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Gratuidade no transporte público tem sido um desafio

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A gratuidade no transporte público coletivo urbano tem sido um desafio quando o assunto é qualidade no serviço prestado. Esta foi a afirmação de Marcos Bicalho, diretor superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), durante o debate ‘Gratuidade no Transporte Público e Tarifa Cidadã’, que ocorreu nesta quarta-feira, 10.

Para Marcos, a questão é saber como oferecer gratuidade aliada à um serviço de qualidade. “O preço da tarifa está muito relacionado à capacidade do usuário. A maioria daqueles que pagam por isso são da classe C, D e E, o que significa dizer que existe um limite de capacidade de pagamento e que a qualidade do transporte público está muito em função disso”, explica.

Ainda de acordo com ele, é preciso que sejam buscados mecanismos para que se possa custear o benefício social da gratuidade. “Quem acaba pagando essa conta é o usuário comum que não tem um vale transporte, que pode ser um cara desempregado ou não, que paga do bolso dele a tarifa e que está subsidiando essa avalanche de gratuidades que existem atualmente no Brasil”, destaca.

O diretor superintendente acrescenta também que os custos devem ser repartidos para toda a sociedade. “Precisamos definir fontes de custeio nos orçamentos públicos de forma que todos paguem por essa conta, e não somente uma parcela, que é justamente a equivalente aos usuários que são a camada mais fraca. Na hora de conceder um reajuste, a lei deve indicar de onde vem o custo. Seria uma espécie de justiça social, pois sendo uma decisão de todos conceder a gratuidade, toda a sociedade deveria pagar por isso”, defende.

Melhorias

Sobre as melhorias na qualidade do serviço de transporte público, destaca que este é o momento para que gestores públicos, operadores privados e políticos se unam para em torno deste objetivo. “Estamos vivendo no Brasil uma fase muito rica em termos de investimentos no transporte coletivo urbano que coincide com a crise da mobilidade urbana que atinge as cidades brasileiras. Então temos que aproveitar para buscar a melhoria do transporte e com isso, resolver a grande presença dos automóveis nas vidas das cidades brasileiras”, detalha.

Debate

Marcos Bicalho esteve em Aracaju nesta quarta-feira, 10, para o debate ‘Gratuidade no Transporte Público e Tarifa Cidadã’. O event,o que teve como público-alvo profissionais da imprensa, pretende fomentar as discussões em torno de um transporte público eficiente e de qualidade.

Informações: Infonet

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Sistema BRT é a solução para o transporte de Salvador

sábado, 19 de fevereiro de 2011

BRT em Bogotá
Os habitantes de Bogotá hoje têm menos problemas de enfermidades respiratórias do que há 10 anos, quando da implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) de transporte coletivo na capital colombiana. Houve uma redução de 1.671.045 toneladas (40%) na emissão de gases de efeito venenoso na atmosfera da cidade, entre 2006 e 2009, do tempo de locomoção entre a casa e o trabalho dos seus moradores e o incremento de uma melhor qualidade de vida.
O comprovado resultado é motivo de orgulho para responsáveis e usuários locais, que acreditam ser o BRT a solução para a mobilidade urbana por inspirar metrópoles pelo mundo afora, inclusive Salvador que no segundo semestre deste ano iniciará as obras do seu sistema que aqui estará operacional a partir de 2013 visando a Copa do Mundo.

“O BRT se converteu numa referencia mundial como solução do sistema de transporte, mais ainda no sentido da apropriação dos bogotanos por se sentirem orgulhosos do seu sistema. Noventa e cinco por cento dos usuários recomendam o sistema que é hoje um ícone da nossa cidade, por isso orgulho da nossa capital”, disse Jairo Fernando Páez, o representante da prefeitura de Bogotá, responsável pela operação do Transmilênio, como é denominado o BRT colombiano, durante encontro com jornalistas baianos que visitaram o país vizinho a convite do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), para observar in loco como funciona o referido sistema que, por enquanto, atende apenas 16% da população, mas está em fase de expansão, o que resulta em obras nas diversas áreas da capital colombiana.
O compromisso dos bogotanos em medir a qualidade do ar vai de encontro às exigências do Protocolo de Kyoto e, por ter uma metodologia própria, foi reconhecido pelas Nações Unidas, durante auditoria internacional.  Rende 600 milhões de dólares/ano em crédito do chamado Bônus CO2, vendidos ao governo holandês e aplicados na melhoria do sistema de transporte que também contribuiu para que 1 milhão e 400 mil carros  particulares e sete mil ônibus  do sistema tradicional de transporte coletivo  saíssem do trânsito de Bogatá, cidade com 7,5 milhões de habitantes.
“Definitivamente o transporte público de qualidade é a única forma de fazer o cidadão deixar o carro em casa”, afirmou Jairo Fernando, vice-presidente da Associação Latino-Americana de Sistemas Integrados de Transporte Público e BRT. O combustível da frota do sistema BRT colombiano hoje tem 5% diesel e a previsão é que dentro de 10 anos opere com 50% de diesel misturado ao biocombustível.  
 “Temos hoje menos contaminação e acidente. O nosso sistema é resultado de um bom conceito, o mesmo de Curitiba, porém mais evoluído. Mas não é uma fórmula mágica, porque cada cidade tem as suas particularidades”, completou Carlos Alberto Rada, diretor da divisão de planejamento do Transmilênio, que cobre 84km  e opera com 1.205 ônibus de  cor vermelha  articulados por vias expressas, para os quais existem  garagens distribuídas em pontos estratégicos.
 Cada um leva três minutos na estação de embarque e circula numa velocidade de 24km/hora,  conduzindo até 260 passageiros em hora de pico. O esquema do BRT de Bogotá já está sendo copiado também por sete outras cidades colombianas com mais de 600 mil habitantes.

