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Governo de Pernambuco não investe no transporte coletivo

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Na marcha ré, é assim como se portou o transporte coletivo de Pernambuco neste ano com o novo governo Raquel Lyra, pois de fato a Região Metropolitana do Recife onde são transportados todos os dias mais de 2 milhões de usuários o sentimento é que o sistema não melhorou em nenhum quesito, seja nas melhorias na operação ou seja nas decisões que atingem diretamente os usuários.

Também pelo fato de o Governo do Estado está devendo milhões as empresas permissionárias acarretando desequilíbrio na  rentabilidade e consequentemente falta de melhorias na renovação de frota.

Subsídio 

Essa medida é fundamental para garantir o acesso ao serviço de transporte público essencial para a mobilidade dos soteropolitanos. No Brasil, o subsídio é uma realidade em diversas cidades, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza, onde a gestão subsidia parte dos custos para evitar a cobrança da tarifa técnica. Na Região Metropolitana do Recife, parte dos custos é subsidiada pelo governo estadual.

Neste ano, a capital paranaense anunciou um subsídio de R$ 200 milhões para segurar o reajuste da tarifa em 9%, colocando o custo da passagem a R$ 6, e não cobrar o valor da tarifa técnica, que é de R$ 7,32. Já a Prefeitura de Fortaleza, onde a tarifa foi reajustada em 15% neste ano, anunciou um subsídio de R$ 90 milhões. No Rio de Janeiro, onde a passagem foi reajustada neste ano em 6,17%, a prefeitura paga um subsídio de R$ 800 milhões para evitar que a tarifa técnica de R$ 6 seja cobrada.

Essa medida serve segundo especialistas como forma de melhorar a prestação do serviço para a população, buscando calcular a tarifa adequada para que as empresas possam recuperar sua capacidade de investimentos. A tarifa técnica diz respeito ao custo de operação. 

Hoje segundo os especialistas, a questão dos subsídios no sistema se tornou imprescindível, visto que a tarifa por demanda não paga mais o sistema e simplesmente o Governo atual até agora não apresentou nenhuma proposta para ver o quanto irar precisar para subsidiar o sistema, sabe-se que até 2020, os subsídios diretos e indiretos aos sistema eram na ordem de R$ 250 milhões por ano.

Em 2023 o Governo Raquel Lyra retirou 200 coletivos para atender aos mais de 2 milhões de passageiros que usam o Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR (STPP) numa clara desatenção e falta de prioridade aos usuários que se espremem nos coletivos em horários de pico.

Falta de escuta popular

Pela primeira vez desde que foi criado em 2007, o CSTM (Conselho Superior de Transporte Metropolitano) não se reuniu nenhuma vez sequer esse ano de 2023, pois é dentro do conselho que sai as deliberações e decisões muitas vezes vindas dos representantes dos usuários que participam.

Hoje os usuários ainda carecem de um sistema de monitoramento que dê aos mesmos mais confiança em saber a pontualidade dos ônibus, pois de fato nada avançou no que diz respeito a painéis nos terminais e estações BRT´s.

Falta de prioridade a quem é prioridade

O fato é que o Governo do Estado até agora só tomou medidas que são contra a mobilidade urbana em si como descontos do IPVA para os carros e incentivo a motos com isenção de impostos e essa será nossa próxima matéria.

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Ônibus elétrico Mercedes-Benz é destaque no Fórum Transporte Sustentável

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Totalmente desenvolvido e produzido no Brasil, o ônibus elétrico urbano a baterias da Mercedes-Benz, modelo eO500U, foi exposto aos participantes do Fórum Transporte Sustentável, realizado, no dia 29 de novembro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, capital.

Dessa forma, a solução da marca ganhou destaque neste evento da OTM Editora e RM Conexões que reconhece e valoriza as boas práticas em ESG como pilares do desenvolvimento de negócios nas indústrias, empresas de transportes de passageiros, cargas e logística

Essa foi a 5ª edição do Fórum, que reuniu especialistas e profissionais do setor para um dia de apresentações e debates sobre temas como novas tecnologias para o transporte sustentável, descarbonização, eletrificação, mudanças do clima e vários outros.

Mike Munhato, gerente de eMobility da Mercedes-Benz do Brasil, foi um dos participantes do “Painel Rodoviário de Cargas e Passageiros – os Últimos Avanços”.

eO500U já é realidade na produção e nas vendas para o Brasil
A Mercedes-Benz entregará, ainda este ano, as primeiras 50 unidades do eO500U para as empresas Metrópole Paulista (40 unidades), MobiBrasil (8) e Sambaíba (2), operadoras do sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo. Ou seja, a fabricação em série do chassi de ônibus elétrico a baterias da marca já é realidade na moderna linha de produção 4.0 da Empresa em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

“Além dessas 50 unidades, clientes da marca já sinalizaram que pretendem adquirir mais de 500 ônibus eO500U”, afirma Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Com isso, nosso ônibus elétrico estará cada dia mais presente nas vias e no sistema de transporte coletivo urbano da capital paulista”.

