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CBTU aponta que desde 2004, R$ 801,58 milhões deixaram de ser liberados para Metrô BH

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

As transferências de recursos que a administração central da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Rio de Janeiro determinou que a superintendência de Belo Horizonte fizesse para a do Recife e que somaram R$ 54 milhões nos últimos cinco anos, como denunciou o Estado de Minas na edição de ontem, não foram as únicas vezes que o sistema mineiro foi prejudicado por decisões federais. A reportagem do EM teve acesso a um relatório da companhia que mostra claramente de onde vieram as decisões de indeferir os investimentos na ampliação das linhas e melhoria das instalações para oferecer maior conforto aos usuários. Desde 2004, deixaram de ser repassados ao metrô da capital mineira R$ 801,58 milhões. O documento também mostra que desde 2012 o governo federal se limitou a liberar apenas R$ 100 mil em recursos para investimentos em melhorias no sistema de BH.

De acordo com a CBTU, a transferência dos recursos de BH para o Recife foram feitas devido a um grande número de ações judiciais que congelaram as verbas financeiras da superintendência de Pernambuco e prejudicariam a operação entre 2009 e 2013. Mas fontes ligadas à diretoria da superintendência mineira e ao Sindicato dos Metroviários afirmam que a decisão tem cunho político para beneficiar Recife. 


Os R$ 744 milhões necessários para a implantação dos 10,5 quilômetros previstos no projeto da Linha 2 (Barreiro-Calafate) foram incluídos consecutivamente, de 2004 a 2011, pela superintendência mineira da CBTU em suas propostas orçamentárias, mas os recursos aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA) daqueles sete anos foram barrados por Brasília. “Os valores aprovados (em alguns casos por meio de emendas parlamentares) efetivamente não contaram com a liberação pelo governo federal do respectivo limite para empenho”, informa o relatório.

No ano passado, na divulgaçãodo Plano Plurianual (PPA) de 2012 a 2015, pela CBTU, a proposta foi mais uma vez apresentada, destinando R$ 744,81 milhões para serem aplicados na Linha 2 até 2014, considerando o término das obras civis, implantação dos sistemas e aquisição de trens. “Contudo, em 24 de agosto de 2011, foi comunicado pela Secretaria de Orçamento Federal que essa ação não deveria mais constar do PPA 2012/2015”, diz o relatório.

Neste ano, a CBTU incluiu mais uma vez a proposta de implantação da Linha 2 no Orçamento de 2013, com previsão de R$ 50,95 milhões, e novamente não foi acatada. Nem os projetos das Linhas 2 e 3, que figuraram no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de 2009, puderam ser finalizados, sempre por decisão de Brasília. Os projetos foram paralisados em 2010 e tiveram o contrato para continuidade da elaboração firmado entre a CBTU e o Consórcio Enerconsult Infra-Hamburg-Consult, rescindido em dezembro do ano passado.

Em 2012, o relatório da CBTU aponta mais cortes de recursos para investimentos. Em julho, a Proposta Orçamentária para 2013 foi enviada para o Ministério das Cidades e tinha previsão de R$ 5,82 milhões. Contudo essa ação “não foi priorizada pelo governo federal, sendo contemplada apenas com R$ 100 mil”. Em junho deste ano, a companhia apresentou sua Proposta Orçamentária para 2014, considerando o mesmo valor proposto para 2013. “Novamente, a ação não foi priorizada pelo governo federal, tendo a ela sido atribuídos apenas R$ 100 mil para compor o PLOA/2014.”

As ações de implantação dos trechos Eldorado-Betim e Savassi-Lagoinha foram inseridas no PPA 2012/2015 por meio de emenda parlamentar “e até hoje não foram contempladas com nenhum recurso”.

Informações: Estado de Minas
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Em Belo Horizonte, Especialistas elegem BRT como o melhor para desafogar o tráfego no Vetor Sul

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O metrô seria o ideal, mas o BRT deve largar na frente entre as alternativas de transporte coletivo analisadas pela BHTrans para desafogar o tráfego no Vetor Sul de Belo Horizonte, ligando o Centro à BR-356, no Bairro Belvedere. É o que apostam especialistas em trânsito ouvidos pelo Estado de Minas. Ainda que eles avaliem que uma linha de metrô absorveria maior demanda de passageiros, pois o sistema é projetado para transportar até 50 mil pessoas por hora, devido a outros fatores, como o custo de implantação e os impactos causados pelas obras, a saída deverá ser a criação de uma rota de bus rapid transit (BRT), com capacidade para 8 mil a 15 mil usuários por hora. Os técnicos ressaltam que, embora ainda não tenham saído do papel, rotas de BRT foram a alternativa encontrada pela BHTrans para suprir a carência do metrô em BH na Copa’2014.

