430.564 passageiros viajam por dia nessa linha

Duas estações estão previstas
As obras visam padronizar a bitola (largura das vias para a passagem dos trens), a via permanente e a rede aérea, além da implantação de nova sinalização e construção de duas estações: Amador Bueno e Santa Rita.

Moradores terão acesso a todo sistema
Com a entrega da extensão da Linha 8, os moradores da região de Amador Bueno terão redução de tempo e de custos  e acesso às  linhas da CPTM e do Metrô.

Por Fernando Granato
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Governo do Estado entrega o primeiro trecho do Corredor Metropolitano Guarulhos – São Paulo

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Foi entregue hoje, 03/07, pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e pelo presidente da EMTU/SP, Joaquim Lopes, o primeiro trecho do Corredor Metropolitano de Ônibus Guarulhos – São Paulo, que liga os Terminais Taboão e Cecap, num trajeto de 3,7 km.

O novo viário possui três faixas por sentido, sendo uma delas totalmente exclusiva para a circulação dos ônibus. Construída em pavimento rígido, no canteiro central da via, propicia viagens mais confortáveis e  rápidas, já que não há interferência do tráfego geral na operação do transporte coletivo.


As obras de infraestrutura para este trecho incluíram ainda estações de embarque/desembarque, além de dois Terminais de Integração: Taboão e Cecap. Entregues à população no ano passado, os terminais se destacam pela condição estratégica na reorganização das redes metropolitana e municipal de transporte coletivo por ônibus. São locais de concentração de linhas que estavam com seus pontos finais localizados em ruas e avenidas do município de Guarulhos, causando, na maioria das vezes, incômodos aos moradores vizinhos e transtornos ao trânsito.

Neste primeiro trecho vão circular cinco linhas metropolitanas, atendendo a cerca de 30 mil usuários/dia, com veículos novos,  equipados com porta à esquerda e elevador para pessoas com deficiência, adquiridos pelo Consórcio Internorte, que é o responsável pela operação do Corredor. As linhas metropolitanas de ônibus ligarão diversos bairros de Guarulhos às estações Armênia, Penha e Tucuruvi do Metrô.

Linha/Denominação e Origem/Destino
121TRO Guarulhos (Terminal Metropolitano Taboão) São Paulo (Penha)
552TRO Guarulhos (Parque Santos Dumont) São Paulo (Metrô Armênia)
590TRO Guarulhos (Jardim Paraíso) São Paulo (Metrô Penha)
599TRO Guarulhos (Parque Santos Dumont) São Paulo (Metrô Penha)
802TRO(1) Guarulhos (Terminal Metropolitano Taboão) São Paulo (Metrô Tucuruvi)
(1) A linha precursora 802TRO foi criada para atender especificamente o novo corredor.

O investimento do Governo do Estado neste primeiro trecho do Corredor Metropolitano de Ônibus Guarulhos – São Paulo foi de R$ 39,7 milhões, incluindo os terminais de integração.

O corredor em trechos
Projetado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU/SP, o Corredor Guarulhos - São Paulo terá ainda mais dois trechos: Cecap-Vila Galvão e Vila Endres-Tiquatira. Quando concluído, em 2015, terá extensão total de 20 km de corredor exclusivo de ônibus atendendo cerca de 190 mil passageiros/dia e beneficiando diretamente o município de Guarulhos, a segunda área de maior concentração populacional do Estado, com cerca 1,2 milhão de habitantes. O investimento total no empreendimento está estimado em R$ 250 milhões.

Será o primeiro sistema estruturado de transporte da região proporcionando a reorganização de linhas metropolitanas e municipais; ganhos operacionais, com a disponibilidade de faixa exclusiva para ônibus; redistribuição das paradas e readequação dos semáforos; mais mobilidade devido a integração com as linhas municipais e estações do Metrô e da CPTM; desenvolvimento urbano e social, a partir da revitalização da área central de Guarulhos; e a instituição de polos de serviços geradores de emprego e renda.

Trecho Cecap – Vila Galvão
As obras para o segundo trecho do Corredor Metropolitano Guarulhos – São Paulo, que ligará o Terminal Cecap ao futuro Terminal Vila Galvão, já foram contratadas pela EMTU/SP e aguardam apenas a autorização da Prefeitura de Guarulhos para serem iniciadas.

Serão mais 12,3 km de corredor exclusivo para o transporte coletivo onde serão construídos um Terminal de Integração (Vila Galvão), duas Estações de Transferência (Vila Endres e Emílio Ribas) e 20 Estações de Embarque/Desembarque. Neste trecho o Governo do Estado investirá R$ 78,7 milhões, com prazo de 12 meses de execução, beneficiando 120 mil usuários por dia.

Trecho Vila Endres – Tiquatira
A EMTU/SP está desenvolvendo os projetos básico e executivo do terceiro trecho do corredor, que vai ligar a Vila Endres a Tiquatira. Com cerca de 4 km de extensão, este trecho será integrado à futura Estação Tiquatira CPTM/Metrô.

No dia 29 de junho foi publicada a relação das empresas e consórcios classificados na concorrência de pré-qualificação das empresas interessadas em participar da licitação de execução das obras deste trecho. As obras devem começar em 2014 e deverão ser entregues em 2015.

