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Maior desafio do BRT/Move é melhorar desempenho no Centro de Belo Horizonte

segunda-feira, 10 de março de 2014

Conforto nos ônibus e muitos ajustes a serem feitos. Esse foi o balanço das viagens realizadas pela reportagem do Estado de Minas e a avaliação de boa parte de passageiros e motoristas no primeiro dia de operação comercial do BRT/Move, sistema de transporte rápido por ônibus de Belo Horizonte. No balanço da BHTrans, 15 mil pessoas embarcaram ontem nas três linhas do sistema das 5h às 16h. Os novos veículos, que em uma primeira etapa começaram a circular pela Avenida Cristiano Machado, Centro, Savassi e área hospitalar, encantaram usuários pela comodidade, mas houve reclamações sobre problemas como falta de informação, pouca sinalização das estações e pontos de ônibus, televisores incapazes de informar corretamente o horário de chegada e partida dos coletivos e portas dos ônibus trafegando abertas (veja quadro). Parte dos passageiros também se disse em dúvida sobre a agilidade do sistema, principalmente por causa do tempo de espera nas estações, semáforos ao longo do caminho e o trânsito no Centro da cidade. 

O BRT/Move começou a operar com três linhas: a 83D, que faz o percurso direto entre a Estação São Gabriel, na Região Nordeste, e a Região Central; a 83P, que cumpre o mesmo trajeto parando ao longo de oito estações na Cristiano Machado; e a 82, que vai da Estação São Gabriel à Savassi, passando pela área hospitalar. Às 4h da manhã o sistema deu a largada com problemas de comunicação. Apesar do anúncio da BHTrans de que os dois primeiros ônibus articulados do BRT sairiam da parte antiga da Estação São Gabriel, dois coletivos partiram vazios da ala nova do terminal. Nem mesmo os agentes da empresa que administra o trânsito da capital se deram conta de que os veículos já tinham partido. Só quando o terceiro articulado foi levado à parte mais antiga é que quatro passageiros puderam entrar. Depois que o ônibus embicou na Avenida Cristiano Machado, o porteiro Rogério da Silva, de 46 anos, ficou aliviado. “Acho que sou o primeiro passageiro do BRT. O ônibus é confortável e tem ar-condicionado, o que ajuda bastante, mas um sistema desse tipo não pode falhar por falta de informação”, disse.

A equipe do EM fez 10 viagens completas no novo sistema, que se inspirou no metrô para ganhar eficiência. No BRT, pontos de embarque dão lugar a estações, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e são articulados, maiores que os convencionais.
A bordo, uma das constatações é de que o principal desafio da BHTrans será melhorar o desempenho do BRT/Move na área central. Por várias vezes, o tempo gasto entre a Estação São Gabriel e o Hipercentro é quase o mesmo para se percorrer um curto trecho entre as estações São Paulo, na Avenida Santos Dumont, e Tamoios, na Avenida Paraná. Numa viagem na linha 83D, o articulado foi em 16 minutos da Estação São Gabriel à Avenida Santos Dumont. Entretanto, levou mais 10 minutos apenas para continuar até a Avenida Paraná. Às 8h30, a reportagem gastou apenas 11 minutos da Estação São Gabriel à Avenida Santos Dumont, tempo abaixo dos 15 minutos estipulados pela BHTrans como meta para o trajeto. Na linha 83P, o novo sistema levou de 22 a 28 minutos para cumprir o trajeto entre a Avenida Santos Dumont e a Estação São Gabriel, enquanto a meta da BHTrans é de 30 minutos.

Já a linha 82, que vai até a Savassi via hospitais, gastou 32 minutos, às 5h da manhã, para ir da São Gabriel à Savassi. Às 9h, esse tempo aumentou para 43 minutos, muito por conta de engarrafamento na Avenida dos Andradas e na Av. Francisco Sales, onde não há faixa exclusiva para o BRT/Move. A bordo do ônibus estavam a professora Giane Barbosa, de 46, e sua filha Daniela, de 17. “Gastamos quase o mesmo tempo em relação ao ônibus comum, mas o BRT é muito mais confortável”, afirmou Giane.

HORA CERTA - Houve problemas com a a pontualidade do BRT/Move, apresentada como uma das vantagens do sistema. Nas estações, nem sempre havia informações sobre o horário do ônibus e, em algumas situações, o usuário foi deixado para trás. Dois ônibus passaram direto da Estação São Paulo, na Avenida Santos Dumont, e a costureira Norma Moreira ficou nervosa. O alívio veio quando finalmente conseguiu embarcar. “Ele demorou muito para chegar, mas é muito mais confortável”,  diz. Houve passageiros que esperaram mais que o anunciado no painel, como o empresário Robson Augusto de Oliveira, de 42. Apesar de o painel indicar que o articulado chegaria em 14 minutos, ele acabou aguardando 20 minutos. 

