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Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

domingo, 25 de fevereiro de 2024

A Prefeitura do Rio inaugurou, nesta sexta-feira (23/2), o Terminal Intermodal Gentileza. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito Eduardo Paes. O terminal, considerado o maior integrador de transporte público da capital carioca, conecta os serviços do mais novo corredor de BRT (da sigla em inglês, Bus Rapid Transit) da cidade, o BRT Transbrasil, aos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e dos ônibus municipais.

– Nós precisamos construir as coisas que o povo necessita, e com certa urgência, porque o povo não pode ficar dependendo de transporte que leva 2h30 para chegar ao trabalho. O que vocês estão recebendo hoje é uma entrega de uma Prefeitura que tem compromisso com o Rio de Janeiro. Quando eu venho inaugurar um terminal com o nome de Gentileza, a gente pode dizer que, finalmente no Rio de Janeiro, o amor venceu o ódio. Que vocês possam desfrutar desse terminal de múltiplos meios de transporte para que possam chegar mais cedo em casa – afirmou o presidente Lula.

O Terminal Gentileza integra três modais: o novo BRT Transbrasil, as linhas 1 e 4 do VLT e 14 linhas de ônibus municipais regulares. A Linha 1 do VLT, que parte do Aeroporto Santos Dumont, foi expandida e chegará ao terminal. Em março, entra em operação a Linha 4, que leva passageiros do terminal até a Praça XV, onde está localizado o terminal das barcas. Governo Federal e Prefeitura do Rio foram parceiros na implementação do VLT, com investimento de R$ 532 milhões de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.

– Hoje é um dia tão emocionante para a nossa cidade e todos os cariocas. O que estamos fazendo aqui é inaugurar o coração do transporte do Rio. Neste terminal, todos os modais de transporte vão se encontrar. E vão se encontrar para mudar a vida das pessoas. Imagina uma pessoa que trabalha no mínimo oito horas por dia e tem que passar quatro, cinco horas no transporte público. Agora as pessoas vão poder levar uma vida com mais dignidade a partir deste espaço. Os escritos de José Datrino, o Profeta Gentileza, que dá nome a esse terminal, e que estão espalhados pelas pilastras do viaduto aqui em frente, agora estão por todo esse terminal. A sua mensagem é tão simples quanto profunda e vital: gentileza gera gentileza. Cuidem um dos outros e sejam gentis com o próximo. Cuidem da cidade de vocês, precisamos combater o vandalismo, o ódio e a barbárie. Nada disso aqui é meu ou da Prefeitura, é de vocês. O que inauguramos aqui hoje não é só um terminal, mas uma lembrança constante dessa mensagem essencial, ser gentil é ser cidadão, lembrar que onde houver gentileza, haverá sempre um gesto que surpreende e que o amor se esconde nas coisas pequenas. E só assim vamos construir uma cidade melhor e um país melhor – disse o prefeito Eduardo Paes.

A estimativa do terminal é atender cerca de 150 mil pessoas por dia. As obras do Terminal Gentileza foram feitas em uma área de 77 mil metros quadrados que a gestão municipal comprou da Caixa por R$ 40,8 milhões. O investimento na construção foi próximo de R$ 300 milhões pela Parceria Público Privada (PPP) do VLT do Centro, sendo R$ 257,8 milhões financiados pelo Banco do Brasil para a reestruturação do sistema do BRT.

O Terminal Gentileza possui dois andares. O térreo é dedicado à chegada de todos os modais. Na parte superior, estão bilheterias, banheiros, 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). O terminal é totalmente acessível. São três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e mais um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

INTERMODAL – O início da primeira fase de implantação do BRT Transbrasil e a operação do Terminal Gentileza têm início no sábado (24/2), na primeira etapa de operação, com o trajeto entre Penha e Gentileza, no horário restrito das 12h às 14h.

O custo total da obra no corredor foi de cerca de R$ 2 bilhões. O Governo Federal, no âmbito do programa Pró-Transportes, do Ministério das Cidades, financiou R$ 1,1 bilhão com recursos do FGTS, por meio da Caixa. Outros R$ 97 milhões foram destinados à obra pelo BNDES. O investimento da Prefeitura do Rio alcançou os R$ 838 milhões.

– Atrás de todos esses números, o que vale é dar para as pessoas qualidade de vida. Em vez de o povo ficar preso no trânsito dentro de um ônibus, as pessoas têm de estar em casa, com suas famílias, têm que fazer o que querem em vez de ficarem presas no trânsito. Nós vamos continuar trabalhando para fazer a vida do Rio de Janeiro melhorar – declarou o ministro das Cidades, Jader Filho.

O novo corredor expresso BRT Transbrasil, na Avenida Brasil, é composto por 18 estações e dois terminais, conectando Deodoro, na Zona Oeste, ao Centro do Rio, na Região Portuária, próximo à Rodoviária do Rio.

REDUÇÃO NO DESLOCAMENTO – O percurso total é de 26 quilômetros, e a estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030. Com o início da operação do corredor Transbrasil, a estimativa é de redução de 50% no tempo de deslocamento.

No Transbrasil haverá conexão com linhas de ônibus municipais, VLT (Terminal Gentileza), Transolímpica (Terminal Deodoro) e Transcarioca (Penha e Fundão). As intervenções ao longo do BRT contemplam, ainda, a construção de 18 passarelas.

