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Desafio de Salvador é implantar modelo de mobilidade até 2014

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Até o início da Copa de 2014, Salvador e outras sedes do mundial têm um grande desafio: mostrar a capacidade de implantar um modelo de mobilidade urbana sustentável. Um dos primeiros passos para isso é implantar um sistema eficiente de transporte de massa e modificar a política que, desde os anos 50, se instalou no Brasil, a de que o automóvel é a única alternativa básica para o transporte. No País, essa realidade ganhou mais força, neste governo, com as facilidades de financiamentos de carros.
O tema foi debatido, no seminário Infraestrutura do Agenda Bahia, na quarta (17), por Nazareno Affonso, coordenador do movimneto nacional pelo direito ao Transporte Público e coordenador da ANTP em Brasília. Na palestra Mobilidade Urbana, o atalho para o futuro, Nazareno comentou que há 15 anos, o problema já havia sido sinalizado, mas como Salvador ainda não sofria com engarrafamentos, pouco se pensava no assunto.
“Hoje é mais fácil falar sobre isso, porque as pessoas não conseguem andar. Estamos precisando sonhar e provar que somos capazes de implantar a mobilidade com sustentabilidade, em Salvador”, frisa. Nazareno acredita que o Brasil tem engenharia, tecnologia de ponta, construtoras e capacidade para tanto, porém, ainda falta vontade política. “Não podemos pensar só em fazer obras. Se o trânsito não mudar, pode-se construir viadutos e daqui a quatro anos, estará pior. Precisamos ter estrategicas, saber como vamos operar a cidade no jogo e depois. Temos que ter sistema operando com qualidade, e automóveis e bicicletas devem estar integrados a isso. Também devemos melhorar as calçadas”, defende.
Alguns números apresentados pelo palestrantes mostram que os automóveis são responsáveis por27% das viagens feitas;  as bicicletas por apenas por 2,8%, enquanto que o deslocamento a pé fica com 38, 1%. Quando se fala em custos, os carros têm custos oito vezes maiores do que, por exemplo, os ônibus, além de poluir seis vezes mais. Entre o ano de 1992 e meados dos anos 2000, o sistema de transporte perdeu 29 bilhões de passageiros, o que faz acreditar que esses fatores colaboraram bastante para transformar o trânsito do Brasil em algo tão caótico.
EXEMPLO - Nazareno mostrou em sua palestra a iniciativa de Bogotá, que conseguiu, em três anos e em plena guerra civil, modificar completamente seu sistema de transporte público, o que pode ser comparado a países desenvolvidos como o Canadá. Com o projeto Transmilênio, a cidade de sete milhões de habitantes, que tinha 85% de suas vias ocupadas por carros, construiu corredores e adotou medidas para fazê-los funcionar bem como é hoje.
Rodizios de placa (duas vezes por semana), politica de estacionamento com aumento de preços, construção de 300 quilômetros de ciclovia, qualificação de calçadas, construção de espaços públicos, criação do dia sem carro (com punição de multas a quem descumprisse) e melhoria da qalidade de vida. Essas foram algumas das iniciativas que modificarm a situação em Bogotá. O fluxo melhou muito e o sistema passou a carregar 5,1 passageiros por quilômetro, 52 mil passageiros hora/sentido e o custo de passagem é o que equivale a R$ 1,3 sem gratuidade, ou seja, o usuário não é quem pela por isso.”Eles tiveram recursos disponíveis, decisão e integração política. Além da equipe técnica comprometida, coesa e empolgada”, pontua Nazareno.
Na opinião de Nazareno, o projeto BRT em Salvador deverá contar com alguns pontos para obter sucesso: pontualidade no corredor (horário certo para o transporte passar), confiabilidade (no tráfego), veículos de qualidade, redução do tempo de viagem, respeito à diversidade e gestão da qualidade. Outra medida importante é acabar com a fila de onibus nos pontos; se preciso for, é interessante fazer duas vias, pois com isso se ganha em operacionalidade. Essa é a diferença, você vai planejar sua viagem”, comenta.
“Em Bogotá, o sistema de operação tem painel de controle que possibilita visualizar os ônibus em seus percursos, e há comunicação com cada um dos condutores. Eles não podem não parar em um ponto da linha, por exemplo” , conta. Tudo isso, diz Nazareno, pode ser feito no Brasil, porque foram empresas brasileiras que implementaram isso em Bogotá. Mas também é preciso pensar no sistema de arrecadação. “Hoje” , ressalta o palestrante, “o transporte público ainda é uma solução de mercado, quando deveria ser de responsabilidade do poder público”. Na Europa, ressalta Nazareno, não se fala em empresário de ônibus como aqui no Brasil. Isso porque lá, é feito um cálculo financeiro, que mostra quanto o estado vai gastar; o usuário paga 30% disso. “Não podemos viver em uma sociedade na qual a população paga a gratuidade”.
Para mudar a situação no Brasil, em especial em Salvador, não vamos partir do zero, pois já temos alguma infraestrutura que precisa ser melhorada e ainda temos modelos como o do Transmilênio de Bogotá e os sistemas implantados na África por ocasião da Copa 2010. Esses projetos mostram, ainda, que melhorando o sistema de transporte, além de mudar a qualidade de vida nas cidades, se reduz a poluição ambiental e se aplica melhorias também no entorno desses corredores, fazendo aumentar produtividade e lucratividade de shoppings e outros estabelecimentos comerciais, por exemplo.

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Projeto de monotrilho fora da realidade do Recife

terça-feira, 1 de março de 2011

Para Especialistas, Sistema BRT é o mais viável para a Região Metropolitana
A proposta de implantação de um sistema de monotrilho ou monorail em alguns dos futuros corredores exclusivos de transporte público da Região Metropolitana do Recife, em elaboração desde o fim do ano passado a pedido do governo do Estado, já nasce sendo alvo de contestação. O uso do modelo, cuja concepção prevê um veículo montado ou pendurado sobre um único trilho, elevado por colunas de concreto, não agrada aos técnicos do setor em Pernambuco, gente que conhece o sistema de transporte do Grande Recife. A rejeição não é à tecnologia. Mas ao fato de ela não ser ideal para a realidade da região.

O Jornal do Commercio ouviu três dos melhores técnicos do Estado, conhecidos nacionalmente: Germano Travassos, consultor, Osvaldo Lima Neto, doutor em transporte e professor da UFPE, e César Cavalcanti, vice-presidente nacional da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e também professor da UFPE. Todos foram unânimes em afirmar que o monotrilho não é o tipo de modelo mais recomendado para o transporte de massa. É mais utilizado em operações turísticas. Além disso, custaria pelo menos quatro vezes mais do que o Bus Rapid Transit (BRT), adotado pela cidade de Curitiba (PR) há mais de 30 anos e que estava praticamente certo para ser implantado no Recife.