Segundo a BHTrans, o tempo médio de intervalo entre as viagens foi de cerca de 7 minutos. A linha 82 fez 41 viagens, com tempo médio de 1h11 minutos, ida e volta. A linha 83D também fez 41 viagens, com tempo médio de 49 minutos, ida e volta. Já a linha 83P realizou 39 viagens. O tempo de ida e volta foi de 1h2min. Levando em conta as metas da BHTrans para cada trecho da viagem, as linhas 83P e 83D registraram tempo médio acima do previsto.

Informações: Estado de Minas


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BRT/Move melhora a vida dos usuários mas não reduz engarrafamentos

terça-feira, 19 de maio de 2015

Prometida como um dos benefícios da implantação do BRT/Move, a melhora do trânsito de Belo Horizonte foi tímida depois de um ano de funcionamento do sistema na comparação com os 12 meses anteriores. De acordo com dados do sistema de mapeamento on-line do site Maplink feito a pedido do Estado de Minas, a média de engarrafamentos nos horários de pico, entre 7h e 9h e entre 17h e 19h, caiu apenas 3,4% no período de funcionamento do BRT/Move, baixando de uma média de 89 quilômetros para 86. Um resultado modesto frente ao volume investido, da ordem de R$ 1 bilhão. Mais ainda, se for considerado que antes do Move muitas vias de BH estavam em obras para implantação do sistema e os poucos corredores exclusivos de ônibus tinham sido ocupados pelos canteiros, direcionando os ônibus para as vias de circulação comum.

Várias vezes a empresa de transporte e trânsito de BH indicou que a simples implantação do Move melhoraria o tráfego. No site da BHTrans sobre o BRT/Move, está destacada a informação de que a “retirada dos ônibus metropolitanos e municipais das pistas mistas” fará com que “a circulação de veículos melhore bastante e possibilite mais fluidez ao tráfego”. A empresa chegou a declarar que “na área central houve uma concentração dos ônibus na região da Paraná e Santos Dumont, aliviando, por exemplo, outras áreas do Centro que recebiam um grande volume de linhas”.

A redução de fato ocorreu, mas sem o desafogo previsto. De acordo com a BHTrans, no trecho entre a Avenida Portugal e o Anel Rodoviário, por exemplo, o número de ônibus que circulam durante o horário de pico pela manhã antes do Move caiu de 290 para 14. Entre o Anel Rodoviário e a Lagoinha, de 354 para 78. Já nas pistas mistas da Avenida Cristiano Machado o volume de ônibus municipais era de 293 e agora é de 135.

Na Avenida Antônio Carlos, por exemplo, a redução de ônibus por hora nos momentos de pico chegou a mais de 90%, e, na Cristiano Machado, a mais de 50%. A organização em corredores exclusivos e a alimentação das estações teria feito cair o tempo das viagens na Avenida Antônio Carlos de 75 minutos para 40 (– 46,7%) e, na Avenida Cristiano Machado, de 35 minutos para 20 (– 42,9%). O Move transporta cerca de 500 mil usuários por dia e conta hoje com uma frota de 450 veículos, entre ônibus articulados e os do tipo padron.

Para o doutor em Engenharia de Transportes e diretor da consultoria Imtraff, Frederico Rodrigues, o pequeno impacto na redução do tráfego era esperado. “O Move não necessariamente melhoraria o trânsito, pois sua implantação não pressupõe que os usuários de carros vão migrar para os ônibus. Isso leva tempo e amadurecimento de uma cultura. Além disso, o sistema não é tão capilar. Não leva a toda cidade”, afirma. 

Segundo Rodrigues, acabar com engarrafamentos é uma tarefa dificílima. Para fazer um comparativo, ele cita Belo Horizonte, onde 55% das pessoas utilizam o transporte coletivo, e Nova York, onde o índice é de 91%. “Nas duas cidades o que vemos nas vias durante o horário de pico? Engarrafamentos. A diferença, então, é que em Nova York você tem opções públicas de chegar mais rápido aos seus destinos, seja pelo metrô ou outros sistemas”, exemplifica. Esse fenômeno se explica pelo equilíbrio dinâmico da oferta e demanda, de acordo com o especialista. “Se você migra em grande quantidade para o sistema público, as ruas ficam mais vazias e se torna mais interessante usar o carro do que um metrô lotado. Com isso, em pouco tempo as vias urbanas voltam a ficar congestionadas. A tendência é sempre ter um equilíbrio”.

A BHTrans informou, por meio de nota, que não comentaria o estudo da Maplink por não ter conhecimento dos detalhes do levantamento, mas também não apresentou informações sobre o impacto do Move na fluidez do tráfego desde a sua implantação. A nota diz ainda que a principal missão do Move é “incentivar o uso do transporte coletivo. O objetivo é garantir um serviço de maior qualidade e aumentar a atratividade do sistema para o usuário do veículo privado e assim melhorar a mobilidade urbana na capital, priorizando o transporte coletivo e garantindo uma cidade melhor e mais sustentável”.

