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BNDES inicia estudo de Mobilidade e Goiânia tem duas propostas

domingo, 9 de junho de 2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), em parceria com o Ministério das Cidades, anunciou um estudo para identificar projetos de mobilidade urbana em 21 metrópoles brasileiras. O foco é detectar os projetos de média e alta capacidade em todas as regiões do Brasil, além de abordar a otimização e integração das redes de transportes, buscar novas alternativas de financiamento do sistema e a gestão coordenadas entre os entes federativos.

Goiânia, Luziânia, Águas Lindas e Valparaíso fazem parte do grupo de cidades que terão seus projetos avalizados por uma consultoria especializada em mobilidade urbana. A Capital tem dois projetos que serão foco do estudo, já a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) conta com três propostas.

Subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte do Governo de Goiás e presidente do Fórum de Mobilidade (Mova-se), Miguel Ângelo Pricinote adiantou ao Jornal Opção que a primeira reunião do Grupo de Trabalho da Ride ocorreu na semana passada. “Na Ride nós temos hoje os projetos do BRT de Luziânia/Santa Maria, que estão no PAC, temos uma iniciativa da CBTU que é o VLT ligando Valparaíso até a o metrô de Brasília, temos um projeto que estamos apoiando no município de Águas Lindas ao plano piloto no Distrito Federal”, diz.

Já para Goiânia, o estudo deve focar no BRT Norte/Sul e a reforma do Eixo Anhanguera e a integração dos dois sistemas. “A questão de Goiânia é mais tranquila pois já estamos implementando o Novo Plano Operacional para adequar esse sistema. O BNDES vem para apoiar esses projetos e pensamos também em ampliar essas ligações como a do Eixo Anhanguera que chega em Goianira e Trindade”, diz.
Segundo o especialista em mobilidade urbana, por Goiânia possuir um órgão responsável pelo planejamento, gerenciamento, controle e fiscalização operacional do transporte coletivo, toda operação é facilitada. “O grande desafio é no Distrito Federal e na Região do Entorno. Lá, teremos que buscar um ente como a CMTC para coordenar todas essas questões”, aponta.

Apesar da operação já facilitada pelo avanço das medidas em Goiânia, Pricinote aponta que a proposta do BNDES poderá auxiliar a cidade a pensar e melhorar a infraestrutura já existente. “O Eixo já chegou a carregar 30 mil passageiros no pico e Goiânia já validou, em um único dia, mais de 1,2 milhão de usuários no transporte coletivo. A demanda caiu muito e a infraestrutura tem espaço para melhorias. Por exemplo, nosso BRT ainda é lento por questões semafóricas e de trânsito. Com esse apoio a gente vai conseguir avançar nessas discussões”, garante.

De acordo com Pricinote, o Eixo Anhanguera e o BRT Norte/Sul tem capacidade para atender a demanda por transporte coletivo na Região Metropolitana, mas ele estima que com a conclusão do anel viário, novas propostas de modais de transporte devem ser pensados e iniciados. “Quem sabe em um futuro mais longínquo conseguimos interligar Goiânia, Anápolis e Brasília por meio de uma solução ferroviária. Nós temos essa demanda por expansão da mobilidade, não só na região de Goiânia, mas também com outras cidades”, projeta.

Estudo pensado para o longo prazo
A perspectiva do BNDES e das empresas e consultorias contratadas é que o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana será pensado para os próximos 30 anos. Ele deverá identificar projetos de média e alta capacidades em todas as regiões do Brasil, além de abordar a otimização e integração das redes de transporte, alternativas para financiamento do sistema e a gestão coordenada entre os entes federativos.

A pesquisa terá duração de 12 meses e servirá como base para a elaboração da Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana. A intenção é promover a parceria da União com as regiões metropolitanas para viabilizar projetos, além de impulsionar investimentos em mobilidade urbana nas cidades. O resultado também contribuirá para formar a carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam investimentos para melhoria dos serviços públicos no âmbito do Novo PAC.

As localidades contempladas pelo estudo abrangem as seguintes cidades-sede: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.

“O estudo será essencial para mapear os projetos de alta e média capacidades (trens, metrôs, VLTs e BRTs) nas maiores regiões metropolitanas do país, contribuindo para a redução do déficit histórico de investimentos no setor”, afirmou o superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES, Felipe Borim.

“Este estudo em parceria com o BNDES é uma grande oportunidade para o Governo Federal apoiar as regiões metropolitanas na construção de soluções integradas para o transporte público coletivo no curto, médio e longo prazo. Temos neste estudo a retomada do papel da União da coordenação das ações estratégicas do setor de mobilidade urbana, com a promoção do diálogo interfederativo, da cultura dos dados abertos e das boas práticas de planejamento governamental”, disse Marcos Daniel Souza dos Santos, Diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano da SEMOB do Ministério das Cidades.

Plano operacional tem investimento de R$ 1,6 bilhão
O Novo Plano Operacional (NPO) começou a ser implementado pelo Governo de Goiás em abril deste ano e deverá promover a melhoria do conforto e reduzir a super lotação e o tempo de espera dos passageiros do transporte público na Região Metropolitana de Goiânia.

