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Em Cuiabá, Maior investimento para a Copa, VLT "estoura" previsão em R$ 200 milhões

terça-feira, 15 de maio de 2012

A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), principal investimento em Cuiabá para sediar a Copa do Mundo de 2014, estará algo em torno de R$ 200 milhões acima daquilo que o Governo previa. Na sessão de abertura das propostas para licitação da obra de mobilidade urbana, o Consórcio VLT Cuiabá apresentou uma proposta de R$ 1.477. 617.277,15. Traduzindo: um bilhão, quatrocentos e setenta e sete milhões, seiscentos e dezessete mil, duzentos e setenta e sete reais e quinze centavos.  O Estado está viabilizando um empréstimo no valor de R$ 1,2 bilhão, através da Caixa Econômica Federal e Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O menor valor para execução da obra, no entanto, não garante que o Consórcio VLT Cuiabá seja o vencedor do certame licitatório. É possível, com isso, que o valor final seja ainda maior. O regime permite a contratação integrada dos projetos básicos, executivos, execução das obras, fornecimento e montagem de sistemas e material rodante. O prazo contratual para entrega do metrô de superfície é de até 24 meses.

O Consórcio Cuiabá é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda, Astep Engenharia Ltda.

Outros três consórcios apresentaram proposta na sessão pública, promovida pela Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo – e ainda podem “levar” a obra. O Consórcio Mendes Júnior Soares Costa/Altom apresentou uma proposta de R$ 1.547.152. 071, 95. Consórcio Tranvia Cuiabá prometeu construir o VLT por R$ 1.596. 018. 626,03. O Consórcio Expresso Verde apresentou R$ 1.850.977.101,36.

O processo licitatório se dá   nos moldes do Regime Diferenciado de Contratação (RDC). “A meta é anunciar em até dez dias o nome do vencedor e, na sequência, providenciaremos todos os trâmites legais para assinatura do contrato e liberação da ordem de serviço”, explicou o secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães. Segundo ele, a diferença entre o que o Governo viabiliza para contratar a obra e o valor mínimo apresentado nesta terça-feira permite margem de manobra.

Com dois eixos, CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro, o modal será implantado no canteiro central das avenidas Historiador Rubens de Mendonça, FEB, 15 de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Correa da Costa. Serão três terminais de integração e 33 estações, que terão uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro.

Com 15 Km de extensão, o trajeto CPA - Aeroporto contará com dois terminais de integração (CPA1 e André Maggi, que terá um elevado ferroviário no aeroporto Marechal Rondon), 22 estações de transbordo, dois viadutos, três trincheiras e uma ponte. Nesse trecho será feito também a reestruturação do canal da prainha, na região central de Cuiabá.

O eixo Coxipó - Centro terá 7,2 Km de extensão, um terminal de integração (Coxipó), 11 estações de transbordo, três viadutos e duas pontes.

Os terminais terão estacionamento para veículos e bicicletário, ampliando o potencial de mobilidade urbana na Capital e em Várzea Grande. O anteprojeto do VLT prevê que todos os critérios de acessibilidade serão contemplados na elaboração dos projetos básico, executivo e, consequentemente, na execução das obras.
Fonte: 24horasnews.com.br

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Apenas uma estação do VLT de Cuiabá foi concluída

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Previsto para ser entregue à população em março deste ano, o sistema Veículo Leve Sobre os Trilhos (VLT) apresenta apenas uma das 33 estações de embarque e desembarque de passageiros concluída. 

A obra é a principal do "pacote" de mobilidade urbana anunciado para a Copa do Mundo e foi planejada para desafogar o trânsito das principais avenidas da região metropolitana (Cuiabá e Várzea Grande).

De acordo com o contrato, já deveriam estar prontos 22,5 quilômetros de via permanente, incluindo viadutos, pontes, trincheiras, trilhos, linhas de alimentação elétrica, além de 33 estações e três terminais.

Contudo, apenas uma estação, em frente ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi edificada, enquanto outras sete estão em estão em construção pelo Consórcio VLT, responsável pela execução do metrô de superfície que irá operar nas duas cidades.

Já as outras 15 estações previstas para o eixo 1 (Aeroporto-CPA) e as outras 11 do eixo 2 (Centro-Coxipó), sequer saíram do papel. 

Assim como as estações, os três terminais, que preveem a integração do VLT com o transporte coletivo e possibilitará o acesso dos passageiros de ônibus ao modal pagando apenas uma passagem, não tem previsão de quando será executada.

Segundo a projeção realizada pelo Consórcio, a estimativa era de que, em funcionamento, pelo menos, 12 mil passageiros/hora no horário de pico/dia seriam transportados pelo modal, sendo 400 passageiros por veículo. 

No entanto, andar de VLT vai demorar bem mais do que já está. 

A previsão do Consórcio é de que os trilhos grooved instalados ao longo do trajeto do modal chegassem até a região do Porto. 

No entanto, faltam apenas 15 dias e muito a ser feito. Para cumprir o prazo, os operários teriam de deixar  os feriados de fim de ano de lado e acelerar a obra. 

Dos dois tipos de trilhos a serem implantados, apenas os vignole, que totalizam 10 km, estão instalados no pátio de estacionamento, se estendendo ao Centro de Manutenção (CM) e linhas de manobras do VLT.

Repercussão negativa

Uma reportagem exibida pelo telejornal "Bom Dia, Brasil", da Rede Globo, nesta segunda-feira (15), coloca o VLT como um dos modelos de transporte que poderiam reduzir a superlotação do ônibus, mas que não apresentam previsão de conclusão.