Cobertura a todas as áreas

“Um dos princípios do BRT é dar cobertura às áreas periféricas da cidade. Temos estações nas cabeceiras da capital que atendem as famílias de extrato social mais baixo, com conexões às rotas alimentadoras – vias expressas e exclusivas – que permitem um transporte público de qualidade”, declarou na oportunidade Jairo Fernando, ao explicar a estratégia do sistema de transporte massivo e integral colombiano, baseado na circulação de longos ônibus do tipo “sanfona” por vias exclusivas e plataformas de acesso, que reduziu em 32% o tempo de espera nos pontos.     
A passagem é pré-paga. Um bilhete magnético que dá acesso ao sistema custa $ 1.700 pesos colombianos, o correspondente a R$1,60. O ticket do ônibus conectado ao sistema, que não circulam na via exclusiva e transportam os passageiros para fora da cidade, vale $ 1.400 pesos, ou seja aproximadamente R$1, 35.
 A partir de um centro tecnológico, que mais lembra uma torre de controle de um aeroporto, os técnicos de transporte bogotanos monitoram todo o sistema BRT, com comunicação de voz, transmissão de dados e circuito fechado de televisão. Cerca de 10 mil pessoas, entre condutores, pessoal de apoio e seguranças trabalham no sistema, que quando concluído percorrerá o equivalente a 388 quilômetros entre as estações Norte e Sul da capital boliviana.  
  
 A redução do custo financeiro na construção do sistema BRT foi decisivo na implantação do projeto bogotano. Estudos revelaram que o quilometro de BRT custaria 30 milhões de dólares, enquanto que a mesma distancia para um metrô de superfície 120 milhões e para o metrô subterrâneo 180 milhões de dólares. O financiamento da operação do sistema de transporte de massa integrado boliviano, que absolve empresas privadas através de licitação, é feito pelos governos nacional (70%) e municipal (30%).

Um ônibus do BRT de Bogotá transporta 1.350 passageiros por dia. O sistema reduziu em 90% o número de mortes em acidentes de trânsito. “Para nós é o que há de melhor em transporte coletivo”, disse o motorista e usuário Oscar Javbier, 33. Para a estudante Maria Del Rosário, 23, chegar à universidade “ficou mais fácil. Gasto menos tempo, mas eu evito pegar o ônibus articulado em hora de grande demanda porque há muita gente nas estações”, revelou.

 A experiência de Bogotá será aplicada em Salvador, onde o sistema receberá um investimento de aproximadamente R$ 570 milhões, terá inicialmente 42 quilômetros do aeroporto até o Acesso Norte com integração ao metrô, e reduzirá em 83% o tempo de espera do ônibus articulado e alternativo.



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VLT é a aposta para atrair novos usuários para o transporte público e desafogar trânsito de João Pessoa

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Garantir a mobilidade urbana é um dos desafios que os prefeitos eleitos precisam encarar com a mesma urgência com que pensam em questões envolvendo saúde, educação e segurança pública. Além do impacto na economia local, a dificuldade de se locomover nos espaços urbanos para realizar atividades cotidianas em um tempo hábil e de maneira segura interfere diretamente na qualidade de vida da população.

Durante muito tempo os usuários de transporte público, principalmente das cidades de médio e grande porte, imaginaram que o problema da mobilidade urbana se resolveria com a aquisição de veículo próprio, como carro ou moto.

Somadas a esse pensamento, as facilidades oferecidas para financiamentos fizeram com que as frotas de veículos aumentassem exponencialmente nas áreas urbanas e o resultado é o que se vive hoje: um trânsito que beira o caos, que facilita a ocorrência de acidentes, que lota os hospitais, que causa estresse, que prejudica a economia e que custa caro ao poder público.  

Para ajudar os gestores a lideram com a questão, o Governo Federal resolveu acender a luz do fim do túnel, com a inclusão de uma nova rubrica no Programa de Aceleração do Crescimento: o PAC Mobilidade Grandes Cidades. Lançado em abril deste ano e associado ao PAC Equipamento, o programa contempla 43 empreendimento de 51 cidades brasileiras, entre elas João Pessoa.

O programa se resume, basicamente, a liberar recursos para implantação de sistemas de veículos leves sobre trilhos (VLT), que associados aos Bus Rapid Transit (BRT) resultarão num novo conceito em transporte público, capaz de interligar toda a microrregião composta pela capital paraibana e suas três principais cidades limítrofes, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux.  

O superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU – João Pessoa), Lucélio Cartaxo, prevê que os VLT entrarão em operação no primeiro semestre de 2014 e mudarão completamente o conceito de transporte público. “O sistema terá pontualidade nos horários e será integrado a outros meios de locomoção, reduzindo de maneira significativa o tempo das viagens e com baixo custo para o usuário”, resume.


Lucélio acredita que o novo sistema será capaz de fazer o que nenhuma medida ou investimento no setor foi capaz até hoje: atrair os usuários de veículos particulares para o transporte público e, assim, provocar efeitos positivos no trânsito de maneira geral. “Quando as pessoas verem que o VLT é eficiente, confortável, seguro, pontual e barato vão acabar utilizando-o para irem ao trabalho e a outros compromissos, deixando os carros particulares para os passeios em família”, prevê.

Compartilhando da ideia de que “uma cidade avançada não é aquela em que os pobres andam de carro, mas aquela em que os ricos usam transporte público” – apregoada por Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá (Colômbia) e consultor em trânsito –, Lucélio Cartaxo não acredita que as pessoas deixam de usar transporte público por preconceito, mas por não acreditarem em sua eficiência. “Quando o novo sistema tiver em operação, seu próprio funcionamento será capaz de atrair, gradativamente, novos usuários, em especial aqueles que possuem veículos próprios”, reforça.

Apesar do otimismo, o superintendente sabe que enfrentará alguns desafios. Para que o novo sistema tenha a eficiência prevista é necessária a implantação de corredores expressos para ônibus em João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo. Se isso não acontecer, o VLT se tornará, apenas, o substituto de luxo dos trens urbanos que hoje atendem às quatro cidades.

Segundo Lucélio, os prefeitos sabem que precisam resolver os problemas de mobilidade urbana e que o tema está sendo tão cobrado pela população quanto ações em áreas como Saúde e Educação. “A população cobrará empenho dos gestores, que terão que manter investimentos constantes no setor se quiserem que suas cidades funcionem  e sejam capazes de atrair investimentos privados”, sentencia.

Melhor do que a encomenda

O processo de licitação para implantação dos VLT na microrregião de João Pessoa foi concluído no último dia de outubro deste ano. A empresa cearense Bom Sinal Indústria e Comércio será a responsável pelo fornecimento dos veículos. São oito VLT que deverão chegar à capital em maio de 2014, ao custo médio de pouco mais de R$ 9 milhões cada unidade.

