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São Paulo: Ônibus no Corredor ABD tem avaliação melhor que o Metrô

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Os passageiros de transportes públicos da Grande São Paulo já têm a consciência da necessidade da ampliação de corredores exclusivos de ônibus.
É um dos aspectos revelados pela pesquisa da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos sobre a Imagem dos Transportes na Região Metropolitana de São Paulo.
Foto: Adamo Bazani

Em geral, a percepção dos passageiros em relação aos serviços de ônibus na Capital Paulista não é positiva. Das 3 mil 160 pessoas entrevistadas, 60% avaliam os serviços como regular, ruim ou péssimo. Já 40% avaliam como bons ou ótimos.

As impressões negativas aumentaram em relação à mesma pesquisa divulgada referente a 2010, quando 41% consideravam o serviços regulares, ruins ou péssimos e 59% achavam como bons ou excelentes. Praticamente o quadro se inverteu.

Quando a avaliação dos passageiros é sobre os serviços de ônibus em corredores, a percepção em relação a qualidade dos serviços tem um cenário bem diferente e a maioria aprova os serviços de ônibus.

De acordo com a pesquisa da ANTP, 54% dos entrevistados consideram os ônibus em corredores excelentes ou bons contra 45% de ruins, regulares ou péssimos.
A explicação desta diferença de resultados se dá pelo melhor desempenho, velocidade maior e mais conforto que um sistema de corredores proporciona.

Em corredores, os ônibus não ficam presos no trânsito e por isso conseguem oferecer mais confiabilidade em relação a cumprimento de horários e trajeto total da viagem. Além disso, apesar de existir, a lotação pode ser mais facilmente revertida em ônibus de corredores pela maior flexibilidade dos horários e disponibilidade dos veículos em operação de fato. O tempo que o ônibus fica fora da garagem é melhor aproveitado, já que sem enfrentar trânsito, os veículos de transportes coletivo conseguem fazer mais viagens.

É um recado claro para os responsáveis pelas políticas de mobilidade que a priorização dos transportes, inclusive com a construção de corredores de ônibus, deixou de ser um discurso de especialista e se tornou anseio da população.

CORREDOR ABD TEM MELHOR AVALIÇÃO QUE O METRÔ

Um exemplo de que os corredores de ônibus têm a preferência da população é o sistema operado pela Metra, o Corredor ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, a Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, com extensão entre Diadema (ABC Paulista) e a região do Brooklin, na zona Sul de São Paulo.

De acordo com a pesquisa realizada em 2011, 79% das pessoas aprovam os serviços da Metra, o que indica melhoria em relação ao ano de 2010, quando 70% das pessoas aprovaram os serviços dos ônibus e trolebus do ABC Paulista.

O índice é superior ao da aprovação do Metrô, que conseguiu 74% de avaliações positivas. Em relação ao ano passado, o Metrô teve uma queda na aprovação de 10%. No ano passado, o metrô teve 84% de aprovação.
O melhor índice de aprovação do metrô foi em 1999, quando 96% das pessoas consideravam o sistema ótimo ou bom.
Mesmo com a expansão do metrô, a lotação das composições, problemas operacionais e rede ainda insuficiente colaboram para a queda no índice de satisfação.

Os ônibus intermunicipais da Região Metropolitana tiveram aprovação de 51% em 2011 contra 59% no ano de 2010.
Os trens da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos também tiveram queda na avaliação positiva. Em 2011, 48% aprovaram os serviços contra 54% em 2010. Lotação e intervalo entre as composições foram as principais queixas dos passageiros.

Os ônibus municipais, fora da Capital Paulista, que incluem o ABC e outras regiões tiveram a pior avaliação entre todos os modais: apenas 36% de aprovação em 2011. Uma expressiva queda em relação a 2010, quando foram aprovados por 55% dos entrevistados.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


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Empresas de Transporte Coletivo do Grande ABC preparam pedido de reajuste nas tarifas

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Serão iniciadas nas próximas semanas as negociações entre as empresas de ônibus e as prefeituras da região para discutir os percentuais de reajustes nas tarifas cobradas nas linhas municipais. Segundo o diretor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Grande ABC, Francisco Bernardino Ferreira, as propostas de aumento deverão ser enviadas às administrações até a próxima semana.

Ferreira informa que ainda não é possível adiantar a taxa que será reivindicada pelas companhias. "Cada viação e cada cidade têm a sua realidade. As empresas estão finalizando as planilhas de custos." Na opinião do diretor, o preço da passagem cobrado na região é defasado. "A tarifa pode parecer elevada aos olhos de quem paga, mas quem recebe sabe que ela não recompõe os gastos", acrescenta.

O diretor do sindicato patronal compara os pisos salariais do Grande ABC aos da Capital para ressaltar a necessidade do aumento. Na região, motoristas de veículos leves recebem R$ 1.505, enquanto os de convencionais ganham R$ 2.047. O salário dos cobradores é de R$ 1.182. Em São Paulo, condutores recebem piso de R$ 1.676, enquanto cobradores têm remuneração de R$ 968. "Essa diferença impacta na nossa decisão de pedir reajuste, com certeza. Em São Paulo a Prefeitura subsidia a tarifa, o piso é menor e, ainda assim, a passagem sai a R$ 3, portanto, mais cara do que no Grande ABC.", comenta.

Outro fator apontado pelo dirigente é o excesso de gratuidades, que, segundo ele, não têm os valores repostos pela municipalidade. Apesar das leis municipais que determinam os subsídios, são poucas as cidades que cumprem o compromisso. Em Diadema, a Prefeitura informa que subsidia as passagens de 3% do total de usuários. São Bernardo afirma que 15% da demanda equivale às gratuidades, e que esse montante é compensado à empresa operadora. Mauá e São Caetano não fornecem subsídios. Os demais municípios não responderam aos questionamentos do Diário.

SANTO ANDRÉ

Na terça-feira, a Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André protocolou pedido de aumento de 17,6% no valor da tarifa. Caso o índice seja aceito, a passagem municipal passará dos atuais R$ 2,90 para R$ 3,41.


