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Prefeitura confirma extensão da vida útil dos ônibus em Porto Alegre

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A vida útil dos ônibus do transporte coletivo de Porto Alegre foi aumentada para até 15 anos no caso dos veículos comuns e 16 anos para os articulados. Pela legislação em vigor, de 2018, os carros deveriam rodar por, no máximo, 12 anos para os comuns e 13 anos para os articulados. Contudo, a prefeitura vem publicando sucessivas normas para aumentar o limite.

Até 2023, os acréscimos de vida útil eram de 24 meses. Agora, isso foi esticado ainda mais, chegando aos 36 meses, o que acaba envelhecendo a frota. A resolução que ampliou a idade máxima saiu no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA) no dia 2 de janeiro de 2024.

O texto contém um aspecto de dubiedade: um item menciona que os carros fabricados em 2010, atualmente no 14° ano de circulação, poderiam seguir nas ruas até abril de 2024. Mais abaixo, um inciso autoriza a “prorrogação excepcional da vida útil máxima em até 36 meses”. O secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, confirmou que a extensão é válida por até 36 meses. Isso significa que está permitida a circulação de ônibus fabricados entre 2009 (comuns) e 2008 (articulados).

Castro afirmou que a medida foi necessária em função exclusivamente da Carris, empresa pública em processo de privatização. A resolução permite que a Carris mantenha 29 ônibus ativos: 23 comuns fabricados em 2009 e seis articulados de 2008. Deste montante, 18 carros estão em operação. Os outros 11 seguem ativos no sistema, mas aguardam peças de reposição para voltar a circular ou foram colocados na reserva.

— Foi necessária a iniciativa para não comprometer a tabela horária da Carris — diz Castro.

Ele afirma que os três consórcios privados que atuam na cidade não deverão fazer uso do aumento da vida útil. Os carros mais velhos dos operadores privados são de 2010, assegura. Atualmente, a idade média da frota de ônibus comuns no sistema de Porto Alegre é de 6,99 anos. Se acrescidos no cálculo os articulados, o tempo de uso geral sobe para 7,36 anos.

Castro projeta o rejuvenescimento do indicador em 2024. Ele menciona negociações para que os consórcios privados adquiram 110 veículos novos. E ainda destaca que a Viamão, compradora e próxima de assumir o controle da Carris, terá de providenciar 60 ônibus novos no primeiro ano de operação.

— Poderemos nos aproximar dos 6 anos de idade média nos comuns e 6,5 anos nos articulados. É o que esperamos alcançar até o final de 2024 — diz Castro.

PAC
Existe expectativa positiva na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana quanto à inscrição realizada no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal, em uma modalidade da política pública direcionada à renovação de frota.

A prefeitura apresentou proposta para adquirir 600 ônibus zerados, sendo 500 movidos a diesel e 100 elétricos. O investimento, de cerca de R$ 1 bilhão, seria feito com recursos federais, aportados a fundo perdido. A prefeitura, caso receba a confirmação, teria de adquirir os veículos via licitação. Depois, os repassaria ao sistema de transporte.

Como isso diminuiria o custo das empresas, seria discutida uma forma de compensação, que poderia ser desde a redução de tarifa do usuário até o corte nos subsídios públicos para manter os ônibus rodando ou aumento de investimento por parte das operadoras do serviço.

A secretaria tem mantido reuniões com o governo federal e aguarda resposta, prometida ainda para janeiro. Uma renovação de 600 carros, mais da metade da atual frota circulante, que conta com 1.173 veículos, é considerada um avanço significativo.

— É uma grande oportunidade para nós — avalia Castro.

Projeto de lei revoga parâmetros de idade da frota
Tramita desde dezembro na Câmara de Vereadores o projeto de lei 046/2023, de autoria da prefeitura de Porto Alegre, que revoga os dispositivos da lei de 2018 responsáveis por fixar os limites de idade da frota em 12 anos (comuns) e 13 anos (articulados). A norma, se aprovada, dará poder à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana para regular anualmente, via decreto, os critérios de tempo e qualidade para a circulação de veículos no transporte coletivo. O projeto também revoga o artigo que determina a inclusão apenas de veículos zero Km e com ar-condicionado na frota.

Informações: Gaúcha Zero Hora

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Na Grande Porto Alegre, Começou a primeira etapa da integração do sistema TRI e SIM com os ônibus da Região Metropolitana

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Já começou a primeira etapa da integração do sistema TRI e SIM com os ônibus da região metropolitana. Desde segunda-feira, 2, é possível utilizar o cartão TRI – dos ônibus de Porto Alegre – e o SIM – da Trensurb -  nas linhas de Canoas que integram com o trem. No futuro, planeja-se que a novidade seja ampliada para outras cidades.

Com a mudança, as pessoas podem fazer o deslocamento de Canoas a Porto Alegre com um único cartão e aproveitar os descontos que a integração oferece. Quem sai de Canoas, por exemplo, pode pagar a passagem do ônibus (somente os que são integrados com o trem) com um cartão TRI ou SIM de Vale-transporte ou de Passagem Antecipada e, em seguida, acessar o trem com o mesmo cartão. Se descer em alguma das estações em Porto Alegre, pode embarcar em um ônibus da Capital com um desconto de 10% e utilizar um segundo ônibus gratuitamente. Para receber os descontos, é necessário desembarcar de um transporte e entrar no seguinte em até 30 minutos. O usuário que faz todas as viagens com o valor integral, desembolsa R$ 9,60. Com a integração, os percursos somados são realizados com um custo de R$ 5,53.   

