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Rio de Janeiro: Ônibus terão letreiros com números maiores

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A partir do dia 30, passageiros poderão conferir a nova roupagem dos ônibus municipais que vão operar as linhas vencedoras da licitação. Cada consórcio terá uma cor (azul, verde, amarelo ou vermelho) de acordo com a área de atuação. Como várias linhas terão a mesma identificação, o letreiro com o número do ônibus será ampliado para não confundir o usuário.

A mudança foi publicada ontem no Diário Oficial do Município. O Consórcio A Intersul (Baixada de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio) será amarelo, o B Internorte (Zona Oeste), verde, o C Transcarioca (Zona Sul e Grande Tijuca), azul, e o D Santa-Cruz (Zona Norte) vermelho. Os adesivos e a pintura serão instalados na traseira, frente, laterais e capota. Junto ao número da ordem, virá a letra de identificação.

As empresas têm um ano para se adequar à norma. No dia 30, quando começa a valer o Bilhete Único Municipal, cerca de 250 ônibus estarão nos novos moldes. A frota nova já virá com a pintura.

Já os veículos do Sistema de Transporte Público Local, vans em licitação, terão que informar na parte dianteira o número de assentos reservados à gratuidade.

Também ontem foi anunciado que a Transoeste, corredor exclusivo para ônibus BRT que ligaria Barra da Tijuca a Santa Cruz, será ampliada, e o custo da obra vai subir em R$ 100 milhões. No novo projeto, o trajeto será estendido de Santa Cruz a Campo Grande. No outro extremo, o corredor irá até o Jardim Oceânico.

Fonte: O Dia Online
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Pesquisa no BRT Transoeste revela aprovação de 90% dos passageiros, que só reclamam de superlotação

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O aperto é grande, mas, ao menos, dura pouco tempo. Quem embarca no BRT Transoeste, sistema de ônibus articulados que liga Santa Cruz à Barra da Tijuca, pode esperar uma viagem rápida, ainda que muitas vezes sobrem passageiros e faltem lugares. Uma pesquisa feita pelo Instituto Mapear, a pedido do Rio Ônibus, mostrou que, enquanto o ganho de tempo é apontado pelos cariocas como a maior virtude da nova opção de transporte, a superlotação é alvo de críticas.
Depois de viajar no Transoeste pela primeira vez na última sexta-feira, por volta de meio-dia, a esteticista Branca Correia, moradora da Praça Seca, teve exatamente essa percepção. Ela entrou na estação do Pontal e desceu no Terminal Alvorada. De lá, pegou um ônibus da linha 692 rumo ao Engenho Novo. Branca elogiou o sistema - a economia de tempo no trajeto foi de 20 minutos -, mas mostrou desconforto com a lotação. Já a técnica de enfermagem Érica Ferreira, de Santa Cruz, pegou o BRT em seu bairro, com a filha Eloá e a mãe, Sandra Maria, em direção ao BarraShopping. Levou 35 minutos para percorrer um trajeto que levaria uma hora e meia em ônibus convencionais. Érica considerou a lotação suportável. Para ela, o principal problema é a falta de banheiros nas estações.
Repórteres do GLOBO percorreram, na sexta-feira passada, 16,5 quilômetros entre a estação do Recreio Shopping e o Terminal Alvorada, em 20 minutos. O ônibus articulado estava lotado, e muitas pessoas viajavam de pé. Passageiro frequente do Transoeste, o operador de máquinas Carlos Antônio da Silva, de 38 anos, usa o corredor para ir diariamente de sua casa, em Santa Cruz, ao trabalho, no Leblon. Ele elogiou o sistema, porém, acha que alguns ajustes são necessários:
- Saio às 4h de casa e já encontro o ônibus lotado. Dez minutos de intervalo são insuficientes para garantir conforto ao passageiro. Mas, sem dúvida, o "ligeirão", por ter pistas exclusivas, é melhor do que o ônibus convencional.
Aprovação de 90% dos usuários
No balanço dos dois meses de operação do BRT, a avaliação é positiva. A pesquisa do Instituto Mapear mostrou que 90% dos usuários aprovam o sistema:13% dos entrevistados declararam estar muito satisfeitos com o BRT, e 77% disseram que estão satisfeitos. Entre os 2% que se declararam insatisfeitos, a principal reclamação foi a superlotação e a demora na chegada dos ônibus. Ainda de acordo com a pesquisa, o sistema é usado preferencialmente para o deslocamento entre casa e trabalho (84% dos usuários) e para o lazer (16%).
Os usuários podem esperar viagens menos apertadas a partir do início de setembro. Segundo o presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, o corredor exclusivo ganhará 26 novos ônibus articulados - hoje são 65. Com 91 veículos em operação, Teixeira prevê melhoras:
- Vamos aumentar gradativamente o número de composições. Percebemos que muita gente que vinha da Zona Oeste para a Barra de van ou de ônibus do tipo frescão passou a optar pelo Transoeste. Antes, pagava-se até R$ 6 por um frescão de Santa Cruz à Barra. Agora, por R$ 2,75, a condução é mais rápida e também tem ar-condicionado.
Diretor do instituto de pesquisa, Cláudio Gama explica que o levantamento foi feito com 400 pessoas, entre os dias 5 e 6 de julho. Os usuários responderam a um questionário, que incluía algumas respostas abertas, ou seja, com opção de múltiplas respostas.
- Fizemos entrevistas em todas as estações, em vários horários. O sistema está tendo uma aceitação impressionante. Para 91% dos entrevistados, o tempo de viagem, dentro das estações do corredor exclusivo, caiu, pelo menos, pela metade. Vamos repetir a pesquisa daqui a seis meses - disse Gama.
Para a técnica de enfermagem Érica Ferreira, a instalação de banheiros nas estações - há hoje 28 terminais em operação e quatro ainda fechados - beneficiaria ainda mais os usuários:
- A lotação é suportável, mas sinto falta de banheiros.
O presidente do Rio Ônibus informou que pelo menos os terminais do Alvorada e de Campo Grande vão ganhar sanitários. A prefeitura estima que a média diária de 55 mil passageiros nos dois sentidos do Transoeste deve pular para 110 mil até o fim do ano, com a inauguração das novas estações e o aumento da frota de ônibus.

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BRT Transoeste passa a funcionar das 6h às 18h a partir desta quarta

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Prefeitura do Rio de Janeiro ampliou, nesta quarta-feira (20), o horário de funcionamento do Bus Rapid Transit (BRT) da Transoeste. A partir desta quarta-feira, os ônibus circulam de 6h até 19h, como mostrou o Bom Dia Rio. No total, 21 estações estão funcionando entre Santa Cruz e Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.

Na semana passada, uma semana depois de entrar em operação, o BRT Transoeste teve o horário de operação ampliado das 9h às 16h na quarta-feira (13). O corredor expresso é o primeiro da cidade e segue em fase de testes até o dia 23 de junho.

No dia da inauguração, apenas nove estações estavam em funcionamento. Na quinta-feira (14), o número de estações aumentou para 14. As novas paradas inauguradas foram: Bosque da Barra, Américas Park, Santa Mônica, Golf Olímpico e Interlagos.