Sintonia com os pilares ESG e a descarbonização do transporte
“Este expressivo volume de ônibus elétricos reafirma a entrada da Empresa na era da eletromobilidade com veículos comerciais no País”, afirma Achim Puchert, presidente da Mercedes-Benz do Brasil & CEO América Latina. “É muito significativo o fato de começarmos essa jornada por São Paulo, a maior cidade do País e da América Latina, que utiliza fortemente os ônibus em seu sistema de transporte coletivo. Assim como a Prefeitura Municipal e nossos clientes, nós também temos o compromisso de buscar soluções de descarbonização no transporte, contribuindo para a melhor qualidade do ar e a preservação ambiental”.

Segundo o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, veículos elétricos são sinônimos de transporte sustentável e já fazem parte do portfólio mundial multissoluções da marca para os clientes.

“Agora, nosso eO500U também está neste portfólio, sendo protagonista para a Daimler Buses no Brasil e na América Latina. Os benefícios para a sociedade são inquestionáveis: zero emissão de carbono, zero poluição do ar, totalmente silencioso e com menores custos durante todo o ciclo de vida do veículo”, ressalta Achim Puchert. “Com este produto, nossa operação brasileira segue alinhada à estratégia global da Daimler Truck de práticas de ESG, reafirmando seu compromisso com a mobilidade sustentável e com a descarbonização”.

eO500U assegura eficiência tecnológica e econômica
“O eO500U é uma solução que reforça o compromisso da Mercedes-Benz em oferecer uma alternativa sustentável para a mobilidade urbana. É também um produto focado na eficiência tecnológica e econômica para as empresas de ônibus e gestores do transporte coletivo”, diz Mike Munhato, gerente de eMobility da Mercedes-Benz do Brasil.

O mais novo membro da linha O 500 é um modelo Padron 4×2 de piso baixo, para carroçarias de até 13,2 metros. Entre seus diferenciais está a autonomia de 250 km, a maior entre os ônibus elétricos no País. E também a maior capacidade de transporte de passageiros do segmento.

O sistema de recarga de baterias é do tipo plug-in, mesmo padrão tecnológico utilizado pela Daimler Buses em seus ônibus elétricos, levando até três horas para a recarga completa. A nova geração de baterias NMC3 é a mesma utilizada nos ônibus Mercedes-Benz eCitaro na Europa. 

O eO500U traz para o motorista e o usuário uma experiência única, com uma condução suave, muito confortável e totalmente silenciosa.

O conceito eletroeletrônico do veículo brasileiro segue parâmetros do ônibus integral eCitaro da Daimler Buses. Isso engloba baterias, direção elétrica, motores elétricos, eixos e outros itens.

Solução com a qualidade e a confiabilidade da marca para as cidades
“Nosso ônibus elétrico traz a qualidade e a confiabilidade da estrela de três pontas”, ressalta Walter Barbosa. “A decisão estratégica de apresentar uma solução em eletromobilidade primeiramente em ônibus urbano foi pensando no coletivo e no cenário das cidades. Nós temos experiência de 67 anos no Brasil, sempre oferecendo novas tecnologias para o transporte”.

“E reforçando ainda mais o compromisso com a sustentabilidade, o eO500U já está credenciado junto ao BNDES para financiamento via Finame – Baixo Carbono”, informa Walter Barbosa. “O BNDES é um aliado forte das empresas de transporte para financiamento de ônibus e renovação de frota, o que é ainda mais relevante no caso dos elétricos. Esse apoio é imprescindível para que o Brasil avance no campo da eletromobilidade e da descarbonização, o que trará benefícios ao meio ambiente, à qualidade do ar nas cidades e à sociedade como um todo”.

Suporte e serviços especializados em eletromobilidade
Como sempre acontece, a Mercedes-Benz dará suporte a todos que fazem parte do ecossistema da eletromobilidade, especialmente nesse momento inicial de transição do motor diesel para a tração elétrica.

Para isso, a Empresa conta com a equipe de eMobility, que centraliza todas as ações ligadas ao novo produto e ao novo segmento de mercado. Ela dará apoio a clientes, motoristas, profissionais de oficina, gestores do transporte público, concessionários da marca, encarroçadores e demais parceiros.

Mais do que lançar um novo produto, o chassi de ônibus elétrico representa um novo passo da Mercedes-Benz do Brasil na direção de um ecossistema que inclui também serviços exclusivos e dedicados aos veículos elétricos.

A gama de serviços inclui uma consultoria especializada às empresas de ônibus e aos gestores do transporte coletivo urbano no que se refere ao funcionamento do veículo, infraestrutura de abastecimento de energia e de recarga das baterias e gestão de frota com ônibus elétricos.

Além disso, os concessionários da marca estão sendo treinados e têm estrutura preparada para o atendimento especializado a clientes de ônibus elétricos. 

Informações: Revista Capital Economico

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Transcol se moderniza e é opção para quem quer trocar carro por ônibus

domingo, 10 de setembro de 2023

Pesquisa realizada pela CNI nas grandes cidades do Brasil, revela as principais necessidades dos passageiros de transporte público e de que forma elas podem ser atendidas. Resultados ajudam a entender como a população pode priorizar o ônibus no lugar do carro, e ainda mostram: o Transcol está no caminho da modernização dos serviços

O que faria você trocar o carro pelo ônibus para se deslocar no dia a dia? Mais conforto e qualidade dos veículos? Maior rapidez nas viagens? Redução no tempo de espera dos coletivos? Para 2.019 brasileiros não usuários do transporte público, todos estes fatores são levados em conta para que eles possam migrar para o ônibus. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no último dia 10 de agosto. O levantamento foi realizado entre os dias 1° e 5 de abril, nas principais cidades do país.