O NPO integra uma das fases de execução da Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivos, cujo investimentos chegam a R$ 1,6 bilhão e contempla a reforma dos terminais e plataformas de embarque e desembarque da linha do Eixo Anhanguera, além da conservação e construção de pontos de ônibus, renovação da frota de veículos e aquisição de modelos elétricos.

Os investimentos são fruto de subsídio mantido pelo Governo de Goiás e as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo. Esses recursos também custeiam a manutenção do congelamento da tarifa do transporte coletivo desde 2019 em R$ 4,30.

Informações: Jornal Opção

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Trensurb amplia horários de trens na região da grande Porto Alegre

quinta-feira, 6 de junho de 2024

A partir desta segunda-feira (3), os trens da região metropolitana de Porto Alegre passam a circular das 6h às 20h, diariamente, no trecho entre as estações Mathias Velho, em Canoas, e Novo Hamburgo, com intervalos de 35 minutos entre as viagens. A informação é da Empresa de Trens Urbanos (Trensurb) da capital do Rio Grande do Sul, publicada na rede social Instagram.

O novo horário é mais ampliado que o anunciado pela Trensurb, na quarta-feira (29), das 6h às 18h. Após quase um mês com a circulação de trens interrompida, por causa das cheias dos rios e do lago Guaíba, os trens voltaram a funcionar na quinta-feira (30), com 13 estações em cinco municípios da região metropolitana.

Nesta fase de operação emergencial não haverá cobrança de passagem, uma vez que os sistemas de bilhetagem da Trensurb também foram afetados pelas águas que inundaram as estações e seguem inoperantes.

De acordo com a companhia, dois trens circularão no trecho Mathias Velho - Unisinos por ambos os lados da ferrovia, enquanto outro fará o trajeto de ida e volta, em via única, entre as estações Unisinos e Novo Hamburgo – sendo necessário que o passageiro faça a baldeação (mudança de composição) na estação Unisinos, para os usuários que forem seguir viagem.

A retomada das operações é gradual, e mais estações serão incluídas no trajeto, explicou a Trensurb. De acordo com a companhia, novos horários de funcionamento serão acrescentados à medida que seja possível operar com mais condições de segurança.

Os passageiros que precisam se deslocar até Porto Alegre ou voltar da capital gaúcha terão à disposição o serviço de ônibus que faz trajeto pela região metropolitana, ao preço de R$ 6,85 por passageiro.

por Aécio Amado
Informações: Agencia Brasil EBC

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Trensurb retoma operação do metrô de forma emergencial

domingo, 2 de junho de 2024

A Trensurb informa que está retomando a operação do metrô de forma emergencial a partir desta quinta-feira (30), das 8h às 18h, diariamente, no trecho entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo, com intervalos de 35 minutos entre as viagens. Dois trens circularão no trecho Mathias Velho - Unisinos por ambos os lados da ferrovia, enquanto um único trem fará o trajeto de ida e volta, em via única, entre as estações Unisinos e Novo Hamburgo – sendo necessário o transbordo na Estação Unisinos para aqueles que forem seguir viagem. Isso ocorrerá pois os trens foram recolhidos para a via, no trecho elevado entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, a fim de serem preservados do alagamento do pátio da empresa, situado no bairro Humaitá, em Porto Alegre. A operação emergencial não terá cobrança de passagem, uma vez que os sistemas de bilhetagem da Trensurb também foram afetados pela calamidade e seguem inoperantes.

“A Trensurb, mais uma vez, estará cumprindo seu papel social e abrindo o que estamos chamando de ‘Trilhos Humanitários’, aliviando a pressão no sistema de circulação e mobilidade da Região Metropolitana”, afirma o diretor-presidente Fernando Marroni. Serão 13 estações atendidas em cinco municípios – Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo –, num trajeto de 26 quilômetros, com capacidade para atender cerca de 30 mil passageiros por dia. Em condições normais, a Trensurb transporta aproximadamente 110 mil passageiros nos dias úteis. O diretor-presidente informa que a empresa também entrou em contato com a Metroplan solicitando que tome as providências que julgar necessárias para atender os usuários que irão desembarcar e embarcar na Estação Mathias Velho. Além disso, o Governo do Estado garantiu uma operação especial de segurança pública nas estações.

Conforme Marroni, das cinco subestações de energia da Trensurb, duas, em Canoas e Porto Alegre, seguem inoperantes por terem sido alagadas e necessitarem de avaliações e reparos, ainda sem previsão de execução. Essas subestações recebem a energia das concessionárias e convertem para o uso na tração dos trens. A inoperância de algumas delas é um obstáculo importante para a retomada da operação com segurança em um trecho maior e com mais trens circulando. Outra questão fundamental é a recuperação de trechos da via férrea que ficaram alagados por vários dias e necessitam de revitalização do lastro dos trilhos – formado sobretudo por brita e dormentes. Por isso, essa retomada emergencial da operação será no trecho de Mathias Velho a Novo Hamburgo, menos afetado pelas cheias e por onde os trens podem circular com segurança no momento. A expectativa é que, gradativamente, mais trechos e estações sejam recuperados e liberados, porém ainda não há estimativa de prazo para isso, pois os danos ainda estão sendo avaliados. O diretor-presidente também informa que a empresa está trabalhando para retomar o funcionamento do sistema de bilhetagem nos próximos 30 dias. Destaca, ainda, a destinação, por parte do governo federal, através da Medida Provisória 1.218/2024, de um valor inicial de R$ 164,3 milhões para garantir a retomada do funcionamento do metrô.