Como publicado com exclusividade pelo EM na edição dessa segunda-feira, consultoria licitada pela BHTrans apontou 11 opções de rotas no Estudo de Desenvolvimento de Transporte do Eixo Sul. São três de metrô, três de BRT, três de veículo leve sobre trilhos (VLT), uma de veículo leve sobre pneus (VLP) e uma de monotrilho. Todas ligam o Centro à BR-356, no Belvedere, passando pela Savassi. Com extensão variando de oito a nove quilômetros, elas passam por importantes vias da cidade, como as avenidas Afonso Pena, João Pinheiro, Cristóvão Colombo, Uruguai e Nossa Senhora do Carmo, além das ruas Pernambuco e Alagoas. Até setembro, a BHTrans promete definir qual alternativa é mais viável, em pontuação baseada em multicritérios, com peso variando de 2 a 5.
Morador do Bairro Sion, na Região Centro-Sul, o engenheiro civil Renato Guimarães Ribeiro, mestre em engenharia de transportes, professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e ex-assessor da BHTrans, enfrenta engarrafamentos todos os dias na Avenida Nossa Senhora do Carmo. Com fluxo de 95 mil veículos diariamente, ela é a via mais sobrecarregada do Vetor Sul. “O metrô é a solução mais cara, mas nenhum outro sistema transporta tantos passageiros. Todos os dias surgem grandes prédios na região e a demanda de transporte coletivo também é crescente. Mas o BRT se mostra mais viável, por ser mais barato e porque nós já dominamos a tecnologia desse meio de transporte”, afirmou. Ele também defendeu o VLT. “Tem um design mais bonito e charmoso, se tornando mais atraente para a classe média alta dominante do Vetor Sul.”

SobrecargaO engenheiro civil Márcio Aguiar, mestre em transportes e professor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec, ressalta que, embora o custo de implantação do metrô seja mais caro, o meio de transporte não ficaria sobrecarregado futuramente, como os demais analisados para o Vetor Sul. “O BRT seria um sistema de maior flexibilidade na região, onde a topografia acidentada e a densidade populacional são obstáculos para um novo sistema de transporte. Ele chega tarde a BH, como paliativo para a Copa. Existe há mais de 30 anos em Curitiba, onde dá sinais de sobrecarga”, afirmou.

Para o engenheiro civil e urbanista Ronaldo Guimarães Gouvêa, especialista em planejamento de transportes urbanos e professor do Núcleo de Transportes da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “o BRT se torna muito interessante por aumentar a capacidade da rede rodoviária já existente, mas trafegando em canaleta própria, sem disputar o trânsito com outros veículos”. Porém, observa: “É um sistema intermediário e, mesmo o metrô sendo caro, ele jamais pode ser descartado. Já o monotrilho deve ser desconsiderado, pois causa um impacto muito grande”, disse.

Segundo estudo da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), um quilômetro de metrô custa de US$ 80 milhões (R$ 128 milhões) a US$ 100 milhões (R$ 160 milhões). O valor de mesmo trecho de VLT, VLP e monotrilho varia de US$ 20 milhões (R$ 32 milhões) a US$ 30 milhões (R$ 48 milhões), enquanto o custo de um quilômetro de BRT vai de US$ 15 milhões (R$ 24 milhões) a US$ 20 milhões (R$ 32 milhões). O presidente da BHTrans, Ramon Victor César, afirmou que não há recurso assegurado, nem previsão de quando o projeto que será definido pela empresa sairá do papel.

PROPOSTAS VIÁRIAS

Critérios para escolha do transporte mais viável para o Vetor Sul de BH e os pesos na avaliação

Tecnologia
Disponibilidade tecnológica: 3
Facilidade de manutenção: 3
Adequação à topografia: 5
Adequação ao sistema viário: 4
Capilaridade (distância mínima entre estações): 4
Grau de interferência no espaço viário: 4
Demanda de áreas adicionais vinculadas: 3
Vulnerabilidade (intempéries, vandalismo, acidentes): 4

Adequação urbanística Custos sociais (remoções de moradias, etc.): 3
Grau de interferência (remanejamento de redes de água e esgoto, etc.): 4
Impacto paisagístico: 4

Adequação ambiental Repercussões ambientais (ruídos e vibrações): 4

Desempenho Tempos de viagem: 3
Transferências: 2
Grau de convivência com outros serviços: 4
Grau de interferência no tráfego geral: 3

Econômico Custo de implantação: 3
Custo operacional: 2
Prazo para implantação: 3
Disponibilidade de financiamento: 2
Equilíbrio econômico (análise de viabilidade): 2

Informações do Estado de Minas

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Depois de SP, trem e metrô devem subir em BH, Recife e Teresina

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Pedido de aumento para BH e Recife foi feito pela CBTU ao governo.Em Teresina, previsão é de reajustar a passagem de trem em agosto.

Após São Paulo ter reajustado o valor das passagens de trem e metrô no último dia 9, pelo menos outras três regiões metropolitanas – as do Recife, de Belo Horizonte e Teresina – têm previsão de aumentar em breve o valor da tarifa. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa pública ligada ao governo federal que administra os sistemas de Recife e BH, pedido de autorização para aumento já foi encaminhado para o Ministério das Cidades, que decide juntamente com o Ministério da Fazenda.

O Ministério das Cidades informou que a previsão é de o reajuste ser discutido em reunião na próxima sexta-feira (26). Segundo o diretor de planejamento da CBTU, Raul Debonis, a passagem do Recife, hoje em R$ 1,40, pode passar para R$ 1,65. Em Belo Horizonte, o valor ainda está em discussão - atualmente é R$ 1,80.
Em Teresina, informou a Companhia Metropolitana de Transportes Públicos, ligada ao governo do Piauí, no próximo dia 5 será inaugurado mais um quilômetro de trem elevado, até o centro comercial da capital piauiense. Com isso, em agosto a tarifa vai subir. O novo valor ainda está em estudo, segundo a companhia.