Quem tem 65 anos ou mais e possui um TRI ou SIM de Idoso também pode utilizar o cartão nos ônibus de Canoas que integram com o trem. Já os estudantes podem colocar passagem antecipada no cartão Escolar para utilizá-lo em Canoas e no trem e usufruir os benefícios. Em função da novidade, os bilhetes de Integração com Canoas, da Trensurb, deixarão de ser utilizados. O último dia de venda desse bilhete será 30 de março e o último dia de aceitação nos ônibus e no trem será 25 de maio.

Quem não possui um TRI ou SIM pode fazer o cadastro para adquirir um cartão de Passagem Antecipada no Centro Integrado de Passagem Escolar e Isenção da EPTC (Rua Uruguai, 45 – Centro de Porto Alegre), na ATP (Av. Protásio Alves, 3885 – Porto Alegre), no Posto Móvel da ATP e nos quiosques do SIM, localizados nas Estações São Leopoldo, Esteio, Sapucaia e Canoas/La Salle. Para facilitar a adesão dos canoenses, desde o dia 16 de dezembro também estão disponíveis postos de cadastramento nas estações Niterói/Uniritter, Fátima, Mathias Velho e São Luis/Ulbra. Os documentos necessários para solicitar o cartão são CPF, carteira de identidade e comprovante de residência. Já os cartões de vale-transporte são requeridos pelo empregador através de um cadastro no site http://www.tripoa.com.br/.

Outras informações podem ser obtidas através da Central de Atendimento da Trensurb pelo telefone (51) 3363-8477 e, também, pelo Serviço de Atendimento ao Cliente do TRI/SIM no telefone (51) 3027.9959.

Fonte: Trensurb



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Metrô de Madri quer ser parceiro de Porto Alegre

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Técnicos da empresa estatal espanhola que gerencia o metrô de Madri virão a Porto Alegre neste mês para oferecer sua experiência na implantação e no gerenciamento de transporte metroviário. Os espanhóis visitam o Brasil em busca de parcerias com governos locais.

Na quinta-feira passada, estiveram na Bahia, onde se reuniram com a equipe que trabalha no metrô de Salvador. Representantes da prefeitura da capital gaúcha e do governo do Estado acompanharam o encontro, que trata da possível parceria com os madrilenhos, que fariam uma assessoria técnica.

Com mais de 3 milhões de habitantes, Madri tem uma rede de mobilidade urbana eficiente, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. O eixo central é o metrô, criado em 1919. Hoje, o trem subterrâneo conta com 12 linhas, três ramais e 300 estações – são 293 quilômetros de trilhos interligados. 

O sistema recebe mais de 2 milhões de passageiros por dia, que, ao deixarem as estações, podem concluir o deslocamento a pé, em ônibus ou em trens de superfície, no caso de quem vai para cidades vizinhas. O usuário pode ir de um ponto para qualquer parte de Madri de metrô. A diversidade de conexões entre as linhas é tanta que, não raro, há pelo menos duas combinações de itinerários possíveis para chegar a um destino.

As estações se espalham por todos os bairros da cidade, inclusive os periféricos, e a prefeitura utiliza o sistema de transporte como um incentivo para que os cidadãos migrem para áreas desabitadas. A estação de Pitis, por exemplo, a última da linha 7, está construída debaixo de uma zona ainda não urbanizada.

A empresa pública do metrô de Madri pretende cooperar com treinamento e capacitação aos técnicos locais, além de auxiliar na análise de projetos. O governo da Espanha também planeja disputar concorrências internacionais para projetar, construir e operar linhas de metrô em outros países, inclusive no Brasil. A decisão foi anunciada em novembro – os espanhóis não entraram na primeira parte da disputa pelo metrô de Porto Alegre.
A linha 1 do metrô da capital gaúcha terá 10,3 quilômetros, unindo o Centro Histórico à zona Norte (parte da Rua da Praia e vai até o Terminal Triângulo da Assis Brasil, com dez estações. Vai custar R$ 4,8 bilhões e será implantado por meio de uma parceria-público privada (PPP), com aportes dos governos federal, estadual e municipal.

Em outubro, foi lançada a proposta de manifestação de interesse para realizar a obra. Dos oito grupos que se candidataram cinco foram selecionados para elaborar estudos e projetos. Os trabalhos devem ser entregues até 12 de março de 2014. A licitação para construir e gerenciar o metrô de Porto Alegre será no segundo semestre de 2014.

Um meio de transporte ágil, confortável e barato

O serviço de metrô de Madri, capital da Espanha, funciona diariamente das 6h da manhã à 1h30min da madrugada, e o passageiro sabe o tempo aproximado que vai durar o deslocamento. O intervalo entre a chegada dos veículos varia entre 3 minutos nos horários de pico e 15 minutos na madrugada.

