Governo de SP assina concessão do Trem Intercidades que vai ligar Campinas à capital *** Ônibus da MobiBrasil 100% movido a gás natural entra em operação no Grande Recife *** Cuiabá reduz em 87% reclamações com monitoramento de frota inteligente *** Trensurb retoma operação do metrô de forma emergencial *** Terminal do Tatuquara completa três anos integrando a região Sul de Curitiba *** Campinas atinge mais de 107 km de rotas para bicicletas *** Metrô de BH receberá 24 novos trens em 2026
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Em BH, Projetos para desafogar Vetor Sul só saem do papel daqui a 10 anos

terça-feira, 21 de junho de 2011

De segunda a sexta-feira, o empresário Átila Barbosa Guimarães, de 35 anos, leva cerca de uma hora, de carro, de casa, em Nova Lima, na região metropolitana, ao trabalho, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Enfrento engarrafamento na Avenida Nossa Senhora do Carmo na ida e na volta. Nos fins de semana, o tempo de deslocamento diminui para 25 minutos”, compara. As retenções rotineiras, sobretudo nos horários de pico, são reflexos do fluxo intenso no corredor de trânsito urbano mais movimentado de BH: 95 mil veículos trafegam por dia na Nossa Senhora do Carmo, que liga a Avenida do Contorno às BRs 356 e 040 e à MG-030. O problema é agravado pela crescente verticalização e adensamento populacional do Vetor Sul, somados à falta de um sistema de transporte coletivo de qualidade que atenda a região.

O presidente da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, Ubirajara Pires Glória, ressalta que há 40 anos não são feitas obras de grande porte para desafogar o trânsito no Vetor Sul. O bairro que representa é um dos mais afetados e os moradores convivem com o tráfego à beira do colapso. A topografia acidentada e o alto valor dos imóveis também inviabilizam as intervenções e possíveis desapropriações necessárias. Diante de tantos entraves, a BHTrans abriu licitação, em maio de 2010, para contratar o Estudo de Desenvolvimento de Transporte do Eixo Sul. A primeira parte da análise feita pela Planum Planejamento e Consultoria Urbana Ltda, que recebeu R$ 402,2 mil pelo serviço, foi concluída e entregue há três semanas.
O resultado da consultoria, obtido pelo Estado de Minas, aponta 11 opções de variados tipos de transporte coletivo. São três rotas de metrô, três de bus rapid transit (BRT), três de veículo leve sobre trilhos (VLT), uma de veículo leve sobre pneus (VLP) e uma de monotrilho. Todas ligam o Centro à BR-356, no Belvedere, passando pela Savassi. Com extensão variando de oito a nove quilômetros, as rotas passam por importantes vias da cidade, como as avenidas Afonso Pena, João Pinheiro, Cristóvão Colombo, Uruguai e Nossa Senhora do Carmo, além das ruas Pernambuco e Alagoas. Também facilitam o acesso às praças Sete (Centro), da Liberdade (Funcionários) e JK (Parque Municipal Juscelino Kubitschek, no Sion) e a grandes empreendimentos comerciais da Savassi e Belvedere.

Sem previsão
A BHTrans promete anunciar, até setembro, a alternativa mais viável, escolhida entre as 11 analisadas para o Eixo Sul. O presidente da empresa que gerencia o trânsito da capital, Ramon Victor Cesar, ressalta que não há recurso assegurado, nem previsão de quando o projeto deverá sair do papel. “Não é para a Copa’2014. Está dentro do plano de governo municipal, já pensando a cidade a longo prazo.” Na segunda fase da consultoria serão feitos levantamentos dos custos de cada uma das rotas e a simulação de desempenhos das propostas de transporte e impactos ambientais causados por eles na cidade até 2020, de acordo com o assessor de Relações Metropolitanas e Metrô da BHTrans, Tomás Alexandre Ahouagi.

Segundo ele, a alternativa mais viável será definida por pontuação baseada em multicritérios, com peso variando de 2 a 5. “O estudo é exploratório e indicativo para um futuro projeto de transporte coletivo no Eixo Sul. São levados em conta a tecnologia, a adequação urbanística e ambiental, o desempenho e o fator econômico, ou seja, o custo de implantação.” O que mais pesa na avaliação é a tecnologia adequada para a topografia do Vetor Sul. O assessor da BHTrans destaca que o sistema escolhido precisará romper as rampas íngremes que há no trajeto. “Além do desempenho, será observado o impacto na cidade com as emissões de ruídos e vibrações. O Eixo Sul é o mais motorizado de BH e com alta densidade populacional. Ao contrário de outros corredores, nos quais foi preciso desocupar àreas para fazer obras viárias, como as avenidas Antônio Carlos e Pedro I, a desapropriação na Região Sul é bem mais difícil”, afirmou.

O engenheiro civil Silvestre Andrade, mestre em transportes e trânsito e consultor na área, ressalta que o Vetor Sul, embora seja um dos mais importantes de BH, é o único ainda não contemplado com análise de viabilidade de intervenções para aliviar o trânsito. “Não há um estudo abrangente para a Nossa Senhora do Carmo, enquanto outros corredores têm obras programadas ou em curso.”



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Em Minas, Ônibus movido a gás natural é testado

sábado, 11 de junho de 2011

Na tentativa de resolver um dos mais graves problemas do transporte público urbano, a poluição sonora e de dióxido de carbono (CO2),a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) apresentaram nessa quinta-feira um ônibus e um caminhão totalmente movidos a gás natural. O coletivo rodou pela região da Savassi com autoridades, ambientalistas e empresários, que tomaram conhecimento também das novas tecnologias voltadas para o uso do gás natural como combustível em veículos pesados.

De acordo com a Associação Latino-Amerciana de Gás Natural Veicular (GNV) existem no mundo 300 mil veículos movidos a gás natural. Em Los Angeles, nos Estados Unidos, há 2,4 mil ônibus a gás, em Barcelona 300 e em Madri até caminhões de lixo estão na lista. O Brasil ainda faz experiências. “Sempre se pensou na troca da gasolina para o gás, agora temos a substituição do diesel. Queremos mostrar isso às autoridades, tentar convencê-las a abrir a discussão em Belo Horizonte”, afirmou o presidente da Gasmig, Fuad Noman, considerando o debate um avanço para Minas, sobretudo com a Copa’2014.

Para fortalecer a troca de ideias, representantes do Rio e de São Paulo apresentaram os avanços dos projetos naquelas cidades. No Rio, a tecnologia que tem sido usada é a flex GNV Diesel, que foi implantada em maio deste ano. “ Nesse sistema, o veículo sai de fábrica sendo flex. O abastecimento é feito dentro das garagens dos ônibus . O protótipo ficará três meses rodando na fábrica, depois será colocado nas ruas do Rio. A expectativa é de que ele reduza 20% de CO2 na cidade. A previsão é de substituição de 85% de diesel por GNV”, contou o superintende de Gás da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Loureiro.

Para ele, o motor GNV Diesel apresenta alta eficiência em consumo de gás natural, semelhante ao motor que funciona somente com diesel: um litro de diesel pode ser substituído por 0,9 metro cúbico de GNV. “Esse novo sistema emite 80% menos material particulado, um dos principais vilões dos centros urbanos, e 20% menos CO2, um dos maiores causadores do aquecimento global”, frisou.

Em São Paulo, um coletivo circula em Campinas com 100% gás natural. Segundo o coordenador do Comitê de GNV da Abegás, Richard Jardin, é único transporte público nesses moldes rodando no país. “Era um ônibus normal, que foi adaptado para essa tecnologia. Já percebemos uma economia mensal de R$ 16 mil. Na manutenção, a diferença é de R$ 1,5 mil a menos do que o veículo a diesel”, contou, acrescentando que a adaptação custou R$ 25mil.