Informações: Trensurb

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Saiba como fazer o trajeto de trem e ônibus de Canoas até a Capital

O chamado Trilho Humanitário foi colocado em operação pela Trensurb na última quinta-feira, 30, garantindo o transporte de ida e volta de passageiros na Região Metropolitana de Porto Alegre. A linha atenderá 13 estações, nas cidades de Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Os trens estão operando diariamente em todas as estações de Canoas até Novo Hamburgo, das 8h às 18h. Os intervalos são de 35 minutos entre as viagens.

Já o trajeto até Porto Alegre será completado de ônibus, com veículos da empresa TRANSCAL, em ação conjunta da Trensurb com a Metroplan. O valor da tarifa foi estipulado em R$6,85, com pagamento em dinheiro ou CARTÃO TEU.

Os horários de partida e saída dos ônibus são sincronizados com os horários do trem na estação Mathias Velho.

O ponto final das viagens de Canoas até POA será no Terminal Conceição, no Centro Histórico de Porto Alegre, próximo à Av. Farrapos.

Confira as rotas de ônibus oferecidos pela Metroplan:

Itinerário sentido CANOAS – POA:

1) Embarque na estação Mathias Velho (Canoas)
2) BR116
3) Av. Farrapos
4) Terminal Conceição

Itinerário sentido Porto Alegre – CANOAS:

1) Embarque no Terminal Conceição
2) Av. Farrapos
3) Rua Santo Antônio
4) Av. Oswaldo Aranha
5) Túnel da Conceição

Ao todo, o trajeto em operação pela Trensurb soma 26 quilômetros, com capacidade para atender cerca de 30 mil passageiros por dia. Em condições normais, a Trensurb transporta aproximadamente 110 mil passageiros nos dias úteis.

Informações: Correio do Povo

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Passagem de ônibus é mantida em R$ 4,80 em Canoas

domingo, 31 de março de 2024

A prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, informou que o valor da tarifa do transporte coletivo urbano não terá aumento para os usuários, permanecendo em R$ 4,80.

O decreto que mantém o preço da passagem foi assinado pelo prefeito em exercício Nedy de Vargas Marques na quinta-feira (28). A norma institui a tarifa técnica do serviço de R$ 5,50, diferentemente do que a Sogal havia pedido, de R$5,56. Esse montante não será repassado a quem utiliza o transporte.

Para manter o preço atual, a prefeitura subsidiará R$ 0,70 de cada passagem. Conforme o secretário municipal da Fazenda, Luís Davi Vicensi Siqueira, para manter a passagem no custo atual com base na estimativa de passageiros o município precisa desembolsar R$14,4 milhões por ano. O cálculo, porém, depende do número de usuários. Então, essa quantia pode variar com o aumento ou a redução da quantidade de pessoas que utilizarem o serviço.

“Sabemos que o valor atual já é alto e pesa no bolso de quem utiliza ônibus diariamente. Por isso, estamos fazendo um grande esforço para evitar o aumento. Mesmo com a crise financeira que herdamos da gestão afastada, o transporte coletivo é uma prioridade da nossa gestão. E seguiremos trabalhando muito para buscar a redução da tarifa e a melhora da qualidade do transporte na nossa cidade”, destacou o prefeito.

Apesar de registrar queda no número de passageiros desde a chegada dos carros por aplicativo, até 2019 o transporte público se mantinha apenas com o pagamento da tarifa pelos usuários. No entanto, a partir de 2020, com a pandemia de Covid-19, os órgãos gestores tiveram que dar incentivos ou subsídios para manter o sistema em funcionamento. Até 2019, em Canoas, havia uma média de 12 milhões de passageiros pagantes por ano. Já em 2020 e 2021, esse número caiu 50%. Em 2022 e 2023, os pagantes ficaram em torno de 8 milhões por ano.

Informações: O Sul

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Passagem intermunicipal na Região Metropolitana de Porto Alegre fica mais cara

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

As passagens dos ônibus que circulam entre os municípios da região metropolitana de Porto Alegre estão mais caras desde a madrugada desta quarta-feira (3). Entrou em vigor um reajuste de 5,6% na tarifa das 22 empresas que circulam em 34 municípios. A medida vale apenas para coletivos da modalidade comum. Outras categorias, como executiva e semidireto, permanecem com o mesmo valor.

O preço das passagens varia conforme empresa e linha. Um bilhete da principal linha da empresa Viamão, por exemplo, custava R$ 6,50. Com o reajuste passa a ser de R$ 6,85 — alta de R$ 0,35.

O aumento ocorre cinco meses após o último reajuste, de 6%, do transporte comum. Segundo a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), ligada ao governo do Estado e responsável por determinar o preço das passagens, trata-se de uma correção de cerca de 12% dividida em duas parcelas, especificamente para o transporte comum, que abrange em torno de 80% dos 220 mil passageiros diários. Nas demais modalidades, o aumento de 24% foi feito em parcela única em agosto.