Sem metrô ou BRT (Bus Rapid Transport), como as cidades do Rio de Janeiro e Recife, Cuiabá é citada como o cidade em que a execução de obras piora o trânsito. 

Hoje, a população que usa do transporte coletivo precisa de paciência para se deslocar. 

O VLT

A obra foi licitada segundo o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que, em tese, impede alterações no contrato, exceto em casos considerados excepcionais.

O contrato já foi aditado uma vez, quando o prazo de conclusão da obra foi ampliado de 13 de março para 31 de dezembro deste ano. 

Mesmo com atraso na conclusão, o Governo do Estado já pagou, pelo menos, R$ 896 milhões ao Consórcio VLT.

Formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda., o Consórcio VLT deverá receber, até o final da obra, R$ 1,477 bilhão pelo serviço.

Por Karine Miranda
Informações: Midia News
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Cuiabá recebe 3ª entrega do VLT

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Na última semana Cuiabá recebeu a terceira remessa de carros do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). São 12 unidades que pesam cerca de 15 toneladas cada.

Os carros saíram do Porto de Bilbao, na Espanha, no dia 30 de novembro do ano passado, com destino a Santos (SP). Após a realização dos procedimentos aduaneiros, no porto santista, as unidades foram retiradas dos mafis - uma espécie de container adaptado especialmente para transportar o VLT - e colocadas em 12 caminhões.

Os veículos foram separados em dois grupos de seis para partirem em comboio do Terminal Marítimo Saboó (margem direita). O primeiro deixou Santos no dia 28 de janeiro e o segundo no dia 29. Com extensão de cerca de 80 m, viajaram apenas durante o dia, a uma velocidade de cerca de 40 km/h com monitoramento via satélite em tempo integral. A trajetória de 1.800 km incluiu passagem por nove rodovias, entre as quais Anchieta, o Rodoanel, Castelo Branco e Raposo Tavares.

Os VLTs chegaram em Cuiabá nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro. Após a liberação da carga, os carros serão encaminhados ao Centro de Manutenção (CM), em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.

O sistema VLT de Cuiabá terá 22,2 km de extensão dividido em duas linhas, a primeira linha será implantada ligando o Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, já a segunda linha ligará a Região do Coxipó ao Centro Sul, ambas em Cuiabá. O sistema terá 32 estações e tem o custo estimado em 1,4 bilhão de reais.

Informações: Revista Ferroviária

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Em Cuiabá, Vagões do VLT 'desfilam' pela Cidade

sábado, 9 de novembro de 2013

A primeira composição de três vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) esteve em um desfile público pelas principais avenidas de Cuiabá na manhã desta sexta-feira (8) e gerou congestionamento por onde passou. O futuro meio de transporte coletivo da capital ficou cerca de meia hora exposto para a população em frente à Praça das Bandeiras, na Avenida do CPA. Após a exposição o VLT foi rumo a Várzea Grande, onde será alojado até a inauguração da via permanente, em 2014. 

Os três caminhões, que comportavam um vagão cada, sairam do Porto Seco (Distrito Industrial) por volta das 6h30. As equipes de batedores, agentes municipal de trânsito (amarelinhos) e guarda municipal de trânsito organizavam a passagem do 1º composição do VLT, que causou congestionamentos, já que o caminhão só podia andar com velocidade máxima de 40 quilômetros por hora.
O secretário Extraordinário da Copa (Secopa), Maurício Guimaraães não participou do evento, como era esperado. Apenas o presidente da Mac Logística, Everaldo Barros, responsável por todo o trajeto do VLT (da Espanha a Cuiabá), esteve presente para a amostra. “O manuseio da carga foi delicado por não poder haver içamento e a nossa desafio era garantir a integridade do veículo, conseguimos”, explicou o presidente da Mac. Além revelar que as próximas entregas serão em lotes maiores de sete módulos e o total de 40 composições, tendo 120 vagões. 

 Na exposição do VLT pessoas que passavam vislumbravam uma Cuiabá melhor, com transporte eficiente, moderno e eficaz para a população. O advogado Antônio Carlos Júnior,34, acredita que “ a capital tem muito a ganhar com esse investimento na mobilidade urbana, mesmo não sendo finalizado para 2014 o legado será maior do que a Copa do mundo”. 

A estudante Julia Karen, 24, tem receios com a forma que o VLT irá funcionar para a população. “Está muito atrasado as obras, já chegou os vagões, mas e os trilhos?”, questiona ela. “É uma boa pra capital esse novo meio de transporte. Porém têm o preço, se o valor do ônibus está um absurdo, tem gente que não terá condições de pagar”. Ainda demonstra preocupação com as obras que “vão ficar inacabadas, se tivesse trabalhado bem no que foi investido teria condições de terminar a tempo da Copa, pelo menos”, finaliza a jovem. 

O vagão seguiu para o Centro de Manutenção (CM) em Várzea Grande onde ficará acomodado para testes (freio, ar condicionado, eletrônicos). 

Por Valquiria Castil 

Fotos: Mary Juruna | Informações: Circuito MT
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Em Cuiabá, VLT terá prioridade em 80% de sinais e faixas de pedestre

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) terá prioridade em pelo menos 80% dos semáforos para travessia de pedestres e cruzamentos de veículos ao longo de seus dois eixos (Centro-Coxipó e Aeroporto-CPA).

Pelo menos é o que aponta o estudo operacional do VLT, desenvolvido pela empresa Oficina – Engenheiros Consultores Associados Ltda. e entregue à Agência Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
Tony Ribeiro/MidiaNews
Segundo o coordenador do estudo e engenheiro de tráfego, Rafael Detoni, uma viagem do Aeroporto Marechal Rondon até o Terminal do VLT no CPA, irá durar 82 minutos em horários de pico.

