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Complexo Intermodal de Transportes para os usuários do transporte coletivo de Contagem, na região metropolina de Belo Horizonte

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os usuários do transporte coletivo de Contagem, na região metropolina de Belo Horizonte, renovam a expectativa de conquistar um serviço mais barato e de melhor qualidade com a criação do Complexo Intermodal de Transportes. O projeto foi aprovado pela prefeita de Contagem, Marília Campos, e, até 2012, as obras estarão em andamento.

A área vai abrigar a estação de metrô, a rodoviária - que ainda não existe - e a estação dos ônibus que circulam na cidade. A Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte de Contagem (Transcon) será responsável pela gerência e realização das intervenções, conforme infomou o coordenador de transporte público da Transcon, Geraldo Antônio de Paula.

Além do novo complexo, a Transcon vai implementar o Modelo Intermodal de Transporte de Contagem, o MitCon. A nova proposta contemplará a realização de dois projetos paralelos: o ProVia - que vai ampliar as principais ruas de Contagem e melhorar a sinalização das mesmas - e o PlaMob, que prevê pequenas estações de ônibus espalhadas pela cidade.

Ainda conforme o coordenador de transportes, uma empresa já foi licitada e está fazendo o estudo dos melhores locais para receber as pequenas estações. "Até o fim do ano, vamos abrir licitação para contratar uma consultoria que irá indicar o modelo de diferenciação das tarifas de ônibus de Contagem", explicou Geraldo. Segundo ele, só a partir do estudo tarifário será possível mapear os locais adequados para receber as estações.

O modelo implementará também a tarifação temporal - que dá ao usuário a possibilidade de pagar passagem reduzida em um tempo determinado - como já acontece em Belo Horizonte. Segundo o coordenador de transporte, a expectativa é que o usuário não precise descer em uma estação central para ter o desconto.

"Se ele vier da Cidade Industrial, por exemplo, terá a possibilidade de escolher o local de desembarque e, mesmo assim, usar o desconto na passagem ao passar seu cartão magnético. O valor da tarifa vai depender da distância que o usuário irá percorrer. É esse estudo que estamos realizando", explicou Geraldo.

Obras. Algumas regiões serão as primeiras a receber as obras propostas pelo projeto MitCon. O ponto de ônibus situado na avenida Amazonas, no bairro Riacho das Pedras, em frente ao Carrefour, vai ser deslocado para o interior do bairro. O principal objetivo da Transcon é desafogar o intenso tráfego na região.

"Também vamos modificar o ponto de ônibus na rua Jequitibás, no Eldorado, que é o local em que os usuários do metrô embarcam e desembarcam para os bairros de Contagem. Queremos melhorar o trânsito e a sinalização", esclareceu Geraldo.

Segundo o coordenador de transporte público da cidade, os bairros Nova Contagem e Ressaca também terão prioridade para receber as novas estações de ônibus. Ainda conforme Geraldo, o projeto ProVia também deverá garantir a ampliação da avenida Trajano de Araújo, no bairro Cinco.

Fonte: O Tempo

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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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Tarifa de ônibus em BH pode aumentar em 2011, valor pode chegar à R$ 2,50

sábado, 4 de dezembro de 2010

O percentual de aumento das passagens de ônibus urbanos de Belo Horizonte (MG) poderá ser anunciado dia 29 de dezembro pela BHTrans. O reajuste deve ser de pelo menos 6,5% e a passagem passará de R$ 2,30 para R$ 2,45, podendo ser arredondado para R$ 2,50.

Na quinta-feira (2), o diretor-presidente da empresa, Ramon Victor Cesar, informou, durante 73º Fórum Nacional de Secretários de Transporte Urbano e Trânsito, que estão sendo realizados estudos, a partir dos índices da Fundação Getulio Vargas e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar do valor estimado, Ramon Victor Cesar não quis assumir o aumento, alegando que a BHTrans ainda não sabe qual será o resultado da “conta”, lembrando que em 2009 não houve aumento e que poderá não haver também neste ano.

Ramon apresentou o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Belo Horizonte e o Plano Estratégico 2020, que trazem metas para serem alcançadas e projetos, como o BRT (Bus Rapid Transit), um transporte coletivo que será construído até a Copa do Mundo de 2014. O investimento será de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1 bilhão de empréstimos da Caixa Econômica Federal e o restante de recursos da Prefeitura de Belo Horizonte

Segundo levantamento, há um carro para cada duas pessoas na capital mineira. A população cresceu 6% nos últimos 10 anos, enquanto a frota cresce 6% ao ano. Com tantos veículos nas ruas, a velocidade no entorno da praça Sete e Rodoviária, no horário de pico, chega a 10 km/h.