ProtótipoVindo de São Paulo, um protótipo de ônibus de menor porte, com combustível 100% a gás natural, rodou com autoridades e ambientalistas nessa quinta-feira em BH. O que mais chamou a atenção dos passageiros é que o veículo é mais silencioso que os ônibus a diesel e mantém a mesma potência. Vítor Americano, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios para América Latina da Iveco, diz que a empresa tem milhares de ônibus movidos a GNV pelo mundo e que há projeto para trazer a tecnologia para BH.

Para o presidente da BHTrans, Ramon Vítor César, é preciso calma antes de implantar protótipos na capital. Para ele, a tecnologia usada no Rio parece ser a mais interessante para BH. “Ela permite que a frota use diesel e GNV. Hoje, toda a frota da cidade é a diesel, temos que analisar esses exemplos, discutir o assunto para pensar em soluções benéficas para o ar”, disse.



Fonte: Estado de Minas


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Candidata à abertura da Copa, BH está parando

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Em janeiro de 2010, Belo Horizonte assumiu vários compromissos para a Copa de 2014 ao assinar a matriz de responsabilidades com o governo federal. A cidade se comprometeu a realizar uma série de obras de mobilidade urbana que, em tese, facilitariam o acesso de torcedores ao estádio, ao setor hoteleiro e ao aeroporto da capital mineira.

De quebra, as novas intervenções ficariam como legado para a cidade, que há tempos sofre com a lentidão provocada pelo 1,29 milhão de carros que circulam por suas vias apertadas e também com a falta de um transporte de massa adequado às mínimas necessidade de sua população.

Segundo o documento assinado em janeiro de 2010 (veja em formato PDF), as obras de transporte para a Copa deveriam ter começado no ano passado. No entanto, várias datas foram alteradas, repetindo um padrão observado nas 12 cidades-sede do Mundial, todas com problemas para desenvolver os seus projetos de mobilidade urbana. 

Vencidas algumas etapas, Belo Horizonte começou finalmente a se transformar num canteiro de obras em 2011. A necessidade de um novo calendário foi explicada por Tiago Lacerda, presidente do Comitê Executivo da Copa: “Quando a matriz foi assinada estávamos no início do processo, e alguma coisa sempre muda nos projetos executivos. Mas todas as alterações foram acordadas com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica. Todas essas intervenções estão dentro dos novos prazos acordados, e as conclusões estão todas previstas para antes da Copa”, completou.

O comitê sempre fez questão de deixar claro que até 2014 não havia tempo e condições para a construção do metrô, um velho sonho do belo-horizontino. Assim, a solução para o transporte de massa na cidade ficará a cargo do sistema Bus Rapid Transit (BRT), um corredor de ônibus de alta capacidade.

As obras na avenida Antônio Carlos para a adequação da avenida ao sistema do BRT já começaram, mas diferente da previsão inicial de entregar tudo em  setembro de 2012, a nova data é de 2013. Segundo a prefeitura da capital mineira, a cidade estará pronta a tempo de receber a Copa das Confederações.

A ampliação da Antônio Carlos chegou a ser alvo do Tribunal de Contas da União (TCU). Em relatório de fevereiro, o órgão alertou para o atraso em diversas obras da Copa, incluindo as de transporte. Segundo a análise, as dimensões da Antônio Carlos não comportam a construção de estações nem de pontos de ultrapassagem para o BRT. “O principal achado (da análise) é o seguinte: apenas está sendo feita uma adequação viária, mas a obra deveria ser para melhoria do transporte público de massa, no caso, BRT”, diz o relatório do TCU. Caberá ao município fazer as adaptações para implantar o sistema.

Fonte: Portal 2014


Além da Antônio Carlos, outros dois corredores de acesso ao Mineirão estão sendo reformulados: a avenida Pedro II, que receberá uma linha de BRT, e a Presidente Carlos Luz, também chamada de Catalão. As obras começam no segundo semestre de 2011 e terminam em dezembro de 2013.
Em junho próximo devem começar as ações do BRT em outra avenida crucial no trânisto de BH: a Cristiano Machado, que fica pronta para o segundo semestre de 2012. No caso desta obra, as datas ainda são as mesmas da Matriz de Responsabilidades.
Outras obras importantes são aquelas da Via 710 (Andradas/Cristiano Machado) e da Via 210 (Tereza Cristina/Via do Minério). A primeira deveria terminar em julho de 2012, mas na nova previsão será entregue no segundo semestre de 2013. O atraso nas obras da chamada Via 210 também foi de um ano: de novembro de 2011 para o segundo semestre de 2012.

E por fim, o Boulevard Arrudas, atualmente em obras, terá concluído o trecho entre a rua Carijós e a avenida Barbacena no máximo até junho. O percurso restante, até a rua Extrema, deve ficar pronto no segundo semestre de 2012.

Quase parandoOutra avenida que receberá o BRT é a Pedro I, que liga o aeroporto de Confins ao Mineirão. O projeto prevê a duplicação de suas vias e das pistas da barragem da lagoa da Pampulha. As obras começarão após o fim das intervenções na trincheira da avenida Santa Rosa, estratégica ao local, e que começou a ser reformada no mês passado. Por causa desses trabalhos os motoristas que cruzam a cidade no sentido norte-sul ganharam um pouco mais de dor de cabeça – problema que deve se agravar no começo de 2012, quando a maior parte das obras previstas terão começado e quase nenhuma estará finalizada.

No final de março, o trânsito de Belo Horizonte parou com a visita da presidenta Dilma Rousseff. O problema exigiu que, dias depois, fosse montado um esquema intensivo por ocasião do velório do ex-presidente José Alencar para que os problemas não se repetissem.  Contudo, uma manifestação de agentes da Polícia Civil, pouco depois, parou novamente o trânsito na cidade, evidenciando uma incapacidade da cidade em gerar alternativas fora de eventos planejados.

Obra                                                                          Prazo inicial   Prazo ajustadoBRT Antonio Carlos/Pedro I                                     Set 2012          Dez 2013
BRT Pedro II/ Carlos Luz (Catalão)                         Set  2012         Dez 2013
BRT Área Central                                                      Jun 2012         Jun 2012
Central de Controle de Trânsito (expansão)            Mar 2012        Mar 2012
Via 210 (Via Minério-TerezaCristina)                      Nov 2011      2º Sem 2012
Via 710 (Andradas-Cristiano Machado)                   Jul 2012           Jul 2013
BRT Cristiano Machado                                           Mar 2011         Fev 2012
Boulevard Arrudas/ Tereza Cristina                         Set 2012           Set 2012



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Ônibus, trem, metrô ou bicicleta: deixe o carro para ir à Copa de 2014

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Renato Boareto é coordenador da área de mobilidade urbana do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), organização que apoia governos e movimentos sociais com estudos para a formulação de políticas públicas no setor. Nesta entrevista, Boareto fala sobre as oportunidades abertas pela Copa de 2014 e Olimpíada de 2016 e defende ações que limitem o uso do veículo particular e estimulem investimentos no transporte público integrado com ciclovias e trajetos a pé.
Qual a proposta do Iema para aumentar a mobilidade nas cidades brasileiras? Defendemos o aumento da participação do transporte público em detrimento do transporte individual. Achamos que a mobilidade urbana deve ser entendida como um instrumento para a melhorar a qualidade de vida nas cidades. Desta forma,mesmo quando o transporte coletivo é ruim, o transporte individual é o pior para a cidade. Em nossa visão, para aumentar a participação do transporte público, a abordagem deve partir de uma política de mobilidade que considere como as pessoas se locomovem em cada localidade, melhorias na eficiência dos veículos e critérios sobre o tipo de motor e combustível a ser utilizado.

O que é o programa BRT Brasil?
Com os investimentos do PAC da Copa e do PAC da Mobilidade, muitas cidades estão apostando nos benefícios de um transporte como o BRT. Estamos acompanhando esses projetos, envolvidos no Programa BRT Brasil, em fase de articulação, do qual também participam a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Fórum Nacional de Secretários e Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos NTU). Queremos contribuir para que os corredores de ônibus a serem construídos nas cidades-sede da Copa de 2014, assim como os do PAC da Mobilidade (24 cidades), sejam implantados com uma boa estrutura e da forma a mais eficiente possível.  

