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Metrô do Recife passa a receber pagamento por PIX em todas as estações

segunda-feira, 16 de outubro de 2023


Todas as 30 estações das linhas Sul, Centro e diesel do Metrorec passam a aceitar pagamento em PIX. A novidade foi implementada nesta segunda-feira (16) e promete trazer comodidade e praticidade aos passageiros. Até então, a modalidade estava disponível em 11 estações.

"O pagamento é feito de forma rápida e segura, sem a necessidade de dinheiro em espécie", reforça a CBTU. Atualmente, a passagem do metrô custa R$ 4,25.

Segundo Silvino Gomes, chefe de Comunicação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), adotar o PIX economiza tempo para o passageiro - quem vai aos locais de compra dos bilhetes passa, em média, um minuto - e faz com que o transporte de valores seja reduzido, ocasionando redução de custos para a empresa e redistribuição do dinheiro, alé

“Esse transporte [de valores] custa mais de R$ 1,5 milhão por ano. Agora, por meio da adesão em massa do PIX, a gente deverá diminuir o valor desse contrato para o ano que vem, e aí poderemos ter melhoria no sistema para o passageiro em outras áreas da CBTU”, afirmou. 

Informações: Folha PE

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Greve no Metrô do Recife começa nessa sexta por tempo indeterminado

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Insatisfeitos com a proposta apresentada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os metroviários do Recife decidiram nesta quinta-feira (10) retomar a paralisação total do sistema por tempo indeterminado. 

Dessa forma, a partir das 0h desta sexta, todas as 36 estações do Metrô do Recife, que atende cerca de 180 mil passageiros por dia, serão fechadas para a população. 

Em assembleia geral realizada na Praça da Greve, no Centro do Recife, representantes do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindMetro-PE), em conjunto com os trabalhadores, discutiram o índice sugerido pela CBTU. 

De acordo com o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, a empresa apresentou uma proposta de reajuste salarial de 3,45%. Inicialmente, o pedido dos trabalhadores era por um reajuste de 25%, levando em consideração as perdas salariais acumuladas nos últimos anos. 

No entanto, após a primeira audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), o percentual solicitado pelos trabalhadores caiu para 7%, em concordância com uma sugestão do Ministério Público do Trabalho (MPT). 

Na penúltima rodada de negociação, a proposta foi mantida. Na ocasião, a procuradora do MPT, Ana Carolina Lima, solicitou que os trabalhadores suspendessem a paralisação por um prazo de 48 horas, oferecendo mais tempo pra que a empresa apresentasse uma proposta capaz de atender a reivindicação dos metroviários. 
Durante a reunião da manhã desta quinta, a CBTU sugeriu um reajuste 3,45%. Além disso, a empresa afirmou não poder estabelecer uma elevação do piso salarial da categoria, que atualmente é de R$ 1.900. A outra reivindicação dos trabalhadores, que também não foi atendida, era pela garantia de estabilidade em caso de privatização do sistema.

Por meio de nota, a CBTU lamentou a decretação de greve. A companhia afirmou que apresentou uma "nova proposta para o Acordo Coletivo 2023-2024, baseada nos parâmetros definidos pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST)". A empresa reforçou ainda que sempre esteve aberta para o diálogo com os sindicatos.

Informações: Folha PE
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Metrô do Recife pode entrar em greve mais uma vez

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Os metroviários que paralisaram as atividades do Metrô do Recife e dos trens a diesel que ligam Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, ao Centro do Cabo de Santo Agostinho, e Curado, também em Jaboatão, nos dois primeiros dias de greve dos rodoviários, nos dias 26 e 27 de julho, podem cruzar os braços novamente. A categoria realiza uma nova assembleia nesta terça-feira, com possibilidade de se decretar uma paralisação por tempo indeterminado. 
Foto: Annaclarice Almeida/D.P

Os metroviários reivindicam junto ao governo federal o aumento do piso salarial da categoria para R$ 2.725,00, a garantia do trabalho para os empregados caso o Metrô do Recife seja privatizado e a retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND). 

