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Em São José dos Campos, Fiscalização nos corredores de ônibus começarão no dia 16

domingo, 1 de setembro de 2013

Um mês após implantar corredores preferenciais ou exclusivos para ônibus e alternativos na região central de São José dos Campos, a prefeitura anunciou nesta sexta-feira (30) que vai iniciar no próximo dia 16 a fiscalização com aplicação de multas nas vias que adotaram o modelo. Inicialmente, as autuações contra os motoristas que utilizarem indevidamente os corredores serão responsabilidade dos agentes de trânsito. A Secretaria de Transportes ainda não definiu os critérios para multar os infratores.

Segundo o secretário de Transportes, Wagner Balieiro, os critérios para fiscalização vão variar conforme as características dos corredores. Ele garantiu que as regras serão estabelecidas e os agentes treinados antes do início da fiscalização, mas por enquanto não está definida a extensão do trecho ou o tempo de permanência que o motorista dos veículos de passeio poderá utilizar as faixas exclusivas para conversões e acesso a garagens e estabelecimentos.

Mesmo assim, o secretário acredita que não haverá dificuldade na identificação dos  infratores. "Facilmente é possível identificar, pela observação. De qualquer maneira, ainda vão ser estabelecidas as regras", disse ao G1.
Um dos pontos considerados mais polêmicos quanto à fiscalização é a avenida Adhemar de Barros, na Vila Adyana. No local, a faixa exclusiva ocupa a parte central da pista, o que obriga os motoristas, durante conversões ou mudança de faixa, a cruzarem o corredor de ônibus. "O critério de fiscalização vai variar conforme o local, mas no caso da Adhemar, eu adianto que caso um motorista que for observado trafegando por dois quarteirões contínuos na faixa de ônibus, por exemplo, vai ser obviamente autuado", disse.

A infração é considerada média, com penalidade de multa no valor de R$ 85,13 e a perda de quatro pontos na carteira. A definição geral para aplicação da multa é a utilização do corredor de ônibus pelo motorista em situações às quais ele não precisaria para manobras como conversões e acessos aos estacionamentos.

Para Ronaldo Garcia, especialista em engenharia de tráfego, os critérios para aplicação de multas precisam ser claros. "Acredito que a campanha não tenha sido efetiva a ponto de se começar a multar. Além disso, antes de começar a multar, as regras precisam ser divulgadas e informadas com clareza. Apesar do oficial receber o treinamento, de maneira nenhuma essa avaliação do que é passível de multa ou não pode ser subjetiva", disse o especialista.

Ele explicou ainda quanto a sinalização horizontal (chão), que nos locais onde é possível o motorista atravessar a faixa para as conversões, a faixa pintada não pode ser contínua. "A faixa contínua não permite esses acessos dos demais veículos. Teria que ser uma faixa com pontos de interrupção", explicou.

Radares
Ainda sem prazo definido, a próxima etapa para reforçar a fiscalização nos corredores será a implantação de radares. A estimativa é que sejam instalados entre 25 e 30 equipamentos em uma faixa de 8,6 quilômetros de extensão. Será aberta uma licitação para a instalação dos aparelhos e não há estimativa do custo. O modelo é utlizado em outras cidades do país que adotaram faixas exclusivas para coletivos.

A fiscalização feita pelos agentes não deve contar com força-tarefa nos primeiros dias. "Será o trabalho rotineiro, como é feito em toda a cidade pelas nossas equipes", explicou Balieiro.

Tempo de viagem
Ao todo, os corredores foram implantados em 10 avenidas da região central. Por esses corredores trafegam cerca de 70% das linhas de transporte público que circulam na cidade.

O objetivo da prefeitura com a implantação era que a velocidade média dos coletivos no horário de pico aumentasse de 9 km/h e 12 km/h para chegar a até 23 km/h, para diminuir o tempo de viagem e a espera dos usuários.

De acordo com a prefeitura, um balanço mostrou que houve aumento da velocidade dos ônibus nestes corredores de pelo menos 34% nos corredores - a viagem foi reduzida entre 8 e 15 minutos em média. Cerca de 160 mil moradores usam o transporte público por dia na cidade, segundo estimativa da prefeitura.

Por Suellen Fernandes
Do G1 Vale do Paraíba e Região
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Prefeitura de São José dos Campos estuda criar corredor exclusivo para ônibus

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Para tentar resolver o problema, a prefeitura estuda implantar, ainda esse ano, corredores exclusivos para o transporte publico.

Os ônibus coletivos de São José dos Campos transportam por dia 250 mil pessoas. São 86 linhas e 392 carros, 100 a mais que em 2008, quando foi feita uma licitação para o transporte público. De lá pra cá o preço da passagem foi reajustado duas vezes. Nas ruas, o aumento não foi bem recebido. "Eu acho um absurdo", conta uma moradora.