O que diferencia o BRT de um simples corredor de ônibus?O BRT deve ter via exclusiva. Fora isso, o sistema admite vários formatos, que vão desde uma simples faixa preferencial, digamos com horário limitado, até um modelo que incorpora o conjunto de ferramentas ou serviços já concebidos para este tipo de transporte. Por exemplo, em Curitiba funciona em canaleta no canteiro central; já noutros lugares, como no corredor da Rebouças, em São Paulo, o veículo corre à esquerda da faixa central. Existe essa flexibilidade: o BRT pode ir incorporando aprimoramentos, como uma plataforma elevada, a bilhetagem eletrônica etc. Também pode utilizar ônibus articulados e bi-articulados. O veículo pode sair do terminal e parar só no destino final, como ir parando, entre terminais, ou em cada ponto pelo trajeto. São várias as combinações possíveis e essa flexibilidade permite que o sistema seja aplicado a uma metrópole ou a uma pequena cidade. 

Qual a vantagem do BRT em relação a outros tipos de transporte público? Não defendemos uma ou outra tecnologia, em si mesma, mas trabalhamos para buscar o tipo de transporte mais adequado a cada cidade em questão, à demanda de passageiros do lugar. O metrô, por exemplo, com elevada capacidade de passageiros, é adequado a uma cidade como São Paulo, onde aliás cabe de tudo. Para cidades com características metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, ou Salvador, o modelo mais correto é o que incorpora um leque integrado de modais. Já numa cidade média, o metrô seria exagerado. Há gradações de tecnologia veicular, e a decisão sobre qual o melhor deve pesar: o porte da cidade, a demanda de passageiros, a capacidade de investimento e o projeto urbanístico, o planejamento urbano. Há outras soluções sendo consideradas, como o VLT que atende a uma demanda parecida com a do BRT. Para a Copa do Mundo, a questão do prazo, o ano de 2013, deve influir sobre os investimentos a serem feitos nas cidades-sede.

Como um transporte por ônibus, como o BRT, pode ser um sistema "limpo"?
Depende do combustível. E logo mais, em 2012 ou 2013, vence o prazo para que os novos ônibus passem a usar o diesel mais limpo (com menores emissões de enxofre). Os ônibus dos BRTs serão movidos a esse diesel, com menores emissões de poluentes. Não está previsto ainda, mas os novos BRTs poderão ingressar numa nova fase, a dos motores elétricos + diesel, ou etanol. 

Como as cidades-sede da Copa estão pensando a mobilidade urbana? Posso citar Belo Horizonte, por exemplo, como uma cidade que elaborou planos de mobilidade na linha do que defendemos, de aumentar o acesso da população ao transporte público, e integração deste com outros meios de locomoção. Em BH, a área central está priorizando o pedestre e reduzindo espaços para o automóvel particular. Em Brasília, uma ciclovia de 600 km está parcialmente implementada. Já em São Paulo, falta um plano abrangente de mobilidade, que veja por exemplo o sistema cicloviário como estruturador da malha de transporte.

O melhor sistema é o que integra BRT, metrô, ciclovia e ônibus? Qual a importância da bicicleta? Para haver mobilidade é importante que o planejamento incorpore a bicicleta e o deslocamento dos pedestres ao transporte público por ônibus ou trem. Que veja a bicicleta com veículo de alimentação para o sistema de transporte, com estacionamento, apoio ao ciclista, racionalidade nos trajetos. Não só ciclovias, mas deve-se dotar as vias com soluções como o "traffic calming", para moderação no uso do carro. E ainda estimular as pessoas a usarem a bicicleta nos bairros, apresentando trajetos inter e intra bairros. Não basta olhar apenas a fluidez do transporte, mas a segurança na travessia por calçadas, pensar em modos integrados ou viagens curtas, a pé ou de bicicleta. São componentes que melhoram a qualidade de vida nas cidades.  

Algo mudará no transporte público nos próximos anos?O PAC da Mobilidade e o PAC da Copa abrem esta possibilidade única de o país ingressar no maior ciclo de investimentos em transporte público desde a década de 1980. São cerca de 35 bilhões de reais do governo federal, fora os recursos que virão dos estados. Defendemos que sejam investimentos permanentes em sistemas de transporte público. Para sabermos o retorno social e ambiental destes investimentos, estamos estudando o impacto destes recursos, e produzindo argumentos que levem as cidades a pararem de priorizar o transporte individual. Até junho esse estudo deve gerar dois produtos, disponíveis a governos e sociedade civil, com um retrato da realidade das cidades e propostas para que os planos diretores incorporem o planejamento para a mobilidade.

Fonte: Portal 2014

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Em BH, Começou a Obra na Pedro I qie permitirá receber o Corredor de Transporte Rápido por Ônibus (BRT)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Motoristas que seguiam pela Avenida Pedro I em direção ao Centro da capital enfrentaram um longo engarrafamento de segunda-feira (14) por causa da interdição do tráfego na trincheira da Avenida Antônio Carlos, no cruzamento com a Avenida Santa Rosa, na Região da Pampulha. Durante os próximos seis meses, o local passará por adequações viárias que fazem parte do projeto de duplicação da Pedro I para receber o Corredor de Transporte Rápido por Ônibus (BRT). A tendência é que a lentidão no trânsito dure todo este período. No próximo fim de semana, a circulação sentido Centro/Bairro também será interrompida.

A passagem de veículos pela trincheira, sentido Bairro/Centro, foi proibida no sábado. Mas somente segunda, no primeiro dia útil da mudança, foi possível sentir o transtorno. As faixas de tecido indicando os desvios, colocadas pela BHTrans, não foram suficientes para evitar o nó no trânsito. A longa fila de carros, motos, ônibus e caminhões começou a se formar por volta das 6 horas e em pouco tempo alcançou a MG-010, onde fica o início da Avenida Pedro I. O congestionamento só terminou às 11 horas.

Apesar de saber das obras e estar acostumado com o trânsito intenso na região, o estudante Marco Túlio, 22 anos, que mora no Bairro São João Batista (Venda Nova), ficou surpreso com a demora para chegar até a barragem da Lagoa da Pampulha. “Vou diariamente para a UFMG e gasto no máximo 15 minutos. Hoje, já foram 40 e ainda não estou na metade do caminho”.

Quem também se impressionou com a lentidão na via foi o técnico em mineração Humberto Vilkn, 40 anos. Morador de Confins, na Grande BH, ele usa a Avenida Pedro I para se deslocar até Nova Lima, onde trabalha. “Chegar até a lagoa foi uma aventura. Levei mais de uma hora da MG-010 até aqui”.

Para motoristas que vêm das Regiões Norte, Pampulha e Venda Nova, a orientação da BHTrans é usar a Avenida Cristiano Machado, recorrer a rotas alternativas por bairros da região ou passar pelos desvios indicados.
arte pedro I


De acordo com a Diretor Operacional da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Roger Gama Veloso, a intervenção no viaduto, assim como a construção das trincheiras no cruzamento das avenidas Antônio Carlos e Abraão Caram, vão garantir a infraestrutura para a implantação do BRT, que será uma extensão do corredor para ônibus a ser implantado na Antônio Carlos. Após as obras na trincheira da Avenida Santa Rosa, os coletivos vão circular pela pista central.

Hoje, eles são direcionados para a faixa da direita, antes do elevado, e ficam retidos no semáforo. “Para garantir um corredor exclusivo para os ônibus, é preciso eliminar os gargalos pelo caminho”, diz Veloso. As obras na trincheira incluem adaptações nos muros, drenagem e concretagem do piso.