A informação de quanto falta para passar o próximo trem pode ser lida nos painéis eletrônicos nas plataformas e também nas entradas das estações. Os vagões são limpos, e agentes fazem a segurança durante todo o horário de funcionamento. Na maior parte das viagens, os trens recebem um público adequado ao seu tamanho – até mesmo em horários de pico e nas linhas centrais, é raro haver superlotação.

Por todas estas razões, não é incomum ouvir de um madrilenho – ou mesmo de mochileiros que passam por várias cidades europeias – que o sistema de trem subterrâneo de Madri “é o melhor do mundo”.

Além de tudo, é um meio de transporte barato, que é subsidiado. Apesar de vários reajuste das tarifas nos últimos anos, em função da crise econômica que obrigou o governo a cortar gastos, o preço continua relativamente baixo. 

Muito inferior ao de outras capitais europeias e competitivo até se comparado ao Brasil: o passe mensal, que dá direito a viagens ilimitadas em todas as linhas do metrô e de ônibus de Madri custa € 54,60 (R$ 174,70). Isto é, com o valor de 62 passagens de ônibus em Porto Alegre – uma ida e volta por dia ao longo de um mês –, o madrilenho pode usar todos os transportes públicos quantas vezes quiser pelo período de um mês.

Da 1h30min da madrugada às 6h da manhã, o metrô é substituído por ônibus noturnos, que seguem o trajeto das linhas, com adequações. Chamados de “coruja”, esses coletivos saem a cada 15 minutos da Praça de Cibeles, Centro de Madri, e também fazem o trajeto a partir dos bairros. (G.K.)

Informações: Jornal do Comércio
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Tarifa de ônibus de Porto Alegre sobe para R$ 2,70

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nem o protesto dos estudantes nas ruas de Porto Alegre sensibilizou os integrantes do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) que ontem aprovaram a nova tarifa de R$ 2,70 para os ônibus da Capital. O reajuste de 10,20% foi abonado por 18 votos a dois. A lotação passará de R$ 3,65 para R$ 4,00, um aumento de 9,59%. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa) votaram contra o percentual. Os novos preços do transporte coletivo entram em vigor a partir de hoje.
A passagem da Capital que custava R$ 2,45 sofreu um reajuste de 10,20% - a inflação dos últimos 12 meses chegou a 5,99%. Alguém que utiliza ônibus duas vezes por dia de segunda a sexta-feira, para ir e voltar para o trabalho, por exemplo, terá que gastar R$ 27,00 por semana. O valor desembolsado durante o mês será de R$ 108,00.
O presidente do Comtu, Jaires da Silva Maciel, salienta que o valor de R$ 2,70 representa uma redução em relação ao pedido do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), que havia solicitado R$ 2,81, o que corresponderia a 14,69%. "Ninguém gosta de aumento, mas todo mundo gosta de ônibus novos", comenta.
A nova tarifa atende a estudo técnico realizado pela equipe econômica da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). De acordo com Maciel, os itens que mais pesaram para o aumento da passagem estão relacionados com a compra de 242 ônibus novos em 2010. A frota da Capital é de 1.650 veículos (40% com ar-condicionado). Além disso, foi concedido um aumento salarial de 8% aos rodoviários.
Durante a reunião do Comtu no auditório da EPTC, um grupo de estudantes do Coletivo de Comunicação da Fabico e da Famecos realizou uma manifestação diferente. Eles colocaram um bote dentro do arroio Dilúvio para protestar contra o aumento. Para Iur Priebe de Souza, que integrava o grupo, o transporte de bote será a alternativa mais barata para o cidadão circular em Porto Alegre. "É mais fácil remar no riacho Ipiranga do que pagar uma das passagens mais caras do País", acrescenta. Um outro grupo de alunos preferiu se manifestar na avenida Ipiranga e na sede da EPTC, na rua João Neves da Fontoura, com faixas e cartazes contra o aumento.
Para tentar amenizar a indignação dos estudantes com o reajuste da tarifa, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, anunciou que a segunda viagem nos ônibus da Capital será gratuita, incluindo estudantes e todos os usuários do transporte coletivo que utilizam qualquer categoria do cartão TRI. No entanto, é importante ressaltar que o deslocamento sem a necessidade de pagamento dever ser realizado no prazo máximo de 30 minutos. A gratuidade terá início no dia 1 de julho.
Em função do reajuste da tarifa, o preço dos bilhetes de integração metrô-ônibus (empresas Carris e Conorte) passa de R$ 3,75 para R$ 4,00 a partir de hoje.


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Em Porto Alegre, Rodoviários rejeitam proposta das empresas mas prometem voltar a trabalhar

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Essa foi a decisão tomada pela categoria numa assembleia realizada em meio a uma chuva torrencial, alternada com falta de luz e gritos. Motoristas e cobradores decidiram rejeitar a proposta feita pelos empresários (reajuste de 7,5% nos salários e fim do banco de horas que substitui as horas-extras), mas optaram pelo retorno ao trabalho, naquilo que consideram uma demonstração de boa-vontade a ser levada em conta pela Justiça Trabalhista. A decisão sobre o dissídio, agora, será arbitrada pelo Tribunal Regional do Trabalho dia 17.