Na visão técnica, o monotrilho teria, no máximo, o mesmo resultado do sistema de ônibus, só que custaria mais e levaria um tempo maior para ser implantado. “O sistema de monorail tem suas vantagens, sem dúvida, mas além de não existirem muitos exemplos do seu uso para transportar altas demandas de passageiros, possui um grau de sofisticação muito fora da nossa realidade. Não conseguimos sequer pintar faixas de ônibus nas vias, imagine implantar um sistema caríssimo. Tudo nele custa mais do que no sistema de ônibus. O operador de um monotrilho será mais caro que o motorista de ônibus convencional, o custo de operação também. E uma tarifa de R$ 2 não cobriria esse valor”, alerta César Cavalcanti.

Mesmo ressaltando não conhecer o projeto desenvolvido pela Odebrecht e não ser contra a tecnologia do monorail, Germano Travassos pondera que o sistema de um único trilho não tem a flexibilidade e maleabilidade do ônibus, tão necessárias à rede do Grande Recife. “Ele funciona melhor com demandas constantes, que não oscilam em horários de pico e em estações distantes uma das outras. Na verdade, é preciso fazer um estudo da rede e, a partir dele, ver qual tipo é mais adequado. Mas aqui isso não acontece. Pegam um modelo usado em outro lugar e simplesmente acham que funciona do mesmo jeito. Ele tem que se adequar a uma demanda existente, afinal, não estamos falando de uma cidade nova, mas de uma que já existe”, defende.

Osvaldo Lima Neto vai mais além e adverte que a tentação que o governo do Estado enfrenta agora poderá custar caro mais na frente. “Enquanto se gasta de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões para fazer um quilômetro de BRT, são necessários de US$ 50 milhões a US$ 80 milhões para o mesmo trecho de monotrilho. É algo surreal, muito caro. Se o governador optar por ele, será uma escolha muito arriscada”, diz. “Que países como França e Inglaterra usem o monotrilho, tudo bem. Eles não têm favela e o teto das unidades de saúde não está ameaçando desabar. Nós não. Precisamos ter um bom resultado com o menor custo. E isso é possível com um sistema eficiente de ônibus. Veja o Transmilênio, de Bogotá, Colômbia. É modelo para todo o mundo e é operado por ônibus”, conclui César Cavalcanti.

A proposta, definida como um estudo de mobilidade para a cidade visando a Copa de 2014, vem sendo tratada em segredo pelo governo do Estado e pela Construtora Odebrecht, autora da ideia. Ao ser procurado pelo JC, o Grande Recife Consórcio de Transporte, gestor do sistema e quem estava à frente dos projetos de BRT, jogou a responsabilidade para a Secretaria das Cidades.

O secretário Danilo Cabral, por sua vez, silenciou. A assessoria de imprensa do gestor sequer deu retorno ao ser procurada pelo JC. Sabe-se, apenas, que o projeto será submetido à decisão final do governador Eduardo Campos, o que está previsto para acontecer na próxima semana. A Odebrecht também não se pronunciou. Alegou não ter autorização do governo para falar. O que se sabe é que o modelo de monotrilho poderá substituir os projetos previstos para o Corredor Norte-Sul - que ligaria os extremos do Grande Recife pela Avenida Agamenon Magalhães - a Avenida Norte e o Corredor Leste-Oeste. O uso neste último, entretanto, já estaria descartado por não ser viável.

É caro para construir, mais ainda para manter
Além de não ser adequado para o transporte de massa, o monotrilho tem de outro problema, segundo os especialistas: sustentabilidade financeira. O sistema é caro para fazer e oneroso para manter. “As pessoas acham que uma tecnologia é sustentável apenas pelo aspecto ambiental. Mas é preciso considerar a manutenção do modelo depois de pronto”, argumenta o presidente do Centro de Transporte Sustentável do Brasil (CTS), Luis Antonio Lindau.

Ele defende, inclusive, que é preciso fazer uso mais nobre da superfície, abrindo espaço entre os carros para o ônibus, no lugar de pensar em elevados. “O sistema BRT, criado em Curitiba, é modelo para o mundo todo, menos para o Brasil. Custa 20 vezes menos que o metrô, mas para nós, brasileiros, não serve”, critica Lindau.

O alto custo de manutenção é um dos motivos pelos quais o monotrilho não vingou em outros lugares do País, como São Paulo e Manaus (AM). Até mesmo em nações desenvolvidas ficou difícil manter o sistema. É o caso de Las Vegas (EUA) e Dubai (Emirados Árabes), cuja demanda não compensou o alto investimento. Em Dubai, uma linha de 54 quilômetros custou US$ 7,6 bilhões e deveria transportar 1,2 milhão de pessoas por dia, mas só conseguiu demanda de 66 mil passageiros.

Fonte: Jornal do Comércio

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O calor na rotina de quem usa transporte público no Grande Recife

domingo, 10 de dezembro de 2023

“Não adianta nada colocar ar-condicionado pra ficar uma quentura dessa”, essa foi a afirmação de uma idosa com aparência de 70 anos para o homem ao lado, por volta das 11h30, em um BRT que fazia a linha Abreu e Lima-PCR,. Quando escutei a frase, olhei para o termômetro e ele estava marcando 32,5º. Essa foi a média durante 15 minutos de viagem no trecho entre o Terminal Integrado Pelópidas ao Terminal Integrado PE-15.

Calor e desconforto fazem parte do dia a dia de estudantes e trabalhadores que precisam utilizar o transporte público na Região Metropolitana do Recife. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, quase 1 milhão e 300 mil passageiros circulam diariamente nos 2.159 veículos, distribuídos em 383 linhas. 

Em uma experiência para avaliar as condições de temperatura dos coletivos, percorri o trajeto de Norte a Sul com um equipamento chamado termo-higrômetro, um tipo de termômetro, que mede a temperatura do ambiente. Foram dois dias indo e vindo, em diferentes trajetos realizados em dez ônibus, com o ponto de partida no bairro de Maranguape 1, em Paulista.

1º dia: rumo ao centro e zona oeste
No primeiro dia, o aplicativo no meu celular indicava 31º em Paulista, Olinda e Recife, no entanto, já no primeiro ônibus que fazia a linha T.I Pelópidas/Maranguape 1 a caminho do Terminal Pelópidas Silveira, em apenas 10 minutos de viagem o tal termo-higrômetro chegou a marcar 34º. 

A meta do dia era chegar até o Terminal Integrado Getúlio Vargas, no Cordeiro, zona oeste do Recife, e voltar para Igarassu, no litoral norte. Para isso, a rota foi desenhada para passar pela área central do Recife, pegando o ônibus da linha Igarassu/Dantas Barreto. A escolha não foi casual, nessa linha são comuns as viagens de até duas horas até o centro da capital. Com variações, para mais e para menos, a média de temperatura dentro do coletivo foi de 32,2º. Por se tratar de um ônibus tipo BRT, as janelas não podem ser abertas e quase não há circulação de ar, então, os passageiros são submetidos a um sistema de ar-condicionado que pouco funciona.