A próxima etapa dos trabalhos, que pode começar no próximo mês, será o alargamento do viaduto que fica entre a barragem da lagoa e a cabeceira da pista do Aeroporto da Pampulha. Serão construídas mais duas pistas exclusivas para ônibus. Mas, neste trecho, não será necessário o fechamento completo da via.

Paralelamente, o viaduto da Avenida Portugal será substituído por duas trincheiras que vão permitir o acesso à Avenida Antônio Carlos sem a passagem por semáforos. “Imóveis estão sendo desapropriados neste ponto, e as obras começam assim que os locais forem desocupados”, explica Veloso.

Orçada em R$ 173 milhões, a duplicação da Pedro I será feita no trecho entre a Avenida Vilarinho e a barragem da Lagoa da Pampulha. Ela é considerada uma das principais intervenções viárias para a Copa de 2014. A via, que hoje tem três faixas por sentido, ganhará mais duas em cada lado. A Pedro I é uma das principais rotas entre o Centro e o Vetor Norte de BH.

Outro viaduto será construído na Rua Monte Castelo, ligando o Bairro Santa Branca ao Itapoã. E mais um entre a Pedro I e a Avenida João Samaha, no São João Batista, (Venda Nova). Os dois vão eliminar semáforos. A Pedro I será interligada à Avenida Cristiano Machado, a MG-010 e à estação de metrô Vilarinho por mais dois viadutos e duas trincheiras.



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Construção de terminais para receber o sistema de ônibus de alta capacidade da Grande BH

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O sistema de transporte em ônibus de alta capacidade será levado à Grande Belo Horizonte. Contagem, Santa Luzia, Sabará, Ribeirão das Neves e Vespasiano se juntarão à capital na lista dos municípios mineiros atendidos pelo BRT (sigla de Bus Rapid Transit). Pelo menos 100 mil pessoas serão transportadas, apenas no horário de pico da manhã, em 11 terminais de integração metropolitanos a serem implantados até a Copa das Confederações, em 2013.

Sete deles precisarão ser construídos do zero e outros quatro dependerão apenas de adaptações em terminais já existentes na capital.

A reportagem do Hoje em Dia teve acesso, com exclusividade, ao estudo de implantação do BRT elaborado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). Os endereços dos terminais de embarque e desembarque nos cinco municípios já foram pré-definidos, mas ajustes ainda poderão ocorrer, com base em pesquisa de origem-destino a ser realizada entre maio e o fim deste ano.

A Setop não informa a projeção dos investimentos necessários, pois a maioria dos projetos ainda não foi encaminhada à orçamentação. As medidas de ajuste fiscal anunciadas pela União na semana passada, com um corte de R$ 49 milhões no repasse de verbas para elaboração de projetos executivos na área do transporte em Minas, não deverão afetar a construção dos terminais. “Os recursos virão do tesouro estadual”, garantiu o subsecretário de Regulação de Transportes do Estado, Diogo Prosdocimi.

Os estudos da Setop não preveem adaptações viárias na área dos municípios atendidos. O BRT da Grande BH compartilhará a estrutura da capital nos três ramais em fase de implantação, nos eixos Cristiano Machado, Antônio Carlos-Pedro I e Pedro II-Carlos Luz. Segundo a BHTrans, os recursos, da ordem de R$ 1 bilhão, estão garantidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As três vias terão pistas exclusivas para ônibus e estações de transferência (ou estações-tubo) instaladas no canteiro central para embarque e desembarque. O sistema, consagrado em Curitiba (PR) e em outras cidades do mundo, como Pequim (China), Bogotá (Colômbia) e Los Angeles (Estados Unidos), tem características similares às do metrô, porém com o custo de implantação entre 10% e 20% menor. O valor por quilômetro chega a R$ 20 milhões, contra R$ 200 milhões no metrô.

As vias do BRT são de trânsito rápido. O usuário paga a tarifa antes de entrar na estação-tubo, agilizando a saída e a entrada no veículo. Para viabilizar a cobrança da passagem em sistemas de bilhetagem distintos (gerenciados pela BHTrans e Departamento de Estradas de Rodagem, DER), as 60 estações de transferência serão divididas em duas, com catracas de acesso independentes.

Sistema é aposta para suprir falta de metrô

Com a ampliação do metrô descartada pelo menos até a Copa de 2014, o BRT é a aposta de Belo Horizonte e região para suprir a falta de um sistema de transporte de massa eficiente. Além de mais conforto que os ônibus convencionais, o sistema permite ao usuário realizar mais de uma viagem pagando apenas uma passagem, como ocorre em Curitiba.

Para o chefe do Departamento de Engenharia de Transporte e Geotecnia da UFMG, Nilson Nunes, qualquer ação que otimize a vida do passageiro é bem-vinda. Porém, ele não acredita que o BRT seja a solução definitiva para a mobilidade urbana.

De acordo com ele, o sistema modal tem uma capacidade aproximada de transportar, no máximo, cerca de 40 mil passageiros/hora por sentido da via. “Arrisco a dizer que já estamos perto disso na Avenida Antônio Carlos. Precisamos de um sistema de massa efetivo, como o metrô”, defende Nunes.

Com a inclusão dos ônibus metropolitanos nos ramais da capital, diz o especialista, a capacidade dos três ramais pode ficar comprometida.

O grupo de trabalho criado para a implantação do BRT metropolitano tem a participação de membros da BHTrans. Segundo o diretor de Planejamento da empresa, Célio Freitas, o projeto da capital levou em consideração o volume de ônibus da Grande BH. “Nós incentivamos a Setop. Está tudo dimensionado. Vamos implantar infraestrutura completa para o sistema metropolitano”, disse.



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BH avalia articulado da Mercedes-Benz para BRT

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A cidade de Belo Horizonte (MG) está avaliando o chassi O 500 MA da Mercedes-Benz para ônibus articulado, com carroçaria Marcopolo, para utilização no sistema de transporte coletivo BRT (Bus Rapid Transit).

A prefeitura local visando oferecer melhores condições de locomoção aos munícipes e também aos turistas e torcedores durante a Copa do Mundo de 2014.

"O BRT possibilitará uma redução significativa no tempo de viagem. O sistema contará com 60 estações de transferência para embarque e desembarque de passageiros", explica o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas.

O modelo 500 MA Mercedes-Benz apresentado à BHTrans tem capacidade para transportar até 160 passageiros, em seus 18,6 metros de comprimento e 2,5 metros de largura. Com motor traseiro a biodiesel, o veículo conta com portas laterais à esquerda, poltronas ergonômicas com encosto de cabeça, e corredores amplos.

Segundo a fabricante, o ônibus pode receber adequações para atender necessidades específicas de cada gestor do transporte, como ar condicionado e espaço para bicicleta.

"A grande maioria das 12 cidades que receberão os jogos da Copa já optou pelo BRT. Elas se apoiam em vantagens como custos de implantação até dez vezes menores e um prazo de implantação até dois terços menor em comparação com outros modais, como trem e metrô, para transportar a mesma quantidade de passageiros", avalia o especialista em Sistemas BRT da área de Marketing de Produto - Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Gustavo Nogueira.

Informações: Web Pesados


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Belo Horizonte começa a testar o ônibus rápido

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Especialista acredita que o sistema BRT não evitará que trânsito de BH se assemelhe ao de São Paulo em 5 anos

 
A BHTrans começou nesta quinta-feira (16) a testar os modelos de veículos para implantar, em Belo Horizonte, o Sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT). Para o professor e chefe do Departamento de Engenharia de Transporte da Faculdade de Engenharia da UFMG, Nilson Nunes, o BRT é uma saída “paliativa” para melhorar o transporte coletivo na capital. Ele prevê que daqui a cinco anos a cidade terá um trânsito parecido com o de São Paulo, caso não haja a construção de outras linhas do metrô na cidade.