Alceu Weber, do Movimento Independente dos Rodoviários (MIR), até que tentou ponderar aos colegas que a continuidade da greve da categoria teria uma série de desvantagens. Entre elas, o risco de a Justiça Trabalhista arbitrar uma reposição salarial bem menor que a desajada. Mas as vaias a ele e os gritos de "Sete e meio, não!" (contra o índice de 7,5% de reajuste oferecido pelos empresários) foram mais fortes. E os motoristas e cobradores de Porto Alegre aprovaram na noite desta segunda-feira ontem a rejeição à oferta patronal, embora tenham concordado com a volta ao trabalho. Eles prometem que a população terá ônibus a partir das 4h desta terça-feira.

Foi a culminância de um dia que começou bem diferente, com possibilidade de acordo. Representantes das 12 empresas privadas de ônibus de Porto Alegre renovaram, de manhã, oferta de 7,5% e aceitaram ainda outra das principais exigências dos empregados: o fim do banco de horas dos funcionários, uma espécie de compensação com folgas pelas horas extras. Ele deve acabar, após a Copa do Mundo, em julho. O pré-acordo foi selado na sala 506 do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), quando pela primeira vez em 15 dias empresários do transporte e rodoviários entraram em sintonia para acertar o fim da greve. A desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, que presidiu a reunião, até comentou:

— Esta é a reunião mais objetiva que já tivemos.

Rodoviários e representantes das empresas de ônibus concordaram. Balançaram a cabeça, sérios e cansados, sentados em torno da mesa de negociação. A greve de 15 dias desgastou a todos. Fisicamente, psicologicamente e, pior do que tudo, com a população. Por isso, não houve protelações de parte a parte. Tanto grevistas quanto patrões estavam focados em tentar achar uma solução para o impasse que paralisava o sistema de ônibus há 15 dias.



A reunião no TRT começou por volta das 11h20min. Os rodoviários chegaram com uma proposta fechada: colocariam 100% dos ônibus na rua, em troca do fim do banco de horas das empresas privadas — a Carris paga hora extra — e do pagamento dos dias de paralisação, parte já descontada no contracheque no início deste mês.

A contrariedade com o banco de horas é que as horas-extras, hoje, são compensadas com folgas sobre as quais o empregado não tem escolha. Algumas vezes ele recebe horas de descanso e tem de voltar no mesmo dia, em outro turno. Eles querem dinheiro e não folga.

Às 11h37min, o presidente em exercício da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) e do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), Eloy Reis, entrou em uma sala anexa com outros representantes das empresas para discutir, a portas fechadas, a proposta apresentada pelo comando de greve. Em torno da mesa de negociações, o clima ficou mais ameno. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Júlio Gamaliel Pires, o Júlio Bala, ria ao lado de Alceu Weber, do Movimento Independente dos Rodoviários (MIR), seu adversário interno e principal porta-voz do comando de greve. Integrantes da prefeitura conversavam animadamente com a desembargadora.

— A população está sofrendo muito com essa greve — falou um participante da reunião.

Um rodoviário que acompanhava o encontro sentado a alguns metros da mesa, junto às cadeiras onde a imprensa se posicionava, soltou uma exclamação eufórica ao saber que os patrões tinham concordado com a exigência. Após mais algumas rodadas de discussões, a desembargadora ditou a ata final do encontro com todos os pontos do acerto.

— Essa foi a decisão tomada aqui, mas a categoria ainda tem de aprová-la à noite — alertou Weber.

Pois à noite, tudo mudou. Weber entrou com a proposta numa assembleia que começou com apenas 800 rodoviários, o equivalente a 10% da categoria. E esses 10% aprovaram a continuidade da greve, contra a vontade da maioria dos líderes da categoria — os atuais dirigentes do sindicato e inclusive os seus adversários. O grupo que mais defendeu a continuidade da paralisação é a corrente sindical A CUT Pode Mais. Ligado a essa vertente, o rodoviário Luís Afonso Martins, da Carris, pregou que o dissídio fosse para a Justiça e a greve, até a vitória. Foi aplaudido.

A primeira votação deu empate e as lideranças foram forçadas a separar os votantes no ginásio, cada bloco de um lado - adeptos do Não para a parte esquerda, do Sim para a direita. Ao final de uma contagem apertada, venceu a rejeição à oferta patronal. Mas, numa segunda votação, a categoria decidiu dar um alento à população, prometendo ônibus. Agora é aguardar para ver.

Informações: Zero Hora
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Em Porto Alegre, Empresas de ônibus vencedoras assinam contrato

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Um novo patamar do transporte público de Porto Alegre teve início nesta sexta-feira, 9, a partir da assinatura dos novos contratos de concessão para a prestação do serviço com as empresas vencedoras do processo licitatório. Considerado um momento histórico tanto por parte da prefeitura, quanto das empresas e de técnicos de setor, a contratualização irá aumentar a qualidade do serviço para o usuário e para a cidade. Durante o evento, também foi assinado o projeto de lei a ser encaminhado ao Legislativo com o objetivo de incentivar o uso de tecnologias sustentáveis na frota da Capital para o uso de veículos elétricos, híbridos ou a gás, com menor emissão de gases poluentes. 