Por Mateus Parreiras
Informações: Estado de Minas

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Motoristas que vão guiar ônibus BRT destacam dificuldades após treinamento

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Manter a distância máxima de 13 centímetros entre o ônibus e a plataforma, parar os articulados de mais de 18 metros alinhando as portas de embarque e desembarque com os acessos dos terminais e controlar a velocidade para que tudo isso ocorra sem sobressaltos. Esses são procedimentos que estão sendo treinados por motoristas de empresas de coletivos de Belo Horizonte para dar início à operação do transporte rápido por ônibus (BRT) no sábado. Para quem já trabalha com veículos longos há anos, dirigir os novos coletivos é tarefa fácil. 

Complicado mesmo, segundo os profissionais, tem sido lidar com a largura das pistas, estreitas em alguns pontos, e com a proximidade que os veículos passam de pilares que sustentam passarelas de pedestres, onde há risco de acidentes, segundo eles. Outra queixa é sobre a falta de sinalização que indique nas plataformas onde o ônibus deve parar para não ultrapassar as portas da estação. Para o sindicato que representa os trabalhadores, o tempo foi exíguo diante de tantos detalhes que exigem muito treino, como as manobras em vias públicas e paradas nas estações.

Entre todas as recomendações, motoristas em treinamento destacaram nessa terça-feira uma que os preocupa muito: o cuidado com os pedestres. Muitas pessoas ainda cruzam as pistas a pé e mesmo com a promessa de fechamento de quase todo o corredor, os condutores temem que haja brechas para que pedestres cruzem as pistas do Move, como é chamado o BRT da capital.

Na preparação de ontem na Avenida Cristiano Machado, eles foram orientados por instrutores da empresa fabricante do chassi dos veículos ou por motoristas já treinados que passaram a atuar como multiplicadores nas empresas de transportes. O treino foi realizado com cada aluno por cerca de uma hora no trecho entre a estação de metrô São Gabriel e a Rua Jacuí, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste da capital. Um dos alunos, Reinaldo Ferreira, de 33 anos, que há 10 anos trabalho no transporte público, fez ressalvas sobre o sistema. “É preciso ter muita atenção ao passar perto das passarelas, porque o veículo é longo e a pista fica mais estreita perto das estruturas. Pode haver risco de acidente”, alerta, referindo-se à travessia elevada em frente ao Minas Shopping. Segundo ele, o problema se repete em vários pontos do corredor Cristiano Machado. “Na Antônio Carlos a situação é diferente. Lá o corredor é mais livre”, considera.

Das orientações do instrutor, Reinaldo destaca a recomendação sobre as pessoas que cruzam o corredor a pé. “O sistema ainda não começou a operar e ainda há muitas passagens para pedestres, que precisam ser mais bem sinalizadas para não haver risco de atropelamento. Temos que ter muito cuidado com isso”, alerta. A sinalização também foi uma queixa do motorista Reginaldo Gomes da Silva, de 50 anos, 18 deles dedicados ao transporte coletivo da capital. Mesmo com experiência como motorista de veículos longos, como carretas e caminhões no passado, Reginaldo teve muita cautela ontem para parar o ônibus articulado em uma das plataformas do Move. “Ainda falta instalar a faixa amarela que demarca o limite até o qual o ônibus vai na plataforma. Por isso estamos olhando o ponto em que as portas se encaixam nos vãos da estação”, explicou.

CORRIDO Para o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte, as três semanas dedicadas à preparação dos motoristas estão aquém do necessário. “Tem motorista reclamando que o veículo é longo demais para operar com tranquilidade, por causa da largura das vias. Estão tendo dificuldade de virar, já que os corredores não são compatíveis. Parecem que não mediram o espaço certo das vias em todos os pontos”, afirma o sindicalista Denilson Dorneles. Segundo ele, cerca de 100 condutores estão em fase de treinamento. “Ao todo, o número deve chegar a 900 profissionais”, diz Dorneles.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), a preparação que está sendo feita é apenas o início do treinamento e cada motorista terá o tempo necessário para se aprimorar com o novo sistema.

Possível atraso

Um lote de ônibus articulados com pelo menos 13 unidades pode não chegar a BH a tempo de integrar o sistema Move no prazo previsto, devido a problemas fiscais. Apesar do contratempo que pode afetar os planos da BHtrans em relação à estreia de três linhas troncais, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH garante que o cronograma será mantido. O Estado de Minas apurou que sete unidades de articulados foram entregues até o momento. Problemas com prazo já vinham sendo registrados, devido ao fato de as últimas especificações dos veículos terem sido repassados em cima da hora, como noticiou o EM no último mês.

Informações: Estado de Minas

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Ônibus rápido é alternativa para transporte público de BH

terça-feira, 1 de junho de 2010


São anos de estudos e indecisões em torno da melhor alternativa para o transporte coletivo da capital. São milhares de belo-horizontinos frustrados por não presenciarem a expansão do metrô. Enquanto isso, carros não param de inchar o trânsito da cidade.