Lucélio explica que sempre acreditou na modernização dos trens da CBTU na Paraíba, mas a solução foi bem mais eficiente do que apenas a substituição dos trens. “Nossos veículos estão em operação há 60 anos e isso torno o sistema ferroviário atual pouco eficiente, sujeito a atrasos e quebra de carros de passageiros, tornando-o também oneroso, em detrimento do valor da tarifa, que é de R$ 0,50”, analisa.

Além disso, o superintendente explica que a velocidade média dos trens em operação hoje é baixa (apenas 25 Km/h), o que implica em um tempo longo nos percursos. Para se ter uma ideia, os 30 quilômetros de ferrovia que separam as cidades de Santa Rita e Cabedelo são percorridos em 50 minutos. Quando o passageiro desce em uma das nove estações que compõem o sistema ferroviário local, precisa se deslocar para uma parada de ônibus para concluir o trecho.

Como o novo sistema será integrado, as estações serão dotadas de terminais, onde terão os BRT para atender a esses passageiros. Segundo Lucélio, é a integração entre os VRT e BRT que tornará o novo sistema atraente para novos – e exigente – usuários. 

Mesmo estando em fim de mandato, o atual prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (sem partido) está tão otimista quanto o superintendente da CBTU no sentido de implantar um novo conceito em transporte público na Capital.

Em sua gestão, várias intervenções foram feitas no sentido de melhorar a fluidez do trânsito e dar ao cidadão mais segurança. Entretanto, as ações implementadas foram sempre no sentido de resolver problemas pontuais, cuja ineficácia pode ser vista nas vias urbanas, principalmente nos horários de pico.

Na início deste mês, Agra resolveu dar um passo mais largo e assinou um convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de pouco mais de R$ 766 mil, para elaboração de estudos que resultem em um diagnóstico detalhado e, consecutivamente, num Plano de Reestruturação do Transporte Coletivo de João Pessoa. É bom lembrar que qualquer ação de trânsito ou transporte público na Capital tem reflexo direto em suas cidades limítrofes, em especial Santa Rita, Bayeux e Cabedelo.

O estudo já teve início no último dia 12 e tem previsão de conclusão em julho de 2013. O trabalho começou com o levantamento da demanda atual por transporte público, levando em conta também a demanda reprimida, ou seja, as pessoas que utilizam transporte particular e que poderão migrar para os meios coletivos.

Estudo semelhante foi realizado há 30 anos, quando população e frota de veículos eram significativamente menores. As ações do Plano pretendem resultar em medidas previstas no PAC Mobilidade das Grandes Cidades.

Em Santa Rita, o problema atingiu níveis intoleráveis

O prefeito eleito de Santa Rita, Reginaldo Pereira ((PRP), o problema da mobilidade urbana no município atingiu níveis intoleráveis. Apenas uma empresa de transporte público está habilitada para fazer o transporte de cerca de 30% da população local que trabalha e estuda em João Pessoa. “O ideal é que tenhamos corredores expressos de acesso, com avenidas bem pavimentadas veículos seguros e eficientes”, disse.

Entretanto, a realidade de Santa Rita é outra. O transporte chamado de alternativo é o que o prefeito chama de “a salvação da população” que depende de meios coletivos para se locomover.

Reginaldo Pereira afirmou que está sensível ao problema de trânsito e mobilidade urbana. Mesmo o município não tendo receita própria para nenhum investimento no setor. Em relação ao sistema de VLT, ele diz que quer discutir sobre o assunto que qualquer medida que melhore a situação caótica que se encontra será bem vinda.

O prefeito eleito informou que já esteve com o Governador e este lhe garantiu ajuda para melhorar a malha viária urbana de Santa Rita. “Também já tive informações de que os investimentos que João Pessoa receber do Governo Federal para o setor serão extensivos à Santa Rita por fazer parte da mesma microrregião”, diz.

 “João Pessoa não tem para onde crescer, senão para Santa Rita, por isso é necessário que o Governo do Estado pense na implantação de novas vias, como um corredor expresso ligando o Distrito Industrial (João Pessoa) ao Conjunto Marcos Moura (Santa Rita)”, exemplificou o prefeito.

Cabedelo quer acabar com dependência da BR230

O prefeito eleito de Cabedelo, José Maria de Lucena Filho – Luceninha (PMDB) –, diz que pela primeira vez a cidade terá um gestor que incluirá a mobilidade urbana como uma de suas pautas prioritárias. Ele diz que não tem como pensar na infraestrutura da cidade sem incluir um estudo que resulte em ações efetivas para melhorar o trânsito e o transporte local. 
O trânsito da cidade é diferenciado por causa do porto, que gera uma média de 1.000 caminhões trafegando em sua área urbana diariamente. “É preciso uma mudança na estrutura do trânsito, apresentando alternativas para a entrada e saída de veículos em Cabedelo”, analisa o prefeito. Ele disse que já está conversando com outros prefeitos para elaboração de projetos que acabem a dependência da cidade da BR 230.

Em relação ao transporte público, o prefeito sabe que o serviço oferecido hoje não atende satisfatoriamente, uma vez que centenas de trabalhadores de outras cidades exercem suas atividades em empresas de Cabedelo. “Os usuários acabam recorrendo ao transporte alternativo, que, no final das contas, se torna outro problema para as cidades”, explicou o prefeito eleito, completando que pretende se reunir com seus colegas das cidades vizinhas e com o superintendente da CBTU para buscar soluções para o problema.

VLT e BRT

Cada VLT será composto por três carros movidos a tração diesel-hidráulica ou diesel-elétrica, em bitola métrica. Os carros serão fabricados em caixa de alumínio, tração nas extremidades, com climatização, reserva de espaços para portadores de necessidades especiais com sinalização de acordo com a legislação, sistema sonoro interno, cadeiras acolchoadas e piso antiderrapante.

Já os BRT são ônibus articulados com 20 metros de comprimento e capacidade média para até 160 passageiros. Os veículos possuem articulação sanfonada, proporcionando comprimento equivalente a dois ônibus convencionais.

A novidade está no conforto e segurança, superiores aos ônibus articulados que circulam hoje, e na criação de corredores expressos, que tornarão o caminho livre para que façam seus trajetos em menor tempo e com menor desgaste, sem riscos à segurança dos passageiros. 