Em Belo Horizonte, conforme o diretor da CBTU, o aumento pleiteado tem a finalidade de acompanhar o reajuste do sistema metropolitano - os ônibus tiveram aumento de 4,5% no fim de dezembro de 2009.
No Recife, a CBTU deve esperar primeiro o reajuste nos ônibus. "Estamos esperando retorno dos ministérios e aguardamos que haja reajuste rodoviário para não partir descasado." O consórcio Grande Recife, que administra os ônibus da região metropolitana, informou que o último aumento foi no começo do ano passado e que ainda não há informações sobre novo reajuste.

Debonis afirma que os aumentos são necessários para que "o sistema metroferroviário não saia sacrificado". "Fizemos a proposição para o Ministério das Cidades, que também discute com a Fazenda. Pedimos [reajuste] proporcional à elevação dos ônibus para o sistema conseguir certa cobertura dos custos, para não fragilizar a operação."

Além do Recife e de BH, a CBTU também administra os sistemas de Maceió, Natal e João Pessoa. Nessas cidades, a passagem, com a chamada tarifa social, custa R$ 0,50 e não deve ser reajustada.
"Nesses três sistemas, a situação é mais delicada. São sistemas de pequeno porte. No caso de Maceió, onde vai ter modernização e a capacidade diária vai passar de 10 mil para 40 mil passageiros, devemos ter aumento mais adiante", informou o diretor da CBTU. Segundo ele, melhorias nos sistemas de Natal e João Pessoa foram apresentadas pela CBTU como proposta a ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.

Atualmente 12 regiões metropolitanas têm sistema metroferroviário, dos quais cinco administrados pela CBTU. Na região metropolitana de Porto Alegre, o governo federal também administra, por meio da Trensurb, mas, segundo a empresa, não há previsão de aumento.

A Trensurb tem como acionistas a União (99,21%), o Estado (0,61%) e o município de Porto Alegre (0,18%). Em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Fortaleza, os governos estaduais administram os sistemas.

A região metropolitana de São Paulo aumentou a tarifa recentemente, mas as outras informaram que não há previsão de reajuste. Em Salvador, o sistema fica a cargo da prefeitura, e a tarifa também não deve aumentar.

Os sistemas de metrô do Recife e de Belo Horizonte são semelhantes ao sistema de trem de São Paulo e do Rio, informou a CBTU. O que os torna metrô são as características técnicas.
Trens são sistemas de distância maior entre as estações, cerca de dois quilômetros, e circulam principalmente como linhas de subúrbio. Metrôs têm distância menor entre as estações, cerca de um quilômetro e passam pela região central. O metrô geralmente é subterrâneo ou elevado, e o intervalo entre os trens é menor.

Confira abaixo as tarifas, os últimos reajustes e o tamanho de cada sistema de trem ou metrô. Atualmente, a tarifa mais cara é a do Distrito Federal. As mais baratas são as de Salvador, Natal, Maceió e João Pessoa, que têm sistemas menores e as chamadas tarifas sociais.
Fonte: G1
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Conheça detalhes em números do transporte público de BH

terça-feira, 8 de novembro de 2011

ÔNIBUS EM BH

Tipo Passageiros/mês

Ônibus municipais 36.928.982
Ônibus metropolitanos 24.900.000
Metrô 5.000.000
Táxi 700.000
Linhas suplementares 2.356.480
Linhas de vilas e favelas 500.672
Táxi metropolitano 55.200
Total 71.441.334
Total ônibus 61.828.982 (87%)

Ônibus de maior demanda

3503 – Santa Terezinha/São Gabriel (509.420)
1502 – Vista Alegre/Guarani (381.480)
9250 – Caetano Furquim/Nova Cintra (359.500)
1505 – Alto dos Pinheiros/Tupi (338.080)
4802A – Pindorama/Boa Vista (338.080)

Ônibus de menor demanda

6025 – Maria Helena B/Centro (3.040)
4114 – Bonfim/centro (3.840)
6024 – maria Helena A/Centro (4.280)
336 – Hospital Eduardo de Menezes/Vila Bernadete (5.700)
642 – Venda Nova/Estação Vilarinho (8.160)

Linha mais carregada
(3503 - Santa Terezinha/São Gabriel)
77 Pontos, segundo a BHTrans
47 deles percorridos pelo EM (61%)

Como estão os pontos
43 (91%) têm sinalização indicativa
15 (32%) apresentam abrigo
6 (40%) dos abrigos em más condições
10 (66%) dos abrigos com pedestres no entorno
4 (9%) têm informações sobre linhas e horários
3 (6%) dispõem de baia de parada de ônibus
3 (6%) estão em locais de calçada ruim
10 (26%) localizam-se em calçadas estreitas
5 (11%) têm piso tátil
39 (83%) estão em locais com comércio próximo
42 (89%) apresentam iluminação no ponto
47 (100%) ficam em locais com arredores iluminados
16 (34%) dispõem de telefones públicos próximos
16 (34%) têm lixeiras
2 (4%) apresentam calçada deficientes

ÔNIBUS METROPOLITANO

maior demanda
4988 – Sabará/BH (306.350)
2290 – Contagem – Bairro Naciona/BH (285.408)
3232 – Nova Lima/BH (240.049)
1270 – Ibirité – Regina/Lindéia/BH (197.126)
2580 – Contagem Eldorado/BH (194.901)

Menor demanda

7540 – Betim – Alvorada/BH (47)
5792 – Lagoa Santa – Lapinha/BH (68)
3175 – Cruzeiro/BH via Campos Eliseos/PTB (99)
3115 – Conjunto Olímpia Bueno Franco/BH (134)
4120 – Santa Luzia via Vila Olga/BH (318)

Linha mais carregada

(4988 - Sabará/Belo Horizonte)
25 pontos segundo site do DER-MG
41 pontos foram encontrados pela reportagem (164%)

Como estão os pontos

32 (78%) têm sinalização indicativa
30 (73%) apresentam abrigo
5 (17%) dos abrigos em más condições
28 (93%) dos abrigos com pedestres no entorno



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Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. “A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. “O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano”, afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, “que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul”. Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço.  Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade. 