O grande desafio, segundo o diretor da empresa, é fazer com que essas pessoas deixem o automóvel em casa e passem a usar o transporte público. Ramon acredita que isso só acontecerá se for oferecido mais conforto e rapidez. Algumas medidas, como as estações de embarque e desembarque com o piso nivelado com o do ônibus e com passagens pagas antes de entrar nos veículos, são exemplos de conforto. Haverá ainda um controle na central da BHTrans. O órgão saberá se os ônibus estragaram, se eles estão atrasados e o que deve ser feito para solucionar o problema.

Ramon Cesar disse ainda que no dia 12 de dezembro, aniversário da cidade, será anunciada a contratação de um primeiro conjunto de obras de ciclovias. Serão cerca de 20 km. Estão planejadas seis rotas. Uma delas, a rota leste (4,82 km), que vai ligar a região ao centro da cidade pelo vale do ribeirão Arrudas. Outra é a rota nordeste (2,10 km), ligando a ciclovia da avenida Saramenha à estação São Gabriel, com implantação de calçada da via 240. A rota stação Barreiro (1,95 km) vai iniciar na avenida do Canal e atingir a estação Barreiro do BHBUS pela avenida Afonso Vaz de Melo. Há ainda a rota norte, da avenida Vilarinho à futura estação Pampulha; a rota Savassi, com 2,40 km e a rota avenida Américo Vespúcio.

Fonte: R7.com
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Rodoviária de BH recebe 40 mil passageiros neste feriado

terça-feira, 1 de junho de 2010


Cerca de 40 mil passageiros devem embarcar no Terminal Rodoviário Israel Pinheiro, no Centro de Belo Horizonte entre quarta e quinta-feira, feriado de Corpus Christi. A estimativa é da Prefeitura de Belo Horizonte, que pretende intensificar as medidas de segurança e ampliar o número de agentes de trânsito na rodoviária do Centro e na Estação São Gabriel, que novamente recebe o embarque e desembarque de passageiros de algumas linhas interestaduais.

Cerca de 2 mil pessoas são esperadas no terminal São Gabriel.Para atender a demanda do feriado, o terminal do centro de Belo Horizonte vai disponibilizar na quarta-feira, véspera do feriado, 188 ônibus extras, totalizando 865 veículos.

Na quinta-feira, vão ser 90 ônibus extras, em um total de 776 ônibus. Já na Estação São Gabriel, serão 17 ônibus extras, em um total de 50.

Fonte: UAI Minas
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Curitiba é modelo em projeto mundial de prevenção a lesões no trânsito

sexta-feira, 30 de abril de 2010


Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos ministérios da Saúde e da Justiça, da Polícia Rodoviária Federal e Secretaria Nacional Antidrogas apresentaram nesta quinta-feira (29) em Curitiba o Projeto Mundial de Prevenção de Lesões no Trânsito e de Segurança Viária.

A apresentação foi feita no auditório da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A."Curitiba é modelo no Brasil em ações preventivas, políticas integradas de circulação e transporte, fiscalização, atendimento a vítimas no trânsito e segurança viária", disse a representante do Ministério da Saúde Marta Silva.

Marta Silva disse que o projeto de prevenção de lesões, que tem apoio da Fundação Bloomberg, dos Estados Unidos, visa reduzir ao máximo as mortes provocadas pelo trânsito, com adoção de medidas de segurança viária a longo prazo - entre 2011 e 2020.

"Curitiba é a precursora na busca de boas idéias nos mais diversos campos do planejamento urbano e em alternativas preventivas para um trânsito e um transporte público mais seguros, reduzindo os riscos da mortalidade, que são crescentes no mundo", disse o presidente da Urbs, Marcos Isfer, ao abrir a reunião.

Participaram do encontro as secretárias municipais da Saúde, Eliana Chomatas, e da Educação, Eleonora Bonato Fruet, o secretário municipal Antidrogas, Nazir Abdala Chaim, e representantes do Detran/PR, Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), da Polícia Militar, e da Polícia Rodoviária Federal.

Isfer disse que medidas preventivas no trânsito são o principal instrumento utilizado em Curitiba desde os anos 1970, quando a cidade ganhou sua atual conformação graças à infra-estrutura desenhada pelo Plano Diretor, originalmente implantado a partir de 1966.

Marcos Isfer disse ainda que Curitiba é uma das cinco cidades brasileiras que participa do projeto mundial, ao lado de Palmas (TO), Campo Grande (MS), Teresina (PI) e Belo Horizonte (MG).

O presidente da Urbs disse que os problemas de trânsito urbano não podem ser tratados isoladamente, e sim, de forma integrada com outros órgãos municipais, estaduais e federais, por se tratar de um problema de saúde pública.

Números - Pesquisas realizadas pela OMS e pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) revelam que os custos com mortes provocadas pelo trânsito em todo o mundo equivalem de um a dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países, e que até o ano de 2030 a expectativa é que ocorram 2,4 milhões de mortes por ano, no mundo.