Por Wanja Nóbrega
Informações: PortalCorreio.uol.com.br

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GPS melhora a qualidade do transporte público de Aracaju

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Atrasos nas linhas de ônibus, defeitos apresentados pelos veículos durante o trajeto, mudanças no itinerário e fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica. Para solucionar esses e outros problemas do sistema de transporte público, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), em acordo com as empresas responsáveis pela prestação do serviço, acaba de implantar na frota o sistema de rastreamento e monitoramento via GPS (Sistema de Posicionamento Global, em inglês).
Através da nova tecnologia, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) acompanhará, em tempo real, a movimentação de todos os ônibus que circulam na capital e em Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, municípios que formam a Grande Aracaju. Ao todo, são 515 ônibus com GPS, responsável por transmitir à SMTT e às empresas permissionárias todas as informações relacionadas ao trajeto dos veículos.
Toda a frota já está equipada, mas, como as empresas ainda estão preparando a instalação do sistema nos seus computadores, a previsão é de que a implantação total do monitoramento seja concluída no início de dezembro. Aqui na SMTT nós já temos um mapa técnico à nossa disposição, através do qual acompanhamos em tempo real tudo o que está acontecendo com relação aos ônibus. Todas as linhas podem ser visualizadas instantaneamente. Com a implantação desse sistema on line, temos condições de resolver os problemas com mais rapidez, explica o diretor de Trânsito da SMTT, Orlando Sérgio.
Para ele, a inovação ajudará a garantir a segurança da população e a qualidade do serviço de transporte público. Se algum carro quebrar durante o percurso, seremos avisados pelo sistema, para que o problema seja solucionado de imediato. Saberemos também, em tempo real, quando um carro está parado com o motor ligado, quando ele está acima da velocidade permitida em cada via, se o motorista está realizando o percurso correto e até mesmo o tempo que ele leva para fazer um determinado trajeto, coibindo assim possíveis atrasos, detalha Orlando.

Planejamento
Além da fiscalização instantânea do serviço público de transporte, Orlando Sérgio acredita que um dos maiores benefícios trazidos pela tecnologia é a possibilidade de melhorar o planejamento e a organização. Com as informações que recebo instantaneamente, posso fazer um relatório sobre a eficiência de cada linha. Através desses relatórios, podemos analisar se determinado local precisa de mais uma linha, se o trajeto percorrido é o ideal para os passageiros ou até mesmo se tem muitos carros em uma linha transportando poucas pessoas. O GPS auxiliará bastante na execução do nosso planejamento, comemora.
Segundo ele, os fiscais da SMTT continuarão ocupando os mesmos postos de trabalho, apesar da implantação do sistema GPS. O monitoramento via satélite é um adicional na qualidade do transporte, não vai tirar o emprego de ninguém. Até porque precisamos dos fiscais para continuar organizando o fluxo. É a mesma situação do cobrador de ônibus, que continua empregado, mesmo com a implantação da bilhetagem eletrônica, lembra Orlando Sérgio.

Bilhetagem
Ao lado do monitoramento via GPS, outro recurso eletrônico facilita o trabalho da SMTT e ajuda a garantir o bom funcionamento do transporte público. Implementada em 2007, a bilhetagem eletrônica é um serviço que vem avançando com o passar do tempo. As informações referentes ao uso do cartão Mais Aracaju pela população e das catracas eletrônicas são captadas pelo triângulo de antenas das empresas de transporte e recebidas pelo sistema ‘Mercury Report Center´.
No momento que o motorista entra no ônibus e passa o cartão funcional dele na catraca, sabemos que ele vai começar o serviço. Quando ele muda de linha, também somos informados, quando o fiscal passa o cartão na catraca. Essas informações nós não recebemos em tempo real, porque custaria muito caro e não são dados tão urgentes. Mas em um prazo de 24 horas já temos um relatório detalhado no sistema, afirma Orlando Sérgio.
Os dados relacionados aos passageiros do transporte coletivo também são utilizados nos relatórios do órgão, a fim de evitar fraudes na utilização do Cartão Mais Aracaju. Temos à disposição o extrato do cartão de todos os usuários. Por isso, é possível identificar quando uma pessoa está utilizando um cartão que não é seu. Por exemplo, se um estudante da Universidade Federal de Sergipe mora no conjunto Marcos Freire e seu cartão é utilizado todos os dias em uma linha da Universidade Tiradentes, saberemos que se trata de uma fraude e o cartão será automaticamente bloqueado, informa o diretor de Trânsito da SMTT.

Ouvidoria
Com a implantação do sistema GPS, as solicitações e reclamações feitas pela população com relação ao transporte público serão analisadas com maior rigor. Como estou acompanhando a movimentação dos ônibus, eu posso conferir a ausência de linhas solicitadas pela população ou até mesmo se o carro realmente quebrou, informa Orlando Sérgio, ao mostrar as solicitações registradas pelo serviço de Ouvidoria da SMTT.
Durante todo o dia, dois funcionários recebem em média 60 telefonemas, que nos ajudam a melhorar cada vez mais o serviço de transporte público, informa o coordenador de Projetos e Estudos da SMTT, Diogo Crispim.
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Espera média por transporte público em BH foi de 24 minutos em 2022

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O Relatório Global sobre Transporte Público produzido pelo Moovit, popular aplicativo de mobilidade urbana, divulgado na última terça-feira (24/1), revelou que em 2022 o belo-horizontino esperou em média 24 minutos em pontos e paradas durante uma viagem em dias úteis. Só ficou atrás apenas de Recife onde o usuário esperou 27 minutos. Também foram  levantados dados sobre o Tempo de Viagem, Distância Percorrida, Incentivos ao Uso de Transporte Público e etc.

Comparando com outras cidades brasileiras, o usuário de transporte público em BH ainda precisou esperar mais do que o Paulista, que aguarda em média 18 minutos, e o Carioca - 21 minutos. Na capital mineira, 47,5% das pessoas ficam em esperas longas de 20 minutos ou mais durante uma viagem, o que é considerado uma experiência ruim, e apenas 9,2% esperam menos do que cinco minutos.
No quesito, BH ainda ocupa a oitava posição em um ranking internacional, “ganhando” de cidades como Aguascalientes (37 minutos), no México, Palermo e Trapani (29min cada), na Itália. O levantamento inclui dados sobre o uso de ônibus, metrô, trem e outros modais de transporte.

A pesquisa da Moovit foi feita utilizando os dados dos usuários, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo complementada por um questionário respondido por 33 mil usuários de dez cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

No Brasil o aplicativo já foi baixado mais de 100 milhões de vezes na PlayStore (Android) e ocupa a 3ª colocação na categoria “navegação” na Apple Store (iOS).