Passageiros acham que pagam caro para muita espera nos pontos. "40 minutos no ponto, já", declara uma passageira. Reclamam ainda de ônibus cheios nos horários de pico. E da falta deles à noite. No fim de semana, a situação piora.

A principal reclamação de quem anda de ônibus é a falta de integração entre as linhas. Hoje, apenas 45% delas são integradas. A prefeitura prometeu 10 estações de conexão, espalhadas pelos bairros. Apenas uma foi feita e ela não foi aprovada pelos moradores.

A estação fica no Campos de São José, na região leste. "Pra mim, não foi bom", conta uma moradora. Duas linhas principais ligam o bairro ao centro.

Algumas pessoas não conseguem usar a integração por causa do tempo gasto dentro do ônibus e a espera na estação. O secretário de transportes, Anderson Ferreira, disse que a integração total das linhas será feita ainda esse ano. "A nossa expectativa é: a empresa nova começa a operar em 7 de fevereiro, e que a gente consiga em 60 dias concluir todos os estudos, programar todas as linhas pra que a gente inicie a integração total na cidade", explicou o secretário.

O especialista Emanuel Dos Santos diz que só a integração não vai resolver o problema da locomoção na cidade. Para ele, será preciso planejar um transporte de massa. "Transportar muitas pessoas, num tempo menor, e em longas distâncias. É necessário ter vias exclusivas em um sistema de controle semafórico, com preferência sempre para o transporte coletivo".

"O plano para transporte de massa precisa de um investimento maior, para longo prazo. O plano de corredores a gente começa a fazer testes em 2011, na região leste e zona sul", garantiu o secretário.

Sobre a reclamação de ônibus lotados, demora e falta de linhas, o secretário informou que a prefeitura vai investir em novos horários e itinerários. E que iniciou uma pesquisa pra levantar os principais destinos dos passageiros.

Fonte: VNews

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Em São José dos Campos, Tarifa de ônibus deverá ser reajustada para R$ 3,00

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

As empresas que operam o transporte coletivo de São José dos Campos querem aumento de 7,2% no valor da tarifa do ônibus. Com o reajuste, o preço da passagem passaria dos atuais R$ 2,80 para R$ 3. O pedido foi encaminhado à Prefeitura de São José no último dia 27 de dezembro, menos de um ano após o último aumento, de 12%. Caberá à prefeitura autorizar ou não o novo acréscimo.

Se autorizado, será o terceiro reajuste concedido pelo governo desde o início da operação das novas empresas, em 2008. O primeiro reajuste foi em julho de 2009 e elevou o valor da passagem de R$ 2,10 para R$ 2,50. O segundo, em janeiro do ano passado, quando o valor da passagem saltou de R$ 2,50 para R$ 2,80.

Segundo dados da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), São Paulo é hoje a única cidade do Brasil que opera com tarifa de R$ 3, a mais alta do país.
Na planilha encaminhada ao governo, as empresas Expresso Maringá e Julio Simões justificaram a passagem de R$ 3 em razão da variação no preço do combustível e dos insumos, no aumento salarial dos funcionários e na inflação do período.

A Saens Peña pediu R$ 3,02 com as mesmas razões. O presidente do Sindicato dos Condutores, José Carlos de Souza, considerou “absurdo” o pedido das empresas. “A passagem de R$ 2,80 já é cara e a população não vai aguentar”, afirmou.
“Os corredores exclusivos de ônibus não foram feitos, faltam ônibus aos finais de semana e em alguns bairros.”
O aumento no valor da passagem poderá gerar um gasto extra de R$ 0,20 a cada viagem para cerca de 7 milhões de passageiros que utilizam mensalmente o sistema de transporte público.

Vereadores da situação e oposição criticaram novos reajustes na tarifa. “Aumento é sempre complicado e ninguém aceita. O último aumento aconteceu há um ano e acho que o prazo é curto. É preciso um estudo técnico, analisar o preço das passagens nas cidades da região”, disse o líder do PSDB na Câmara, Fernando Petiti.

Para o vereador Wagner Balieiro (PT), é preciso analisar o cumprimento dos itens do contrato antes de qualquer reajuste. “A sensação que se tem hoje é que o transporte é ruim, não há avaliação de qualidade, nem todas as linhas e horários prometidos estão disponíveis e até hoje os displays indicando os horários nos pontos não foram instalados.”

Fonte: O Vale


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Prefeitura de Diadema entrega 30 novos ônibus

domingo, 10 de dezembro de 2023

A Prefeitura de Diadema entregou na manhã deste sábado (09/12), no estacionamento do Paço Municipal, 30 novos ônibus zero quilômetro. Em 2022, foram entregues 33 ônibus e seis micro-ônibus também novos. Esta é a terceira entrega de veículos zero quilômetro para a frota de transporte público municipal em dois anos, o que eleva a idade média dos 137 veículos que circulam pela cidade para 3,5 anos. É a frota mais nova da região.

