- Estamos procurando antecipar de dezembro para, no máximo, até outubro a entrega de mais duas estações. A ideia é entregar as duas juntas. E aí, passaremos para 700 mil passageiros por dia [na linha 4].
A Pinheiros é a quarta estação desta linha administrada em parceria com a iniciativa privada. Já funcionavam as estações Paulista, Faria Lima e Butantã, que inicialmente operavam entre 8h e 15h e, desde o dia 2 de maio, abrem às 4h40 e fecham às 15h. Atualmente, a população pode usar o trecho de segunda a sexta-feira.
Essas quatro paradas só devem operar nos fins de semana no segundo semestre, depois da inauguração das estações Luz e República. Também no segundo semestre, mais uma mudança está prevista pelo governo do Estado de São Paulo: os trens desse ramal circularão das 4h40 até a meia-noite.
O secretário de transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou no entanto que o governo estuda antecipar também a mudança no horário de funcionamento das estações para uma semana a partir da implantação da integração.
- Vamos avaliar a possibilidade. Nós estamos lidando com uma massa violenta de usuários novos. Essa estação [Pinheiros] vai partir para 240 mil pessoas por dia. Então é um trabalho que não merece ser tratado de forma estabanada.
A previsão era de que as estações Pinheiros e Butantã, da linha 4-Amarela, fossem inauguradas até o final de 2010, mas o cronograma sofreu atrasos.
Linha 4 – Amarela O projeto da linha Amarela começou em 2001 e, na época, a estimativa era concluir as obras até 2006. Em 2007, já atrasada, a construção sofreu um acidente, com a abertura de uma cratera de 80 m que matou sete pessoas.
A construção da linha 4 foi marcada por diversos problemas. O mais grave deles foi o desabamento da área, formando uma cratera gigante que matou sete pessoas. As buscas pelas vítimas duraram 13 dias. Durante a inauguração da estação Pinheiros, o governador lamentou as mortes.
- Nosso sentimento é de solidariedade pela tragédia ocorrida. Eu já estava fora do governo há praticamente um ano, mas é muito triste o que aconteceu. A apuração rigorosa está sendo feita e quem pagou todas as indenizações foi o consórcio.
Os mortos identificados foram o motorista do micro-ônibus tragado pela cratera, Reinaldo Aparecido Leite, de 40 anos; o cobrador, Wescley Adriano da Silva, de 22 anos; a passageira Valéria Alves Marmit, de 37 anos e o funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, de 31 anos. Uma pessoa que passava pelo local no momento do desastre, a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos; o office-boy Cícero dos Santos, de 60 anos; e o motorista Francisco Sabino Torres, de 48 anos, funcionário da obra, também morreram.