Tempo de Viagem

Para Marcelo Amaral, especialista em mobilidade urbana e coordenador de projetos do movimento NossaBH - grupo que faz pesquisas em políticas públicas da capital -, esse tipo de levantamento do Moovit é fundamental para pensar e refletir sobre o transporte. “Não necessariamente a gente precisa deles para dizer se o transporte está ruim ou bom, mas são importantes para o planejamento da Gestão Pública”, comentou.

Fundamental para a integração da cidade, o transporte público de Belo Horizonte tem sido alvo de constantes debates que, nos últimos meses, levaram a greves no metrô e greves nos ônibus.

O usuário que precisa enfrentar os problemas dos modais, no entanto, tem gastado em média 1 hora em deslocamento, tempo que inclui o tempo de caminhada, espera e no transporte.

A Capital Mineira é a quarta cidade no quesito, atrás de Rio de Janeiro (67 min), Recife (64 min) e São Paulo (62 min). Em BH 30,27% dos usuários fazem trajetos de 1 a 2 horas em viagens consideradas de média duração e quase 7% fazem viagens de 2 horas ou mais

Marcelo destaca toda a infraestrutura como fator determinante para reduzir os tempos de espera e viagem, comparando com outras cidades, principalmente aquelas que possuem mais de um milhão de habitantes. 

“A gente fala muito de metrô que é nosso sonho de consumo a décadas e que é uma solução rica, mas não dá para esperar só ele como solução. Os corredores de ônibus BRT (Move) é uma solução que BH começou a implantar, mas parou. Os corredores são um grande ganho para quem faz longas distâncias para reduzir, tanto o tempo de espera, quanto o tempo de viagem. É uma infraestrutura que tende a melhorar muitos fatores”, explicou Marcelo Amaral.

O especialista ainda destaca o BRT da Avenida Amazonas, como algo que a gestão pública deveria se ater em implantar. Em setembro do ano passado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmou um acordo com o Banco Mundial para melhorias na Avenida, onde serão investidos mais de US$ 100 milhões. A expectativa é que a fase de elaboração dos projetos seja concluída em dois anos, após esse prazo as obras devem ser iniciadas.

Distância Percorrida

O levantamento do Moovit também demonstra que o belo-horizontino percorreu uma distância média de 7,82 Km por viagem. A cidade ocupa a sétima colocação entre as participantes brasileiras da pesquisa. Brasília aparece como a primeira colocada com a distância média sendo 12,41 Km, seguida por Rio de Janeiro com 11,42 Km, e Recife com 8,22 Km.

O Moovit ainda considera trajetos que percorrem mais de 12 Km como viagens longas. Nesse sentido, em BH apenas 17,8% dos usuários percorrem essa distância em uma viagem. No Distrito Federal, 39,4% das pessoas fazem viagens de percurso longo, e no Rio de Janeiro 33,5%.

“A cidade vai se alastrando e as oportunidades não se alastram na mesma velocidade das pessoas que vão morar muito longe. O primeiro passo da cidade é o planejamento urbano, o Plano Diretor. Sendo um plano bem feito, que adensa ao longo dos corredores, tende a diminuir o tempo de viagem e as distâncias percorridas”, disse Marcelo, que destacou a política urbana como um primeiro fator a ser melhorado.
“O segundo fator é o transporte de qualidade. A velocidade depende da prioridade ao longo do corredor. Por que as faixas exclusivas são tão importantes nas grandes avenidas? pois assim os ônibus andam mais rápido do que os carros”, ressaltou Marcelo Amaral.

Incentivo ao uso do Transporte Público

Outro destaque da pesquisa promovida pelo aplicativo é a pergunta feita aos usuários: "O que faria você usar transporte público com mais frequência?". Em BH 29% dos usuários responderam que mais veículos e um tempo menor de espera seria um bom incentivo, 19,5% reivindicam passagens mais baratas e outros 15,3% horários confiáveis.

Para Marcelo, a pergunta ajuda a entender o porquê as pessoas deixam de usar o transporte público e usam outros modos. O especialista destaca a ascensão social como um dos fatores que possibilita a compra de motos e carros, no entanto, não existe solução para as cidades que seja baseado em automóveis individuais.

“A ideia de que o transporte público precisa ser atraente é fundamental. O que faria você usar? O ideal é sempre a pessoa esperar um pouco, ser barato e rápido até o destino dela. Não necessariamente dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Não dá para tornar a passagem mais barata, por exemplo, se você não tiver outra fonte de financiamento, que é o que BH faz com subsídio”, completou Marcelo Amaral.

Em nota a Prefeitura de Belo Horizonte informou que tem trabalhado para aprimorar o acesso da população ao transporte coletivo, e ainda reforça que são realizadas ações de fiscalização para melhorar o tempo de espera e garantir o cumprimento do quadro de horários.

Informações: Estado de Minas
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Política Nacional de Mobilidade Urbana é debatida em Curitiba

sábado, 14 de abril de 2012

Autoridades nacionais de trânsito e transporte e gestores do setor de todo o Estado estão em Curitiba debatendo a nova política nacional de mobilidade urbana, que vigora a partir desta sexta-feira (13). As discussões acontecem no 4º Encontro de Secretários e Dirigentes do Transporte Público no Paraná, que acontece no Espaço Rotary, na Urbs.

O evento é organizado pela Regional Paraná da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e conta com a participação do presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires e do diretor do órgão, Carlos Mantovani Néspoli.

“Esse encontro é uma grande oportunidade para o debate e a avaliação de proposições e soluções em cidades de médio e grande porte, em áreas como mobilidade, segurança e qualidade de vida nesses centros urbanos”, disse a diretora da Regional Sul da ANTP, a engenheira Rosangela Battistella.

A realização do encontro coincide com a entrada em vigor, oficialmente, da Lei Federal número 12.587/2012, a nova legislação para melhorar a mobilidade urbana nos grandes centros.
Na abertura do fórum o presidente da Urbs, Marcos Isfer destacou a ANTP como antiga e tradicional parceira da Prefeitura de Curitiba na discussão e o aprimoramento das ações do transporte coletivo, adotadas pela capital desde 1974, quando começou a funcionar o Sistema de Ônibus Expresso.

Ao comentar a Lei da Mobilidade Urbana, Isfer lembrou que o ir e vir nos centros urbanos sofrerá mudanças no médio prazo. “Quem tem carro perderá privilégios, e quem usa o transporte público ganhará direitos”, salientou.