Além das reivindicações da categoria, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco pedemelhoriasna estrutura do Metrô doRecife, diante do processo de sucateamento observado nos últimos ano dos sistema, bem como exige o cumprimento de cláusulas existentes no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria, por parte da empresa, a CBTU. 
Caso não haja um acordo, os metroviários adiantaram que, além da greve, vão organizar uma caravana até Brasília, onde pretendem conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Informações: Diário de Pernambuco
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TEVX Higer apresenta o AzureA18BR, ônibus elétrico no modelo articulado

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A TEVX Motors aumenta sua oferta de ônibus elétricos com a chegada do modelo articulado de 18 metros, o AzureA18BR. O modelo tem seu lançamento oficial em plataforma virtual do Centro Técnico da marca, com direito a customização e interatividade pelos usuários da experiência. O novo modelo complementa a linha de ônibus elétricos da marca, ao lado do veículo padrão Azure12BR e do rodoviário FE10BR.

Articulado e com capacidade para 130 passageiros, o urbano AzureA18BR desembarca no País com todas as configurações que transformaram essa linha de produtos na mais tecnológica do mercado de ônibus elétrico: veículo integral, 100% elétrico, piso totalmente baixo, elevada autonomia com possibilidade de recarga rápida e total acessibilidade.

“Esse é mais um passo importante para consolidar nossa presença no Brasil. Com seriedade, assumimos o compromisso de trazer o que há de mais avançado e reconhecido em tecnologia sustentável para as ruas brasileiras e, o modelo 18 metros, totalmente flexível e adaptável a qualquer sistema de transporte urbano, fomenta nosso propósito”, ressalta Marcelo Barella, diretor da Higer para a América Latina.

A versão nacional contará com equipamentos de renomadas empresas de componentes atuantes no Brasil, e já presentes nas outras versões da marca, como a ZF (eixos e suspensão); Bosch (sistema de direção); CATL (baterias); Sachs (amortecedores; Dana (motor elétrico); Mobitec (itinerário eletrônico); Fanavid (vidros e para-brisas; Alcoa (rodas de alumínio); Wabco (sistema de freios) e Grammer (assentos de motorista e passageiros).

Baterias – o modelo Azure A18BR é equipado com bateria CATL de LFP (fosfato de ferro-lítio) - última geração, reconhecida internacionalmente por alta confiabilidade e durabilidade, tem capacidade total de 564 kWh e está distribuída em 18 packs alocados na parte traseira e no teto contribuindo para uma perfeita distribuição do centro de gravidade do veículo. As baterias possuem garantia de oito anos ou 4.000 ciclos.

Com autonomia de 270kms, o motor elétrico aliado ao estilo de condução do condutor pode aumentar a autonomia em até 30%. Seja em descidas íngremes ou frenagens convencionais o sistema funciona como um gerador de eletricidade – também chamado de processo de regeneração - gerando energia extra e assim, incrementando a autonomia do veículo.

Conforto - conforto e segurança são pilares indiscutíveis da marca HIGER Bus. O AzureA18BR possui com exclusividade piso totalmente plano, garantindo um embarque e desembarque facilitado e promovendo a percepção do conforto desde o primeiro passo ao entrar no veículo. Com capacidade total para 130 passageiros, está repleto de funcionalidades como: tomadas USB para equipamentos eletrônicos nas paredes laterais para os que viajam sentados e nos balaústres para os passageiros em pé, wi-fi e telas

A instalação de leds coloridos no teto do veículo brindam os passageiros com os benefícios da cromoterapia, elevando assim o bem estar e completando a aconchegante jornada diária dos passageiros.

O isolamento térmico em toda a estrutura do veículo complementa o inovador e ecológico sistema de ar-condicionado sem dutos e com saídas de ar individuais nas laterais do veículo proporcionando aos passageiros um ambiente uniformemente climatizado e confortável tanto no verão quanto no inverno. Por sua concepção avançada, tem uma performance otimizada o que garante disponibilidade e autonomia ao operador.

O conforto também é presença garantida no posto do motorista o qual foi estrategicamente desenhado para atender aos mais variados requisitos de ergonomia, visibilidade e condução segura o que além de promover a qualidade de ambiente durante a jornada profissional, tanto para a saúde física quanto para uma condução responsável, também maximiza a produtividade do veículo. O assento da marca Grammer tem sistema pneumático com ajustes de altura por peso e de lombar com bolsas que inflam internamente gerando uma posição totalmente confortável e adequada durante o trabalho. O cinto de segurança de três pontos está integrado ao banco o que confere melhor postura e segurança ao condutor.