Diante do cenário complexo, a prefeitura elegeu o Bus Rapid Transit (BRT) como a solução da mobilidade para usuários do transporte público na capital mineira. O ônibus rápido - que circula por vias exclusivas e só para em estações determinadas chega rodeado de promessas: redução do valor da passagem e do tempo de espera, além de viagens mais rápidas, confortáveis e seguras.

A capital anuncia que vai investir alto, mais precisamente R$ 1,026 bilhão (R$ 51,3 milhões dos cofres municipais e R$ 974,7 milhões em recursos do governo federal, via PAC), na implementação das quatro primeiras áreas de BRTs. A primeira delas, na avenida Antônio Carlos, está prevista para ser entregue em 2012.A mobilidade é uma das principais bandeiras do prefeito Marcio Lacerda, e, com o BRT, ele pretende eliminar dois problemas de uma só vez: atender às principais reclamações dos usuários de ônibus sobre a falta de qualidade do serviço e fazer aqueles que ainda não o utilizam a aderirem.

O maior desafio, segundo o gerente de coordenação de políticas de sustentabilidade da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Marcelo Cintra, será convencer os milhares de belo-horizontinos a deixarem os veículos na garagem e adotarem o ônibus. Segundo ele, uma das metas é fazer com que 10% das pessoas que hoje andam de carro migrem para o BRT nos próximos dez anos. "Não podíamos esperar mais 20 anos pelo metrô.

O BRT é uma solução viável e barata, implementada em cidades como Curitiba e Bogotá. O objetivo é evitar que a cidade pare. Não queremos que as pessoas deixem de usar o carro, mas que elas adotem o coletivo", diz Cintra.

O primeiro BRT circulará entre as avenidas Antônio Carlos e Pedro I. A justificativa é simples. Os ônibus precisam de uma via exclusiva para rodar e, com a duplicação, a escolha foi natural. Nesse mesmo raciocínio, a Cristiano Machado será a segunda a ter ônibus rápido. A Carlos Luz/Pedro II e o trecho central fecham a primeira fase do projeto.

A segunda etapa, que ainda não tem recursos garantidos, prevê que o BRT chegue a outras vias até 2020. Segundo o especialista em transporte e tráfego urbano, Ronaldo Guimarães Gouvêa, o BRT é um sistema melhor do que o atual, mas que não pode ser um substituto do metrô.

"O BRT tem uma possibilidade limitada. Poucas avenidas são largas o suficiente para implementá-lo. Isso impede que ele seja pensado de uma maneira mais ampla. O BRT é bem-vindo, mas não resolve o problema a longo prazo", analisa

Fonte: O Tempo
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BH inaugura novas estações do sistema de ônibus rápido

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A partir do próximo sábado (16), os usuários de transporte coletivo de Belo Horizonte (BH) terão acesso a duas novas estações do sistema de ônibus rápido da capital mineira, o BRT Move: Vilarinho e Venda Nova, ambas na região Norte.

Com as novas paradas, os usuários do sistema contarão com uma opção de deslocamento entre a Estação de Integração Vilarinho e o centro da cidade. Poderão ainda acessar pontos tais como a Avenida Carlos Luz, a Praça Raul Soares e o bairro Santo Agostinho com mais rapidez.

BRT

O sistema BRT oferece veículos modernos, confortáveis, com ar condicionado, que trafegam em pistas exclusivas, dando mais agilidade e melhorando o tráfego misto com a saída dos ônibus convencionais. Todos os ônibus contam com GPS e são monitorados por uma central, que controla a velocidade dos veículos, os horários de partida e o tempo de chegada nas estações.

Informações: PAC

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Belo Horizonte terá mais 114 km de ciclovias

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tão logo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) terminar recapeamento do asfalto, a BHTrans começará a construir mais ciclovias. A capital tem 114 quilômetros de projetos executivos já elaborados. A Avenida Olegário Maciel, na Regional Centro-Sul, receberá uma ciclovia, com tachões na pista para separar a área exclusiva. Na Avenida Otacílio Negrão de Lima foi feito recapeamento para completar a ciclovia da orla da Pampulha. Até julho, serão instalados mais 7,5 quilômetros, mas os projetos em outras avenidas da região – como na Atlântica, Tancredo Neves e Heráclito Mourão – estão parados.