A partir de agosto, de acordo com a Secretaria municipal de Transportes, as 31 estações e o Terminal Alvorada estarão operando. O trajeto tem cerca de 40 quilômetros.
O primeiro corredor expresso de ônibus vai transportar 120 mil passageiros por dia, com uma redução de uma hora no trajeto entre Barra, Santa Cruz e Campo Grande. A partir de agosto, quando todo o sistema estiver em operação, o BRT terá 56 quilômetros de extensão e 63 estações. O intervalo entre os ônibus será de aproximadamente um minuto meio. A passagem custa R$ 2,75 e só pode ser comprada nas bilheterias das estações. O passageiro também pode usar o Bilhete Único carioca.

Passagem
Os passageiros poderão usar o BRT e um ônibus convencional pagando o preço de uma passagem, R$ 2,75, desde que façam a integração em até duas horas. Quem usar o BRT e um ônibus intermunicipal pagará R$ 4,95, utilizando o Bilhete Único.
Posteriormente, também haverá integração de passagens com as novas linhas alimentadoras que serão criadas e também com os trens.

Ligeirões
Os Ligeirões, como foram apelidados os ônibus articulados que vão trafegar nas vias exclusivas, farão a viagem sem congestionamentos, o que encurtará a viagem pela metade do tempo, levando cerca de uma hora para percorrer o trecho Santa Cruz Alvorada.
Segundo o prefeito, o trecho Santa Cruz-Campo Grande, que foi incorporado ao projeto original somente no ano passado, deve ficar pronto em agosto de 2013.

Fonte: G1 Rio

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No Rio, Passear no BRT Transoeste vira programão da Barra a Santa Cruz

domingo, 10 de junho de 2012

Depois de almoçar com 15 pessoas de sua família, a aposentada Ruth Moreira de Carvalho, de 79 anos, se arrumou toda, fez maquiagem e levou seus filhos e netos — “do mais velho ao caçula, veio todo mundo” — para um passeio ontem entre Santa Cruz e a Barra da Tijuca. O programão da família foi percorrer o trecho de 32 km do corredor expresso do BRT Transoeste para conhecer os ônibus articulados e climatizados. O novo sistema de transporte estreou na quinta-feira.
Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia
“A gente queria conferir como ficou a obra. É bom, bonito e rápido. E nada melhor do que fazer o trajeto com a família reunida. Passeamos e nos divertimos”, disse a moradora de Santa Cruz. O sistema que ela aprovou diminuiu o tempo de viagem de uma hora e meia para 55 minutos entre o Terminal Alvorada, na Barra, e a Estação Pingo D’água, em Santa Cruz.

Teve gente que enfrentou chuva e muito trânsito só para circular pela Zona Oeste nos novos ônibus. “Sai de São João de Meriti só para isso. Levei 45 minutos para chegar no Alvorada e quero muito passear nos BRTs. Fiquei muito curioso”, conta Leandro Santos da Silva, 26 anos.

Para transportar os passageiros, motoristas com autoestima para lá de elevada. Marcos Gonçalves, 48 anos, disse que se sentia “o cara” com o trânsito todo liberado para ele. “As pessoas precisam entender que isso não é uma ciclovia e parar de correr ou caminhar aqui”, alerta ele, que volta e meia tem que parar para não atropelar quem invade a pista exclusiva.

Passageiros surpresos com viagem rápida
O motorista Marcos Gonçalves, que há 16 anos transporta passageiros na Zona Oeste, está há dois dias em contato com os usuários do BRT Transoeste. Segundo ele, o que mais tem chamado a atenção é o sorriso no rosto de quem precisa fazer o percurso. Principalmente quando ele ouve o passageiro dizer: ‘Ih, já chegou’. “Tem sido um prazer”, afirma.

Já entre os parentes da aposentada Ruth Carvalho, só uma queixa. “Ô, fiscal. Cadê o moço do biscoito? Não vai passar ninguém vendendo um lanchinho, não?”, questionou Cátia Regina Cunha, 46 anos. “Biscoitinho não tem, não. Mas toda sexta vai ter o BRT do Pagode. O ônibus é grande e cabe a banda toda”, brincou o funcionário, arriscando uma sambadinha.

O BRT também virou opção para distrair crianças, que ficam impressionadas com a forma sanfonada da articulação dos carros. “Foi uma maneira divertida de entreter a criançada e uma forma de conhecer o novo sistema de transporte”, contou a vendedora Camila Souza, 29 anos, ao lado dos filhos Vitória 11, Letícia, 10 e Mateus, 8.

Fonte: O Dia Online


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Eleições no Rio: Propostas de transportes de candidatos está longe da realidade

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


RIO - A estudante universitária Julianne Carvalho, de 22 anos, e o operador de telemarketing Luiz Gustavo Braga, de 27, não se conhecem, mas dividem o mesmo drama todas as manhãs: trens superlotados e ônibus parados em congestionamentos. Hoje, o Rio tem 2,5 milhões de usuários diários de ônibus, 390 mil de trens, 645 mil de metrô e um milhão nas vans. Para os motoristas de carro, a situação não é melhor. A frota atual, segundo o Detran, é de 2,57 milhões de veículos, sendo 1,9 milhão de automóveis. Estudo feito pela Coppe/UFRJ estima que, se o aumento de veículos continuar na mesma medida, a cidade poderá ter um carro para cada duas pessoas em 2020.

Nesse horizonte, os principais candidatos à prefeitura do Rio discutem como melhorar o transporte público levantando, entre suas propostas, a antiga bandeira da integração entre os transportes de massa. Todos, porém, estão longe de uma solução para a mobilidade urbana. Essa é, pelo menos, a opinião de especialistas ouvidos pelo GLOBO.

- As propostas são um pouco desconectadas porque o objetivo é satisfazer os diversos segmentos com potencial de voto. Então, não há uma coerência de um planejamento integrado - criticou o professor de Engenharia de Transporte da PUC-Rio José Eugênio Leal.
José Guerra, pesquisador de Engenharia de Transportes da Uerj, concorda e ressalta que as ideias apresentadas precisavam ser organizadas em uma rede de transporte. Para ele, as propostas ainda não se encaixam.

- A próxima prefeitura deveria propor uma lei para uma rede integrada estrutural básica, fazer isso ser aprovado na Câmara Municipal e definir cada segmento. Definir onde deverá ter metrô, trem, ônibus de alta ou média capacidade, ônibus de baixa ou média capacidade - explicou Guerra.

Sistema atual não é otimizado
Paulo Cezar Ribeiro, pesquisador da Coppe que fez o estudo já citado sobre aumento da frota, também critica as imprecisões dos candidatos:
- Bato nessa tecla há mais de dez anos: é preciso reorganizar as linhas de ônibus. O sistema não foi otimizado para ser integrado. Essa integração não existe, fala-se nisso há décadas, e ninguém mexe (nisso)- afirmou Ribeiro, para quem os ônibus são o ponto de partida para organizar o sistema como um todo.

A opinião de quem utiliza trem, metrô e ônibus não é diferente. Luiz Gustavo Braga, de 27 anos, mora em Guaratiba e sente na pele a dificuldade de chegar ao trabalho no Centro.
- O BRT é interessante, mas muito cheio, e eu demoro mais tempo para vir até o Centro de ônibus. Então prefiro ir de trem. Só que a infraestrutura é ruim. Semana passada teve um princípio de incêndio em uma composição - opinou Braga.
Julianne Carvalho, de 22 anos, estuda Medicina no Centro e precisa de mais de duas horas para chegar à faculdade.
- Eu pego um ônibus e o trem parador, se eu pegasse o direto, eu chegaria mais cedo, mas é muito cheio - contou Julianne, que elogiou a criação do Bilhete Único, mas ressaltou que o tempo de validade (duas horas) é um prazo curto.