Já do Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá, o tempo de viagem será de 45 minutos.

“Ao longo de todo o traçado do VLT, em 80% dos semáforos – seja de cruzamentos ou de travessia de pedestres –, ele terá prioridade”, disse.

“Em alguns casos essa prioridade não será possível, como é o caso dos cruzamentos entre a Avenida Isaac Povoas e a Prainha, o Ginásio São Gonçalo e a Avenida XV de novembro, a chegada da Avenida Coronel Escolástico na Prainha e também na entrada da Avenida Mato Grosso, onde o movimento de carros é grande”, explicou.


No entanto, segundo Detoni, todos esses “pontos de conflitos” estão previstos no tempo de viagem calculado e divulgado no estudo. 

Em cada um desses cruzamentos, de acordo com o engenheiro, serão instalados semáforos para o trânsito convencional e para o trem, além dos semáforos para travessia de pedestres – que serão implantados a cada entrada e saída de estação do VLT ao longo dos dois eixos.

“O trem segue regra de trânsito como qualquer outro veículo. Mas ele tem prioridade. Nesse trecho de conflitos, por exemplo, não dá para manter 100%de prioridade para o VLT, porque ali o movimento é grande e há uma sobreposição de linhas”, explicou.

No trecho localizado entre o Morro da Luz e Porto, a operação será de injeção de um trem da linha 1 na Prainha, seguido por um carro da linha 2.

“Aquele trecho entre a Mato Grosso e a São Gonçalo é de muito carregamento veicular e não dá para garantir que todos os trens terão prioridade sempre. Tem hora que o trem vai ter que esperar um pouco para deixar o trânsito fluir”, explicou.

Operação

Conforme Detoni, o VLT irá operar em Cuiabá das 5h até meia-noite, diariamente, com intervalo que varia de quatro minutos a 12 minutos entre um trem e outro, durante os dias úteis.

Aos sábados, domingos e feriados, a operação do trem será diferenciada, segundo o engenheiro, uma vez que a demanda nesses dias é baixa.

“Tiramos isso em função das viagens e das lotações que são registradas hoje no sistema de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”, disse.

O estudo aponta que, nos horários de pico – das 6h30 às 8h30 e das 17h às 19h –, 36 trens deverão estar em operação nos dois eixos, passando nas estações em intervalos de quatro minutos.

Nos horários mais “tranquilos”, das 5h às 6h30 e das 21h à meia-noite, 12 trens se manterão em operação nas duas linhas, com intervalos de 12 minutos entre um carro e outro.

Nos demais horários de dias de semana, das 8h30 às 16h30 e das 19h30 às 20h30, serão mantidos 25 carros em operação, passando pelas estações em intervalos de seis minutos.

“À meia-noite os trens serão recolhidos para o pátio para inspeção, limpeza, manutenção e higienização. Nesse período, a operação de madrugada segue com os ônibus como já é feito, porque não há trânsito”, disse Detoni.

O engenheiro explicou, ainda, que os 40 carros do VLT – formados por sete vagões cada um – nunca irão operar em conjunto, para garantir a existência de uma frota reserva.

“Essa grade será ajustada conforme a necessidade e demanda da cidade. Não precisa haver essa rigidez toda, mas essa tabela serve para se ter um parâmetro de funcionamento. Em dias de jogos na Arena Pantanal, por exemplo, haverá uma oferta maior de carros, em uma frequência maior”, afirmou.

Travessia de pedestres

Detoni explicou que, nas travessias de pedestres que serão implantadas ao longo dos dois eixos do VLT, o trem também terá que parar.

“As faixas de pedestre atendem tanto ao usuário que vai para a estação, quanto quem quiser atravessar a avenida. O semáforo será programado para que, enquanto o VLT estiver na plataforma, ficará fechado para o pedestre”, disse.

No projeto do VLT, segundo o engenheiro, estão previstas implantação de faixas de pedestres no início e fim de cada estação do trem – além da instalação de uma passarela para os pedestres em frente ao Shopping Pantanal.

Tal medida, segundo ele, irá facilitar a vida dos usuários do transporte coletivo e dos pedestres de uma forma geral.

“Um exemplo é aquele trecho localizado entre o Colégio Master, onde há um semáforo para pedestres. Se você descer em direção ao Coxipó, você vai encontrar apenas mais um ponto de travessia dos pedestres, que é a passarela, que ninguém usa. Depois disso, só após o viaduto da UFMT. Ali [na Avenida Fernando Corrêa], o pedestre está vendido”, disse.

Segundo Detoni, com a implantação do VLT, o pedestre irá contar com quatro pontos de travessia na avenida. Além disso, uma das estações do VLT acabará por eliminar a passarela hoje existente próximo ao viaduto da Miguel Sutil.

“A prioridade é do pedestre e do transporte coletivo, não do carro. A ideia, aliás, é incentivar o uso do transporte coletivo”, disse Detoni, sobre a possível criação de congestionamentos ao longo das avenidas, no trânsito comum.

Por Lislaine dos Anjos
Informações: Midia News

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Retomada mais uma vez as obras do VLT em Cuiabá e VG

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


O presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, desembargador federal Mário César Ribeiro, suspendeu a execução da liminar, concedida pela 1.ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso, que determinou a paralisação das obras de implantação de modal de transporte coletivo na cidade de Cuiabá (MT). Com a decisão, as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estão liberadas.