Orçada em R$ 1,2 milhão, a obra no entorno da lagoa começou na quarta-feira. Segundo o supervisor do projeto Pedala BH, Mauro Luís Cardoso, esse trecho não pôde ser feito no mesmo nível que a calçada, como os 11,5 quilômetros já existentes, e uma parte da pista será separada aos ciclistas, a exemplo da Rua Professor Moraes. A pista de rolamento da Otacílio Negrão de Lima ficará com duas faixas para veículos, com 3,3 metros cada, e a ciclovia terá pista de 2,5 metros.
“A ciclovia bidirecional será feita de forma segregada na via. Mas a pavimentação ali estava muito deteriorada e por isso tivemos de esperar o recapeamento asfáltico para fazer um serviço de qualidade, ou correríamos risco de perder recursos”, explicou Mauro Luís, lembrando que o novo trecho ganhará sinalização vertical e horizontal, além de pintura.
Já na Avenida Fleming, entre a Otacílio Negrão de Lima e a Rua Sena Madureira, o trecho de pouco mais de um quilômetro, orçado R$ 150 mil, foi concluído. A ciclovia vai ligar o Bairro Ouro Preto e adjacências até o entorno do principal cartão0postal de BH, mais precisamente perto da Igreja de São Francisco de Assis. Segundo o supervisor do Pedala BH, foi preciso conciliar parte da ciclovia no asfalto e parte no canteiro central, que foi alargado para facilitar o acesso de pedestres também. 

Para a Olegário Maciel, o projeto será semelhante ao da João Pinheiro, junto ao canteiro central, com a pista separada por tachões. A diferença será a cor. A ciclofaixa não será pintada de verde, para economizar. Mauro Luís informou que o asfalto será mantido e a cor vermelha ficará somente nas interseções, indicando ponto de alerta para ciclistas e motoristas. “É um exemplo de que aproveitamos o recapeamento para avaliar nossos projetos. Nem havia nada previsto para a João Pinheiro, mas o asfalto novo favoreceu. Temos 114 quilômetros de projetos executivos elaborados. Quando a Sudecap finalizar o recapeamento, vamos ver o que dá para antecipar”, disse o supervisor. 

Barbacena

Ainda em 2013, há previsão de se instalar uma faixa para ciclistas na Avenida Barbacena, aproveitando a execução da obra na Olegário Maciel. Com isso, a rota estará ligada ao Bulevar Arrudas. Nas avenidas Santos Dumont e Paraná, no Centro, os projetos dos corredores de ônibus do BRT (da sigla em inglês para Bus Rapid Transit) já contam com ciclovias. No primeiro caso, segundo a BHTrans, o espaço já foi separado e estará posicionado nas calçadas laterais. 

A Sudecap está refazendo o asfalto em alguns corredores viários da cidade, mas não informou as áreas contempladas. O recapeamento começou uma semana depois que o Estado de Minas publicou os gastos do município com as operações de tapa-buracos. No ano passado, as nove regionais gastaram R$ 17.980.873,79 para fechar 247.716 buracos. 

À época, especialistas ouvidos pela reportagem disseram que o trabalho era malfeito e que não resolvia. Assim, durante a madrugada, as primeiras vias que estão ganhando asfalto novo são as avenidas Nossa Senhora do Carmo, do Contorno e Raja Gabaglia. Este ano, a estimativa de gastos é de R$ 55 milhões para cerca de 145 quilômetros de ruas.

Enquanto isso...

…começa obra de integração do BRT

A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) autorizou ontem o início das obras do Terminal Metropolitano Morro Alto, em Vespasiano, na Grande BH, que será integrado ao BRT da capital. O custo é de R$ 21,5 milhões e a previsão é que fique pronta no segundo semestre de 2014. O terminal receberá 50 mil passageiros por dia. Ontem, perários das obras do BRT suspenderam a paralisação por melhores condições de trabalho e voltaram ao serviço. Segundo a empresa Constran, eles solicitaram audiência com a gerência da obra para discutir pagamento de hora extra, alimentação melhor e participação nos lucros.

Informações: Estado de Minas
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Obras do BRT/Move no corredor da Antônio Carlos e Pedro I desafiam calendário da Copa

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Enquanto mais mudanças no transporte público são anunciadas para o novo sistema BRT/Move na Avenida Cristiano Machado, o corredor Antônio Carlos/Pedro I – que espera receber diariamente 400 mil passageiros – ainda esbarra em obras e na conclusão do terminal de integração Pampulha. Primeira estação a ser inaugurada na modalidade BRT, a São Gabriel, na Cristiano Machado, deve atingir a marca de atendimento de 100 mil passageiros/dia no próximo sábado. Nessa data, cinco linhas semiexpressas serão transformadas em alimentadoras e passarão a ligar os bairros ao terminal, sem se dirigir ao Centro. Para chegar a essa região, os passageiros deverão seguir nos ônibus articulados do Move. O número de usuários ainda é bem distante dos 300 mil que devem ser atendidos na São Gabriel até a Copa, como anuncia a BHTrans, mas já representa um avanço em relação ao corredor Antônio Carlos, prometido para ficar pronto dentro de um mês. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, garante que só faltam “bijuterias e maquiagem” para o fim das obras nesse corredor. Mas, no local, ainda há muito a ser feito, como garantem os próprios operários. 