Há mais de 20 anos as propostas para a área de transporte são bastante semelhantes: integração e reorganização das linhas de ônibus, investimentos no metrô e até a construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A última administração da prefeitura inaugurou o corredor Transoeste (Barra da Tijuca-Santa Cruz) e criou 27km de faixas exclusivas para circulação de ônibus e táxis da Tijuca à Zona Sul, o que teria eliminado 30% das linhas de ônibus entre Copacabana e Leblon e 15% no Centro.

E é com essa orientação que o atual prefeito e candidato à reeleição pelo PMDB, Eduardo Paes, pretende continuar. O objetivo é concluir a construção dos três corredores de ônibus Transcarioca (Barra da Tijuca-Galeão), Transolímpica (Deodoro-Barra) e Transbrasil (Deodoro-Centro). Outro objetivo é a inclusão do metrô, das barcas e das vans no Bilhete Único, que atualmente integra apenas os ônibus e os trens. Segundo a prefeitura, o metrô não suportaria, neste momento, o aumento da demanda se fosse integrado ao bilhete.
- Não há espaço para tanto carro. Não vou investir em obra viária. À medida que você cria transporte de qualidade, você racionaliza o sistema, e as vans vão funcionar como alimentadoras - observou Paes, que não pretende aumentar o horário do bilhete, diferente de seus adversários.

Já o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, quer fazer uma revisão da licitação dos ônibus, feita pela atual administração em 2010 e alvo de crítica do Tribunal de Contas do Município (TCM), por indícios de formação de cartel.
- Rever a licitação, com uma auditoria, é a primeira medida. Se constatar o problema, vamos refazê-la. A nova licitação tem que garantir que empresas de outras cidades possam participar, não só as mesmas - apontou Freixo.

Rodrigo Maia (DEM) diz que, se eleito, a política que norteará o setor de transportes é a do investimento no metrô e nos trens, no lugar da construção da Transbrasil.
- Uma das principais propostas é não deixar que um sistema de massa já ativo venha competir com um terceiro para os ônibus - diz Maia, sobre o BRT da Transbrasil. - Eles são paralelos, vão competir um com o outro. O que vai acontecer? O ônibus não vai ter capacidade de levar o número necessário de pessoas, e os outros modais de massa vão deixar de investir porque vão perder competitividade e é muito mais interessante que parte desse dinheiro, não todo, esteja investido em trens e metrô nesses ramais da Avenida Brasil.

Em seu primeiro mandato na prefeitura, Cesar Maia fez uma proposta semelhante à do filho e até obteve autorização da Câmara Municipal para o repasse de R$ 60 milhões. O dinheiro, no entanto, nunca chegou ao estado, responsável pela expansão.
O candidato Otavio Leite (PSDB) pretende começar o mandato evitando a polêmica derrubada do Elevado da Perimetral, na Zona Portuária.
- Queremos repactuar o projeto do Porto Maravilha, decretar a permanência do Elevado da Perimetral e fazer um concurso público paisagístico para que ele se incorpore ao projeto.
Na análise dos especialistas, tanto a derrubada quanto a proposta do candidato ainda precisam ser aprofundadas, especialmente por causa do impacto no transporte público.

Eduardo Paes:
Veículo leve sobre trilhos (VLT): Queremos implantar no Centro da cidade o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), integrado ao metrô, aos trens e às barcas.
Paulo cezar ribeiro (coppe): O VLT é um projeto antigo para a cidade, desenvolvido pelo
IPP, que traria benefícios à circulação no Centro da cidade, desde que haja uma reorganização das linhas de ônibus na área de influência desse sistema.

Marcelo Freixo:
Bondinho: Iniciar tratativas com o governo do estado para fazer a municipalização do bondinho de Santa Teresa, revitalizando e conservando os antigos bondes, recuperando-os como patrimônio histórico e cultural.
José Eugênio Leal (PUC): Creio que o bondinho de Santa Teresa deve fazer parte de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) já proposto para o Centro da cidade.

Rodrigo Maia:
Transporte alternativo: Garantir a integração do transporte alternativo (vans) na cidade aos demais sistemas de transporte urbano existentes no Rio.
Jaques Sherique, diretor do crea-rj: O transporte alternativo deve ser muito bem regulamentado e controlado para poder permitir que tal integração funcione no Rio.

Otavio Leite:
VLT na Barra: Sugerir ao estado que a Linha 4 do metrô vá do Jardim Oceânico até o Trevo das Américas com a Ayrton Senna. Em caso contrário, implantar um VLT no canteiro central da Avenida das Américas, na Barra.
Jaques Sherique, diretor do CREA-RJ: Importante e necessário. Assim, teríamos a integração desses dois tipos de transporte de massa que estão separados por poucos quilômetros atualmente.

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Veja a construção de uma das estações do corredor exclusivo de ônibus da TransOeste

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Olimpíada promete mudar a "cara" do sistema de transportes da cidade do Rio de Janeiro até 2016. Ao menos 15 projetos devem ampliar a rede e a integração com a região metropolitana. Nesta semana, a prefeitura da cidade entregou a estação BRT (corredor exclusivo de ônibus) do Trevo do Magarça, em Guaratiba, zona oeste do Rio.

Esta é uma das estações da TransOeste, que começará na Barra da Tijuca e terá dois pontos finais: um em Santa Cruz e outro em Campo Grande. Veja vídeo abaixo.

Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir - em tempo para a Olimpíada de 2016 - BRTs e a linha 4 do metrô - que liga a zona sul à Barra da Tijuca - , que já havia sido prometida para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas não ficou pronta.

Para concretizar os projetos, o setor de transportes públicos no Estado receberá R$ 30 bilhões para desenvolvimento e implantação de modais que conectem todo o sistema, segundo o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes.

Se todos os planos saírem como previsto, o Rio será cortado por quatro BRTs, sendo um na avenida Brasil, que ligará o centro à zona oeste. Em obras, a TransOeste deve ter a etapa Barra-Madureira inaugurada em 2012.

Já o trecho Barra-Santa Cruz da TransCarioca está atrasado, mas a prefeitura quer entregar a obra até a Copa de 2014. A TransOlímpica está prevista também para 2014. Já o BRT da Avenida Brasil não tem cronograma definido, mas a ideia é que esteja pronto até 2016.

Entretanto, enquanto projetos como o da TransOeste já contam com a primeira estação - na avenida das Américas -, há os que ainda não saíram do papel, como o da TransOlímpica, que está na fase de licitação [concorrência entre empresas].

O sistema BRT, segundo estimativas da prefeitura, transportará 900 mil pessoas por dia e tornará as viagens mais rápidas. O trajeto Penha-Barra, por exemplo, poderá ser reduzido em até 49 minutos. De acordo com a prefeitura, o trajeto que é feito atualmente em 1h36 levaria 47 minutos.



