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Curitiba vive novo capítulo da mobilidade urbana sustentável

domingo, 30 de junho de 2024

Os novos ônibus elétricos na frota do transporte coletivo de Curitiba é uma das iniciativas da atual administração da Prefeitura para antecipar o futuro da mobilidade urbana. O planejamento – e as ações – da gestão de Rafael Greca prezam pela construção de uma estratégia que combina diferentes modais de transporte, com qualidade no deslocamento urbano para o usuário e reflexos positivos para o meio ambiente.

Os dois maiores projetos do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba focam melhorias e inovações do itinerário de grandes linhas de transporte de passageiros: os novos Inter 2 e BRT Leste-Oeste.

"Curitiba propõe, quando o tema é mobilidade urbana sustentável, uma cidade com menos carros, consumo consciente de energia, ar mais puro, trânsito sob controle e valorização do transporte público", resume o prefeito Rafael Greca.

Ele lembra ainda que são projetos alinhados ao Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), em 2018.

“Reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 2050 para cerca de 20% está entre os principais aspectos do Plano e, para isso, são apontadas soluções para a redução dos deslocamentos por automóveis na cidade, valorizando a mobilidade ativa do cidadão e o uso do transporte coletivo como prioridade do cidadão”, completa Greca.

Inter 2
O Novo Inter 2, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tem três lotes de obras em andamento – Xaxim/Novo Mundo, Tarumã/Capão da Imbuia e Mercês - e outros em início de execução (Seminário/Campina do Siqueira). Estão previstas faixas exclusivas e/ou preferenciais no itinerário do Inter 2, além de um novo miniterminal no Santa Quitéria, que vai promover conexões com as linhas paradoras dos bairros em direção ao Centro.

A estação modelo Agrárias, entregue em maio de 2024, consolida um novo conceito de paradas de ônibus, com conforto térmico sustentado na geração de energia fotovoltaica. Após o período de testes de operação, serão licitadas outras 11 estações Prismas Solares, que serão exclusivas para a Linha Inter 2.

Leste/Oeste
O Ligeirão Leste/Oeste, com recursos do New Development Bank (NDB), terá concluído, em breve, o binário Olga Balster/Nivaldo Braga e segue com as obras de desalinhamento das estações na continuidade da Avenida Maurício Fruet, além de reformas nos terminais Centenário e Vila Oficinas.

Quando concluído, o trajeto do Ligeirão entre o Terminal de Pinhais e o CIC Norte será 23 minutos mais rápido, com apenas 11 paradas no percurso.

Norte/Sul
Entregue em janeiro de 2024, a nova linha Ligeirão Norte/Sul, que liga os terminais do Santa Cândida ao Pinheirinho, trouxe uma redução de tempo de deslocamento de 15 minutos para os passageiros que fazem o trajeto de ida e volta, que poderá ser realizado em até 100 minutos, 15% menos do que as linhas paradoras.

Estruturas renovadas
A infraestrutura e as facilidades para o usuário também fazem parte das entregas no segmento do transporte coletivo. Foram investidos R$ 6,5 milhões em reformas, troca de piso e melhorias de acessibilidade em 120 estações-tubo. Com a conclusão dessa revitalização, 60% das 338 estações-tubo da cidade terão sido revitalizadas nos últimos dois anos.

Terminais também foram adaptados e reformados.

Os terminais Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho receberam painéis fotovoltaicos. A reforma do Terminal Cabral focou a recuperação das duas plataformas de embarque e desembarque do biarticulado, nos dois sentidos (bairro/centro e centro/bairro). Na região Sul de Curitiba, houve ainda a inauguração do Terminal Tatuquara.

Novas linhas de transporte trouxeram mais opções para os passageiros. A implantação do Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho estabeleceu ligação entre o Norte e Sul da cidade pela Linha Verde. Só em 2023, foram outras oito linhas de ônibus: Moradias Iguaçu, Complexo Industrial, Posiville/INC, Rio Bonito, Parque Náutico e Emílio Romani, sem contar as linhas temporárias Natal Barigui e Natal Parque Náutico.
Nas facilidades, novos meios de pagamento foram implantados no sistema, como o uso dos cartões de débito e crédito para compra de passagens e o Curitiba+, um cartão pré-pago que permite, por um valor fixo, utilizar o transporte de maneira ilimitada fora do horário de pico durante 30 dias.

Pedestre como prioridade
Essa infraestrutura está sendo preparada para a mudança da matriz energética para a eletromobilidade na nova concessão do transporte, prevista para ocorrer 2025. Mas as ações também incluem outras iniciativas que se completam e forma a teia da mobilidade sustentável, com os chamados modais verdes, como bicicletas e o caminhar, por toda a capital, além de projetos e intervenções com priorização do pedestre.

O projeto Caminhar Melhor prevê a requalificação de calçadas na cidade no entorno de equipamentos públicos e locais de grande movimento de pessoas e reafirma a prioridade dada ao pedestre.

Desde 2017, a Prefeitura está recuperando passeios no Centro e bairros da capital. Exemplos de locais que já estão contemplados com o projeto Caminhar Melhor são as ruas Kellers, Bley Zornig, Antônio Krainiski, Davi Xavier da Silva, Lea Moreira de Souza Moura, Adolpho Bertoldi. A região do Mercado Municipal e a revitalização da Alameda Prudente de Morais também fazem parte dessa estratégia de valorização do espaço urbano e a conexão intermodais.