O Estado de Mato Grosso recorreu ao TRF da 1.ª Região sustentando que as sucessivas decisões, ora suspendendo, ora permitindo a continuidade da obra, causam “insegurança jurídica, repercutindo sobre a viabilidade da realização da Copa do Mundo FIFA 2014 na cidade de Cuiabá”. Alega que a obra em questão “se encontra no contexto das obrigações a que cada ente federado contratualmente assumiu para sediar a Copa do Mundo”.

Argumenta que assinou, em 13 de janeiro de 2010, Matriz de Responsabilidade com a União e o Município de Cuiabá, na qual ficou consignada a execução e custeio relativas à mobilidade urbana; que, no Termo Aditivo à Matriz, firmado em 28 de setembro de 2011, definiu-se o VLT como obra de mobilidade urbana para a cidade de Cuiabá e Várzea Grande, “por isso que a não execução da referida obra de mobilidade urbana acarreta, de imediato, consequências jurídicas e econômicas podendo chegar até ao desligamento da cidade de Cuiabá como sede da Copa do Mundo FIFA 2014”.

Salienta, ainda, que a discussão do MPF, relativamente à conveniência e oportunidade da escolha governamental pelo VLT  é tardia, visto que a obra já foi contratada e iniciada. Por fim, destaca ser “impossível, a esta altura, a substituição modal de transporte coletivo para Bus Rapid Transit (BRT) ou qualquer outro” e que “suspender o contrato em tela implica tornar desnecessárias outras obras em andamento”.

Decisão – Ao analisar o pedido apresentado pelo Estado de Mato Grosso, o presidente do TRF da 1.ª Região, desembargador Mário César Ribeiro, entendeu que, na hipótese, o juízo a quo, ao suspender a execução das obras em questão, o fez sob o viés da conveniência e oportunidade na adoção do VLT como modal e transporte para Cuiabá e que o Ministério Público deixou para questionar a alteração da Matriz de Responsabilidade quase um ano após a escolha governamental pelo VLT.  “De fato, discutir, agora, a viabilidade do empreendimento, seja do ponto de vista dos custos operacionais, seja do ponto de vista financeiro, ou se é possível concluir a obra até a Copa do Mundo de Futebol em junho de 2014, quando elas já estão em pleno andamento, não me parece oportuno”, afirmou o presidente.

Na avaliação do desembargador Mário César Ribeiro, “a mudança modal de transporte coletivo para o Bus Rapid Transit (BRT) ou, mesmo, a suspensão das obras do VLT por tempo indeterminado, a essas alturas, traz mais angústias que soluções”. Para o magistrado, os supostos indícios de superfaturamento, de fraude ou de decisão arbitrária na eleição do VLT devem ser apurados, mas a decisão ora impugnada não aponta elementos suficientes para justificar medida tão drástica, prejudicando o já apertado cronograma da obra.

“Na hipótese, sem elementos concretos que justifiquem a paralisação das obras, a liminar se mostra extremamente prejudicial à ordem e à economia pública”, destacou o presidente do TRF da 1.ª Região, ressaltando que “a obra deve prosseguir, sem prejuízo das investigações sobre supostas irregularidades relatadas pelos autores da ação civil pública, bem como da fiscalização da gestão dos recursos auferidos para a sua execução pelos órgãos competentes”.

Informações: O Documento

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Tribunal contesta obra do VLT de Cuiabá programada para Copa, mas ainda não concluída

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Além de não ter ficado pronta a tempo, uma das obras de mobilidade urbana mais caras da preparação para a Copa do Mundo está agora com sua situação contratual indefinida. Em relatório recém-concluído, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Mato Grosso questiona fortemente os trabalhos de construção do veículo leve sobre trilhos (VLT) de Cuiabá, com investimentos previstos de R$ 1,477 bilhão. Há contestações sobre a qualidade dos serviços executados até agora e sobre a ordem dos pagamentos feitos ao consórcio responsável.

Com 22 quilômetros de extensão e 33 estações, o projeto do VLT previa a conclusão das obras até junho de 2014, mas apenas 65,4% dos trabalhos foram realizados. Em resposta à auditoria do TCE, o governo estadual estimou a entrega do empreendimento em dezembro, mas foi alvo de uma reprimenda do órgão de controle. Segundo o relatório, a promessa carece de "qualquer consistência técnica", sendo "evidentemente impossível de se concretizar e tecnicamente inexequível". "Todas as obras remanescentes certamente não serão concluídas em 2014 e têm pouca probabilidade de ser finalizadas no primeiro semestre de 2015."

Para executar as obras, o governo de Mato Grosso fez uma licitação, que teve o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande como vencedor. Ele é constituído pela CR Almeida, pela espanhola CAF, pela construtora Santa Bárbara e pela Astep Engenharia. A licitação foi feita pelo regime diferenciado de contratações públicas (RDC), na modalidade de contratação integrada, que inclui a elaboração dos projetos básico e executivo.

Um dos pontos mais questionados pelo TCE é a "aquisição precoce" dos vagões usados na operação. Eles são fornecidos pela CAF. Para os auditores, isso pode caracterizar uma prática denominada "jogo de cronograma", pela qual a construtora "prioriza a execução dos serviços que lhe proporcionam maior retorno econômico". Os trens custaram R$ 498 milhões, segundo o relatório. "Posteriormente, [o consórcio] relaxa sua conduta para conter seus custos, reduzindo seu comprometimento com a execução da obra nas etapas que representam menor faturamento, afetando negativamente o cumprimento dos prazos, o custo e a qualidade do empreendimento."