A medida faz parte de um acordo feito com as empresas, já que não houve correção no preço da passagem durante a pandemia. Com isso, em 2022, o governo estadual calculou a necessidade de um reajuste de 20,74%. Para evitar um repasse ainda maior para os usuários, foi aplicado um subsídio de R$ 80 milhões no sistema de transporte, sendo R$ 42 milhões em recursos estaduais e R$ 38 milhões do governo federal.

O índice vale somente para o transporte metropolitano, ônibus que circulam entre municípios, não considerando a circulação interna em cada cidade.

Informações: gauchazh


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Passe livre no transporte é adotado em 99 cidades brasileiras

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O Brasil inicia 2024 sem a cobrança da passagem do usuário no transporte coletivo público urbano em 99 municípios. Um salto no número de cidades com gratuidade da passagem foi dado em 2023, o ano com o maior avanço desta política no país, adotada por 35 cidades. Antes disso, o ano com mais adesões tinha sido 2021, com 15. Das 99, uma adotou entrou para a lista na segunda-feira, dia 1º de janeiro de 2024.

A relação diz respeito aos municípios que adotam o "passe livre pleno", quando a passagem não é cobrada do usuário durante todos os dias e para toda a população. Os dados são do pesquisador Daniel Santini, da Universidade de São Paulo (USP). A relação das cidades que oferecem transporte público gratuito é atualizada permanentemente por Santini e pode ser conferida aqui.

Duas cidades do Rio Grande do Sul estão na lista: Parobé, no Vale do Paranhana, que adota a medida desde março de 2022, e Pedro Osório, no Sul do Estado, que oferece transporte gratuito desde novembro de 2018. Ao todo 12 estados têm cidades com passe livre no transporte, sendo a maior concentração em São Paulo, com 30, e em Minas Gerais, com 26, seguidos por 11 no Rio de Janeiro e em Curitiba. Santa Catarina integra a lista com sete cidades.

Em entrevista concedida à Agência Brasil no fim de dezembro passado, Santini destaca o "momento de expansão da política de tarifa zero no Brasil". Para ele, "existe aí uma multiplicação de experiências, tem o que a gente chama de efeito contágio, ou seja, uma cidade vizinha influencia a outra, que influencia a outra, e a coisa vai se multiplicando".

O pesquisador ressalta que o crescimento do número de cidades com tarifa zero no país ocorre dentro de um contexto de queda acentuada no número de passageiros do transporte público e da consequente crise do sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens. Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostram que, no mês de outubro de 2013, foram transportados 398,9 milhões de passageiros no país. Em outubro de 2022, essa quantidade caiu para 226,7 milhões, com redução de 43%.

Santini aponta que a situação é um círculo vicioso. Para manter a mesma receita com menos passageiros é necessário aumentar o valor da passagem; o aumento da passagem, no entanto, faz reduzir o número de passageiros. "O modelo de financiamento baseado na receita das catracas não se sustenta mais. A gente tem vivido repetidos ciclos de perdas de passageiros, e isso tem uma influência direta aí na manutenção e gestão dos sistemas. E a tarifa zero surgiu como uma alternativa, como uma possibilidade, e é uma política especialmente interessante por reunir uma dimensão que ela é social e ambiental ao mesmo tempo", defende o pesquisador.

Exemplo para os municípios mais populosos

Das cidades com passe livre, 11 têm população acima dos 100 mil habitantes, conforme os dados do Censo 2022, e seis adotaram a medida em 2023. É o caso de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo, que tem 165 mil habitantes. A prefeitura informa que dobrou o número de usuários do sistema de transporte, passando de 25 mil por dia, em média, para 52 mil, com picos de 54 mil.

Ainda conforme a prefeitura informou à Agência Brasil, a estimativa de custo com a medida é de R$ 35 milhões anuais, o que corresponderá a 1,5% do orçamento total do município previsto para 2024. Lá o programa "tarifa zero" é bancado pelo Fundo de Apoio ao Transporte da prefeitura, composto por recursos de multas de trânsito, exploração de ações publicitárias envolvendo o sistema de transporte e dotações orçamentárias próprias de fontes relacionadas à mobilidade urbana e à sustentabilidade socioambiental.

Para Daniel Santini, pesquisador da USP, "existe agora uma maior percepção de que é possível estruturar tarifa zero também em cidades mais populosas, com redes de transporte público mais complexas". Um ponto favorável apontado por ele é que as cidades mais populosas costumam ter orçamento maior do que cidades menores.

Repercussão do caso de Porto Alegre

Porto Alegre, que já teve um domingo de passe livre por mês, esteve na origem de um debate nacional em 2022, quando veio à tona a medida da prefeitura de não oferecer gratuidade no transporte no dia da eleição. O fim dos dias sem cobrança de tarifa haviam sido aprovados pelo Legislativo no fim de 2021, a partir de projeto do governo municipal.