Fonte: R7.com


 
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Prefeitura do Rio entrega a Nova Transoeste com pista revitalizada e frota renovada

domingo, 10 de dezembro de 2023

A Prefeitura do Rio entregou, neste sábado (09/12), a Nova Transoeste, que teve no total 59 quilômetros revitalizados, sendo 31 quilômetros de calha do BRT reconstruídos em concreto. O corredor passa a operar com 208 ônibus, dos quais 136 são novos veículos articulados, equipados com tecnologia sustentável Euro 6, além de 22 Euro 5 que já circulavam no trecho Jardim Oceânico x Alvorada e 50 ônibus padrons da nova frota. O início da operação dos “amarelinhos” no corredor Transoeste marca a renovação de 100% da frota do BRT em toda a cidade e decreta o fim da era dos veículos azuis.

A renovação, com 427 novos ônibus nos três corredores, representa um aumento de quase três vezes mais ônibus, se comparados aos 120 que atendiam os mesmos corredores em 2020, quando o sistema BRT estava completamente sucateado. A entrega representa mais um passo significativo para a reconstrução do modal, que após a entrada em operação do corredor Transbrasil vai totalizar mais de 600 ônibus em operação. Participaram da entrega o prefeito do Rio, Eduardo Paes; a secretária de Transportes, Maína Celidonio; a secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi, e a diretora-presidente da MOBI-Rio, Claudia Secin.

– Esse foi o primeiro BRT, entregue em 2012 com muita qualidade, e ele mudou a vida de muita gente. Imaginar que quando voltamos ao governo em 2021 tinham apenas 120 ônibus para os três corredores é inaceitável. Hoje é um dia de muita alegria, poder devolver os três corredores. Na Transolímpica e na Transcarioca a vida já mudou, e agora muda para a população da Zona Oeste também, que recebe esse BRT com dignidade, com tempos menores, com mais conforto e segurança – disse o prefeito Eduardo Paes, lembrando que mais melhorias estão a caminho. – Em breve vamos ter Magarça, Curral Falso, Pingo D’água e Mato Alto, todos terminais novos. Então, chega de sofrimento. Até o início do ano que vem serão 600 ônibus no BRT, estamos com 427 já, nos três corredores existentes, e a Transbrasil está chegando aí também. Estamos tendo uma experiência positiva na Transcarioca e na Transolímpica. Mais do que punição, queremos a conscientização das pessoas. Isso aqui é dinheiro público, quem danifica um BRT está rasgando seu próprio dinheiro.

Concreto na nova calha da Transoeste

Com três terminais (Jardim Oceânico, Alvorada e Campo Grande) e 62 estações, a Transoeste conecta a Barra da Tijuca a Santa Cruz e a Campo Grande e foi inaugurada em 2012, como o primeiro corredor de BRT da cidade. A requalificação, executada pela Secretaria de Infraestrutura, recuperou a pista do corredor de BRT desde o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, ao futuro Terminal Pingo D’Água, em Guaratiba, passando pelo túnel Vice-Presidente José Alencar, na Grota Funda. Ao todo foram utilizados 52.800 metros cúbicos de concreto, o que daria para encher 28 piscinas olímpicas. Os investimentos ultrapassaram os R$ 221 milhões, e as obras levaram 18 meses. Vale lembrar que, com a utilização da nova calha de concreto pelos ônibus “amarelinhos”, as pistas centrais onde circulam os demais veículos da Avenida das Américas receberão também um novo asfalto.

– Estamos devolvendo a calha do BRT da Transoeste novinha para a população do Rio de Janeiro. Esta obra vai gerar muito mais conforto, segurança e agilidade aos usuários do sistema BRT – afirmou a secretária de Infraestrutura, Jessick Trairi.

Durante a obra também foi construída uma passagem inferior no Terminal Recreio, possibilitando a interligação com a Transolímpica. Agora, a conexão da Transolímpica com a Transoeste será dentro do próprio terminal, eliminando a necessidade de travessia na Avenida das Américas e proporcionando mais conforto aos usuários.

Mais ônibus, intervalos diminuídos em até 58% no corredor

O início da operação dos 136 novos articulados na Transoeste vai aumentar a oferta de lugares, e os intervalos entre os ônibus diminuirão de significativamente. Na linha 10 (Santa Cruz x Alvorada), por exemplo, o intervalo será reduzido em 58% nos horários de pico: de 12 para 5 minutos. Atualmente este corredor transporta em média 190 mil passageiros em dias úteis.

– Hoje completamos a reformulação do BRT. A partir de hoje não existe mais ônibus velho no BRT, só ônibus novo. A gente está entregando dignidade, qualidade de vida para esse passageiro, que agora vai viajar com ar-condicionado. E vai reduzir muito o tempo de espera nas estações – disse a secretária de Transportes, Maína Celidonio.

Os ônibus alugados que fazem o trecho Paciência x Recreio também serão substituídos por “amarelinhos” modelo padron. Os serviços “diretões” vão continuar, mas serão com ônibus articulados novos, com embarque e desembarque nas estações com conforto e segurança para os passageiros, nas linhas de BRT: 10 – Santa Cruz x Alvorada Direto; 12 – Pingo D’Água x Alvorada Direto; e 13 – Mato Alto x Alvorada Direto.

– Acabou o sufoco, começou o conforto. É isso o que a população pode esperar. Embora a Transoeste tenha sido o último corredor entregue com a frota nova, recebeu os melhores ônibus, o Euro 6, que equivale a quase três veículos de tamanho normal, e tem toda uma proposta ambiental, ele é muito menos poluente, tem vários mecanismos para, por exemplo, controle de velocidade, gasto de diesel – lembrou a diretora-presidente da MOBI-Rio, Claudia Seccin.

Sobre os novos ônibus Euro 6 da nova Transoeste

Os novos ônibus do BRT Transoeste estão equipados com a tecnologia sustentável Euro 6, o que reduz em até 80% a emissão de gases poluentes. O Rio de Janeiro tornou-se a primeira cidade brasileira a adquirir articulados compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro 6. Este é um dos compromissos da Prefeitura do Rio com a sustentabilidade e a preocupação em promover soluções para as questões ambientais. Ao todo, foram comprados 337 articulados Euro 6, com a previsão de entrega gradual até o fim de maio de 2024.

Além da redução de poluentes, os ônibus contam com moderna tecnologia e são equipados com telemetria para análise de desempenho. Há interação com o usuário (microfone ambiente, painel de mensagens aos usuários que alertam sobre as próximas estações e alto-falantes), câmeras, portas reforçadas, aviso sonoro de fechamento das portas de embarque e desembarque, sistema de bloqueio de porta que impede o movimento do ônibus enquanto as portas estiverem abertas, cabine segregada para o motorista, painel de temperatura, área reservada a pessoas com deficiência e tomadas USB, entre outros itens.

Informações: Prefeitura do Rio

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Três vias vão desafogar o trânsito do Rio para os Jogos de 2016

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Após 13 anos de inércia no transporte público, o Rio de Janeiro deu a largada para um dos projetos mais ambiciosos dos Jogos Olímpicos de 2016. Na última quinta-feira, a Prefeitura começou as obras da Transoeste, um corredor expresso que ligará a Barra da Tijuca a Santa Cruz. Uma obra que criará mais duas vias semelhantes: a Transolímpica, que liga a Barra da Tijuca a Deodoro, e a Transcarioca, entre a Barra e a Penha.
  • O projeto é uma resposta do Rio às críticas do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao sistema de transportes da cidade, uma das deficiências da candidatura brasileira. Se for concluída a tempo, a obra redesenhará o trânsito da cidade e desafogará vias mais utilizadas, como a Linha Amarela.