Na Região Metropolitana da Grande Vitória, não é difícil encontrar pessoas que se encaixam nessa estimativa. Quem já utiliza o ônibus também se sente mais motivado a embarcar nos coletivos, diante da melhoria na prestação dos serviços, afirmam especialistas no setor.

“Não é à toa que o Sistema Transcol já conseguiu trazer de volta mais de 95% dos passageiros que utilizavam os ônibus metropolitanos no período pré-pandemia da Covid-19. Sendo um dos sistemas que mais trouxeram clientes de volta ao coletivo no Brasil”, comemora o membro do comitê executivo do GVBus, Anderson Lopes.
Transporte por ônibus precisa se modernizar
A realidade é que, para atrair passageiros, é preciso modernizar o transporte por ônibus. E a modernização passa pelo uso de tecnologias e projetos em mobilidade que simplifiquem a jornada do usuário. Assim já opera o Sistema Transcol!

Quer exemplos? Então confira essa relação que preparamos com as principais ações desenvolvidas pelas empresas operadoras para satisfazer as necessidades da população que utiliza o transporte público na Grande Vitória.

Novas faixas para ônibus na Terceira Ponte
Apesar de não ser uma medida implementada pelas empresas operadoras, as novas faixas exclusivas para ônibus, táxis, motos e veículos de emergência impactam diretamente na melhoria dos serviços de transporte público na Região Metropolitana. Isso porque, com as pistas, os ônibus passam a ter prioridade no trânsito na Terceira Ponte. Resultado: menos tempo dentro do coletivo e mais pessoas transportadas, já que um ônibus equivale a 40 carros a menos nas ruas.

Veja, por exemplo, nesta reportagem divulgada pela TV Vitória. Passageiros que usam diariamente a Terceira Ponte para trabalhar ou estudar relatam que o tempo de viagem reduziu pela metade, com as recém-inauguradas faixas destinadas aos ônibus.

Entregues no último dia 27 de agosto, as pistas foram construídas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi). As obras, aliás, comprovam que a melhoria da qualidade do transporte coletivo não depende somente das empresas que operam o setor. É preciso que haja parceria com o poder público. Afinal, modernizar o transporte por ônibus é, antes de tudo, uma política de mobilidade urbana.

Bilhete Único Metropolitano
Em 2019, graças à mudança de tecnologia utilizada na Bilhetagem Eletrônica do Sistema Transcol, foi implantado o bilhete único metropolitano, o CartãoGV, que permitiu a integração dos cartões municipais e, também, das tarifas. Com isso, o passageiro pode circular por toda a Região Metropolitana da Grande Vitória, utilizando um único cartão e pagando apenas uma tarifa.

Além da praticidade, o bilhete único contribui para agilizar os embarques, reduzindo as filas, bastante comuns na época em que o pagamento da tarifa era feito em dinheiro. Da mesma forma, o tempo de viagem fica mais rápido. Sem contar que o CartãoGV é mais seguro, pois conta com tecnologia antifraude, o que inibe a utilização de forma indevida por terceiros. E em caso de roubos e extravios, é possível ao usuário recuperar o saldo assim que o cartão é bloqueado.

Ampliação 
Com a implantação do CartãoGV, o Sistema Transcol foi ampliado, e, em maio de 2021, incorporou o Sistema Municipal de Vitória. Começava a integração. As linhas alimentadoras passaram a operar nos bairros, em substituição aos Verdinhos, e os moradores da capital passaram a acessar algumas linhas troncais sem pagar uma nova tarifa e sem precisar ir a um terminal de integração.

Recentemente, o Novo Sistema Aquaviário também foi incorporado ao Transcol, dando mais opções aos passageiros, e permitindo que a viagem seja integrada a algumas linhas de ônibus.

Conexão temporal
A integração das linhas, por sua vez, permitiu a criação do sistema de conexões temporais nos municípios de Vitória, Serra, Viana, Cariacica e Fundão.

Tal inovação trouxe mais possibilidades de deslocamento para acessar diversos bairros da Região Metropolitana, permitindo ao passageiro passar na roleta sem pagar uma nova tarifa, desde que o embarque no ônibus seguinte ocorra dentro de um determinado período e em linhas específicas. O CartãoGV é indispensável para utilizar a conexão temporal.

Renovação de frota
Pensando no conforto dos passageiros, os consórcios operadores iniciaram, em 2019, a renovação e ampliação da frota do Sistema Transcol. Mais de 600 novos ônibus foram adquiridos desde então, todos com ar-condicionado. Até o final de 2023, a expectativa é chegar a 750 novos veículos. Os investimentos são realizados em parceria com o Governo do Estado.

ÔnibusGV
A fim de proporcionar uma melhor experiência ao passageiro, as empresas operadoras apostam também na tecnologia. O aplicativo ÔnibusGV oferece uma série de funcionalidades e passa por atualizações constantes.

Além da previsão de horário dos ônibus, o aplicativo permite que o usuário acesse a rede wi-fi durante a viagem, bem como o sistema InBus, que permite visualizar a lotação dos coletivos. O app ainda conta com uma plataforma de entretenimento, a primeira do tipo em ônibus urbano no País.