Outros espaços receberam intervenções de projetos baseados na mobilidade ativa, com as áreas em que as vias são compartilhadas entre veículos e pedestres. Os entornos das estações na Silva Jardim e Carlos Dietzsch, na República Argentina e a Rua Voluntários da Pátria receberam novos pavimentos, iluminação, paisagismo e integração dos espaços, estimulando a cultura da priorização do pedestre.

O estímulo ao uso da bicicleta em Curitiba está contemplado no Plano Cicloviário, que prevê até o fim de 2025, mais de 400 km de ciclovias espalhada pelos bairros. Atualmente, Curitiba já conta com uma malha cicloviária de 281,4 km, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas.

Bikes compartilhadas
No ano passado, a capital recebeu o sistema de bicicletas compartilhadas com estações fixas, que fortalece a ciclomobilidade como componente relevante da intermodalidade do transporte público curitibano. Com a parceria do município com a empresa Tembici, curitibanos e turistas passaram a contar com 500 bicicletas compartilhadas, entre mecânicas e elétricas, disponíveis para locação por meio de aplicativo. Todas as bicicletas têm GPS para evitar furtos ou vandalismo.

Informações: URBS

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Audiência na Câmara discutirá tarifa do transporte coletivo em Curitiba

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O Legislativo deve participar das discussões sobre o futuro do transporte público, em especial sobre a tarifa técnica paga às concessionárias. (Foto: Chico Camargo/CMC) O valor da tarifa do transporte coletivo de Curitiba e a integração com a Região Metropolitana devem ser debatidos na Câmara. (Foto: Chico Camargo/CMC) O Legislativo deve participar das discussões sobre o futuro do transporte público, em especial sobre a tarifa técnica paga às concessionárias. 

O valor da tarifa do transporte coletivo de Curitiba, e a integração com a Região Metropolitana, serão discutidos em audiência pública na próxima quinta-feira (5), às 9 horas, no auditório do Anexo II da Câmara Municipal. O debate terá como base o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) realizado entre o Ministério Público do Paraná, as concessionárias do transporte público e a Urbs, que gerencia o sistema.

De acordo com o vereador Bruno Pessuti (PSC), relator da CPI do Transporte Coletivo na Câmara Municipal, o Legislativo deve participar das discussões sobre o futuro do transporte público, em especial sobre a negociação referente ao estabelecimento do valor da tarifa técnica paga às concessionárias. “Temos a preocupação com este assunto porque a CPI apontou diversas questões que ainda não tiveram solução. Um dos itens que indicamos como irregulares, e que ainda faz parte da planilha que define a tarifa, é o Imposto de Renda das empresas”, diz Pessuti.

O requerimento para a audiência foi aprovado na sessão plenária desta quarta-feira (28). O documento foi apresentado por Jorge Bernardi (Rede), presidente da CPI do Transporte Coletivo, e assinado pelos vereadores Pessuti, Chico do Uberaba (PMN) e Professora Josete (PT) – 407.00014.2015. A audiência foi solicitada pelas entidades que compõem o Fórum Popular de Transporte. “A questão do transporte foi sempre polêmica em Curitiba e objeto de inúmeras investigações e protestos por parte da população. É importante realização dessa audiência pública”, defende Bernardi.

Foram convidados para o debate o presidente da Urbs, Roberto Gregório; o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Maurício Gulin; o supervisor geral do Dieese, Sandro Silva; o professor Lafaiete Neves, da Plenária Popular do Transporte Coletivo; o presidente do Sindiurbano, Valdir Mestriner; o presidente da OAB/PR, Juliano Breda; o conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, Nestor Baptista; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Nelson Gomez; e o advogado Flávio Vilmar da Silva.

Informações: Bem Paraná
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Curitiba: Cidade modelo para o mundo no transporte coletivo

quinta-feira, 31 de março de 2011

A história do transporte coletivo de Curitiba é extensa. O exemplo que hoje é seguido por várias cidades do país foi construído com muito trabalho. Em 1887 foi disponibilizado o primeiro bonde de Curitiba. O transporte era puxado por animais e ligando a Boulevard 2 de Julho (atual início da Avenida João Gualberto) ao bairro do Batel.

Logo após os bondes puxados por animais, surgiu o bondinho, que tinha como objetivo atender à população em massa. O bondinho era dividido em duas categorias. Na primeira classe era obrigatório que os passageiros estivessem calçados. Já no "bond mixto", como era conhecida, a pessoa podiam viajar sem sapatos. Em 1912 os bondes puxados por animais foram vendidos e trocados por bondes elétricos. A mudança aconteceu por conta do número de passageiros, que em 1903 era de 680 mil e aumentou para 1,9 milhão por ano até 1913.

Primeiros Onibus

Em 1928 começaram a circular os primeiros ônibus em Curitiba. O bonde ainda era a preferência da população. Dois anos mais tarde começaram a aparecer às linhas particulares de ônibus. No ano de 1938, 10,9 milhões de pessoas utilizavam bondes e somente 2,6 milhões andavam de ônibus anualmente. As passagens para os ônibus eram mais caras, mas o veículo era mais confortável, rápido e seguro. Com o passar do tempo, as pessoas foram trocando os bondes pelos ônibus e o transporte coletivo de Curitiba foi mudando.