Nas obras em andamento, foram constatadas várias preocupações, como a falta de desapropriações e a má qualidade de parte dos trabalhos. Um dos exemplos mencionados é o do viaduto do aeroporto, onde começa o trajeto do VLT, que já foi concluído. Sem juntas de dilatação dos trilhos, o órgão de controle adverte sobre o risco à livre movimentação da estrutura de concreto, causando fissuras na estrutura.

Outro problema identificado é a ausência de aditivo contratual para as obras, que não ficaram prontas no prazo acertado. O relatório lembra que o RDC, na modalidade de contratação integrada, não admite termos aditivos - exceto para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro ou por necessidade de alteração do projeto, o que não é o caso.

Procurado, o consórcio responsável pelas obras do VLT não se pronunciou até o fechamento da edição. A Secopa, secretaria criada pelo governo de Mato Grosso especialmente para a Copa do Mundo, informou que o contrato tem suporte jurídico até 31 de dezembro. Se houver necessidade, conforme a Secopa, é possível haver um aditivo para esticar o prazo de entrega das obras, mas sem revisão de valores.

Para o Valor, o governo estadual admitiu que a conclusão dos trabalhos ficará para 2015. Até agora, apenas uma das 33 estações previstas está pronta. Outras cinco estão em construção.

O VLT de Cuiabá esteve no centro do pedido de demissão do ex-ministro Mário Negromonte (PP), que comandava o Ministério das Cidades, responsável pela análise do projeto e pela coordenação do pacote de financiamento

Informações: Valor Econômico

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VLT de Cuiabá é necessário para a mobilidade urbana

sexta-feira, 22 de março de 2013

A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é necessária para a mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande. A análise é do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), que reafirmou durante a sessão noturna desta quarta-feira (21), a importância da obra para o Estado.

Riva conversou com técnicos responsáveis pela construção do VLT nesta semana, e estes afirmaram que a obra será entregue em 30 de março de 2014. “Temos que acreditar nesse cronograma, principalmente em função de termos visto que as obras para a implantação do modelo de transporte têm avançado”, avaliou.

O presidente da Assembleia Legislativa concordou com o deputado Adalto de Freitas (PMDB) sobre a importância do VLT para Mato Grosso. “Concordo com o deputado Daltinho [Adalto de Freitas], talvez o VLT seja mais importante que o próprio estádio [Arena Pantanal] para o Estado, pois o VLT é uma obra necessária para a mobilidade dessas cidades, não dá mais para suportar o trânsito caótico e tínhamos a consciência que para Cuiabá e Várzea Grande, não havia como implantar o Bus Rapid Transit (BRT). Ficando pronto em março, o VLT será utilizado durante 30 dias para a Copa do Mundo e ficará como legado para os mato-grossenses por 30, 40 anos, podendo usar um meio de transporte ágil e moderno”.

Durante discurso em plenário, Riva lembrou sobre a visita dos deputados estaduais na última terça-feira (19), nas principais obras que estão em andamento na capital, como trincheiras, Arena Pantanal e na implantação do VLT.

“Alguns tentaram dar caráter político à visita, mas isso não existe. A Assembleia Legislativa tem a obrigação de acompanhar as obras, e a comissão de Acompanhamento da Copa do Mundo na Casa de Leis, presidida pelo deputado Jota Barreto (PR), já tinha essa decisão de fazer visitas e a próxima está marcada para 13 de junho”, disse Riva.

Sobre o andamento das obras, o parlamentar argumentou que em Mato Grosso, o período chuvoso é intenso de novembro a abril, e justificou que algumas intervenções, como a ponte do Eucalipto, Viaduto do Despraiado, da UFMT e trincheiras da Jurumirim/Trabalhadores e do Tijucal, estão dentro do cronograma estabelecido pelo Governo do Estado, pelo que foi observado na visita dos deputados estaduais. “As obras em atraso são as que o Poder Executivo já vai trocar as construtoras responsáveis pelas intervenções”, finalizou Riva.

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Ministério Público pede suspensão de obras de mobilidade em Cuiabá

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O Ministério Público de Mato Grosso e a Procuradoria da República no Estado ingressaram com uma ação conjunta pedindo a suspensão imediata das obras e a revogação do contrato firmado entre o governo do Estado e o consórcio vencedor da licitação para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá.

Licitada em R$ 1,4 bilhão, a obra faz parte da Matriz de Responsabilidades para a Copa de 2014 e é o principal investimento em mobilidade urbana previsto para a capital mato-grossense.

Na ação, a Procuradoria afirma que "não há tempo hábil" para conclusão até 2014 e que, portanto, a obra não poderia ter sido contratada por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratação) --uma modalidade simplificada e restrita às obras da Copa e Olimpíadas de 2016.

"Se é fisicamente impossível que o VLT esteja pronto até a Copa do Mundo de 2014, não poderia ter sido utilizado o RDC para licitar a respectiva contratação", diz um trecho da ação, encaminhada à 1ª Vara da Justiça Federal.

Em entrevista concedida à imprensa em Cuiabá, o procurador da República Rodrigo Golívio afirmou haver indícios de que a obra foi superdimensionada e que poderá se tornar um "elefante branco" com elevadíssimo custo de manutenção.
"Além da dívida bilionária que está sendo contraída, o contribuinte também poderá ter de custear subsídios para compensar a inviabilidade econômica da estrutura que será construída", afirmou Golívio.

O resultado final da licitação do VLT de Cuiabá foi homologado em 18 de junho passado. Com uma proposta de R$ 1,47 bilhão, venceu o consórcio VLT Cuiabá (liderado pelas empresas C.R. Almeida, Santa Bárbara e CAF Brasil).