Diversificação das formas de recarga e pagamento da tarifa
Seja com o CartãoGV em mãos ou diretamente pelo celular, o usuário pode escolher de que forma deseja pagar a tarifa. Para quem prefere utilizar o bilhete único físico, há opções de recarga online. Basta baixar no celular um dos aplicativos disponíveis (UUDI, Recarga Pay, Banestes, Pic Pay e Kim) e adquirir os créditos.

Já quem prefere pagar a tarifa pelo celular, sem precisar utilizar o CartãoGV físico, tem a opção do QR Code. É só baixar o app Kim, fazer um cadastro e, após o pagamento, gerar os códigos na tela do celular, para serem apresentados no validador do ônibus na hora do embarque. Prático, não é mesmo?

Ampliação da rede de parceiros para revenda do CartãoGV
O GVBus trabalha de forma constante para ampliar a rede de parceiros para venda e recarga do CartãoGV. São mais de 250 pontos espalhados pela Grande Vitória, incluindo estabelecimentos comerciais, máquinas de autoatendimento instaladas nos shoppings, estações do Novo Sistema Aquaviário e terminais de integração do Sistema Transcol, além dos agentes de vendas e das lojas do GVBus.

Os locais são uma opção para quem prefere adquirir os créditos do cartão de passagem de forma presencial. E é possível pagar a recarga tanto em dinheiro, quanto via cartões de crédito e débito, dependendo do ponto de venda.

Estar atento às necessidades do cliente, oferecendo meios para que ele tenha melhor controle do tempo dentro do ônibus, facilidades no pagamento da tarifa e conforto na prestação do serviço, são a base da modernização do transporte público coletivo. E isso tudo o Sistema Transcol faz questão de colocar em prática!

Fonte: NTU e Portal de Notícias Estadão
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Especialistas sugerem revisão de todo o sistema de transporte de Campo Grande

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Para os especialistas ouvidos pelo Correio do Estado, a solução para melhoria do transporte em Campo Grande passa por um estudo aprofundado dos deslocamentos no perímetro urbano da Capital, que, muito provavelmente, indicará mudanças de trajetos das linhas atuais em operação do sistema de transporte coletivo. 

Um estudo como esse, contudo, de nada adiantaria sem que estivesse integrado com outras formas de organizar a ocupação urbana do município, como a Lei de Uso do Solo e o Plano Diretor, por exemplo. É o que pensa o arquiteto, urbanista e professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Ângelo Arruda. 

"Foi na gestão do prefeito Lúdio Coelho que a gente teve o SIT [Sistema Integrado de Transporte], que foi elaborado pelo colega Jurandir Santana Nogueira, que já faleceu. Ele criou as estações de transbordo, os terminais, o planejamento de curto, médio e longo prazos. De lá para cá, o município dobrou de população, e o sistema continua o mesmo. Precisamos de um plano municipal de transporte e mobilidade", argumenta Ângelo Arruda.

Arruda diz que soluções para mobilidade não são uma tarefa burocrática, que vai tratar apenas de financiamento. "É uma equação que tem de estar alinhada e aliada com o uso do solo, com o Plano Diretor, com as políticas compensatórias, com as incentivadoras, e é isso que nos falta hoje na cidade de Campo Grande", explica o arquiteto. 

"A mobilidade hoje se tornou um problema: muita gente andando de carro e motocicleta, com uma atividade pendular centro-bairro, bairro-centro", diz. Arruda lembra que, por mais que os bairros estejam fortalecidos (leia reportagem nesta edição), os empregos gerados nos bairros ainda não são suficientes para segurar a população local onde ela mora. "Moral da história: muita gente na rua, muito veículo, muita demanda por transporte. E o sistema que existe simplesmente precisa ser renovado", analisa. "Mas precisa ser um sistema de transporte diferente, com modais mais robustos, veículos com maior capacidade de cargas, quem sabe um VLT [veículo leve sobre trilho]?", acrescenta. 
Ângelo Arruda lembra que quando o ex-prefeito (e ex-governador) desativou os trilhos, no início da década de 2000, ele sugeriu a instalação de VLTs no espaço por onde passava a ferrovia. "Me disseram que isso só seria viável quando a cidade tivesse 1 milhão de habitantes. Pois bem, estamos quase lá", comenta. 

DISCUSSÃO AMPLA
O engenheiro de formação, mas que estuda o ambiente urbano e faz projetos urbanísticos Fernando Madeira também acredita que o sistema de transporte da Capital precisa de uma reformulação. 

"Hoje, o transporte pensado em 1985 talvez não atenda à necessidade que a população tem de transporte. Ou mesmo a necessidade de locomoção por outros meios, como querer andar a pé ou de carro ou de bicicleta", acrescenta. 

Ao ser perguntado sobre a redução do volume de passageiros no transporte coletivo, o que é, além de uma constatação, uma queixa constante do concessionário do transporte coletivo de Campo Grande, o Consórcio Guaicurus, Madeira reitera que os deslocamentos da população necessitam ser observados. 

"Por exemplo, se eu não preciso mais me deslocar para trabalhar, por trabalhar em casa, certamente terei uma menor necessidade de transporte, seja individual, seja coletivo", exemplifica. 