"A maior causa de mortes, hoje em décima colocação mundial, até lá passará a ser a quinta", afirmou a representante da OMS e da OPAS, Maria Alice Barbosa Fortunato, que participou da reunião na Urbs.

Maria Alice disse ainda que a faixa etária mais vitimada pelo trânsito tem idade de 15 a 29 anos. A segunda, de cinco a 14 anos, seguindo-se a na faixa etária de 30 a 44 anos. Os números de trânsito mais críticos ocorrem em países de baixa renda, onde até 70% das mortes envolvem, pela ordem, pedestres, motociclistas e ciclistas.

Fonte: URBS

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Usuários de ônibus encontram dificuldades nos pontos na Grande BH

sexta-feira, 23 de abril de 2010


São ônibus lotados, muita gente viajando em pé, sem segurança. Essa é a rotina de quase 200 mil passageiros que usam o transporte coletivo, diariamente, nessa região. O problema mais grave é que estes ônibus passam por rodovias federais perigosas, como a BR-381. Mas, será que esse tipo de viagem é permitido? É o que nós vamos saber na reportagem do Gabriel Senna e Geraldo Capreta.

Rodoviária de Belo Horizonte, 5h30. Motorista e passageiros se preparam pra uma viagem até Conselheiro Lafaiete. Serão 100 quilômetros pela BR-040. Por lei, ninguém pode ir em pé e todas as poltronas tem que ter cinto de segurança.

Ravena, região metropolitana, 7h. Esses passageiros estão embarcando para Belo Horizonte. Eles também vão percorrer uma rodovia federal. Serão mais ou menos 25 quilômetros pela BR-381, uma das mais perigosas do país. Só que a lei que serve para aquele outro ônibus, não vale pra este. Aqui não há cinto de segurança e passageiros podem ir em pé. É o que prevê a legislação do Conselho Nacional de Trânsito, que abre exceção para viagens intermunicipias com percursos menores. Mesmo se no caminho tiver uma movimentada rodovia.

Ainda dentro da cidade, o ônibus vai enchendo quem não quer ir em pé, espera. Tem medo. Quando o veículo entra na 381, já não há mais lugar nos bancos. Quem conseguiu se sentar usa o pé como apoio. Quem descansa na escada, não vê saída. A marca no pescoço foi provocada por um acidente no ano passado.

Dona Leodita diz que um caminhão bateu no ônibus em que ela estava, desta mesma linha. Havia muita gente em pé. Pelo caminho, muitos flagrantes. Ultrapassagem em faixa contínua, pelo acostamento. Em determinados trechos são duas curvas a cada quilômetros. A gente já passou da metade do caminho e o ônibus está lotado. Não cabe ninguém mais aqui dentro. O problema se repete em outras rodovias. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem, só na região metropolitana são 199 linhas que passam por BRs, quase 200 mil pessoas por dia.

Na BR-040, em Contagem, pela janela, os passageiros dão o recado. Pela manhã os pontos estão cheios, os ônibus lotados. Pessoas espremidas nas portas. Um, dois, três, dez. Todos assim. Não cabe mais ninguém. Um especialista em transporte público diz que não há saída fácil para o problema. Enquanto não há solução, muita gente viaja com medo.

O DER informou que foram registradas cem reclamações de ônibus lotados, nos três primeiros meses deste ano, na região metropolitana. E que todas elas são verificadas. Os passageiros podem fazer a denúncia pelo telefone: 118.

Fonte: Globominas

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Greve dos funcionários do metrô prejudica 160 mil passageiros no DF

segunda-feira, 15 de março de 2010


Os funcionários do Metrô/DF entraram em greve nesta segunda-feira (15) e 160 mil passageiros ficaram sem transporte no Distrito Federal. O comando grevista garantiu que respeitaria a lei e manteria 30% dos funcionários trabalhando, mas a direção do metrô alegou falta de segurança e decidiu fechar todas as estações.

“O metrô de São Paulo transporta dois milhões de passageiros por dia, nós transportamos 150 mil passageiros. O metrô de São Paulo faz greve e funciona. Em Belo Horizonte e Recife, que
tiveram paralisações de um dia com o quantitativo mínimo, também. Por quê o metrô de Brasília não pode funcionar?”, questionou o presidente do SindMetrô, Solano Teodoro.

As negociações envolvem 77 itens. Os metroviários afirmam que 12 não tiveram acordo. Eles querem aumento salarial de 120%, adicional de periculosidade e risco de vida, abono e gratificação por operações, auxílios de creche e alimentação, redução na jornada de trabalho de quarenta para trinta horas semanais, rodízio de folga nos feriados e a convocação de cerca de 300 aprovados no último concurso.