Informações:  EMTU SP
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São Paulo 470 anos: os transportes que impulsionaram o progresso da cidade

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Metrópole pulsante e diversificada, a cidade de São Paulo, a maior da América Latina, tem suas raízes entrelaçadas com a evolução da história de seus sistemas de transporte. Desde os primeiros bondes, puxados por tração animal no século 19, às modernas redes de trem, metrô e ônibus, os transportes desempenharam – e ainda desempenham – um papel fundamental no desenvolvimento e na transformação desta megalópole ao longo dos anos.

Com o crescimento exponencial da população metropolitana, as empresas vinculadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) – CPTM, EMTU e Metrô – assumiram um papel crucial no sistema de transporte de toda a região metropolitana de São Paulo, auxiliando os passageiros em seus deslocamentos diários para o trabalho, estudo ou passeio.

“A narrativa de São Paulo está em constante evolução e, à medida que avança, os transportes metropolitanos compõem a espinha dorsal da vibrante tapeçaria urbana da capital. Estamos comprometidos em expandir e investir em soluções inovadoras para tornar o transporte cada vez mais eficiente, inclusivo e sustentável, construindo, assim, um futuro mais acessível e conectado para a cidade”, afirma Marco Antonio Assalve, Secretário dos Transportes Metropolitanos.

Neste 25 de janeiro, data em que São Paulo completa 470 anos, a STM relembra que os transportes fazem parte da jornada histórica da capital e auxiliaram no desenvolvimento, urbanização e modernização da cidade.

Paradas nada óbvias que são a cara da cidade

1) Estação Água Branca – CPTM
Na Zona Oeste da cidade, a estação Água Branca atualmente faz parte da Linha 7-Rubi da CPTM. A parada foi aberta em 1867 na inauguração da ferrovia Santos-Jundiaí pela São Paulo Railway. No começo do século 20, a estação foi fundamental para o processo de industrialização da região, que está localizada próxima a complexos industriais.

2) Estação Vila Mariana – Metrô
A estação Vila Mariana, localizada na Zona Sul da cidade, foi a primeira a ser inaugurada da Linha 1-Azul do Metrô no dia 14 de setembro de 1974. Durante cinco meses, ela foi a primeira linha construída pelo Metrô de São Paulo. Sua inauguração representou uma verdadeira revolução no transporte público, aliviando a pressão sobre as vias congestionadas e conectando bairros de maneira eficiente. Ao longo das décadas, o sistema de trilhos evoluiu, expandiu suas linhas até a região metropolitana – por meio de conexões com a CPTM, por exemplo – e desempenhou um papel crucial na mobilidade urbana.

3) Terminal Jabaquara – EMTU
Também na Zona Sul, o Terminal Metropolitano Jabaquara, administrado pela EMTU, faz parte do Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara (Corredor ABD) e recebe linhas que transportam mensalmente mais de 2 milhões de passageiros da região do ABC para a capital. Um dos principais meios de locomoção para os moradores das cidades do ABC para São Paulo, ele trouxe flexibilidade ao sistema e moldou a dinâmica da cidade, influenciando diretamente a expansão urbana na região metropolitana.

Curiosidades da mobilidade paulistana

Além de estações e terminais que participaram do desenvolvimento da capital paulista, as empresas vinculadas à STM possuem algumas curiosidades ligadas ao aniversário da cidade:

1. Sé: um presente para a cidade
Cartão-postal de São Paulo e estação mais movimentada do sistema, a Sé teve sua inauguração técnica realizada em 25 de janeiro de 1978. Porém, a inauguração oficial da estação, que conecta as linhas 1-Azul e 3-Vermelha, foi no dia 17 fevereiro do mesmo ano – foi só a partir dessa data que os passageiros começaram a utilizá-la.

2. Linha 2-Verde: a linha paulistana
Além de passar pelos principais pontos da Av. Paulista, uma das mais famosas da cidade, a Linha 2-Verde foi inaugurada no dia 25 de janeiro de 1991. Portanto, a linha que liga os passageiros da Zona Leste até a Zona Oeste também faz aniversário nesta quinta-feira (25). Na época em que foi inaugurada, a linha contava com 2,9 quilômetros de extensão e quatro estações. Hoje, ela possui 14,7 quilômetros e 14 estações e segue em expansão.

3. Frases paulistanas
Tanto que o transporte metropolitano faz parte do dia a dia do cidadão, que algumas frases bem típicas dos transportes fazem parte do jargão diário paulistano. Exemplos disso são: “te encontro na catraca”, “já carregou o bilhete (de transporte)?”, “deixe a esquerda (da escada rolante) livre, por favor” e “sabe se o ônibus já passou?”.

Secretaria dos Transportes Metropolitanos
A STM cuida diariamente do transporte de 8,5 milhões de passageiros, na média dos dias úteis. São passageiros que usam os ônibus gerenciados pela EMTU, além dos trens do Metrô, da CPTM e das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, estas quatro últimas concedidas à iniciativa privada. A Estrada de Ferro Campos do Jordão, no interior do Estado, também é responsabilidade da STM.

Informações: Governo de São Paulo

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