Os 30 novos veículos são ônibus modernos, que contam com suspensão a ar, entradas USB, GPS, wi-fi, sistema de climatização, poltronas ergonômicas mais confortáveis, elevador para pessoas com mobilidade reduzida, sistema de renovação de ar e motor com baixa emissão de poluentes (padrão Euro VI), de acordo com as normas de preservação do meio ambiente atuais. A entrega é mais um dos presentes para a população na celebração dos 64 anos da cidade, celebrado em 8 de dezembro.

O diretor do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), João Roberto da Silva, o Papa-Léguas, lembrou que os trabalhadores do transporte público fazem parte do desenvolvimento da cidade. “Esses novos ônibus garantem mais conforto para os passageiros, mas também melhores condições para os trabalhadores”, pontuou.

O secretário de de Mobilidade e Transporte de Diadema, Vanderly Lima, destacou que os 30 novos ônibus representam um investimento de R$ 22,5 milhões, que fazem parte do PDD – Plano Desenvolve Diadema, um pacote de investimentos que superam R$ 3 bilhões para os próximos dez anos. “É uma evolução na prestação do serviço público, uma prova de que o prefeito Filippi pensou no futuro da cidade sem esquecer do que precisa ser melhorado no presente”, afirmou.

A vice-prefeita Patty Ferreira parabenizou os trabalhadores da Suzantur, empresa que opera o sistema de transporte público municipal, por contarem agora com ferramentas de trabalho mais modernas. “O nosso prefeitão Filippi sempre diz que ninguém faz nada sozinho e são vocês quem nos ajudam a prestar um serviço cada vez melhor para a nossa população.”

O prefeito José de Filippi Junior destacou a importância dos investimentos da iniciativa privada para o desenvolvimento da cidade. “A empresa opera por concessão pública e está investindo mais de R$ 20 milhões na cidade. Assim como os R$ 60 milhões que serão investidos em breve na troca de 14 mil luminárias, que serão de LED, mais modernas, dando mais segurança para os moradores”, explicou. “Estamos recebendo ônibus modernos, menos poluentes, e é assim que a gente vai avançando”, concluiu. Estiveram presentes na entrega o gerente da Suzantur, Divaldo Freire, secretários municipais, vereadores e trabalhadores da empresa.

Acessibilidade

A entrega dos novos ônibus também marcou o lançamento das novas funcionalidades do aplicativo Citta Mobi Acessibilidade.O app, que já oferece informações sobre as linhas em tempo real, como localização dos ônibus, previsão de chegada no ponto em que a pessoa está e a duração aproximada do trajeto, agora também vai dar mais autonomia às pessoas com deficiência visual. O aplicativo tem o recurso do comando de voz para a orientação do caminho desejado, em versões no Android e IOS.

Se o usuário estiver em casa, por exemplo, e informar o endereço de seu destino, o aplicativo indica a melhor rota para chegar lá, aponta quais são as vias até o ponto de parada (vira aqui e ali), e avisa quando o ônibus está chegando ao ponto e a hora de embarcar. Depois, vai dando os nomes dos pontos de parada e avisa quando está chegando a parada selecionada e a hora de descer. Caso o usuário crie pontos de referência durante o trajeto, o aplicativo vai emitir um alerta sonoro quando o ônibus estiver passando por esses locais.

O assistente de voz do aplicativo dá mais autonomia ao deficiente visual, pois possibilita ao usuário salvar os locais que costuma passar e se tem obstáculos no percurso, e ele passa a indicar os nomes das ruas, e orienta sobre os cruzamentos e as condições desses caminhos.

Informações: Repórter Diário

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BH: Obras das estações Pampulha e São José previstas para maio 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O edital para concessão (construção, implantação e outros serviços) das estações de integração de transporte coletivo Pampulha e Vila São José deverá ser publicado em março deste ano. A previsão é de que os contratos sejam assinados em maio, as obras das estações comecem no segundo semestre de 2011, devendo ser concluídas em 2013, informou Célio Freitas, diretor de Planejamento da BHTRANS, durante a Audiência Pública para discussão dos empreendimentos para concessão das estações realizada nesta terça-feira, 8, na sede da BHTRANS. A audiência reuniu empresários, empreendedores, representantes do setor de transporte público e da comunidade.


O projeto das duas estações está orçado em R$ 80,5 milhões, sendo R$ 65,5 milhões para a Estação Pampulha e R$ 15 milhões para a Estação Vila São José. A audiência realizada nesta terça-feira teve o objetivo de apresentar o projeto das estações aos empreendedores e potenciais interessados na construção e implantação das estações. “Esta é uma concessão onde a Prefeitura busca 100% dos recursos privados. As empresas constroem e exploram os pontos comerciais do empreendimento que será implantado em uma região de pleno crescimento”, explicou Célio Freitas.