A grande aposta do projeto é o sistema de Bus Rapid Transit (BRT), que é um corredor exclusivo de ônibus articulados capaz de transportar até cem mil passageiros por dia. A Transcarioca, por exemplo, será construída exclusivamente para o sistema BRT.

  • A primeira a ficar pronta será a Transoeste. A estimativa é que o corredor viário seja concluído em dois anos. A obra custará R$ 692 milhões aos cofres públicos e reduzirá à metade o tempo médio de viagem entre a Barra e Santa Cruz. A via comportará o trânsito de veículos comuns, mas terá faixa exclusiva para os BRTs.

Das três vias, a mais ambiciosa é a Transolímpica. Considerada a maior obra viária do país nos últimos 30 anos, ela terá 26 quilômetros de extensão e ligará a Vila Olímpica, no Rio Centro, e o Parque Olímpico do Rio, no Autódromo de Jacarepaguá, ao Parque Radical do Rio, em Deodoro.
Ela também será a mais ampla, aberta a veículos e com faixas exclusivas para os BRTs. O edital de licitação do corredor será lançado em setembro e as obras estão programadas para começar no primeiro semestre de 2011.

  • Para concluir as obras da Transcarioca e da Transoeste 3 mil propriedades terão de ser desapropriadas. A Prefeitura ainda não tem os números exatos, mas espera que as desapropriações para a construção da Transolímpica sejam bem menores.
    Atraso nas obras

A revolução que a iniciativa promete na área viária da cidade é necessária para o funcionamento do transporte público nas Olimpíadas. No entanto, as obras já estão atrasadas. A construção da Transcarioca estava prevista para começar em março, mas não foi iniciada até agora, mais de três meses depois, porque a burocracia federal retém as verbas do projeto.
– Aguardamos a autorização de pagamento do Tesouro Nacional, já que a verba é oriunda do PAC Mobilidade. O cronograma de obras foi ajustado – informou a Secretaria de Obras do Município.

  • A situação da Transolímpica é pior. A via será entregue com atraso de um ano em relação ao cronograma inicial. Além disso, a frota de BRTs prometida no relatório entregue ao COI será menor que a metade. Dos 130 ônibus inicialmente oferecidos, apenas 60 estarão em atividade.

Especialistas preferem os aeromóveis aos BRTs
Um dos trunfos da candidatura do Rio para sediar os Jogos Olímpicos, o sistema de Bus Rapid Transit (BRT) já é visto como o grande legado que o evento deixará para a cidade. O problema é que ele não é unanimidade entre os especialistas da área. Uma das alternativas para os ônibus articulados, que terão corredores exclusivos em suas vias e transportarão cerca de cem mil pessoas por dia, seria o aeromóvel.

  • Criado no Brasil, o sistema é constituído de trens que se movimentam a partir de propulsão pneumática manipulada por motores elétricos. Além de serem pouco poluentes, os aeromóveis têm um índice muito baixo de acidentes. São usados amplamente em Jacarta, capital da Indonésia, com elogios da população.

– Fizemos um projeto para avaliar qual seria o melhor meio de transporte para ser implantado no Rio – conta o doutor em engenharia de transportes, Fernando McDowell. – Além do benefício ambiental, o governo ficaria com apenas 30% dos gastos de implantação dos aeromóveis. O resto do investimento viria da iniciativa privada. No caso dos BRTs, o governo precisa arcar com 92% dos gastos.

  • McDowell também disse que a implantação dos aeromóveis preencheria uma lacuna no transporte público carioca.
    – Hoje nós temos um transporte de massa de alta capacidade, que é o metrô, e um de baixa capacidade, que são os ônibus – explica o engenheiro. – Os aeromóveis são de média capacidade. Eles são o meio-termo que a cidade precisa para melhorar o transporte público.

Na contramão, o professor de engenharia de transportes da Uerj, José de Oliveira Guerra, acredita que o uso de tecnologia nova dificultaria a aplicação dos aeromóveis no Rio.
– Os ônibus são muito usados no país, são uma tecnologia que dominamos. Modelos nossos são comprados no mundo inteiro – revela Guerra. – Na Polônia, o sistema de BRTs tem tecnologia brasileira. Ainda acho que os ônibus articulados foram a alternativa correta para os corredores.
Zona Oeste será a região que terá mais benefícios

  • Os cariocas só têm a comemorar com a construção da Transcarioca, da Transoeste e da Transolímpica depois de passados 13 anos sem uma grande reforma no setor viário do Rio. No entanto, os especialistas são claros ao avisar que as obras não serão o suficiente para resolver problemas de transporte na cidade.

O mais importante para o professor de engenharia de transportes da Uerj, José de Oliveira Guerra, é que as obras ajudarão a Zona Oeste, área do Rio que mais cresce nos últimos anos.
– As obras não serão suficientes já que o corredor vai servir apenas a um conjunto de bairros da cidade – avaliou Guerra. – Pelo menos elas atingirão uma área cuja população tem certa carência financeira, de baixa renda, especialmente nos locais atendidos pela Transolímpica e a Transoeste.
Já o doutor na área de engenharia de transportes Fernando McDowell adverte que as grandes obras têm um prazo de validade. Ele lembra que vias como a Linha Amarela foram criadas com o objetivo de desafogar o trânsito na cidade e, eventualmente, também acabaram afogadas.

  • – Se a solução desses problemas fosse algo tão simples, as avenidas Presidente Vargas e Nossa Senhora de Copacabana estariam uma beleza até hoje, mas não é isso que acontece – observa McDowell. – O ideal é analisar o trânsito como um sistema integrado. Os meios de transporte precisam ser desafogados transversalmente, ter várias opções para se chegar a um mesmo lugar.

Para Guerra, o lado positivo é a garantia de que as obras para as Olimpíadas deixarão um legado para a cidade, ao contrário do que ocorreu nos Jogos Pan-Americanos de 2007.
– Graças a Deus esses grandes eventos esportivos se tornaram agentes de novos empreendimentos para a cidade. O que veremos é um verdadeiro marco revolucionário no Rio e que deixará uma grande herança para a população.


Fonte: JB Online
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BRT Transoeste é multado em R$ 50 mil pela Secretaria municipal de Transportes (SMTR)

terça-feira, 26 de março de 2013

Após vistorias realizadas nesta terça-feira, o operador do BRT Transoeste foi multado em R$ 50 mil por conta de irregularidades no sistema. Agentes da Secretaria municipal de Transportes (SMTR) encontraram problemas como intervalos irregulares e falta de conservação nas estações. Os técnicos também identificaram, em alguns momentos do horário de pico, níveis de conforto inadequados nas estações Santa Cruz, Magarça e Mato Alto.

A prefeitura determinou que os operadores aumentem a frota média diária ofertada de 81 para 86 veículos, da frota total de 91 ônibus articulados. Para isso, segundo a SMTR, é necessário que haja mais agilidade na manutenção dos coletivos.