O painel 100% digital traz as principais informações do veículo para uma condução eficiente e segura. Os comandos eletroeletrônicos dos sistemas como: abertura e fechamento de portas, freio de estacionamento e emulador de trocas de marchas são facilmente acessados no painel do veículo reforçando o padrão superior de ergonomia ao condutor. 

Retrovisores digitais, com imagens 360° permitem total visibilidade com o veículo em movimento e conferem segurança durante as manobras. O modelo ainda conta com oito câmeras internas e cinco externas, integradas aos retrovisores internos digitais, além de câmera de ré com sensor de aproximação, tudo controlado no painel do veículo ampliando a segurança e minimizando a possibilidade de acidentes.

Acessibilidade - Em questão de acessibilidade, a linha Azure é a única no país com piso totalmente baixo, possui três portas sem degraus e com duas rampas de acesso acopladas ao piso plano para passageiros com cadeira de rodas ou carrinhos de bebê, que combinados com o conjunto de suspensão que viabiliza o “ajoelhamento” do veículo proporcionando embarques e desembarques mais seguros. 

Performance e Economia– O AZURE A18BR vem equipado com motor DANA de 370 kw e torque de 3.700 Nm com garantia de 5 anos ou 300.000 kms. Conta com freios ABS,  sistema de frenagem eletrônica (EBS) e Controle Automático de Estabilidade (ASC) da marca WABCO.

Eixos ZF de alta capacidade com disponibilidade de peças genuínas e serviços executados por técnicos treinados pela TEVX Higer, facilitando as operações de manutenção preventiva e corretiva.

A linha de ônibus elétrico Azure permite aos operadores uma economia nos custos de manutenção de até 60% com relação aos modelos a diesel e de até 80% nos custos operacionais totais.  

Novo Centro Técnico – O visitante que fizer o tour virtual para conhecer o novo Azure A18BR, além da possibilidade de customizar o veículo, escolhendo cores externas, o tecido dos bancos ou adesivos ecológicos, também poderá conhecer o nosso Centro Técnico, o primeiro para veículos elétricos no País.

Com 6 mil metros quadrados, está localizado na Marginal Pinheiros em São Paulo, e além de serviços técnicos, nossos Clientes terão num único espaço a Central de Peças, a Assistência Técnica CATL e Central de Treinamento técnico e de condução.

Informações: TEVX HIGER
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Grande Recife já conta com 100 novos abrigos de ônibus instalados

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Usuários do transporte público na Região Metropolitana do Recife começam a perceber mudanças significativas nos abrigos de ônibus. Aproximadamente 100 equipamentos já estão instalados com nova padronização. As novas paradas fazem parte de um pacote do Governo do Estado, através da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e Grande Recife Consórcio junto à iniciativa privada por meio de concessão pública e sem contrapartida do Executivo.  Com investimento de R$ 200 milhões, a ação contempla 3.650 equipamentos distribuídos em 3.354 pontos de embarque e desembarque nos 14 municípios da RMR.

Quem circula por Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Abreu e Lima já pode encontrar alguns dos cinco novos modelos de abrigos espalhados em ruas, avenidas, inclusive a PE-17, em Aldeia.  A empresa concessionária, em um prazo de 72 meses, irá requalificar e padronizar todos os pontos incluídos no contrato, além de garantir a manutenção. As paradas de ônibus estão sendo instaladas pelo Grupo Kallas detentora da concessão durante 20 anos da vigência do contrato.

"Todos merecem um serviço de qualidade e o Governo de Pernambuco vem trabalhando para que os usuários do sistema de transporte público em toda a Região Metropolitana do Recife sejam contemplados com ações e equipamentos como esses. Esses novos abrigos garantem mais segurança e bem-estar da população", afirma o secretário de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), Evandro Avelar.
“A paradas estão sendo instaladas semanalmente, de modo a contemplar todos os municípios da Região Metropolitana que são atendidos pelo Consórcio, seguindo cronograma”, adiantou o diretor-presidente do Grande Recife Consórcio, Matheus de Freitas.