A ação diz que o projeto, que prevê 22,5 quilômetros de trilhos e estações, "não é razoável e proporcional às necessidades" de Cuiabá e sua vizinha Várzea Grande.
"Não apenas a demanda de transporte coletivo é inferior à capacidade do VLT, como também o custo operacional por passageiro é superior ao custo do atual transporte coletivo."

A Procuradoria citou, ainda, o caso da suspeita de fraude nos pareceres técnicos do Ministério das Cidades que autorizaram a alteração no modal para a Copa --que antes era o BRT, um sistema de faixas exclusivas para ônibus, com custo três vezes menor.
"As senhoras Luíza Gomide [diretora de Mobilidade Urbana] e Cristina Soja [Gerente de Projeto] realizaram manobra ilícita para adulterar o conteúdo do processo", diz a Procuradoria. "Elas retiraram todas as expressões que pudessem comprometer a aprovação técnica da alteração do modal".

Em junho, a Procuradoria da República do Distrito Federal denunciou as duas servidoras sob acusação de terem "maquiado a inviabilidade técnica de aprovação da obra para a Copa do Mundo".

Até a conclusão desta reportagem, a Justiça ainda não havia se manifestado em relação ao pedido liminar de suspensão das obras. O governo de Mato Grosso e o consórcio LVT Cuiabá afirmaram que só irão se manifestar depois de notificados.

O Ministério das Cidades disse que não irá comentar a ação e que as duas servidoras citadas só irão se manifestar em juízo.

Fonte: Agência de Notícias

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Consórcio começa a instalar trilhos em segundo eixo do VLT de Cuiabá

segunda-feira, 10 de março de 2014

O consórcio de empreiteiras responsável pela implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região metropolitana de Cuiabá anunciou nesta sexta-feira (7) que foram iniciados os trabalhos de instalação dos trilhos da via permanente na Avenida Fernando Corrêa da Costa, mais precisamente no viaduto Jornalista Clóvis Roberto (Viaduto da UFMT), que integra o eixo Centro - Coxipó, de 7 quilômetros de extensão, no projeto do novo sistema de transporte coletivo.

Esta é a segunda frente de trabalho para instalação dos trilhos da via permanente. A primeira foi iniciada na primeira quinzena de fevereiro em outro viaduto, o que proporciona acesso ao futuro centro de controle do VLT, localizado em frente ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande (cidade da região metropolitana da capital). O eixo Aeroporto - CPA deverá ter 15 quilômetros de extensão, segundo o projeto do metrô de superfície.
De acordo com o Consórcio VLT, a instalação dos trilhos na Avenida Fernando Correa já estava prevista no cronograma para se aproveitar a força de trabalho que já se envolveu nos trabalhos de construção do próprio viaduto da UFMT.

Os trilhos já saíram do centro de controle, em Várzea Grande, preparados para serem içados por guindastes, alinhados, nivelados e concretados no eixo do viaduto - que já admite a passagem de carros em duas pistas para cada sentido. O Consórcio avisou que é possível haver necessidade de interdições ou bloqueios no viaduto para a instalação dos trilhos, processo que deve demorar três semanas.

Lançadas inicialmente para atender à demanda de transporte coletivo durante a Copa do Mundo deste ano, as obras do VLT foram licitadas pelo governo estadual por R$ 1,477 bilhão com prazo contratual de finalização em março deste ano.
O governo já admite que o prazo não será cumprido e o titular da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), Maurício Guimarães, informou no último dia 28 que as obras deverão ser finalizadas em dezembro deste ano - de forma que a população da Grande Cuiabá só poderá utilizar o novo sistema de transporte a partir de 2015. 

Informações: G1 MT
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Cuiabá vê implantação do BRT como solução para o trânsito

sexta-feira, 9 de julho de 2010


Cuiabá, que convive com a angústia da crise no transporte coletivo e individual e sem os recursos compatíveis para os investimentos necessários à modernização do seu esgotado sistema viário, vislumbra agora a oportunidade de resolver, senão todos, grande parte dos problemas referentes à mobilidade urbana, que serão legados da Copa 2014. Das modalidades estudadas nacionalmente, optou-se pelo BRT – bus rapid transit (ônibus rápido no trânsito).
O novo modelo compreenderá a área urbana da cidade, que será cortada por corredores exclusivos para ônibus, numa forma de “Y”. O sistema percorrerá dois eixos: da avenida do CPA até o aeroporto Marechal Rondon, passando pela avenida da FEB (Várzea Grande), e do Centro à região do Coxipó, passando pela avenida Fernando Corrêa.
As intervenções no sistema viário requerem menos tempo que em outros sistemas, como o VLT. As obras, que devem começar no próximo ano, devem consumir ¼ de tempo de implantação do metrô e 50% do VLT, por exemplo. E os investimentos para a implementação do BRT são bem menores do que outros sistemas, o quilômetro do VLT, por exemplo, custa hoje R$ 40,4 milhões , enquanto que o BRT custará aos cofres públicos R$ 11,1 milhões, por quilômetro. Outra vantagem, é o preço da tarifa, que deverá ser mais ou menos equivalente ao valor atualmente praticado no sistema convencional, isso se a integração for somente entre o sistema municipal de Cuiabá e Várzea Grande. “Esse sistema é o que apresenta uma relação custo/benefício mais apropriada para a realidade sócio-econômica da nossa capital e requer menor intervenção no sistema viário, gerando benefícios a população”, afirma o secretário de trânsito e transporte Urbano de Cuiabá, Edivá Pereira Alves.