Além da multa, a SMTR vai publicar na edição no Diário Oficial desta quarta-feira uma advertência formal aos operadores do BRT Transoeste para garantir que todas as exigências sejam cumpridas, sob pena de aplicação imediata de multa contratual.

No planejamento da prefeitura, para melhorar a qualidade do serviço ofertado no BRT Transoeste, são necessários mais 12 novos ônibus articulados, conforme foi determinado ao consórcio operador no final no ano passado. Outra medida é a execução de um retorno operacional, próximo à estação Mato Alto, para a implantação de novo serviço Alvorada-Mato Alto, o que vai reduzir a distância percorrida pelos ônibus, aumentar a frequência e, consequentemente, a capacidade de transportar passageiros. O trabalho, feito pela Secretaria Municipal de Obras, já está em andamento e deve ser concluído no mês de maio.

"Esta foi a maior multa aplicada ao consórcio operador desde a inauguração do sistema. O BRT Transoeste representa um grande benefício aos usuários e vamos exigir níveis de qualidade de serviço adequados", disse o secretário de Transportes Carlos Roberto Osorio, em nota.

Acidentes já deixaram seis mortos no BRT Transoeste
Colisões e atropelamentos têm acontecido com frequência desde a inauguração do BTR Transoeste, no dia 8 de julho do ano passado, e já deixaram seis mortos. No último acidente, ocorrido na sexta-feira, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas. A colisão aconteceu entre um ônibus do BRT e um carro de passeio na Avenida das Américas, na altura da estação Benvindo de Novaes, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Secretaria municipal de Transportes, o acidente foi provocado por uma manobra irregular do motorista do carro. A pista central ficou interditada no sentido Grota Funda por cerca de três horas, e o desvio foi feito pela pista lateral.

Em setembro, Trigoly de Souza Soren, de 56 anos, foi atropelada por um carro que foi arrastado por um ônibus em direção ao canteiro central. No mesmo mês, Felipe de Freitas, de 17 anos, não resistiu aos ferimentos causados por um atropelamento dois meses antes. Na ocasião, alunos e professores do Colégio Estadual Vicente Januzzi, na Barra, onde ele estudava, chegaram a organizar um protesto nas pistas centrais da Avenida das Américas, na altura do Bosque da Barra, para pedir mais segurança no trânsito. 

Em agosto, uma mulher foi atropelada e morreu na pista do BRT, na Avenida das Américas, sentido Recreio. Segundo operadores de trânsito, ela teria atravessado fora da faixa. No dia 27 de julho, houve outro atropelamento fatal: o jardineiro Paulo Sérgio de Macedo foi atingido pelo ônibus quando caminhava na faixa exclusiva do BRT, no sentido Recreio, próximo à estação Novo Leblon. Já o jovem José Leandro dos Santos também não resistiu ao ser atropelado no corredor, no dia 27 de julho. Ele teria atravessado fora da faixa, na pista sentido Santa Cruz, a 100 metros da Estação Bosque da Barra.

Em setembro, foram registrados quatro acidentes em três dias consecutivos: no primeiro caso, dois ônibus do BRT se envolveram em colisões - um deles se chocou contra uma moto, na altura da Estação Barra Sul, e outro colidiu com um caminhão no Mato Alto, em Guaratiba. No dia seguinte, uma moto e um carro colidiram com um ônibus do corredor num cruzamento na altura do supermercado Zona Sul, no Recreio. No terceiro dia, um ônibus articulado atropelou José Romildo do Nascimento, de 26 anos, quando ele atravessava a Avenida das Américas, na altura do Bosque da Barra.

Em outubro, uma motocicleta e um ônibus do corredor expresso colidiram na tarde do dia 10 na altura da Estação Gilka Machado, na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. Segundo a Secretaria municipal de Transportes, o motociclista teria avançado o sinal para fazer uma bandalha, na pista sentido Recreio, quando se chocou com o ônibus articulado.

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No Rio, Obra para o corredor expresso Transolímpica só avançou 15%

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Já o prazo de conclusão de alguns projetos termina já no início de 2014. A Transcarioca, corredor expresso que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, terá 39 quilômetros e 45 estações. Segundo a Secretaria Municipal de Obras (SMO) da Prefeitura do Rio de Janeiro, 85% do projeto está concluído. No entanto, seu fim está previsto somente para março, se tornando mais uma obra que avançará para o próximo ano na rotina do carioca.

Como as obras na Transcarioca ocorrem concomitantemente por toda sua extensão, a conclusão depende do término da pista de rolamento do BRT, que é indicada como a última parte do projeto. Segundo a SMO, as maiores partes do projeto como o mergulhão do Campinho e a ponte do canal do Fundão já estão 100% concluídas. As pontes estaiadas da Ilha do Governador e da Barra da Tijuca também estão em fase de conclusão.

A área de mobilidade será uma das que mais sofrerá mudanças na cidade. Além da Transcarioca, os projetos Transoeste e Transolímpica formam a tríade dos corredores expressos, que chega para desafogar o trânsito e diminuir o tempo de viagem entre pontos estratégicos do Rio.

Segundo o professor do departamento de Engenharia Industrial da Puc-Rio, José Eugenio Leal, é muito complicado diminuir os impactos que obras desse porte provocam na cidade e na rotina dos moradores. “O projeto tem que ser muito bem planejado. Deve-se tentar ao máximo colocar as obras em horário noturno, assim como o transporte de materiais. Ainda assim, é impossível que esse tipo de transformação passe batido pela cidade”, explica.

A Transoeste já opera na cidade, mas será expandida. Atualmente, o sistema de ônibus BRT faz o caminho que liga Barra da Tijuca a Santa Cruz, além do túnel da Grota Funda, que faz o trajeto Recreio dos Bandeirantes – Barra de Guaratiba. O trabalho agora é para completar a expansão a Campo Grande, que será entregue neste mês. A Prefeitura estima que o tempo de viagem se reduza em 50% com o projeto, que custará, ao todo, R$ 1,06 bilhão, embarcando 230 mil passageiros por dia.

De acordo com José, para trazer benefícios, as obras precisam, primeiramente, cobrir demandas existentes. “Os corredores expressos devem ser instalados em áreas que precisam delas. Dessa forma, estarão melhorando locais mal atendidos. É importante também que essas novas linhas não estejam no mesmo corredor que os transportes de massa já conhecidos, para que não haja competição”, alerta.

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Amarelinhos do BRT Transoeste completam um mês com 23% mais passageiros e diminuição no intervalo

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A Nova Transoeste completou um mês de operação transportando 23% mais passageiros. Dados contabilizados pela MOBI-Rio mostram que, de 9 de dezembro de 2023 a 9 de janeiro de 2024, passaram pelo corredor 4.265.177 pessoas viajando nos “amarelinhos“, 795.952 a mais que no período de 9 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023, quando usaram o corredor 3.469.225 passageiros.

A Prefeitura do Rio entregou em dezembro passado a Nova Transoeste, que teve seus 59 quilômetros revitalizados, sendo que destes, 31 quilômetros de faixa exclusiva do BRT reconstruídos em concreto. O corredor passou a operar com 208 ônibus, dos quais 136 novos veículos articulados, equipados com tecnologia sustentável Euro 6, além de 22 Euro 5 que já circulavam no trecho Jardim Oceânico x Alvorada e 50 ônibus padrons da nova frota que operam no trecho da Avenida Cesário de Melo.