O metrô emprega 1100 funcionários. No ano passado, foram nomeados 64 para a área operacional e 50 para a área administrativa. O governo tentou negociar com a categoria até domingo de noite, mas não obteve sucesso e fez um pedido formal ao Tribunal Regional do Trabalho para que a greve seja considerada ilegal.

Segundo o diretor de operações do metrô, José Dimas, a proposta do Sindicato é absurda e é impossível dar um reajuste de 120%. “As negociações não pararam, é uma pauta inegociável e nós entramos com o pedido junto ao TRT para que intermedie essa negociação e avalie se essa greve é abusiva ou não. A data base não se encerrou ainda, encerra só no final do mês, ela foi antecipada. Me causa estranheza, pode ser que eles estejam aproveitando o momento político do GDF para causar mais tumulto para a população”, afirmou.

Ainda de acordo com Dimas, a proposta do Sindicato onera a folha de pagamento do metrô em 160%. O salário de um piloto do Metrô seria de cerca de R$9 mil. O agente de estação, que é uma das funções base da empresa, passaria a receber perto de R$6,5 mil. Sobre o não funcionamento de 30% do serviço, que é garantido por lei, o diretor de operações afirmou que o metrô não tem como funcionar com esse percentual de carros. “Eu costumo operar com 19 trens no pico, se colocar 30%, que são três carros, eu não dou vazão às pessoas que vão procurar o metrô”, disse.

O impasse vai prejudicar milhares de passageiros. “A gente tem que pegar ônibus,né? Que é mais cansativo, tem engarrafamento e demora muito para sair da rodoviária”disse o pintor José Nilton de Oliveira. “Sem metrô vai aumentar mais ainda o congestionamento, mais ônibus lotado, mais pessoas chegando atrasada no serviço. É muito ruim para a população que precisa”, afirmou a consultora empresarial Lana dos Santos.



Fonte: G1
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DF: Almanaque de problema do transporte público


Trinta milhões de passageiros insatisfeitos mês a mês. Ônibus lotados, atrasados, quebrados e sujos. Quem pode, compra carro ou moto. Mas uma parcela considerável da população não tem outra opção a não ser submeter-se à rotina exaustiva de um sistema de transporte público ineficiente. Quem se debruça a estudar o caos aponta basicamente duas causas: incompetência do poder público para garantir o bom funcionamento do sistema e a falta de infraestrutura que privilegie o transporte coletivo de passageiros.

Na última semana, o Correio levantou os números do sistema do DF e de outras quatro capitais. Entre elas, Curitiba (PR), considerada modelo na gestão do transporte público no país. Apesar de contar com uma frota de ônibus 67,8% maior do que a de Curitiba e de ter um número de linhas quase três vezes maior, o número de passageiros transportados no DF é 29,6% menor do que na capital paranaense. Os números não são os únicos indicadores para medir a qualidade do sistema. Se a linha é muito extensa, exige mais veículos, por exemplo, e o intervalo entre eles tende a ser maior. Se os ônibus são articulados ou biarticulados, têm maior capacidade e, portanto, podem ser em número menor.

Mas o grande problema do DF não está na quantidade de ônibus ou de linhas. O que falta é gestão do sistema, aponta o professor Joaquim Aragão, doutor em Engenharia de Transportes e coordenador de pesquisa do Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru), da Universidade de Brasília (UnB). “Aqui temos o inchaço de ônibus e de linhas, mas o governo não tem controle sobre a operação. Não sabe o horário que os ônibus passam nem se cumprem o itinerário. O usuário sabe menos ainda. Vai na Rodoviária e veja se tem tabela com o horário, se está atualizada e se é cumprida”, desafiou Aragão.

O especialista tem razão. No início da tarde de quinta-feira, os painéis luminosos (leia Memória) do terminal de embarque da Rodoviária do Plano Piloto deveriam informar o horário e o itinerário, mas estavam fora de operação. Só a parte superior do equipamento, destinada à publicidade, apresentava-se em perfeito estado de conservação. Passando-se por usuário, a reportagem dirigiu-se a um dos quiosques dos funcionários das empresas e pediu a tabela de horário dos ônibus que seguem para Planaltina. O homem apontou na direção oposta, para outro quiosque onde teria a informação. Lá uma mulher orientou que procurássemos o DFTrans, órgão responsável pela gestão e fiscalização dos ônibus. “É só você subir aquela escada”, disse.

Volte amanhã

Não há qualquer placa indicando os caminhos para se chegar ao DFTrans. A porta é recuada pelo menos três metros em relação às lojas e restaurantes, o que dificulta ainda mais a localização. Perguntada sobre a tabela de horários das linhas de Planaltina e Sobradinho, a servidora pega uma pasta preta com plástico. “Acho que não tenho aqui. Essas são as que mais saem”, avisou. Depois de folhear duas vezes a pasta, ela constata que não tem os horários de Planaltina e pede que retorne no dia seguinte.