A partir deste sábado, também haverá uma linha executiva para o GIG, todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos de 20 minutos. Os ônibus terão bagageiro, e uma sala de espera ficará à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza.

Somando os quatro corredores (Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil), serão 139 estações, 16 terminais e quase 150 km, interligando Zona Oeste, região da Barra da Tijuca, Zona Norte e Centro.

NOVOS ÔNIBUS – Os investimentos para a compra de novos ônibus foram feitos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa (R$ 645,9 milhões). Foram comprados cerca de 700 ônibus, e os recursos ainda foram aplicados na requalificação do corredor Transoeste e na construção de terminais e garagens públicas.

PROFETA GENTILEZA – O nome e o projeto do terminal fazem referência a José Datrino, o Profeta Gentileza. Ele ficou conhecido pelas inscrições que eternizou nas colunas dos viadutos do Gasômetro e da Perimetral. A mais famosa delas é a frase “Gentileza gera Gentileza”, que compõe a identidade visual do Terminal Gentileza.

O terminal faz parte do legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Durante a obra, o terminal recebeu as estruturas metálicas que foram reaproveitadas do Centro Internacional de Transmissão construído no Parque Olímpico. O local recebeu mais de dez mil profissionais de imprensa que trabalharam no prédio onde funcionavam estúdios e eram geradas as imagens das transmissões oficiais.

ARTE URBANA – A Transbrasil também ganhou o maior corredor de arte urbana da América Latina. O Cores da Brasil reuniu a inspiração, a criatividade e técnicas diferenciadas de mais de 13 artistas. Artes sob forma de pintura colorem terminais, estações e passarelas do BRT Transbrasil. Além disso, 35 viadutos e mais de 300 pilares de sustentação também receberam artes urbanas. Foram utilizados mais de 30 mil litros de tinta e mais de 10 mil latas de spray.

LUZ MARAVILHA – A Rioluz realizou intervenção na área do novo terminal  e no entorno. No Gasômetro, foram instaladas 55 luminárias de LED, previstas no programa Luz Maravilha de modernização da iluminação pública da cidade. No entorno do terminal foram modernizadas 78 luminárias e 35 novos postes.

OPERAÇÃO – TRANSBRASIL E TERMINAL INTERMODAL GENTILEZA

Na fase 1: Transbrasil começará a operar entre Penha e Terminal Gentileza e terá linha executiva para o Aeroporto do Galeão

A fase inicial (1) da operação da Transbrasil, que começa neste sábado (24/2) e se estende até 30 de março, terá os ônibus articulados circulando no trecho entre o bairro da Penha e o Terminal Gentileza no horário das 12h às 14h, com intervalos de 10 minutos entre as viagens e tempo de percurso de 20 minutos. O preço da passagem (R$ 4,30) será o mesmo cobrado em todos os modais municipais.

Os ônibus saem da Penha, fazem paradas nas estações Ibiapina, Olaria, C. de Moraes e Santa Luzia, antes de entrarem na Transbrasil e seguirem direto, sem paradas, até o Terminal Gentileza.

Para atender à demanda dos passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), uma linha expressa de ônibus executivos Terminal Gentileza x Galeão, sem paradas nas estações, entrará em operação todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos previstos de 20 minutos. O tempo de viagem é estimado em 16 minutos. Os ônibus terão bagageiros e uma sala de espera à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza. O valor da tarifa será de R$ 15, e a passagem poderá ser paga com Jaé ou Riocard.

Na fase 2: Transbrasil terá operação entre Deodoro e Terminal Gentileza, e início da calha segregada do BRT

A partir de 30 de março, o BRT Transbrasil começará a operar de Deodoro ao Terminal Gentileza, com horário mais ampliado, das 10h às 15h. Também nesta data será iniciada a operação da calha segregada do BRT. Isso significa que a faixa da esquerda da seletiva, exclusiva para BRTs, será limitada por segregadores. Já a faixa da direita da seletiva poderá ser usada por ônibus, veículos de serviço e táxis. Elas serão limitadas com pintura, e funcionarão todos os dias da semana.

Nos trechos junto às estações, para garantir segurança na ultrapassagem dos BRTs expressos, a faixa seletiva será segregada com tachões. Em trechos de calha singela, apenas ônibus e BRTs serão permitidos.

Mais conexões, mais facilidade para transitar no Rio

O início da operação da Transbrasil e a abertura do Terminal Gentileza ampliam o leque de conexões viárias possíveis aos passageiros cariocas. Dentro do Terminal Gentileza, os usuários do novo corredor poderão se conectar a 14 linhas de ônibus municipais, sendo cinco delas já no sábado (24/2) e outras cinco a partir de 16 de março. (Informações sobre as linhas abaixo).

Também a partir de sábado (24/2), será possível ainda acessar uma linha de VLT dentro do Terminal Gentileza, alcançando pontos importantes do Centro do Rio, como o Aeroporto Santos Dumont, a Avenida Rio Branco, a Praça Mauá ou a Orla Conde.