Em 1951 os últimos bondes saíram de circulação.
Uma das grandes revoluções no setor ocorreu em 1955, quando a cidade era atendida por 50 ônibus e 80 lotações. Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba, que estabeleceu as vias estruturais que serviram como eixos com base para a movimentação urbana. O plano foi considerado um dos melhores do mundo e o bom planejamnento fez com que, mesmo 15 anos depois, os 673 ônibus da capital paranaense transportassem 515 mil pessoas diariamente.

Implantação dos expressos

A cidade crescia rapidamente e o transporte tradicional já estava obsoleto e ineficaz para atender à população. A solução foi a implantação dos ônibus expressos, que foram os grandes pelo avanço no atendimento do transporte coletivo. Para os novos veículos, foram implantadas canaletas exclusivas, onde circulavam os ônibus convencionais.

O Departamento de Pesquisa de Veículos da Faculdade de Engenharia Industrial de São Bemardo dos Campos (SP), apresentou ao IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro modelo de ônibus para atender as novas necessidades de transporte urbano. Batizado de "Uiraquitan", em homenagem ao nome indígena dado ao primeiro carro fabricado no Brasil, foi projetado especialmente para o sistema viário de Curitiba.

Em setembro de 1974 entraram em funcionamento experimental os 20 primeiros expressos. A frota partia da praça Generoso Marques e atendia passageiros do Eixo Norte/Sul da capital. O expresso foi comparado a um metrô na superfície.

Os ônibus tinham paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada, onde foram instaladas bancas de revistas, cabines telefônicas e caixas de correio, além da pista própria. Em média, todos os meses, 1,9 milhão de pessoas utilizavam o novo sistema de transporte.

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ônibus foi crescendo. Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de infra-estrutura da cidade. Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a tarifa social. O preço da passagem era único independente do trecho da viagem.

Na década de 80, foi implantada a passagem única. Os terminais foram fechados com roletas de acesso e os usuários podiam trocar de linha dentro dos proprios terminais sem pagar nova passagem. Com isto foi criada a RIT (Rede Integrada de Transporte).

Em 1980, os ônibus articulados com capacidade 80% maior, começaram a substituir gradativamente os antigos expressos. Seis anos mais tarde, em 1986, a Urbanização Curitiba S/A (URBS) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a ser a concessionária, e as empresas operadoras, as permissonárias. No início da década de 90 já existiam 80 linhas alimentadoras para os usuários se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos expressos, 239 linhas em todo o sistema.

Biarticulados

Em outubro de 1991, sob encomenda da URBS, uma empresa começou a desenvolver o primeiro ônibus Biarticulado brasileiro, batizado de "Metrobus". O veículo tinha 25 metros de comprimento e capacidade para transportar até 270 passageiros. Neste período foi implantada uma das maiores novidades do transporte coletivo naquela década.

Foram criadas as Linhas Diretas, atendidas por veículos de cor cinza popularmente chamados de "Ligeirinhos". O embarque e desembarque de passageiros foi introduzido através das estações-tudo, que serviam como pequenos terminais e também possibilitavam ao usuário a troca de linhas sem pagar nova passagem.

Os Biarticulados começaram a substituir também os ônibus utilizados nas linhas do expresso. A cada saída de uma estação-tubo, o sistema é automaticamente acionado para informar aos passageiros qual é o ponto seguinte e quais portas deverão ser utilizadas para o desembarque. Sistema parecido com o usado por alguns metrôs em diversos lugares do mundo.

Em 1996, o sistema de transporte de Curitiba passou a atender a Região Metropolitana. Em 1999, o Sistema Expresso comemorou 25 anos com a inauguração da linha Biarticulado Circular Sul. Em 2000, 57 dos 87 veículos foram substituídos no eixo leste/oeste. Foi criada também a tarifa domingueira, que custa apenas R$ 1, e garante o lazer e o convívio social das famílias de baixa renda.

Maior ônibus biarticulado do mundo


Em 2011 Curitiba completa 318 anos. Como forma de comemoração, a capital ganhou novos ônibus biarticulados. Os veículos são maiores, com 28 metros, e são considerados os maiores ônibus biarticulado do mundo. Os novos ônibus mudaram a cor e agora são azuis.

Os veículos têm vidros com película fumê, exaustores e ventiladores para manter a temperatura interna mais amena, bancos ergonômicos com estofados. Outra novidade é um sinal luminoso que indica a abertura das portas e plaquetas em braille indicando o nome da linha colocadas nos braços e encostos dos bancos reservados aos portadores de deficiência, idosos e gestantes.

Na semana do aniversário de Curitiba foram entregues 97 novos ônibus. Outra novidade é que a capital deve receber cerca de 540 veículos nos próximos quatro meses.

Hoje 2 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, composto por 1980 ônibus, que atendem 395 linhas. O sistema é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, entre outros profissionais.


Fonte: eBand


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Curitiba lança testes com ônibus elétrico da Volvo

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

A Prefeitura de Curitiba lançou, nesta terça-feira (29/8), o início dos testes técnicos com o ônibus 100% elétrico da Volvo, dentro do programa de descarbonização da frota do transporte público da capital. Durante o evento de apresentação do veículo no Parque Barigui, a Volvo anunciou ao prefeito Rafael Greca investimentos futuros de R$ 250 milhões para produção dos primeiros ônibus elétricos na fábrica da montadora na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

“Nós temos muito orgulho da fábrica da Volvo em Curitiba, temos uma história de desenvolvimento e parceria em soluções de mobilidade. Curitiba está empenhada, com muito entusiasmo, em promover a descarbonização. Os ônibus elétricos, não poluentes e mais confortáveis para a população, são o futuro do transporte coletivo da nossa cidade”, afirmou Greca.