“O metrô é imprescindível, mas o BRT surge como uma boa alternativa. Não é gambiarra, não”, responde o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. Nesta quinta-feira (16), durante exposição dos dois primeiros veículos testados - ao todo serão seis modelos de fábricas diferentes -, Nunes informou que até fevereiro do ano que vem a BHTrans terá escolhido a marca dos 500 ônibus que serão comprados por quatro concessionárias.

Os novos ônibus vão circular em três dos principais corredores de trânsito da capital - avenidas Antônio Carlos/Pedro I, Cristiano Machado e Presidente Carlos Luz /Pedro II. Nos dois primeiros corredores, as obras necessárias para implantação do sistema devem ficar prontas em 2012. No corredor Presidente Carlos Luz/Pedro II, a estreia está prevista para 2013.

As obras e compra de equipamentos de informática para monitorar o trânsito vão custar R$ 1,23 bilhão e fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Copa de 2014, financiado pela Caixa (CEF).

As obras incluem a duplicação da Avenida Pedro I, que começa no primeiro semestre do ano que vem, e construção de quatro viadutos - da UFMG e dos Complexos do Vilarinho e da Lagoinha (serão construídos dois naquela região). Além de outras intervenções para adaptação nas avenidas que vão receber o novo sistema.

Nunes garante que o usuário não pagará mais pelo sistema. “Todos os nossos estudos apontam para a manutenção da tarifa vigente”. Outra vantagem listada pelo diretor da BHTrans é o tempo de viagem. No deslocamento de ponta a ponta, sem parar em nenhuma estação, a redução do tempo estimada é de 50%. Com as paradas, a redução é de 30%.

O BRT prevê a implantação de 60 estações de transferências nos três corredores de circulação, que vão desembocar na área central, nas avenidas Amazonas, Paraná e Santos Dumont.

O professor da UFMG também vê problemas de operacionalização do sistema nesses corredores. Ele justificou que nessas avenidas, além dos ônibus municipais, também circulam os intermunicipais, de responsabilidade gerencial do Governo do estado. “Prefeitura e governo estadual ainda não conversaram sobre o assunto”. Freitas diz que a “intenção” da BHTrans é que nas pistas exclusivas dessas avenidas só circulem ônibus do BRT.

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Tarifa de ônibus em BH pode aumentar em 2011, valor pode chegar à R$ 2,50

sábado, 4 de dezembro de 2010

O percentual de aumento das passagens de ônibus urbanos de Belo Horizonte (MG) poderá ser anunciado dia 29 de dezembro pela BHTrans. O reajuste deve ser de pelo menos 6,5% e a passagem passará de R$ 2,30 para R$ 2,45, podendo ser arredondado para R$ 2,50.

Na quinta-feira (2), o diretor-presidente da empresa, Ramon Victor Cesar, informou, durante 73º Fórum Nacional de Secretários de Transporte Urbano e Trânsito, que estão sendo realizados estudos, a partir dos índices da Fundação Getulio Vargas e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar do valor estimado, Ramon Victor Cesar não quis assumir o aumento, alegando que a BHTrans ainda não sabe qual será o resultado da “conta”, lembrando que em 2009 não houve aumento e que poderá não haver também neste ano.

Ramon apresentou o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Belo Horizonte e o Plano Estratégico 2020, que trazem metas para serem alcançadas e projetos, como o BRT (Bus Rapid Transit), um transporte coletivo que será construído até a Copa do Mundo de 2014. O investimento será de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1 bilhão de empréstimos da Caixa Econômica Federal e o restante de recursos da Prefeitura de Belo Horizonte

Segundo levantamento, há um carro para cada duas pessoas na capital mineira. A população cresceu 6% nos últimos 10 anos, enquanto a frota cresce 6% ao ano. Com tantos veículos nas ruas, a velocidade no entorno da praça Sete e Rodoviária, no horário de pico, chega a 10 km/h.

O grande desafio, segundo o diretor da empresa, é fazer com que essas pessoas deixem o automóvel em casa e passem a usar o transporte público. Ramon acredita que isso só acontecerá se for oferecido mais conforto e rapidez. Algumas medidas, como as estações de embarque e desembarque com o piso nivelado com o do ônibus e com passagens pagas antes de entrar nos veículos, são exemplos de conforto. Haverá ainda um controle na central da BHTrans. O órgão saberá se os ônibus estragaram, se eles estão atrasados e o que deve ser feito para solucionar o problema.

Ramon Cesar disse ainda que no dia 12 de dezembro, aniversário da cidade, será anunciada a contratação de um primeiro conjunto de obras de ciclovias. Serão cerca de 20 km. Estão planejadas seis rotas. Uma delas, a rota leste (4,82 km), que vai ligar a região ao centro da cidade pelo vale do ribeirão Arrudas. Outra é a rota nordeste (2,10 km), ligando a ciclovia da avenida Saramenha à estação São Gabriel, com implantação de calçada da via 240. A rota stação Barreiro (1,95 km) vai iniciar na avenida do Canal e atingir a estação Barreiro do BHBUS pela avenida Afonso Vaz de Melo. Há ainda a rota norte, da avenida Vilarinho à futura estação Pampulha; a rota Savassi, com 2,40 km e a rota avenida Américo Vespúcio.

Fonte: R7.com
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Em BH, Prefeitura acredita que BRT irar resolver lentidão no trânsito

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A BHTrans acredita que o tráfego na cidade irá melhorar com um pacote de projetos viários. A joia do conjunto de obras atende por três siglas: BRT (Bus Rapid Transit). O sistema, com eficiência semelhante à do metrô, é composto por ônibus que transitam em faixas exclusivas. Três ramais – Antônio Carlos/Pedro I, Carlos Luz/Pedro II e Cristiano Machado – já estão confirmados para antes da Copa do Mundo de 2014. A prefeitura estudará ainda a viabilidade de implantar outras três linhas: Raja Gabaglia, Amazonas e Anel Rodoviário.

“O prefeito Marcio Lacerda vai a Brasília discutir (a possibilidade de a União) financiar os novos ramais”, disse o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. O recurso para as três primeiras linhas já está assegurado pelo governo federal. A linha Antônio Carlos/Pedro I terá 16 quilômetros e custará R$ 688 milhões. Deve ficar pronta em duas etapas: o trecho Pampulha/Centro, em outubro de 2012, e o percurso Vilarinho/Pampulha em agosto de 2013. O ramal da Cristiano Machado, que terá cinco quilômetros e está orçado em R$ 51 milhões, será concluído em março de 2012. Já o Pedro II/Carlos Luz (R$ 231 milhões) terá 12 quilômetros e ficará pronto em dezembro de 2013.

A primeira cidade brasileira a implantar o BRT foi Curitiba (PR). O sistema também foi adotado com sucesso em Bogotá, na Colômbia. “É um modo que dá aos ônibus atratividade para competir com os carros, principalmente em relação à velocidade média. A ideia é que os motoristas deixem os automóveis na garagem e usem o transporte público a partir do momento em que o BRT tenha a mesma rapidez (que os carros). Ou, como em alguns corredores de Curitiba e de Bogotá, até maior velocidade média”, explica o diretor executivo da Imtraff Consultoria e Projetos de Engenharia, Frederico Rodrigues.

Outra opção para melhorar o trânsito na cidade é a implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT), mas essa possibilidade não deve sair do papel tão cedo. Apesar disso, na última semana, a Câmara Municipal aprovou, em primeiro turno, o Projeto de Lei 986/10, de autoria do vereador Léo Burguês (PSDB), que dispõe sobre a implantação do sistema entre o Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, e o Barreiro.

Nova Rodoviária

Além da ampliação do transporte público, o município entende que algumas medidas, como a transferência do terminal rodoviário para o Bairro São Gabriel, na Região Nordeste, melhorará o tráfego, principalmente, no Hipercentro. O novo terminal será inaugurado no fim de 2012 e vai retirar do Centro centenas de ônibus e até carros, pois, segundo Rodrigues, a rodoviária é uma espécie de polo gerador de viagens (PGV): “É um empreendimento muito impactante em termos de tráfego. Não só pelos ônibus, mas também pelo significativo número de carros, principalmente para buscar e levar passageiros”.