O início da operação dos novos articulados no corredor aumentou a oferta e os intervalos entre os ônibus diminuíram em mais de 50% nos horários de pico. Com três terminais (Jardim Oceânico, Alvorada e Campo Grande) e 62 estações, a Transoeste conecta a Barra da Tijuca a Santa Cruz e a Campo Grande e foi inaugurada em 2012, como o primeiro corredor de BRT da cidade.

A requalificação recuperou a pista do corredor de BRT desde o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, ao futuro Terminal Pingo D’Água, em Guaratiba, passando pelo Túnel Vice-Presidente José Alencar, na Grota Funda. Os investimentos ultrapassaram os R$ 221 milhões, e as obras levaram 18 meses.

Durante a obra também foi construída uma transposição no Terminal Recreio, possibilitando a interligação com a Transolímpica. Agora, a conexão da Transolímpica com a Transoeste acontece dentro do próprio terminal, eliminando a necessidade de travessia na Avenida das Américas e proporcionando mais conforto aos usuários.

Em 2024, serão entregues as obras de transformação de quatro estações do corredor em terminais: Mato Alto, Pingo D´Água, Curral Falso e Magarça. O investimento ultrapassa R$ 180 milhões. As obras estão a pleno vapor e preveem, além da expansão das antigas estações, a criação de passarelas de acesso às novas estruturas e aos terminais alimentadores, que farão a integração entre ônibus e vans com vias importantes.

Investimento de quase R$ 2 bilhões
Para fomentar a recuperação do Sistema BRT, a Prefeitura do Rio tem investido quase R$ 2 bilhões em parceria com o Governo Federal, que já possibilitaram a compra dos novos ônibus, a requalificação do corredor Transoeste e a construção de terminais e garagens públicas. Os investimentos foram adquiridos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de R$ 645,9 milhões.

A previsão é que todo o Sistema BRT esteja em pleno funcionamento no primeiro semestre de 2024. Somando os quatro corredores (Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil), serão 140 estações, 15 terminais e quase 150 quilômetros interligando Zona Oeste, região da Barra da Tijuca, Zona Norte e Centro.

Informações: Diário do Rio

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Rio: Começam a circular as novas linhas de ônibus para Zona Oeste

terça-feira, 30 de junho de 2009

Começou a funcionar na manhã desta segunda-feira as novas linhas de ônibus da Zona Oeste. De acordo com o Diário Oficial do Rio, os coletivos vão reforçar trechos dos itinerários de linhas principais que costumam trafegar com excesso de passageiros. Os ônibus começaram a circular na manhã desta segunda.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a linha 866 (Campo Grande - Cinco Marias) é um serviço de viagem parcial, com cinco microônibus, que saem de Campo Grande, seguem pela Estrada do Margarça e retornam pela Estrada da Pedra. O itinerário atende as comunidades de Cinco Marias, Jardim Guaratiba e Pingo Dágua, na periferia da Pedra de Guaratiba. A linha principal (Pedra de Guaratiba - Campo Grande) quando passa nesses locais já está carregada e sem oferta de assentos vagos.
A linha 882 (Pingo da Água/ Barra da Tijuca, via Pedra), é também um serviço de viagem parcial que sai de Pingo D'Água, próximo ao cruzamento da Estrada da Pedra com a Avenida Dom João VI, seguindo pela Estrada da Matriz, em Pedra de Guartatiba e, em seguida, para a Barra da Tijuca. O serviço, operado por dez ônibus urbanos, vão reforçar o trajeto da linha principal (Santa Cruz - Barra da Tijuca via Pedra) que também circula com os veículos lotados.
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No Rio de Janeiro, Primeira fase do BRT Transoeste já será entregue no final de maio

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Para o transporte público ter prioridade e agilidade, não é necessário fazer obras caras e demoradas. Também são dispensáveis viadutos ou elevados para que o tráfego do transporte coletivo seja totalmente segregado e se livre dos gargalos do trânsito.
Prova disso é o corredor de ônibus BRT (Bus Rapid Transit) Transoeste, que vai ligar a Barra da Tijuca a Santa Cruz.
A obra que faz parte das ações de modernização da mobilidade no Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, e também, segundo a Prefeitura, que vai reduzir o tempo de deslocamento da população no dia a dia, aumentando também o conforto, deve ter sua primeira fase entregue em 21 de maio deste ano, enquanto tantas intervenções em outras cidades ainda estão em estágio inicial ou sequer conseguiram as licenças básicas porque são obras muito complexas.

O Rio de Janeiro optou pelo BRT, corredor de ônibus, e parece não ter se arrependido da escolha planejada.
Isso porque, hoje o BRT não é apenas um canteiro por onde passam os ônibus, o que somente isso, garantiria já velocidade aos transportes públicos.
Ele é dotado de tecnologia que aumenta ainda mais a velocidade operacional dos ônibus.

SEMÁFOROS DÃO PREFERÊNCIA PARA OS ÔNIBUS:
Uma destas tecnologias, presentes no Transoeste, é um sistema que prioriza os transportes públicos nos cruzamentos da cidade.
Ela não é extremamente nova, nem cara. Mas resolve, mais uma prova que para oferecer mobilidade, não é necessário secar os cofres públicos numa só obra, ainda mais em tempos que a responsabilidade fiscal, ou seja, com os gastos do dinheiro público, se torna tão importante, que sem ela, um continente aparentemente firme, a Europa, estremeceu.
Um aparelho é instalado no vidro dianteiro dos ônibus.
Ele emite um sinal para antenas instaladas nos semáforos que fecham o fluxo para os carros de passeio e liberam para os ônibus.
Tudo é feito de maneira inteligente. O sinal é emitido a uma certa distância para que não sejam feitas paradas repentinas, evitando acidentes. O tráfego de ônibus não vai prejudicar o trânsito e causar acúmulo de carros nos semáforos. E outra coisa: a prioridade é para o transporte público, que polui menos, transporta mais gente e diminui gastos do dinheiro da população. Assim, quem optou pelo carro de passeio, que espere o ônibus passar. Afinal, o motorista particular estará sentadinho, ouvindo sua música preferida, no carro que saiu de sua garagem.

BIG BROTHER:
Todo o sistema de BRT do Rio de Janeiro será monitorado por equipamentos como GPS e câmeras. Assim, a CCO – Centro de Controle Operacional, instalado no Terminal Alvorada, vai ter uma dimensão mais precisa do serviço de ônibus, podendo agir de forma rápida em ocorrências ou mesmo tendo uma noção real da demanda e das necessidades dos passageiros para melhorar os serviços. Assim, como os transportes são dinâmicos, com o sistema, as soluções serão dinâmicas.
As câmeras também são instrumentos para reforçar a segurança dos passageiros e condutores em relação a acidentes e ações criminosas.
Mesmo assim, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro vai colocar homens fadados nas estações. Serão policiais em folga, que receberão oficialmente pelos serviços.
Das 53 estações que vão fazer parte do trajeto do Transoeste, 30 vão operar na primeira fase. O Transoeste será entregue em três fases, mas não muito distantes uma da outra. A estimativa é que já no mês de junho deste ano, o corredor esteja plenamente em operação.
Cada estação vai receber o pagamento da passagem logo na entrada. O sistema se chama pré-embarque e diminui o tempo de parada no ônibus. Quando o passageiro entrar, já terá pago a viagem, o que aumenta a rapidez no embarque. Com isso também, haverá mais espaço no veículo que não precisará ter roleta (catraca) nas linhas troncais (principais, que vão rodar por todo o corredor).