Informações: Diário do Grande ABC

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SPTrans recomenda: Para as compras na região central utilize o transporte coletivo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Com a chegada da temporada de compras de Natal, a região central é a mais procurada, principalmente  a rua 25 de Março. Pela dificuldade do trânsito na região das lojas, a SPTrans recomenda que as viagens sejam feitas de transporte público, principalmente de ônibus.
Bem próximo à Rua 25 de Março está o Terminal Parque Dom Pedro II, que funciona 24 horas por dia e oferece uma série de facilidades para quem vai fazer as compras. São 93 linhas distribuídas em 7 plataformas, com capacidade para atender a 250 mil passageiros por dia. O terminal oferece serviços como lanchonetes, espaço multi-bancos, banheiros e segurança. Neste terminal, os usuários encontram linhas de todas as regiões da cidade, dezenas da zona leste, do Sacomã, Jardim Celeste, Pinheiros, Butantã, Ceasa, Parque da Lapa, Casa Verde, Cidade Tiradentes, São Mateus, São Miguel, Itaim Paulista, Ermelino Matarazzo, Vila Mara, Jardim Helena, Vila Nova Curuça, Vila Progresso, Jardim Camargo Velho, Conjunto Encosta Norte e Jardim das Oliveiras.
No Terminal Parque Dom Pedro II, existe a interligação com o Expresso Tiradentes, que recebe a demanda da região sul, Terminal Sacomã. O Terminal Sacomã, situado na Rua Bom Pastor, 3000,  opera com 24 linhas municipais e 18 intermunicipais, com uma demanda de 81 mil passageiros por dia e faz o percurso em 14 minutos em média, utilizando ônibus articulados e bi articulados.
Funciona das 4h à 0h, possui 6 plataformas, espaço multi-bancos, banheiros e lanchonetes. Recebe passageiros da região de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, e dos bairros do Parque Bristol, Jardim Celeste, Moema, Penha, Vila Arapuá, Vila Livieiro e Água Funda.
Utilizando o Bilhete Único, as vantagens para as compras se ampliam, já que o passageiro pode realizar quatro viagens de ônibus com o preço de uma passagem, dentro do intervalo de 3 horas para o Bilhete Único Comum, e de 2 horas para os Bilhetes Único Escolar e Vale-Transporte. Se for fazer compras nos domingos ou feriados, o Bilhete Único Comum vale até 8 horas (Bilhete Amigão), desde que a ultima recarga tenha sido de pelo menos 4 tarifas (R$12).
Para informações sobre linhas e trajetos de linhas consulte itinerários ou ligue 156.
Assessoria de Imprensa – SPTrans

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São Paulo: Ônibus intermunicipais serão interligados aos trens e metrôs

domingo, 9 de outubro de 2011

A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos iniciará nos próximos meses a integração entre ônibus intermunicipais, trens e Metrô. Técnicos da Pasta executam adaptações para que o Bilhete de Ônibus Metropolitano possa ser lido pelas catracas instaladas em estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Com isso, o passageiro poderá utilizar apenas um cartão para se deslocar pela Grande São Paulo.

Além das modificações tecnológicas, o início da operação depende de acertos institucionais e jurídicos. "Estamos fazendo as análises para verificar se tudo isso está coerente juridicamente. Quando obtivermos a resposta, implantaremos o sistema 15 dias depois", explicou ontem o secretário Jurandir Fernandes, após fazer palestra para funcionários da EMTU na sede da empresa, em São Bernardo.

Os testes práticos serão iniciados na Barra Funda, Zona Oeste da Capital. A expectativa é que a operação tenha início ainda neste ano. Em seguida, mais 20 estações de grande movimento da CPTM estarão habilitadas a executar as transferências, entre elas, as de Mauá, São Caetano e Centro de Santo André.

A novidade deverá chegar à região até julho. No restante das estações o sistema será implementado até o fim de 2012. A CPTM informa que tem conhecimento sobre os estudos executados, mas que a condução dos trabalhos é feita pela secretaria.

Apesar da facilidade, inicialmente a novidade ainda não representará economia para os passageiros. "No primeiro momento, não iremos dar desconto. O que pensamos é no conforto para o usuário, por ele ter um meio de pagamento único, sem precisar ficar andando com dinheiro, Bilhete Único e o cartão BOM."

O secretário, no entanto, acrescenta que existem planos futuros para a aplicação de descontos na integração. "Essa etapa é mais complicada, pois depende de tratativas caso a caso com as prefeituras. Não há como começar a dar desconto de repente, sem ter a contrapartida dos fundos." Para exemplificar a necessidade de investimentos municipais, Fernandes recorre ao exemplo da SPTrans, empresa que opera o sistema de transportes na Capital. "São Paulo dá desconto na transferência para os ônibus municipais, mas esse dinheiro vem da prefeitura. No orçamento para 2012, são destinados R$ 700 milhões para isso. É maior do que o orçamento de quase todos os municípios da Região Metropolitana."

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos informa que cerca de 510 mil cartões BOM foram emitidos em 2010. No Grande ABC, aproximadamente 600 mil pessoas utilizam ônibus intermunicipais diariamente.

Governo vai enquadrar ônibus intermunicipal

A operação das linhas intermunicipais do lote 5 da Empresa Municipal de Transportes Urbanos será licitada em breve, garante o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. O lote engloba todas as cidades da região e é o único da Grande São Paulo que ainda não tem concessões definidas, o que precariza o serviço e diminui o poder de cobrança por parte do Estado. Desde 2006, a EMTU lançou quatro editais para a concorrência, mas nenhuma empresa participou da disputa.

"Ainda não tem data, mas vai ser feito (o certame). Caso contrário a gente caça todos os contratos", ameaça. A ideia é lançar termo provisório para que as atuais companhias operem até 2016, quando vencem os contratos dos demais lotes. "Nessa fase da permissão, todos os ajustes serão feitos. Os operadores terão de arcar com custeio e manutenção de terminais, além da diminuição da idade média da frota."