O projeto para desenvolvimento de uma plataforma local já está em andamento, segundo o presidente da Volvo Buses na América Latina, André Marques. “Curitiba é onde fica nossa fábrica e nossa sede no continente. Temos uma longa parceria com a cidade no desenvolvimento de ônibus para o sistema de transporte de passageiros, que virou referência no mundo em BRT (Bus Rapid Transit), com os articulados e biarticulados Volvo. Tenho certeza que com os ônibus elétricos seguiremos esse mesmo caminho bem-sucedido. Teremos em breve ônibus elétricos em produção em Curitiba”, completou ele.

Futuro
Sem emissão de CO2 e ruídos, o ônibus elétrico é considerado o futuro da mobilidade nas grandes cidades e é uma das principais agendas do município para os próximos anos, dentro do compromisso de reduzir a emissão de poluentes. A meta é que 30% da frota de ônibus de Curitiba seja de emissão zero até 2030, percentual que deve chegar a 100% até 2050.

O plano de eletromobilidade também integra o Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba, que tem como âncora os projetos das linhas Inter 2, Interbairros II e Leste-Oeste, com financiamentos externos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do New Development Bank (NDB).

O projeto de descarbonização da frota do transporte público prevê testes técnicos, edital de compra dos veículos e ainda a infraestrutura de recarga dos veículos na cidade.
O vice-prefeito e secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel, adiantou que já trabalha em parceria com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) para estabelecer uma estrutura de recarga para o projeto de eletrificação da frota curitibana. "Estamos em tratativas finais para desenvolver um programa de abastecimento para o programa de eletromobilidade da nossa cidade", disse.

Os primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar, no entanto, a partir de junho de 2024. Serão investidos R$ 200 milhões na compra de 70 ônibus que devem ser integrados à frota do município para circular nas linhas Interbairros II e nos Ligeirinhos.

“Curitiba é a primeira cidade do País a executar testes estruturados de ônibus elétricos. Até outubro, seis empresas devem executar testes com nove ônibus elétricos em Curitiba. Além de BYD, Eletra e Marcopolo, que já fizeram testes, e Volvo, que inicia agora, Mercedes e Higer também devem apresentar seus veículos”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo na cidade.

Nos testes, o ônibus Volvo BZL vai circular, a partir da primeira quinzena de setembro, nas linhas Inter 2 e Interbairros II que transportam 135 mil pessoas por dia. Os testes devem durar ao menos 30 dias.

O chassis elétrico BZL Volvo que entra em teste foi fabricado na matriz do grupo na Suécia e adaptado aos padrões de Curitiba. A capital é a primeira cidade a testar o modelo na América Latina. Na sequência, a Volvo pretende demonstrar o seu modelo elétrico em São Paulo, Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia).

Modelo
Com capacidade para 90 passageiros e 12,6 metros, o veículo foi desenvolvido em parceria pelas equipes do Brasil e da Suécia.Com duas portas, e piso baixo, o veículo tem carroceria Marcopolo e entre 250 e 300 quilômetros de autonomia de bateria. Com tempo de recarga de duas a quatro horas, o veículo será carregado no período noturno, na garagem da empresa operadora Sorriso. O ônibus também é equipado com sistema que reduz a velocidade automaticamente próximo a espaço de grande movimento de pessoas, como terminais, próximo a escolas, hospitais e shopping centers, por exemplo.

No teste, serão avaliados itens como o consumo de energia, cumprimento da autonomia preconizada, níveis de ruídos e o desempenho do ônibus em variadas topografias (aclives, declives e plano).

Parceria
A história da Volvo praticamente se confunde com o a do transporte coletivo de Curitiba. Com a montadora, o município desenvolveu, há 31 anos, o ônibus biarticulado, modelo com quatro eixos, duas articulações e capaz de transportar 250 passageiros – mais que o dobro de um veículo convencional – para circular nas canaletas exclusivas.

Durante a primeira gestão de Rafael Greca (1993-1996), foi realizada a remodelação do Eixo Boqueirão com implantação de estações-tubo nas paradas (embarque em nível e pagamento antecipado da tarifa) para dar início à operação dos biarticulados. Em 1995, durante a primeira gestão Rafael Greca (1993- 1996), os ônibus entraram em circulação no eixo Norte-Sul.

O biarticulado foi um dos responsáveis por popularizar o BRT (Bus Rapid Transit), sistema de canaletas exclusivas que tornou a capital paranaense referência mundial no transporte coletivo, com o seu modelo copiado em mais de 182 cidades em todo mundo.

No Brasil, Curitiba também foi pioneira a introduzir os ônibus híbridos da marca em 2012. O projeto atual de ônibus elétricos faz parte do mais recente ciclo de investimentos da Volvo no País: R$ 1,5 bilhão, entre 2022 e 2025.

Informações: Prefeitura de Curitiba
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Quase 100 mil pessoas já andaram de ônibus elétrico em testes em Curitiba

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Quase 100 mil pessoas já tiveram oportunidade de se deslocar em um ônibus 100% elétrico em teste em Curitiba. Desde abril, quando começaram as avaliações, 97.980 passageiros já andaram de ônibus elétrico, segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs).

