Governo de SP assina concessão do Trem Intercidades que vai ligar Campinas à capital *** Ônibus da MobiBrasil 100% movido a gás natural entra em operação no Grande Recife *** Cuiabá reduz em 87% reclamações com monitoramento de frota inteligente *** Trensurb retoma operação do metrô de forma emergencial *** Terminal do Tatuquara completa três anos integrando a região Sul de Curitiba *** Campinas atinge mais de 107 km de rotas para bicicletas *** Metrô de BH receberá 24 novos trens em 2026
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Ampliação do Metrô de BH continua no zero em investimentos

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Enquanto os investimentos para a ampliação no metrô de Belo Horizonte seguem indefinidos, sem previsão de gastos em 2015, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador asseguraram nos últimos três anos o financiamento de mais de R$ 9 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras em seus sistemas de trens metropolitanos. Assim como a capital mineira, as quatro outras capitais foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades, mas, ao contrário de BH – para onde foram reservados pelo banco R$ 1 bilhão –, elas já estão com obras em andamento. Para piorar a situação, a reunião que tentaria definir os primeiros passos do projeto de ampliação do metrô em BH, que estava marcada para fevereiro, entre governo de Minas e o Ministério das Cidades, foi cancelada e ainda não tem nova data para ocorrer.

Segundo a assessoria do BNDES, a linha de crédito para a construção de dois novos trechos do metrô de BH – Linha 2 (Barreiro - Nova Suíça) e Linha 3 (Savassi – Lagoinha) e a ampliação do trecho já existente estão previstas no programa há mais de dois anos, mas a liberação só pode ocorrer após a apresentação dos projetos executivos para as obras. O órgão ressalta que entre os projetos de mobilidade já aprovados nos últimos anos estão grandes obras de outras capitais e que o banco tem a intenção de participar do financiamento da obra na capital mineira. Por meio de nota, o banco informou que a liberação de recursos para o metrô de BH segue “em perspectiva” e que foram liberados R$ 417 milhões para ações de mobilidade na implantação do BRT e para obras de requalificação do Vetor Norte e do entorno do aeroporto de Confins.

Em maio do ano passado, o então governador de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), enviou para Brasília o projeto de ampliação da Linha 3 e anunciou a conclusão no projeto da Linha 2. Mas as equipes técnicas da pasta das Cidades e da Caixa Econômica Federal (CEF) pediram maiores detalhes no projeto e apontaram a falta de documentação necessária para aprovação da obra. Nos meses que antecederam a eleição para o governo de Minas, o tema virou um cabo de guerra entre PT e PSDB, com os partidos apresentando versões diferentes sobre os motivos para os atrasos nas obras e responsabilizando os adversários. Enquanto os políticos mineiros batiam cabeça, nas outras cidades os recursos começaram a ser aplicados.

EM OBRAS A capital fluminense foi a que conseguiu aprovar empréstimo de forma mais rápida desde o lançamento do programa federal. Em março de 2013, o BNDES assinou a liberação de R$ 4,3 bilhões para o governo do Rio implantar o metrô que ligará o bairro de Ipanema, na Zona Sul, a Barra da Tijuca, na Zona Oeste. No mesmo projeto está prevista a expansão da estação General Osório, em Ipanema, e o trecho de interligação entre a Linha 1 e a nova linha que está sendo construída. Ao todo serão 16 quilômetros de novos trilhos e sete novas estações.

Em dezembro de 2013, no mesmo ano que os recursos foram liberados, a máquina de perfuração e escavação chamada de “tatuzão” entrou em operação no Rio de Janeiro, marcando o início das obras. O então governador Sérgio Cabral (PMDB) prometeu a inauguração do trecho ainda em 2015. Mas, com a paralisação das obras por três meses – entre maio e julho do ano passado – por causa de um afundamento no solo, o início da operação foi adiado para o ano que vem. O atual governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (PMDB), garante que o metrô estará em funcionamento antes das Olimpíadas do Rio, em julho do ano que vem.

A capital paulista também convive com adiamentos e atrasos no início da operação dos novos trechos do metrô. Entretanto, os paulistas já acompanham as obras de ampliação, que têm recursos liberados. Em junho do ano passado, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinaram contrato de financiamento no valor de R$ 1,7 bilhão para a construção da Linha 6 (Laranja) do metrô de São Paulo, trecho que ligará os bairros de Brasilândia até São Joaquim, nas zonas Noroeste e Oeste. A nova linha terá uma extensão de 13,3 quilômetros e 15 estações, além de um pátio para manutenção e estacionamento para 20 trens. No final do ano passado, o BNDES aprovou mais um financiamento de R$ 982 milhões para o governo de São Paulo, destinado à compra de 35 trens para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

Para a construção do metrô em Salvador, que teve o primeiro trecho inaugurado em junho do ano passado, o BNDES financiou R$ 1,3 bilhão, recurso usado também nos estudos e elaboração de projetos para uma nova linha que ligará a capital baiana até o município vizinho Lauro de Freitas. A inauguração contou com a presença de adversários políticos na Bahia, o ex-governador Jaques Wagner (PT) e o prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM). Em Fortaleza, o banco financiou R$ 1 bilhão para a implantação da Linha Leste, que vai ligar o centro da capital cearense até a Avenida Santos Dumont. A assinatura do financiamento ocorreu em julho do ano passado e até o final do ano cerca de R$ 200 milhões já tinham sido investidos. O trecho terá 12,4 quilômetros e 13 estações, partindo da estação central Chico da Silva até a estação Edson Queiroz. Outro trecho do metrô de Fortaleza foi inaugurado em outubro do ano passado.

Por Marcelo da Fonseca
Informações: Estado de Minas

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Linha do Metrô de Porto Alegre irá da Borges de Medeiros à sede da Fiergs

terça-feira, 29 de março de 2011

O prefeito José Fortunati apresentou hoje, 28, o projeto e o cadastramento da proposta do Metrô de Porto Alegre no Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades. Orçado em R$ 2,4 bilhões, o projeto deve ser executado com recursos do PAC. O Governo federal disponibiliza R$18 milhões para as obras de mobilidade urbana.