Depois de descer na rua Princesa Isabel, em frente à Faculdade de Direito, caminhei até a avenida Conde da Boa Vista para pegar o BRT da linha Camaragibe/Conde da Boa Vista e finalizou na estação Getúlio Vargas, bem diante do terminal integrado, na avenida Caxangá. A viagem começou com 32º e finalizou com 32,5º. Assim como o coletivo anterior, este também tem sistema de ar condicionado. Mesmo em funcionamento, o calor era praticamente igual ao do lado de fora. 

No retorno para a área central, o único transporte de toda a viagem que esteve com a temperatura amena foi o Getúlio Vargas/Conde da Boa Vista, apesar do equipamento indicar 32º quase o tempo todo, o fato do ônibus estar vazio tornou o trajeto até o Derby minimamente confortável. Era hora de voltar para casa. Por isso, desci na praça do Derby, rumo ao norte da RMR. 

No coletivo PE-15/Boa Viagem, a temperatura iniciou com 32,2º e chegou a 34,7º, desta vez o veículo não possuía ar-condicionado e os passageiros contavam apenas com as janelas abertas. Nas proximidades de Olinda, o tempo ficou nublado e abafado, mesmo assim a temperaturas não variou muito. Ao chegar no terminal da PE-15 e seguir para Igarassu, no sexto coletivo do dia, o tempo virou e começaram as pancadas de chuva.

Com a chuva, pensei que o calor iria diminuir, mas isso não aconteceu. Pouco depois das 13h do primeiro dia de campo, o coletivo que fazia a linha PE-15/ Igarassu Sítio Histórico, ainda na integração, marcava 32,2º mas ao chegar no destino já marcava 34,3º.

2º dia: com destino à zona sul
Diferente do primeiro dia, o destino do segundo dia foi a zona sul do Recife, mais precisamente a igrejinha da pracinha de Boa Viagem. Seguindo pelo corredor Norte/Sul, o trajeto foi feito no ônibus da linha PE-15/Boa Viagem percorrendo a PE-15, avenidas Agamenon Magalhães e Domingos Ferreira. 

Saindo do T.I PE-15, em Olinda, o termohigrômetro marcava 31,7º, mas o número na tela de cristal líquido foi aumentando. Sobre o viaduto Capitão Temudo, após a ponte Joana Bezerra, o equipamento marcou surpreendentes 37,1º. Essa viagem durou aproximadamente 1h10, só amenizando o calor no final da avenida Domingos Ferreira, em uma área mais arborizada. O veículo não tinha ar-condicionado.

“É complicado, mas a gente se acostuma” 
A frase do subtítulo acima foi dita pelo motorista Ricardo Silva, que trabalha no transporte coletivo há 15 anos. Atualmente dirigindo ônibus na linha Rio Doce/ Piedade, que cruza as cidades de Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes em uma viagem de duração de aproximadamente 2h30, Ricardo afirmou que “algumas pessoas reclamam do tempo, da demora e do calor”. 

Ele, que não usa o pequeno ventilador que vi com alguns motoristas. O motivo é simples: ele não gosta, afirma que bom mesmo seria o ônibus com ar-condicionado. “Seria uma maravilha”, afirmou.  

De acordo com o Grande Recife Consórcio, apenas 417 coletivos têm ar-condicionado, equivalente a pouco mais de 15% do total da frota. Em 2019, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou a Lei 16.787/2019, que previa a refrigeração gradativa dos ônibus da RMR em até quatro anos. 

Segundo o texto, no art. 1° “esta Lei estabelece metas e condições para a realização de investimentos na renovação da frota de veículos integrantes do Sistema Estrutural Integrado – SEI da Região Metropolitana do Recife – STTP/RMR, nos exercícios de 2020 a 2023”.

Até o final deste ano, “as permissionárias dos serviços de transporte público de passageiros deverão renovar a frota que ultrapassar 8 (oito) anos de vida útil” além de “no mínimo, 70% (setenta por cento) dos novos veículos renovados a cada ano serem equipados com ar-condicionado e possuírem capacidade igual ou superior a dos veículos substituídos”. 

No entanto, o Grande Recife se justificou afirmando que “a Lei 16.787/2019 estabeleceu metas de aumento de frota com o ar-condicionado, sendo que ‘o impacto tarifário da renovação da frota (…) deverá ser previsto nas revisões tarifárias (…) como condição de eficácia das metas estabelecidas. Nas últimas deliberações sobre tarifa, o CSTM – Conselho Superior de Transporte Metropolitano -, não incluiu custos para ampliação de frota com ar.”

Também foi informado que “tão logo tenhamos atendida a previsão legal, ou seja, o  CSTM prever o impacto na revisão tarifária, teremos condições de promover a esperada ampliação. Atualmente 16,6% da frota do Sistema de Transporte possui ar-condicionado. Cabe aqui destacar que o Estado de Pernambuco tem subsidiado o sistema, já que o custo de operação é maior que a receita arrecadada.”

“Transporte público não é prioridade dos governantes”
Apesar do Grande Recife Consórcio afirmar que o estado já garante subsídio ao sistema de transporte público da RMR, o especialista em mobilidade urbana e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Leonardo Meira acredita serem necessários mais investimentos efetivos para melhorar a circulação dos coletivos na cidade. 

“Acredito que, a despeito de alguns investimentos que foram feitos, principalmente, na época da Copa do Mundo, o transporte público não é prioridade dos governantes há muito tempo.  Ao menos não prioridade efetiva, com investimentos, com melhorias. Então, ele foi caindo de qualidade, foi recebendo cada vez mais concorrência.”

Os transportes por aplicativo que, muitas vezes, tem um preço compatível com as passagens de ônibus, faz com que o passageiro escolha a opção mais confortável, gerando um ciclo de queda na receita e, consequentemente, da qualidade do serviço, sobrando para quem não tem condições de custear uma viagem em carro particular diariamente.

Para o professor, a implementação dos ar condicionados também está diretamente ligado à questão financeira. “Ele custa alguns milhares de reais e vai custar no preço do ônibus e a tarifa não está levando em conta esse valor. Então o empresário não vai colocar um ar condicionado a mais se ele não recebe, entendeu? Então ele precisa entrar nessa conta, seja com um financiamento do Estado”, afirmou. 

Meira afirma ainda que um modelo para o transporte público no qual as autoridades do Recife e da Região Metropolitana poderiam se espelhar é o sistema Transmilênio, de Bogotá, na Colômbia. Para ele, “talvez seja um bom exemplo e de outros sistemas de países em desenvolvimento com situação semelhante ao Brasil, de BRT ou de VLT. No Brasil é difícil citar um bom exemplo, porque as capitais brasileiras, em regra, são bastante parecidas no que diz respeito a essa dificuldade com o transporte público”.

