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Representantes da SMTT Maceió acompanham o início das operações do BRT de Salvador

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Em vias de iniciar as obras para a implantação do sistema de transporte BRT (Bus Rapid Transit) em Maceió, uma comitiva da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) realizou uma visita técnica à Secretaria de Mobilidade (SEMOB) de Salvador, entre os dias 3 e 7 de outubro. A presença dos representantes do órgão responsável pelo transporte público coletivo de passageiros e pelo trânsito maceioenses teve como objetivo acompanhar o começo das operações do BRT de Salvador.


A SMTT foi representada pelo coordenador do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM), por Silvio Sarmento, o assessor técnico de Transportes, Bruno Aragão, e o assessor técnico de Terminais e Paradas, Arthur Douglas, Os três foram recebidos pelo diretor de transporte de Salvador, Matheus Lima Moura.

Durante a visita, os representantes da SMTT conheceram o Centro de Controle e Operação (CCO) do BRT, onde foi possível acompanhar os trabalhos da equipe e ter informações sobre o uso da tecnologia na operação, que proporciona mais eficiência no serviço.

Todo o processo é acompanhado, em tempo real, a fim de garantir maior agilidade e previsibilidade de horário de chegada dos ônibus às estações.

"O funcionamento do Centro de Controle com a Supervisão do Órgão gestor, é primordial para o correto funcionamento do Sistema e o que presenciamos aqui foi o casamento perfeito entre a tecnologia e a atuação das pessoas que fazem parte do processo", frisou o coordenador do SIMM, Silvio Sarmento.

A comitiva também esteve na garagem do BRT, onde conheceu parte da frota de ônibus do novo modal, composta por veículos que seguem a tendência do design automobilístico europeu, com ângulos retos e visual imponente.

"Estrutura é tudo para que esse sistema tenha um bom desempenho. Aqui vimos veículos modernos e confortáveis e isso já traz um bônus enorme para a população", destacou o assessor técnico de Transportes da SMTT Maceió, Bruno Aragão.

"Tudo é muito bem organizado, com um sistema bem preparado para atender aos usuários. É uma outra realidade para quem se acostumou com o sistema convencional", pontuou o assessor.

Os veículos são equipados com motor a diesel e possuem lotação total para 89 passageiros. Os ônibus têm portas em ambos os lados da carroceria, espaço interno com maior amplitude, que proporciona conforto visual, além da otimização da acomodação de componentes técnicos e capacidade aumentada.

Outro ponto visitado pelos representantes da SMTT Maceió foi a Estação Pirajá, onde há a integração entre o metrô e os ônibus.


"Foi uma imersão no transporte público da cidade, onde foi possível realizar um estudo de repertório mais sólido, conhecer novas realidades e soluções adotadas, que funcionaram ou não, considerando nossa cultura, meio ambiente e clima", ressaltou o assessor técnico de Terminais e Paradas. Arthur Douglas.

"É importante destacar, na visita ao terminal de Pirajá, a implantação dos carrinhos de bilhetagem de autoserviço, que agilizam o pagamento da passagem", disse o assessor.

A visita foi encerrada na sexta-feira (7), quando a comitiva maceioense participou de outro momento com os representantes da SEMOB. Além do diretor Matheus Moura, estiveram presentes o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Muller; o coordenador de Planejamento de Transportes, Raimundo Dortas, e o supervisor de Área de Tráfego, Jessé Gonçalves.

"Foi uma visita bem positiva. Apesar de termos um foco principal, acompanhar o funcionamento do BRT, não nos detemos apenas nessa missão. Acompanhamos o sistema de transportes como um todo, com visitas a terminais de Integração do Sistema de Ônibus Convencional, inclusive com integração com o Metrô", enfatizou o coordenador do SIMM da SMTT de Maceió.

Ele destacou ainda a importância da visita técnica a Salvador. "Trouxe novas visões e ideias que devem complementar o que temos em Maceió e que servirá para melhorarmos ainda mais o atendimento aos usuários", revelou o coordenador.