A contrapartida do Governo do Estado é a isenção do ICMS para os trens e para a obra de construção dos túneis. O traçado da fase 1 do Metrô vai da avenida Borges de Medeiros (extensão rua da Praia) até a Avenida Assis Brasil, com extensão de 14,88 quilômetros. O Metrô será subterrâneo, do tipo Cut and Cover, onde se utiliza o método de construção de túneis rasos com abertura das trincheiras. Ele passará por baixo dos corredores de ônibus da Farrapos e da Assis Brasil até o Terminal Triângulo, depois seguirá a partir de uma elevada até a sede da Fiergs.

O gerenciamento do projeto será da prefeitura e a operação será por concessão. A passagem do Metrô será igual a do ônibus urbano. O projeto será integrado com o sistema de transporte coletivo da cidade, com o pagamento de uma única passagem. "Essa modelagem que estamos apresentando foi desenvolvida com muita cautela. Trabalhamos em parceria com Curitiba e Belo Horizonte.

O projeto contempla estudos técnicos de acordo com os parâmetros exigidos pelo Ministério das Cidades. Apostamos que nossa proposta esteja incluída entre as obras do PAC de Mobilidade Urbana, garantindo o início da construção do Metrô a partir do final de 2012", destacou Fortunati.

O representante do Governo do Estado, secretário de Planejamento João Motta,
entregou ao prefeito um documento de apoio ao metrô manifestando o compromisso do Estado em conceder as isenções fiscais para a execução do Metrô, além de solicitar algumas diretrizes como a preferência por contratação de empresas gaúchas para a concessão, integração da região metropolitana e a participação do Estado nos licenciamentos ambientais.

Modelagem financeira - O projeto total tem custo estimado em R$ 2,4 bilhões.
Com as isenções fiscais estaduais e municipais, o valor reduz para R$ 2,2 bilhões. A prefeitura solicitará R$1, 58 bilhão do Orçamento da União. A contraprestação da prefeitura será de R$ 300 milhões, na fase de operação do projeto, dividida em 15 anos. Além disso, no valor total estão inseridos R$ 323 milhões, que serão financiados pelo futuro concessionário.

O cadastramento da proposta deve ser feito até 3 de abril no site do Ministério das Cidades. A seleção dos projetos contemplados no PAC será anunciada dia 12 de junho. As propostas selecionadas têm até oito meses para a apresentação do projeto básico.

Implantação da 2ª fase - Na apresentação, o prefeito detalhou o traçado para a implantação da futura fase 2 do Metrô, que vai da avenida Borges de Medeiros até a avenida Bento Gonçalves (extensão Antônio de Carvalho), com extensão de 10,92 quilômetros.


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Dilma exige responsabilidade nos projetos de mobilidade urbana, apenas Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba estão dentro do prazo

sábado, 13 de agosto de 2011

O Palácio do Planalto mandou avisar: está acesa a luz amarela do PAC da Copa,  quanto aos prazos de entrega das obras de mobilidade urbana,  consideradas como herança benigna do maior evento do futebol mundial. Alguns projetos estão tecnicamente condenados por problemas de orçamento básico.

Mais técnica que política, a presidente Dilma Rousseff quer todas as obras previstas dentro de um cronograma de metas o mais rápido possível. Dos 55 projetos apresentados para captação do dinheiro do Fundo de Garantia, via Caixa Econômica Federal, apenas 38 foram contratados. O governo federal tem R$ 7,8 bilhões para financiar as obras, mas alguns projetos estão sendo reprovados. Mesmo os projetos contratados podem ter sua abrangência reduzida dramaticamente, caso a obra não seja entregue até dezembro de 2013.

O motivo para a rejeição de mais de 31% das propostas é a falta de competência técnica das prefeituras e governos estaduais que compõem as 12 sedes da Copa-2014, na elaboração correta das propostas e plano executivo das obras.

Em entrevistas, a presidente vem usando a chamada vacina contra o descrédito da população, afirmando que “todas obras serão entregues no prazo previsto”. Mas nos bastidores de Brasília, nove  pessoas estão dobrando o horário para estudar as planilhas na Secretaria de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades.  A chefe do grupo, Luiza Gomide, tem deixado de almoçar para cumprir a meta de consolidação dos dados.

“Acho que os projetos foram feitos com alguns problemas na origem: falta de análise para licenciamento do Ibama; falta de análise de custos  sobre desapropriações  e reassentamentos urbanos. É um problema de cultura, mesmo. Nós estamos aprendendo com tudo isso, mas a presidente quer datas e responsabilidade na execução das obras. Vamos atende-la”, explicou a diretora executiva da Secretaria de Mobilidade Urbana, órgão que existe desde 2003.

Dois casos merecem destaque especial e devem cair na malha fina do Planalto: Cuiabá e Salvador. A primeira sede apresentou projeto de corredor expresso de ônibus a um custo de R$ 323 milhões, com financiamento de 95% por parte da Caixa Econômica Federal (FGTS).  Agora, surgiu um projeto de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) com preço muito mais alto o tempo para finalizar as obras é curto.

Na avaliação do ministro do Esporte, Orlando Silva, nenhum projeto que tenha custo alterado será beneficiado pelo PAC da Copa. “ Esses governos municipais e estaduais deverão procurar outras fontes de financiamento. O governo quer a data limite de 31 de dezembro de 2011 para liberar o dinheiro de mobilidade urbana da Copa. As obras que puderem ser entregues até dezembro de 2013 ficarão no pacote. Quem não puder, ficará de fora do PAC”, explicou Orlando Silva.

Luiza Gomide conhece esses projetos de cor:  “Salvador e Cuiabá estão mudando os projetos. Nada temos contra o transporte VLT mas duas perguntas precisam de respostas  imediatamente: esses projetos podem ser entregues no prazo? Qual a maneira mais apropriada de fecharmos essa planilha de reponsabilidade sobre a obra toda? Estamos refazendo essas perguntas nessa consolidação de dados, pedida pelo Planalto”, comentou a diretora executiva, Luiza  Gomide.
Quatro sedes sem projetos

Brasília iniciou a formatação de dois projetos de mobilidade urbana a um custo R$ 364 milhões com 95% de financiamento pela CEF.  Um dos projetos tentaria montar a estrutura para operação do VLT em seis quilômetros de extensão com quatro estações. O segundo projeto iria melhorar o acesso ao aeroporto pela rodovia DF 047. Nada disso foi aprovado até agora. Manaus também apresentou dois projetos de monotrilho a um custo de R$1,3 bilhão para 20 Kms de extensão, 9 estações e 10 trens.  A CEF bancaria 42%, mas nada foi contratado até o momento porque o projeto não cumpre todo o protocolo de viabilidade ambiental e social.