Linhas de ônibus municipais

Das 14 linhas de ônibus municipais previstas para operar dentro do Terminal Intermodal Gentileza, inicialmente, cinco linhas municipais que tinham como destino o entorno da rodoviária já estarão operando no local neste sábado (24/2). São elas:

– Linha 104 (São Conrado – Terminal Gentileza)
– Linha 133 (Largo do Machado – Terminal Gentileza)
– Linha 301 (Terminal Gentileza – Barra da Tijuca)
– Linha 302 (Terminal Gentileza – Terminal Alvorada)
– Linha 353 (Praça Seca – Terminal Gentileza)

A partir de 16 de março, outras cinco linhas municipais passam a operar no Terminal Gentileza. São elas:

– Linha 108 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah)
– Linha 110 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah)
– Linha 112 (Terminal Gentileza – Alto da Gávea)
– Linha 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro)
– Linha SV 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro)

Os pontos de ônibus dessas linhas nas ruas Comandante Garcia Pires e General Luís Mendes de Moraes e na Praça Marechal Hermes serão desativados.

VLT terá linhas ligando o TIG ao Santos Dumont e às barcas

O VLT Carioca amplia a operação da sua linha 1, que passa a circular entre o Terminal Intermodal Gentileza e o Santos Dumont, a partir do próximo sábado (24/2). O traçado Terminal Gentileza x Santos Dumont pode ser feito pelos passageiros em cerca de 30 minutos. O horário de funcionamento está mantido: das 6h à meia-noite.

Até o dia 30 de março, está prevista a inauguração da linha 4 (Praça XV x Terminal Intermodal Gentileza) do VLT para atender o Terminal Gentileza. O novo trajeto terá duração de 29 minutos.

O novo sistema de bilhetagem digital, o Jaé, começa a funcionar no VLT a partir deste sábado (24/2). O VLT passa a ser o segundo modal a aceitar o Jaé. Desde julho do ano passado, o BRT já aceitava o cartão.

Restrições à circulação de caminhões na Avenida Brasil

A partir de 16 de março, serão implantadas restrições à circulação de caminhões em trechos da Avenida Brasil, para evitar retenções em alguns trechos e faixas de horário.

– Pista Central em ambos os sentidos, entre Irajá e Caju
Dias e horários: todos os dias, das 4h às 22h

– Pista Lateral sentido Centro, entre Irajá e Caju
Dias e horários: dias úteis, das 5h às 9h

– Pista Lateral sentido Santa Cruz, entre Caju e Ramos
Dias e horários: dias úteis, das 16h às 20h

Sinalização específica será implantada em todos os acessos aos trechos onde haverá restrição, indicando os dias e horários proibidos. A fiscalização do cumprimento da nova regra será efetuada por meio de equipamentos eletrônicos ao longo dos trechos, bem como por agentes da Guarda Municipal.

Informações: Prefeitura do Rio

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Governo Lula prepara medidas de estímulo à produção nacional de ônibus elétrico

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

De olho na “pauta verde” e na crescente concorrência chinesa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara medidas de estímulo à produção nacional de ônibus elétrico. As iniciativas vão contar com verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terão exigências de conteúdo local – pré-requisito que voltou a ganhar força com a nova política industrial defendida pela atual gestão.

O objetivo é estimular a produção de veículos voltados ao transporte público dentro do País, tendo como principal mercado os médios e grandes municípios que estejam em processo de renovação das frotas, segundo apurou a reportagem.

Baixa participação

Dos 107 mil ônibus que rodam atualmente no Brasil, apenas 444 são elétricos, de acordo com dados da plataforma E-bus Radar, que monitora o transporte público na América Latina. Na região, o País ocupa o terceiro lugar, bem atrás do Chile (2.043) e da Colômbia (1.590).

O principal entrave à expansão desse tipo de veículo é o preço: um ônibus com essa tecnologia custa na faixa de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões, ante R$ 700 mil a R$ 900 mil da versão a diesel. “Embora o investimento seja três vezes maior, e ainda tenha o gasto com subestação (estrutura necessária para o carregamento de baterias), isso é compensado pelo custo menor de manutenção e da energia elétrica (na comparação com o combustível fóssil) ”, afirmou a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.

Segundo ela, esse aporte adicional tende a se pagar em um período de 10 a 15 anos. Já pela ótica ambiental, cada ônibus elétrico significa cerca de 100 toneladas de CO2 a menos na atmosfera por ano. Pelo Acordo de Paris, o Brasil terá de zerar a emissão líquida desses gases do efeito estufa até 2050 – ou seja, buscar o equilíbrio entre a emissão e a captura do carbono.

São Paulo

A cidade de São Paulo, que transporta 7,3 milhões de passageiros por dia útil e concentra a maior parte da frota de ônibus elétrico do País, foi a primeira a obter financiamento do BNDES com o objetivo de aumentar a eletromobilidade.

O banco aprovou, no fim de 2023, R$ 2,5 bilhões para a Prefeitura de São Paulo com o custo da TLP (Taxa de Longo Prazo, ou seja sem subsídio), mas com prazos mais alongados, de 15 anos, mais um de carência. O montante vai bancar a compra de até 1,3 mil veículos, o equivalente a 10% da frota paulistana.

Os veículos só poderão ser adquiridos das quatro montadoras que têm produção local e são certificadas pelo BNDES: Eletra (empresa que nasceu no ABC paulista), MercedesBenz (alemã), BYD (principal fabricante chinesa de veículos elétricos, que ultrapassou a Tesla nas vendas mundiais) e Marcopolo (companhia que iniciou os negócios em Caxias do Sul, no RS).