Com a repercussão nacional e ações na Justiça, o prefeito Sebastião Melo (MDB) voltou atrás e recolocou na lei a previsão de gratuidade em "dia de eleição com voto obrigatório". A capital gaúcha tem passe livre também no feriado de Nossa Senhora de Navegantes (2 de fevereiro) e nos sábados com campanha de vacinação chamadas de "Dia D", mediante decreto do Executivo.

Exemplo da capital paulista

Em São Paulo, capital, o passe livre passou a ser adotado aos domingos desde o dia 17 de dezembro do ano passado. No primeiro dia com tarifa zero, foi registrado um crescimento de 35% no número de passageiros em relação aos domingos anteriores.

Informações: Jornal do Comércio

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Com passagem a R$ 5,25, BH terá ônibus mais caro do Sudeste e o 4º do Brasil

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023


Com o reajuste de 16,6% na passagem de ônibus, Belo Horizonte será a capital com a tarifa mais cara da região Sudeste. O novo valor de R$ 5,25, que os passageiros terão que pagar a partir de sexta-feira (29), também coloca a metrópole mineira na quarta posição no ranking nacional, atrás de Porto Velho, Curitiba e Florianópolis. 

Veja os valores cobrados no transporte convencional nas capitais:
 
1. Porto Velho - R$ 6
2. Curitiba - R$ 6
3. Florianópolis - R$ 6 
4. Belo Horizonte - R$ 5,25
5. Salvador - R$ 5,20
6. Brasília - R$ 5
7. Boa Vista - R$ 5
8. Cuiabá - R$ 4,95
9. Porto Alegre - R$ 4,80
10. João Pessoa - R$ 4,70
11. Campo Grande - R$ 4,65
12. Fortaleza - R$ 4,50
13. Aracajú - R$ 4,50
14. Vitória - R$ 4,50
15. Natal - R$ 4,50
16. Manaus - R$ 4,50
17. São Paulo - R$ 4,40
18. Rio de Janeiro - R$ 4,30
19. Goiânia - R$ 4,30
20. São Luís - R$ 4,20
21. Recife - R$ 5,60
22. Maceió - R$ 4
23. Belém - R$ 4
24. Teresina - R$ 4
25. Macapá - R$ 4
26. Palmas - R$ 3,85
27. Rio Branco - R$ 3,50

O aumento no preço dos bilhetes foi anunciado nessa terça-feira (26) pela prefeitura de BH. A diferença de R$ 0,75 deixa aflito quem depende do transporte público para se locomover na capital. Passageiros temem por demissões, conforme mostrou o Hoje em Dia.

Nesta quarta-feira, vereadores da Câmara Municipal começaram a se mobilizar para tentar impedir o aumento no preço das passagens. Foi apresentado um projeto de resolução, que demanda 14 votos favoráveis para a abertura do processo.

Quem também está na bronca com o salto de R$ 4,50 para R$ 5,25 nos bilhetes é a Associação de Usuários de Transporte Coletivo de BH e Região Metropolitana (AUTC).

A entidade avalia entrar na Justiça para solicitar que o aumento não seja autorizado. “Até a próxima terça, 2 de janeiro, vamos ajuizar uma ação no Tribunal de Justiça de Minas", disse o secretário geral da AUTC, Francisco Maciel.

Informações: Hoje em Dia

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Recarga do cartão integração do Metrô Bahia poderá ser feita por meio do aplicativo KIM

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Com o objetivo de oferecer mais facilidade aos clientes, a CCR Metrô Bahia firmou parceria com o aplicativo KIM para a recarga do Cartão Integração - mais uma oportunidade de efetuar a compra de créditos de forma prática e rápida.

Atualmente o aplicativo já é utilizado para recarga dos cartões de ônibus de Salvador e Região Metropolitana, e passa a disponibilizar essa facilidade no metrô da cidade, com pagamentos que podem ser feitos pelo celular, a partir do dia 12 de dezembro.

“Temos quase 600 mil usuários cadastrados em Salvador e um crescimento registrado de 25% somente neste ano na região. É uma cidade que vem se destacando cada vez mais no uso do KIM. Nosso compromisso é continuar oferecendo as melhores soluções para a mobilidade urbana na região por meio de tecnologia e inovação”, destaca o CEO do aplicativo KIM, Rubens Filho.

Para realizar a recarga, é preciso baixar o KIM, disponível para download gratuito nas lojas virtuais Apple Store e Google Play. Depois, o usuário deve selecionar a opção “Recarga Cartão Transporte” na aba “CCR Metrô Bahia”. Em seguida, basta cadastrar o número do cartão integração, escolher o valor da recarga e o método de pagamento, que pode ser PIX ou cartão de crédito. Para validar os créditos, basta aproximar o cartão nos validadores das estações.

“A parceria entre a CCR Metrô Bahia e a Kim busca agilizar o dia a dia do cliente, para que a sua experiência com o metrô seja cada vez mais confortável e rápida”, explica Frederico Pimentel, Coordenador de Arrecadação e Clearing da CCR Metrô Bahia.

Atualmente, a tarifa exclusiva do metrô é de R$ 4,10 e a integrada do metrô com os ônibus urbanos, STEC e BRT é de R$ 5,20. Essa nova parceria entre a KIM e a CCR Metrô Bahia é mais uma alternativa para pagamento da passagem do metrô, atendendo os cerca de 370 mil passageiros que circulam por dia nas estações.