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h. 

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
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Integração no transporte público reduz gasto em até 34% na Grande BH

segunda-feira, 31 de maio de 2010


Usuários do transporte coletivo da Grande BH terão dois novos modelos de integração de tarifas que vão possibilitar economia de 24% a 34%, dependendo do trajeto. A primeira mudança ocorrerá no final deste mês, entre ônibus e metrô da estação Vilarinho, em Venda Nova. Já a outra, para quem se descola entre municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), será a partir de agosto. A medida atinge 18,5 milhões de passageiros. Os concessionários do sistema de transporte aderiram à mudança contando com a redução de custos e por acreditar no aumento da demanda de usuários.

A bilhetagem eletrônica, já totalmente implantada, é que permitirá a implantação do novo sistema. A integração tarifária faz parte de um conjunto de ações de mobilidade urbana, estipuladas pela Agência Metropolitana. O governador Antonio Anastasia assinou, nesta quarta-feira (26), o documento que autoriza a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) a tomar as providências para implantar o serviço.

O sistema permitirá que o passageiro continue utilizando as mesmas linhas, mas pagando menos pelas passagens. Para obter o desconto, o usuário terá que respeitar o intervalo máximo de 90 minutos, entre o embarque na primeira linha e o na segunda. A integração poderá ocorrer em qualquer ponto da rede de transporte público metropolitano, e não apenas nos terminais.

A integração tarifária do ônibus com o metrô começa a valer no próximo sábado (29), a exemplo do que já acontece nas estações Eldorado e São Gabriel. A medida vai beneficiar cerca de 8 mil usuários que, diariamente, utilizam as 28 linhas metropolitanas de ônibus, entre a capital e os municípios de Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano e São José da Lapa.

A viagem entre Pedra Branca, em Ribeirão das Neves, e BH, pela linha 5650 e estação Vilarinho, ficará 34,25% mais barata com a integração - de R$ 3,65 para R$ 2,40. Além disso, os passageiros passarão a desembarcar dos ônibus dentro da Estação Vilarinho. Hoje, eles têm que descer em pontos de paradas convencionais e caminhar até a estação.

Quem precisa usar dois ônibus para ir de uma cidade da RMBH a outra terá desconto de 50% sobre o valor da menor tarifa entre as linhas usadas. Com passagens a R$ 3,55 cada, hoje o passageiro tem um gasto de R$ 7,10. Com a integração tarifária, essa mesma viagem sairá por R$ 5,32. A mudança começa a vigorar em agosto.

Mesmo com a redução de custo para os passageiros, as empresas de transporte não terão ressarcimento por parte do Governo estadual. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), Rubens Lessa, no caso da integração com o metrô, como as empresas não irão mais até o Centro de BH, haverá redução de custos.

Já com relação à integração de dois ônibus metropolitanos, a expectativa é de aumento na demanda. Lessa acredita que não haverá prejuízo para as empresas. Porém, ele reforça que as concessionárias irão analisar, ao final do ano, um relatório com as receitas obtidas em 2010. Se houver queda no faturamento, algumas medidas poderão ser tomadas, mas ele não quis adiantar as possíveis mudanças.

A integração atende passageiros que usam o ônibus para ir de uma cidade da Grande BH a outra. No entanto, aqueles que descem em BH e seguem para algum bairro da capital ainda terão que esperar por uma possível redução na tarifa. Hoje, uma pessoa que vem de Santa Luzia, pela linha 4105, paga R$ 3,20 até o Centro de BH. Se precisar ir até o Bairro Mangabeiras, por exemplo, tem que desembolsar mais R$ 2,30 (linha 2004). A Setop informou que estão sendo feito estudos, junto com a BHTrans, para atender a este público.

Outro desafio para a Agência Metropolitana é a tentativa de desafogar o trânsito no Centro da capital, retirando parte da frota de ônibus metropolitanos. O objetivo é implantar terminais em pontos estratégicos da RMBH. De acordo com o diretor-geral do Departamento de Obras Públicas (Deop), João Fleury, estações regionais serão criadas para servir como ponto de encontro entre as linhas que têm a capital como destino.

Fonte: Hoje em Dia
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Metrô de BH cresceu 13,5% em 2013: sete milhões de novos embarques

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O número de passageiros da CBTU-Belo Horizonte cresceu 13,5% em 2013, uma elevação que equivale a mais de sete milhões de novos embarques, na comparação com o mesmo período de 2012. O crescimento registrado pela operadora já supera a média nacional prevista pela ANPT – Associação Nacional de Passageiros sobre Trilhos (ANPT), que estimou em cerca de 10% o crescimento acumulado para o setor em 2013.

O percentual de elevação da demanda no metrô de Belo Horizonte contrasta com a pesquisa Origem e Destino (OD) divulgada na capital, nesta sexta-feira (17/12). Enquanto a pesquisa aponta queda, entre 2002 e 2012, em relação ao levantamento total da procura por transporte coletivo, no metrô os números indicam elevação sucessiva.