Natal  parece ser o caso mais emblemático de incapacidade técnica para formatar um projeto de grande magnitude. O estádio é o mais atrasado de todas as sedes. As obras de mobilidade urbana foram desenhadas em 3 projetos para melhoria das vias públicas e construção de viadutos.  Tudo a um custo de R$ 441 milhões, com financiamento de 85% por parte da CEF. Nenhum projeto atende as exigências básicas do  Ministério das Cidades.

Recife aparece com 5 projetos  para a construção de um corredor de ônibus, melhorias urbanas, viadutos e metrô.  Custo de R$ 880 milhões  com 76% de financiamento federal. Nada foi contratado até agora.

Fortaleza montou sete projetos entre VLT e corredores de ônibus (BRT). O custo total chega a R$ 562 milhões, com financiamento federal de 72%. Apenas 2 projetos estão contratados mas o quadro de execução também é crítico.

Na opinião da diretora executiva da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, o governo vai mudar sua atitude a partir do programa que beneficiará cidades com mais de 700 mil habitantes. “Para evitar problemas de orçamentos tecnicamente comprometidos como no PAC da Copa  por falta de inclusão de vários itens como impacto ambiental e reassentamento urbano, exigiremos isso com antecedência”, explicou Luiza Gomide.

O programa de aceleração de crescimento para as 25 cidades com mais de 700 mil habitantes vai liberar R$ 18 bilhões para obras de transportes urbanos, nos próximos meses. “Nós vamos financiar o desenho do projeto. O prefeito terá de cuidar de seu plano diretor e seguir o protocolo a partir de suas necessidades estratégicas. Alguns projetos do PAC da Copa estão com contas abaixo do necessário. Agora, a soma não bate”, concluiu Gomide.

Por Raul Rodrigues
Portal Uol Notícias

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Sustentabilidade e transporte público: é preciso vontade política

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


O tema mobilidade urbana e o debate sobre a busca contínua por sustentabilidade no setor foram exaustivamente abordados na Conferência Rio+20 e, como em quase todas as discussões travadas no encontro, não trouxe soluções concretas. Para que as melhorias saiam do papel é necessário o estabelecimento de políticas claras e de longo prazo.
Apesar de toda a discussão sobre os problemas e as "soluções" relacionadas aos poluentes locais e mundiais e ao aquecimento global, ainda não existe um conjunto de princípios, instrumentos e ações governamentais que estabeleçam compromissos permanentes e bem delimitados para promover avanços significativos nessa importante questão.

Sem essa atuação do setor público, as inúmeras iniciativas em implantação produzirão, provavelmente, resultados aquém daqueles esperados e necessários para reverter a situação atual e trarão uma falsa impressão de sucesso. Num primeiro olhar desatento, pode parecer que se obteve o esperado. Mas, na verdade, e segundo uma visão mais ampla de sustentabilidade, será um êxito limitado.

Essa realidade é ainda mais flagrante quando o assunto é transporte urbano de passageiros no Brasil. Ano após ano, a indústria automobilística bate recordes de produção e venda de carros. Esse desempenho pouco surpreende, pois uma das iniciativas preferidas pelo governo tem sido a isenção do Imposto sobre a Produção Industrial (IPI) em tempos de crise mundial financeira e de resultados macroeconômicos recessivos. Consequentemente, observa-se o aumento significativo dos deslocamentos urbanos individuais com automóveis, que são energeticamente ineficientes e ambientalmente insustentáveis.

Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2011, essas viagens respondem por mais de 65% das emissões dos poluentes no transporte de passageiros em áreas urbanas. Ademais, a contribuição dos automóveis particulares é de cerca de 51% do total de emissões de gases de efeito estufa, segundo relatório do Ministério do Meio Ambiente (2009).

Por seu lado, o transporte público urbano tem sido negligenciado nas políticas públicas e sobrecarregado com impostos dos mais diversos. Apesar da recente sanção da Lei nº 12.587/2012, que define a Política Nacional de Mobilidade Urbana, e dos recursos voltados para a infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as últimas décadas foram marcadas pela inexplicável ausência de investimentos para o transporte público urbano. Ao contrário, ainda segundo o referido estudo do Ipea, os automóveis recebem até 90% dos subsídios dados ao transporte de passageiros no país, ou seja, 12 vezes mais que o transporte público.

Esse privilégio ao automóvel comprova que a sustentabilidade ambiental no transporte público urbano é um desafio subestimado por aqueles não envolvidos na operação diária em mais de 2 mil municípios brasileiros. Os empresários do setor trabalham dentro de uma realidade em que todos os recursos financeiros advêm da coleta das tarifas praticadas, obrigando as empresas a considerar as escolhas de veículos e combustíveis de acordo com as condições de operação (demanda de passageiros; vias de operação; priorização).

O setor empresarial vê com bons olhos a adoção de avanços tecnológicos, desde que venham associados a políticas claras e duradouras de governo. A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) propõe uma série de ações governamentais de longo prazo para que avanços concretos sejam obtidos.

Entre elas, a criação de condições para que o atual estágio de desenvolvimento tecnológico (Fase P7 do Programa de Controle de Emissões Veiculares — Proconve) seja amplamente implantado por todo o país, o monitoramento do progresso dos sistemas BRT em obras e a multiplicação das experiências de sucesso para as cidades de médio porte, a criação de uma política de avanço tecnológico para o setor, o desenvolvimento de um programa estratégico de longo prazo e a implantação de incentivos graduais à transição de um combustível para outro para viabilizar a adoção de novas tecnologias. Em suma, para o Brasil alcançar o nível de mobilidade urbana condizente com seu tamanho e potencial, é preciso vontade política e pulso firme de nossos governantes.