Foram 10 minutos entre o primeiro pedido de informação até a resposta negativa do DFTrans. Enquanto isso, no mesmo balcão, um usuário irritado entregava uma reclamação por escrito a outro servidor do DFTrans. “Se vocês não tomarem providências, eu vou procurar o Ministério Público e vou denunciá-los por omissão”, avisou o funcionário público Salomão Sousa, 57 anos. “Os motoristas de dois ônibus que fazem o trajeto Núcleo Bandeirante-UnB transformaram o ônibus em uma boate ambulante. Não sou obrigado a ficar ouvindo bailão (música sertaneja), especialmente num volume alto”, destacou.

Salomão contou à reportagem que era a segunda vez, em 15 dias, que ele oficializava a mesma queixa. No mesmo dia, um funcionário do DFTrans ligou para Salomão. “Ele alegou que não daria andamento ao meu pedido se eu não apresentasse os números dos ônibus que vem trafegando com o som ambiente alto. Falou que não tem como deslocar um dos 89 fiscais para fazer a fiscalização no local”, disse Salomão. “Dá a impressão de que a fiscalização do DFTrans é de gabinete ou então aliada às empresas. Que eles só apuram as irregularidades quando não é mais impossível desconhecer o problema”, desabafou.

“Liga no 156”

O Correio também esteve no terminal do Setor O, de Ceilândia, e no de Samambaia, para tentar obter a lista com os horários dos ônibus. No primeiro terminal, conseguiu a tabela dos micro-ônibus, mas não o detalhamento do itinerário. Como faço para saber onde o ônibus passa? “Você vai ter que pegar um deles e ir anotando”, indicou um funcionário. No balcão das empresas de ônibus convencionais, a funcionária disse que apenas o DFTrans tinha a lista. Mas lá também não tinha. “Você liga no 156, opção seis e pergunta. Ou então, acessa o site do DFTrans na internet”, orientou. Em Samambaia, os funcionários do terminal também não tinham a lista para fornecer.

Para Joaquim Aragão, falta vontade política do governo.

Ele defende que, se quisesse, o governo já teria feito a integração do sistema. “Não precisa esperar as grandes obras como corredores exclusivos ou linhas verdes. É só mapear a cidade e integrar as linhas”, afirmou. Mas o governo, sempre que questionado sobre os problemas de trânsito e transportes do DF, aposta que todas as soluções virão com o Brasília Integrada (veja Para saber mais).

Fiasco dos painéis

Os painéis luminosos foram instalados na Rodoviária do Plano Piloto em 1998, quando foi concluída a reforma. O Departamento Metropolitano de Transportes (DMTU), hoje DFTrans, anunciou que eles poriam fim aos atrasos dos ônibus e das longas filas de espera nos pátios da Rodoviária. Logo no primeiro dia, o sistema se mostrou um fiasco e não funcionou. Todo o sistema de automação só foi concluído um mês depois. Os 69 painéis e 12 câmeras instalados na época custaram R$ 3 milhões. Em 2000, os usuários reclamavam que as placas estavam constantemente quebradas. No ano seguinte, eles começaram a exibir palavras e frases desconexas, inclusive em inglês (foto). Dois engenheiros com especialização nos Estados Unidos foram chamados para consertar o equipamento, mas encontraram dificuldade. O governo decidiu desligá-los para evitar ainda mais confusão.

Sem nenhum conforto

As incoerências do sistema de transporte no Distrito Federal também aparecem na quantidade passageiros transportados mensalmente em cada ônibus. Em média, são 10,6 mil por mês ou menos de 15 usuários por dia em cada veículo. Teoricamente era para o passageiro ter o mínimo de conforto, como fazer as viagens sentados. Mas não é isso que ocorre. As cenas de ônibus abarrotados de gente são comuns. E sobram relatos de pessoas obrigadas a esperar pelo próximo veículo por falta de espaço.

Nos horários de entre picos, dezenas de veículos ficam ociosos em diversos pontos da cidade. A maioria deles fica estacionado lado a lado no Mané Garrincha, no fim da Asa Norte e ao lado dos terminais de ônibus. Enquanto isso, a população que precisa se locomover fora dos horários de pico espera por até duas horas no ponto de ônibus.

Para o presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Âmbito Nacional (Autcan) Miguel Fernandes da Silva, o problema é de gestão no Distrito Federal. “Falta o poder público tomar conta. Hoje o sistema está nas mãos das empresas. Elas definem os itinerários e horários, e descumprem depois”, critica Silva. A Autcan representa 83 mil usuários em todo o país.