Rapidez:
Como nesse sistema não há concorrência com o transporte individual e de cargas, as viagens são mais rápidas, devido ao não compartilhamento da via com outras modalidades, novos usuários serão atraídos pelas vantagens do sistema em relação ao tempo de viagem entre a origem/destino, que será menor em relação as viagens do veículo individual, sem considerar também a economia com combustível, estacionamento, etc. Com aumento da velocidade operacional, as viagens serão mais rápidas, possibilitando ao usuário condições de otimizar sua programação diária. Além disso, o sistema tronco alimentado, permite a integração dos usuários de Cuiabá e das cidades da região metropolitana.

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Obra do VLT em Cuiabá já consumiu R$ 896 milhões dos cofres públicos

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Os cofres públicos de Mato Grosso já destinaram R$ 896 milhões em recursos para a implantação do metrô de superfície Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital. Divulgado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), o montante pago até este mês representa 60,6% do valor total da obra, a mais cara licitada pelo poder público no Brasil para a Copa do Mundo deste ano.

Afetada por atrasos, hoje a construção sequer possui data oficialmente estipulada para ser entregue e o Ministério Público prevê que não deve ser totalmente executada nem mesmo dentro dos próximos dois anos.

Ao todo, o estado se comprometeu a desembolsar R$ 1,477 bilhão para pagamento da obra. Segundo a Secopa, que divulgou o montante já pago, grande parte do valor do empreendimento, na ordem de R$ 500 milhões, diz respeito à aquisição do chamado material rodante – trilhos, vagões e os demais equipamentos do metrô de superfície.

Todo esse material já foi importado e se encontra no canteiro do que será o centro de controle e operações (CCO) do sistema, ao lado do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, de forma que o restante do valor a ser pago deve corresponder em sua maioria à execução das obras de construção e instalação ao longo de 22 km de trajeto na região metropolitana.

Obras atrasadas
Enquanto isso, a sensação nas ruas é de que o valor pago não corresponde proporcionalmente à execução do projeto do VLT e as obras atrasadas seguem causando transtorno diário em trechos de avenidas da região metropolitana, como a João Ponce de Arruda, a FEB, a Tenente Coronel Duarte (Avenida da Prainha), a Fernando Corrêa da Costa e a Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA).

Nesta última, por exemplo, o canteiro central foi destruído em grande parte, com a retirada da vegetação, para dar lugar aos trilhos que nem começaram a ser instalados. Motoristas convivem diariamente com interdições e agravamento das condições do asfalto, enquanto pedestres perderam ainda mais espaço para travessia e têm de conviver com poeira e lama constantes. O mesmo ocorre na FEB e na Prainha.

Gerenciados pelo estado, os trabalhos de engenharia são responsabilidade do Consórcio VLT, grupo de empreiteiras que venceu a licitação em 2012 para realizar o projeto do novo sistema de transporte coletivo e executá-lo. A licitação seguiu os moldes do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modelo de processo lançado pelo governo federal para simplificar as contratações com vistas à Copa do Mundo, permitindo que o projeto executivo da obra seja desenvolvido ao longo da própria execução em prazos curtos.

Porém, o próprio governo do estado retirou o VLT do escopo de projetos para a Copa do Mundo e também não conseguiu cumprir o prazo contratual de finalização das obras, em março deste ano. A saída foi assinar um termo aditivo ao contrato original, estendendo o prazo de execução para o último dia de 2014 – prazo que a Secopa já avisou que deverá ser alterado por meio de um próximo aditivo, dada a morosidade do andamento dos trabalhos.

Perspectivas
Para o Ministério Público, além do prazo, o próprio contrato deve ser revisto. De acordo com o promotor Clóvis de Almeida, que fiscaliza as obras do VLT, seria “otimismo” estipular o fim das obras até mesmo para daqui a dois anos. Para ele, a população está vivendo um dos piores cenários possíveis diante das obras, repletas de erros de projeto e falhas de planejamento permitidas pela modalidade contratual.

“A obra é exequível, mas não na forma em que foi contratada. É risível que as pessoas tenham caído nesse conto. Os políticos fizeram disso uma bandeira e o povo comprou”, criticou o promotor, lembrando que os prazos assumidos pelo governo já eram “irreais” já na época de contratação do projeto.

Ainda segundo Almeida, o Ministério Público já contabiliza mais de R$ 900 milhões destinados pelo estado para pagamento das obras, conforme as últimas medições. “Difícil é ver esses R$ 900 milhões materializados na rua”, ironizou, prevendo dificuldades para o próximo governador manter o andamento dos trabalhos a partir de janeiro a não ser que mude as condições do contrato e implemente um verdadeiro choque de gestão. “Senão, esse contrato ainda vai render muita dor de cabeça para a população”, declarou.

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Estado pode arrecadar R$ 150 milhões com venda de vagões do VLT de Cuiabá

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligarão Cuiabá a Várzea Grande poderão ganhar um aporte de aproximadamente R$ 150 milhões. É que das 40 composições que foram compradas para a operação do sistema, apenas 32 são necessárias, segundo um relatório feito pela KPMG Consultoria.

A informação foi revelada pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo em Mato Grosso, deputado Oscar Bezerra (PSB). Segundo ele, uma cidade brasileira estaria interessada na compra dos vagões em excesso, o que viabilizaria uma das etapas da obra.

“Foram comprados vagões a mais do que o necessário e tem uma cidade que já tem interesse na compra destas composições. Isso injetaria um montante financeiro de R$ 150 milhões já no caixa da Secretaria de Cidades, já para a reativação do processo de reconstrução do modal, além do que já existe e do que o governo terá que aportar. Automaticamente, vamos concluir pelo menos esta etapa entre Várzea Grande e o CPA, deixando a etapa da Fernando Correa para uma segunda fase”, afirmou Oscar Bezerra.