Artigo de Otávio Vieira da Cunha Filho 

Presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)
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Campinas terá R$ 330 milhões do PAC do Transporte

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O governo federal aprovou, mas com um corte de R$ 100 milhões, os projetos apresentados por Campinas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Grandes Cidades, destinado ao incremento da infraestrutura do transporte coletivo nas maiores cidades do País. Dos R$ 430 milhões pleiteados, o Ministério do Planejamento autorizou R$ 330 milhões, que estão à espera da assinatura da presidente Dilma Rousseff (PT) para serem anunciados.

Foto: Edu Fortes/AAN
Com a verba, Campinas fará os corredores Campo Grande e Ouro Verde para o sistema BRT (Bus Rapid Transit, como são chamados os ônibus biarticulados e triarticulados). Serão construídas interligações entre os corredores. O recurso irá viabilizar também uma nova faixa de trânsito no Viaduto Cury. e algumas obras de melhoria no espaço deteriorado do Terminal Central, que fica sob a via.
Ficarão fora do pacote a implantação de uma nova avenida, com corredor de ônibus, no antigo leito da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, ligando a Rodovia D. Pedro ao Guanabara, e também a duplicação da Avenida Luiz Eduardo Magalhães, para a ligação do Jardim Satélite Iris ao Ouro Verde.

O prefeito Demétrio Vilagra (PT) disse ontem que já há uma pré-aprovação de recursos para a nova avenida junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Quando surgiu o PAC da Mobilidade Grandes Cidades nós tiramos esse projeto do banco e incluímos no PAC. Agora vamos retomar a negociação.”

O secretário de Transportes, Sérgio Torrecillas, afirmou que o projeto da duplicação da avenida também irá para o BNDES. “Nós optamos pelo PAC porque o custo do financiamento é mais barato”, disse Torrecillas. O financiamento é por 20 anos, com prazo de carência de quatro anos. Dos R$ 330 milhões, 70% virão do PAC e 30% do orçamento geral da União. “Esses corredores são mais que necessários e sem eles o acesso ao aeroporto de Viracopos ficará comprometido”, afirmou o secretário.

Os corredores foram pensados inicialmente para circulação do VLP, uma espécie de metrô de superfície. O primeiro trecho, com 21,4 quilômetros, ligaria o Centro ao Ouro Verde e a Viracopos. O segundo, com 17,8 quilômetros, ligaria o Terminal Campo Grande ao Centro, utilizando o leito desativado do VLT para chegar ao Terminal Central. Mas as dificuldades de financiamento fizeram a Prefeitura desistir do metrô de superfície no Corredor Campo Grande no ano passado. Depois, tirou o VLP. “Preferimos utilizar as verbas em projetos de BRT e ampliar corredores”, disse Torrecillas.

Os dois corredores serão interligados por uma via de 4 quilômetros que unirá o Campos Elíseos à Vila Aurocan.
É para atender a necessidades de ampliação de vias que a Prefeitura planeja construir mais uma faixa no Viaduto Cury, para dar fluidez ao trânsito e garantir acessibilidade aos BRTs, geralmente veículos muitos longos, como é o caso do Ligeirão — ônibus com 28 metros de comprimento e que pode transportar 250 passageiros, que equivale a três ônibus normais.

A reforma do viaduto vai exigir R$ 10 milhões. Os recursos serão utilizados integralmente na construção da nova faixa. A previsão é que um número menor de ônibus chegue ao terminal, porque o corredor será servido pelo sistema tronco — pelo qual os ônibus nos bairros levarão os passageiros até o terminal Campo Grande ou Ouro Verde e, de lá, seguirão em biarticulados até o Cury. Apesar da redução de fluxo prevista, não há planos para desativar o terminal no Centro.


Fonte: RAC.com.br

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Governo Lula destina recursos para aquisição de 512 ônibus modernos e elétricos em Campinas

terça-feira, 14 de maio de 2024

Duas cidades da Região Metropolitana, Campinas e Hortolândia, foram beneficiadas ontem com recursos do governo federal para a aquisição de 524 novos ônibus, dos quais 268 elétricos, para renovação da frota do transporte coletivo e redução de gases poluentes. Elas fazem parte de um total de 98 municípios, com mais de 150 mil habitantes, de 20 Estados que terão acesso a uma linha de crédito de R$ 10,6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra dos veículos, com juros mais baixos, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Desenvolvimento e Sustentabilidade. A novidade foi anunciada em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília.

Campinas receberá ainda recursos federais para três projetos de regularização fundiária. Eles fazem parte da modalidade Periferia Viva, que atenderá a 259 áreas em 197 cidades. O investimento total será de R$ 313 milhões, sendo R$ 2,3 milhões para Campinas. Esse é o segundo lote de cidades da RMC beneficiadas nos últimos 15 dias com recursos federais, com 11 recebendo mais R$ 64,33 milhões para construção de Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Campinas poderá acessar recursos para a aquisição de 512 ônibus, sendo 256 elétricos e que não emitem poluentes, e o mesmo número que atendem ao Euro 6, conjunto de normas que preveem a redução significativa de emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), partículas e outros poluentes atmosféricos emitidos por veículos a diesel, através do uso de motores mais modernos e eficientes. O total representa a renovação de 56,82% da frota de 901 ônibus em operação no transporte coletivo da cidade.

O financiamento chega em um momento que a Prefeitura prepara o lançamento de uma nova concorrência pública para a seleção de permissionária para prestar o serviço. A licitação definirá a forma de compra dos veículos e de pagamento do financiamento. Uma concorrência pública foi lançada no ano passado, mas fracassou por falta de interessados. A compra dos outros 12 ônibus elétricos previstos é para Hortolândia. Seis municípios da RMC apresentaram propostas para a nova etapa do PAC, mas apenas duas cidades foram contempladas. “Todos os municípios com capacidade de tomar financiamento estão sendo atendidos”, disse o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, durante a solenidade de lançamento.