Gargalo

Luciana admite que se trata de um gargalo: “Nós temos só quatro montadoras (de ônibus elétrico no País) e elas ainda estão começando. O início é um pouco mais lento, mas, depois, é uma curva exponencial. Nós gostaríamos de escalar rapidamente (a troca das frotas), mas depende da cadeia de suprimentos e da capacidade de produção dessas empresas”.

De acordo com o BNDES, essas montadoras têm apontado um potencial de produção de 4 mil veículos por ano, mas o número é considerado otimista e visto com cautela.

A expectativa do governo e da equipe econômica, segundo apurou a reportagem, é de que as indústrias automobilísticas já instaladas no País acelerem a conversão de suas plantas, atualmente focadas nos motores a combustão – bem como haja um maior interesse de empresas estrangeiras, inclusive chinesas, de produzir esse tipo de veículo localmente.

Fundo clima

Para dar volume a esses financiamentos, o BNDES aposta no Fundo Clima, que está no guarda-chuva do banco de fomento e tem cerca de R$ 10 bilhões em caixa. O dinheiro foi captado em novembro do ano passado, na primeira emissão brasileira de títulos soberanos verdes. Dentro do fundo, já há um subprograma de mobilidade urbana, mas ainda sem valor definido.

“É uma corrida contra o relógio. A expectativa é de que, no primeiro trimestre deste ano, já tenhamos os recursos disponíveis”, afirma Luciana. Segundo ela, as linhas abastecidas pelo Fundo Clima terão juros subsidiados, além de contarem com prazos mais longos do que a média do mercado.

Informações: O Sul
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Prefeitura confirma extensão da vida útil dos ônibus em Porto Alegre

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A vida útil dos ônibus do transporte coletivo de Porto Alegre foi aumentada para até 15 anos no caso dos veículos comuns e 16 anos para os articulados. Pela legislação em vigor, de 2018, os carros deveriam rodar por, no máximo, 12 anos para os comuns e 13 anos para os articulados. Contudo, a prefeitura vem publicando sucessivas normas para aumentar o limite.

Até 2023, os acréscimos de vida útil eram de 24 meses. Agora, isso foi esticado ainda mais, chegando aos 36 meses, o que acaba envelhecendo a frota. A resolução que ampliou a idade máxima saiu no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA) no dia 2 de janeiro de 2024.

O texto contém um aspecto de dubiedade: um item menciona que os carros fabricados em 2010, atualmente no 14° ano de circulação, poderiam seguir nas ruas até abril de 2024. Mais abaixo, um inciso autoriza a “prorrogação excepcional da vida útil máxima em até 36 meses”. O secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, confirmou que a extensão é válida por até 36 meses. Isso significa que está permitida a circulação de ônibus fabricados entre 2009 (comuns) e 2008 (articulados).

Castro afirmou que a medida foi necessária em função exclusivamente da Carris, empresa pública em processo de privatização. A resolução permite que a Carris mantenha 29 ônibus ativos: 23 comuns fabricados em 2009 e seis articulados de 2008. Deste montante, 18 carros estão em operação. Os outros 11 seguem ativos no sistema, mas aguardam peças de reposição para voltar a circular ou foram colocados na reserva.

— Foi necessária a iniciativa para não comprometer a tabela horária da Carris — diz Castro.

Ele afirma que os três consórcios privados que atuam na cidade não deverão fazer uso do aumento da vida útil. Os carros mais velhos dos operadores privados são de 2010, assegura. Atualmente, a idade média da frota de ônibus comuns no sistema de Porto Alegre é de 6,99 anos. Se acrescidos no cálculo os articulados, o tempo de uso geral sobe para 7,36 anos.

Castro projeta o rejuvenescimento do indicador em 2024. Ele menciona negociações para que os consórcios privados adquiram 110 veículos novos. E ainda destaca que a Viamão, compradora e próxima de assumir o controle da Carris, terá de providenciar 60 ônibus novos no primeiro ano de operação.

— Poderemos nos aproximar dos 6 anos de idade média nos comuns e 6,5 anos nos articulados. É o que esperamos alcançar até o final de 2024 — diz Castro.

PAC
Existe expectativa positiva na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana quanto à inscrição realizada no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal, em uma modalidade da política pública direcionada à renovação de frota.

A prefeitura apresentou proposta para adquirir 600 ônibus zerados, sendo 500 movidos a diesel e 100 elétricos. O investimento, de cerca de R$ 1 bilhão, seria feito com recursos federais, aportados a fundo perdido. A prefeitura, caso receba a confirmação, teria de adquirir os veículos via licitação. Depois, os repassaria ao sistema de transporte.

Como isso diminuiria o custo das empresas, seria discutida uma forma de compensação, que poderia ser desde a redução de tarifa do usuário até o corte nos subsídios públicos para manter os ônibus rodando ou aumento de investimento por parte das operadoras do serviço.

A secretaria tem mantido reuniões com o governo federal e aguarda resposta, prometida ainda para janeiro. Uma renovação de 600 carros, mais da metade da atual frota circulante, que conta com 1.173 veículos, é considerada um avanço significativo.

— É uma grande oportunidade para nós — avalia Castro.