Outra medida é a construção de ciclovias e o programa Corta Caminho, o qual oferecerá aos motoristas rotas alternativas. “Temos um projeto para construir cerca de 150 km de ciclovias até a Copa do Mundo. E mais cerca de 150 km depois do campeonato mundial de futebol. Se juntarmos todas as medidas, o que inclui BRT, transferência da rodoviária, ciclovias e Corta Caminho, teremos um efeito potencializador para fazer frente ao volume de veículos”, informa Freitas.

Fonte: Estado de Minas
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BH: Sem desistir do metrô, capital mineira aposta nos corredores de ônibus para melhorar transporte

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pode-se dizer que todo belorizontino sonha com a expansão do metrô. Mas a capital mineira tem um plano mais modesto e mais em conta para melhorar a qualidade do transporte público na cidade, visando à Copa de 2014. Trata-se do BRT (Bus rapid transit), ou transporte rápido por ônibus.

As obras do viaduto que ligará as avenidas Antônio Carlos (principal corredor urbano de BH) e Abrahão Caram (via de acesso ao Mineirão), já iniciadas, têm vistas ao futuro sistema. As intervenções para ligação direta entre os corredores vão consumir parte do terreno do campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais. Em contrapartida, a universidade receberá área equivalente atrás do estádio e que deve ser usada para solucionar seu problema de estacionamento.

Inspirado no modelo adotado por Bogotá (Colômbia), o BRT de BH será um sistema articulado em pistas exclusivas, aumentando a capacidade e a velocidade do transporte coletivo. Algumas ações de implantação já começaram.

“A duplicação da Antônio Carlos já é uma ação. Algumas coisas estão em fase de projeto, mas ate o início de 2011 outras obras devem começar”, afirma Rogério Carvalho, gerente da Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTrans.

O BRT será implantado inicialmente em três corredores (Cristiano Machado; Antônio Carlos-Pedro I; e Pedro II-Carlos Luz). Cada intervenção terá prazo diferente de conclusão, mas devem estar prontas em maio de 2013, antes da Copa das Confederações. “É um sistema para atender à cidade, não à Copa. O Mundial é consequência e oportunidade para melhorar o sistema de mobilidade”, diz Carvalho.

Segundo projeções da BHTrans, órgão que gerencia o trânsito na capital, com o BRT a velocidade operacional passará de 14 km/h para 25 km/h em média, diminuindo o tempo gasto nas viagens.

Metrô
Segundo Carvalho, a opção pelo BRT não exclui a construção do metrô. Foi uma opção para a atender com rapidez às demandas do Mundial. Além disso, o custo da construção por quilômetro do BRT é 10% menor que o do metrô. “Metrô atende 80 mil pessoas por hora, mas não temos essa demanda hoje. Nos trechos em que caberia o metrô, temos a demanda de 40 mil a 45 mil passageiro/hora”, diz Carvalho.

Existem, de fato, diretrizes para completar a rede de metrô de BH. Uma ligaria a região do Barreiro à área hospitalar central, e outra cortaria a cidade no sentido norte-sul, ligando a Savassi à Pampulha. São propostas que aguardam um resultado do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Mesmo assim, nenhuma delas têm condições de sair antes da Copa, afirma Carvalho.

Fonte: Portal 2014

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Especialista diz que Brasil vive colapso da mobilidade urbana

domingo, 29 de agosto de 2010


O Brasil vive um momento de colapso na mobilidade urbana. A afirmação é do presidente do Instituto de Mobilidade Sustentável Rua Viva, João Luiz da Silva Dias. Ele foi um dos participantes do painel de encerramento do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizado nesta quinta-feira (26), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

As causas do colapso da mobilidade, na avaliação do presidente do Rua Viva, são o crescimento urbano desordenado, a metropolização dos grandes centros, a visão do transporte público como bem de mercado e o modelo econômico baseado na indústria automobilística. Dias deu como exemplo dessa situação o aumento do número de motos nas ruas das cidades. As altas tarifas e a baixa qualidade do transporte público tornaram vantajosa a compra de motos pela população de baixa renda que vive longe do local de trabalho. Os resultados são a piora do trânsito e o crescimento do número de vítimas de acidentes. "No futuro, a indústria automobilística vai ser tratada como tratamos a indústria bélica ou do cigarro. Ela está produzindo mortes", declarou Dias.

Para o presidente do Rua Viva, a estruturação do transporte público como bem de mercado faz com que ele exclua as pessoas mais pobres. Dias citou dados segundo os quais 60% dos brasileiros deslocam-se majoritariamente a pé, 30% pelo transporte coletivo e 10% por meios de transporte privados. Quando a renda aumenta, a tendência de parte da população é comprar um carro ou uma moto e desprezar o transporte público.

Dias apresentou propostas para que a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) saia dessa situação de colapso. São elas: a constituição de um consórcio das linhas de ônibus que ligam os municípios; a estruturação de uma rede de transporte por meio de estações intra e intermunicipais; a transformação do metrô de BH em empresa federal com sede na Capital; e a mudança do modelo fiscal do transporte público.

BH não suporta expansão desordenada

"Belo Horizonte atingiu a fronteira de seu território e de eficácia dos serviços públicos". O alerta é do diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de BH, José Osvaldo Lasmar, para quem a cidade não sofre apenas com a saturação nos transportes, mas também com problemas de lixo, saneamento e moradia, entre outros. Diferentemente de outras capitais, diz ele, BH é pequena e não comporta a expansão desordenada. A Região Metropolitana concentra 25% da população do Estado, em apenas 1,6% de seu território. É responsável, ainda, por 34% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. Lasmar lamentou a falta de integração institucional entre os diversos órgãos responsáveis pela circulação viária na RMBH, o que, segundo ele, começou com o esvaziamento do Plano Metropolitano de Belo Horizonte, o Plambel, órgão de planejamento criado nos anos 1970 e extinto na década de 1990.

O diretor geral da agência criticou, ainda, o sucateamento da malha ferroviária de Belo Horizonte. Para ele, a recuperação é um dos grandes desafios da cidade. Além da fragilidade dos transportes sobre trilho, ele apontou como um grande problema a escassez no repasse de recursos federais para o setor.

Copa e Olímpiada - No mesmo painel, o subsecretário de Projetos de Urbanismo Regional e Metropolitano do Governo Estadual do Rio de Janeiro, Vicente de Paula Loureiro, fez um diagnóstico da situação da mobilidade em seu estado. Segundo ele, a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 e uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, associada à conjuntura econômica favorável, tem gerado perspectivas estimulantes de soluções urbanísticas.

Entre as obras em curso na Região Metropolitana do Rio, o subsecretário citou o arco metropolitano, que vai ligar a BR-040 à Rodovia Rio-Santos. Com apoio do Governo Federal e investimentos de R$ 1 bilhão, o arco permitirá a integração de cinco municípios. Outras obras listadas pelo subsecretário são a instalação de uma faixa especial para transporte rápido de ônibus (BRT) na Avenida Brasil; a expansão da Linha 4 do metrô até a Barra da Tijuca; e a Via Light, corredor que aproveita as linhas de transmissão da concessionária de energia elétrica para a implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT) e BRT.

Articulação - O painel foi encerrado pelo arquiteto urbanista e assessor da presidência do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), José Abílio Belo Pereira. Segundo ele, o desafio de uma mobilidade sustentável é complexo, porque significa articular transporte, trânsito, meio ambiente, questão social e espaço físico.