RECEPTIVIDADE - Nesse lote de novo abrigos pelo menos 900 serão no modelo mais completo, a exemplo da parada instalada próxima ao Forte das Cinco Pontas, centro do Recife, composto por assentos, protetor de vidro, e iluminação a Led e painel de mensagem.  A atendente odontológica, Inilda Gomes, 45, aprovou os novos equipamentos e disse se sentir mais segura. “Eu gostei muito e à noite fica mais iluminado e bonito”.  Também usuário de transporte público, a estudante Mércia Brito Alves, 17, elogiou o design do novo abrigo e a iluminação Led que chama a atenção durante o dia e noite. “Achei muito massa essa nova parada. É diferente de tudo. Esse painel informativo ficou maravilhoso”, disse.

Informações: Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura
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Subúrbio de Salvador terá teleférico panorâmico como transporte

segunda-feira, 10 de julho de 2023

O Subúrbio Ferroviário de Salvador pode ter um teleférico panorâmico como meio de transporte. A novidade foi confirmada pela presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, nesta quinta-feira (06). Em entrevista ao portal iBahia, ela explicou que o estudo de viabilidade econômica financeira já está em andamento e só foi possível por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS).

Já na fase final, o estudo revela que é viável a construção das estruturas na capital baiana. Ainda segundo a representante da instituição, o que também está sendo analisado - no momento - é o custo da obra e os impactos ambientais. Por isso, somente com o projeto base pronto é que será avaliada a real execução da obra.

"A gente está concluindo o projeto básico, para a partir do projeto básico, a gente ter esse orçamento - que entra não só as obras civis, que são todas aquelas torres que sustentam o teleférico. Mas, as obras eletromecânicas", explicou Tânia.

A implantação deste meio de transporte integra o Plano de Mobilidade de Salvador (Planmob). O prefeito Bruno Reis foi ao México em 2021, a convite do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), para conhecer as soluções de transporte criadas no país e acabou trazendo a ideia do teleférico. Se concretizado, o modal soteropolitano terá 4 estações divididas em um trecho de 4,3 quilômetros.

Será preciso ainda a construção de 26 torres de sustentação e implantação de inúmeras cabides, que comportam 12 passageiros por bonde. A expectativa é realizar o transporte de 4 mil pessoas por dia. A tarifa também foi analisada e ela deve ser incluída no sistema de integração atual. Vale ainda pontuar que se a obra for iniciada em 2024, a previsão de conclusão é 15 a 18 meses.

"Ele é um meio de transporte para os moradores do Subúrbio Ferroviário... Vai ter uma estação na Suburbana, ali em Praia Grande; outra estação no alto ali no Alto da Terezinha e Rio Sena; outra estação no bairro de Pirajá, que é também outro bairro que se comunica com a cidade e a outra que fica em Campinas de Pirajá. Tudo em cerca de 8 minutos".

Execução do estudo

Para a execução da obra será necessário investimentos externos. Por isso, o estudo será minucioso. A parte principal, por exemplo, está sendo feita por um escritório da cidade de Recife, por ser o único - segundo a presidente da FMLF - com expertise no modal. Além disso, quatro pessoas da fundação acompanham de perto as análises.

Sobre o tempo de conclusão do projeto, Tânia Scofield deu o mês de agosto de 2023 como meta. Já que a entrega do documento ao prefeito Bruno Reis acontecerá em setembro.
O Teleférico do Subúrbio pretende retirar boa parte do fluxo de pessoas e veículos da BA-528. As cabines estão previstas para passar por cima do Parque Metropolitano de Pirajá, e, por isso, a previsão é de que além de transporte, o sistema seja também turístico.

"Além de ser um meio de transporte é muito agradável. Você vai ter uma altura considerável. Vai ser por cima de tudo. Por cima de Pirajá, do Parque Metropolitano, enfim. Do teleférico, você consegue ver a Baía de Todos-os-Santos. Então, além de tudo será uma viagem muito agradável"

Teleférico X VLT

Atualmente, os moradores da região do Subúrbio enfrentam dificuldades para acessar regiões mais afastadas da cidade, como o centro, e contam apenas com os ônibus para isso.