Informações: Marco Zero

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Novo ônibus é promessa para trânsito rápido em Belo Horizonte

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Quatro avenidas do Vetor Norte de Belo Horizonte e pelo menos três da área central deverão receber o Transporte Rápido por Ônibus (TRO) ou Bus Rapid Transit (BRT). O sistema, que promete melhorar o transporte público da cidade, tem investimento previsto de R$ 493 milhões e deverá estar implantado até 2012. Até o momento, a Prefeitura já abriu licitação para elaboração de dois dos projetos executivos da obra, o das Avenidas Antônio Carlos/Pedro I - com projeto em andamento - e o das Avenidas Pedro II/Carlos Luz - que ainda está em licitação.
Com a implantação do sistema, a expectativa é de que a velocidade média dos coletivos aumente em mais de 40%, passando de 14 quilômetros por hora para 25 quilômetros por hora, em vias fora do Centro, e de seis para 20 quilômetros por hora dentro da região. De acordo com o gerente de Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTRANS, Rogério Carvalho e Silva, o ganho de tempo com a estrutura será nos processos de embarque e desembarque e pagamento de tarifas e, principalmente, no trânsito: "Os ônibus não vão mais concorrer com os carros de passeio. Terão vias só para eles."

O TRO funciona em algumas cidades do mundo e tem experiência pioneira em Curitiba, no Paraná, que implantou o sistema em 1974. A lógica de operação é destinar vias exclusivas para os ônibus - maiores e, geralmente, articulados. No lugar de pontos de ônibus, são instaladas estações ou plataformas em desnível com a rua, mas na mesma altura das portas dos coletivos. Assim, o usuário não tem que subir e descer escadas. Outra diferença é a forma de cobrança de tarifas. O passageiro paga antes de embarcar, evitando o atraso provocado nas atuais roletas, em que são formadas filas de pessoas à espera de sua vez. De acordo com Rogério Carvalho, cada ônibus terá capacidade para cerca de 160 pessoas.

Segundo o gerente da BHTRANS, o Vetor Norte está sendo priorizado no projeto devido às mudanças que serão provocadas com a ida do Governo do Estado para a Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, em Venda Nova, o aumento do uso do Aeroporto de Confins e a realização da Copa do Mundo, que vai utilizar o estádio do Mineirão, na Pampulha. No entanto, diz, o objetivo é expandir o sistema para outras vias, como Amazonas e Tereza Cristina.

O projeto das Avenidas Antônio Carlos/Pedro I já está sendo desenvolvido e, conforme Rogério Carvalho, não terá tantas obras porque irá aproveitar as intervenções que estão sendo feitas no momento. Desapropriações só estão previstas para o projeto das Avenidas Pedro II/Carlos Luz. O corredor Antônio Carlos/Pedro I deverá ter entre 20 e 25 plataformas de embarque/desembarque. Pelo percurso, passam, hoje, cerca de 400 mil passageiros por dia. As obras para o TRO na via devem começar no início de 2011 e serão em 25 quilômetros - até a Estação Vilarinho.

Para o professor de Planejamento de Transportes do Cefet-MG, Frederico Rodrigues, para países em desenvolvimento, como o Brasil, o TRO é a melhor solução quando analisados custo/benefício: "Com o que se gasta em um quilômetro de metrô, se constrói dez quilômetros de BRT". Segundo ele, todas as vias da capital têm condições de receber o sistema, já que a cidade é radial - os corredores se destinam ao Centro. O professor observou que a referência mundial em TRO é Bogotá, na Colômbia, que tem o Transmilênio inspirado no modelo de Curitiba.

Fonte: O Dia
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Recife: Avenida Norte ganhará um corredor exclusivo de ônibus

terça-feira, 13 de julho de 2010


Mais um projeto estruturador para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR): a construção do corredor exclusivo de ônibus da avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, nos moldes do Transporte Rápido por Ônibus (TRO).

O projeto - que entrará em processo de licitação ainda neste primeiro semestre - foi orçado em R$ 198 milhões. O corredor terá início na BR-101, a partir do Terminal de Integração da Macaxeira, seguindo por vários bairros da Zona Norte do Recife como Vasco da Gama, Casa Amarela, Encruzilhada e Santo Amaro, encerrando-se na avenida Cruz Cabugá.

O equipamento terá cerca de 8,1 km, beneficiando, inicialmente, 118 mil usuários que utilizam as 21 linhas de ônibus que trafegam, atualmente, pelo trecho, além de possibilitar a ligação ao Sistema Estrutural Integrado (SEI). Ao todo, serão 17 estações, que permitirão integração entre as linhas alimentadoras e as troncais.
Características
O corredor inteligente tem características parecidas com o Transmilênio, implantado em Bogotá, na Colômbia, mas sofrerá adaptações para se adequar à realidade da malha viária e as características geográficas locais.

Os pontos de embarque e desembarque terão um novo formato, semelhante aos que serão instalados no corredor Norte/Sul - cuja previsão de construção é para o segundo semestre de 2010. As estações serão cobertas e catracadas, niveladas à altura da porta de embarque e desembarque dos veículos, dando maior acessibilidade aos usuários. Graças à presença de catracas nas estações, os usuários poderão fazer o pagamento das tarifas no próprio local, agilizando o processo de embarque.

O prazo estipulado para a conclusão da obra é de 18 meses após seu início. Em determinados trechos do corredor, os coletivos farão o deslocamento em faixas exclusivas e elevadas. Em outras rotas, o percurso dos ônibus será feito em faixas exclusivas normais.

O projeto também inclui a criação de binários e trechos com ciclovias. Para o secretário das Cidades e presidente do consórcio, Dilson Peixoto, com o corredor em operação, os congestionamentos serão drasticamente reduzidos. “Com o elevado, conseguiremos melhorar a circulação de ônibus, carros e pedestres, que irão conviver pacificamente na mesma via”, explicou.

Fonte: CGRT
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No Recife, Google Transit da informações sobre horários e rotas do transporte público

terça-feira, 22 de abril de 2014

Até o início do ano, os passageiros da Região Metropolitana do Recife eram completamente órfãos de qualquer tecnologia de informação sobre horários e rotas do transporte público. Em fevereiro passado, ganharam o aplicativo Cittabus, acessível para mais de dois mil ônibus e dez empresas. A partir desta quarta-feira (16/4), contam com mais um serviço: o Google Transit, nova ferramenta que permite aos usuários encontrar informações de acordo com sua localização. O Google Transit está sendo lançado de olho na Copa do Mundo, simultaneamente em outras cinco cidades: Manaus (AM), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Natal (RN) e Salvador (BA).

A nova ferramenta pode ser acessada pelo Google Maps (www.google.com.br/maps), sem exigência de um novo aplicativo a ser baixado nos celulares ou computadores. É acessível tanto para Android quanto IOS. Há informações sobre as linhas de ônibus, rotas, horários de partida e chegada, quantidade de paradas, distâncias e valor da tarifa cobrada. Inclui informações não só do sistema de ônibus, mas também do metrô. Em Recife, o Google Transit vai disponibilizar informações sobre 4.289 pontos, 398 rotas de ônibus e as três do metrô (Linha Centro, com os ramais Jaboatão e Camaragibe, e a Linha Sul).