Pereira apresentou uma proposta específica para a RMBH, com a transformação da atual estrutura de deslocamento, voltada para o Centro da cidade, em uma estrutura de rede. Para isso, é necessária a articulação de corredores rodoviários e ferroviários e a construção de novas vias. O arquiteto mostrou, ainda, alguns exemplos de boas práticas de mobilidade em cidades como Curitiba, Brasília, São Paulo, Goiânia e Medelin, na Colômbia.

As discussões do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte começaram na tarde de quarta-feira (25) e seguiram durante toda esta quinta-feira (26). O evento, solicitado pelos deputados Carlin Moura (PCdoB) e Maria Tereza Lara (PT), teve como objetivo discutir as políticas públicas de transporte e trânsito na Capital e em seu entorno.

Fonte: ABN News


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Você sabe o que é BRT?


Já em preparação para a Copa 2014, a Prefeitura, por meio da BHTrans, começa a implantar na cidade o projeto BRT, sistema de transporte por ônibus em vias de trânsito rápido.

Confira no vídeo entrevista do diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, concedida ao canal Conecta BH, publicada no portal da PBH, respondendo dúvidas da população sobre o BRT.

O que é BRT?

Sistema de transporte por ônibus, eficiente, de alta capacidade e alta qualidade, operado de forma semelhante ao metrô. O sistema possui:

- veículos modernos com maior capacidade de transporte de passageiros;
- estações de transferência ao longo do itinerário de forma a permitir a cobrança externa da tarifa e embarque em nível, agilizando os tempos de embarque/desembarque;
- sistemas de controle informatizados, permitindo o acompanhamento da operação em tempo real;
- sistemas de informação ao usuário em tempo real;
- circulação em vias exclusivas, minimizando as interferências com o tráfego geral;

Quais as vantagens do BRT?

As vantagens são semelhantes às proporcionadas pelo metrô:

- redução nos tempos de espera, de embarque e de viagem; mais conforto;
- confiabilidade e segurança;
- facilidade de acesso, embarque em nível e em estações, pagamento antecipado;
- custo de implantação, já que esse custo, por quilômetro, é de cerca de 10% do custo de implantação do metrô, conforme a experiência internacional;

Implantações previstas em Belo Horizonte

Para a implantação do BRT em Belo Horizonte, já estão assegurados investimentos para as seguintes vias:

- Corredor Cristiano Machado – março de 2012;
- Corredor Pedro II / Carlos Luz – dezembro de 2013;
- Corredor Antônio Carlos / Pedro I – outubro de 2012 (Pampulha-Centro)/agosto de 2013 (Vilarinho-Pampulha);

Fonte: BHTrans


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BH terá consultoria em projeto de corredores de ônibus

quarta-feira, 11 de agosto de 2010


O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) assina nesta quarta-feira convênio com o Centro de Transporte Sustentável do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, em inglês) e o CTS-Brasil (Centro de Transporte Sustentável do Brasil), para elaborar estudos de consultoria visando assegurar a qualidade e eficiência dos corredores rápidos de ônibus (BRT, em inglês). Curitiba (PR) e Bogotá, na Colômbia, são pioneiros na América do Sul e exemplos de sucesso no modelo de transporte coletivo. Em BH, dois contratos já foram assinados para elaboração de projetos de rotas rápidas nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos e a previsão é de que ambos fiquem prontos até o fim do ano, com implantação no começo de 2011.

Sem a verba do governo federal para expansão do metrô, o projeto de corredores de ônibus deve ser a principal melhoria do transporte público de Belo Horizonte para a Copa’2014. Ao todo, devem ser implantados 31 quilômetros nas principais avenidas da cidade, com capacidade para transportar até 54 mil pessoas por dia. Segundo o presidente da CTS-Brasil, Luís Antônio Lindau, a missão é garantir a implantação de um projeto sustentável. "Antes da construção das rotas, será feita simulação das operações dos corredores, estabelecendo velocidades, principais gargalos e quais pontos necessitam das maiores estações", afirma.

No Brasil, Curitiba (PR) é pioneira na adoção do BRT, servindo de exemplo para que outras cidades e países adotassem o formato. Um dos argumentos para opção pelos corredores rápidos é que, além de garantir maior fluidez, o transporte tem custo até 20 vezes menor em relação ao metrô. O sistema rápido de trânsito prevê pagamento antecipado de passagem, embarque de passageiros no mesmo nível dos ônibus e outras facilidades que aproximam os ônibus do metrô.

Em abril, o vice-prefeito, Roberto Carvalho, participou de um encontro da associação na capital paranaense.No sábado, a BHTrans publicou editou para contratar consultoria que dará apoio à execução das obras de alargamento e requalificação das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e do complexo viário do Vilarinho. A prefeitura tem garantia de R$ 1,23 bilhão para financiamento das obras viárias para a Copa.

Além do BRT, a prefeitura deve implantar o Corta Caminho – projeto de 158 intervenções viárias – e expandir o centro de comando operacional (CCO). Nessa terça, num ciclo de palestras para gestores de comunicação, o presidente do Núcleo Gestor das Copas’2013 e 2014 do governo de Minas, Tadeu Barreto, falou sobre o andamento dos investimentos na capital e no interior e das principais demandas do estado. "Se continuarmos cumprindo o cronograma, grandes chances de sediar jogos importantes", explica.

Quatro pontos são destacados como prioritários para que BH esteja preparada para a Copa’2014 e possa pleitear a abertura do Mundial: aumentar a capacidade do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, tornar o transporte público mais eficiente, ampliar a rede hoteleira e o estádio. "A maior incerteza é o que conseguiremos fazer com o aeroporto. Mesmo sem a Copa, o crescimento da economia mineira já demanda expansão dos terminais", afirma Barreto.

Fonte: Uai - Minas


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BHTrans lança pacote de licitações para melhorar o tráfego

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Projetos para melhorar o trânsito da capital começam a sair do papel, com o anúncio de um pacotão de licitações pela BHTrans. A empresa que gerencia o tráfego de BH abriu concorrência para contratar consultoria que dará apoio à execução das obras de alargamento e requalificação das avenidas Antônio Carlos, Dom Pedro I e do Complexo Viário do Vilarinho. Esse é o primeiro passo da preparação das vias para receber o transporte rápido por ônibus (BRT, bus rapid transit, em inglês), principal aposta da prefeitura no quesito mobilidade para a Copa 2014.

Também foi aberta disputa para dar apoio técnico às obras do Corta Caminho, projeto que cria 148 intervenções viárias alternativas, ligando as diversas regiões da cidade, sem passar pelo Centro.

Os editais de abertura das licitações, que somam R$ 203 mil, foram publicados na edição de sábado do Diário Oficial do Município (DOM) e os interessados têm até dia 22 de setembro para se candidatar. Ainda no final do mês que vem, a BHTrans bate o martelo sobre quem vai encarar o desafio de desafogar o trânsito da cidade. Em junho, a prefeitura garantiu, por meio de contrato de R$ 1,23 bilhão com a Caixa Econômica Federal (CEF) para financiar as obras do BRT, incluídas na lista do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

O contrato prevê a implantação na capital de três ramais do transporte rápido por ônibus.Num total de 31km, os três corredores do BRT – Antônio Carlos/ Pedro I, Pedro II/Carlos Luz e Cristiano Machado e Área Central – poderão transportar, por dia, 54 mil pessoas. Em abril, a BHTrans fechou contato com a empresa de engenharia que prestará consultoria especializada do BRT. As licitações abertas agora visam preparar o terreno para a implantação de fato do BRT, com a reestruturação das avenidas Antônio Carlos e Vilarinho, além da duplicação da Pedro I.

Inspirado nos transportes coletivos de Bogotá (Colômbia) e Curitiba, o sistema funciona aos moldes do metrô, com pistas exclusivas, plataformas em nível, pagamento da tarifa antes do embarque, além de ônibus articulados, capazes de transportar mais passageiros.