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC

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No Grande ABC, Usuários reclamam da qualidade do transporte coletivo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quase 30% da população do ABC - cerca de 700 mil pessoas – depende hoje de ônibus para ir ao trabalho ou passeio. Para o serviço, os municípios disponibilizam 1,2 mil ônibus, com até 4,7 anos de uso.  As passagens mais caras são cobradas em Santo André, São Bernardo e Mauá: R$ 2,90. Diadema e Ribeirão Pires cobram R$ 2,80 e São Caetano, R$ 2,75. Em Rio Grande da Serra, os R$ 2,30 do bilhete não terão  reajuste antes de 2012, conforme licitação.

Entre as tarifas intermunicipais, a praticada no Corredor ABD (que atravessa Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema) está entre as mais baixas: R$ 2,90. Assim, quem faz o percurso Rio Grande da Serra (Centro) a São Bernardo (Terminal Metropolitano) desembolsa R$ 4. Já o trajeto de Mauá (jardim Zaíra) até Diadema (Centro), passando por Santo André (Centro) e São Bernardo (Pauliceia), custa R$ 6,50.
Mesmo com a tarifa cara - opinião defendida por estudiosos e usuários do sistema -, o serviço é sinônimo de reclamação entre os usuários. Ônibus superlotado, desrespeitos dos horários, insegurança, desatenção aos idosos e portadores de necessidades especiais, e falta de educação dos motoristas encabeçam o rosário de queixas feitas por 23 passageiros ouvidos esta semana pelo Repórter Diário nos pontos de ônibus dos sete municípios da região.

Creso de Franco Peixoto, mestre em Transportes e professor da FEI, explica que os contratos acordados entre prefeituras e companhias viárias podem estabelecer cobrança a partir da quantidade de passageiros - o que implica na questão da superlotação - ou levando em conta o montante de ônibus oferecidos - o que pode causar congestionamentos.

“Infelizmente, estatísticas comprovam existência de até 12 passageiros por m² no transporte público”, destaca. Neste caso, quando a fiscalização do poder público não é efetiva, a recomendação é para que a população reclame junto aos órgãos de defesa do consumidor ou no Poder Judiciário, ensina o mestre em Transportes .

A qualidade do serviço seria melhorada a partir da integração total do Metrô com o ônibus BRT (Bus Rapid Transit), segundo o especialista. “Com isso, mais gente usaria o transporte público, que seria eficiente financeiramente”, comenta.

O Consórcio Intermunicipal do ABC discute meios de integrar ônibus municipais e intermunicipais. Porém, mudanças pontuais ainda estão longe de ocorrer, porque a maior parte dos contratos entre as empresas de transporte e as prefeituras tem validade por mais 15 ou até 25 anos.

Sistema não é bem de consumo, diz especialista
Os reajustes das tarifas levam em conta as variações observadas no período, como dissídios coletivos, alta no preço dos combustíveis e dos ônibus, e gastos com manutenção. Segundo Silvana Maria Zione, professora de Planejamento Urbano e Transportes da UFABC (Universidade Federal do ABC), estes itens colocam o transporte coletivo como bem de consumo ao invés de serviço urbano. “Calcular uma tarifa baseada em custos, como na região, é uma ideia deturpada que não encontra paralelo em nenhum lugar do mundo”, comenta.

A especialista defende a inclusão no cálculo do custo-benefício social, que o transporte público propicia. “Até quem não usa ônibus é beneficiado. Se todos optassem pelo transporte individual, não haveria mais mobilidade”, diz, referindo-se ao trânsito. Silvana garante que não existe transporte barato e de qualidade no Brasil e, quando comparado com outros países da América Latina e até mesmo com os Estados Unidos e Europa, o valor cobrado no País é o mais caro.

Silvana observa que o poder aferido às empresas de ônibus no Brasil é curioso. “É vantajoso ter uma empresa de ônibus devido a essa visão neoliberalista de calcular custo da tarifa como se fosse uma produção”, diz.

Intolerância, insegurança e  demora encabeçam queixas
Tarifas elevadas, longos períodos de espera, superlotação, motoristas impacientes e desrespeito aos bancos preferenciais. Essas são algumas das queixas ouvidas pelo Repórter Diário, que conversou esta semana com 23 usuários de ônibus nas sete cidades do ABC.

A superlotação e a quebra constante são as principais reclamações em Diadema, principalmente da linha 22, sentido Terminal Diadema. “Os ônibus são verdadeiras sucatas, vivem quebrando e demoram muito para passar, principalmente finais de semana”, enfatiza o aposentado José Carlos Silva.

Em São Caetano, a linha com mais reclamações foi a Boa Vista. Segundo a recepcionista Alessandra Basilio, ela já ficou 40 minutos no ponto à espera de ônibus. “Os veículos não possuem limpeza adequada e o preço da passagem não é justo”, pontua.

Em Rio Grande da Serra, a principal queixa é a demora do ônibus. A aposentada Odete Brito afirma que a culpa é da fiscalização ineficiente. “Para a linha da Vila Niwa sair da estação, os fiscais esperam cinco trens chegarem, aí já está tudo lotado”, reclama. “Todos os horários estão dentro da normalidade”, se defende Leandro Ricardo Pereira, sócio-proprietário da empresa Talismã.

A espera também é alvo de reclamações em Mauá. “Se tivesse ônibus toda hora, o preço da passagem valeria a pena, mas não tem”, conta Nelsi Lopes, aposentada. Para Hélio José da Rocha, auxiliar de pedreiro, a demora resulta na superlotação.

Além da demora, os usuários de Ribeirão Pires reclamam da má educação dos motoristas. “Os motoristas correm muito e não têm educação com os idosos”, afirma Maria de Fátima dos Santos, cabeleireira.

O tempo de espera nos horários de pico também é queixa em São Bernardo. Luzinete Paulo dos Santos, auxiliar de serviços gerais, afirma que os ônibus nunca têm horário para passar. “Passa ônibus para o inferno, mas não passa para a Balsa”, esbraveja .