Renato Gago, gerente da Área de Estruturação de Projetos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou que o banco poderá participar com até 70% do financiamento dos projetos. “Já conhecemos o projeto das estações Pampulha e Vila São José e ele é financiável. Isso é uma facilidade para a análise das propostas dos empreendedores que procurarem o BNDES”, explicou Renato Gago.

ESTAÇÃO PAMPULHA
A Estação Pampulha é um equipamento de infraestrutura que compreende a área operacional da estação de integração de ônibus e os empreendimentos associados. Localiza-se na interseção das avenidas Portugal e Dom Pedro I, Região da Pampulha, e possui área total bruta de aproximadamente 64 mil m², sendo 12 mil m ² de Área Bruta Locável - ABL para um empreendimento a ser construído em  dois níveis, com previsão de 582 vagas de estacionamento para veículos.

No setor operacional para integração de ônibus, também em dois níveis, a previsão de movimentação é de 11 mil passageiros no horário de pico (manhã e tarde), atendendo os bairros Jardim Atlântico, Jardim Leblon, Copacabana, Kátia, Xangrilá, Céu Azul, entre outros, pertencentes à Regional Pampulha. A estação será o ponto e conexão desses bairros com o Sistema BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus), estruturado pelas avenidas Pedro I e Antônio Carlos. 

O BRT é um sistema de transporte por ônibus eficiente, de alta capacidade e qualidade, operando de forma semelhante ao metrô, capaz de atender os usuários com rapidez e conforto. Para que possa receber o BRT, a Avenida Pedro I será alargada e a interseção com a Avenida Portugal será reformulada e adequada geometricamente.

ESTAÇÃO VILA SÃO JOSÉ
A Estação de Integração Vila São José será implantada na Avenida Tancredo Neves, entre as ruas Flor Branca e Leopoldo Campos Nunes, com 6.447 m² de área. Assim como a Estação Pampulha, a Estação Vila São José será um importante equipamento de infraestrutura para operação do Sistema BRT.
A estação irá abranger os serviços de transporte coletivo da Região Noroeste e Pampulha, atendendo diversos bairros como o Alipio de Melo, Pindorama, Castelo, Itatiaia, Saramenha, Glória, Manacás, Confisco, Coqueiros, entre outros. Estima-se que a estação possa ter uma movimentação de 5.500 passageiros/hora pico.

A avenida Pedro II, que irá receber um tratamento para priorização da operação do transporte coletivo para implantação do Sistema BRT, será o principal eixo de ligação à Estação Vila São José.

Fonte: BHTrans

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Redução do IPI complica ainda mais problema do transporte nas principais cidades do País

sábado, 2 de janeiro de 2010

São Paulo perde cerca de R$ 33 bilhões, por ano, ou aproximadamente 10% do PIB da cidade, por causa dos congestionamentos.
O Brasil, segundo a média de previsões coletadas pelo Banco Central para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), vai crescer 5% em 2010. A turbinada nas projeções dos últimos meses, gerada especialmente pela volta do investimento e consumo, dá o tom no desafio que as cidades terão em relação ao transporte público. “O crescimento aumenta a velocidade da paralisia no trânsito. E hoje o desafio é fazer com que as cidades não parem”, afirma o professor da USP Candido Malta Campos Filho, especialista em urbanismo e arquitetura, em entrevista ao iG.

O fato é que o aumento da renda da população, associado a um crescimento desordenado nas metrópoles, pode travar ainda mais a mobilidade nas cidades. Com dinheiro no bolso e incentivos à compra de automóveis, certamente a frota nas ruas aumentará. “O carro tem um atrativo forte, não é apenas um meio de locomoção. O carro representa o sucesso profissional, é uma questão de status, de individualidade”, diz o professor Carlos Alberto Guimarães, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.