Já foram testados cinco veículos das marcas BYD, Eletra, Marcopolo e Volvo. Neste momento está em teste o da Volvo, na linha Interbairros II, uma das mais importantes de Curitiba, que transporta 65 mil pessoas por dia e tem 42,5 quilômetros de trajeto.  

O projeto da Prefeitura prevê a substituição gradativa dos ônibus a combustão pelos elétricos na frota urbana.

Os ônibus
Além de não poluente, com zero emissões, o ônibus elétrico vem caindo no gosto dos usuários, que estão tendo uma amostra de como será a tecnologia que começa a ser integrada à frota da cidade a partir de 2024. Até 2030, 30% da frota será elétrica, percentual que subirá para 100% em 2050.

“Eu já andei de ônibus elétrico várias vezes e gosto porque ele é confortável, é melhor que o ônibus tradicional”, elogia José Rosimauro, 41, porteiro.

“O elétrico é ótimo, faz muito menos barulho, e na volta do trabalho para casa isso é muito melhor. Sempre fico feliz quando vejo que o ônibus que vou pegar é elétrico”, diz Edvaldo Junior, 28, promotor de vendas.

O técnico de manutenção Jonathan Ananias, 30 anos, pegou pela primeira vez um ônibus elétrico na última terça-feira (26/9) no Terminal Hauer.

“Eu já tinha andado no ônibus híbrido, mas nesse é a primeira vez. São muito importantes essas inovações que cuidam do meio ambiente e Curitiba é sempre a melhor nessas coisas. Isso é mais uma prova da qualidade do transporte público da cidade”.

A técnica de laboratório Cíntia Resnauer, 49, também fez sua estreia no ônibus elétrico. “Esse tipo de coisa melhora muito a cidade, para a população e, principalmente, para o meio ambiente. É minha primeira vez no ônibus elétrico e estou gostando.”

Transição da matriz energética
“Curitiba é a primeira cidade do País a executar testes estruturados de ônibus elétricos. O município vem se preparando, de maneira organizada, para a transição da matriz energética”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs, que gerencia o transporte coletivo na capital.

Os primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar oficialmente no transporte coletivo a partir de junho de 2024. A Prefeitura já anunciou que serão investidos R$ 200 milhões na compra de 70 ônibus – 42 tipo padron e 28 articulados - que devem ser integrados à frota do município para trafegar nas linhas Interbairros 2 e Ligeirinhos.  

Testes
Os testes técnicos vão até o fim de outubro e nas próximas semanas devem entrar em avaliação um veículo articulado Eletra e um padron Marcopolo, adianta Celso Ferreira Lucio, gestor da área de especificação e inspeção da frota. Segundo ele, nos testes são avaliados itens como o consumo de energia, cumprimento da autonomia preconizada, níveis de ruídos e o desempenho do ônibus em variadas topografias (aclives, declives e plano).

O projeto de descarbonização da frota do transporte público prevê testes técnicos, edital de compra dos veículos e ainda a infraestrutura de recarga dos veículos na cidade.

Segundo Maia Neto, além da sustentabilidade e da redução do impacto ambiental e do conforto para os passageiros, o ônibus elétrico traz vantagens econômicas, com reflexo na tarifa no médio prazo. "O custo de aquisição é maior, mas se dilui ao longo do tempo e o custo de manutenção é menor. Nossos estudos mostram que, dentro de cinco anos, os custos já serão mais vantajosos que os do diesel", afirma.

Informações: URBS

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Curitiba inicia licitação do transporte coletivo

terça-feira, 29 de dezembro de 2009


A Urbs, Urbanização de Curitiba S/A publicou na última quarta-feira (23) em jornais de circulação nacional e estadual o aviso de licitação da operação do sistema de transporte coletivo de Curitiba. Edital e anexos estarão disponíveis no site da Urbs a partir do próximo dia 29.

A licitação será na modalidade Concorrência (005/2009) para seleção de empresas e ou consórcios de empresas para outorga de concessão para prestação e exploração dos serviços de transporte coletivo público urbano de passageiros, com ônibus no município de Curitiba. A concorrência vai combinar os critérios de melhor técnica e menor custo quilométrico, visando a menor tarifa para a Rede Integrada de Transporte (RIT).Esta é a primeira licitação do transporte coletivo da história da cidade tornada possível com a elaboração de uma nova lei e um novo regulamento do transporte coletivo que representam um salto de qualidade no sistema.

Transparência - Referência internacional em transporte coletivo, Curitiba voltou, a partir de 2005, a ser exemplo de inovações no setor. Em janeiro de 2005, enquanto outras grandes cidades aumentavam sua tarifa de ônibus urbano, o preço da passagem era congelado em Curitiba para permitir uma análise detalhada de todo o sistema, feita não apenas pela Urbs, empresa que gerencia o transporte na cidade, mas também pela comunidade.
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Em Curitiba, Manutenção da estrutura do transporte coletivo custa R$ 30 milhões por ano

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A manutenção da estrutura do transporte coletivo em Curitiba – equipamentos e custeio – vai representar, neste ano, uma despesa de R$ 30 milhões para o Município. São gastos com a manutenção de terminais, estações, pontos de parada de ônibus, reposição de equipamentos vandalizados, despesas de água, luz, vigilância, manutenção de software, manutenção de núcleos de atendimento ao usuário em Ruas da Cidadania e compra de cartões transporte, entre outros.