INCENTIVO

O Novo PAC voltado para a renovação da frota faz parte dos objetivos da “pauta verde” do governo federal. A ideia é reduzir impactos ambientais, além de incentivar a indústria nacional e estimular a produção nacional de ônibus elétricos. Os veículos com essa tecnologia somente poderão ser adquiridos das quatro montadoras que têm produção no país e são certificadas pelo BNDES. Uma delas, a maior fabricante de veículos elétricos da China, tem fábrica em Campinas.

Inaugurada em abril de 2017, a planta recebeu dois investimentos que somam US$ 163 milhões (R$ 829,5 milhões) e emprega cerca de 650 funcionários. Na primeira fase, a companhia instalou em Campinas uma fábrica de ônibus elétricos, baterias e novas energias, que recebeu um investimento de US$ 113 milhões (R$ 575 milhões). A segunda etapa de implantação incluiu uma fábrica de placas de energia solar fotovoltaica, que recebeu mais US$ 50 milhões (R$ 254,45 milhões). “O principal motivo para estarmos aqui é o DNA da cidade de inovação e tecnologia”, explicou a vice-presidente global da empresa e presidente para as Américas, Stella Li.

Especializada em veículos elétricos e baterias recarregáveis, a companhia tem 180 mil funcionários em 11 parques industriais em toda a China. A unidade em Campinas foi a primeira dela no Brasil e a terceira fora do território chinês. A cidade tem atualmente 13 ônibus elétricos em operação no sistema de transporte público coletivo, que estão em circulação desde 2018 como um acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura e a fabricante para a criação de um modelo de mobilidade elétrica nesse serviço. Os veículos não poluentes têm autonomia entre 250 e 300 quilômetros. A recarga da bateria é feita durante a noite na garagem. Para a recarga de 100% da bateria é necessário um período de quatro horas.

O principal entrave para a expansão do uso de ônibus com essa tecnologia é o alto custo. Um veículo elétrico custa entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões, contra R$ 700 mil e R$ 900 mil de um convencional a diesel.

Porém, segundo o BNDES, o investimento se paga em um período de 10 a 15 anos com a redução dos gastos com combustível e manutenção. Além disso, há o ganho ambiental, pois cada veículo elétrico deixa de emitir 100 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano na atmosfera, gás que é o principal causador do efeito estufa.
Para o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), que é um dos autores da proposta de criação de uma frota verde, a diminuição dos custos também poderá contribuir para a redução da tarifa de ônibus. “Com isso, se estabelece uma nova forma de gestão, o que pode ajudar a controlar a qualidade do serviço e até reduzir a tarifa”, afirmou o coordenador do programa deMobilidade Urbana do órgão, Rafael Calabria. Da frota de 107 mil ônibus que circulam no Brasil, apenas 444 são elétricos, segundo a plataforma E-bus Radar, que monitora o transporte público na América Latina. O Novo PAC prevê recursos para a aquisição de 5.311 ônibus, sendo 2.529 elétricos, 2.782 que atendem ao Euro 6 e 39 veículos sobre trilhos.

Informações: Correio

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Grande Recife Consórcio de Transporte completa um ano

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Grande Recife Consórcio de Transporte completa, hoje (08/09), seu primeiro ano de atividade. A iniciativa – primeira experiência de consórcio público na área de transporte metropolitano do País – traduz o compromisso do governo estadual com a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos aos mais de 1,8 milhão de usuários que utilizam diariamente o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Após um ano de atividades, o consórcio trouxe avanços importantes para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife, entre os quais destacamos: a implantação do novo modelo de bilhetagem eletrônica; a retomada das obras de construção de novos terminais de integração do Sistema Estrutural Integrado - SEI (paradas há mais de dez anos); a realização da I Conferência Metropolitana de Transportes, responsável pela eleição direta dos representantes dos usuários do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) e o início do processo de licitação das linhas. Atualmente, o consórcio é formado pelo Estado e pelos municípios de Recife e Olinda. Municípios como Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Abreu e Lima e Paulista estão buscando o atendimento das exigências para garantir seu ingresso. Os outros oito municípios da RMR já assinaram cartas de intenção e farão uma adesão gradativa ao longo dos próximos anos. Graças ao seu formato institucional (multifederativo) – onde estado e prefeituras assumem o papel de entes consorciados – o Grande Recife está apto, entre outras coisas a obter financiamentos e recursos de organismos/instituições nacionais e internacionais, o que seria impossível se não houvesse o caráter de gestão metropolitana. Para o presidente do Grande Recife, Dilson Peixoto, o primeiro aniversário é um momento de reflexão e planejamento. “Houve uma evolução importante para o STPP, mas queremos muito mais. Este primeiro ano foi essencial para a consolidação do modelo institucional e o desenvolvimento de vários projetos e ações. Mas o trabalho está só começando e os desafios são enormes. E isso nos dá ainda mais responsabilidade e estímulo”, afirmou. O secretário das Cidades, Humberto Costa, enfatiza a importância do consórcio para o estado. “O Grande Recife é o resultado de uma política de governo, de um compromisso assinado pelo governador Eduardo Campos e ratificado por toda sua equipe. A implantação de uma iniciativa deste porte, inédita no País e com tantos frutos importantes nos dá muito orgulho”, destacou.