Números do Denatran revelam esse crescimento. Até outubro de 2009, circulavam no País 58,5 milhões de veículos. Em 1999, a frota existente era de 27,1 milhões. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em setembro, último mês de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas de veículos tiveram recorde mensal, com 308.713 unidades.
"Com esse estímulo dado à indústria automobilística, o número de carros cadastrados a mais por dia é da ordem de mil, apenas em São Paulo. Deste total, ¼ anda todo dia pelas ruas. Ou seja, são 250 carros a mais todo dia, em média. Se colocar esses carros em fila, em um ano, para os 600 mil veículos precisariam ser construídas 125 avenidas Paulistas. Isso para os carros parados. Andando precisaria ainda mais. Não tem como atender essa demanda”, enfatiza Campos Filho.
Culpar, porém, o crescimento do País ou a indústria automobilística pelo caos seria o mesmo que atribuir à natureza a responsabilidade pela enchente. Pensar em restringir a venda de carros seria abraçar o fracasso. Mas o aumento e o uso da frota dão a clareza da urgência em levar a população para o transporte coletivo. “Restringir a economia não seria inteligente, mas é preciso atuar na restrição do uso de automóveis e garantir um transporte de qualidade e confiável”, afirma Guimarães.
Efeitos do trânsito
A urgência se dá pela série de consequências vindas com o transporte urbano público ineficiente. Além dos congestionamentos, que já atingem cidades de médio porte como Campinas, Guarulhos e Uberlândia, as condições desfavoráveis no trânsito levam a pelo menos quatro “deseconomias”: diminuição na produtividade, consumo excessivo de combustível, aumento na emissão de monóxido de carbono (que provoca o crescimento do efeito estufa), impactos negativos na saúde e na qualidade de vida das pessoas.
Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, apenas São Paulo perde cerca de R$ 33 bilhões, por ano, ou aproximadamente 10% do PIB da cidade, por causa dos congestionamentos. Cálculos da Associação Nacional do Transporte Público (ANTP) mostram que o tempo médio de deslocamento nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes é de 42 minutos.
Por conta dos gastos e tempo, a região do ABC, na Grande São Paulo, já tem uma área de desindustrialização. “Os custos de logística são muito altos e as empresas estão preferindo se instalar no caminho de rodovia ou em cidades no interior. Uma transportadora que precisa cortar São Paulo, por exemplo, certamente aumentará o preço do frete”, avalia o professor Guimarães.
Rede integrada e sobre trilhos
O primeiro desafio para reverter essa situação e suprir as deficiências existentes é a integração dos governos municipais, estaduais e federal na solução do problema. “Os políticos brasileiros têm uma deficiência cultural de enxergar em curto prazo. Eles enxergam apenas por um mandato”, afirma Guimarães.
O superintendente da ANTP, Marcos Bicalho, concorda e diz ainda que é preciso que os governos corrijam a falha de anos de se privilegiar o transporte individual. “O país ficou muito tempo com investimentos à míngua. Hoje, temos um modelo suicida, que privilegia o individual”, destacou.
O segundo desafio é justamente colocar as grandes cidades sobre trilhos. Especialistas ouvidos pela reportagem do iG concordam que em metrópoles onde a demanda é superior a 40 mil passageiros por hora é preciso investir no metrô. Eles destacam que, apesar do alto custo (1 quilômetro de metrô custa aproximadamente US$ 100 milhões), esta é a principal solução.
Mas nesse aspecto, o País ainda tem muito a explorar, como mostra a comparação da malha metroviária de São Paulo com a da Cidade do México. As duas começaram a ser construídas na mesma época, cerca de 40 anos atrás. Hoje a capital paulista tem 61,3 km de extensão contra 201 km na Cidade do México.
Em 2007, o governo de São Paulo deu início ao chamado Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, o Expansão São Paulo. Com o maior investimento em transporte público já realizado no País, serão R$ 20 bilhões até 2010, o governador José Serra, possível candidato à presidência pelo PSDB nas eleições do próximo ano, quer quadruplicar a rede sobre trilhos na capital paulista, que passaria a ter 240 km de trilhos, sendo 160 km em forma de metrô de superfície.
Fonte: Últimosegundo
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Audiência pública discute implantação do VLT em São José dos Campos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Uma audiência pública para apresentação das diretrizes básicas do projeto funcional do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) foi convocada pela Prefeitura de São José dos Campos (SP).na Rua Rubião Jr 84, 3º piso do Shopping Centro.

Segundo a Secretaria de Transportes, organizadora da reunião, o objetivo da discussão foi apresentar à população as linhas gerais do sistema, assim como receber sugestões e opiniões sobre o projeto. A realização da audiência foi determinada por decreto do prefeito municipal (Decreto nº 15.590, de 4 de outubro de 2013), tendo em vista a amplitude do projeto VLT e sua importância para a mobilidade urbana no município, informa o órgão. A Prefeitura também colocou no site oficial um mecanismo para coletar opiniões e sugestões a respeito do VLT. 
  
Solução de transporte sustentável 
Apontado como solução para desafogar o transporte público em SJC, o projeto do VLT deverá ser implantado em quatro anos, prazo calculado entre desenvolvimento do projeto e realização da primeira fase da obra. O custo do sistema é R$ 800 milhões, com recursos já liberados em março pelo governo federal, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento de Mobilidade.  