Até o momento, o Veículo Leve de Transporte (VLT) do tipo monotrilho foi apresentado pelo Governo da Bahia como solução, após a suspensão do funcionamento dos trens que atendiam a região para reformulação do transporte.

A obra que tem como objetivo, assim como o teleférico, de ampliação da estrutura de mobilidade segue em andamento, através da Concessionária Skyrail Bahia.

Esse projeto tem 25 estações e capacidade de transportar cerca de 172 mil passageiros por dia. Seriam 28 trens, que irão circular ao longo de 23,3 quilômetros para ligar a capital baiana à cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

Sobre a presença de dois grandes modais, Tânia acredita que é uma boa complementação do sistema atual de transporte.

"O que tá no projeto, e que eu tenho conhecimento, é que VLT corre na mesma linha do trem. Então, ele sai do Subúrbio até a Calçada. E a gente traz a população até o metrô, até o outro lado. Mas, de alguma forma ele (VLT) permite a mobilidade dos moradores. Eu acho que nenhum modal de transporte substitui o outro. Acho que como a gente não tem ainda um sistema completo, eles se complementam", explicou a presidente da Fundação.

Informações: iBahia
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Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Ainda de maneira tímida, o País começa a incentivar a eletrificação do transporte público. Empresas instaladas no Brasil se preparam para essa nova demanda, mas a frota em circulação ainda é pequena quando se consideram apenas os ônibus elétricos alimentados por bateria.

Essa foi uma das conclusões a que chegaram os participantes do painel “O estágio atual da eletrificação do transporte coletivo e avanços na implantação da eletromobilidade no Brasil”, que reuniu cinco profissionais do segmento na sexta-feira, 23 de junho, durante o Parque da Mobilidade Urbana (PMU), realizado em São Paulo entre 22 e 24 de junho.

“O Brasil precisa sair da inércia. Não é possível ter um número tão baixo, menos de 100 ônibus elétricos rodando em um País que tem a terceira maior frota de ônibus urbanos do mundo”, afirmou a diretora comercial da Eletra , Iêda Oliveira, que defende o incentivo à eletrificação.

“Subsídio não é crime. A capital paulista reduzirá, por ano, a emissão de 1,4 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2)”, diz a executiva da Eletra, empresa que produz, desde o início de junho, em uma nova fábrica em São Bernardo do Campo (SP). A capacidade anual é de 1.800 ônibus.

“A cidade de São Paulo deu um passo gigante ao estabelecer emissão zero em 20 anos”, disse a executiva durante o painel “O estágio atual da eletrificação do transporte coletivo e avanços na implantação da eletromobilidade no Brasil”.

Outro participante, Bruno Paiva, diretor de vendas da BYD, lembrou que o subsídio à eletrificação ocorre “no mundo inteiro” e acredita que mudanças estabelecidas pela capital paulista acabam servindo de referência para outras grandes cidades: “São Paulo quer eletrificar a frota e, como se sabe, o que ocorre na cidade torna-se referência no País.” A BYD tem fábrica em Campinas (SP) com capacidade instalada para 2.000 ônibus. Também produz carregadores no interior paulista e baterias em Manaus (AM).

Potencial enorme para mais ônibus elétricos
Para o gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Marcopolo , Renato Florence, “o Brasil tem uma frota com 100 mil ônibus rodando, com potencial de eletrificação principalmente nos grandes centros e custo operacional menor que o diesel.”

Segundo o executivo, a frota asiática de ônibus elétricos já soma 420 mil unidades, enquanto as Américas têm cerca de 12 mil unidades e a Europa, 8,5 mil. Também, de acordo com o gerente da Marcopolo, os principais motivos para a substituição do diesel são a sustentabilidade e o baixo custo operacional. “Ainda este ano entregaremos 130 veículos elétricos”, diz.

A Marcopolo tem três fábricas no Brasil. Os elétricos são feitos na unidade Ana Rech, em Caxias do Sul (RS). No futuro, a planta de São Mateus (ES) também montará esses modelos.

O diretor da Higer Bus Company Limited, Marcelo Barella, acredita em uma demanda elevada nos próximos anos: “Se ocorrer tudo o que se imagina, faltarão ônibus elétricos”, estimou o executivo.