Segundo Ramon, até a Copa do Mundo, daqui a menos de dois meses, os dois corredores vão estar em funcionamento. Na Antônio Carlos, as obras apresentam maior avanço entre o Viaduto São Francisco e o Bairro Lagoinha. No sentido contrário, até a Avenida Pedro I, funcionários ainda trabalham na instalação de equipamentos dentro das estações, na implantação de paisagismo e na conclusão das obras da Estação Pampulha. Um dos funcionários convida a reportagem do Estado de Minas para conferir o andamento das intervenções e diz: “Não vai dar para ficar pronta para a Copa”. Ainda assim, Ramon garante que “a bijuteria, a maquiagem, a roupinha, aquilo que é essencial, está quase tudo pronto”. Já nas estações Vilarinho e Venda Nova, segundo ele, as adequações estão em andamento. “São coisas mais simples e vamos operar lá também”, diz.

A lista de mudanças no BRT, previstas para sábado, inclui a criação de duas linhas troncais, que se somam às três já existentes. A linha 85 ligará a Estação São Gabriel ao Centro, passando pelos bairros Sagrada Família e Floresta, e à Região Hospitalar. Nesse itinerário, os veículos articulados e com ar-condicionado do Move seguirão pelo corredor exclusivo da Cristiano Machado até a Avenida Silviano Brandão, passando pela Rua Itajubá e pelas avenidas Francisco Sales, Bernardo Monteiro, Alfredo Balena e Augusto de Lima. O retorno será pelas ruas Goiás e Paraíba, pelas avenidas Bernardo Monteiro, Francisco Sales, Assis Chateaubriand e Contorno, Rua Itajubá e Avenida Silviano Brandão, onde o BRT retorna ao corredor exclusivo.

O quadro de horários e o cálculo dos intervalos entre as viagens da linha 85 ainda está sendo feito. A linha vai operar com ônibus padrons (modelo intermediário do Move, equipado com ar-condicionado, suspensão a ar, comprimento de 13,2 a 15 metros e bicicletário), que circulam dentro e fora do corredore. “A Avenida Augusto de Lima, as ruas Goiás e Timbiras, e a Avenida Alfredo Balena passam a contar com uma faixa operando exclusivamente para ônibus e com fiscalização para garantir uma circulação mais rápida à linha troncal 85”, explica Ramon. No início do mês, segundo ele, uma primeira leva de radares será implantada na Augusto de Lima, para controlar invasões de faixa. “Temos uma licitação em andamento e vamos aumentar o número de radares em todos os corredores do BRT, inclusive para controlar a bus way”, afirma.

Já para a nova linha troncal que funcionará a partir de sábado, a 8151 (Estação São Gabriel/BH Shopping, via Anel Rodoviário), o atendimento será feito, inicialmente, com ônibus convencionais, a exemplo dos que operam em linhas diametrais, que atualmente ligam bairro a bairro. Isso, porque, ao longo do Anel, não há estações do sistema Move. De acordo com a BHTrans, a criação do novo itinerário tem o objetivo de oferecer mais uma opção de acesso aos bairros no entorno do centro de compras, localizado na Região Centro-Sul da capital.

Alimentadoras

Cinco linhas semiexpressas, que hoje fazem a ligação de bairros no entorno do terminal São Gabriel ao Centro, também passam por mudanças e serão transformadas em alimentadoras. Para isso, deixam de ir para a Região Central e passam a ter a estação como destino final. Dois desses itinerários serão novos e três passarão por adaptações para o atendimento. A linha 5502 A (Jardim Vitória A) será transformada na 814 (Estação São Gabriel/Jardim Vitória). A nova 813 vai substituir a atual 5506C (Paulo VI, via Ribeiro de Abreu) e fazer a ligação entre esse bairro e a estação.

Outras duas linhas semiexpressas serão trocadas por linhas alimentadoras, que já funcionam aos domingos e feriados. Elas terão os quadros de horários readequados para operar também em dias úteis e aos sábados. As linhas 5502B (Capitão Eduardo) e 5506B (Ribeiro de Abreu Via Conjunto) serão substituídas, respectivamente, pelas 832 (Estação São Gabriel/Capitão Eduardo) e 837 (Estação São Gabriel/Conjunto Ribeiro de Abreu). Já a 5507A (Jardim Guanabara A) será transformada na alimentadora 707 (Estação São Gabriel/Jardim Guanabara). Esse itinerário já funciona durante toda a semana, mas terá o número de viagens ampliado.