A despesa de manutenção não está contemplada na planilha de custos da tarifa sendo, portanto, bancada com recursos do Município. A conta não inclui investimentos na estrutura viária, em que o transporte coletivo é prioritário, tampouco na iluminação de pontos de ônibus e na manutenção, reparos e melhorias da pavimentação das canaletas do sistema Expresso.

Se levado em conta o custo de pessoal de operação, engenharia e fiscalização, que é custeado com a taxa de administração de 4% do Fundo de Urbanização de Curitiba, esse valor sobe para algo em torno de R$ 60 milhões.

Só a manutenção dos 21 terminais localizados em Curitiba, o que inclui o Guadalupe, que é metropolitano, representa uma despesa anual de R$ 12 milhões. Mais R$ 11 milhões são gastos na manutenção das 357 estações tubo e 6,5 mil pontos de parada de ônibus.

A compra de cartão transporte representa em torno de R$ 500 mil por ano. O cartão é gratuito para o usuário, que só vai pagar uma taxa equivalente a cinco passagens (atualmente R$ 13,50) para fazer a segunda via, em caso de extravio, roubo ou mau uso que danifica o cartão.

A manutenção do Centro de Controle Operacional (CCO) representa em torno de R$ 240 mil por ano, o que não inclui o pagamento de parcelas de contrapartida a financiamentos para implantação do Sistema Integrado de  Mobilidade (R$ 62 milhões). O custo de manutenção dos terminais também não inclui o pagamento da contrapartida na reforma e ampliação do terminal Santa Cândida (R$ 11,5 milhões).

Vandalismo

Os custos do transporte coletivo incluem gastos significativos com a reposição de materiais e conserto de equipamentos vandalizados. São, por ano, em torno de R$ 300 mil em consertos de estações tubo – elevadores, portas, mecanismos elétricos. Esse valor não inclui gastos com a troca de vidros, que é feita pela Clear Channel, em troca da exploração de espaços publicitários. São, em média, por mês, em torno de 50 vidros.

Ao contrário do que ocorre em estações e terminais, o vandalismo nos ônibus acaba pesando na tarifa, uma vez que as empresas são remuneradas por gastos com peças e acessórios. De janeiro a setembro deste ano, 880 ônibus foram alvo de vandalismo, o que representou um prejuízo de R$ 206 mil.

O vandalismo também é responsável por uma despesa extra (e nesse caso não incluída na tarifa do transporte coletivo) de R$ 1,5 milhão em gastos previstos para este ano com conserto ou reposição de cabos de conectividade, câmeras e painéis em terminais e estações tubo.

Além do monitoramento do sistema através de câmeras e GPS, a Urbs iniciou neste ano um programa voltado a envolver a comunidade na melhoria do transporte coletivo, passando também pela prevenção e combate ao vandalismo.

Todos os meses, grupos de diferentes setores são convidados para uma palestra sobre o funcionamento, a logística e o custo do transporte coletivo. Já foram feitos encontros com integrantes, por exemplo, com integrantes do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e Associação Comercial do Paraná (ACP). Na sequência serão convidados membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná. Em linguagem apropriada para a faixa etária, também são promovidos encontros mensais com estudantes do 5º ano do ensino fundamental da rede municipal de ensino.

Informações: Urbs

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Curitiba ganhará mais 68 quilômetros de canaletas e faixas exclusivas

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Recursos do governo federal, complementados por contrapartida da Prefeitura de Curitiba, custearão também três projetos de média capacidade considerados prioritários pela Prefeitura para melhorar a mobilidade na cidade. Com esses projetos, Curitiba completará a transformação da Linha Verde numa via de integração metropolitana e ganhará mais 68 quilômetros de canaletas e faixas exclusivas para ônibus (um aumento de 85% sobre os 80 quilômetros atuais).

Os projetos contemplados são: Linha Verde, aumento da capacidade do BRT e Inter 2. Esses projetos, aprovados pelo governo federal, via Ministério das Cidades, somam R$ 640 milhões. Desse total, R$ 408 milhões virão do Orçamento Geral da União e o restante será proveniente de recursos da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Com a execução dos três projetos, serão mais 68 quilômetros de canaletas, além da readequação de 28 quilômetros (projeto BRT).



Linha Verde

Conclusão da transformação da antiga BR-116, em seu trecho urbano, em uma via de integração metropolitana, com canaletas exclusivas de ônibus Expresso.

Trecho Norte: entre o viaduto do Tarumã e o bairro Atuba, incluindo transposições em desnível. Trecho CIC-Sul: entre a Rua Isaac Ferreira da Cruz e o Contorno Sul de Curitiba.

O projeto também prevê a requalificação das calçadas, passagens em nível para acesso aos terminais e estações-tubo, ciclovias e bicicletários de integração com o transporte coletivo. Essa obra viabilizará a retirada dos ciclistas da área de compartilhamento com o transporte coletivo (canaletas de ônibus), para vias adjacentes à Linha Verde, com total segurança.

Aumento da capacidade do BRT

O projeto prevê a readequação das canaletas, de forma a permitir a utilização de linhas de "Ligeirão" mais rápidas e com menos paradas. Prevê ainda adequação de pistas; reforma, ampliação e implantação de novos terminais de ônibus; e priorização semafórica integrada ao SIM (Sistema Integrado de Mobilidade - PAC Mobilidade).