A empresa trouxe da China um lote de 50 ônibus montados, mas vai fabricar seus veículos no Brasil. A primeira linha de montagem foi confirmada para a região de Fortaleza (CE), com início da produção previsto para 2024.

Durante o painel, o mediador, Carlos Souza, responsável pela divisão E-City da Enel X ), afirmou: “O Brasil tem não apenas produtos, mas também diferentes modelos de negócios. Estamos aqui reunidos com quatro fabricantes diferentes. Todos estão no mesmo caminho, de conduzir a eletrificação. Vamos contribuir com a redução de emissões e os impactos ambientas.”

A Enel X acumula experiência na implantação de infraestrutura de recarga. Pode atuar, por exemplo, na concepção do projeto a ser instalado na garagem dos ônibus, de acordo com a quantidade de veículos, carregadores e o consumo de energia.

Prontas para atender o mercado
Durante os debates no PMU, as empresas falaram sobre o atendimento ao mercado nacional. Enquanto não inicia a produção local, a Higer já define alguns dos futuros fornecedores.

“Parte dos nossos investimentos é para transferir tecnologia para Bosch, Dana e outros fabricantes de autopeças”, diz Barella. Segundo o executivo, o modelo de negócios da empresa inclui o fornecimento de componentes em consignação para os operadores de transporte, “para uma resposta imediata em caso de falha”.

Renato Florence, da Marcopolo, ensina: “A segunda venda se faz a partir da qualidade de assistência técnica dada para o operador. Todas as nossas regionais estão se estruturando para atendimento aos ônibus elétricos.”

A BYD informa que tem um centro de distribuição de peças e seu corpo técnico consegue direcionar um número maior de profissionais, conforme o contrato de manutenção. Ele recorda ainda que os veículos elétricos são mais simples e que mecânicos especializados em diesel não têm dificuldade em assimilar a nova tecnologia. “E o índice de falha dos elétricos é bem mais baixo, uma a cada 60 mil quilômetros, enquanto nos modelos a diesel é de uma a cada 10 mil quilômetros.”

A diretora da Eletra, Iêda Oliveira, ressalta que a empresa atua há mais de 20 anos na produção de trólebus e faz parte do Grupo Next Mobilidade, que opera linhas no ABC paulista e um extenso corredor com trólebus, ônibus híbridos e elétricos a bateria feitos pela Eletra. “Podemos aproveitar essa nossa experiência como operadores não só no desenvolvimento dos produtos, mas no treinamento das equipes.” 

Informações: Estadão
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Em Aracaju, Ônibus que circulam na Barra dos Coqueiros terão catraca elevadas

domingo, 18 de junho de 2023

Para melhorar a operação e coibir a prática ilegal de pular a catraca dos ônibus do transporte coletivo na região da Barra dos Coqueiros e Atalaia Nova, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju autorizou a instalação de catracas elevadas em 12 veículos que circulam pelo município vizinho e região. A medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira, 19.

Atualmente, a circulação da linha que atende a Atalaia Nova está comprometida, especialmente, aos domingos, devido ao alto índice de evasão de usuários e a insegurança que ela causa aos motoristas e passageiros. Para se ter ideia, nas linhas Barra dos Coqueiros/Centro, Atalaia Nova/Mercado, Litoral Norte/Mercado e Barra dos Coqueiros/Mercado foram registrados, nos últimos meses de abril e maio, 4.775 pulos de catraca. Somente nos últimos 30 dias, foram 3.819.

Segundo o superintendente da SMTT de Aracaju, Renato Telles, a instalação das catracas elevadas atende as solicitações da Prefeitura de Barra dos Coqueiros, em virtude do comprometimento das operações dos veículos de transporte coletivo na localidade, causado pelo índice alto de pulos de catracas.
“A SMTT da Barra dos Coqueiros solicitou à SMTT de Aracaju a implantação das catracas elevadas para a melhoria da operação dos ônibus, e depois de analisarmos o pleito mostramos um protótipo com as devidas dimensões aos representantes da SMTT Barra, que foi aprovado. O objetivo é melhorar a operação dos coletivos na região, oferecer mais segurança a quem utiliza adequadamente os ônibus, e também evitar ameaças que estavam sendo dirigidas aos profissionais que trabalham nessas linhas de ônibus. O Sindicato dos Rodoviários, inclusive, protocolou ofício relatando as ameaças que motoristas vêm sofrendo por quem pratica as evasões”, conta.