Experiências – O presidente da ANTP, Ailton Brasiliense, frisou que o encontro, além de endereço para uma troca de experiências de políticas de transporte e trânsito em cidades paranaenses que enviaram representantes, como Foz do Iguaçu, Pato Branco, Francisco Beltrão e Ponta Grossa, serve para a discussão de caminhos comuns para uma qualidade de vida urbana sempre melhor.
“Se o poder público – através do Congresso, das assembléias legislativas e câmaras municipais – a iniciativa privada e organismos como a ANTP realizarem discussões e trabalhos que visam o aperfeiçoamento das infraestruturas urbanas, já teremos dado um enorme passo capaz de viabilizar, na prática, o que preconiza a Lei da Mobilidade que entra em vigor nesta data”, disse Brasiliense.

O superintendente da ANTP, Luiz Carlos Néspoli, explicou aos participantes que a mobilidade já foi tema de debates para sua inclusão na Constituição do Brasil, que é de 1988. “Vale lembrar que determinadas proposições vêm de algum tempo até sua implementação, como o Código de Trânsito Brasileiro, por exemplo, colocado na pauta do Congresso Nacional em 1993, mas só implementado cinco anos depois”.

Processo – Marcos Isfer considera que a Lei de Mobilidade Urbana foi viabilizada, graças a um tripé formado pela Constituição de 1988, o Código de Trânsito Brasileiro, de 1998, e o Estatuto das Cidades, de 2001.
“Até 15 anos atrás, o tema não era considerado prioritário pelos administradores municipais, mas foi a evolução urbana que provocou o debate exigindo alternativas de transporte, como a bicicleta, e mesmo o aperfeiçoamento do transporte público em ônibus, que sensibilizou dirigentes, que hoje procuram recursos e mecanismos capazes de viabilizar s políticas de desenvolvimento urbano”, disse.

Ao falar sobre o desenvolvimento do transporte urbano integrado em Curitiba, Isfer lembrou que, depois da implantação das vias exclusivas para ônibus – as canaletas, em 1974 -, vieram aperfeiçoamentos como o a integração físico-tarifária, o sistema pré-pago de embarque, os embarques em nível nas estações-tubo e, mais recentemente as ultrapassagens nas canaletas pelos expressos Ligeirões.

Modelo – Ailton Brasiliense, da ANTP, afirmou que  experiência curitibana, até hoje modelo para centros urbanos do país e do mundo, com deslocamentos com modais sobre pneus, ainda tem longa sobrevida. “Curitiba mostra uma evolução constante no transporte.

Prova disso é a ampliação da malha de vias segregadas, com veículos cada vez maiores, rápidos e confortáveis e a recente decisão da cidade em desalinhar as estações-tubo com o alargamento desses mesmos eixos. São ações que permitem a livre circulação dos ônibus com um mínimo de paradas, concorrendo com os paradores. Medidas de planejamento que mostram que Curitiba avança dentro do seu próprio pioneirismo para que este modelo de transporte continue eficiente”, salientou.

Presenças – Participam do  encontro, ao longo de toda esta sexta-feira (13), além dos dirigentes da ANTP e o presidente da Urbs, o secretário municipal de Trânsito, Marcelo Araújo e diretores, representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e gerentes responsáveis pelo transporte e trânsito no Paraná.

Lei pretende melhorar qualidade de vida urbana
A Lei 12.487 / 2012, que trata da Mobilidade Urbana e entra em vigor a partir desta sexta-feira, 13 de abril, tem como objetivos melhorar a acessibilidade e a mobilidade das pessoas e cargas nos municípios e integrar os diferentes modos de transporte. A legislação, que institui as diretrizes da chamada Política Nacional de Mobilidade Urbana, foi sancionada em janeiro e dá prioridade a meios de transporte não motorizados (como bicicletas) e ao serviço público coletivo. Objetiva ainda a integração entre os modos e serviços de transporte urbano.

A nova legislação prevê instrumentos para aperfeiçoar a mobilidade urbana nas grandes cidades, como a restrição da circulação de veículos em horários predefinidos. Permite também a cobrança de tarifas para uso da infraestrutura urbana, bem como espaços reservados exclusivamente ao transporte coletivo público, estabelecendo ainda políticas para estacionamentos públicos e privados.

São os principais pontos da Política Nacional de Mobilidade Urbana:• Prioridade dos modais de transporte não motorizados e dos serviços públicos coletivos sobre o transporte individual motorizado;
• Reserva de espaço exclusivo nas vias públicas ao transporte coletivo e meios de transporte não motorizados;
• Restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados;
• Probabilidade de cobrança pelo uso da infraestrutura urbana, desestimulando assim o uso de  determinados modos e serviços de mobilidade. A receita, segundo a lei, será aplicada exclusivamente em infraestrutura urbana destinada ao transporte coletivo ou transporte não motorizado. E ainda será usado no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público.
• Definição de padrões de emissão de poluentes para lugares e horários determinados, podendo condicionar o acesso e a circulação aos espaços urbanos sob controle.
• É direito dos usuários participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de mobilidade urbana.

Fonte: Correio do Brasil


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Prefeito de BH admite carências do transporte e trânsito

sábado, 30 de agosto de 2014

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) falou na manhã desta sexta-feira no Seminário Diálogos Capitais Metrópoles Brasileiras Mobilidade – Modelo de Transporte Público para o Brasil – sobre as carências e necessidades de Belo Horizonte em infraestrutura para os próximos anos. Ele admitiu que a capital não acompanhou a demanda pelo transporte público, por isso amarga congestionamentos e baixa qualidade de vida. 

Segundo Lacerda, com 2,5 milhões de habitantes, BH precisa de um investimento de R$ 43 bilhões para infraestrutura, sendo 24 bilhões deste dinheiro para a mobilidade urbana. “É um recurso necessário para o desenvolvimento adequado do transporte urbano. BH tem hoje um serviço de transporte que não é de excelente qualidade, mas na comparação com outras capitais é um dos melhores do Brasil. Obviamente precisa de investimento e este é o desafio”, afirma. 

Para o prefeito, aliado ao investimento, outra tarefa desafiadora é o planejamento urbano integrado na região metropolitana, que tem hoje 6 milhões e habitantes. “BH tem uma governança metropolitana integrada que é boa, que segura a deterioração do espaço urbano. Mas, este planejamento metropolitano com cidades vizinhas é sempre necessário”, disse. 