A primeira licitação nestes 243 anos de Porto Alegre teve início em 2011. O processo passou por audiências públicas e reuniões nas 17 regiões do Orçamento Participativo, além da criação de um canal de participação pela internet. A partir dos debates e sugestões, o edital contemplou as exigências dos usuários, como ar-condicionado, acessibilidade plena, redução do número máximo de passageiros por veículo, monitoramento por GPS e uma série de outros critérios para oferecer um serviço de qualidade. A partir de hoje, dentro de 180 dias o novo sistema deve entrar em operação. 

Para o prefeito José Fortunati, a data é histórica em função dos desafios em viabilizar a licitação, cuja exigência legal sempre existiu. “Quem conhece, minimamente, as dificuldades para a produção de um dos editais mais complexos que uma cidade pode enfrentar, imagina o esforço necessário. Foi uma caminhada difícil, com muitos obstáculos, o que exigiu a dedicação de dezenas de pessoas. Considero que todos estão de parabéns, os responsáveis por este processo e, sobretudo, a cidade. Não tenho dúvida de que é um momento que marca a história dos 243 anos de Porto Alegre”, avaliou. 

Além do extenso trabalho dos técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Comissão de Licitações, o prefeito citou a busca de parcerias, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. Também houve a participação da comunidade por meio do Orçamento Participativo. “Graças a essas pessoas, esses contratos assinados hoje não têm um significado apenas no papel, mas irão qualificar a cidade como um todo”, disse, ao destacar a confiança na execução pelas empresas que disputaram o processo de forma transparente e democrática. Fortunati também citou a criação do Comitê de Usuários e o incentivo às novas tecnologias, o que irá colaborar para o sistema ser, mais uma vez, modelar para o país. 

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, falou da demanda recebida pelo prefeito em 2011 e também sobre o desafio de tornar a cidade menos poluente a partir da implantação das novas tecnologias. “É uma questão estratégica, porque não só irá colaborar com a diminuição dos índices de poluição, como reduzirá o impacto tarifário”, explicou. "Hoje, a vida útil da frota tem um impacto de 29% na tarifa. Com os novos veículos híbridos, mais leves e com vida útil estendida, esse impacto será minimizado.” 

O ato também contou com a presença do vice-prefeito Sebastião Melo, do diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, e da procuradora-geral do município, Cristiane Nery.

Qualificação do serviço – O edital é resultado de mais de quatro anos de trabalho das equipes da EPTC, da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e de demais órgãos da prefeitura. O conteúdo, que prevê ampliação e qualificação do serviço prestado ao cidadão, foi enriquecido com contribuições efetivas dos usuários. O presente edital, publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) em 6 de maio deste ano, aberto também às empresas internacionais, foi dividido em seis lotes, para prestação do serviço por 20 anos, e teve as propostas entregues em 6 de julho. O documento prevê a ampliação gradual de ar-condicionado na frota, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de 10 anos, 100 % da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias.

A licitação definiu ainda previsão de acessibilidade em toda a frota; diminuição da ocupação para quatro pessoas por metro quadrado; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar o atendimento à população, podendo resultar em penalizações para as empresas; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços em relação ao atendimento prestado atualmente. Os consórcios possuem prazo de até 180 dias para iniciar a operação, que terá um total de 1.781 ônibus, um aumento de 72 ônibus na frota, sendo 241 veículos novos, que já terão nova identidade visual, com cores que identificarão a região correspondente: Centro e linhas transversais - Carris (ocre); Norte (vermelho); Leste (verde); e Sul (azul).

Tarifa - De acordo com o edital, o valor proposto para cada lote sofrerá uma atualização monetária pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, do período compreendido entre a data de apresentação da proposta (06/07) e a data do início da operação dos serviços. Fortunati anunciou que a cidade terá uma única atualização do valor da tarifa em 2016. Fica, assim, garantido apenas um reajuste da tarifa em 2016.

Sobre os ônibus elétricos – Durante o evento, a Carris apresentou o novo ônibus elétrico, que entrará em teste pela Companhia. O coletivo opera com motor movido exclusivamente à energia elétrica, com zero emissão de poluentes na atmosfera e autonomia para rodar cerca de 250 Km com uma carga completa, ou mais. O veículo iniciará o período de testes na linha 353 – Ipiranga/PUC e, após, a mudança passará para a linha T9. Trata-se de uma iniciativa pioneira em Porto Alegre. O motor é equipado com um sistema que permite que a carga dure mais, multiplicando o rendimento. Enquanto o ônibus roda, o motor consome bateria, como em subidas e lugares mais planos, com aceleração normal. Mas quando o motorista trava ou desce uma ladeira, a bateria se recarrega.

O ônibus elétrico, marca BYD, modelo Padron K9, é equipado com baterias à prova de fogo, feitas de fosfato de ferro, mais rapidamente carregáveis e econômicas do que as de lítio. O coletivo tem piso baixo e opera com dois motores, localizados um em cada roda traseira.