Veja aqui um resumo das principais conquistas:
  • Definição de regras mais eficientes e uma política clara de renovação e modernização da frota de ônibus da RMR (incluindo a instalação de câmaras de segurança em praticamente 100% da frota, além de aparelhos de GPS);
  • Adoção do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) para a aplicação de reajuste, de caráter anual, para as tarifas do STPP/RMR. - Participação efetiva nas discussões nacionais sobre a concessão de subsídios para a área de transporte público de passageiros;
  • Desenvolvimento de projetos inovadores, como o Transporte Rápido Por Ônibus (TRO) e do corredor Norte/Sul;
  • A renovação da frota de ônibus com mais de 430 veículos, comprados durante este período.
  • A realização da I Conferência Metropolitana de Transporte, em novembro de 2008, que elegeu, por votação popular, os quatro representantes usuários para o Conselho Superior de Transporte Metropolitano.
  • Reconstrução do Terminal Integrado da Caxangá em dezembro de 2008 que após as obras de requalificação executadas pela Prefeitura do Recife foi entregue ao governo estadual, que repassou os equipamentos ao Grande Recife Consórcio de Transporte. Graças às melhorias o TI passou a fazer parte do Sistema Estrutural Integrado – SEI.
  • Retomada das obras de construção de novos terminais de integração do SEI (paradas há mais de dez anos). Além da construção de três terminais, com recursos do tesouro estadual - Pelópidas Silveira (inaugurado no último dia 19 de agosto), Cabo (em fase de conclusão de obra) e Xambá, o Grande Recife assumiu a responsabilidade por mais oito terminais integrados e três corredores de ônibus. Estes projetos serão executados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da caixa Econômica Federal. O investimento, nestes últimos empreendimentos, é de aproximadamente R$ 60 milhões.
  • Implantação do novo modelo de bilhetagem eletrônica. Moderno, com integração de várias soluções e mais econômico que o anterior, o novo modelo possibilita, entre outras coisas, a descentralização do processo de carregamento dos créditos em cartões eletrônicos e a ampliação do universo de usuários atendidos pelo sistema de bilhetagem com a inclusão de usuários avulsos, idosos, pessoas com deficiência e crianças menores de seis anos;
  • Desenvolvimento de ações e programas voltados ao atendimento de pessoas com deficiência e idosos (incluindo campanhas educativas em parceria com a sociedade civil organizada).
  • Criação do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) que substitui o antigo Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos (CMTU), que tem atribuições importantes para o sistema como: a definição da política tarifária, regulação normativa do STPP/RMR e a consolidação dos contratos de gestão ou convênios com outros municípios que se utilizem dos serviços do Grande Recife Consórcio de Transporte.
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Porto Alegre é contemplado no Novo PAC projetos para aquisição de 500 ônibus com menor emissão de poluentes

sexta-feira, 10 de maio de 2024

A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, submeteu ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal projetos para renovação da frota e aquisição de ônibus elétrico, totalizando mais de R$ 1 bilhão de investimento para a qualificação do sistema de transporte coletivo. Foi enviado ao governo federal o pedido de aquisição de 20 ônibus leves, 340 pesados e 140 articulados, todos Euro 6 (menor emissão de poluentes). Além dos ônibus convencionais, foi enviado projeto para aquisição de 100 ônibus articulados, com tecnologia elétrica e infraestrutura de recarga. 

“Desde o começo do Programa Mais Transporte, trabalhamos na qualificação do sistema de ônibus com o incremento de viagens, melhoria da infraestrutura do transporte e também no investimento de novas tecnologias e renovação da frota”, destaca o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior. 

Também pelo Novo PAC, um dos projetos inscritos foi o da construção de um Centro de Controle Operacional do Transporte Coletivo, que permitirá à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) controlar o funcionamento em tempo real. O investimento é de R$ 21 milhões. 

Além dos investimentos inscritos no PAC, já foram adquiridos pelos consórcios que atendem o sistema de transporte cerca 170 ônibus, com a previsão de chegar a 233 até o final do ano. Todos os novos veículos estão sendo adquiridos com ar-condicionado, elevador de acessibilidade e sistema de menor emissão de poluentes. Atualmente, a frota operante da Capital é de 1.173 ônibus, destes 78% possuem ar-condicionado.

O Novo PAC Seleções visa investir na aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 Euro 6 e 39 veículos sobre trilhos para renovar a frota e equipamentos do transporte urbano brasileiro. A modalidade Renovação de Frota integra eficiência energética e baixo consumo de combustível para melhorar o atendimento à população, contribuindo com a redução das emissões de CO2 e com a qualidade de vida nas cidades brasileiras. A diminuição da idade média de veículos de transporte urbano contribui também para o fortalecimento da produção dos veículos e componentes da cadeia na indústria nacional. 

Informações: Blog Meu Transporte

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Grande Recife: Começam as obras do corredor exclusivo de ônibus do Ramal Cidade da Copa

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Diante de um público de aproximadamente 200 pessoas, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assinou na manhã de sábado (01), a ordem de serviço para a construção do corredor exclusivo de ônibus Ramal Cidade da Copa. A assinatura, feita no terreno onde será construído o ramal, próximo da cidade da copa e da Arena Pernambuco, marcou o início da construção das obras de mobilidade para a copa do mundo de 2014, um legado para o Estado de Pernambuco. Ainda durante a solenidade, o governador e o Secretário das Cidades, Danilo Cabral, assinaram o Projeto de Lei que estabelece os parâmetros que orientarão a licitação da concessão das linhas de ônibus da RMR.

Para o secretario das cidades, Danilo Cabral, o anuncio tem um símbolo especial. “Em 10 de agosto, anunciamos o lançamento do edital de licitação para construção dos Corredores Norte-Sul, Leste-Oeste, Ramal Cidade da Copa e Terminal Integrado Cosme e Damião. E, é com alegria que viemos hoje, anunciar, o início das obras da intervenção mais importante para as obras de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014 que é o Ramal Cidade da Copa”, comemorou.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, comemorou a antecipação no calendário das obras. “Foi acordado com a Presidência da República que até dezembro deste ano estaríamos iniciando a construção dos corredores exclusivos de ônibus, mas nos antecipamos e com uma antecedência de 90 dias anunciamos o início da primeira obra de mobilidade. Além disso, até 30 de outubro, as obras dos corredores Leste-Oeste, Norte-Sul e Terminal Cosme e Damião serão iniciadas. Isso para nós e importante, porque desta forma poderemos concorrer a Copa das Confederações”, ressaltou.

Para o Ramal Cidade da Copa serão investidos R$ 131 milhões – recursos do Programa de Aceleração do Crescimento destinados às obras para a Copa do Mundo de 2014 (PAC Copa) e do Tesouro Estadual. Do PAC, o Governo conta com R$ 99 milhões de financiamento e fará uma contrapartida de R$ 32 milhões. Serão 18 meses de obra, o que significa que no primeiro semestre de 2013 o projeto estará concluído.