Crescimento recorde na última década
Considerando o mesmo período apontado pela pesquisa, o Metrô de Belo Horizonte saltou de 27,8 milhões de passageiros para mais de 57,4 milhões, crescendo cerca de 210%, na última década. A média diária de usuários do sistema também cresce em ritmo acelerado nas 19 estações e a operadora chegou a registrar recorde de 270 mil pessoas/dia, em 2013.

O número de viagens realizadas pelos trens também cresceu mais de 41%, passando de 61 mil viagens para 86 mil viagens/ano, entre 2002 e 2012 .

Para efeito de comparação, enquanto o metrô transporta cerca de 26 mil passageiros por hora/sentido, o automóvel e o ônibus têm capacidade de 1,4 mil e 5,4 mil, respectivamente. E, considerando os padrões dos diversos sistemas de transporte no mundo, o sobre trilhos chega a emitir cerca de 60% menos gases de efeito estufa (GEE) que os automóveis e 40% menos que os ônibus.

Esses e outros números apontam a real contribuição do metrô para toda a população de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

Atualmente o Brasil tem 15 sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos, implantados em 11 Estados e a CBTU está presente em cinco deles, levando cerca de 150 milhões de brasileiros em todo o pais.

Informações: CBTU

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Obra do metrô de Belo Horizonte: atrasada, reduzida e defasada

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O atraso de mais de uma década na expansão do metrô de Belo Horizonte já condena à defasagem as linhas 2 e 3, que ainda não saíram do papel. Elas ligarão o Barreiro e a Savassi até a região Central. Enquanto se tenta desempacar parte de um projeto travado há mais de dez anos, especialistas afirmam que o poder público já deveria estar discutindo a implantação de outros percursos.
Foto: Flávio Tavares
Um dos próximos capítulos dessa novela será apresentado na quarta-feira (16). Serão conhecidas as empresas que vão disputar a licitação para os estudos de topografia e geotecnia para as linhas 2 e 3. No dia 22, será a vez da pesquisa de sondagem. Os levantamentos, orçados em R$ 8,3 milhões, devem ser realizados durante seis meses. E vão guiar a elaboração do projeto de expansão do metrô de BH, que demandará mais um ano. Somente depois desse prazo é que as obras podem começar, ou seja, no final de 2013.

O planejamento segue parte do plano diretor feito pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) há mais de dez anos. A proposta é modernizar a Linha 1 (Vilarinho-Eldorado), retomar até o Calafate as obras abandonadas do percurso 2 (Barreiro-Santa Tereza) e construir, a partir da Lagoinha, o ramal 3 (Pampulha-Savassi).

Este último eixo foi “encolhido”. O projeto inicial previa a ligação até a Pampulha, o que não deve acontecer nesta fase. E como a linha 3 possui um trecho subterrâneo na rua Pernambuco e avenida Afonso Pena, mesmo com tecnologias para redução de impactos, se espera transtornos no trânsito de BH, já bastante caótico.

O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo (AEAME-SP), José Geraldo Baião, diz que, na superfície, os impactos da obra subterrânea ocorrem apenas onde serão construídas as estações e nos poços de ventilação.

Uma das técnicas para reduzir os transtornos é construir de baixo para cima. “A topografia determina a escolha do método. A profundidade das estações varia, podendo chegar a mais de 60 metros”, explica. A Copasa informou que haverá poucas interferências em sua tubulação, já que o metrô passará abaixo das redes.

Segundo o chefe do Departamento de Engenharia dos Transportes e Geotecnia da UFMG, Nílson Tadeu Nunes, as linhas podem passar até abaixo de rios, mas deve-se atentar para a obra sob prédios antigos. “No Rio de Janeiro, os trens reduzem a velocidade nesses pontos”, cita. Para Nunes, no entanto, o projeto proposto para a capital mineira só irá “fazer cócegas” no problema de mobilidade.

A Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop) informou que o ramal 1 receberá duas novas estações: a Novo Eldorado (em Contagem) e Calafate II (para conexão com a linha 2). Ao final das obras, o eixo terá 30 quilômetros de extensão, 20 estações e 32 trens circulando. O trecho 2 terá dez quilômetros, seis estações e sete trens. O trajeto 3 terá 4,5 quilômetros, cinco estações e cinco trens.

Os recursos para o metrô só foram confirmados no último dia 24 de abril pela presidente Dilma Rousseff. No entanto, ainda não foram liberados os R$ 3,16 bilhões, que serão divididos em R$ 1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, R$ 1,13 bilhão em empréstimo e o restante vindo das prefeituras de BH e Contagem, Estado e empresas privadas.

Segundo a CBTU, que não respondeu nenhuma questão sobre o projeto de expansão do metrô, 215 mil pessoas utilizam o sistema diariamente. A previsão é a de que o número suba para 800 mil ao final da obra. O desatualizado site da CBTU previa que, em 2009, caso as três linhas já estivessem operando, o sistema transportaria 1,3 milhão de usuários por dia, e que esse número subiria para 1,47 milhão em 2019.