Sobre KIM*

KIM é um aplicativo de mobilidade urbana que tem o objetivo de facilitar a jornada dos passageiros de transporte público. Criado em 2017, o aplicativo está disponível em mais de 75 cidades no Brasil, incluindo as capitais Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e Vitória. Por meio do app, o cliente consegue recarregar seu cartão de transporte, da forma que lhe for mais viável, entre PIX, cartão de crédito ou débito e boleto, acompanhar toda a movimentação de uso do cartão através do extrato, revalidar o cartão de estudante, pedir uma segunda via do bilhete eletrônico e bloqueá-lo em caso de perda, roubo ou furto. O app também permite o pagamento da passagem com QR Code, diretamente na catraca do ônibus e usando o celular, e conta com um mapa, onde é possível acompanhar os horários dos ônibus e traçar rotas para chegar ao destino desejado. A disponibilidade dos serviços pode variar de acordo com a localidade.

Informações: CCR Metrô Bahia

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Em Porto Alegre, Usuários do trem terão mais ônibus disponíveis a partir desta quarta

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

A partir desta quarta-feira, 22, entre 6h e 20h, seis veículos das empresas que operam o transporte metropolitano irão reforçar o atendimento entre as estações da Trensurb, sendo um deles um ônibus articulado. No horário de pico, a população terá 16 coletivos para os deslocamentos.

A medida foi definida em reunião, terça-feira, 21, na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), com o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, representantes da Metroplan e da Trensurb. Foram debatidas alternativas para melhorar o serviço aos usuários do Trensurb que não têm acesso às estações fechadas devido aos alagamentos e cujo translado é feito em ônibus expressos entre as estações Farrapos e Mercado Público.

 “Nos reunimos com a Trensurb e a Metroplan para ampliar esse atendimento e dar mais conforto aos usuários do transporte coletivo, além de buscar melhorias para dar mais fluidez no trânsito naqueles pontos que estão sobrecarregados devido aos bloqueios ocasionados pelo acúmulo de água em algumas vias”, diz Castro Júnior.

Além disso, foi definida uma rota alternativa para os ônibus metropolitanos que utilizam a Farrapos no retorno às garagens. A avenida é uma das vias com maior movimento na cidade por ser a principal opção aos bloqueios ocasionados pelo acúmulo de água na Zona Norte. A medida não interfere na operação do transporte coletivo que vem da região metropolitana. São 150 ônibus que, entre 9h e 16h, deixarão de trafegar pela Farrapos e utilizarão outro trajeto. “A mudança na operação, com o desvio desses ônibus sem passageiros, irá melhorar a fluidez na região”, comenta o chefe de departamento da diretoria de transporte da Metroplan, Paulo Osório.

Desde a segunda-feira, 20, quando a Trensurb fechou as estações em função de alagamento, a prefeitura colocou à disposição dos passageiros uma linha emergencial com início no Mercado Público e destino à Estação Farrapos. A linha é direta e não faz paradas durante o percurso.

Cerca de 170 agentes de trânsito e transporte acompanham a situação através das câmeras e intervindo nas ruas para garantir a segurança viária da Capital. É importante que a população informe as demandas pelo app 156+POA ou números 156 e 118 do Atendimento ao Cidadão para orientar as ações de fiscalização e assegurar o atendimento destes chamados.

Informações: Prefeitura de Porto Alegre

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Tarifa de ônibus sobe em três linhas intermunicipais de Porto Alegre

domingo, 5 de novembro de 2023

Começaram a valer, à meia-noite deste sábado (4), os novos valores das passagens de ônibus de linhas intermunicipais da região metropolitana de Porto Alegre operadas pela Empresa Transcal. Conforme a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), o reajuste de 4,11% é decorrente de revisão tarifária. 

Os novos valores atingem as linhas que fazem o trajeto nos municípios de Cachoeirinha, Gravataí e do distrito de Morungava até Porto Alegre. A linha Porto Alegre - Canoas não sofreu reajuste. 

No caso de Gravataí, a linha reajustada é a que faz o trajeto Morada do Vale - Porto Alegre. As demais linhas de Gravataí para a Capital, que são operadas pela Sogil, não sofreram reajuste.  

Segundo o órgão, a revisão extraordinária foi realizada em função da quilometragem que os ônibus da empresa estavam rodando diariamente. Na base de dados, a quilometragem estava menor do que o real, o que impacta nos custos da empresa e diretamente no valor da tarifa. 

De acordo com a Metroplan, o reajuste aprovado foi de 8,11% e foi dividido em duas partes. A primeira agora e a outra, no mesmo percentual de 4,11%, daqui a um ano. 

Esse é o terceiro reajuste que as passagens de ônibus intermunicipais da região metropolitana sofrem em quatro meses. Em agosto, o reajuste foi de cerca de 20% sob alegação de dois anos sem reposição devido a pandemia. Em outubro, as linhas nas modalidades direto, executivo e seletivo tiveram reajuste de 2,77%, o que seria um resquício do aprovado anteriormente.