Novas vias

A bolada de R$ 1,23 bi também vai bancar as obras dos corredores do Corta Caminho, batizado como Programa de Vias Prioritárias de BH (Viurbs), contemplando a construção de três vias. A Via 710 irá do Bairro Cidade Nova, na Região Nordeste, à Avenida dos Andradas, na Leste.

A 210 ligará o Betânia, na Oeste, com a Via do Minério, na Região do Barreiro, passando sobre o Córrego Bonsucesso, próximo ao Anel Rodoviário. O financiamento também inclui a via 590, conhecida como Avenida Várzea da Palma, em Venda Nova. As intervenções começaram a ser elaboradas em 2002 e visam, principalmente, desafogar o tráfego no Centro da cidade.

Fonte: Uai - Minas


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Tecnologia promete melhorar o trânsito de BH até a Copa do Mundo de 2014

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Câmeras transmitem em tempo real o que ocorre nas ruas. Agentes adaptam o tráfego às informações visuais. Por meio do celular ou do computador, moradores saem de casa sabendo das condições de tráfego de Belo Horizonte. Até a Copa’2014, o trânsito da capital deverá ser completamente informatizado, com as pessoas abastecidas de dados sobre o tempo de espera do transporte coletivo, e, quem estiver de carro, correndo o risco de ser autuado eletronicamente.

A BHTrans publicou três editais para a contratação de empresas fornecedoras de equipamentos para ampliação da central de controle de tráfego e a compra de 140 computadores de mão para que os agentes repassem informações em tempo real para o banco de dados da empresa.

Por meio da central de videomonitoramento, equipes avisam aos técnicos, em campo, o que se passa e para onde devem se deslocar em casos de ocorrências de trânsito, como acidentes e quedas de árvores. Hoje, a central de controle de tráfego monitora 825 cruzamentos, com 24 câmeras. A ampliação prevê aquisição de outras 62. Além disso, a cidade ganhará o reforço de mais nove painéis de mensagens variadas para levar informações instantâneas ao motorista sobre a condição de tráfego nos principais corredores da cidade. Hoje, são 10 em operação.

Segundo o gerente de Coordenação de Operações da BHTrans, Fernando Pessoa, a intenção é facilitar o monitoramento do trânsito. A previsão é que todo o sistema seja implantado até abril de 2012. “Pontos que não têm câmeras ficam na dependência de um aviso de motoristas. O equipamento torna mais ágil o acionamento”, explica.

Os pontos de ônibus também deverão ser dotados de computador georeferenciado, o que possibilitará ao passageiro saber quanto tempo falta para a chegada do próximo coletivo. Em São Paulo, a implantação do sistema de posicionamento global (GPS, sigla em inglês) permitiu a redução de até 20% no tempo de espera no corredor rápido Expresso Tiradentes – similar ao que será implantado nas principais vias de BH. Por meio de sistema de som e vídeo, os usuários saberão o instante de chegada dos ônibus.

Fonte: Uai - Minas


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BH: BRT / Recursos do PAC mobilidade para a melhoria do trânsito

segunda-feira, 12 de julho de 2010


As obras estão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Ao todo, serão investidos R$ 1,23 bilhões nas obras que incluem os Bus Rapid Transit (BRTs) da Avenida Antônio Carlos/Pedro I, Pedro II, Área Central e Cristiano Machado, Via 210, Via 710, Boulevard Arrudas Tereza Cristina e a Ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans.

O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte de alta capacidade, operado por ônibus, que oferece um serviço de qualidade com conforto e rapidez para o usuário. A operação do serviço é semelhante à do metrô: vias exclusivas, estações de transferência ao longo do itinerário que permitem a cobrança externa da tarifa e embarque em nível (o usuário entra na estação, efetua o pagamento da passagem e embarca sem passar por degraus), o que torna a viagem mais rápida.

“Belo Horizonte é a primeira cidade sede a assinar o PAC da Copa do Mundo de 2014. Essas são obras viárias importantes, de transporte de massa, que nos ajudarão a acolher bem os turistas durante a Copa de 2014. Além de todos os benefícios a curto prazo, o equipamento será ainda um legado permanente para a cidade”, disse o prefeito Marcio Lacerda.

“Não são obras exclusivamente para a Copa do Mundo de 2014 ou obras exclusivamente da cidade de Belo Horizonte, são obras que atendem os dois quesitos. Essas obras aqui autorizadas caracterizam o nosso objetivo, que é dar acesso rápido e seguro aos turistas”, disse o ministro das Cidades, Márcio Fortes.

Bus Rapid Transit (BRT) Avenida Antônio Carlos/Pedro I

Além de promover um acesso de alta capacidade ao Complexo Mineirão/Mineirinho, ao mesmo tempo em que aumenta a segregação da pista exclusiva de transporte coletivo, o projeto atenderá cinco regionais administrativas da cidade e parte da demanda metropolitana de transporte coletivo. Todo o projeto urbanístico será realizado com base nas normas brasileiras de acessibilidade.

As metas do Projeto BRT Antônio Carlos/ Pedro I serão materializadas em quatro grupos de intervenções:

Meta 1: Interseção avenida Antônio Carlos e avenida Abraão Caram

Meta 2: Alargamento da avenida Pedro I

Meta 3: Interseção avenida Pedro I e avenida Vilarinho

Meta 4: BRT Antônio Carlos e avenida Pedro I


BRT – Pedro II

Com a implantação de um BRT nessa avenida, haverá uma melhoria significativa na qualidade do transporte coletivo da área, visando não só oferecer um acesso alternativo ao Mineirão pelo transporte público, como também proporcionar a requalificação urbanística de uma via estruturante do município.

O projeto prevê um corredor central exclusivo para ônibus, com faixas de ultrapassagem, sistemas de pagamento externo em estações e controle telemétrico da operação.

Pode-se prever também uma melhoria qualitativa na integração modal e nas políticas de tarifação. Outro impacto positivo será a racionalização da frota, com diminuição da emissão de efluentes atmosféricos.

Todo o projeto urbanístico será realizado com base nas normas brasileiras de acessibilidade, promovendo a universalização na utilização desse meio de transporte.


BRT – Área Central

O projeto consiste na implantação de infra-estrutura de sistema de transporte coletivo por ônibus através da requalificação de 7,6 Km de vias preferenciais, dotando-as de estações com cobrança externa, embarque e desembarque em nível e sistemas de controle da operação e de informações ao usuário informatizado e em tempo real.

A implantação de equipamentos e a execução de obras civis para adequar a malha viária do Centro ao BRT são essenciais para a consolidação da infra-estrutura de um transporte de massa de qualidade no município.

Através das obras de requalificação, será possível o intercâmbio de três corredores radiais do BRT: BRT Cristiano Machado, BRT Antônio Carlos / Pedro I e BRT Pedro II / Carlos Luz, ampliando significativamente a mobilidade dos cidadãos através do aproveitamento racional da malha radiocêntrica, com impactos positivos diretos na política tarifária, na melhoria dos tempos das viagens com destino moradia-trabalho-moradia e redução da poluição atmosférica com racionalização da frota.


BRT Cristiano Machado

O projeto de reestruturação do corredor implanta um sistema de transporte de alta capacidade, com adequação da atual pista exclusiva para a operação junto ao canteiro central, utilizando uma faixa por sentido, com faixa adicional para ultrapassagem nas estações de transferência, dimensionadas adequadamente à demanda, com circulação e acessos seguros para os pedestres.

O corredor será dotado de sistema de câmeras, possibilitando o monitoramento contínuo dos trechos de circulação e embarque/desembarque. Faz parte da intervenção a reforma da Estação São Gabriel com adequação das plataformas ao sistema de embarque.

O tratamento do corredor para a priorização da operação do transporte coletivo melhorará o acesso para diversos bairros da região Norte, incentivando o adensamento e viabilizando o desenvolvimento econômico deste eixo. Constitui-se ainda num corredor secundário de acesso ao Mineirão a partir da região Leste da cidade.


Fonte: Jornal BH Notícias
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