Projeto de lei revoga parâmetros de idade da frota
Tramita desde dezembro na Câmara de Vereadores o projeto de lei 046/2023, de autoria da prefeitura de Porto Alegre, que revoga os dispositivos da lei de 2018 responsáveis por fixar os limites de idade da frota em 12 anos (comuns) e 13 anos (articulados). A norma, se aprovada, dará poder à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana para regular anualmente, via decreto, os critérios de tempo e qualidade para a circulação de veículos no transporte coletivo. O projeto também revoga o artigo que determina a inclusão apenas de veículos zero Km e com ar-condicionado na frota.

Informações: Gaúcha Zero Hora

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Rio define este ano empresa que vai elaborar ampliação do metrô

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A definição da empresa encarregada de elaborar estudos sobre a ampliação do metrô do Rio de Janeiro será feita ainda este ano. O governo fluminense marcou a licitação para 19 de dezembro. Conforme o chamamento público, a escolhida ficará responsável pela análise da viabilidade técnica, jurídica, econômica e ambiental para a implantação de dois novos trechos.

O primeiro deles, Praça XV x Araribóia x Alcântara, consiste em uma ligação entre os municípios Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. Trata-se de uma obra que envolve grande desafio técnico, tendo em vista que a Baía de Guanabara se coloca entre a capital e as duas cidades. Já o segundo trecho, Jardim Oceânico x Alvorada x Recreio dos Bandeirantes, amplia o modal na zona oeste. O governo afirma que as projeções indicam que o número de moradores no Recreio dos Bandeirantes deve crescer nos próximos anos.

A expansão do metrô nesses dois sentidos são indicações do Plano Diretor Metroviário (PDM), que é fruto de um estudo de planejamento contratado e acompanhado por técnicos da Riotrilhos, órgão vinculado à Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram). A licitação para escolha da empresa que realizará os estudos conta com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

A escolhida deverá cumprir um cronograma que inclui projetos conceituais de engenharia, avaliação de impactos ambientais e estudos de demanda. Entre outras tarefas, caberá a ela avaliar benefícios sociais e econômicos, estimar previsão das obras, mapear alternativas observando vantagens e riscos e apontar o melhor modelo de concessão. O prazo de execução dos serviços será de 12 meses.

Edição: Aline Leal

Informações: Agencia Brasil EBC

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Agetran defende Consórcio e explica porque Campo Grande não tem ônibus com portas à esquerda

domingo, 18 de junho de 2023

Os 71 novos ônibus para renovar parcialmente a frota do transporte coletivo de Campo Grande, que tem atualmente 182 veículos vencidos, não contará com veículos com portas dos dois lados, o que é defendido pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Entre as justificativas está a de “não atrapalhar a caminhabilidade devido à largura insuficiente das calçadas”.

A aquisição do Consórcio Guaicurus com recursos da empresa custou em torno de R$ 51 milhões, já que cada ônibus tem o valor de R$ 730 mil. A frota da Capital tem idade média de 7,7 anos, acima do ideal estipulado em contrato, que é de 5 anos. Além disso, os novos ônibus irão substituir os velhos, o que não trará mudanças significativas para os usuários já que não haverá mudanças nas linhas.

Os ônibus com portas à esquerda poderiam resolver o caos instalado no trânsito da Capital com os “pontões” instalados no meio da rua, já que muitos usuários se sentem inseguros em atravessar a rua mesmo na faixa de pedestre, e solucionaria o “nó” de veículos em ruas movimentadas como a Rui Barbosa que perderam espaço para o corredor de ônibus e as estações de embarque e desembarque.

A Capital conta com R$ 110 milhões previstos desde 2014 pelo PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana para recapeamento de vias e construção dos corredores de ônibus, com previsão de conclusão das obras até 2024.
A decisão da Prefeitura de Campo Grande em não defender os ônibus com portas dos dois lados é o oposto à postura de prefeituras de outras capitais como Brasília e Curitiba, em que os usuários relataram que se sentiam mais seguros em não precisar atravessar a rua para pegar o ônibus.

Em nota, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) justifica que as estações de embarque e desembarque instaladas em ilhas nos corredores de ônibus são uma das exigências para o funcionamento dos corredores. 

Campo Grande terá apenas parte da frota de ônibus renovada (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)
Além disso, também afirma que as ilhas no centro das ruas tem o objetivo de não obstruir as fachadas das casas e lojas, e não impedir o acesso aos imóveis. 

Outro ponto na justificativa da Agetran para que os “pontões” continuem no meio da rua e não nas calçadas é para não atrapalhar o vai-e-vem de pedestres “devido à largura insuficiente das calçadas para acomodar as estações de embarque e desembarque e impossibilitar a formação de guetos, trazendo maior segurança aos passageiros”. 

“As mesmas [estações] estão localizadas ao lado direito dos corredores, não havendo, então, necessidade de porta do lado esquerdo do ônibus. As estações também são equipadas com iluminação, tomadas para carregar o celular e uma estrutura que permite os usuários se protegerem da chuva e do frio”, finaliza a nota.

Lucro fácil e sem punição

Ao mesmo tempo em que irá receber cerca de R$ 37 milhões em verba pública este ano - repasses municipais, estaduais, federais e isenção de impostos -, o Consórcio Guaicurus também conseguiu se livrar de punição por descumprir o contrato de concessão.