O especialista também lembra que uma grande fonte de deslocamento, o setor de Educação, também mudou. "Até mesmo as universidades têm aulas a distância", diz. 

Uma das alternativas, segundo ele, seria que os responsáveis pelo transporte coletivo observassem a mudança no comportamento da população, para verificar as rotas e as demandas pelas linhas. "Há muito a ser revisto, a forma de atuação, de atendimento. Se não fizer isso, o sistema quebra", acredita. 

De 1985, quando o SIT foi criado, para cá, muita coisa mudou. O centro de Campo Grande que passou por processo de revitalização, aparentemente frustrado perdeu muito de seu movimento e bairros que eram residenciais, como Jardim dos Estados, hoje são comerciais e de serviços, destino de muitos dos deslocamentos. 

SUGESTÃO
Madeira tem algumas sugestões para melhorar o transporte público, inclusive para torná-lo mais sustentável financeiramente. "Se descentralizasse o horário de entrada das escolas: município, Estado, federais, universidades particulares, entrada no comércio, certamente o transporte e o trânsito estariam menos cheios", sugere. 

O especialista em mobilidade afirma que fora dos horários de pico parte da frota fica ociosa, porque há uma demanda menor, enquanto nos horários de pico a frota nas ruas é maior. A análise ainda não leva em consideração o trânsito de automóveis e motocicletas, que certamente ficaria melhor distribuído. "Certamente até a passagem, por exemplo, ficaria mais barata", opina. 

SISTEMA PATINA
O sistema de transporte coletivo de Campo Grande passa por uma crise aguda desde 2020, início da pandemia de Covid-19, que trouxe medidas de isolamento social. De lá para cá, município e Estado voltaram a subisidiar o concessionário, o Consórcio Guaicurus, com repasse de R$ 31,2 milhões anual pelo município e de R$ 10,2 milhões pelo Estado. Além disso, a prefeitura da Capital renuncia à cobrança de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) do operador do transporte coletivo. 

O contrato de concessão do transporte da Capital foi firmado no fim de 2012, com a promessa de investimentos em ônibus com ar-condicionado, veículos articulados e uma série de melhorias. No entanto, o que se viu foi uma redução dos serviços e da demanda do sistema. 

A chegada de aplicativos facilitadores de transporte individual, como Uber, 99 e outros, absorveu parte significativa dos passageiros. A redução da formalização do mercado de trabalho, com mais trabalhadores atuando como microempreendedores individuais (MEIs) também tirou um grande volume de financiamento do sistema, o vale-transporte, reduzindo assim a demanda por viagens. 

Atualmente, o Consórcio Guaicurus tenta provar na Justiça que o contrato de concessão necessita de um reequilíbrio econômico-financeiro. O primeiro laudo pericial, contudo, não demonstra essa necessidade. 
Por outro lado, várias cláusulas do contrato foram descumpridas, conforme apontou o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) há dois anos. Um termo de ajustamento de gestão (TAG) chegou a ser acordado, mas não chegou ao fim.

Informações: Correio do Estado
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Governo da Bahia rompe contrato com empresa responsável por VLT

domingo, 20 de agosto de 2023

O Governo do Estado notificou a empresa Skyrail, concessionária responsável pela implantação do VLT do Subúrbio, para romper contrato. Ainda ocorrem estudos de alternativas para dar continuidade ao projeto.

A decisão acontece após a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) apontar a rescisão como saída diante da inviabilidade atual do Governo reconhecer reequilíbrio econômico sem estudos complexos ou garantia de que o contrato manteria a sua capacidade de execução.

Ao notificar a concessionária Skyrail, o governo estadual diz reconhecer os esforços empregados para manutenção do contrato em inúmeras tratativas desenvolvidas entre as partes nos últimos meses.

Entenda o caso

O trem, que funcionava há 160 anos ligando a Calçada a Paripe com dez estações, teve a operação interrompida há pouco mais de dois anos.

Em dezembro de 2019, o então governador da Bahia, Rui Costa (PT), assinou a autorização para o início das obras do VLT. A licitação tinha sido lançada em 2017. O modal deveria substituir o trem é considerado mais moderno, com 19,2 quilômetros de extensão e 21 estações ligando a capital à Ilha de São João, em Simões Filho.

O último prazo informado era entregar o VLT no segundo semestre de 2024, mas o projeto sofreu mudanças. Em março de 2022, o valor do contrato foi reajustado pelo Governo do Estado. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), o documento assinado com a concessionária para a implantação e operação da Fase 1 do sistema foi de R$ 2,8 bilhões, quase o dobro do R$ 1,5 bilhão que havia sido divulgado por Rui Costa.

Na ocasião, a pasta informou que foi necessário um novo reajuste porque a empresa iria operar também a Fase 2. A conta ficou em R$ 5,2 bilhões. Além disso, o prazo de concessão foi ampliado e não foi divulgado o cronograma de execução das obras. Naquele mesmo mês, vereadores da Câmara Municipal de Salvador fizeram uma audiência pública para discutir o assunto e cobraram mais transparência.