De acordo com Maria do Socorro dos Santos, cobradora de ônibus, falta segurança para os motoristas e cobradores trabalharem. “Nós não temos segurança, as linhas que passam pela rua dos Vianas são sempre assaltadas”, conta.
Segundo Nilson Mattioli, gerente de Planejamento da SBCTrans, em 2011 foi registrada média de seis assaltos/mês, já em 2010 a média era de 12.

Idosos
Os idosos, que muitas vezes têm dificuldades em realizar atividades simples, como subir em ônibus, reclamam do descaso. “Tenho problema de artrose e muitas vezes os motoristas nem esperam a gente subir no ônibus, fico até com medo”, afirma Odete Teixeira, aposentada de 79 anos.

Naul Teixeira, aposentado de 61 anos, conta que os motoristas não param nos pontos. “Eles demoram muito e como eu uso bengala, os ônibus não param, eles sempre me deixam no ponto”, reclama.

Segundo Odete, os assentos preferenciais são outro problema. “Outro dia o ônibus estava lotado e uma moça colocou a criança num assento, esperei três pontos e pedi para sentar, pois aquele lugar era reservado para mim”, conta a idosa.

Consórcio prepara edital para integração regional
A tão esperada integração entre os ônibus das sete cidades do ABC depende do resultado de pesquisa sobre o transporte coletivo e a mobilidade na região. Porém, o documento, que apontará a viabilidade técnica e financeira destas conexões, não tem data para ser finalizado.   

Andréa Brísida, coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, diz que o edital do estudo está em fase de elaboração. “O Consórcio está solicitando verba ao Estado para viabilização, que nos dará um raio-x da mobilidade do ABC e nos dirá se é ou não viável e o que temos de fazer para integrar os ônibus da região”, explica.

A expectativa é finalizar o processo licitatório nos próximos dois ou três meses para, a partir daí, contratar o estudo. “Quando o levantamento começar, imaginamos que em seis meses fique pronto para, então, estabelecermos cronograma de trabalho”, explica.

Apesar de ainda não haver nada palpável, Andréa está otimista quanto à integração. “O transporte caminha para isso, a integração. Esta é a solução para o trânsito, pois temos de tornar o sistema atrativo para que a população deixe o carro em casa”, analisa. “Porém, não podemos iludir, pois é algo de médio ou longo prazo, devido a implicações técnicas e jurídicas, como tarifas e contratos de cada município com as empresas”, adianta.

Integração metropolitana
Além da integração municipal, que envolve apenas os ônibus em circulação, o Consórcio tenta tirar do papel a integração metropolitana, que também agrega ônibus da EMTU, trens da CPTM e o Metrô. “Esta ação é um pouco mais complicada, pois precisa de negociação com o Estado. Estamos fazendo isso, mas a municipal é mais viável”, conta a coordenadora.

Mais de 670 mil utilizam 1.232 ônibus por dia no ABC
Cerca de 27,2% da população da região utiliza o transporte público todos os dias. São mais de 667 mil passageiros que trafegam de 1.232 ônibus pelas cidades do ABC, exceto Rio Grande da Serra, que não respondeu à reportagem.

Santo André possui a maior frota, com 402 veículos e até o final do ano mais 10 novos entram em circulação. A idade média da frota é de 3,5 anos. Duas empresas prestam serviço de transporte na cidade: Expresso Guarará e Consórcio União Santo André (composto por mais seis empresas).

De acordo com Paulo Lemos de Oliveira, diretor da SA-Trans, órgão gerenciador dos transportes públicos do município, o contrato de concessão com as duas empresas acaba em 2023. “No caso da Guarará, o contrato prevê renovação por mais 25 anos e com o Consórcio União Santo André a renovação pode ser feita por mais 15 anos. Esta possibilidade, porém, fica sujeita à avaliação da Administração”, relata. Ambas as empresas repassam 2% da arrecadação à SA-Trans.

Em São Bernardo, que possui a mesma média diária de passageiros que Santo André - 215 mil usuários – são 367 veículos. A idade média da frota é de 4,7 anos. Apesar de possuir um território maior do que a cidade vizinha, São Bernardo tem 35 ônibus a menos que Santo André. O serviço é prestado pelo Consórcio SBC Trans, cujo contrato com a Prefeitura vence em 2013, mas pode ser renovado por mais cinco anos. A concessionária paga 0,5% da arrecadação a título de outorga variável.

Em Mauá, 128 mil passageiros circulam pelo serviço municipal de transporte, prestado pela Leblon e Viação Cidade de Mauá, que assinaram contrato de 10 anos: primeira em 2010 e a Cidade de Mauá em 2009. Segundo a Administração, Mauá tem uma frota fixa de 200 veículos, 140 deles novos. As empresas repassam um valor fixo por ônibus, montante que está em fase de reformulação, em virtude do recente aumento da tarifa. Além disso, recolhem 4% do faturamento equivalentes a ISS e repassam 10% dos valores obtidos com a exploração da publicidade.

No Em Diadema, a ETCD (Empresa de Transportes Coletivos Diadema) e a Viação Imigrantes transportam 72 mil passageiros/dia. Mas a empresa deixará de operar no município em novembro, quando entrará em vigor o contrato com a Transportadora Turística Benfica Ltda. O contrato foi assinado em julho. Já com a Viação Imigrantes, o contrato foi assinado em 2003, por 15 anos, prorrogáveis por mais cinco. Diadema possui atualmente 168 veículos. Os ônibus têm de zero a 10 anos, com idade média de quatro anos.

Em São Caetano, os 21 mil passageiros diários utilizam a frota de 50 veículos, todos equipados com GPS e de propriedade da empresa Vipe. O contrato vence em 2017 e o repasse é de R$ 21 mil por ano.

A menor e mais nova
Com a idade mais nova da frota e a menor do ABC, Ribeirão Pires conta com 45 veículos, com idade média de uso de 2,2 anos para transportar média de 17 mil passageiros. O serviço é prestado pela Rigras Transporte Coletivo e Turismo, cujo contrato vence em 15 anos. A empresa começou a operar no município em abril deste ano, com previsão de repasse anual para os cofres públicos de pouco mais de R$ 1 milhão.