Fonte: Hoje em Dia

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Em BH, Passageiros apontam vantagens e problemas do BRT/Move

segunda-feira, 10 de março de 2014

Entre otimismo e desconfiança, passageiros do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte testaram ontem, pela primeira vez, o BRT/Move do corredor Cristiano Machado e avaliam se, amanhã, dia de trânsito pesado, embarcarão de vez nessa viagem. Na balança dos contras, pesaram problemas na Estação São Gabriel. Sem sinalização adequada, usuários ficaram perdidos entre os corredores. A chuva também complicou a situação, pois a cobertura do terminal e das passarelas ainda não foi concluída. O desconforto se estendeu à falta de bancos nas plataformas de embarque.
Foto: Portal Embarq Brasil
Muitos dos usuários aproveitaram o sábado livre para se inteirar sobre o funcionamento e passear nos ônibus sem compromisso. “Achei ótima a novidade e o percurso muito confortável. Mas faltam muitas informações. Não tem placa explicando com clareza. Foi por isso que resolvi fazer um teste hoje (ontem), já que segunda-feira não posso correr o risco de errar”, disse a técnica em saúde bucal Ana Cristina Valadares Moreira, 36 anos, que gasta 1h40 todos os dias do Bairro Floramar, Norte de BH, até Nova Lima, na Grande BH. Ela acredita que vai conseguir ganhar 20 minutos se usar o BRT diariamente.
A falta de sinalização das estações  deram dose extra de tensão à estreia do BRT/Move, sobretudo na Estação São Gabriel. A principal reclamação é de que todos ônibus, inclusive os convencionais, deixaram o antigo terminal, mais próximo do metrô, sendo transferidos para nova ala, mais distante. “Antes eu descia do ônibus e já pulava para o metrô. Agora, ficou muito longe. Tenho que andar de 7 a 10 minutos”, diz a vendedora Verônica Cristina, 27. Outro problema que dificultou o deslocamento para o metrô foi a chuva. A água empoçou na passarela e na área de manobra dos ônibus, incomodando usuários e motoristas. 

O técnico em transporte e trânsito Bruno Santos, 35, mora perto da estação e resolveu mudar o trajeto para avaliar o novo sistema. Normalmente, aos sábados ele vai ao centro estudar e pega um ônibus que passa perto de sua casa. “Acho que temos que esperar segunda-feira para ver como vai funcionar com o trânsito”, disse. Ele diz ter dúvidas sobre o impacto do BRT por conta de locais sem faixas exclusivas.

AR-CONDICIONADO Por sua vez, a cabeleireira e manicure Kelly Juliana Oliveira, 29, acredita que o BRT pode até substituir o metrô, já que ela pega um ônibus para a São Gabriel, de lá embarca pelos trilhos e ainda pega outra condução do Centro até o Bairro Luxemburgo, Centro-Sul da capital. “De cara o BRT/Move já ganhou do metrô por conta do ar-condicionado. Normalmente, gasto de 18 a 20 minutos só nos vagões entre as estações São Gabriel e Praça da Estação. Imagino que vou conseguir gastar o mesmo tempo no BRT, o que pode significar uma migração”, afirma.

Moradora do Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte, a empregada doméstica Railda da Silva, de 55, trabalha no Bairro União, na Região Nordeste, e também está disposta a trocar o metrô pelo novo sistema. “Vou descer numa estação mais perto e o BRT é muito mais confortável”, diz. O açougueiro Roberval Tido de Lima, de 42, era só sorrisos com o filho Victor Hugo, de 10. Eles moram em Venda Nova e o menino faz fisioterapia no Centro da cidade. A família será atendida pelo BRT/Move da Avenida Pedro I, que só será inaugurado em maio, mas aproveitaram o sábado para já conhecer a novidade. “Viemos passear. Estou vendo que é bem estruturado”, diz. 

Alguns passageiros reclamaram da demora no atendimento de uma das bilheterias da Estação São Gabriel, onde apenas uma funcionária trabalhou em pelo menos parte da tarde. “Há apenas uma funcionária na bilheteria (da Estação São Gabriel). Demorei uns quatro minutos para ser atendida”, contou a técnica em enfermagem Jaqueline Lorenço. Na Avenida Paraná, usuários estranharam a localização da bilheteria da estação, que fica a cerca de 50 metros do local, na Rua Carijós. Na linha que faz a ligação entre área hospitalar e a Estação São Gabriel, o sistema de anúncio das paradas, sonoro e em tela, do veículo número 20.477 não funcionou. 

Tudo novo para motoristas  

O relógio marcava 13h07 quando Ademar Ferreira Lopes, um baiano de Teixeira de Freitas e radicado em Belo Horizonte há três décadas, ligou o ônibus da linha 83P, que faz o percurso estação São Gabriel/Avenida Paraná. Há 21 anos como motorista de coletivo, ele conhece o trânsito da capital como poucas pessoas: “É preciso ter paciência”. Foi na companhia dele que o Estado de Minas embarcou numa das viagens do primeiro dia de operação do BRT. O condutor elogiou o sistema, mas apontou locais que precisam de maior atenção das autoridades de trânsito.
Ademar Lopes aprovou ônibus, mas precisou redobrar atenção a dirigir / Foto: Estado de Minas
Ainda na São Gabriel, Ademar faz questão de contar o quanto está feliz. Pudera: deixou de ser um dos motoristas de uma linha convencional para guiar um veículo do novo sistema de transporte público. Ele próprio resume algumas diferenças: “Este tem ar-condicionado e é hidramático, ou seja, não carece de marchas. É mais confortável”. Outro benefício foi fugir do trânsito caótico da Avenida Cristiano Machado: a via tem uma pista exclusiva para o BRT.