Consórcios vencedores da licitação:

Bacia Norte – Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes

Bacia Sul – Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga

Bacia Leste – Lote 5
Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril

Bacia Leste – Lote 6
Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

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Em Porto Alegre, Iniciada sinalização da faixa exclusiva na avenida Independência

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A Prefeitura de Porto Alegre informa que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) iniciou a fase de implantação da sinalização viária da nova faixa exclusiva de ônibus no eixo da avenida Independência e rua Mostardeiro. A medida, que vai beneficiar 38 mil passageiros por dia em nove linhas de ônibus, irá permitir uma redução média de sete minutos no tempo de viagem na av. Independência, dos atuais nove minutos e meio, o que representa 75% de redução no trecho. E na Mostardeiro vai diminuir em três minutos o trecho que hoje dura em média quatro minutos e meio, com 67% de redução nesta via. A previsão para o início da operação, em período educativo, é para o mês de outubro

Este é o primeiro novo projeto que vai ser implantado no programa de priorização do transporte coletivo da prefeitura, que nos próximos seis meses vai mais do que dobrar o número de faixas exclusivas para o transporte coletivo em Porto Alegre. Serão inaugurados mais 22 quilômetros em 16 trechos da Capital, o que representa um aumento de 130% em relação aos 17 quilômetros existentes hoje.  No total, a medida vai beneficiar diariamente 450 mil usuários com ganhos significativos no tempo de deslocamento nas horas de maior fluxo.

Serão demarcados por uma sinalização azul contínua cerca de 1.150 metros na av. Independência e 500 metros na rua Mostardeiro, com circulação exclusiva de segunda a sexta, das 6h às 9h e das 16h às 20h, no sentido Centro-bairro. Nos demais períodos, a circulação de automóveis será permitida.

"A implantação de faixas exclusivas de ônibus é uma das políticas públicas mais eficientes. Com baixo investimento e baixo custo de manutenção, a medida proporciona a quem usa o transporte público mais rapidez e especialmente mais confiabilidade, pois o ônibus se isola dos engarrafamentos e das interferências do trânsito. Com isso, mais pessoas são beneficiadas e o transporte público fica mais atrativo”, destaca Sérgio Avelleda, secretário municipal de Mobilidade e Transporte da capital paulista em 2017 e 2018 e hoje diretor mundial de Mobilidade Urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, órgão que apoiou a Prefeitura de Porto Alegre no projeto Ruas Completas.

“O transporte público é muito mais eficiente do ponto de vista energético e muito menos poluente por passageiro transportado do que o carro. E privilegiar o espaço para o transporte público é a expressão da democracia”, complementa Avelleda.

Após esta fase, será implantada a sinalização na av. Goethe, junto ao Parcão, onde os trabalhos já começaram. A faixa a ser implantada no sentido Sul-Norte beneficiará 62 mil usuários ao dia em oito linhas de ônibus, com redução de 67% no tempo de viagem do trecho de 400 metros, que passa dos três minutos atuais a ser percorrido em apenas um minuto.

O diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano, destaca que a qualidade de vida de uma população está ligada, também, à qualidade do transporte público. "Não é só uma obra, mas uma mudança de cultura. É uma missão priorizar o coletivo para quem mais precisa", afirma.

A Divisão de Conservação de Vias Urbanas (DCVU) tem atuado em diversas frentes para requalificação asfáltica de trechos que receberão as faixas exclusivas. Entre os locais que já receberam intervenções estão as avenidas Independência, Mostardeiro, Goethe, Mauá, Loureiro da Silva (sentido túnel), Paulo Gama e Luiz Englert.

Locais que receberão faixas exclusivas - Avenida Independência, Mostardeiro, Goethe, Rua da Conceição (dois sentidos), avenida Mauá, avenida João Goulart, Loureiro da Silva (sentido túnel), Paulo Gama / Luiz Englert, avenida Siqueira Campos, avenida Ipiranga trecho 2I e 3, avenida Silva Só, avenida Azenha, avenida 24 de Outubro e avenida Plínio Brasil Milano. 

Informações: Prefeitura de Porto Alegre


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Oito interessados entregam propostas para o projeto do Metrô de Porto Alegre

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sete empresas (entre as quais um grupo de empresas) e uma pessoa física interessadas em realizar o projeto do metrô de Porto Alegre apresentaram os documentos de qualificação e de intenção da nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) nesta segunda-feira, 18. Todos tiveram que entregar a documentação referente à habilitação jurídica, projeto funcional, modelo de negócio e plano de trabalho. O prefeito José Fortunati, o secretário estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, acompanharam a sessão pública realizada no escritório do MetrôPoa.

“O fato de termos sete empresas ou grupos e uma pessoa física interessados mostra o caráter democrático e transparente dessa PMI. E mais ainda: essa pluralidade mostra que acertamos no que diz respeito à concepção que estamos empregando, tanto técnica quanto à modelagem financeira. Ou seja, os parâmetros e critérios estabelecidos estão adequados à realidade da construção do metrô de Porto Alegre e nos possibilitam uma obra mais barata e segura”, afirmou Fortunati. O prefeito lembrou que, na PMI anterior, o projeto apresentado tinha um custo superior a R$ 9 bilhões e foram necessários ajustes para chegar ao novo modelo.