O aumento da capacidade do BRT se completa com a requalificação das calçadas e passagens em nível para acesso aos terminais e estações-tubo, além da implantação de ciclovias e bicicletários de integração ao transporte coletivo. Com esse conjunto de obras, também ocorre a retirada dos ciclistas da área de compartilhamento com o transporte coletivo (canaletas de ônibus) para vias adjacentes no eixo estrutural, permitindo o transporte não motorizado de forma segura e eficaz.

Inter 2

Ampliação da capacidade da linha Inter 2, conhecida como Ligeirinho, por meio da reestruturação viária do seu itinerário, visando o aumento da velocidade operacional e a regularidade de serviço.

O projeto prevê a implantação de faixas exclusivas, binários de tráfego e priorização semafórica integrada ao SIM (Sistema Integrado de Mobilidade - PAC Mobilidade), além do compartilhamento de trechos de canaletas, reforma e reconstrução de terminais de transporte, ampliação e relocação de estações-tubo, alterações geométricas em cruzamentos saturados e construção de trincheira.

Por fim, o projeto Inter 2 permitirá a requalificação de calçadas e passagens em nível para acesso aos terminais e estações-tubo, implantação de ciclovias e construção de bicicletários de integração com o transporte coletivo. O projeto permitirá, ainda, a retirada dos ciclistas da área utilizada pelo transporte coletivo, para vias adjacentes ao trajeto do Inter 2, garantindo a segurança dos usuários de transporte não motorizado.

Informações: URBS
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Em Curitiba, Linha Verde terá Ligeirão com rota ampliada e nova linha urbana

terça-feira, 11 de junho de 2024

A entrega das pistas do trecho final da Linha Verde pelo prefeito Rafael Greca, neste domingo (9/6), abre espaço para novas melhorias no transporte urbano da cidade. A Prefeitura prepara a ampliação da linha 350-Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho, que hoje liga o Bairro Alto ao Pinheirinho, e a implantação de uma nova linha urbana, a Atuba/Santa Cândida, até o fim do ano.

“A liberação do trânsito na Linha Verde e das estações-tubo levarão a ligação do Norte ao Sul da cidade a outro patamar, facilitando não apenas a vida de quem mora em Curitiba, mas também da população da região metropolitana, com as várias integrações do sistema”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs).

Após as entregas das estações-tubo Solar e Atuba, previstas para ocorrer até novembro, a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, vai ampliar o Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho, que hoje tem 29 quilômetros, para 35 quilômetros, passando a ligar o Atuba ao Pinheirinho. 

Ampliada, a linha passará a se chamar Atuba/Pinheirinho e a frota de ônibus passará de quatro para 12 veículos, todos articulados.

Mais passageiros
Primeira linha a ligar as regiões Norte e Sul da cidade pela Linha Verde, o Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho foi inaugurado em 2021 e transporta 8 mil pessoas por dia. Com a ampliação, a expectativa é que esse número passe a 20 mil passageiros/dia, segundo Sergio Luis de Oliveira, gestor da área de operação do transporte coletivo.

Estações-tubo
O Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho atualmente conta com nove estações-tubo e ganhará mais cinco.

Segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas, as estações-tubo Solar e Atuba, na área de abrangência do Lote 4.1, estão sendo implantadas pela empresa Conex. A primeira tem conclusão prevista para julho e a segunda para novembro. Elas são fundamentais para a extensão da rota no sentido norte.

Estão previstas também as novas estações-tubo no sentido sul: Jardim Botânico, UFPR e Avenida das Torres (Erasto Gaertner), cuja execução é feita pela empresa Dang. A implantação destas cinco estações-tubo está a cargo de contratos distintos do lote 4.1, cuja liberação das pistas que servem ao trânsito foi neste domingo. A previsão de entrega das obras da estação Jardim Botânico está marcada para setembro e as outras duas em dezembro.

Integração
O Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho é um importante canal para a integração entre Curitiba e Região Metropolitana, possibilitando ao passageiro fazer a troca de ônibus nas estações-tubo ou no terminal sem pagar outra passagem.

Atualmente 18 linhas urbanas e metropolitanas fazem integrações nas estações-tubo do Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho, sem contar as conexões que podem ser feitas no Terminal do Pinheirinho, o maior da cidade, por onde circulam 49 linhas, sendo quatro metropolitanas.

Nova linha
Além da ampliação do Ligeirão, Curitiba ganhará uma nova linha. Com a implantação da estação-tubo Atuba, prevista para novembro, será colocada em operação a nova linha Atuba/Santa Cândida. Com 6 quilômetros, a rota vai ligar o Terminal Santa Cândida à estação-tubo Atuba pela Rua Mascarenhas de Moraes. A expectativa é que a linha transporte 9 mil pessoas em dias úteis, permitindo a integração também com linhas que vêm de Quatro Barras, Colombo e Campina Grande do Sul.

A nova linha será intercambiável, com embarque e desembarque em pontos tradicionais e também em estação-tubo. Os veículos, articulados, têm portas em ambos os lados, para que os passageiros possam tanto acionar a estação-tubo como os pontos no trajeto.