Traçado: O Ramal Cidade da Copa tem início na Avenida Belmino Correia, em Camaragibe, próximo à Estação do Metrô e do Terminal Integrado de Camaragibe. Com 6,3 Km de extensão, o Ramal segue paralelo a linha do metrô, passando pelo rio Capibaribe e cruzando a Cidade da Copa, até a BR-408, que está sendo duplicada. Além do corredor exclusivo de TRO, o ramal cidade da copa terá duas pistas de carro em cada sentido e uma ciclovia. Será construída uma ponte sobre o rio Capibaribe e um viaduto sobre o metrô.

A obra será dividida em duas etapas: na primeira, será feita uma intervenção de 3,76km, iniciando pelas proximidades do rio Capibaribe e seguindo até a BR-408 passando pela Cidade da Copa. Na segunda fase, a obra vai do Terminal de Camaragibe, próximo a Avenida Dr. Belmino Correia, e segue até a estação de Metrô Cosme e Damião – uma extensão de 2,65 km. Serão 18 meses de obra, o que significa que no primeiro trimestre de 2013 a obra estará concluída.

Segundo o secretário, Danilo Cabral, o governo tem pressa e irá acelerar o processo de construção do ramal. “Ficaremos atentos aos prazos, pois sabemos da importância que a obra tem para a estruturação da cidade da copa. Iremos trabalhar para que a primeira etapa (trecho interno) que começa no rio Capibaribe e vai até a BR-408 fique pronto até o final de 2012. Temos pressa e vamos corresponder às expectativas da população”.

Sistema TRO – O Transporte Rápido de Ônibus (TRO) é um sistema onde os ônibus trafegam em faixas exclusivas, possuem ar-condicionado, GPS, sistema de segurança através de registro de imagens e contagem eletrônica de passageiros. As tarifas são cobradas antes de o passageiro entrar nos ônibus e os embarques e desembarques são feitos em estações construídas no mesmo nível dos coletivos, agilizando o tempo de parada dos veículos.O Sistema já é utilizado em cidades como Bogotá (Colômbia), Johanesburgo (África do Sul) e Curitiba (Brasil).

Demais intervenções: Dentro das ações do PROMOB, o Governo também está com a licitação das obras de implantação dos corredores exclusivos de ônibus dos eixos Norte-Sul, Leste-Oeste e ainda do Terminal Integrado Cosme e Damião em andamento. Ao todo, um investimento de R$ 476 milhões, sendo R$ 129 milhões de recursos do Tesouro Estadual e R$ 347 milhões do PAC Copa. Para o Norte-Sul, o investimento será de R$ 159 milhões, já o Leste-Oeste terá um custo de R$ 165 milhões e o Terminal de Integração Cosme e Damião está orçado em R$ 18,5 milhões.

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Fonte: Governo do Estado

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PAC Mobilidade vai investir R$ 336 milhões no Estado da Paraíba

terça-feira, 24 de abril de 2012

O governador Ricardo Coutinho participará nesta terça-feira (24), em Brasília, ao lado da presidente da República, Dilma Rousseff, da solenidade de liberação de recursos para as obras do PAC Mobilidade Grandes Cidades. A Paraíba será contemplada com R$ 336 milhões para execução de projetos que serão realizados em parceria com o Estado e a Prefeitura Municipal de João Pessoa. Na oportunidade, o governador e o prefeito Luciano Agra assinarão contratos com o Governo federal para execução de obras no sistema de transporte público do Estado.

O PAC Mobilidade Grandes Cidades, que integra a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), tem como objetivo requalificar e implantar sistemas de transporte público coletivo, com maior capacidade. O Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, investirá R$ 18 bilhões em 24 municípios. A capital da Paraíba foi incluída no grupo três, que envolve cidades de 700 mil a um milhão de habitantes.


Na Paraíba, o PAC Mobilidade Grandes Cidades vai contemplar, além de João Pessoa, os municípios de Bayeux, Santa Rita e Cabedelo, beneficiando 600 mil pessoas. A melhoria do sistema de transporte público será desenvolvida da seguinte forma: o Governo do Estado será responsável pela implantação do Sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilho) Metropolitano de João Pessoa com a construção de corredores e viadutos (inclui dois viadutos na obra do VLT, o corredor 2 de Fevereiro e um viaduto nesse corredor e o Terminal de Integração no Centro).

O Governo Municipal vai construir a Rede Integrada de Corredores de Transporte Público, que liga o sistema BRT (Bus Rapid Transit) com terminais de ponta, e vai de Cruz das Armas às Avenidas D. Pedro II e I, incluindo um corredor exclusivo da Epitácio Pessoa ao Terminal de Integração no Centro.

Conforme o secretário executivo de obras do PAC, Ricardo Barbosa, o governo vai implantar melhorias estruturais e operacionais para a requalificação do sistema sobre trilhos da Grande João Pessoa. Além das obras de modernização e aumento de capacidade de transporte do sistema ferroviário, haverá também a modernização do Sistema de Controle Operacional e Sinalização, que prevê intervenções para a implantação do VLT entre os municípios de Cabedelo e Santa Rita, com a recuperação do trecho de 28 km de ciclovias no percurso.

Fonte: PB Agora

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Praia Grande vai criar corredor de ônibus com verba do PAC 2

sexta-feira, 8 de março de 2013

Praia Grande poderá ser a próxima cidade da Baixada Santista a contar com corredor de ônibus. O anúncio foi feito pela Prefeitura nesta quinta-feira. Para a implantação da faixa exclusiva serão utilizados recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) 2. As Avenidas Marginais, do Bairro Mirim ao Solemar, receberão obras de adaptação das vias. 

A contemplação de Praia Grande para construção de um corredor de ônibus por meio do PAC foi divulgada nesta quarta-feira, pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União. O início das obras depende agora do envio de um projeto da Prefeitura à Brasília para o repasse dos recursos. A verba prevista é de R$ 70.584.348,00, sendo R$ 63.584.348,00 do Governo Federal e R$ 7.000.000,00 da Prefeitura. 

O município foi selecionado dentro do âmbito do Programa de Infraestrutura de Transporte e Mobilidade Urbana (Pró-Transporte). A portaria do Ministério das Cidades, de nº 109, datada de 5 de março, prevê a criação de um sistema viário para a passagem de transporte coletivo, com prazo de execução máximo de 24 meses.