Os interessados que apresentaram propostas foram as empresas ATP Engenharia (São Paulo), CR Almeida S.A. Engenharia (Paraná), ETM Engenharia Ltda. (Rio Grande do Sul), Triunfo Participações e Investimentos (Paraná), Construtora Queiroz Galvão (Rio de Janeiro), Logistel (Portugal), o grupo Invepar/Odebrecht (Rio de Janeiro) e o engenheiro civil Paulo Affonso Soares Pereira (Rio Grande do Sul).




A documentação entregue segue para análise técnica e no dia 29 de novembro será publicada a lista com os habilitados. Depois os participantes terão 90 dias para desenvolver e entregar os projetos completos da PMI. Com base nos projetos será produzido o edital de Parceria Publico Privada (PPP), com publicação prevista para o primeiro semestre de 2014. Será feita apenas uma licitação para a obra e a operação do sistema, com prazo de concessão de 30 anos (5 anos de obras e 25 anos de operação).

O Metrô de Porto Alegre, cuja obra é estimada em R$ 4,8 bilhões, atenderá diariamente 325 mil usuários, ampliando a oferta de transporte coletivo e estimulando a redução do uso do automóvel.  

Para o secretário estadual de Planejamento, a parceria entre os governos do Município e do Estado e o esforço para viabilizar a obra mostram que o projeto é uma prioridade. “Estamos dando um passo importante para incorporar Porto Alegre nessa onda de grandes obras de mobilidade e colocar a Capital novamente no grupo de cidades que fazem grandes investimentos em infraestrutura, atendendo à demanda da população. Estado e Município estão fazendo um enorme esforço financeiro para essa resposta aos moradores e aos usuários do transporte coletivo”, disse João Motta.

Proposta de Manifestação de Interesse - A nova PMI estabelece 90 dias para empresas interessadas no projeto apresentarem estudos sobre o desenvolvimento da obra, a infraestrutura e a operação do serviço. Conforme Fortunati, a prefeitura realizará essa etapa antes da licitação para garantir transparência, sustentação técnica, segurança e otimização dos recursos públicos. O documento define as diretrizes mínimas de traçado e infraestrutura do serviço, que poderão ser qualificadas e ampliadas conforme as propostas de viabilidade técnica e financeira apresentadas.

Recursos - No projeto atualizado do metrô, o governo federal destinará R$ 1,770 bilhão a fundo perdido; o investimento da prefeitura totalizará R$ 1,385 bilhão, somando R$ 690 milhões em financiamento para a execução da obra, R$ 195 milhões para as desapropriações e R$ 500 milhões em 25 parcelas de R$ 20 milhões como contraprestação do serviço durante a operação. O governo do Estado fará aporte de R$ 1,080 bilhão em financiamento, e o parceiro privado participará com R$ 1,303 bilhão.

Traçado - O Metrô de Porto Alegre está baseado em um modelo de integração com o sistema BRT (transporte rápido de ônibus) e com o Trensurb. Para garantir a viabilidade técnica e financeira da obra, o projeto foi atualizado, otimizando o traçado e definindo estações enxutas e funcionais.

A extensão total do Metrô deve ser de 11,7 quilômetros. O traçado inclui o trecho de 10,3 quilômetros da Linha 1, da Esquina Democrática (Centro Histórico) até o Terminal Triângulo (zona Norte), onde existe a demanda concentrada de transporte coletivo, e o trecho de conexão de 1,4 quilômetro até o Complexo de Manutenção. Esse espaço será instalado em área da Rede Ferroviária, localizada no bairro Humaitá, próximo à Estação Aeroporto do Trensurb. Dando sequência ao sistema, até a Fiergs, haverá corredores exclusivos de ônibus para conexão com a Região Metropolitana.

Com tecnologia baseada em um Metrô de alimentação elétrica, o projeto prevê no mínimo 10 estações (Triângulo, Cristo Redentor, Obirici, São João, Dom Pedro II, Cairú, São Pedro, Florida, Conceição, Rua da Praia).

Método construtivo - Para evitar transtornos na mobilidade urbana durante as obras, a escavação do túnel será pelo método shield (tatuzão), com escavação profunda mecanizada.
Características do Projeto

* Integração -  Integração com os diferentes meios de transporte e sistema BRT, conectados na rede metropolitana.
 * Mobilidade urbana - Ligação do Centro à Zona Norte, com 10,3 km de traçado e com 10 estações no trajeto.
* Projeto estruturante - Urbanização de toda a área envolvida ao longo do trajeto do Metrô, com ciclovias, passeios, arborização e paisagismo.
* Acesso a todos - Mesma tarifa do ônibus de Porto Alegre, integrada à utilização das linhas urbanas e metropolitanas e ao Trensurb, garantindo atuais isenções.
* Conforto - Bilhetagem eletrônica, climatização nos trens e estações, acomodações confortáveis, portas automáticas, informação e infraestrutura de atendimento ao usuário.