Fala Povo
“Acho o degrau do ônibus alto demais para idosos e deficientes físicos, mas nunca tive problemas com os motoristas”. - Moacir Pereira de Andrade, aposentado, de Rio Grande da Serra.
“Sempre à tarde é muito cheio, mas acho o valor da passagem, justo. Sem dúvida a linha que dá mais problema é a da Santa Luzia”. - Alzenir Souza Santos, balconista, de
 Ribeirão Pires.
“A linha que dá mais problema é a 22, sentido terminal Diadema. Os ônibus estão sempre quebrados e sujos”. - Jeane Maria, dona de casa, de Diadema.
“A tarifa está muito alta e o ônibus está sempre lotado. Nunca tem lugar para sentar, principalmente na linha 39, da Represa”. - Guilherme Soares, estudante, de São Bernardo.





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Corredor ABD (Diadema-São Paulo) é mais lento no trecho da Capital

domingo, 31 de julho de 2011

O Corredor Diadema-São Paulo da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, que liga o Grande ABC ao Morumbi, na Zona Sul da Capital, completa hoje seu primeiro ano de funcionamento, mas tendo só a pouca idade para comemorar. A extensão é mais lenta e sofre mais interferência do trânsito do que o restante do modal, o Corredor Metropolitano ABD, que conecta os bairros de Jabaquara e São Mateus, também em São Paulo, passando por Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá.

Pelos 12 quilômetros do Corredor Diadema-São Paulo, nos horários de pico, os ônibus não atingem mais do que 17 km/h. Com essa velocidade, os coletivos precisam de 42 minutos para percorrer todo o trajeto, do Terminal Diadema até a Estação de Transferência Morumbi da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos.

Pelo Corredor Metropolitano ABD, que está em operação desde o fim da década de 1980, o mesmo ônibus consegue chegar a 20 km/h, bastando 36 minutos para cumprir o itinerário de 12 quilômetros.

O cálculo das velocidades médias é da EMTU. A empresa tem explicação para a alteração do desempenho nos dois sistemas, que são complementares.

"Essa diferença se deve principalmente às características físicas dos dois trechos, pois no primeiro (Corredor Diadema-São Paulo), os ônibus circulam de forma compartilhada com as linhas municipais, por faixa exclusiva, no canteiro central da via, ao contrário do Corredor Metropolitano ABD, que é totalmente segregado, sem qualquer interferência do tráfego geral."

INTRUSOS
Além de isolar o acesso de carros e motocicletas, deixando o caminho livre para os ônibus, pelas faixas do Corredor Metropolitano ABD só circulam veículos metropolitanos e não rodam os ônibus que cumprem as linhas municipais das prefeituras do Grande ABC.

Já no Corredor Diadema-São Paulo, as linhas metropolitanas dividem a faixa com ônibus municipais da prefeitura de São Paulo. A interferência do restante do trânsito também é maior, pois os coletivos são separados dos carros e motos apenas pela sinalização.


Por isso, é comum flagrar outros veículos no local que deveria ser só dos ônibus. Em um semáforo da Avenida Cupecê, a equipe do Diário contou oito motos, que, assim como os carros, invadem a faixa dos coletivos para fazer ultrapassagens e ganhar velocidade, aumentando o risco de acidentes.

Responsável pela fiscalização, a Companhia de Engenharia de Tráfego aplicou, entre agosto de 2010 e junho deste ano, 3.734 multas por invasão à faixa exclusiva de ônibus - média de 12 por dia.

A travessia de pedestres fora da faixa também é corriqueira. Em diversos pontos, o gradil está danificado, permitindo que as pessoas atravessem em local proibido. Segundo a EMTU, as estruturas serão reparadas.

BENEFÍCIO

Para melhorar o desempenho dos coletivos no Corredor Diadema-São Paulo, a EMTU informou que está "desenvolvendo estudos, em conjunto com a SPTrans, buscando principalmente a produtividade do sistema, ou seja, maior velocidade comercial dos ônibus."

A abertura do corredor fez aumentar o número de passageiros por hora. Segundo a EMTU, a demanda cresceu de 14 mil para 22,5 mil usuários a cada intervalo de 60 minutos, em dias úteis.

Acrescentando os ônibus da Capital, o serviço, que demorou 20 anos para ser inaugurado, transporta 167 mil pessoas por dia.


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Em Mauá, Prefeitura vai mudar a cor dos ônibus municipais

sábado, 16 de julho de 2011

Até outubro, todos os ônibus municipais de Mauá terão a mesma pintura. O objetivo, segundo a Prefeitura, é uniformizar o sistema de transporte na cidade e evitar confusões entre passageiros. Atualmente, os veículos da Viação Cidade de Mauá, que opera o lote 1, são brancos e vermelhos, com detalhes em azul. Já os carros da Leblon (lote 2) são pintados nas cores prata e azul.

A administração informa que o novo design dos coletivos ainda está em fase de desenvolvimento e que o esquema de cores irá mesclar as atualmente utilizadas pelas empresas. A Prefeitura diz ainda que o novo lay-out irá seguir as cores do brasão do município, que possui tons de cinza, azul, vermelho e amarelo. O Diário apurou, no entanto, que provavelmente o vermelho irá prevalecer nas latarias. O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias, é filiado ao PT, partido que utiliza o vermelho na logomarca.


As duas companhias deverão ser notificadas sobre a mudança ainda neste mês. A estimativa do Executivo é de que, no fim de agosto, metade dos coletivos estejam adequados ao novo padrão.
"A mudança da programação visual dos ônibus municipais tem o objetivo de estabelecer no sistema uma imagem associada à confiabilidade e à credibilidade no transporte público", comenta o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos.
A Leblon afirmou que só irá se posicionar sobre a medida após ser notificada oficialmente. O proprietário da Cidade de Mauá, Baltazar José de Souza, não foi encontrado para comentar o assunto. 