A implantação do VLT é prevista para ser iniciada a partir da zona Sul da cidade, começando na região dos bairros D. Pedro II e Campo dos Alemães, passando pela região do Bosque dos Eucaliptos e Satélite até a altura da Via Dutra, em frente ao Vale Sul Shopping, num trajeto de cerca de 15 km. A partir de então a meta do governo é interligá-lo ao Centro e posteriormente à região Leste. Ao todo, estão previstas oito linhas de VLT, num total de 94 km.  
Nesta primeira etapa, no trecho Sul, a população atendida direta e indiretamente é de 215 mil habitantes. Segundo estudos do Ipplan, nesta região ocorrem hoje mais de 184 mil deslocamentos de transporte coletivo por dia e quase 241 mil viagens de transporte individual. Já a capacidade estimada do sistema VLT pode atingir até 200 mil passageiros por dia, transformando completamente a realidade do transporte na região.

Informações: Prefeitura de SJC
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BRT de São José dos Campos deve melhorar o transporte público

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O prefeito de São José dos Campos anunciou nesta segunda-feira (25) que os recursos de R$ 800 milhões previstos inicialmente para o sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) serão aplicados em um modelo de ônibus de trânsito rápido, o chamado BRT.

A alteração para outro modal de transporte rápido de massa, discutida em conjunto com o Ministério das Cidades, visa ampliar a capacidade de atendimento aos usuários do transporte coletivo por meio de um sistema mais ágil nos deslocamentos, sem perder as vantagens do modelo anterior.

Pelo VLT, os recursos disponibilizados pelo governo federal seriam suficientes para a implantação em um trecho de 15 quilômetros de vias entre o centro e o início do Jardim Satélite, na zona sul. A expansão para outras regiões dependeria de mais recursos.

Com a troca para o BRT, será possível o o atendimento a uma área maior do município, com abrangência na região central e nas zonas sul, leste e norte, a um custo menor e em menos tempo.

Outra vantagem da implantação do BRT é que as tarifas do transporte coletivo não sofrem alteração na integração com outros modais. Pelo VLT seriam necessários subsídios por parte da Prefeitura da ordem de R$ 30 milhões por ano para equacionar a diferença de tarifa de R$4,50 a R$ 5 do veículo leve, em relação a que é praticada hoje.
“Chegamos à conclusão que é melhor aplicar esse recurso, que não é pouco, para dar uma solução para a cidade toda. Com o VLT, demoraríamos muito a chegar a outras regiões, além de um comprometimento de 30 anos de financiamento para um pequeno trecho. Isso não pareceria responsável com o futuro da cidade”, afirmou o prefeito.

O prefeito acrescentou ainda que, pela demanda atual da cidade, o BRT está terá capacidade para atender para o crescimento da cidade. Para ele, o VLT deve ser avaliado como alternativa no futuro.

Projeto
Os estudos realizados até o momento para o VLT serão utilizados também para o BRT, uma vez que as análises consideraram cálculo de demanda e traçados para vias segregadas, com corredor exclusivo, para proporcionar maior velocidade ao transporte público.

A mudança do modelo não deve interferir no cronograma previsto. Após a análise do Tesouro Nacional, será elaborado o projeto funcional de todas as regiões da cidade e os procedimentos para a abertura de licitação para o projeto executivo. A intenção é iniciar as obras em 2015.

O sistema de BRT já é adotado hoje em Curitiba (PR) e em Bogotá, na Colômbia, onde é referência para outros municípios.

Informações: Portal R3



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Divulgado balanço do primeiro mês de fiscalização nos corredores de ônibus de São José dos Campos

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Durante o primeiro mês de fiscalização, foram registradas 1.220 infrações cometidas por motoristas nas faixas exclusivas nos corredores de ônibus da região central de São José dos Campos. A multa para quem desrespeita as faixas exclusivas é de R$ 85,13, considerada infração média e punida com quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

As principais irregularidades foram transitar pelo corredor sem mudar de faixa ou acessar um imóvel, permanecer na via exclusiva sem fazer conversão e utilizar o corredor de ônibus para ultrapassar fila de veículos. Em outubro, o número de infrações tem apresentado queda, indicando que os motoristas estão respeitando ainda mais os corredores de ônibus.


O monitoramento foi iniciado no dia 16 de setembro, após uma campanha de orientação aos condutores com mensagens nas vias, no rádio e TV, além de abordagem educativa nas ruas. Os corredores foram implantados em 27 de julho com o objetivo de reduzir o tempo de viagem dos usuários do transporte coletivo.

O maior número de infrações por desrespeito ao espaço do transporte coletivo foi na Avenida Adhemar de Barros, onde ocorreram 65% das multas. Na Avenida João Guilhermino, o número de multas representou 15% em relação ao total das irregularidades praticadas nos corredores.

A fiscalização é feita por agentes de trânsito diariamente em sistema de rodízio. Em algumas vias, onde há maior circulação de veículos, o monitoramento foi intensificado com agentes em pontos fixos, como é o caso das avenidas Adhemar de Barros, José Longo, São José e João Guilhermino.