Ademar faz questão de chamar atenção para o silêncio do motor do veículo. E explica como ele procede nas paradas: “Há uma faixa preta em cada estação. Tenho que ficar ao lado dela para que as portas do ônibus fiquem lado a lado com as das estações”. Durante a viagem, ele estaciona em 12 estações, incluindo as de partida e chegada. Foi logo depois da São Judas Tadeu, próximo à Avenida José Cândido da Silveira, que o motorista precisou estrear a buzina.

O motivo foi uma moça que atravessou a pista exclusiva do BRT sem olhar para as laterais. “Temos de ter cuidado, pois o pedestre ainda não se acostumou com o novo sistema, pois esse trecho estava em obra (até poucas semanas).” Na verdade, operários ainda trabalham no local. Ontem, por exemplo, alguns colocaram gradis às margens da avenida para forçar pedestres a usarem as passarelas.

Nem todas, porém, foram erguidas, como mostram algumas estruturas de aço debaixo do Viaduto Murilo Rubião, no Bairro Cidade Nova. Menos de dois quilômetros adiante, a pista exclusiva é cortada pela Rua Jacuí, uma das mais extensas da capital e onde o motorista precisou parar o veículo, embora a luz do semáforo estivesse na cor verde. “Muitos condutores fecham o cruzamento. É preciso ter um agente de trânsito aqui”, sugeriu.

A viagem começara 20 minutos antes. A passagem por debaixo da montanha representa o fim da pista exclusiva para o BRT. Depois do túnel, o 83P “disputa” com carros, motos e outros veículos espaço no complexo de viadutos da Lagoinha. Às 13h27, no elevado que termina na Avenida do Contorno com Rua Rio de Janeiro, uma retenção obrigou Ademar a pisar no freio novamente. Havia grande quantidade de veículos: “Acho que a prefeitura, na segunda-feira, irá colocar uns cones aqui para privilegiar o fluxo do BRT”. Já no Centro, ônibus voltou a parar em razão de um cruzamento fechado, na esquina da Santos Dumont com a São Paulo. Às 13h34 (27 minutos depois da partida), Ademar estacionou o coletivo na última estação. Despediu-se de alguns passageiros e cumprimentou os que embarcavam.

Dificuldades Como Ademar, outros motoristas elogiaram os ônibus mais modernos, mas relataram que uma das principais dificuldades no primeiro dia do BRT/Move foi entender a dinâmica da Estação São Gabriel. A falta de informações sobre entrada e saída na estação motivou, inclusive, um desarranjo na partida dos dois primeiros veículos, que deveriam ter saído da parte velha da estação, mas acabaram partindo pela área nova. 

Alheio à dinâmica pensada pela BHTrans para a primeira viagem da história do Move em BH, que deveria partir da parte velha da São Gabriel, Valdivino Rodrigues, 29, deixou a garagem da Viação Getúlio Vargas às 3h50 para fazer o itinerário das 4h20 da São Gabriel à Savassi. “Ninguém explicou como seria essa entrada na estação. Saí pela parte nova”, diz ele. No trajeto, só elogios. “Basta um pouco mais de prática que todos estarão muito bem”, avalia.

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Edital de privatização do metrô de BH pode sair em setembro

domingo, 28 de agosto de 2022

Segundo o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fernando Marcato, o projeto está em ajustes finais e deve ser publicado em setembro. O cronograma prevê que o leilão deve ocorrer cerca de 90 dias depois. Com isso, está previsto para dezembro.

As empresas interessadas em assumir a gestão do metrô da capital devem aguardar a publicação do edital para entender detalhes do projeto e elaborar as propostas.

O secretário disse estar otimista. “São projetos desafiadores, sobretudo no setor de infraestrutura com juros alto. A questão da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia (afetaram as economias). Mas temos mapeado alguns investidores”.

O que prevê a privatização 
A empresa vencedora da licitação deve se comprometer a revitalizar a linha 1 e a construir a linha 2 do metrô de BH. O primeiro ano de concessão deve ser destinado à elaboração desses projetos.

A partir do segundo ano, segundo Fernando Marcato, a revitalização da linha 1 deve ter início. Um dos pontos é a atualização dos trens. Atualmente, o sistema conta com 35. A maioria deles (25) roda desde 1981. Outros 10 operam desde 2012.

Também está prevista a ampliação de um quilômetro da linha, que ganhará uma nova parada: a estação Novo Eldorado. Atualmente a linha 1 conta com 28,1 km e 19 estações.

Em relação à linha 2, o metrô ligará os bairros Calafate e Barreiro (10,5 km de vias e sete novas estações). Essa linha tem previsão de entrar em operação no sexto ano de concessão.

Investimento 
O projeto de privatização do metrô de BH prevê investimento de R$ 3,8 bilhões. O governo federal será o principal financiador, com aporte de R$ 2,8 bilhões.

O governo de Minas, com recursos provenientes do acordo firmado com a mineradora Vale pela reparação do rompimento da barragem em Brumadinho, vai arcar com R$ 430 milhões. A quantia restante será de responsabilidade da empresa vencedora do leilão.

Informações: Hoje em Dia
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Ampliação do Metrô em BH: Os impasses e desafios da capital

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Faltando 14 dias para completar um ano da visita da presidente Dilma Rousseff a Belo Horizonte, quando anunciou a liberação de recursos para a expansão do Metrô Metropolitano, começou nesta semana a sondagem do solo para a Linha 3. E já se completaram duas décadas, desde a primeira promessa do governo de que duas novas linhas do metrô seriam construídas. Neste meio tempo, governo de Minas e prefeituras da capital e de Contagem criaram a empresa Trem Metropolitano de Belo Horizonte (Metrominas). Agora são duas estatais – a outra é a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – envolvidas no cumprimento da velha promessa.