Para o parlamentar, o negócio deve ser tratado como prioridade. Ele lamenta a atual situação em que se encontram as composições, atualmente paradas em uma área destinada ao futuro centro de controle e manutenção, em Várzea Grande. Os vagões estão no local há três anos e nunca transportaram um passageiro sequer.

“Se sair este negócio, é possível sim, porque se não, infelizmente em um ano ou dois vamos transformar R$ 500 milhões em sucata. Ficar no tempo, com sol, chuva e bicho, colocaria isso num prejuízo sem tamanho. É obrigação fazer isto rodar e dar essa condição para Cuiabá poder ter este modal funcionando e a população, que pagou esta conta, ter a oportunidade de utilizar o VLT”, completou. 

Informações: Folhamax
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Em Cuiabá, Consórcio pede novo prazo e aguarda R$ 200 milhões para concluir obra do VLT

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Das 12 obras de arte necessárias para a implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, seis estão prontas, quatro inacabadas, uma apresentou defeito e outra mal começou, isso a 53 dias para findar o prazo do segundo aditivo para a conclusão das obras. Um novo pedido de dilatação de prazo foi apresentado pelo Consórcio VLT - formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda - para a conclusão em 31 de dezembro de 2015, mas ainda não foi oficializado e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Conforme as informações da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) as obras de arte, que incluem os viadutos, trincheiras, pontes nos dois eixos do VLT do CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro correspondem a 41% do total do contrato de R$ 1,477 bilhão e têm o custo aproximado de R$ 606 milhões. Cerca de 50% das obras previstas foram executadas e foram pagos R$ 300 milhões ao Consórcio.

O restante do contrato é referente aos projetos básico, executivo, licenciamentos, vagões, trilhos e a construção das 33 estações do VLT, sistema de comunicação e o Centro de Controle Operacional (CCO).

Do valor total do contrato já foram consumidos R$ 1,034 bilhão, sendo R$ 928 milhões oriundos dos financiamentos realizados para a execução da obra e R$ 105 milhões de desonerações fiscais concedidas pelo governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá.

Entre as obras já executadas estão o Viaduto do Aeroporto Marechal Rondon, Trincheira Zero Quilômetro, Viaduto Cristo Rei, Ponte sobre o Rio Cuiabá, Viaduto Trevo da UFMT e Viaduto da MT-040. Estão inacabadas as Trincheiras Trigo de Loureiro e Luis Felipe, duas pontes no rio Coxipó. O viaduto da Sefaz foi interditado para análise de riscos e o viaduto da Beira Rio mal começou, ficando apenas nas estacas para sustentação.

Para a Secopa, a continuação das obras depende do aval da Assembleia Legislativa autorizando o governo a contrair um novo empréstimo de R$ 200 milhões como forma de contrapartida do Estado. A argumentação é de que a prefeitura de Várzea Grande e a União não deram isenção de imposto. A Secopa nega que se trate de alguma artimanha para conceder aditivo de valor, proibido pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC).

Secretário da Secopa, Maurício Guimarães está em viagem e com o celular desligado. A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal (MPF) informou que, por enquanto, a instituição que acompanha a execução de verbas federais na obra não vai se pronunciar sobre o caso.

Informações: Mídia News

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Em Cuiabá, Governador vai a Europa conhecer o sistema de Veículo Leve sobre Trilho (VLT), modo de transporte coletivo de Portugal e da Inglaterra

terça-feira, 26 de abril de 2011

O governador Silval Barbosa (PMDB), o novo presidente da Agecopa, Eder Moraes, e os deputados estaduais José Riva (PP) e Sérgio Ricardo (PR) viajam nesta quinta-feira para a Europa. Eles irão conhecer o sistema de Veículo Leve sobre Trilho (VLT), modo de transporte coletivo de Portugal e da Inglaterra.

A intenção é, a partir dessa experiência, escolher qual será o modelo adotado em Cuiabá e Várzea Grande para receber a Copa do Mundo de 2014. A comitiva fará uma viagem rápida: partem na quinta e voltam na segunda-feira. Nesse período, como se trata de uma viagem internacional, o vice-governador Chico Daltro (PP) assume o comando do governo pela segunda vez este ano.

Embora afirme que a questão da modalidade de transporte coletivo a ser adotada não esteja decidida, Eder Moraes assume que prefere o VLT em detrimento do BRT (Bus Rapid Transport), espécie de corredor para ônibus.

A Agecopa já tem o estudo de viabilidade e projeto do BRT e o então diretor-presidente, Yênes Magalhães, vinha defendendo o projeto. No entanto, ele afirmou que a Agecopa apenas seguiu determinação do governo, já que o modelo havia sido escolhido. No começo deste ano o presidente da Assembleia, deputado José Riva, deu início à discussão defendendo o VLT. Todos os deputados fizeram pressão pela troca do modelo a ser adotado.

Ontem, durante a posse de Eder Moraes, Riva lamentou que o estudo do VLT não tenha sido feito antes e disse defender o modelo desde 2007. O presidente da Assembleia ainda agradeceu ao governador Silval Barbosa pela abertura da discussão do tema.

Um dos argumentos é de que o VLT demandaria menos área para a construção, o que diminuiria o número de desapropriações, principalmente na Prainha, a serem feitas. Além disso, a sobrevida do VLT é de 30 anos, enquanto o do BRT é de sete.

Com a tendência do VLT ser o escolhido como novo modelo de transporte a ser adotado em Cuiabá e Várzea Grandes, Eder Moraes afirmou que dentro de 20 a 30 dias a questão estará definida. (ARF)


Fonte: Diário de Cuiabá

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