A estratégia do Google é oferecer o serviço em todas as 12 capitais que sediarão jogos da Copa do Mundo. Além do Recife e das cinco cidades que passam a ter acesso a partir de hoje, o Google Transit está presente no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e em outros dez municípios brasileiros. “É um serviço que queremos deixar disponível para o turista durante a Copa do Mundo. É uma ferramenta que irá ajudá-lo bastante. No Google Maps já disponibilizamos simulações de rotas de carro e a pé. Agora ele terá mais uma opção. São rotas indicadas de forma rápida e prática. E, depois dos jogos, é um dispositivo que ficará para a cidade”, explica o diretor de novos negócios do Google no Brasil, Alessandro Germano.

A única desvantagem da ferramenta é que as informações não são em tempo real. Foram coletadas tendo como base a programação oficial dos gestores dos sistemas: o Grande Recife Consórcio de Transporte e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). No caso do transporte por ônibus, é provável que os horários previstos não coincidam com a prática já que a programação raramente é cumprida devido à falta de prioridade para os coletivos nas ruas, presos nos congestionamentos diários. “Mas mesmo assim o usuário terá uma informação precisa de caminhos a serem seguidos. Também contamos com a participação da população para acrescentar informações e fazer correções sobre rotas”, argumenta o diretor.

CITTABUS JÁ EM DEZ EMPRESAS DE ÔNIBUS

O Cittabus, aplicativo que informa o horário dos ônibus que circulam no Grande Recife em tempo real, já pode ser utilizado por passageiros de dez das 17 empresas que operam o sistema metropolitano. A Borborema, uma das maiores do sistema, deverá estar aderindo à tecnologia na segunda semana de maio. Já são mais de 52 mil downloads desde que o serviço entrou no ar, em fevereiro passado. O sistema ainda está limitado aos dispositivos móveis Android, devendo alcançar o IOS em junho.

Além da tecnologia desenvolvida pela empresa Cittati, o Recife também conta com mais uma empresa do setor: a Transdata Smart, que abriu filial na capital pernambucana e está oferecendo o sistema ITS Informativo, que permite ao usuário pesquisar linhas, os horários das viagens e seus pontos de parada, além de informar a previsão de chegada do ônibus nos pontos e a acompanhar, via celular, a localização de cada veículo no mapa.

Finalizando as opções de serviços de informação sobre o transporte público, o sistema oficial do governo de Pernambuco, que está sendo desenvolvido pela empresa espanhola Etra, a mesma que faz o monitoramento do Transmilênio, de Bogotá. A Etra venceu a licitação realizada pela segunda vez pelo Estado e deverá estar oferecendo, gradualmente, o serviço para os passageiros a partir de julho. A oferta, entretanto, começará em apenas 5% da frota, o equivalente a 150 ônibus. A expectativa é de que comece pelos veículos BRT.

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Em Pernambuco, Assembléia Legislativa lança nesta quinta-feira uma Carta Aberta com o tema “Desafios da Mobilidade”

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Com o objetivo de explanar um diagnóstico sobre a situação da mobilidade urbana no país, focando em Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife, será lançada no próximo dia 28, às 10h30, a Carta Aberta “Desafios da Mobilidade”, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

"Temos um grande desafio com o transporte coletivo e a mobilidade urbana de Pernambuco. Este documento apresenta uma radiografia de toda problemática, incluindo obstáculos que os gestores públicos e a iniciativa privada têm que enfrentar. É um instrumento de pesquisas e sugestões para o futuro", afirma o presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Alepe, Sílvio Costa Filho (PTB).

O sistema de transporte coletivo de Curitiba, no estado do Paraná, é apresentado como um exemplo sugestivo à Região Metropolitana do Recife. Desde 1971, o arquiteto e então prefeito da capital paranaense, Jaime Lerner, investia em ruas exclusivas para pedestres, transporte público integrado e vias restritas para ônibus. O modelo foi copiado mundialmente, dando origem ao Transmilênio de Bogotá, capital da Colômbia.

De acordo com o doutor em mobilidade urbana da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Oswaldo Lima Neto, tem que mudar o plano diretor do Recife e a política de uso e ocupação do solo. A construção de corredores exclusivos, ciclovias ou ciclofaixas, e o incentivo ao uso de bicicletas são as principais alternativas rumo a uma mobilidade sustentável, em especial no Recife, com vistas para a Copa do Mundo de 2014.

“O plano diretor recifense contempla o chamado polo gerador de tráfegos, inclusive, em áreas já congestionadas. Isso tem que mudar. Além disso, a cidade cresce desordenadamente, causando prejuízos ao fluxo de veículos no Recife”, avalia Lima Neto. Para o engenheiro, a mobilidade urbana começa nas calçadas e também se faz necessária a priorização do transporte público.

“Num primeiro momento, o governo tem de requalificar as calçadas e investir em ciclovias para as pessoas começarem a mudar seus hábitos”, diz. “A curto prazo, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) precisa passar por uma reforma”, completou.

Por Leonardo Lucena

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Para 83% dos curitibanos, trânsito e cidade seriam melhores se mais pessoas andassem de ônibus

terça-feira, 2 de abril de 2013

De acordo com os dados do levantamento de satisfação do Instituto Paraná Pesquisas, que ouviu 700 pessoas entre sábado dia 23 de março e segunda-feira, dia 25 de março, 95% dos entrevistados revelaram que estão felizes com Curitiba. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira, que foi aniversário da cidade.

No entanto, diversas áreas ainda desagradam os curitibanos. Para 23%, se pudessem mudar algo na cidade, seria a segurança. Dos entrevistados, 71,14% não têm boas estimativas em relação à área e acreditam que a violência deve aumentar nos próximos dez anos.

Já para 14% dos entrevistados, a área da saúde precisa de mudanças, mas o cenário neste caso, diferentemente do que ocorre com a segurança, é de otimismo. De acordo com a pesquisa, 40% acreditam que a saúde pública deve ter melhorias nos próximos dez anos.

O trânsito é um problema a ser mudado por 8,8% dos entrevistados. Do total de pessoas consultadas, 79,14% acreditam quem o trânsito vai piorar nos próximos dez anos.

Mas o cidadão de Curitiba está ciente que é no ônibus que está a solução para o problema.

Ainda de acordo com o Paraná Pesquisa, 83% dos 700 entrevistados acreditam que o trânsito e a qualidade de vida só vão melhorar em Curitiba se mais pessoas andarem de ônibus.

E para isso, os entrevistados pedem ampliação do número de linhas e corredores de ônibus, bem como a colocação de mais veículos de alta capacidade, como os ônibus articulados e biarticulados.

A cidade de Curitiba junto com a região metropolitana, formando a RIT – Rede Integrada de Transporte, é pioneira na concepção dos BRTs – Bus Rapid Transit, que muito mais que simples corredores, são sistemas que integram a cidade, qualificam urbanisticamente os locais onde servem e oferecem maior comodidade aos passageiros, como estações que protegem os usuários da chuva e do sol e que têm plataformas no mesmo nível do assoalho dos ônibus, oferecendo acessibilidade.