LEGISLAÇÃO
O professor da
Faculdade de Direito de São Bernardo André Castro Carvalho, especialista em direito público, ressalta que a mudança da pintura deve ser motivada pelo interesse público. "Se os usuários estiverem se confundindo com as cores diferentes, tudo bem. O problema é se a mudança tiver ligação com a identificação de partidos." Carvalho alerta que, se for comprovada a motivação eleitoreira, o Ministério Público pode multar o município ou solicitar nova mudança na identificação visual.

Este não é o primeiro caso de mudança nas cores dos coletivos da região. Em 2009, após o prefeito Aidan Ravin (PTB) tomar posse, os ônibus de Santo André passaram a ter faixas azuis e amarelas. Na gestão de João Avamileno (PT), as faixas eram vermelhas e azuis. Outro caso ocorreu em São Bernardo, na década de 1990. Após a privatização da ETCSBC, o então prefeito Maurício Soares (à época no PSDB) mandou que os coletivos da SBCTrans fossem pintados nas cores amarelo, azul e branco. Antes, os ônibus eram verde e branco.

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Mauá e Santo André estão agora com linhas de ônibus 24 horas

domingo, 3 de julho de 2011

Passageiros de ônibus moradores dos bairros Itapeva e Zaíra, em Mauá, ganharam opção de transporte coletivo durante a madrugada. A Prefeitura criou as chamadas Linhas Corujão, que irão atender toda a extensão das avenidas Castello Branco e Barão de Mauá. O preço da passagem é R$ 2,50, mesmo valor cobrado nas tarifas convencionais dos coletivos municipais.
Os ônibus das Linhas Corujão farão três partidas durante a madrugada, de hora em hora, da 1h às 3h, em todos os dias da semana. A Prefeitura ainda não tem estimativa de quantos passageiros utilizarão o serviço. No entanto, o secretário de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos, acredita que haverá número suficiente de pessoas para que os coletivos saiam com todos os bancos preenchidos. Na avaliação da Prefeitura, o número de usuários tende a ser crescente conforme a população tomar conhecimento sobre o novo serviço.
Uma das linhas, a que chega ao Terminal Itapeva, será operada pela Viação Cidade de Mauá, enquanto a Leblon será a responsável pela linha do Jardim Zaíra.
"O objetivo da criação dessas linhas é captar o residual de demanda de pessoas que precisam utilizar o transporte público durante a madrugada de uma forma geral, como trabalhadores que têm jornada de trabalho estendida", explica o secretário.
Outro tipo de público que as linhas pretendem atender, principalmente nos feriados e fins de semana, são os frequentadores de bares e restaurantes no Centro. Moreira dos Santos avalia que o serviço pode contribuir para reduzir o número de acidentes automobilísticos ocorridos durante a madrugada.
"O pessoal que estiver em um bar no Centro e tomar uma cerveja não precisará pegar o carro ou pagar um táxi para voltar para casa." Na avaliação do secretário, a iniciativa é importante para alertar a população de que "o ônibus é o melhor meio de transporte".

O titular da Pasta explica que os dois bairros foram escolhidos por abrigarem grande concentração de moradores. Após avaliação do funcionamento do serviço, a administração estudará a necessidade de expansão do Corujão para outros bairros do município.
Para garantir a segurança dos passageiros durante a viagem, a Prefeitura diz ter feito contatos com a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal, de modo que as corporações tenham conhecimento da novidade.

Sto.André também tem itinerários noturnos

Além de Mauá, Santo André já disponibiliza ônibus durante as madrugadas. No município, cinco itinerários funcionam após o encerramento das atividades dos trajetos convencionais, por volta da 1h.
As linhas que fazem esse serviço são a I-02 (Cidade São Jorge/Jardim Ana Maria), I-04 (Jardim Las Vegas/Parque Capuava), T-15 (Hospital Mário Covas/Estação de Santo André), T-29 (Vila Suíça/Estação de Santo André - Via Condomínio Maracanã) e AL-115 (Represa/Estação de Santo André - Via Clube de Campo). Os ônibus partem de uma em uma hora, da 0h às 4h. Segundo a Prefeitura, aproximadamente 242 pessoas utilizam o serviço diariamente nas cinco linhas.

A Prefeitura de São Bernardo disponibiliza serviço noturno em duas faixas de horário, da 0h à 1h e das 4h às 5h. No primeiro horário, quando funcionam 14 linhas, a demanda diária é de 1.500 pessoas, enquanto no segundo, com 38 linhas, o movimento é de 6.000 passageiros por dia.
Em Diadema, apenas uma linha, a 11EP (Vila Paulina-Terminal Piraporinha) começa a operar antes das demais. A partida é às 3h50, e os ônibus deixam de circular à 0h50.
O serviço noturno não existe em São Caetano. As cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não informaram se o transporte é realizado durante a madrugada.


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Greve de ônibus no ABC continua nesta quinta-feira

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cerca de 200 mil pessoas estão sendo prejudicadas pela greve dos motoristas e cobradores de ônibus nesta quinta-feira (2). Este é o segundo dia de paralisação da categoria em sete cidades da região - Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Por volta das 6h30, havia uma grande movimentação de passageiros do lado de fora do Terminal Santo André sem saber o que fazer. A greve afeta as linhas de ônibus municipais e intermunicipais e os trólebus. No terminal, apenas três linhas operavam normalmente – Sacomã, São Caetano e Aeroporto de Congonhas. Só 15% da frota de trólebus estava em operação.
Em um dos terminais de São Bernardo do Campo, as plataformas estavam vaziais e os usuários recorriam à carona ou à bicicleta para chegarem a seus destinos nesta manhã. Alguns seguiam a pé.
A EMTU informou que das 19 empresas do ABC, três operavam normalmente e outras três com 40% da frota. As demais estavam em greve.
A EMTU informou ainda que obteve na noite desta quarta-feira (1º), na Justiça, uma liminar que garante a operação de 80% dos ônibus. Quem descumprir receberá uma multa de R$ 220 mil por dia.
Motoristas e cobradores devem se reunir novamente com as empresas de ônibus às 14h desta quinta-feira para uma nova negociação. A categoria reivindica 15% de reajuste, mas os empresários do setor só ofereceram 8%.