Houve mudança também no modelo que será implantado, o veículo não será mais sobre trilhos, os vagões vão transitar por uma estrutura elevada por vigas de concreto ou aço, e usando pneus (monotrilho). Especialistas e usuários criticaram a medida, porque além de descaracterizar o Subúrbio, essa alteração terá reflexos na economia e no trânsito. Uma das observações é que a vida útil é menor que a dos veículos que trafegam sobre trilhos.
Irregularidades no contrato
Em julho, a discussão sobre o VLT ganhou um novo capítulo depois que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) informou ao Tribunal de Contas da Bahia (TCE) que o governo pretendia romper o contrato com o consórcio Metrogreen Skyrail, controlado pela gigante chinesa BYD, contratada para realizar a obra.

A Coluna Satélite do CORREIO mostrou que uma auditoria do TCE detectou 14 irregularidades no contrato, como sobrepreço nos valores de serviços acima da média praticada no mercado, falta de licença ou de diretriz para o licenciamento ambiental, inconsistências no cálculo para definir os investimentos na obra e preços de referência fixados na licitação, erros no anteprojeto de engenharia e uso de fundamentação jurídica frágil para autorizar a PPP.

Outro ponto levantado pelos auditores e pelo foi a decisão de trocar o modelo sobre trilho, como foi definido no primeiro edital de licitação lançado em maio de 2017, para monotrilho. A medida teria partido da empresa privada, quando a legislação determina que alterações dessa natureza devem ser feitas pelo poder público.

Em apenas cinco itens analisados do orçamento inicial do projeto, os auditores do tribunal identificaram uma diferença de R$ 19,2 milhões. Além disso, a decisão do governo de oferecer aporte de R$ 100 milhões para a consórcio ultrapassou a cota de 70% para concessões patrocinadas pelos cofres públicos e precisaria de autorização da Assembleia Legislativa. Até agora, foram investidos quase R$ 57 milhões na obra.

Informações: Correio 24 Horas
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NTU repudia decisão de suspender faixa exclusiva para ônibus em Brasília

domingo, 13 de agosto de 2023

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU condena a decisão do Governo do Distrito Federal de liberar a faixa exclusiva para ônibus, vans escolares e táxis da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) para o trânsito de todos os veículos. A decisão vai na contramão das recomendações técnicas e melhores práticas de mobilidade urbana e sustentabilidade ambiental adotadas em todo o mundo, e terá efeito contrário na redução dos congestionamentos, pretendida pelo governo local.

É consenso, entre os especialistas, que a solução para melhorar o fluxo do trânsito nas cidades é aumentar, e não diminuir, a prioridade dada ao transporte público coletivo, que responde por 28% de todos os deslocamentos de pessoas, sendo que os ônibus urbanos contribuem com 85,7% desse total. Ao cumprir seu papel de transportar a maioria da população, os ônibus ocupam, em média, 8% do espaço nas ruas e avenidas das grandes cidades, sendo muito mais eficientes e produtivos que os carros particulares, que são responsáveis por 26% de todos os deslocamentos, mas ocupam, em média, 80% do espaço viário, e são os grandes causadores dos congestionamentos.

“Os carros transportam, em média, 1,2 passageiro por viagem; ou seja, um ônibus pode levar o mesmo número de pessoas transportadas por 40 carros, ocupando um espaço 20 vezes menor. Dar mais prioridade aos ônibus, com mais faixas exclusivas, tornaria o transporte coletivo mais rápido e atraente, levando mais pessoas a trocar o carro pelo ônibus. Isso tiraria veículos das ruas, os congestionamentos tenderiam a acabar, o tráfego ficaria melhor para todos, e haveria menos poluição e acidentes de trânsito”, afirma o presidente executivo da NTU, Francisco Christovam.

A implantação de prioridade na via traz benefícios aos usuários, aos operadores, aos governos e, também, à toda a população, que se refletem no menor tempo de viagem do passageiro, na menor quantidade de veículos na frota de ônibus, na redução do consumo de combustível, na diminuição do volume de emissões de gases poluentes, no menor desgaste do veículo e nos custos operacionais do sistema de transporte público coletivo por ônibus. O decorrente aumento da produtividade da frota, cujos resultados são custos menores de transporte, pode ser revertido para a redução da tarifa pública, ou, de outro modo, ser utilizado para a melhoria da oferta dos serviços e, portanto, da qualidade dos serviços.

A NTU faz um apelo à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) do Distrito Federal para que reveja a decisão de liberar o acesso à faixa exclusiva e, ao invés disso, adote a ampliação da política de priorização nas vias, para garantir deslocamentos mais rápidos e eficientes para a população do Distrito Federal, seguindo as melhores práticas de mobilidade urbana adotadas mundialmente.
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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Empresa brasileira de mobilidade é reconhecida por suas inovações em evento internacional de transporte público

domingo, 11 de junho de 2023

Os trabalhos de inovação desenvolvidos pelo aplicativo de mobilidade urbana KIM junto ao Sistema do Transporte Metropolitano da Grande Vitória – Transcol foi reconhecido mundialmente durante o UITP Global Public Transport Summit, realizado em Barcelona, na Espanha, nesta semana. O KIM faz parte do Grupo TACOM, empresa brasileira que possui mais de 40 anos de atuação no mercado de transporte. Durante o evento, o Grupo também foi reconhecido por sua filiação como membro da Associação Internacional do Transporte Público (tradução do inglês para UITP).  