A perspectiva é de que a instalação das catracas elevadas possa coibir os pulos de catracas, ações estas consideradas ilegais e que geram prejuízos, inseguranças e transtornos ao serviço do transporte público.

Experiências
As catracas elevadas já fazem parte do cotidiano de usuários do transporte público em diversas capitais brasileiras, a exemplo de Recife (PE) e Maceió (AL), cuja implantação também se deu por motivos de evasão e segurança.

Informações: Infonet
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Consórcio ativa linha para atender demanda do Centro Comercial de Abreu e Lima

Entra em operação, a partir da próxima segunda-feira (19), a linha 1933 – TI PE-15/TI Abreu e Lima. Com tarifa B (R$ 5,60), os ônibus sairão do Terminal Integrado PE-15 e farão retorno na Rua Capitão José Primo, no Centro Comercial de Abreu e Lima. Trafegando pelas rodovias PE-15 e BR-101, os coletivos ainda passarão por dentro dos terminais Pelópidas Silveira e Abreu e Lima e, em algumas viagens, farão atendimentos ao loteamento Nova Aurora/Jaguaribe, em Paulista.

Antes da pandemia do novo coronavírus, a linha 1933 operava com o nome de TI Abreu e Lima/TI Pelópidas, transitando apenas entre estes dois terminais integrados. Agora, o Grande Recife muda a nomenclatura da linha e estende seu itinerário.

“Atualmente, os usuários do Centro Comercial de Abreu e Lima entram no SEI (Sistema Estrutural Integrado) apenas pelas linhas do Terminal Integrado Igarassu. Com a ativação da 1933, esperamos atender a demanda dos passageiros daquele município e ampliar as suas opções de deslocamento a partir do TI PE-15”, afirma o coordenador de Operação do Consórcio, Mário Sérgio Cornélio.
A expectativa do órgão é que os usuários desembarquem ao longo das rodovias PE-15 e BR-101, sentido Abreu e Lima, liberando o coletivo para os passageiros que deverão embarcar no Centro Comercial da cidade e irão seguir viagem sentido TI PE-15. De lá, poderão contar com opções para  Xambá, Rio Doce, Cidade Tabajara, Bairro do Recife, Joana Bezerra e Boa Viagem.

Neste primeiro momento, a linha operará apenas nos dias úteis quando fará também atendimentos, em horários predeterminados, ao loteamento Nova Aurora, no bairro de Jaguaribe, no município de Paulista.

INTEGRAÇÃO TEMPORAL – é importante os usuários ficarem atentos, pois a linha 1933 – TI PE-15/TI Abreu e Lima inicia sua operação já com a integração temporal. Ou seja, o embarque nos ônibus no Terminal Integrado PE-15 só será permitido pela porta dianteira do coletivo e mediante a apresentação do cartão VEM no validador.

Confira, abaixo, os novos itinerários da linha:

ITINERÁRIO PRINCIPAL

Sentido PE-15/Abreu e Lima: Terminal Integrado da PE-15, Rodovia PE-15, Terminal Integrado Pelópidas Silveira, Rodovia PE-15, Rodovia BR-101, Rua Cap. José Primo, Rodovia BR-101, Terminal Integrado Abreu e Lima.

Sentido Abreu e Lima/PE-15: Terminal Integrado Abreu E Lima, Rodovia PE-15, Terminal Integrado Pelópidas Silveira, Rodovia PE-15 Terminal Integrado da PE-15

ITINERÁRIO COM ATENDIMENTO À NOVA AURORA/JAGUARIBE

Sentido PE-15/Abreu e Lima: Terminal Integrado da PE-15, Rodovia PE-15, Terminal Integrado Pelópidas Silveira, Rodovia PE-15, Rodovia BR-101, Rua Fazendinha, Rua Um (retorno), Rua Fazendinha, Rodovia BR-101, Rua Cap. José Primo, Rodovia BR-101, Terminal Integrado Abreu E Lima.