Informações: URBS

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Tarifa Zero em Curitiba? é possível

terça-feira, 11 de julho de 2023

A proposta considera o transporte um direito social, buscando garantir a existência de um sistema de transporte público universal e sem cobrança ao usuário, assim como ocorre com outros direitos sociais, a exemplo de saúde e educação. A proposta entende o “direito social ao transporte” uma obrigação do Estado sem a cobrança de tarifa do usuário, propondo algumas formas de financiamento, entre elas a contribuição por uso do sistema viário, a ser paga por empregadores e por proprietários de veículos automotores, além de não desconsiderar a responsabilidade do Estado no financiamento do sistema de mobilidade, estabelecendo financiamento do sistema por parte da União Estados, Distrito Federal e Municípios, com recursos de seus orçamentos próprios.

No caso de Curitiba, a Rede Integrada de Transporte vem apresentando redução do número de passageiros pagantes desde os anos 90. Apenas em relação a dez/2015, constatou-se redução de praticamente 45% no número médio mensal de passageiros pagantes equivalentes, que caiu de 18,8 para 10,4 milhões. Um dos fatores que ocasionou esta queda foi o aumento expressivo da tarifa paga pelos usuários, que desde nov/2014 aumentou 110,53%, percentual 27,72% superior a inflação acumulada no período de nov/2014 a fev/2023 (INPC 64,84%).
Com base nos dados da URBS de janeiro de 2023, verificou-se que o custo por quilometro era de R$ 12,0835 e que a Quilometragem média mensal rodada no sistema era de 6.264.735,32, que caiu 27% desde dez/2015. Portanto, o custo médio mensal da Rede Integrada de Transporte de Curitiba era de R$ 75,7 milhões e o anual de R$ 908,4 milhões, o que equivale a 8,61% das Receitas Correntes do Município de Curitiba em 2022 (R$ 10,547 bilhões).

Atualmente, o pagamento às empresas é realizado por passageiros pagantes equivalentes, tendo como referência a Tarifa Técnica, calculada a partir da divisão do Custo por Km (R$ 12,0835) pelo IPK – Índice de Passageiro por Km (1,6565), resultante da divisão dos Passageiros Pagantes Equivalente (média mensal 10.377.446) pela Quilometragem rodada no sistema (média mensal 6.264.735,32), atualmente em R$ 7,2947. Como a Tarifa Social que é paga pelos usuários está em R$ 6,00, então 82,25% do financiamento do sistema é feito pelos usuários e 17,75% pela Prefeitura, através de subsídio, que atualmente é de R$ 1,2947 por passageiro pagante, e vem aumentando muito nos últimos anos.

Dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) apontam que, em Curitiba, existiam 905.840 trabalhadores formais, com remuneração média, em dezembro de 2021, de R$ 4.220,87. Isso quer dizer que o custo mensal da Rede Integrada de Transporte Curitiba equivale a apenas 1,98% da massa salarial dos trabalhadores curitibanos.

Atualmente os trabalhadores celetistas têm direito ao vale transporte, com desconto de até 6% do seu salário, que pode se tornar uma receita do município parafinanciar o transporte coletiva. Atualmente, um trabalhador que ganha 2 saláriosmínimos (R$ 2.640,00) e que utilize 2 vales transportes por dia, em 22 dias úteis, teria o custo total mensal de R$ 264,00. O trabalhador paga 60% deste valor (R$ 158,40) e a empresa 40% (R$ 105,60).

Outra informação importante para a discussão da implantação da Tarifa Zero em Curitiba é a frota de veículos, tendo em vista a possibilidade de criação de uma contribuição por uso do sistema viário, a ser paga pelos proprietários de veículos automotores, conforme proposta que consta na PEC 25/2023. Em maio de 2023 era de mais 1,5 milhão de veículos. Deste total, 65,8% são Automóveis, 9,5% Motocicletas, 7,4% caminhonetes e 6,1% Camioneta, concentrando 88,8% dos veículos do município. A frota de ônibus representava apenas 0,4% do total (6.618 unidades).

Em outras palavras, e considerando os dados mais recentes do Censo 2022, em Curitiba2 existe uma relação 1,7 automóvel por habitante, uma das maiores do país. Num momento em que é discutida transição energética e descarbonização, redução das emissões de CO2, sobretudo nos meios de transporte, seria importante encontrar maneiras de ampliar e incentivar o uso de transporte com caráter coletivo.
Assim, diante das informações apresentadas neste artigo, fica claro que existe a possibilidade de implementação da Tarifa Zero em Curitiba, podendo seu financiamento ser realizado de forma tripartite: governos (federal, estadual e municipal), empresários e proprietários de veículos, ocasionando aumento da renda disponível de parte da população, principalmente a mais pobre, impactado positivamente na economia, inclusive aumentando a arrecadação de impostos.

Lembrando, que os contratos de concessão para prestação e exploração dos serviços de transporte coletivo público urbano de passageiros, com ônibus, no Município de Curitiba vencem em setembro de 2025, havendo necessidade de mudar a forma de pagamento das empresas de tarifa técnica pôr quilometro, revisar a metodologia de cálculo e atualizar os coeficientes técnicos de consumos,
possivelmente reduzindo seu custo atual, sendo essencial o aumento da transparência e criação de um controle social efetivo.

*Sandro Silva é Economista e supervisor técnico do DIEESE-PR, participou da Comissão de Análise da Tarifa do Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Curitiba em 2013.

Informações: Bem Paraná
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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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