Desde 2019, o Grupo TACOM atua na Grande Vitória por meio da colaboração com empresas locais de transporte coletivo, oferecendo soluções que ajudam a levar mais tecnologia e qualidade para a mobilidade urbana na região. O sistema de bilhetagem é oferecido pela TACOM, enquanto a recarga do cartão GVBus é feita por meio de serviços exclusivos do KIM.  

Além do destaque mundial, o KIM também foi reconhecido regionalmente com certificação do UITP Latin America pelo mesmo projeto junto ao Sistema Transcol, na categoria de sustentabilidade. O CEO do KIM, Rubens Filho, esteve presente no evento em Barcelona e recebeu o certificado. “Somos um aplicativo com atuação completa na região, fornecendo nossos múltiplos serviços. Na prática, esse reconhecimento é um reflexo do valor que essas soluções levam para a população da Grande Vitória e como estamos ajudando a transformar a experiência dos passageiros do transporte coletivo no dia a dia”, destacou o executivo. 

Mais recentemente, além da recarga do cartão GVBus e do mapa que permite acompanhar em tempo real a localização dos ônibus e a identificar pontos de parada, o KIM lançou o QR Code para pagamento da passagem diretamente do celular. A funcionalidade dispensa o uso do cartão físico e permite ainda o pagamento da integração nos ônibus, proporcionando mais facilidades para a população.  

O UITP Global Public Transport Summit é um congresso realizado pela Associação Internacional do Transporte Público que reúne especialistas e stakeholders de todo o mundo para discutir as mais recentes ideias e insights na mobilidade urbana sustentável. Esta edição acontece entre 4 e 7 de junho em Barcelona, com 85 sessões, 300 palestrantes e 335 expositores, em um espaço de 40.000 m². São esperados mais de 15 mil visitantes internacionais nos dias do evento.  

Sobre KIM* 

KIM é um aplicativo de mobilidade urbana que tem o objetivo de facilitar a jornada do passageiro de transporte público. Criado em 2017, o aplicativo está disponível em mais de 50 cidades no Brasil, incluindo as capitais Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Vitória. Através dele, o cliente consegue recarregar seu cartão de transporte, da forma que lhe for mais viável entre PIX, cartão de crédito ou débito e boleto.  

Por meio do aplicativo, o passageiro consegue acompanhar toda a movimentação de uso do cartão através do extrato, revalidar o cartão de estudante, pedir uma segunda via e bloquear em caso de perda, roubo ou furto. Ele também permite o pagamento da passagem com QR Code, diretamente na catraca do ônibus e usando o celular. 

Informações a imprensa
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DF estuda adotar tarifa zero no transporte público

domingo, 7 de maio de 2023

Usar o transporte público sem pagar tarifa na catraca. Esta é uma realidade estudada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF) . Segundo a pasta, "estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise".

No Brasil, de acordo com o pesquisador Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, 69 cidades – pequenas e médias – já adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público (saiba mais abaixo).

A tarifa zero universal, é o uso do transporte público sem o pagamento pelo usuário final. O assunto também é pauta na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa (CMTU) discutiu o tema em reuniões técnicas com especialistas da área e lançou, na quarta-feira (3), a Subcomissão da Tarifa Zero.

O deputado distrital Max Maciel (Psol), presidente da CMTU e um dos integrantes da subcomissão, destacou que há cinco projetos de lei em discussão na Câmara Legislativa que tratam da gratuidade para diferentes categorias de usuários como pessoas em situação de vulnerabilidade e enfermeiros. No entanto, a subcomissão, composta também pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Pedro Paulo de Oliveira, o Pepa (PP), pretende desenvolver uma proposta de tarifa zero que englobe todos os usuários do transporte público.
"Temos um sistema de mobilidade que não pensa nas mulheres, nos novos territórios que foram construídos. [...] A nossa política de mobilidade deixa a desejar no atendimento ao usuário. [...] Se o tarifa zero entra, traz para dentro do sistema um público que começa a acessar esporte, educação, emprego e renda e um público que não consegue acessar porque a tarifa é cara", diz Max Maciel.

De acordo com o deputado, a tarifa zero pode garantir a inclusão de pessoas no acesso à cidade, mas deve ser feita de forma gradual.

Por que a tarifa zero ainda não foi adotada no DF?
Segundo Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, a adoção da tarifa zero é viável e possível no DF. Ele lembra que o benefício já foi concedido de forma parcial no Distrito Federal em quatro momentos:

Na implementação do Metrô; no aniversário de Brasília; nos ônibus do CCBB e da Câmara dos Deputados; no início do sistema de BRT (Gama - Santa Maria).

"Não é algo alienígena no DF, temos também a conquista histórica do movimento Passe Livre Estudantil. Essas experiências têm que ser olhadas com cuidado para que não seja dito que tarifa zero é inviável ou impossível no DF", afirma o pesquisador. Para Santarém, impostos para lanchas e taxação sobre automóvel podem ser fontes de recursos para promoção da tarifa zero.

No entanto, mesmo com as experiências passadas, Santarém ressalta que o transporte ainda não é visto como política pública e que as empresas de mobilidade do DF têm pouco interesse em adotar um novo modelo de tarifa, para calcular o custo por km rodado e não por passageiro.

As empresas de ônibus Viação Piracicabana, TCB, Viação Pioneira, Viação HP-ITA (URBI) e Viação Marechal afirmaram ao g1, por meio das assessorias, que se a proposta da tarifa zero for aprovada pela Semob, as companhias vão acatar.