Atualmente, Curitiba e a região Metropolitana têm cerca de 80 quilômetros de corredores ou faixas com exclusividade para ônibus.

Este número deve aumentar com a ampliação da Linha Verde, que é um avanço do sistema atual de BRT. A Linha Verde possui capacidade para veículos maiores, mais pontos de ultrapassagem para evitar filas de ônibus nas estações, áreas com canteiros de flores e árvores, ciclovias e pistas para caminhadas, o que mostra que o BRT é um sistema que se integra ao meio urbano e não destoa dele.

A linha Verde liga o Terminal Pinheirinho ao Atuba, mas há previsão de ela se estender agora para o Contorno Sul da Cidade até a Copa de 2014, embora que a prefeitura admitiu atrasos nas obras.

Há também projeto que prevê a continuação do corredor pela BR 116 até Fazenda Rio Grande, cidade vizinha de Curitiba, após a conclusão da duplicação da rodovia.

Mas de acordo com a pesquisa, o curitibano está disposto a deixar mais o carro em casa se houver uma ampliação nos espaços preferenciais para os ônibus e uma melhoria na qualidade dos serviços com mais investimentos públicos em transportes.

O modelo de transporte adotado em Curitiba serviu de exemplo para vários sistemas que conseguiram ampliar as vantagens do BRT, como o Transmilênio, na Colômbia, e o Transantiago, no Chile, que também tomaram como base outro sistema brasileiro de transportes: o Corredor Metropolitano ABD, que liga as zonas Sul e Leste de São Paulo por municípios do ABC Paulista, com uso inclusive de trólebus, ônibus totalmente elétricos, que não emitem poluição.

De acordo com o instituto, grande parte da satisfação do curitibano em relação à cidade se dá devido aos transportes, mas os cidadãos têm a consciência de que são necessários investimentos parta que os serviços acompanhem o crescimento do local.

Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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Novo ônibus é promessa para trânsito rápido

quarta-feira, 30 de junho de 2010


Quatro avenidas do Vetor Norte de Belo Horizonte e pelo menos três da área central deverão receber o Transporte Rápido por Ônibus (TRO) ou Bus Rapid Transit (BRT). O sistema, que promete melhorar o transporte público da cidade, tem investimento previsto de R$ 493 milhões e deverá estar implantado até 2012. Até o momento, a Prefeitura já abriu licitação para elaboração de dois dos projetos executivos da obra, o das Avenidas Antônio Carlos/Pedro I - com projeto em andamento - e o das Avenidas Pedro II/Carlos Luz - que ainda está em licitação.

Com a implantação do sistema, a expectativa é de que a velocidade média dos coletivos aumente em mais de 40%, passando de 14 quilômetros por hora para 25 quilômetros por hora, em vias fora do Centro, e de seis para 20 quilômetros por hora dentro da região.

De acordo com o gerente de Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTRANS, Rogério Carvalho e Silva, o ganho de tempo com a estrutura será nos processos de embarque e desembarque e pagamento de tarifas e, principalmente, no trânsito: "Os ônibus não vão mais concorrer com os carros de passeio. Terão vias só para eles."O TRO funciona em algumas cidades do mundo e tem experiência pioneira em Curitiba, no Paraná, que implantou o sistema em 1974.

A lógica de operação é destinar vias exclusivas para os ônibus - maiores e, geralmente, articulados. No lugar de pontos de ônibus, são instaladas estações ou plataformas em desnível com a rua, mas na mesma altura das portas dos coletivos. Assim, o usuário não tem que subir e descer escadas. Outra diferença é a forma de cobrança de tarifas. O passageiro paga antes de embarcar, evitando o atraso provocado nas atuais roletas, em que são formadas filas de pessoas à espera de sua vez.

De acordo com Rogério Carvalho, cada ônibus terá capacidade para cerca de 160 pessoas.Segundo o gerente da BHTRANS, o Vetor Norte está sendo priorizado no projeto devido às mudanças que serão provocadas com a ida do Governo do Estado para a Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, em Venda Nova, o aumento do uso do Aeroporto de Confins e a realização da Copa do Mundo, que vai utilizar o estádio do Mineirão, na Pampulha. No entanto, diz, o objetivo é expandir o sistema para outras vias, como Amazonas e Tereza Cristina.

O projeto das Avenidas Antônio Carlos/Pedro I já está sendo desenvolvido e, conforme Rogério Carvalho, não terá tantas obras porque irá aproveitar as intervenções que estão sendo feitas no momento. Desapropriações só estão previstas para o projeto das Avenidas Pedro II/Carlos Luz.

O corredor Antônio Carlos/Pedro I deverá ter entre 20 e 25 plataformas de embarque/desembarque. Pelo percurso, passam, hoje, cerca de 400 mil passageiros por dia. As obras para o TRO na via devem começar no início de 2011 e serão em 25 quilômetros - até a Estação Vilarinho.Para o professor de Planejamento de Transportes do Cefet-MG, Frederico Rodrigues, para países em desenvolvimento, como o Brasil, o TRO é a melhor solução quando analisados custo/benefício:

"Com o que se gasta em um quilômetro de metrô, se constrói dez quilômetros de BRT". Segundo ele, todas as vias da capital têm condições de receber o sistema, já que a cidade é radial - os corredores se destinam ao Centro. O professor observou que a referência mundial em TRO é Bogotá, na Colômbia, que tem o Transmilênio inspirado no modelo de Curitiba.

Fonte: BHTrans
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Ex-prefeito de Bogotá defende faixa de ônibus em vias congestionadas

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Ex-prefeito de Bogotá e referência na criação de políticas de mobilidade urbana, o urbanista Enrique Peñalosa defende medidas radicais para combater os congestionamentos. Entre 1998 e 2001, quando esteve à frente da prefeitura da capital colombiana, Peñalosa criou 84 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, o Transmilênio. O sistema funciona no modelo de BRT (ônibus de trânsito rápido, na tradução), com faixas de ultrapassagem e linhas expressas. Os itinerários servem a 1,7 milhão de passageiros por dia útil, em média. 

No Grande ABC, são poucas as vias que têm corredores de ônibus, como Piraporinha, Lucas Nogueira Garcêz, Brigadeiro Faria Lima, Pereira Barreto e Capitão Mário Toledo de Camargo.

Para melhorar a fluidez nos grandes centros, o urbanista sugere medidas polêmicas. Em vias que costumam registrar altos índices de engarrafamento, o colombiano propõe a segregação de faixa exclusiva para o transporte coletivo. "O problema é que quem tem carro tem o poder político, e não quer ceder um centímetro de seu espaço à coletividade. Um ônibus que transporta 50 pessoas deveria ter 50 vezes mais espaço que um automóvel com um único passageiro. Isso é um princípio democrático básico", avalia. 