A boa notícia é que o novo superintendente da CBTU-Metrô BH, Nilson Ramos Nunes, é doutor em Engenharia de Transportes e ex-chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da UFMG. Ou seja, não se trata de outro político dirigindo uma estatal.

Lamente-se a falta de ambição de nossos políticos em relação ao metrô. Em 2008, quando se definiu que Belo Horizonte seria uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, a Linha 3 teria extensão de 12,5 km, indo da Savassi à Pampulha. Agora terá apenas 4,5 km, da Savassi à Lagoinha. Em vez de metrô, torcedores serão levados ao Mineirão por ônibus, via BRT.

Se não for apenas mais uma imagem bonita para o período eleitoral, o trabalho de sondagem iniciado agora deve ficar pronto até dezembro. Nas próximas semanas, estará selecionada a empresa que fará o projeto de engenharia. E as obras vão começar no segundo semestre do ano que vem e terminar em 2017.

Porém, para cumprir a promessa feita há um ano, é preciso também construir a Linha 2 e ampliar e modernizar a Linha 1, que transporta, em dia útil, pouco mais de 160 mil passageiros. Dilma prometeu que o metrô transportaria 1 milhão de pessoas por dia. Desse modo, haveria menos ônibus e automóveis circulando nas ruas sempre mais congestionadas.

O que a presidente fez de fato foi cortar tributos para a indústria automobilística, no primeiro semestre. As montadoras ganharam mais fôlego, esvaziaram seus pátios e aumentaram a produção em 4,9% em julho. Em agosto, a vendas atingiram novo recorde: 405 mil veículos, um aumento de 31,5% comparado com um ano atrás. Dilma Rousseff pode comemorar o sucesso dessa política, pois conteve a retração da indústria brasileira, que subiu 0,3% em julho, em relação a junho.

Esse fato não deve ser encarado, contudo, como um desestímulo ao metrô.


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Uso obrigatório de máscaras continua dentro do Metrô BH

terça-feira, 10 de maio de 2022

A CBTU-BH informa que o uso de máscara permanece obrigatório dentro das estações e metrô. O decreto nº 17.943, assinado no dia 26/4 pelo prefeito Fuad Noman, libera o uso facultativo de máscaras em locais fechados, exceto no transporte coletivo e nas respectivas estações de embarque e desembarque, além de estabelecimentos e serviços de saúde e transporte escolar conforme informa o artigo 1º do documento oficial.


Desde o dia 28/4, o uso de máscaras faciais que cobrem nariz e boca passou a ser facultativo em Belo Horizonte, tanto em ambientes internos como em externos. Nos locais ao ar livre, a liberação já havia sido feita há 60 dias, conforme o decreto nº 17.894.


A queda do número de casos positivos para a doença na capital entre os meses de fevereiro e abril de 2022 foram favoráveis à medida. Entretanto, especialistas ainda recomendam o uso da máscara, já que elas funcionam como uma potente barreira protetora ao coronavírus e vírus da influenza, por evitar o contato de gotículas contaminadas de saliva, liberadas através do espirro, tosse e até mesmo conversas, entre em contato com pessoas não positivadas para a doença.

A CBTU-BH reforça a obrigatoriedade do uso da máscara como medida protetiva dentro dos trens e estações, a fim de assegurar a proteção e saúde dos seus usuários e colaboradores.
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Novo trem do metrô de BH começa a circular

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Com dois dias de atraso em relação ao prometido, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte começou a operar nesta quarta-feira (16/9) a primeira composição da nova frota. O consórcio responsável pela operação do trem finalizou os testes obrigatórios e considerou satisfatórios todos os resultados, liberando as atividades. Durante os próximos dias, os demais novos trens também integrarão, gradativamente, a programação horária do metrô.
Foto: Lucas Tavares

Os novos trens do Metrô de BH terão capacidade para transportar até 1300 passageiros. Entre os itens que aumentam a comodidade das viagens estão: ar-condicionado, janelas e portas mais largas; circuito fechado de vídeo com câmera de segurança interna e externa, sonorização digital, que melhora a fidelidade das mensagens sonoras e 32 monitores por trem para facilitar a comunicação visual e a divulgação de campanhas.

No campo da acessibilidade, o trem conta com assentos preferenciais para gestantes, idosos, obesos e passageiros com mobilidade reduzida, além de área reservada a usuário com cadeira de roda. Painéis de LED exibem data, horário, a próxima estação e o lado de desembarque. Na abertura de portas, além da campainha, uma indicação luminosa, simultânea, orienta os deficientes auditivos, reforçando as mensagens educativas veiculadas pelo sistema.

Maior capacidade

Uma das adaptações necessárias foi no sistema de sinalização que, hoje, só consegue atender a até 22 veículos de uma vez – 13 a menos que o total de equipamentos que a CBTU tem. Composições antigas foram acopladas uma a outra, passando a ter oito vagões, o que dobrará a capacidade de passageiros em cada viagem.

A distância entre a linha do metrô e as estações também demandou ajustes. Não porque os novos dispositivos são maiores, mas por uma diferença no sistema de amortecimento que faz os equipamentos recém-adquiridos “balançarem” mais durante a frenagem.
Conforme anunciou o Hoje em Dia, com exclusividade, os novos trens deveriam ter começado a operar na última segunda-feira (14).

Por Danilo Emerich
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