De acordo com a secretária de Obras Públicas, Eloisa Ojea Gomes Tavares, a seleção do projeto para criação de corredores de transporte coletivo se dá pelo fato de as vias poderem ser artérias com características metropolitanas, ligando o Litoral Sul à região norte. “O sistema também servirá de opção viária rápida de ligação entre diversos bairros do Município e que hoje tem como meio principal de ligação a rodovia Padre Manoel da Nóbrega”, disse.

As faixas de ônibus a serem implantadas têm como objetivo agilizar todo o transporte inter-regional (Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá), regional (atendendo a bairros como Cidade da Criança, Princesa, Imperador, Solemar, Flórida, Real, Caiçara, Melvi, Samambaia, Esmeralda e Maracanã). Em função do sistema tronco-alimentador, atenderá também os demais bairros do Município.

Os principais serviços serão de pavimentação, canalização e construção de obras de micro-drenagem. A implantação de paradas de ônibus e sinalização horizontal e vertical complementam o projeto. Pelo novo corredor deverão circular linhas inter-regionais (que opera atualmente com 13 veículos, com demanda de 175.166 passageiros/mês) e linhas municipais (que opera com 15 veículos com demanda de 311.486 passageiros/mês).

Ciclovias

No projeto, pretende-se ainda implantar semáforos inteligentes, que visam dar prioridade ao sistema de transporte de forma organizada e segura. A travessia de pedestres e seu acesso ao sistema por meio de novos e modernos abrigos darão comodidade e segurança aos usuários.

Outro serviço previsto é o monitoramento das vias e sua estruturação por meio de painéis contendo informações das linhas do sistema em tempo real, via tecnologia GPS. O objetivo principal do projeto é melhorar a mobilidade urbana, incentivando o uso do transporte coletivo e do não motorizado, com a implantação de ciclovias no trecho ainda não contemplado.

De acordo com a carta-consulta apresentada ao Governo Federal, com o projeto passará a atender a demanda atual de 18.717 passageiros/dia para 22.460 passageiros/dia. Ainda segundo a carta apresentada, serão implantados 40 pontos de parada, 20 quilômetros de calçadas e 20 quilômetros de infraestrutura cicloviária, ao longo dos corredores de transporte coletivo ou que conectem os bairros ao sistema.

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No Recife, Começa obra das estações para transporte no Capibaribe

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A construção das estações de embarque e desembarque de passageiros no Rio Capibaribe, no Recife, teve início na sexta-feira (13). As obras fazem parte do Programa Rios da Gente, projeto que pretende tornar o Capibaribe navegável para transporte público fluvial até junho do próximo ano. A ordem de serviço foi assinada, na manhã de hoje, pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, e pelo secretário das Cidades, Danilo Cabral, em solenidade realizada no canteiro de obras da BR-101, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte da capital.

Inicialmente, está prevista a construção de sete estações. O projeto, que deve transportar 300 mil pessoas por mês, prevê a circulação de embarcações em duas rotas. Com 11 quilômetros de extensão, a Rota Oeste terá 5 estações e vai passar pelos bairros de Dois Irmãos, Santana, Torre, Derby e Centro do Recife.  As três primeiras estações dessa rota devem ficar prontas até fevereiro de 2014: as estações do Derby, na área central; do Recife, próxima à Estação Central de Metrô, e a de Santana, em Casa Forte. As outras duas devem ficar prontas até junho.


Já a Rota Norte terá 2,5 quilômetros e duas estações, ligando a Rua do Sol, no Centro da cidade, até a região próxima à Escola de Aprendizes Marinheiros, no limite entre a capital e Olinda.

As estações serão erguidas em uma área de 438 m², cuja limpeza está inserida no processo de construção. As cabines serão compostas por plataformas flutuantes, acessibilidade plena, guichê para emissão dos bilhetes, banheiros, circuito fechado de televisão, estacionamento para veículos e bicicletário. Uma audiência pública marcada para 15 de outubro deve discutir com a população o projeto de operação do transporte fluvial, incluindo os preços das passagens, que ainda não estão definidos.

De acordo com o governador, a reunião também vai tratar do processo de licitação para contratar a empresa que vai comandar o serviço. "Vamos terminar o ano sabendo quem vai ser responsável por colocar os barcos na água e operar o serviço. Está tudo dentro do cronograma", afirmou Eduardo Campos. "A ideia é chegar à Copa do Mundo com o sistema funcionando a pleno vapor".

Os treze barcos que farão o transporte de passageiros no Capibaribe têm capacidade para transportar 89 pessoas por vez. As viagens serão realizadas em intervalos de dez minutos e tempo máximo de 40 entre os pontos mais distantes. Também está prevista a construção de uma garagem para a manutenção dos barcos no bairro da Ilha Joana Bezerra. O projeto ainda prevê o serviço de dragagem do rio, que pretende recuperar 17 quilômetros fluviais desde a BR-101 até a divisa entre Recife e Olinda.

Dragagem e limpeza
Desde abril passado, o Capibaribe vem recebendo obras de dragagem, que busca criar um canal de navegação, com 35 metros de largura por 3 metros de profundidade. Todo o sedimento contaminado que é retirado do fundo do rio é levado até o canteiro de obras, na BR-101, onde cerca de 100 caminhões levam até um aterro sanitário em Igarassu, no Grande Recife. Dos treze quilômetros da rota prevista, já foram dragados seis no trecho que liga a BR-101 à Praça do Derby. O processo de dragagem também deve ser concluído até março do ano que vem, juntamente com as três primeiras estações.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, acredita que o projeto vai unir a população e o rio e criar uma relação melhor do que a que já existe. "Tenho certeza que a integração das pessoas com o rio vai promover um tratamento melhor. O rio hoje é isolado das cidades, as pessoas só vêem o rio nas pontes. A navegabilidade vai fazer todo mundo cuidar melhor do rio", disse. De acordo com ele, projetos a médio e longo prazo também vão discutir a retirada das famílias que vivem à beira do Capibaribe e a mudança para diversos habitacionais em construção na cidade.

O Programa Rios da Gente está orçado em R$ 289 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do tesouro estadual.

Por Lorena Aquino
Informações: G1 Pernambuco

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