Na opinião do ex-prefeito, a construção dos BRTs deve ter preferência em relação ao metrô. Ele aponta para a melhor relação custo/benefício dos corredores. "O ônibus, por exemplo, pode entrar nas ruas dos bairros e recolher passageiros. Outra vantagem é que a distâncias entre os pontos é menor. Ou seja, o tempo de caminhada de casa ou do trabalho até o ponto e, desse local até o destino, é menor", complementa.

Peñalosa vê como hipocrisia a movimentação de grupos que pedem a ampliação da rede metroviária. "Muitas pessoas de alto poder aquisitivo são as que mais brigam pela construção de linhas de metrô, mas elas não têm a mínima intenção de usar esse tipo de transporte. Tudo que eles querem é que outras pessoas utilizem o metrô e deixem as ruas mais livres para os carros."

Outra medida defendida pelo especialista, que hoje preside o Institute for Transportation and Development Policy (Instituto de Políticas para Transportes e Desenvolvimento), é a construção de ciclovias e a restrição para o uso dos veículos particulares. "O automóvel vai gerar uma grande quantidade de custos sociais, ambientais e de qualidade de vida. Se há tantos impactos, o lógico e racional seria cobrar impostos cada vez mais caros pelo uso do carro e, com os recursos, subsidiar o transporte público.(colaborou Illenia Negrin)


Região estuda criação de corredores exclusivos

Para proporcionar mais fluidez ao sistema viário, as Prefeituras do Grande ABC estudam a criação de novas faixas exclusivas para o transporte público. Atualmente, a região conta com 33 quilômetros do Corredor ABD, que liga a região a três terminais paulistanos, além da via segregada na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em Santo André.

Em São Bernardo, o projeto da Prefeitura é criar 11 corredores de ônibus e quatro terminais até 2016. As obras deverão custar cerca de R$ 470 milhões, sendo que a metade será financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O secretário de Mobilidade Urbana de Mauá, Renato Moreira dos Santos, informa que a cidade deverá ter vias exclusivas nas futuras avenidas marginais que estão sendo estudadas pela administração. Os corredores serão às margens do Rio Tamanduateí e do Córrego Corumbé.

A Prefeitura de São Caetano pretende construir estações de conexão nas divisas com Santo André e São Bernardo para diminuir o trânsito de ônibus intermunicipais pela cidade. “A ideia é organizar o fluxo dos coletivos para reduzir os congestionamentos”, explica o secretário de Mobilidade Urbana, Iliomar Darronqui.

Fábio Munhoz | Do Diário do Grande ABC

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Recife: RMR terá Corredor Inteligente para transporte coletivo

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


O Grande Recife Consórcio de Transporte anunciou mais um projeto inovador para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR): o primeiro Corredor Inteligente de Transporte do Nordeste. O projeto ligará a Zona Norte da Região Metropolitana do Recife (RMR) ao Centro, através de um Sistema de Gestão Inteligente, chamado de Transporte Rápido por Ônibus (TRO). A novidade foi divulgada no último dia 30 de agosto, pelo presidente do Grande Recife, Dilson Peixoto, na sede da empresa. Um dos destaques do TRO será o monitoramento em tempo real da chegada e da saída dos coletivos das paradas. As obras do Corredor Inteligente serão iniciadas em junho de 2009, a expectativa é que até o fim de 2010 o trabalho esteja concluído.No último dia 29 de setembro, as propostas das empresas interessadas em participar do estudo técnico para a implementação do TRO foram abertas. Três consórcios - formados por empresas locais e companhias do Sul e Sudeste do País estão na disputa.
INOVAÇÃO
Os pontos de embarque e desembarque do Corredor Inteligente terão um novo formato: serão estações cobertas e catracadas, niveladas a altura da porta de embarque e desembarque dos veículos, dando maior acessibilidade aos usuários. De acordo com Dilson Peixoto, o TRO, além de proporcionar maior rapidez nas viagens, haverá melhoria no acesso de idosos e pessoas com deficiência. “Uma das nossas preocupações foi com a acessibilidade. Nosso projeto prevê o que há de mais moderno no setor de transporte público em todo o mundo”, ressaltou. Graças à presença de catracas nas estações, os usuários poderão fazer o pagamento das tarifas (seja em bilhete eletrônico ou em dinheiro) no próprio local, agilizando o processo de embarque. O TRO terá início na rodovia BR-101, a partir do Terminal de Integração de Igarassu, seguindo pela PE-15, Complexo Salgadinho até a bifurcação com a avenida Cruz Cabugá. A iniciativa beneficiará diretamente os municípios do Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Araçoiaba, Itapissuma e Itamaracá, além de ligar as demais cidades da RMR interligadas ao Sistema Estrutural Integrado (SEI), que possibilita ao passageiro o deslocamento para diversos pontos da RMR com o pagamento de uma única passagem por sentido. O Corredor Inteligente deverá apresentar características parecidas com as do Transmilênio, implantado em Bogotá, na Colômbia, mas sofrerá adaptações para se adequar à realidade da malha viária e os deslocamentos locais. No Brasil, a única cidade a ter um projeto similar implantado é Curitiba. Os recursos para o desenvolvimento do projeto virão do fundo de aplicações dos resíduos das vendas de créditos do Vale-transporte Eletrônico e Passe Fácil. Além de incentivos dos governos Federal e Estadual.

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Busscar Colômbia fabrica 60 ônibus biarticulados

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O sistema de transporte público de Bogotá, na Colômbia, contará em breve com mais 60 veículos biarticulados produzidos pela Busscar Colômbia, empresa do grupo Busscar Ônibus. Há opção de compra de mais 60 unidades. A iniciativa integra a terceira fase de expansão do projeto Transmilênio, operado pelo Consorcio Express.

Os modelos terão piso alto e capacidade para 250 passageiros e reforçarão o sistema de transporte público urbano colombiano, que utiliza corredores exclusivos do tipo BRT – Bus Rapid Transit –, que já funcionam em Curitiba há alguns anos e são cogitados em Porto Alegre como alternativa para o trânsito, principalmente às vésperas da Copa do Mundo de 2014.
 
Fonte: amanha.com.br
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Belém terá ônibus articulados e pistas exclusivas até 2014

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos (Sepe) e do projeto Ação Metrópole, pretende investir R$ 940 milhões, com o aporte da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), para colocar em funcionamento dois corredores expressos de ônibus e implantar o sistema dos BRT - ônibus articulados como os que existem em Curitiba, que visam unificar o transporte coletivo urbano.

“Contrataremos o empréstimo este ano e em 2012 iniciaremos o cronograma de obras que deve se encerrar em 2014. Com esse sistema troncal, teremos 27 mil passageiros por hora nos ônibus”, esclareceu o titular da Sepe, Sidney Rosa. De acordo com ele, a Jica entra com R$ 320 milhões e o governo soma R$ 120 milhões de investimentos. Concluído o projeto de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) pelos japoneses, os esforços vão se concentrar em obter pagamento por créditos de carbono. “Se obtivermos a autorização, seremos o terceiro projeto enquadrado no mundo.”