O Correio fez contato com o DFTrans para entrevistar o responsável sobre o assunto e para levantar os dados relativos ao sistema na última terça-feira. A assessoria de imprensa informou que ele estava muito ocupado resolvendo os problemas do Sistema Fácil (que ficou fora do ar durante a semana passada para recarga do passe livre aos estudantes), mas tentaria agendar um horário, o que não ocorreu até as 18h30 de sexta-feira.

A pedido do Correio, o órgão informou que conta com 84 fiscais. No último ano, foram emitidas 5.566 notificações e 1.306 ônibus piratas acabaram apreendidos. De janeiro a março deste ano, são 680 autuações e 65 retenções de veículos piratas. A principal queixa dos usuários é em relação ao descumprimento da tabela horária e do itinerário. Problemas que o órgão combate fiscalizando e multando as empresas que cometem as irregularidades. Já os horários, são divulgados na internet.

Descaso

A estudante Lígia Carolina Santana Catunda, 22 anos, critica a falta de informação e superlotação dos veículos. “Acho um absurdo colocarem os horários só na internet. E as pessoas que não têm acesso? Os horários deviam ficar nas paradas, mas não colocam porque aí teríamos como cobrar”, comentou.Em Curitiba, a relação passageiros por ônibus/mês é a mais alta entre as cinco capitais: 25.372 por mês ou 35 pessoas por dia por veículo. Ainda assim o transporte da capital paranaense é considerado modelo no país. Gestor de operação de trânsito de Curitiba, Luiz Filla conta que na capital paranaense a qualidade do sistema é definida da seguinte forma: nos horários de pico, um ônibus comum, com 12m, deve transportar 44 passageiros sentados mais seis passageiros por metro quadrado em pé. Isso dá uma média de 80 pessoas por veículo. Os articulados circulam com no máximo 160 pessoas e o biarticulados, com 230.O sistema é reavaliado semestralmente. Se a demanda ultrapassa o limite fixado, as empresas têm de colocar mais ônibus na linha. Se o número de passageiros pagantes aumenta — avaliação diária —, a reavaliação do sistema é antecipada. Para fazer cumprir as metas, horários e itinerários fixados pelo governo, 250 fiscais acompanham a prestação de serviço das empresas. “Quando observam qualquer anormalidade, atuam imediamente para sanar o problema. Nosso usuário é bastante exigente”, ressaltou Filla.Em Curitiba, as principais infrações cometidas por ônibus são adiantamento do horário sem justificativa, dirigir de forma inadequada e ônibus em estado de conservação inadequada. “Aqui não temos problema de descumprimento da linha ou de viagens. Quando ocorre, nós multamos as empresas”, diz. A eficiência do transporte de Curitiba se deve também ao sistema de infraestrutura. Lá existem corredores exclusivos, terminais de integração e cobrança antecipada nos terminais. O sistema funciona como uma rede e parte do princípio que o usuário paga o valor de uma passagem para chegar ao destino, ainda que precise usar mais de um ônibus.

Fiscalização eletrônica
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Em Belo Horizonte, o segredo para manter as empresas na linha é a fiscalização eletrônica. Por meio de dois softwares, o governo controla o cumprimento dos horários e se tem superlotação. O governo ainda fiscaliza qualquer sinal de anormalidade por meio da leitura do disco de tacógrafo. O número de fiscais é pequeno, 22 para todo o sistema.

“A nossa fiscalização pesada é eletrônica. Temos o controle de 100% dos veículos e ainda vamos implementar um sistema de GPS”, explica Jussara Bellavinha, diretora de desenvolvimento e implementação de projetos.Mas não é só a fiscalização eficiente que garante a qualidade do transporte público.

O diretor-superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NUT), Marcos Bicalho dos Santos, explica que a falta de infraestrutura que dê preferência ao transporte coletivo em detrimento do individual tem relação direta com a qualidade do serviço prestado. “Se o ônibus tem que disputar espaço na via com os carros, a qualidade do serviço vai cair. O trânsito está cada dia mais congestionado”, lembra.

O sindicato das empresas de ônibus do DF foi procurado, com as perguntas encaminhadas por e-mail, conforme orientação da assessoria de imprensa da entidade. Mas, até o fechamento da edição, não houve retorno. (AB)

Video exibido em 2009.