Intervalo

Com as mudanças programadas, a expectativa é retirar 56 ônibus convencionais (por hora/pico) da pista mista da Cristiano Machado. Outra alteração será o acréscimo de 28 mil passageiros às cerca de 70 mil pessoas que já usam o BRT, passando pelo terminal São Gabriel. Para atender à nova demanda, a BHTrans promete aumentar o número de ônibus articulados no corredor Cristiano Machado, passando de 35 para 50 veículos. O reforço vai garantir, segundo a empresa, a redução de 50% no tempo entre uma viagem e outra. Na linha 83D (São Gabriel/Centro Direta), esse tempo será entre dois e três minutos e o número de saídas passa de 130 viagens/dia para 239 viagens/dia, aumento de 84%. Já no itinerário parador (83P), o tempo entre uma viagem e outra será de seis minutos, com realização de 113 viagens/dia, um aumento de 20% em relação `às 94 feitas atualmente. No trecho São Gabriel/Região Hospitalar, feito pela linha 82, o intervalo passa a ser de até cinco minutos, com 145 saídas/dia, 51% mais que as 96 viagens/dias atuais.

Por Valquiria Lopes 
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Sem investimento no metrô, Belo Horizonte aposta em ônibus e táxi

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Belo Horizonte – O relógio na tradicional praça da Liberdade, em Belo Horizonte, marca 520 dias para a Copa do Mundo e a capital mineira corre contra o tempo para não fazer feio no maior evento do futebol mundial. Apesar de o Mineirão, arena que hospedará os jogos da Fifa, já estar pronto – com a reinauguração marcada para o próximo dia 21 –, a cidade ainda encontra desafios na mobilidade urbana e na estrutura para atender os milhares de torcedores esperados para o evento. 

De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), somente na capital estão previstos investimentos que superam R$ 2,6 bilhões. Até agora, foram gastos pouco mais de R$ 700 milhões em obras de infraestrutura, mobilidade urbana e melhoria na prestação de serviços básicos para o turista, como ampliação da rede hoteleira e capacitação de funcionários. O planejamento pensa desde a chegada do turista até sua ida ao estádio.

No quesito hospedagem, segundo o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb), a cidade possui, hoje, 185 hotéis classificados e não classificados, com oferta de cerca de 18 mil leitos. Até 2014, este número deve passar de 25 mil, com a execução de 30 projetos de hospedagem. 

O atendimento a estes hóspedes, muitos vindos de fora do país, é mais uma preocupação. De acordo com pesquisa da EF English Proficiency Index, divulgada no ano passado, o Brasil está em 46º lugar no ranking de 54 países sobre a qualidade do nível de inglês de sua população, o que indicaria o grau “proficiência muito baixa” dos brasileiros. Apesar de Belo Horizonte se sair um pouco melhor e ser qualificada com “proficiência baixa”, no levantamento entre as cinco principais capitais do país, a cidade só ganha de Salvador na habilidade de seus habitantes em falar a língua inglesa.

Para o secretário Extraordinário para a Copa do Mundo de Minas Gerais (Secopa-MG), Tiago Lacerda, este não será um problema. “20 mil pessoas estão em processo de capacitação, aprendendo línguas e também treinando para trabalhar nos novos hotéis. Há cursos de camareira, cozinheira, recepcionista, entre outros, em andamento”, explica. As inscrições para as aulas começaram em 2012. 

A preparação no setor de serviços também inclui tradução de cardápios e de placas de sinalização, mas basta uma volta pela cidade para ver que ainda há muito a se fazer, principalmente quando se pensa que faltam cerca de seis meses para a Copa das Confederações.

O evento que antecede 2014 será um teste para os belo-horizontinos. Tiago Lacerda o vê como uma chance para se repensar as estratégias tomadas até aqui. “Será a oportunidade de aprimoramento. Não só para a cidade, mas para o comitê organizador local e para a Fifa, que também vai aprender a organizar uma Copa no Brasil”, afirma. Pelo cronograma dos organizadores, alguns pontos-chave dos preparativos não estarão prontos até junho.

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Quem não tem metrô vai de BRT
Se Belo Horizonte vai poder aprimorar suas estratégias para a Copa do Mundo um destes testes vai ser na área da mobilidade urbana. A ampliação do metrô – promessa da década de 1970 para a cidade – mais uma vez saiu de campo e a aposta da prefeitura é a construção de linhas de BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) para a locomoção rápida de pessoas. O projeto já é reconhecido em outros países, como Alemanha e Colômbia e, também, em cidades brasileiras como Curitiba e Uberlândia, no interior do estado. Trata-se de um sistema de transporte público baseado em corredores exclusivos para ônibus com maior capacidade de passageiros.

Segundo a BHTrans, empresa de economia mista que organiza o trânsito da capital e é uma das responsáveis pela implementação do BRT, são previstas três linhas: uma ligando as avenidas Antônio Carlos e Pedro I – principais vias de acesso ao Mineirão; outra na avenida Cristiano Machado, que liga o Centro à Linha Verde – de onde é possível chegar à Cidade Administrativa (sede do Governo) e ao aeroporto de Confins; e, por fim, uma integrando ruas da área central. Com outras obras de intervenção viária na capital, como a ampliação do Boulevard Arrudas e a criação dos corredores de trânsito 210 e 710, são previstos investimentos que superam R$ 1,7 bilhão. Somente com o BRT, a prefeitura deve gastar por volta de R$ 600 milhões. 