Características técnicas
* Número de trens: 18 + 3 composições
* Total de veículos: 72 + 12 carros
* Velocidade média: 35 km/h
* Intervalo entre viagens (hora pico): 2,5 minutos
* Velocidade máxima: 80 km/h
* Demanda prevista (dia): 325.000 passageiros/dia
* Demanda potencial (hora pico): 22.000 passageiros/h/sentido
* Capacidade máxima hora pico): 43.200 passageiros/h/sentido

Critérios de seleção
* Disponibilidade - Maior disponibilidade do serviço: horário de operação e frequência.
* Eficiência - Considerando o menor tempo de viagem e as etapas do processo de deslocamento: informação, acesso ao sistema, pagamento, espera na plataforma, deslocamento, transbordo e o desembarque.
* Acessibilidade - Plena acessibilidade ao sistema: deslocamento, acesso às estações e aos serviços internos, incluindo bilhetagem, embarque, desembarque e interligação com outros modais.
* Conforto - Melhor infraestrutura de assentos, ruído, iluminação, climatização, vibração, facilidades ergonômicas, sanitários e oferta de comércio e serviços.
* Segurança - Planos de emergência, ações preventivas, dispositivos e equipamentos com o objetivo de minimizar os riscos de acidentes.
* Atendimento - Ações, estrutura física e equipamentos para interface e informação ao usuário.
* Informação - Recursos de informação dinâmica e estática, visual e sonora, nos veículos, nas estações, nos acessos, no entorno e à distância.

Informações: EPTC
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Isenções pressionam preço da passagem de ônibus em Porto Alegre

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Uma comparação entre os sistemas de transporte público das 10 principais capitais do país revela que Porto Alegre apresenta o maior índice de passageiros isentos de pagar passagem nos ônibus.

A proporção de 32% de gratuidade representa mais do que o dobro do praticado em outras cidades e ajuda a explicar por que o valor reajustado da tarifa —atualmente reduzido por uma liminar da Justiça — é também o mais alto em comparação ao preço cobrado nas demais regiões.

A fim de averiguar por que o valor calculado para uma viagem em Porto Alegre superou o patamar dos R$ 3, ZH solicitou informações sobre os sistemas de transporte das 10 metrópoles mais populosas do país. Um dos dados que se destacam é o alto percentual de passageiros que não pagam passagem na Capital. Enquanto um terço dos viajantes se beneficia da isenção, em outras cidades essa proporção chega no máximo a 22% — casos do Rio de Janeiro e de Salvador. Curitiba, Manaus e Recife ficam na faixa de 14%.

Esse dado é fundamental para calcular o valor do bilhete. Por meio de uma planilha, técnicos estimam qual é o custo médio de um ônibus para rodar um quilômetro levando em conta gastos com pessoal, renovação e manutenção da frota, lucro, impostos e outros. Esse valor — hoje calculado em R$ 5,80 em Porto Alegre — é dividido pelo número médio de passageiros pagantes por quilômetro (equivalente a 1,89). O significado prático dessa conta é: se há menos gente pagando, arcam com um valor maior.

— A equação é simples. Divide-se o custo do sistema pela quantidade de gente que paga. Esse é a maior diferença de Porto Alegre — avalia o professor do Laboratório de Sistemas de Transporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ex-secretário de Mobilidade Urbana da Capital Luiz Afonso Senna.

Na maioria das regiões idosos com mais de 65 anos não pagam, mas na capital gaúcha o benefício vale a partir dos 60 anos, onde também são contemplados estudantes, há o passe livre e a segunda viagem gratuita, por exemplo. Aí entra outra explicação. A prefeitura poderia manter o custo baixo subsidiando a tarifa, como em outras cidades, mas opta por não injetar dinheiro no sistema. São Paulo mantém a passagem congelada em R$ 3 desde janeiro de 2011 e gastou perto de R$ 1 bilhão no ano passado para evitar um reajuste em ano eleitoral. Espera-se um aumento em breve, já que estava previsto para o começo do ano e foi adiado a pedido do governo federal para não pressionar a inflação.

Um argumento apresentado pela administração porto-alegrense é justamente o de que concedeu aumento antes de outras cidades que devem rever suas tarifas — e poderão passar à frente da Capital no ranking de preços. Esse argumento, porém, não diz toda a verdade. Fortaleza, Manaus e Curitiba, por exemplo, já aumentaram preços este ano e seguem oferecendo bilhetes abaixo de R$ 3,05.

Outros itens que integram o complexo cálculo de quanto custa andar de ônibus são o grau de renovação e conforto da frota, salários e margem de lucro das empresas. O Distrito Federal não mexe no preço há sete anos, mas a idade média da sua frota é de oito anos — o dobro da idade média dos veículos de Porto Alegre. Curitiba é exemplo em termos de mobilidade, mas não conta com ar-condicionado nos seus ônibus.

Em outra comparação, Porto Alegre prevê 7% de lucro às empresas, enquanto o Distrito Federal contabiliza 5%, e Curitiba reserva perto de 11% (nem todas as capitais informaram as margens de ganho). Já o salário dos motoristas na Capital é o mais elevado entre as 10 metrópoles — R$ 1.867. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirma que a Capital está analisando o atual quadro de isenções e pretende atualizar a planilha utilizada para calcular os custos do sistema, o que poderia reduzir preços — mas somente em 2014.

Por Marcelo Gonzatto
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