Fonte: Correio Brasiliense
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Estação São Gabriel volta a funcionar como terminal rodoviário em BH

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


A partir desta segunda-feira, passageiros de algumas linhas de ônibus interestaduais vão embarcar e desembarcar na Estação São Gabriel, região nordeste de Belo Horizonte. A mudança, que vai até o dia 22, pretende evitar congestionamentos no centro da capital, no período do Carnaval. Devem embarcar e desembarcar, diariamente, entre seis e sete mil passageiros, vindo ou indo para o litoral do Espírito Santo, região nordeste, Brasília, São João da Barra (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ). Todas as integrações ônibus-metrô serão realizadas no lado oeste da estação.
Os bilhetes podem ser comprados na própria Estação São Gabriel, que fica na Avenida Cristiano Machado, 5.600, na região central da capital. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a demanda e a operação na rodoviária Israel Pinheiro, que fica no hipercentro, serão reduzidas em 20%.
Fonte: Globominas
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BHTRANS realiza transferência das linhas urbanas na Estação BHBUS São Gabriel

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), realiza no dia 9/12 a transferência das linhas urbanas do Setor Leste da Estação BHBUS São Gabriel, que passarão a operar no Setor Oeste. A mudança acontece em função da utilização do Setor Leste para a Operação de Final de Ano da Rodoviária na estação. As linhas irão operar, temporariamente, até às 23h59 do dia 10/1/2010, quando será normalizado o atendimento.Monitores da BHTRANS, cartazes e faixas de pano irão orientar os usuários sobre os acessos ao Metrô e os locais dos pontos de embarque e desembarque no Setor Oeste.

A empresa alerta para a importância dos usuários da Estação BHBUS São Gabriel redobrarem a atenção à sinalização implantada. As pessoas com dificuldades de locomoção poderão acessar o elevador, solicitando o apoio dos seguranças dentro da plataforma do metrô, para realizar o deslocamento entre os dois setores.

As linhas urbanas serão acomodadas nas plataformas do Setor Oeste conforme especificado abaixo: (linhas grifadas foram transferidas do Setor Leste)

  • Plataforma A – 707; 708; 80; 61/62 (noturnos sentido centro) e linha de domingo 702.
  • Plataforma B - 703; 705; 706; 713; 711; 61/62 (noturnos sentido bairro) e linhas de domingo 709; 732 e 832.
  • Plataforma C - 8350; 714; 807 e linhas de Domingo 710; 734 e 81.
  • Plataforma D – 811; 823; 715; 716 e linhas de Domingo 812; 8550; 823 e 837.
  • Plataforma E – Linhas do DER 4150; 4120; 4145; 4185; 4135; 4445; 4385 e 4690.
  • Plataforma F – 806; 808; 809 e 809.Operação de Final de Ano da Rodoviária na Estação São Gabriel.
- Para garantir mais conforto aos passageiros nas viagens de final de ano e minimizar impactos no trânsito da área central, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul e da BHTRANS, transferiu o embarque/desembarque das viagens com destino ao Nordeste, Espírito Santo, Campos dos Goytacazes e São João da Barra (RJ) e Brasília, marcadas para o período de 15/12/2009 a 4/1/2010, para a Estação BHBUS São Gabriel. Outras Informações: 3271-3000/3209-0658 (Rodoviária) / 3277-6500 (BHTRANS).
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BH apresenta pacote da Copa

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os projetos de revitalização e qualificação de Belo Horizonte e de modernização do transporte público municipal, que fazem parte do pacote elaborado para a cidade sediar a Copa de 2014, foram apresentados ontem à tarde em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal. Entre as proposta exibidas, a expansão do metrô e a construção da nova rodoviária. Também foram exibidos os planos para a implantação do BRT (Bus Repit Transit), sistema de ônibus que circula em calhas, em pistas exclusivas, com capacidade para atender a 200 pessoas por veículo. "Nosso investimento prioritário é o BRT. O sistema é o melhorar para a cidade", afirma o presidente da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Ramon Victor Cesar. Segundo ele, o BRT será implantado primeiro na avenida Antônio Carlos.
A expectativa é de que o sistema entre em operação até 2012. "Os recursos já foram garantidos pela prefeitura e aprovados pela Câmara Municipal", disse Cesar.Sobre o metrô, ele voltou a informar ontem que o projeto de expansão do sistema, inclusive com ideia ligando a Cidade Administrativa (na região Norte da cidade) ao bairro Novo Eldorado (em Contagem), está elaborado. Mas, segundo ele, para que a proposta saia do papel, seria preciso a captação de R$ 2 bilhões em recursos junto ao governo federal.
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São Gabriel será utilizada como segundo terminal de BH