De acordo a Secretaria de Transportes, por ter faixa exclusiva no centro da via, e não à direita, como nas demais, a Adhemar de Barros exigiu mais atenção dos motoristas, que estão se adaptando gradualmente ao sistema. Já nas avenidas São José e João Guilhermino, devido aos comboios de ônibus, a faixa exclusiva é evitada naturalmente pelos condutores.

A orientação sobre a necessidade de respeitar os corredores de ônibus está sendo reforçada com folders que apresentam o traçado das vias e as normas a serem seguidas, além de abordagens educativas nas ruas e informações no site da Prefeitura (confira vídeo acima).

O objetivo é garantir a eficácia do sistema de corredores de ônibus e da prioridade do transporte público, para dar mais agilidade às viagens de quem utiliza o sistema. 

Informações: Prefeitura de SJC

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Suspensa licitação do BRT de São José dos Campos

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cinco dias antes do prazo para a entrega de propostas, previsto para o dia 3 de dezembro, o governo Carlinhos Almeida (PT) prorrogou por prazo indeterminado a licitação do BRT (Transporte Rápido por Ônibus), o seu principal plano para melhorar o transporte público de São José dos Campos.

O secretário de Transportes, Luiz Marcelo Silva Santos, disse ontem que a suspensão do processo licitató-rio foi motivada por questionamentos técnicos feitos ao projeto por empresas que retiraram o edital.

Segundo ele, um dos questionamentos recebidos pela prefeitura foi com relação “aos riscos da matriz do empreendimento no tocante à execução da obra”.

Luiz Marcelo não detalhou o assunto. Informou que o governo preferiu prorrogar a licitação para responder os questionamentos e que mais de dez empresas retiraram o edital.
“É preferível adiar a licitação agora para responder as questões técnicas para evitar questionamentos jurídicos no futuro, que poderiam até cancelar a licitação”, afirmou o secretário.

Otimista, ele disse acreditar que em dez dias os técnicos da secretaria irão responder as dúvidas e o edital poderá ser relançado.
“A previsão é que ele seja publicado novamente ainda este ano”, frisou.

Verba. A licitação do BRT é na modalidade RDC (Regime Diferenciado de Contratação), que tem regras próprias, diferentes da Lei das Licitações, a 8.666/1993.

O RDC foi criado pelo governo federal para acelerar as obras da Copa do Mundo, ocorrida em junho, mas também pode ser aplicado às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O BRT de São José é uma das obras do PAC Mobilidade de Médias Cidades, do governo federal, que liberou R$ 800 milhões para a implantação desse sistema de transporte. 

A licitação estava orçada em R$ 779 milhões e previa a elaboração dos projetos básico e executivo e realização das obras do BRT.
“É a primeira vez que o município faz uma licitação nessa modalidade. Já esperávamos que isso poderia acontecer”, declarou Marcelo. 

Atraso. Mesmo assim, o secretário admitiu que haverá atraso no cronograma do projeto do BRT. “Haverá atraso, que poderá ser recuperado quando da execução do projeto”.

A previsão inicial do governo é que as obras seriam iniciadas em 2015 e parte do sistema começaria a ser operado no ano seguinte.

O BRT é um sistema em que os ônibus trafegam em canaletas segregadas do sistema viário, com estações que permitem a cobrança antes do embarque, para aumentar velocidade operacional. Para 2015 está prevista uma verba de R$ 210 milhões para o início da obra.

Por Chico Pereira
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Empresas inovam para reinventar o transporte coletivo: tem até van sob demanda

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

"Os empresários que operam sistemas de transporte coletivo em todo o país perceberam que foram atropelados pelos aplicativos de transporte individual. A ficha caiu coletivamente no seminário da NTU, a Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos, realizado em Brasília entre quarta (21) e quinta-feira (22). Em edições anteriores do evento, a maior parte dos painéis, discussões e demandas era sobre o repasse de subsídios públicos ao sistema e, mais recentemente, sobre a necessidade de se combater a "concorrência desleal" de Uber, Cabify, 99 e similares. Na edição deste ano, a chave virou e a discussão foi sobre como as empresas podem usar a inovação para reinventar o transporte coletivo urbano.

O movimento parece óbvio e pouco surpreendente, mas é relevante considerando que esses empresários atuam desde o século passado em um mercado monopolizado e altamente regulado – portanto, um contexto de relutância em aceitar mudanças. O objetivo comum é reverter a contínua queda do número de passageiros. 

Segundo dados da NTU, a demanda nacional caiu 29% entre 2013 e 2019. Em Curitiba, de acordo com dados da Urbs, a queda foi ainda maior, 38% no mesmo período.