Fonte: G1.com.br

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Em São Paulo, Motoristas decidem manter a greve de ônibus

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Foto: André Vicente/Folhapress
Os passageiros de ônibus da região do Grande ABC terão mais transtornos nesta quinta-feira. Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, os rodoviários da região decidiram manter a greve iniciada hoje à 0h. A paralisação atinge ônibus municipais e intermunicipais de sete cidades. Outro probema para a região é a greve de ferroviários da CPTM, que também irá se estender até quinta-feira.
Motoristas e cobradores não aceitaram a proposta de reajuste salarial de 8%, oferecida pelos empresários. Os trabalhadores exigem aumento de 15%. Uma nova assembleia está marcada para às 15h desta quinta-feira.
Em outras regiões, como Santo André e São Bernardo do Campo, os ônibus operam com restrições. A categoria rejeitou proposta de aumento salarial de 8% apresentada pelos empregadores na noite de terça-feira (31). Eles reivindicam 15% de reajuste, além de melhorias trabalhistas.
Nesta quarta-feira, não estavam em circulação ônibus das frotas de coletivos municipais e intermunicipais em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Segundo o sindicato, as cidades de Mauá e São Caetanos foram as mais afetadas, onde não havia ônibus circulando.
Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP) aproximadamente 200 mil passageiros são afetados afetados. Em nota divulgada nesta quinta-feira, a empresa explica que das 19 permissionárias gerenciadas por ela, quatro estão com a operação normal e uma parcial. A concessionária Metra, que opera o Corredor Metropolitano ABD, está funcionando com 75% da frota.


Fonte: Ultimo Segundo

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Em Santo André, Adesão a greve de ônibus chega a quase 100%

A greve de ônibus deflagrada à 0h desta quarta-feira na região atingiu 100% de adesão em Mauá. A segunda cidade mais afetada é Santo André, com 95% da frota paralisada, seguida por São Caetano (90%), São Bernardo (85%), Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (ambas com 50%), segundo o Sindicado dos Rodoviários do Grande ABC. Em Diadema, as empresas de ônibus não aderiram à greve.

Ainda de acordo com o sindicado, até o momento a categoria não recebeu nova proposta dos empresários, bem como notificação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Uma nova assembleia está agendada para as 17h.

A circulação de trólebus foi afetada parcialmente — 70% da frota está operando. Já os trens da linha 10 Turquesa (Luz - Rio Grande da Serra) operam normalmente, com reforço de policiais militares nas estações.
Santo André montou um esquema especial para monitorar o trânsito hoje. Ao todo, 30 agentes circulam pelos pontos mais críticos da cidade e, em caso de necessidade, ficam no local para minimizar o problema. São Bernardo e São Caetano, por sua vez, mantiveram o mesmo efetivo, com 45 e 12 agentes, respectivamente, em operação.
No início da manhã, a situação era complicada nos principais terminais da região. Em São Bernardo, circulam apenas ônibus municipais, porém em quantidade reduzida. No Terminal Rodoviário, os pontos estavam lotados e havia ônibus para os terminais Diadema e Jabaquara.
O Terminal Central de Santo André estava repleto de pessoas atrasadas para seus compromissos. Na cidade, circulam apenas ônibus municipais, também em quantidade reduzida. O policial militar Mélio Daniel Perambane, 29 anos, trabalha em Andradina, no interior de São Paulo, e mora no Centro de Santo André. Sem saber da paralisação, ele chegou ao terminal por volta das 7h e estava há mais de quarenta minutos no ponto de ônibus.
Em Mauá, usuários da CPTM foram a pé até a estação. Algumas pessoas recorreram a vans, kombis e até a veículos de passeio, que cobraram de R$ 3 a R$ 3,50 pelo transporte. As avenidas Presidente Castelo Branco e do Estado registraram congestionamento.
A aglomeração também era grande no Terminal Piraporinha, em Diadema. Os veículos passavam lotados e dificilmente paravam nos pontos. Uma alternativa para chegar ao metrô é pegar no Terminal Metropolitano de Diadema o ônibus 279 (Diadema/São Paulo) da Viação Imigrantes, que leva à estação São Judas, na Zona Sul da Capital. A integração é gratuita.
Em São Caetano, não há registro de lentidão, bem como aglomeração na estação rodoviária. Ficaram nas garagens tanto ônibus municipais, quanto intermunicipais. (Com informações de Camila Brunelli, Henrique Munhos e Renan Fonseca)


Fonte: Diário do Grande ABC

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Em São Paulo, Ainda falta criar muitos corredores de ônibus na Região do ABC

terça-feira, 26 de abril de 2011

Apesar do aumento nos problemas do trânsito na região, as prefeituras pouco fazem para priorizar o transporte coletivo, solução apontada por especialistas como a ideal para melhorar a mobilidade urbana. Com exceção do trólebus, que é de responsabilidade da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano), as cidades do Grande ABC têm apenas 4,8 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus.

Santo André tem o maior corredor. Com 4,1 quilômetros, a faixa liga o Terminal Vila Luzita à Avenida Santos Dumont. Já Diadema possui três pequenas faixas exclusivas nas avenidas Alda e São José e Rua Graciosa. Juntas, as pistas somam pouco mais de 800 metros. São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires não têm corredores. Mauá e Rio Grande da Serra não se manifestaram. O número total de faixas exclusivas é baixo se comparado à quantidade diária de
passageiros que utilizam os coletivos - cerca de 600 mil.


Para o professor de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e especialista em transportes Creso Peixoto, o poder público deve priorizar o deslocamento em massa. "Mesmo em avenidas com só duas pistas, não é errado colocar faixa exclusiva de ônibus. Precisa tirar o espaço do automóvel e aumentar o do transporte coletivo. Mesmo que isso desagrade os motoristas, no futuro será assim", avaliou.