No Distrito Federal, o sistema de transporte público coletivo é custeado em parte pelo GDF e em parte pela população, por meio do pagamento da passagem. Em 2022, o subsídio pago pelo governo foi de R$ 890 milhões. Já o valor de 2023, de acordo com a Semob, será reajustado "de acordo com critérios previstos em contrato".
"Ou teremos um novo aumento de tarifas ou teremos um aumento de subsídios", diz Paíque Duques Santarém.
Desde 2013, foram 9 reajustes anuais concedidos na tarifa do transporte público do DF. Confira na tabela abaixo:

Reajustes anuais concedidos em tarifas do transporte público do DF.

Mês do reajuste Valor em % do reajuste
14/09/2013 6,65%
14/09/2014 12.58%
14/09/2015 8,04%
14/09/2016 10,60%
14/09/2017 3,43%
14/09/2018 6,99%
14/09/2019 4,98%
14/09/2020 0.00%
14/09/2021 21,25%
14/09/2022 19,51%
Fonte: Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF)

Atualmente, o valor das tarifas no DF são de

R$ 2,70 (curta distância)
R$ 3,80 (média distância)
R$ 5,50 (longa distância)

De acordo com a Semob, o passageiro pode fazer até três embarques, no período de 3 horas, em um único sentido, com a integração no cartão Mobilidade, pelo valor máximo de R$ 5,50.

Em abril, foram registrados 27.765.328 acessos no sistema de transporte público do DF. Em março, foram 31.078.082.

No entanto, a Semob ressalta que o acesso não é o mesmo que a quantidade de passageiros, pois uma pessoa pode realizar mais de uma viagem por dia.

O pesquisador Paíque Duques Santarém afirma que a tarifa zero pode aumentar o número de usuários no transporte público e diminuir a utilização de carros e motos, contribuindo para a diminuição de gases poluentes.

No país, um total de 69 cidades adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público. Segundo Santarém, nos últimos dez anos, houve a adesão de 59 municípios, uma média de quase seis cidades por ano.

O pesquisador ainda destaca que cerca de 3 milhões de pessoas foram atendidas.

“De forma muito sucinta, estamos em um momento que defino como um ciclo virtuoso da tarifa zero no Brasil. Passamos de menos de dez cidades com tarifa zero em 2013, para cerca de 14 cidades em 2018 para, em 2023, 69 cidades com tarifa zero no Brasil", diz Santarém.

De acordo com o mapa Cidades com Passe Livre em 2023 (veja acima), a maioria dos municípios que adotam a tarifa zero universal estão concentradas nas regiões Sudeste e Sul. O mapeamento é organizado pelo pesquisador Daniel Santini, mestrando em Planejamento Urbano e Regional na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Além das pequenas e médias cidades, capitais estão testando ou estudando a implementação do sistema de tarifa zero. Além de Brasília, Cuiabá, Palmas, Florianópolis, Teresina, Porto Alegre, São Paulo e São Luís são algumas das grandes cidades interessadas, de acordo com os pesquisadores

Confira aqui a lista completa das cidades que adotaram a tarifa zero

O aumento da adesão de tarifa zero entre cidades pequenas e médias e a consideração da proposta por cidades maiores é consequência do ciclo vicioso do aumento das tarifas, que, de acordo com Paíque Duques Santarém, ocorre no Brasil desde a década de 1990 até 2013.

"O financiamento do transporte pela tarifa entrou no ciclo vicioso de aumento de tarifas. Transporte é sustentado basicamente pela tarifa paga pelo usuário, empresas aumentam a tarifa, o número de usuários do sistema cai, o transporte precariza e fica mais caro, e isso afasta passageiros, seja pela inclusão ou pela impossibilidade", afirma Santarém.

Além disso, segundo o pesquisador, nos últimos quatro anos, houve quatro fatores que motivaram o aumento das adesões à tarifa zero. São eles: custo político do aumento da tarifa do transporte, precarização e empobrecimento da população, migração para o automóvel ou moto e "uberização".

Santarém destaca que os empresários do transporte continuam ganhando dinheiro, mas diz que o setor está lucrando menos, o que fez com que muitas empresas abandonassem o serviço e outras começassem a lutar por subsídios.

" É incontornável debater tarifa zero para tratar do transporte coletivo. É uma solução racional. Temos uma dimensão social e uma economia dependente da circulação de pessoas na cidade”, diz Santarém.

O que diz a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
"A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que os estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que o DF adota o sistema de tarifa técnica, que é um benefício para os usuários do transporte coletivo, pois impede que o custo do sistema seja pago integralmente pelo passageiro. Parte deste custo é pago pelo usuário (por meio da passagem) e o restante pelo complemento tarifário que é pago pelo governo. Assim, o preço da passagem (tarifa de ônibus e metrô) é uma decisão de política pública do GDF.

Por fim, a Semob informa que, em 2022, o subsídio pago referente à manutenção do equilíbrio econômico financeiro do sistema foi de cerca de R$ R$ 890 milhões. O valor para 2023 será de acordo com as variações das tarifas técnicas, que são periodicamente revisados e ajustados (para mais ou para menos), seguindo os critérios previstos em contrato."

Informações: G1 DF
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