Lacerda ainda disse que BH teve em 10 anos um desenvolvimento acelerado das frotas de automóveis nas ruas e por outro lado, a estrutura viária não teve grande expansão. Segundo ele, o transporte público não acompanhou a demanda e com isso a cidade registra congestionamentos e baixa qualidade de vida. 

No entanto, o prefeito disse que a administração municipal está atenta a todos esses quesitos e vem trabalhando desde 2009 com a Conferência Municipal de Política Urbana, que representou um avanço. Para ele, o evento ajudou a frear um pouco a verticalização desordenada e com a conferência deste ano – que está para ser votada na Câmara – será possível traçar melhor planejamento da mobilidade. 

PlanMob

De acordo com Lacerda, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PlanMob) mostrou que de 2002 para 2012 o número de viagens em coletivos passou de 43,7% para 23,6%, enquanto o transporte individual passou de 28,4% para 34,8%. É claro que este segundo dado inclui bicicletas e motos, mas grande parte reflete o aumento da frota de automóveis. Outro dado do PlanMob é a baixa velocidade média no transporte coletivo, problema que para o prefeito, precisa ser estancado. 

O PlanMob prevê investimento para avanços até 2020. Os corredores de BRT Move devem chegar a 160 quilômetros na capital e o metrô a 60 quilômetros de extensão. O plano também prevê outros 100 vias com faixas exclusivas de ônibus no modelo que foi implantado na Avenida Dom Pedro II. 

Tarifa

O desejo da população de isenção de tarifas no transporte público vai ficar no sonho. O prefeito disse que não é possível a gratuidade para todas as pessoas, pois atualmente o benefício já representa de 5% a 20% do total de passagens. “O tesouro municipal não tem recurso para subsidiar em 100% o transporte público”, disse Lacerda. 

Evento

O seminário de hoje é um evento da série Diálogos Capitais Metrópoles Brasileiras, dessa vez com o assunto Mobilidade – Modelo de Transporte Público para o Brasil. Entre os palestrantes estão André Rodrigues de Oliveira, gerente de produtos para os Sistemas de Ônibus Urbanos da Scania Latin América; Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da ANTP-Associação Nacional de Transportes Públicos; Ermínia Maricato, urbanista Faculdade de Arquitetura de Urbanismo da USP e ex-Secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano de São Paulo; Ramon Victor Cesar, Presidente da BHTrans e Guilherme Narciso de Lacerda, Diretor das Áreas de Infraestrutura Social, Meio Ambiente e Agropecuária e Inclusão Social do BNDES.

Por Luana Cruz e Valquiria Lopes
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Licitação do transporte público da Grande Aracaju é marco histórico para a região metropolitana

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Está disponível no portal da Prefeitura de Aracaju o edital de licitação do transporte coletivo da Grande Aracaju, aprovado no último dia 28 de maio, por unanimidade, pelos prefeitos dos municípios de Aracaju, de Nossa Senhora do Socorro, de São Cristóvão e da Barra dos Coqueiros, além do Governo do Estado que, juntos, formam o Consórcio Metropolitano. A publicação do documento marca o início de um processo licitatório histórico, que deve atrair empresas nacionais interessadas em operar na região.

A proposta inicial do edital foi desenvolvida com ampla participação popular, por meio de uma consulta pública online, disponibilizada no portal da Prefeitura de Aracaju e que contou com mais de 500 colaborações de diversos setores da sociedade. Todas as sugestões foram rigorosamente analisadas e respondidas por técnicos da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), contratada pela Prefeitura de Aracaju para a elaboração dos estudos que resultaram na proposta inicial do edital, o qual prevê que a frota de 473 ônibus, dividida em dois lotes, terá idade máxima de cinco anos e meio e será gradualmente equipada com ar-condicionado.

Sem as intervenções planejadas e agora expressas no edital, o custo da passagem subiria para R$ 8,12. No entanto, com a garantia de um subsídio anual de R$ 126 milhões pagos pelos quatro municípios envolvidos, o valor da tarifa será reduzido para R$ 5 a partir de janeiro de 2025. Esse subsídio será rateado proporcionalmente entre os municípios, sendo 61% de responsabilidade de Aracaju, 26% de Nossa Senhora do Socorro, 12% de São Cristóvão e 5% da Barra dos Coqueiros.

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, que preside o Consórcio, classifica a licitação como “marco histórico” para a região metropolitana. “Graças a essa iniciativa, vamos passar a ter um transporte público de qualidade para a população, com ônibus novos, com ar-condicionado e que atenderá as demandas do povo. Esse é o resultado da somação de esforços das prefeituras e do Governo do Estado, que estão trabalhando para garantir mais conforto e segurança para essa região que utiliza diariamente o transporte público”, afirmou.

O diretor-executivo do Consórcio Metropolitano e superintendente de Transportes e Trânsito de Aracaju, Renato Telles, declarou que o edital, que será publicado no dia de hoje, no Diário Oficial e em jornais de grande circulação do país, significa um marco histórico e de extrema relevância, representando mais um compromisso do prefeito Edvaldo Nogueira com Aracaju e a região metropolitana.

"Eu volto um pouco no tempo para dizer que esse trabalho começou lá em 2017, com a requalificação de pavimentos, a introdução de faixas exclusivas e corredores de transportes, a requalificação dos terminais de ônibus, a qualidade do transporte, abrigos de ônibus, a constituição do Consórcio pelos prefeitos, a contratação da ANTP, que foi fundamental no processo de construção deste edital, a contribuição de servidores das quatro cidades e governo do Estado", afirmou.

Telles mencionou ainda que a consulta pública foi extremamente exitosa, recebendo 550 contribuições de diversas naturezas, cujos resultados e respostas estavam disponíveis online para todos. "Com base nessa consulta, o edital foi revisado, ajustado e algumas demandas da população dos quatro municípios foram atendidas. Agora, o edital tem uma previsão legal de 25 dias úteis para ter a cessão e a ampla concorrência nacional. Vamos aguardar esse prazo para sabermos as empresas vencedoras", frisou.

Atualmente, o transporte público da região metropolitana de Aracaju atende diariamente 170 mil usuários, totalizando 3,5 milhões de passageiros ao mês. A expectativa é que as melhorias propostas elevem a qualidade do serviço, trazendo benefícios diretos para a população.