A missão da Jica, formada pelos representantes sêniors, técnicos e pelo representante da Jica em Brasília, Mauro Inoue, apresentou na manhã de ontem estudos de efeitos da redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) esperada com a implantação do sistema troncal de ônibus na RMB, dentro do âmbito do Bus Rapid Transit (BRT - sigla que significa trânsito rápido de ônibus).

“O nosso estudo se baseia na demanda pela melhora do transporte urbano na cidade e em verificar a viabilidade da instalação do mecanismo de desenvolvimento limpo. Na próxima semana teremos dois técnicos trabalhando aqui e em agosto o projeto estará concluído”, explicou Masayuki Eguchi, representante sênior da Jica.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano de Belém (NGTM), César Meira, o estudo da Jica sobre a modernização dos transportes urbanos em Belém tem toda a possibilidade de se tornar real. “O Ação Metrópole irá utilizar ônibus com canaletas próprias de articulação, o que diminui o número de ônibus, paradas e torna o tempo de trajeto menor. Esse modelo de BRT se encaixa na nossa realidade por ter um custo menor e transportar mais passageiros. Com isso iremos resolver o problema do trânsito num espaço breve de tempo”, enfatizou.

O sistema de BRT a ser construído pelo programa Ação Metrópole poderá se unir ao Transmilênio, implantado em Bogotá, na Colômbia, como as únicas experiências para obtenção de crédito de carbono em projetos de transporte urbano. Além de aumentar a eficiência no consumo de combustíveis e reduzir o lançamento de GEE, o BRT, aliado à metodologia de inserção do MDL beneficia os países não desenvolvidos, que acabam recebendo investimentos e tecnologia em projetos que ajudarão no desenvolvimento sustentável local.


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Prefeitura de São Paulo anuncia retomada da construção dos corredores de ônibus

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Secretaria Municipal de Transportes anunciou a retomada da construção dos corredores de ônibus na capital. Antigos projetos engavetados por problemas de planejamento ou irregularidades nos processos licitatórios vão ser tocados pelo atual governo. Entre eles o da construção de 63,8 quilômetros de faixas exclusivas em regiões como Jardim Ângela, Campo Limpo, Vila Sônia e os bairros cortados pelas Avenidas Radial Leste e Inajar de Souza e o da instalação do Bus Rapid Transit (BRT). Este é um sistema de alta capacidade, que em dezenas de cidades do mundo proporciona serviços de qualidade, com rapidez, eficiência, redução dos acidentes de trânsito e de emissão de carbono. O modelo deverá ser implantado nas Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes. 

O BRT funciona com ônibus capazes de transportar aproximadamente 300 passageiros a uma velocidade média de 45 quilômetros por hora, num trajeto expresso (com distância maior entre os pontos de parada), em corredor exclusivo projetado com pontos de ultrapassagem. Tudo é pensado para assegurar agilidade, começando pelo pagamento da tarifa, que será feito nas plataformas de embarque e não no interior dos veículos. O traçado do sistema da Avenida 23 de Maio tem 20 quilômetros e inclui as Avenidas Rubem Berta, Moreira Guimarães, Washington Luís, Interlagos e Teotônio Vilela até o Largo do Rio Bonito, na zona sul. Na Bandeirantes, o corredor de 16 quilômetros ligará a região da Marginal do Pinheiros, na zona sul, ao Terminal Vila Prudente, na zona leste, sem passar pelo centro. 

O sistema escolhido é uma forma aperfeiçoada do modelo instalado há quase 50 anos em Curitiba, que se baseia na prioridade do transporte coletivo e na integração de todos os modais. Várias cidades do mundo copiaram o modelo e em Bogotá, na Colômbia, técnicos brasileiros conseguiram aprimorá-lo e fazer do Transmilênio um novo ícone de eficiência no transporte público que, agora, se pretende copiar em São Paulo. Espera-se que ele seja reproduzido aqui em todos os seus detalhes. Em Bogotá, áreas degradadas ao longo do corredor foram recuperadas e ganharam centros de lazer com fácil acessibilidade. 

São Paulo precisa há muito de um sistema como o BRT, no qual ônibus de alta capacidade operem em faixas segregadas, tenham prioridade nos cruzamentos e sejam monitorados em tempo real por sistemas de rastreamento. Se forem observadas todas essas condições, será possível alcançar aqui benefícios de que cidades dos Estados Unidos e da China, por exemplo, já desfrutam, como a redução do tempo tanto das viagens como de espera nos pontos de embarque, que são fortes incentivos para a substituição do transporte individual pelo coletivo. O sistema também ajuda a preservar o meio ambiente, porque opera com velocidade média constante, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de poluentes. Em Bogotá, logo após a construção do BRT, a redução do número de acidentes com mortes no trânsito foi de quase 90% e o nível de emissão de poluentes baixou 40%. 

O BRT apresenta boas características para operar numa cidade que precisa de sistemas que possam ser implementados com maior rapidez e menor custo do que o metrô. O custo de construção de um quilômetro de BRT é pelo menos dez vezes menor do que um quilômetro de linha de metrô. Mesmo se comparado aos veículos leves sobre trilhos (VLTs), considerados tecnologicamente mais sofisticados em operações urbanas, o BRT ainda leva vantagem, porque exige metade dos investimentos com pequena diferença de capacidade de transporte de passageiros por hora. 

Quanto ao tempo de construção, o de um corredor operado pelo sistema BRT é dois terços menor do que o do metrô e metade do exigido pelo VLT. Essa relação de custo e tempo de instalação é atraente, inclusive para consórcios interessados em parcerias público-privadas. 

A escolha do sistema, portanto, parece adequada. Resta agora o atual governo se empenhar, como promete, para que esses projetos finalmente se tornem realidade. 

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ONU indica BRT para mobilidade urbana

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A Organização das Nações Unidas (ONU) destacou os benefícios obtidos por cidades que implantaram o sistema BRT (Bus Rapid Transit) no seu transporte coletivo pela redução da emissão de gases tóxicos e melhora na eficiência do serviço, fatores que influenciam diretamente na qualidade de vida dos cidadãos.

Os dados apresentados no relatório “Rumo a uma Economia Verde – Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”, produzido pela ONU, além de ressaltar a alternativa bem sucedida que é o BRT para a mobilidade urbana, aponta a necessidade de os governos apostarem em soluções de mobilidade baseadas em sistemas sustentáveis de transporte.

O documento produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente destaca que Curitiba, primeira cidade do mundo que adotou o sistema de corredores exclusivos, ainda nos anos 1970, houve redução do uso de combustíveis e, consequentemente, 30% a menos na emissão de gases tóxicos. Bogotá, na Colômbia, onde opera o conhecido sistema BRT, Transmilênio, também registrou o declínio de 14% da emissão de gases.

Informações: Embarq® Brasil.




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