O cronograma de obras sofreu uma série de atrasos e a BHTrans informou que o BRT só deve ser concluído no segundo semestre de 2013, após a Copa das Confederações. Procurada pela RBA, a empresa informou que vem planejando operações especiais para o evento. Uma delas será a criação de linhas complementares de ônibus para acesso exclusivo ao Mineirão. O órgão também deve impor restrições de tráfego nas vias que ligam ao estádio e em seu entorno, além da conclusão de uma licitação pública que concederá 605 novas permissões de táxis na cidade.

Mesmo com a finalização do BRT em 2013, alguns especialistas não o veem como a melhor solução para os problemas do trânsito na capital. É o caso do engenheiro Ronaldo Guimarães Gouvêa, coordenador do Núcleo de Transportes (Nucletrans), da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais.

Para ele, a prefeitura não está se preparando corretamente para a Copa. “As obras que estão sendo feitas são insuficientes. Não investimos no metrô ou em obras fundamentais, como o Rodoanel”, argumenta. Ronaldo explica que os corredores de ônibus não atendem às demandas da população de Belo Horizonte. “Infelizmente, estamos enfrentando problemas estratégicos com obras limitadas. O BRT é um sistema eficiente, mas não para BH. Nossa demanda é por um metrô de qualidade, pois o nosso já nasceu obsoleto”, lamenta o engenheiro.

O advogado Joviano Meyer, membro do Comitê Popular dos Atingidos pela Copa de Belo Horizonte, movimento que acompanha e fiscaliza os preparativos para o evento da Fifa, é ,da mesma opinião. Para ele, o projeto não atende a real necessidade de investimentos em transporte público. “As obras reproduzem um modelo rodoviário de mobilidade que privilegia os carros em detrimento das pessoas. O metrô, que era uma promessa de anos, da década de 70, ainda não foi concluído. O que estamos vendo é uma dilapidação dos recursos públicos”, acusa. 

Assim como Joviano Meyer, o professor Ronaldo Guimarães Gouvêa acredita que os belo-horizontinos perderam a oportunidade de deixar um legado maior com a Copa do Mundo. Para ele, o BRT será uma herança positiva, mas a cidade desperdiçou a chance de conquistar melhorias significativas na área da mobilidade urbana. “Nossa estrutura de transporte público é muito deficiente. Eu prefiro não estar em BH na Copa. Vai ser constrangedor”, enfatiza. 

Atrasos no aeroporto
Entre os empecilhos para o sucesso da Copa em BH, o aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana, é uma das principais preocupações da organização. Seu projeto de ampliação tem enfrentado atrasos e paralisações desde 2010, colocando em xeque os planos para 2014. Com previsão inicial de entrega da obra para dezembro de 2013, a Infraero informou que, atualmente, apenas 15% do cronograma foi concluído.

Em dezembro, o governo federal anunciou que Confins e o aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, serão concedidos à iniciativa privada. A estimativa de investimentos nos dois terminais é de R$ 11,4 bilhões, sendo R$ 4,8 bilhões no aeroporto mineiro. O edital de licitação deve ser publicado até agosto, e a expectativa é de que o leilão seja realizado no mês seguinte. 

O projeto inicial para Confins previa a reforma dos terminais existentes e a ampliação da pista de pousos e decolagens e do sistema de pátio, além da construção do Terminal 3. A expectativa é que a capacidade de passageiros suba de 10,3 milhões para 17,5 milhões de pessoas por ano.

Procurada pela RBA, a Infraero informou que o prazo de entrega das obras continua sendo dezembro de 2013 e que a cidade não corre riscos de não conseguir atender os turistas durante os jogos de 2014 e nem na Copa das Confederações. Em nota, a empresa explica que parte do que foi planejado para o aeroporto já estará concluído no evento deste ano e não haverá necessidade de operações especiais nem a utilização do aeroporto da Pampulha como alternativa para atender o fluxo de passageiros.

Informações: Rede Brasil Atual

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Em BH, Motoristas do BRT fazem treinamento na Avenida Antônio Carlos

domingo, 16 de março de 2014

Motoristas do BRT (sigla para Transporte Rápido por Ônibus em inglês) começaram um treinamento neste sábado (15) na Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. Eles aprenderam como parar o veículo na distância correta das plataformas.

O treinamento aconteceu entre o Viaduto São Francisco e a Avenida Abraão Karan. Quatro ônibus fizeram 22 viagens no total. O exercício vai continuar durante os dias úteis. De acordo com a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), a ação faz parte do cronograma de implantação do BRT.

O sistema ainda não está pronto para receber passageiros. Muitas estações ainda estão em obras. A BHTrans informou que o BRT da Antônio Carlos está previsto para ser concluído até o final de maio.

Informações: G1 Minas

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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