MENOS LINHAS, MAIS ÔNIBUS:
Uma das vantagens do corredor BRT é que menos ônibus podem fazer mais viagens, aumentando a oferta de transportes.
A explicação reside no fato que, em vez de vários ônibus ficarem presos no trânsito, por contar com espaço segregado, um veículo de transporte coletivo consegue cumprir mais programações de viagens.
Outro fato real no BRT é que os ônibus são maiores, também por contarem com espaço exclusivo. Veículos articulados e biarticulados podem substituir de dois a quatro ônibus de médio porte.
Com a inauguração do BRT Transoeste as linhas 882 (Santa Cruz – Barra) e 460 S (Itaguaí – Barra) serão encurtadas e vão do ponto final até o corredor. Elas se tornarão alimentadoras. Os passageiros serão transferidos gratuitamente para a linha principal do BRT.
È ganho de tempo e de espaço urbano. Em vez de vários ônibus irem para um determinado lugar sem a ocupação completa, fazendo o mesmo trajeto, ônibus de maior porte, mas em menor número conseguem levar esta demanda sem prejudicar o conforto dos passageiros. Já com trajetos menores, os ônibus em linhas alimentadoras conseguem fazer mais viagens nos bairros e enfrentam menos trânsito.
Assim, o BRT alia tecnologia e avanços na área técnica e inteligência no planejamento das linhas e distribuição da frota.
No final de sua implantação, o BRT Transoeste vai alterar 20 linhas, sendo que cinco delas serão eliminadas. Isso vai representar menos 140 ônibus que fazem a partir de um ponto praticamente o mesmo trajeto.
Isso significa dizer que o problema dos transportes nas grandes cidades não é falta de ônibus. Na verdade, ônibus tem bastante já nas cidades, Faltam espaços exclusivos e inteligência no gerenciamento da frota.

ESTAÇÕES E VEÍCULOS MAIS MODERNOS:
As estações de um BRT oferecem bem mais conforto, segurança, agilidade e acessibilidade que qualquer ponto convencional de rua.
Exemplos são as estações-tubo de Curitiba, uma solução simples implantada em 1991.
No BRT Transoeste, o primeiro dos quatro sistemas de corredores exclusivos rápidos que serão implantados, o princípio é o mesmo de Curitiba, só que com mais equipamentos.
O usuário paga a passagem antes de entrar na estação, com bilhete eletrônico, como se fosse um cartão de crédito. Ele fica protegido de sol, chuva e outras ações do clima.
Pode esperar o ônibus sentado. As estações terão telões que informam as linhas, os itinerários e a previsão de chegada de cada ônibus.
O piso da estação é no mesmo nível do assoalho dos ônibus.
Igual Curitiba, o ônibus para com suas portas na mesma direção da porta da estação, que é de vidro, e se abre primeiro.
O ônibus desce uma rampa e depois abre suas portas.
Os veículos são dotados do que é de mais moderno na indústria nacional em relação ao segmento de ônibus urbanos.
Há espaços para cadeira de rodas, cão guia acompanhante de pessoas com limitações na visão, mais espaço interno, poltronas anatômicas, lâmpadas de led, televisores lcd com programação especial para os passageiros, quatro câmeras que vão ajudar o motorista a controlar o acesso dos passageiros e câmera de ré para facilitar as manobras e evitar acidentes.
Os ônibus possuem computador de bordo, que informam ao motorista e à garagem em tempo real dados operacionais, inclusive problemas mecânicos, elétricos e de dirigibilidade que podem ser corrigidos com ações simples.
A transmissão é automática. Isso evita que o motorista de ônibus faça as diversas trocas de marchas em sua jornada diária e minimiza trancos sentidos pelos passageiros.

EXPRESSO E PARADOR:
Outra vantagem em corredores BRT modernos é a possibilidade de pontos de ultrapassagem. Assim, em vez de um ônibus ficar atrás do outro mesmo com todos os passageiros embarcados, ele pode ultrapassar o veículo da frente que não completou a operação.
Isso permite que o sistema seja dividido em linhas expressas e paradoras. E é o que vai ocorrer no Transoeste.
Dos 40 ônibus BRT especiais, 23 serão expressos. Ou seja, a viagem vai ser mais rápida ainda.
Depois de inaugurado completamente, o tempo de viagem oferecido pelo corredor, com as linhas paradoras será de uma hora e cinco minutos, metade do que é necessário hoje para percorrer o mesmo trajeto de ônibus. O BRT vai ser mais rápido que o carro de passeio na mesma ligação, o que mostra que corredores de ônibus bem planejados e não somente faixas pintadas na rua que podem ser invadidas por veículos convencionais ou corredores sem pontos de ultrapassagem podem ser mais eficientes que os transportes individuais, convencendo muita gente a deixar o carro em casa: um dos principais objetivos de uma política pública que pensa no ir e vir das pessoas com qualidade, economia, rapidez e com menores impactos ambientais.
O BRT Transoeste vai operar 24 horas por dia.
Nos horários de pico, os intervalos do parador serão de dez minutos e os do expresso de cinco minutos.
O parador funciona 24 horas por dia e o expresso das 5 da manhã a uma da madrugada.

BILHETE ÚNICO VAI OFERECER MAIS VIAGENS:
O Bilhete Único Carioca vai oferecer mais viagens no sistema de BRT.
Serão três no período de duas horas. Nos outros sistemas são duas viagens.
Isso porque as linhas alimentadores não vão contar a viagem feita anteriormente ou posteriormente no BRT.
Todas as linhas alimentadoras terão no final do número letra A.
Os ônibus das linhas alimentadoras serão modernizados e em um ano todos terão ar condicionado e serão de motor traseiro.
Em caso de quebra dos ônibus de BRT ou mesmo acidente, simulações comprovam que em até 30 minutos os problemas mais sérios podem ser solucionados com a remoção dos veículos.
Além do Transoeste, o Rio de Janeiro terá outros três sistemas de BRT.
- TRANSCARIOCA: Liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Serão 39 quilômetros de extensão pelos quais estarão distribuídas 45 estações. Capacidade estimada para atender 400 mil passageiros por dia.
- TRANSBRASIL. Os ônibus de grande porte em corredor exclusivo vão atender aos 60 quilômetros da Avenida Brasil, entre o Caju e Santa Cruz.
- TRANSOLÍMPICA: Vai interligar a Barra da Tijuca a Deodoro em 26 quilômetros, atendendo a 100 mil passageiros por dia em 18 estações.
Os BRTS do Rio de Janeiro podem não ser a solução única para todos os problemas de mobilidade do País, mas são excelentes exemplos de que sim, é possível fazer muito pelo ir e vir das pessoas, sem causar gastos excessivos nos cofres públicos.
O que um outro tipo de modal pode transportar a mais que o BRT muitas vezes não justifica a diferença maior de tempo e de custo não só de implantação, mas de operação também.


Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


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