Confira os valores

Morungava (distrito de Gravataí) – Porto Alegre
Convencional até a ponte de Cachoeirinha – R$ 5,90
Convencional – R$ 10,20
Executivo – R$ 16,95

Cachoeirinha – Porto Alegre

Comum – R$ 7,45
Semi-Direto Executivo – R$ 12,25
Seletivo – R$ 16,30

Gravataí (Morada do Vale - Porto Alegre) 
Comum - R$ 7,45
Outros

Cachoeirinha – Alvorada (comum) – R$ 6,70
Esteio – Gravataí (comum) – R$ 6,70
Gravataí – Lomba Grande (comum) – R$ 7,05
Canoas – Porto Alegre (seguem mesmos valores)

Rápido Integração – R$ 5,45
Comum – R$ 6,50
Semi-Direto – R$ 11,35
Executivo – R$ 13,40

Informações: Metroplan

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Governo destrava BRT Metropolitano e obra deve ser entregue em 2024

domingo, 29 de outubro de 2023

No ano que vem, o Pará assistirá ao capítulo final de uma novela de 33 anos: a construção do BRT Metropolitano. Por incrível que pareça, o convênio para os estudos que resultariam nesse BRT foi assinado no começo da década de 1990. Mas só a partir de 2019 é que ele começou a sair do papel. A estimativa é que entre em operação, em fase experimental, no começo do ano que vem, e que mude a cara e o cotidiano da BR 316, a única via de entrada e saída da capital.

Se tudo der certo, os quilométricos e diários engarrafamentos da BR serão coisa do passado, assim como os ônibus sempre lotados, além do longo tempo das viagens entre os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB). A humanização do transporte trará mais qualidade de vida aos 2,5 milhões de habitantes da região, ou quase um terço da população paraense. É o maior e mais importante projeto de transporte público da RMB, dos últimos 100 anos. Ou, provavelmente, de todos os tempos.

A bem da verdade, o BRT Metropolitano já deveria estar pronto desde o ano passado. No entanto, a pandemia de covid-19 impediu que fosse finalizado em tempo recorde, como queria o governador. Mesmo assim, já são visíveis as transformações da BR, que também está sendo reestruturada, para deixar de ser uma rodovia urbana e se transformar em uma avenida. Enormes tubulações de aço vão substituindo as antigas, para melhorar a vazão da água das chuvas e acabar com os vários pontos de alagamento daquela via.

Grandes passarelas de metal e concreto vão substituindo as antigas, para que também os cidadãos mais vulneráveis (idosos, grávidas, deficientes físicos) possam utilizá-las, assim como os ciclistas. É muito mais segurança para as milhares de pessoas que precisam cruzar a BR. Uma providência simples, mas que tende a salvar centenas de vidas. Até porque aliada a campanhas educativas do governo, para estimular o uso das passarelas.

Ao todo, o BRT Metropolitano terá 10,7 km de extensão, entre a saída de Belém e o município de Marituba. Mas a utilização de faixas exclusivas para ônibus normais, que também farão parte do sistema, permitirá levar passageiros até Ver-o-Peso, no centro da capital. O BRT e a nova BR são executados pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

Os recursos financeiros são do Governo do Estado e da JICA, a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Além de drenagem, a nova BR ganhará calçadas, ciclovias, nova iluminação, arborização. Já as obras do BRT incluem pistas de concreto com canaletas, para a circulação exclusiva de seus ônibus; 13 estações de passageiros, 13 passarelas, um viaduto de quatro pétalas, no km 7 da BR, já entregue; dois terminais de integração, nos municípios de Ananindeua e Marituba, já em fase de acabamento; túneis para o acesso de seus ônibus a esses terminais; e um Centro de Controle Operacional (CCO), na rodovia Augusto Montenegro.

‘CORAÇÃO DO BRT’

Também quase concluído, o CCO será o coração do BRT. Lá, com o auxílio de computadores, telões e outros equipamentos, os técnicos saberão, em tempo real, tudo o que se passar nesses ônibus e em cada pedacinho dessa teia de transportes. É que o BRT não se resumirá ao chamado “tronco central”, da pista de concreto e canaletas, bem visível ao longo da BR.

O Centro de Controle Operacional (CCO), em Belém, vai centralizar toda a operação do sistema integrado de transporte do BRT Metropolitano
Ele também abrangerá as chamadas linhas de ônibus “alimentadoras”, que trarão passageiros dos bairros de Ananindeua e Marituba. No CCO, será possível saber, imediatamente, se um ônibus quebrou, se houve algum acidente que está atravancando o tráfego. Assim, os técnicos poderão agir rápido, para manter o fluxo normal desses ônibus. Todos as estações de passageiros, terminais de integração e corredores do BRT contarão com câmeras de segurança, conectadas ao CCO e ao SIOP (Sistema Integrado de Operações Policiais).