Os dados sobre o quanto os aplicativos têm tirado passageiros do transporte coletivo ainda são escassos, mas há algumas evidências. Segundo Felício Ramuth, prefeito de São José dos Campos (SP), em sua cidade as três empresas que operam o transporte coletivo faturam, somadas, R$ 15 milhões por mês e os dois aplicativos que atuam nos municípios, R$ 14 milhões. Em Curitiba, a estimativa é de que os aplicativos respondam por menos de 10% da perda de passageiros.

Apesar da liberdade que cada empresário tem para definir os novos rumos, o setor parece apostar na oferta de serviços complementares como forma de atrair e reter passageiros e equilibrar as finanças. O presidente da NTU, Otávio Cunha, deixou clara a aposta. A ideia, segundo ele, é que haja nos principais sistemas dois serviços: um básico de qualidade e com tarifas baixas, e um serviço complementar, que pode ser por aplicativo de transportes coletivos, com preços mais elevados, mas um padrão de qualidade maior. Nessa equação, o segundo serviço poderia subsidiar o básico. 

Uma dificuldade para isso são as limitações impostas pelos contratos de concessão. Por isso, Otávio Cunha defende a necessidade de o poder público flexibilizar a legislação diante das novidades.

No seminário da NTU, quem falou sobre essa dissociação entre a regulação e a realidade foi o jurista Marçal Justen Filho. Em sua análise, o avanço tecnológico não foi acompanhado pelo Direito, e os institutos jurídicos que regulam os contratos hoje são os mesmos do início do Século 20.

Justen Filho defende uma reformulação completa dessas regras, mas, enquanto isso não acontece, ele aponta a necessidade de flexibilização da legislação, de modo a permitir a incorporação de novas tecnologias e a sustentabilidade dos serviços públicos diante de um mercado muito diferente daquele que existia no momento da licitação e da celebração do contrato.

Um exemplo: CityBus 2.0

Dentro da diretriz de propor a prestação de serviços complementares, a HP, empresa que opera na concessão municipal de Goiânia (GO), implantou em fevereiro de 2019 o CityBus 2.0 serviço de transporte coletivo sob demanda. A lógica é similar à dos aplicativos, especialmente na modalidade em que as corridas são compartilhadas. O passageiro faz o download do aplicativo, cadastra-se na plataforma, indica qual forma de pagamento vai utilizar – pode ser dinheiro ou cartão de crédito – e solicita o transporte. Em vez de um carro, aparece uma van com 14 lugares, equipada com ar-condicionado, três câmeras de segurança e tomadas USB para que os passageiros possam carregar seus celulares.

O CityBus 2.0 não tem pontos fixos de parada.  O que existem são mais de 4 mil pontos virtuais pré-determinados dentro dos 28 bairros de Goiânia onde atua – uma região de 40 km² – para onde os passageiros são orientados a caminhar para encontrar o motorista. O tempo de espera costuma ser de menos de 10 minutos e a viagem é compartilhada com outros passageiros.



Segundo a HP, os preços do CityBus 2.0 são de 25% a 30% menores que dos aplicativos de transporte. A reportagem da Gazeta do Povo testou o serviço em Goiânia, a convite da associação. Uma viagem de 3,3 km no centro da cidade saiu por R$ 5,00. O mesmo trajeto feito por 14 pessoas custou, no total, R$ 18,70. Nesse caso, a viagem não foi compartilhada com passageiros que chamam o aplicativo em outros pontos da cidade, mas por um grupo de pessoas pré-definido, como, por exemplo, no caso de um grupo de amigos que se desloca de um ponto a outro. No próprio aplicativo existe a possibilidade de um único usuário indicar que embarcará com mais pessoas.

O que a empresa acredita ser um grande diferencial é que, ao contrário de Uber e 99, os motoristas são profissionais contratados e treinados pela empresa. Além disso, as vans são submetidas à fiscalização da prefeitura para garantir que estejam de acordo com as exigências municipais.

Segundo Indiara Ferreira, diretora executiva da HP, os 25 carros que operam atualmente e os mais de 1 mil passageiros diários ainda não são suficientes para fazer com que o serviço seja superavitário, mas a empresa está investindo na modalidade por acreditar que, se ela for aperfeiçoada e integrada ao transporte tradicional, poderá atrair e reter passageiros. 

Em Goiânia não houve muitos empecilhos burocráticos para a implantação do serviço porque o contrato de concessão já previa a possibilidade da existência de serviços complementares. 

Em Curitiba, por exemplo, essa previsão não existe, portanto, iniciativa similar dependeria de termos aditivos.

Indiara Ferreira refuta a tese de que a prestação de serviços complementares poderia fazer com que as empresas tirassem investimentos dos serviços básicos. Segundo ela, a expansão é uma forma de as empresas buscarem a melhora de sua situação financeira e ainda assim racionalizarem o transporte urbano com soluções coletivas.

Informações: Gazeta do Povo

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

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