Além disso, perícia judicial analisou os balanços financeiros e constatou que o Consórcio Guaicurus teve lucro de R$ 68 milhões em 5 anos.

População vai continuar enfrentando atraso e superlotação

Porém, os novos ônibus vão renovar apenas 15% da frota atual de 450 ônibus. Assim, outros 111 ônibus vencidos continuarão circulando em Campo Grande.

Na prática, muda pouca coisa para a população, já que não haverá criação de novas linhas de ônibus. Os novos veículos apenas vão substituir 71 dos ônibus velhos que atualmente circulam em Campo Grande. A superlotação e demora, principalmente nos bairros, vai continuar.

A frota tem idade média de 7,7 anos, acima do ideal estipulado em contrato, que é de 5 anos. Porém, as empresas de ônibus não informaram se, com a renovação, a idade da frota ficará dentro do que estipula o contrato.

O Consórcio Guaicurus ainda mantém 182 ônibus com idade igual ou superior a dez anos, que devem ser substituídos ainda em 2023. Porém, não disse como e nem se vai substituir os 111 ônibus que vão completar uma década este ano. Os 71 serão descontados desse total a substituir.

Informações: MidiaMax
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Semob quer evitar erros do passado em novo programa de mobilidade urbana

segunda-feira, 27 de março de 2023

A recém-criada Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, dentro do guarda-chuva do Ministério das Cidades, está estruturando um novo programa de financiamento de infraestrutura e equipamentos para projetos de mobilidade urbana. A ideia é recriar um plano nos moldes do PAC Mobilidade Urbana, lançado pelo governo Dilma em 2012, mas contemplando alguns ajustes para evitar erros do passado que resultaram num grande volume de obras inacabadas e projetos que não saíram do papel. Uma das prioridades é incentivar parcerias público-privadas para alavancar sistemas ferroviários. As PPPs do VLT do Rio de Janeiro e do Metrô de Salvador estão sendo tratadas como modelos bem-sucedidos e que devem ser replicados.

Quem está à frente desse trabalho é o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel Souza dos Santos, servidor de carreira do Ministério das Cidades. Ele foi nomeado pelo ministro Jader Filho como secretário interino, em fevereiro. “Quando equacionamos num mesmo contrato tanto a construção quanto a operação do sistema, como foram as PPPs do VLT do Rio e do Metrô de Salvador, a perspectiva de a obra ser mais rápida é muito maior do que uma obra pública, que geralmente passa de quatro anos e depende de um orçamento que, às vezes, não está assegurado”, diz Santos.

A pasta tem feito um levantamento dos projetos que receberam apoio do PAC no passado, mas se encontram hoje paralisados. Para esses e novos que venham a surgir, o governo federal discute um tipo de apoio a estados e municípios que vai além da transferência de recursos apenas. A secretaria quer atuar de forma mais próxima na elaboração e acompanhamento de projetos, fornecendo corpo técnico e auxiliando na estruturação financeira dos contratos.

O BNDES e a secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm participado das discussões junto a governos estaduais e municipais, com intermediação da secretaria, para ajudar na elaboração de estudos de pré-viabilidade de projetos. Alguns já foram mapeados pelo banco, como sistemas de VLT em Curitiba e Brasília. “Temos que avaliar o grau de maturidade de cada projeto para poder sinalizar um aporte financeiro”.

O secretário entende que o modelo de PPP é adequado a novos projetos em cidades que nunca tiveram sistemas sobre trilhos. Esse foi um dos aprendizados da pasta, segundo Santos, que cita o VLT de Cuiabá como exemplo. O sistema consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ficou anos com obras paralisadas e, recentemente, foi substituído por um corredor de ônibus BRT. 

“A estruturação do projeto ficou com o estado do Mato Grosso que nunca operou nenhum sistema sobre trilhos. E daí optou por uma obra pública, para implantar um VLT. Como uma obra metropolitana, é preciso ter de fato uma instância que discuta o projeto com as prefeituras e com os operadores locais. Faltou essa assistência. Talvez uma PPP nesse caso poderia ter trazido todo um corpo técnico para a efetivação do projeto”, pontua.

O olhar que se tem agora, diz o secretário, é de acompanhar mais de perto os projetos que recebem recursos federais. “Ou você segue o modelo de PPP integrada que compõe tudo, construção e operação, ou se faz uma obra pública, mas, em paralelo, com o apoio do governo federal de assistência técnica para estruturar como vai ser essa operação e essa participação de outras prefeituras na reorganização da rede”.

Sobre a privatização dos sistemas da CBTU, Santos afirma que está sendo avaliado o melhor modelo para cada estado. Para o de Recife, a expectativa é de retomada dos estudos para decidir se o processo se dará nos mesmos moldes do que aconteceu em Belo Horizonte (que foi concessionado recentemente pelo governo de Minas). “Teremos discussões com o governo de Pernambuco junto ao BNDES, ao PPI e à própria empresa para entender se vai ser possível aplicar o mesmo modelo de BH ou não”.

Informações: Revista Ferroviária
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Prefeitura de Ribeirão Preto abre licitação de R$ 45 milhões para implantação de corredores de ônibus

sábado, 25 de maio de 2019

A Prefeitura de Ribeirão Preto divulgou um aviso de licitação no valor de R$ 45 milhões para implantação de corredores de ônibus na Avenida Dom Pedro I e na Avenida Saudade, na Zona Norte da cidade. O anúncio foi feito no Diário Oficial do Município desta quarta-feira, 22.