O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC, Marcos Antônio Aleixo, concorda com a necessidade da criação dos espaços exclusivos. "Isso incentivaria o uso do transporte público e tiraria carros das ruas. Sempre reivindicamos isso em nossas campanhas."

PROJETOS

Apenas São Bernardo e São Caetano manifestaram intenção de criar corredores. Em São Bernardo, a Prefeitura disse ter projeto para construção de 11 faixas exclusivas. Já São Caetano informou que está elaborando o Plano Diretor de Mobilidade Urbana e que o assunto faz parte da discussão.

São Paulo aumenta número de pistas para coletivos

Para dar mais fluidez ao trânsito da Zona Sul, a prefeitura de São Paulo abriu ontem faixa exclusiva para ônibus na Rua Domingos de Morais, na Vila Mariana. Os carros de passeio ficarão proibidos de circular na faixa de rolamento de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h e das 17h às 20h. Passam pelo local 13 linhas de ônibus municipais.

O especialista em transportes Creso Peixoto, professor do curso de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana), avaliou que a criação do corredor se deve à saturação do Metrô. "O Metrô passa por baixo da Domingos de Morais. O fato de o ônibus correr em paralelo ao traçado do Metrô indica sinais de saturação", analisou. O local é atendido pela linha 1-Azul, que liga as estações Jabaquara, na Zona Sul, e Santana, na Norte.

Outras vias da Capital também possuem corredores exclusivos, como as avenidas Nove de Julho, Santo Amaro e Rebouças. Nesses locais, é permitida a passagem de veículos oficiais, ambulâncias, viaturas policiais e de bombeiros e táxis com passageiros a bordo.





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Londrina reduz valor da passagem de ônibus

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Enquanto em Curitiba se discute o possível aumento na pasagem de ônibus, Londrina vai reduzri a tarifa. O prefeito Barbosa Neto (PDT) sancionou nesta quinta-feira (24) a Lei nº 11.123, de 23 de fevereiro, que prevê o subsídio de R$ 6.332.000,00 para o Sistema Público de Transporte Coletivo, garantindo a redução da tarifa para R$ 2,20, cinco centavos a menos do que o praticado no momento. A tarifa passa a ser cobrada na catraca a partir da zero hora de domingo (27).
De acordo com a planilha elaborada pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) o valor da tarifa no município passaria a ser R$ 2,35, um aumento de 4,25%.  No entanto, diferentemente do que tem ocorrido em grande parte dos municípios do país, o prefeito Barbosa Neto decidiu subsidiar parte do custo do sistema, o que possibilita a redução da tarifa de R$ 2,35 para R$ 2,20, uma redução de 6,38%.
O subsídio corresponde aos valores das isenções de 50% concedidos aos estudantes e 100% concedidas aos aposentados por invalidez, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes em situação de risco e pessoas em tratamento contínuo, previstas na lei 10.962/2010. De acordo com dados da CMTU, em Londrina 5.438 pessoas são beneficiadas com 100% da isenção e 28.066 estudantes têm direito a pagar metade do valor da tarifa.
Barbosa Neto citou o impacto imediato da redução da tarifa no bolso do usuário. No mês inteiro, a economia é de R$ 8, valor que sobe para R$ 95 se o ano inteiro for levado em consideração. “Pode parecer pouco, mas enquanto grandes cidades do Brasil aumentam a passagem, nós seguimos o caminho inverso. Queremos que o transporte coletivo seja adotado cada vez mais como política municipal de nossa administração”, disse o prefeito.
O subsídio das isenções por parte do poder público é inédito no município e segue o que há de referência em política pública em transporte coletivo. Até então o valor das isenções era pago pelos usuários pagantes do sistema de transporte coletivo, ao transferir estes pagamentos para o orçamento da prefeitura tornou-se possível a redução da tarifa para R$ 2,20.
O projeto encaminhado pelo Executivo e aprovado pela Câmara de Vereadores, prevê o subsídio da tarifa com recursos da arrecadação do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis). A redução da tarifa traz benefícios para todos os usuários que utilizam do transporte coletivo em Londrina, cerca de 80 mil pessoas, o que significa uma grande conquista para a cidade.
De acordo com o diretor de Trânsito da CMTU, Wilson de Jesus, a redução da tarifa não acontecia há 40 meses. “O prefeito Barbosa Neto recompôs um desequilíbrio financeiro com os dois reajustes de seu governo. Fizemos isso com muito cuidado na apuração dos custos para os cofres municipais. O preço da tarifa que começa a ser praticado no domingo é ainda menor do que o valor aprovado anteriormente”, comentou.
O município está, dessa forma, na contramão das grandes cidades do país, que reajustaram suas tarifas. Em Florianópolis, a passagem de ônibus coletivo passou de R$ 2,20 para $ 2,52; em Belo Horizonte de R$ 2,30 para R$ 2,45; São Caetano de R$ 2,30 para R$ 2,75; Santo André de R$ 2,75 para R$ 2,90; Rio de Janeiro de R$ 2,35 para R$ 2,50; Guarulhos de R 2,75 para R$ 2,90; Diadema R$ 2,50 para R$ 2,90; Salvador de R$ 2,30 para R$ 2,50 e São Paulo de R$ 2,70 para R$ 3,00.
O diretor de Trânsito da CMTU lembrou que Londrina tem buscado inovações no sistema de transporte coletivo, como a implantação das faixas exclusivas, que tiveram uma avaliação extremamente positiva dos usuários; a aquisição de ônibus com certificação de redução de emissão de poluentes e adaptados para pessoas com deficiência; e agora com a redução da tarifa. 
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon), Gildalmo Mendonça, a decisão de subsidiar a redução da tarifa era uma medida solicitada pelo sindicato há 14 anos. “Barbosa Neto teve sensibilidade ao acatar o nosso pedido. É importante ressaltar que a lei beneficia todas as pessoas que utilizam o transporte coletivo”, comentou.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintrol), João Batista, o subsídio representa um grande avanço no transporte coletivo. “As isenções não devem passar pelo bolso de quem paga o preço normal da tarifa”, argumentou.

Fonte: Bem Paraná

Video: Paraná TV

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