Transparência

Na busca por transparência e participação da sociedade, o prefeito Edvaldo adotou uma atitude inovadora: entregou a proposta inicial do edital de licitação do Transporte Público pessoalmente a órgãos fiscalizadores, incluindo o Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE), a Câmara Municipal de Aracaju, o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE) e o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE).

A entrega do edital para análise dos Poderes e órgãos de fiscalização e controle não foi uma determinação ou exigência jurídica, mas sim uma iniciativa espontânea do gestor da capital, no intuito de ampliar a transparência do processo licitatório.

Essa ação espontânea, amplamente elogiada e reconhecida pelos chefes dos Poderes, evidencia um compromisso inequívoco da Prefeitura de Aracaju com a isenção e a lisura desse processo histórico não apenas para Aracaju, mas para toda a região metropolitana.  

Além de levar o edital aos chefes dos Poderes, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Procuradoria-Geral do Município, também entregou cópia da proposta inicial à seccional sergipana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE).

Informações: SMTT

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Consórcio Metropolitano da Grande Aracaju trará melhorias no transporte público para a população

domingo, 3 de dezembro de 2023

Em breve, os moradores das quatro cidades que formam a Grande Aracaju irão dispor de um sistema de transporte público de melhor qualidade. Isso porque está em curso a instalação do Consórcio do Transporte, uma iniciativa que integra as prefeituras de Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, e o governo do Estado. O consórcio levará à criação de uma entidade pública que definirá o formato do sistema de transporte coletivo da região metropolitana de Aracaju e as obrigações de cada ente na gestão do serviço. Por ser a mais populosa entre as quatro cidades, Aracaju terá a competência de administrar a autarquia, mas todas as discussões serão conduzidas de forma coletiva. Criado o consórcio, será publicado, em breve, o edital para a licitação do transporte coletivo, instrumento que representa um importante avanço para esses quatro municípios.

O sonho de transformar o consórcio em realidade vem de longe. A sua criação tem sido tema de discussões desde 2017, mas devido à pandemia, o processo precisou ser adiado. Desde o início do mês de outubro deste ano, os prefeitos Edvaldo Nogueira (Aracaju), Padre Inaldo (Nossa Senhora do Socorro), Marcos Santana (São Cristóvão) e Alberto Macedo (Barra dos Coqueiros) vêm promovendo reuniões para discutir a sua instalação. Eles se debruçaram sobre o diagnóstico detalhado do transporte coletivo na Grande Aracaju, estudo esse que foi conduzido pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), entidade contratada pela Prefeitura de Aracaju no final do ano passado, com um investimento de R$1,9 milhão. O consórcio conta ainda com a participação do Governo do Estado. O governador Fábio Mitidieri esteve presente nas reuniões de instalação e de discussão para adoção de medidas que visem a melhora do transporte. No dia 13 de novembro foi anunciado pelos quatro gestores municipais e pelo governador a instalação do consórcio. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, ressaltou também que a meta é, até o início de 2024, ter o edital para a licitação do transporte coletivo.

Ainda de acordo com Edvaldo Nogueira, a gestão municipal de Aracaju se inscreveu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, iniciativa que abre linha de crédito para que as prefeituras e governos estaduais possam comprar ônibus e fazer comodato com as empresas. “Entramos nesse projeto com 40 novos ônibus para fazer a renovação da frota. O projeto já está no BNDS e pretendemos que até o começo do ano que vem já esteja aprovado. A ideia do consórcio é também realizar, até o primeiro semestre de 2024, a licitação do transporte coletivo. Teremos mais reuniões do comitê para que, em meados de março ou abril, já possamos estar com o edital da licitação do transporte coletivo de Aracaju e região metropolitana. Os quatro prefeitos e o governo do Estado, juntos, estamos trabalhando pela melhoria do transporte coletivo das nossas cidades”, afirmou.

Estrutura do consórcio
O consórcio do transporte público será uma autarquia que terá uma sede própria, estatuto e regulamento. Como prefeito da maior cidade entre as quatro, o gestor de Aracaju, Edvaldo Nogueira, assume a presidência do consórcio, e o superintendente de Transportes e Trânsito de Aracaju, Renato Telles, a Diretoria Executiva. O governador Fábio Mitidieri e os demais prefeitos das cidades da Grande Aracaju também terão participação efetiva. Com a criação do consórcio metropolitano, todas as decisões sobre o sistema de transporte coletivo serão tomadas coletivamente, tanto do ponto de vista da fiscalização, como das discussões das linhas, entre outros pontos.

Congelamento da tarifa
Em assembleia extraordinária do Consórcio Metropolitano da Grande Aracaju, realizada no dia 22 de novembro, com participação dos prefeitos das quatro cidades, do governador Fábio Mitidieri e demais membros da autarquia, o prefeito Edvaldo Nogueira anunciou o congelamento da tarifa e a concessão de um subsídio pela prefeitura da capital para o transporte público da região metropolitana, sistema que atende, diariamente, 170 mil usuários, totalizando 3,5 milhões passageiros ao mês.

O prefeito destacou ainda que a instalação se divide em dois momentos: o primeiro é um conjunto de ações emergenciais. “A primeira medida será o congelamento do preço das passagens, que já são caras para quem paga, e insuficientes para as empresas. Então o preço da passagem será de R$ 5,00, sendo que os passageiros pagarão apenas  R$ 4,50, e o restante, necessário para financiar o sistema de transporte, será arcado pela Prefeitura de Aracaju, com o valor de um milhão e seiscentos mil reais por mês a partir de janeiro, e um milhão e trezentos mil reais já para os meses de outubro, novembro e dezembro deste ano”, disse, explicando ainda que no próximo ano haverá a renovação de 20 novos ônibus nas empresas de transporte coletivo.

Esta iniciativa foi adotada com base em estudo realizado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) da capital, que identificou a necessidade de aumento da tarifa do transporte coletivo.  O Projeto de Lei para concessão do subsídio foi encaminhado à Câmara Municipal de Aracaju no dia 23 de novembro para ser apreciado pelos vereadores.

O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo, destacou que o consórcio tem um grande desafio, que é o de fazer com que aconteça a licitação do transporte coletivo. “Essa é a grande esperança para que se melhore a qualidade do transporte público. Neste momento, o prefeito Edvaldo Nogueira assumiu o compromisso de ajudar no subsídio às empresas de transporte, que passam por dificuldades, congelando assim o preço da passagem para a população”, disse.

Informações: Governo de Sergipe

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