Os interessados podem retirar o edital no Departamento de Materiais e Licitações ou no página de licitações do site da Prefeitura. As propostas devem ser entregues até as 8h30 do dia 24 de junho. A revelação dos valores será feita logo após o término do prazo, às 9h do dia 24 de junho. Vencerá a empresa que ofertar o menor valor global para o serviço, não ultrapassando os R$ 45 milhões.

A empresa contratada deverá, além de implantar as faixas de ônibus, instalar nova sinalização semafórica, adaptar calçadas, rede elétrica, rede de esgoto e tubulações, entre outros ajustes. A verba para os corredores de ônibus provém de um repasse federal do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC da Mobilidade Urbana. O aporte total é de R$ 310 milhões.

Além da licitação dos corredores de ônibus, a Secretaria de Planejamento e Gestão Pública também divulgou para a consulta e envio de sugestões o plano para a implantação de ciclovias na cidade. Os interessados podem consultar o plano neste link. As sugestões devem ser encaminhadas até o dia 30 de maio para o e-mail urbanismo@planejamento.pmrp.com.br.

Informações: Revide

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Governo Federal investirá R$ 330 milhões no Metrô DF

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Governo Federal investirá R$ 330 milhões para o metro do Distrito Federal. De acordo com o ministério das Cidades, o Governo do Distrito Federal vai licitar duas etapas do empreendimento Expansão e Modernização do Metrô – trecho de Samambaia e modernização da Linha 1 – e do Viaduto EPIG (Parque da Cidade/Setor Sudoeste), do Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Oeste.

Os empreendimentos foram selecionados em 2012 no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade Grandes Cidades).

Em um rápido discurso, Temer disse que o pleito atendia pedidos antigos de parlamentares do Distrito federal e que “mobilidade urbana é um dos grandes desafios do nosso tempo”. “Estamos renovando o país, colocando o país no século XXI”, afirmou.

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, disse no discurso que a obra é “estratégica” e agradeceu o “apoio importante” dado pelo presidente Temer.

Informações: Isto É
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Prefeito de Goiania prevê entrega em 90 dias do BRT Norte-Sul

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O prefeito Paulo Garcia visitou na manhã de ontem (21), as obras de ampliação do Terminal Recanto do Bosque, que fazem parte da maior intervenção de mobilidade urbana já feita em Goiânia, o Bus Rapid Transit (BRT) Norte-Sul. Acompanhado por vereadores e secretários, o prefeito conferiu o andamento das obras que têm previsão de entrega à população até o final deste ano. “A obra é dividida em duas etapas, pois não podemos desativar o terminal. A primeira etapa será entregue em 90 dias”, afirmou Paulo Garcia.

O novo terminal interligará as regiões Noroeste e Sul do município, no Terminal de Integração Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia. O trabalho das obras viárias e o recapeamento asfáltico do trecho Norte já estão em fase adiantada e serão entregues à população até o final deste ano. “O BRT vai proporcionar mais qualidade de vida à população. Com a viagem mais rápida, o usuário poderá chegar ao seu destino antes do previsto e aproveitar o tempo que esperava para curtir a família ou até mesmo fazer o que antes não tinha tempo”, ressaltou Paulo Garcia.

O prefeito falou ainda do legado de sua gestão na área da mobilidade urbana. “Eu fui o primeiro prefeito que investiu tanto em Mobilidade Urbana em Goiânia, talvez desde a década de 1970. Antes não se falava em ciclovias, hoje já entregamos à população 70 quilômetros. Construímos o Complexo Viário Mauro Borges que desafogou o trânsito da região Sul da capital e beneficiou não só os moradores da região, mas a todos que passam por ali. Os corredores de ônibus que entregamos também marcam a história da mobilidade urbana de Goiânia. Avenidas duplicadas, prolongadas, asfaltamentos, trabalhamos para melhorar a qualidade de vida da população”, finalizou Paulo Garcia.

O novo terminal será instalado em um espaço de mais de 13 mil metros quadrados, mais que o dobro do atual, e será um dos mais modernos da Rede Metropolitana de Transporte. Os horários dos ônibus serão informados por meio de displays e sinais sonoros. Com 21,8 quilômetros de extensão, o BRT vai atender 143 bairros da Capital e também de Aparecida. O benefício contemplará mais de 500 mil moradores e cerca de 120 mil usuários por dia.

Investimento

O BRT Norte-Sul, orçado em R$ 340 milhões, é realizado com recursos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Grandes Cidades. A operação do BRT será feira com ônibus articulados, que permitirão um avanço na velocidade de circulação do transporte coletivo, que atualmente é 14 km/h, e passará para mais de 25 km/h. Os passageiros também terão mais conforto com ar condicionado, novos terminais e plataformas de embarque e desembarque. (Secom Goiânia)

Informações: O Hoje
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Prefeitura inaugura neste domingo o VLT Carioca

segunda-feira, 6 de junho de 2016

A Prefeitura do Rio inaugura neste domingo (05/06) o VLT Carioca e o passeio público da Avenida Rio Branco, duas grandes obras que mudam significativamente o perfil de mobilidade e ambiência do Centro da cidade. Rápido, sustentável e moderno, com rede de 28 Km, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) vai integrar todos os meios de transporte do Centro e da Região Portuária – barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e, futuramente, o BRT Transbrasil. Para a viagem inaugural do VLT, a Avenida Rio Branco será fechada integralmente das 8h às 18h e se transformará numa grande área de lazer para os cariocas que forem até o local neste domingo.