Segundo documentos apresentados pelo NGTM, em uma audiência pública de março deste ano, o BRT poderá transportar 187 mil passageiros por dia, nos dias úteis. Isso significa 935 mil passageiros por semana, apenas de segunda à sexta, ou 3,740 milhões por mês, 44,880 milhões por ano. A expectativa é que ele reduza a menos da metade o tempo das viagens entre os municípios metropolitanos: se hoje alguém gasta até 5 horas para ir e voltar de Benevides ao Ver-o-Peso, por exemplo, isso cairá para apenas 2 horas. E tudo em ônibus confortáveis e seguros, com ar condicionado, wifi, GPS, câmeras de segurança. Além disso, também não haverá burocracia: todo o trajeto poderá ser feito com uma única passagem, que poderá ser comprada nos ônibus “alimentadores”, nos terminais de integração e nas estações de passageiros ao longo do trajeto.

Mas quem preferir, poderá validar cartões de passagens nessas estações ou até pela internet. As estações, assim como os ônibus e terminais de integração, serão seguras, confortáveis e acessíveis a idosos e portadores de deficiências. Além disso, animaizinhos de estimação, com até 10 quilos, também poderão viajar nesses ônibus.

Obras avançadas e 256 ônibus a caminho

No último mês de junho, as obras do BRT Metropolitano foram aceleradas, para aproveitar o verão, e hoje contam com mais de 30 frentes de trabalho. Já foram entregues à população quatro novas passarelas, das 13 previstas. Com 52 metros de extensão e apenas 600 ou 700 metros de distância entre elas, todas possuem, além de escadas, rampas para deficientes e ciclistas e, também, de acesso às estações do BRT. Segundo o NGTM, a previsão é que todas estejam prontas até o final do próximo mês de janeiro.

Outra obra importante é o viaduto de quatro pétalas do km 7 da BR. Junto com a nova avenida Ananin, ele ajudou a interligar a BR aos bairros da Cidade Nova e Guajará, agilizando o trânsito. O viaduto também facilitará o acesso dos ônibus “alimentadores” ao terminal de integração de Ananindeua.

Ele será um espaço amplo e confortável, com ar condicionado, elevadores, banheiros, bilheteria, lanchonete, Estação Cidadania, estacionamentos e bicicletários cobertos, para que os viajantes possam deixar seus veículos em segurança, enquanto viajam de BRT.

Só em Ananindeua, diz o NGTM, serão 10 linhas “alimentadoras”, que circularão pelos bairros. Já em Marituba, serão 12 dessas linhas, o que permitirá atender também a população do município de Benevides. Haverá linhas Expressas, que irão dos terminais de integração de Marituba e de Ananindeua até o terminal de São Brás, parando apenas ali e no Entroncamento. Outra linha, a “Parador”, que também sairá desses terminais, irá parando nas estações de passageiros da BR e da Almirante Barroso.

Já do terminal de São Brás sairão duas linhas, que irão até o centro de Belém. Uma seguirá pela Governador José Malcher até o Ver-o-Peso, retornando pela avenida Gentil Bittencourt. A outra seguirá pela avenida Conselheiro Furtado até a Praça da Bandeira, voltando pela rua dos Mundurucus. Em todos os casos, tudo será feito com a compra de apenas uma passagem. Ou seja: um morador de Marituba poderá adquirir o bilhete no ônibus “alimentador” de seu bairro, ou no terminal de integração, e ir até São Brás e daí até o centro de Belém, sem pagar mais nada.

Segundo o NGTM, todas as obras estão bastante avançadas e o projeto já entrou na fase de “operação do sistema”. Nela, o governo vai adquirir 256 ônibus para o sistema do BRT e a licitação já se encontra em andamento.

CRONOLOGIA

O BRT (Bus Rapid Transit, ou ônibus rápido) é um sistema de transporte de massa criado em 1974 pelo arquiteto e então prefeito de Curitiba (PR), Jaime Lerner. De lá, espalhou-se por várias grandes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Distrito Federal, por exemplo. Também se espalhou por vários países, como Estados Unidos, França, Itália, China. E hoje já pode ser encontrado em mais de 200 cidades do mundo. Entre elas, Los Angeles, Nova York, Londres e Paris.

No Pará, são dois sistemas de BRTs, um administrado pela Prefeitura de Belém, outro, o Metropolitano, pelo Governo do Estado. Mas ambos já formaram, no papel, um todo integrado e, no futuro, devem voltar a se integrar. É que todos fazem parte do projeto Ação Metrópole, que foi negociado pelo Governo do Estado, junto à Jica, ainda em 1991, para reorganizar o trânsito da RMB.

Mas o Ação Metrópole, que era dividido em três fases, enfrentou um atropelo por 20 anos. Resultado: a sua primeira fase só começou a ser executada entre 2006 e 2010, durante a administração da ex-governadora Ana Júlia Carepa, do PT. Em 2011, com Simão Jatene (PSDB), o Ação Metrópole voltou a emperrar. E o BRT Metropolitano, cuja construção poderia ter iniciado em 2012 ou 2013, só começou de fato em 2019, com a posse do governador Helder Barbalho (MDB).

Além do BRT Metropolitano, o Ação Metrópole inclui os elevados “Gunnar Vingren” e “Daniel Berg”; o prolongamento das avenidas Independência e João Paulo II, a recuperação da Rodovia Arthur Bernardes. O BRT Metropolitano, ou Sistema Integrado de Transporte da RMB (SIT), ainda será ampliado, em uma próxima etapa, a partir de Marituba.

Informações: Diário do Pará

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