Sentido Abreu e Lima/PE-15: Terminal Integrado Abreu E Lima, Rodovia PE-15, Terminal Integrado Pelópidas Silveira, Rodovia PE-15 Terminal Integrado da PE-15.

Em caso de dúvidas, sugestões e reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente do Consórcio, das 07h às 19h, no número 0800 081 0158, apenas para chamadas de telefone fixo, e o WhatsApp (99488.3999), das 05h30 às 21h30, para mensagens de texto, áudio, fotos ou vídeos.

Informações: GRCT
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TEVX Higer participa da Campus Party Goiás

domingo, 11 de junho de 2023

Líder mundial na produção de ônibus elétrico, a TEVX Higer participa a partir de hoje (7) da 3ª edição da Campus Party Goiás, que ocorre até o domingo (11) no Passeio das Águas Shopping em Goiânia.

No evento que é ponto de encontro das novidades tecnológicas no Centro- Oeste, a marca apresentará o ônibus de fretamento FE10BR, modelo repleto de inovações que impactam a favor do meio ambiente, como explica Marcelo Barella, diretor da Higer para a América Latina: “unimos conforto e segurança ao que há de mais avançado e reconhecido em tecnologia de eletromobilidade. O resultado é um ônibus elétrico moderno, econômico e silencioso, que  entrega uma excelente autonomia para os grandes centros urbanos com zero emissões”.

O FE10BR oferece  conforto extremo  a cada um dos seus 41 passageiros. No interior ha assentos confortáveis, reclináveis e ajustáveis lateralmente. Em matéria de comodidade ainda há wi-fi, ar-condicionado ecológico de última geração, conectores USB para celulares e vidros com tratamento UV. Além disso, conta com opcionais exclusivos no mercado, como: geladeira térmica, sistema de áudio e vídeo e porta usb para carregamento rápido.

Na tecnologia embarcada traz um exclusivo sistema regenerativo de freios, desenvolvido pela Higer, cujo dispositivo eletromecânico transforma a energia cinética liberada na frenagem em energia potencial recarregando as baterias e contribuindo para a autonomia do veículo.

Dispõe também da possibilidade de recarga rápida de até três horas, além de uma economia de custo de manutenção de até 60% com relação aos modelos a diesel, sem contar o impacto para o meio ambiente, uma vez que emitem zero poluição e ruído. 

Made in Brazil – Com 330 mil unidades de ônibus produzidas, sendo 50 mil elétricos, a Higer Bus é a maior fabricante de ônibus elétricos do mundo e está presente em mais de 128 cidades nos cinco continentes.

No Brasil, a empresa venceu a primeira licitação de veículo elétrico no país, na cidade de Cascavel (PR) e também conquistou um contrato para fornecimento de 200 unidades para a eletrificação do sistema de transporte da cidade de São Paulo.

Agora, a TEVX Higer se prepara para o inicio da produção nacional a partir de 2024, em Pecém (CE). No projeto está inclusa  a transferência de tecnologia de ponta e capacitação de mão de obra para atender a veículos elétricos.

Em sua versão nacional seguirá com as mais renomadas empresas de componentes do mercado, todas já atuantes no Brasil, como ZF, que fornece eixos e suspensão; Bosch, sistema de direção; Valeo, ar-condicionado; Catl, baterias, que no Brasil são representadas pela Moura; Wabco, sistema de freios; Sachs, amortecedores; Dana, motor elétrico; Mobitec, itinerário eletrônico; Fanavid, vidros e para-brisas; Alcoa, rodas de alumínio; Grammer, assentos de motorista e passageiros.

Sobre TEVX HIGER – A operação no mercado brasileiro da HIGER BUS – líder mundial na fabricação de ônibus elétricos – está sob a responsabilidade do TEVX Motors Group (voltado para a oferta de soluções de transporte limpo, com atuação na importação dos ônibus, na prestação de serviços de pós-venda e a oferta de peças de reposição).

Com uma receita anual de US$ 5,5 bilhões e capacidade para produzir anualmente 35 mil ônibus, a HIGER BUS exporta cerca de 30% da sua produção para dezenas de países. E em sua planta chinesa há uma linha de produção dedicada ao Azure A12BR, seu primeiro produto a ser oferecido ao mercado brasileiro ainda em 2022.

Informações: TEVX Higer
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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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