terça-feira, 20 de outubro de 2009


Nos grandes feriados, como os de fim de ano, ônibus com destino ao Nordeste sairão de estação de integração Para que a situação do último Carnaval não se repita e os usuários não tenham que esperar mais de seis horas pelos ônibus de viagem, no próximo grande feriado das festas de fim de ano, cerca de 40 ônibus com destino ao Nordeste do país e ao Norte de Minas podem sair da Estação São Gabriel, que integra ônibus urbano e metrô, desafogando a rodoviária da capital.
"Se percebermos que a capacidade da rodoviária será excedida, o que, pela experiência anterior, deve acontecer, vamos usar a Estação São Gabriel", afirmou o diretor de Ação Regional e Operações da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), Edson Amorim.Amorim explica que o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro tem um limite de 90 ônibus por hora.
"O excedente deve ser enviado ao São Gabriel. Daremos preferência aos ônibus que vão para o Nordeste porque a estação fica na saída da BR-381."Porém, a Estação São Gabriel deve ser oficialmente anunciada como segundo terminal rodoviário para os grandes feriados somente em novembro, quando a BHTRANS terá em mãos todos os estudos de viabilidade e uma estimativa da real demanda do fim de ano, já que as empresas de transporte começam a vender passagens 30 dias antes da viagem.
A decisão sobre onde será construído o novo terminal rodoviário de Belo Horizonte ainda não foi tomada. Segundo Edson Amorim, até o fim de outubro, a consultoria paulista contratada pela BHTRANS deve entregar o estudo da viabilidade da construção no bairro Calafate, na região Oeste da capital. "Mantemos a ideia do Calafate. Mas, se o estudo apontar que é inviável ter a rodoviária lá, vamos analisar outros locais potenciais para o novo terminal", afirmou Amorim.
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Redução tarifária do transporte e inclusão abrem Congresso ANTP

sábado, 3 de outubro de 2009

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, defendeu a desoneração tarifária para a inclusão social, que faz parte de sua política de governo, nesta terça-feira, 29 de setembro, quando foram instalados a 17º Congresso da Associação Nacional de Transportes Públicos e a VI INTRANS na cidade. Ele relacionou ações de sua administração na área do trânsito e do transporte, e realçou a importância do futuro metrô para a cidade.
O presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires, falou sobre os objetivos do 17º Congresso, frisando que o papel da entidade é criar as condições para que os especialistas do setor discutam e apontem soluções para o futuro da mobilidade urbana. Os dois eventos, organziados pela ANTP, se estenderão até a próxma sexta, dia 2 de outubro, no Expo Unimed – Curitiba. A tarde da segunda-feira (28) e durante todo a terça-feira foram reservadas para programações de visitas técnicas a empresas e sistemas de transporte de Curitiba, com centenas de participantes.
Como parte da solenidade de abertura, houve a cerimônia de entrega do Prêmio ANTP de Qualidade 2009. Foram inicialmente homenageadas dez organizações finalistas do Prêmio, incluindo as que receberam o Certificado de Melhoria Contínua. Foram também homenageadas as organizações vencedoras do Prêmio ANTP de Qualidade e as empresas que receberam o Certificado de Referencial de Excelência.
Na cerimônia programada para a sequência da instalação do 17º Congresso da ANTP, ocorreu a premiação dos vencedores do Prêmio ANTP de Qualidade 2009. Os nomes dos premiados foram proclamados em 31 de agosto de 2009, logo após a Banca de Juízes do Prêmio ANTP de Qualidade concluir a análise dos resultados fornecidos pela Banca Examinadora. Três organizações foram apontadas como Referencial de Excelência: Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda, de Viamão/RS; Expresso Medianeira Ltda. de Santa Maria/RS e Viação Belém Novo Ltda. Porto Alegre/RS. Operadoras Rodoviárias.
Na categoria Operadoras Rodoviárias Urbanas e Metropolitanas, venceram a Medianeira Dourados Transportes Ltda, de Dourados/MS e a Viação Urbana , de Fortaleza/CE.
Na categoria Órgão Gestores de Transporte e Trânsito venceu a Companhia de Transporte Urbano da Grande Vitória – Ceturb-GV, de Vitória/ES. O Certificado de Melhoria Contínua foi concedido às seguintes organizações: Companhia de Transporte Urbano da Grande Vitória – Ceturb-GV, de Vitória/ES; Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte S/A - BHTrans, de Belo Horizonte/MG, Medianeira Ponta Porã Transportes Ltda., de Ponta Porã/MS, e Viação Urbana, de Fortaleza/CE.


Rodoviária Metropolitana/ Recife-PE, uma das finalistas no prêmio qualidade em serviço

A relação de finalistas do Prêmio ANTP de Qualidade 2009 é a seguinte: Auto Viação Chapecó Ltda, de Chapecó/SC; Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S/A - Trensurb, de Porto Alegre/RS; Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte S/A - BHTrans, de Belo Horizonte/MG; Leblon Transporte de Passageiros Ltda, de Fazenda Rio Grande/PR; Medianeira Transporte Ltda, de Ijuí/RS; Medianeira Ponta Porã Transportes Ltda, de Ponta Porã/MS; Rodoviária Metropolitana Ltda, de São Lourenço da Mata/PE; Santa Ignês Transportes Ltda, de São Borja/RS; Viação Nobel Ltda, de Fazenda Rio Grande/PR e Viação Urbana Ltda. Filial (Fantasia Dragão do Mar), de Fortaleza/CE.
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