O VLT Carioca inicia a operação de forma progressiva. De acordo com o planejamento da prefeitura, o avanço da operação em ciclos tem como objetivo fazer com que a população se acostume ao movimento de circulação dos bondes. A prioridade é garantir segurança plena aos futuros passageiros e melhor convívio entre pedestres, veículos e VLT. A cada ciclo, gradativamente, horário e trajetos da operação serão ampliados e novos bondes entrarão no sistema. 

A primeira etapa, Rodoviária Novo Rio – Aeroporto Santos Dumont, terá 18 Km em trilhos, 17 paradas e uma estação (em azul no mapa acima). A ligação entre a Central do Brasil e a Praça XV (em verde) entra em operação no segundo semestre. Inicialmente, o VLT transportará passageiros de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h com embarque e desembarque em oito paradas nos dois sentidos: Parada dos Museus, São Bento, Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont. No primeiro mês, período de adaptação, não haverá cobrança, mas agentes da concessionária irão acompanhar o dia a dia da operação para tirar dúvidas dos passageiros sobre o pagamento da passagem, trajetos e demais procedimentos do novo modal. A previsão é a de que o primeiro trecho do sistema entre em operação comercial no dia 1º de julho. A partir de 2017, entrará em operação o trecho que funcionará na Avenida Marechal Floriano.

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e a Concessionária do VLT Carioca vão intensificar campanhas educativas e ações nas redes sociais para orientar os usuários a respeito do uso do novo sistema sobre segurança, forma de pagamento, compra dos bilhetes e regras de convivência dentro dos trens, dentre outras informações. Desde março, a campanha#OlhonoVLT trabalha o conceito de segurança com foco na atenção de pedestres e motoristas, já que os trens são silenciosos e vão circular em áreas com grande fluxo de pessoas e automóveis. A campanha ocupa ruas, mídias sociais, mídia mobile e rádio, além de ações corpo a corpo bem-humoradas chamando a atenção de pedestres. No período de testes, o programa distribuiu 50 mil adesivos, 250 mil folhetos e instalou 22 painéis e displays ao longo do Centro e Região Portuária. Nesta nova etapa, mais 200 mil folhetos serão distribuídos nas ruas do eixo de passagem.

Características do sistema

O VLT servirá aos usuários dos diversos sistemas de transporte públicos e distribuirá passageiros nas regiões que compõem a área central da cidade. Na operação plena, funcionará 24 horas com 32 trens, capacidade para transportar 300 mil pessoas e máquinas de autoatendimento para a compra de bilhetes em todas as paradas e estações. Condutores e controladores responsáveis por guiar as composições acumulam desde o ano passado mais de 2 mil horas de treinamentos teóricos, no simulador e habilitação em via. Ao todo, serão 130 profissionais habilitados até o fim de 2016. 

As estações e paradas do VLT ficam a cerca de 20 cm de altura, niveladas às composições, dotadas de rampas suaves e antiderrapantes que facilitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais. Cada plataforma disporá de entrada nas extremidades, linha de piso podotátil e faixas em alto relevo que facilitam a locomoção de pessoas com deficiência visual. Internamente, todas as composições reservam local específico para cadeirantes sem prejuízo a outros assentos. Sinalização, validadores e acionamento de portas estarão sempre em alcance adequado. 

Integrado à operação urbana Porto Maravilha, o VLT Carioca será um modelo sustentável de transporte. Movido à eletricidade, preserva a identidade do Rio ao oferecer a opção de Alimentação Pelo Solo (APS), com energia captada por meio de um terceiro trilho instalado entre os trilhos de rolamento do trem, dispensando o uso de fiação aérea (catenárias). A implantação do VLT tem custo de R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e R$ 625 milhões viabilizados por meio de uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura do Rio. 

Passeio público 

O novo passeio público da Avenida Rio Branco alterou uma das avenidas mais movimentadas do Centro, entre a Avenida Nilo Peçanha e a Rua Santa Luzia e abrange 14,4 mil metros quadrados, dos quais 9 mil m² de área de convivência ao longo de seus 600 metros. O local ganhou 35 árvores, 1.620 m² em canteiros verdes, bicicletários, 70 bancos e nova iluminação pública.

A área de grande movimento passa a oferecer aos frequentadores do Centro um espaço de circulação exclusiva para pedestres, ciclistas e para o VLT ao longo do caminho cercado de prédios históricos como o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.

A prefeitura montou esquema especial de trânsito e transportes para o fechamento de toda a Avenida Rio Branco, das 8h às 18h deste domingo, que funcionará como área de lazer entre o Aterro do Flamengo e a Orla Prefeito Luiz Paulo Conde. As linhas de ônibus que circulam pela Avenida Rio Branco serão desviadas para a Avenida Passos. Painéis de mensagens e 55 operadores de trânsito da CET-Rio e agentes da Guarda Municipal orientarão os motoristas.  

Informações: Jornal do Brasil
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