Sobre o sistema BRT em Maceió

A implantação do BRT em Maceió foi anunciada pelo prefeito JHC, no dia 5 de setembro deste ano. Segundo o gestor, o serviço deve beneficiar em torno de 600 mil usuários, o que representa 65% da população da capital. De acordo com o anúncio, serão instaladas 22 estações ao longo de 15 km, compreendendo as avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, além de um trecho da BR-104, na parte alta da cidade.

Esse modal de transporte é moderno e bastante adaptável para a realidade maceioense, sobretudo para a implantação nos principais corredores de transportes da capital, como nas avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro e na Avenida Menino Marcelo, visto o grande volume de linhas convencionais que alimentam estas vias, advindas de bairros bastante populosos da capital.

Para viabilizar o melhor funcionamento em sua implantação há a necessidade de realizar algumas intervenções de infraestrutura, quer sejam por passagens subterrâneas ou elevadas, principalmente para evitar a parada excessiva em cruzamentos, proporcionando uma viagem bastante ágil, segura e confortável, visto que não há interferência de outros veículos na faixa exclusiva.

Deve-se considerar ainda, que, a implantação desse modal, proporcionará mais agilidade para quem utiliza o transporte público, além da redução de ônibus nas principais avenidas da capital, melhorando a mobilidade urbana para todos que utilizam essas vias de tráfego.

BRT de Salvador

O modal entrou em fase de testes no dia 30 de setembro deste ano, com 11 ônibus. O início da operação assistida começou no dia seguinte. A extensão da via de tráfego é exclusiva e está em torno de 11km total, em dois sentidos, com cinco estações em funcionamento para embarque e desembarque, sendo uma delas integrando com o metrô, além de mais uma elevada, já em construção no trecho em operação (para integrar com o metrô), e mais seis no trecho em obras da segunda fase.

As estações, três em nível das vias normais, e uma elevada viabilizam o tráfego livre do BRT em toda a extensão do corredor de transporte. O trecho total contém quatro semáforos em cruzamentos, sendo priorizada a sua passagem, aumentando a velocidade média, e consequentemente tornando a viagem mais rápida, segura e confortável.

Todos os veículos utilizados são climatizados, com motor traseiro e piso rebaixado, possibilitando o embarque de todos os usuários, inclusive cadeirantes, idosos, e pessoas com mobilidade reduzida, acessar o veículo no mesmo nível do piso da plataforma do terminal, sem a necessidade da utilização de degraus.

Informações: Prefeitura de Maceió
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Maceió vai ganhar corredor de ônibus BRT para atender 600 mil usuários

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Maceió vai ganhar um corredor de ônibus BRT (sigla em inglês para ônibus de trânsito rápido), conforme anunciou o prefeito JHC, na tarde de segunda-feira (5). A instalação deste serviço de transporte, que é uma realidade em grandes cidades do país, será a maior obra de mobilidade urbana que a prefeitura vai entregar aos maceioenses.
Sistema BRT em Curitiba

O serviço deve beneficiar em torno de 600 mil usuários, o que representa 65% da população da capital. Serão instaladas 22 estações ao longo de 15 km, compreendendo as avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, além de um trecho da BR-104, na parte alta da cidade.

A gestão firmou contrato em agosto com a confiável empresa de consultoria, que projetou os melhores BRTs do Brasil, a exemplo do município de Sorocaba, no interior de São Paulo, que tem 96% de aprovação dos usuários. Até o mês de abril de 2023, a previsão é de que o projeto executivo seja entregue, que é um pré-requisito para que as intervenções sejam iniciadas. 

“Estamos melhorando e muito a capacidade do nosso sistema de transporte, estimulando que tenhamos mais usuários e a confiança do transporte de massa. Este é o caminho no mundo inteiro. Se tivermos transporte com conforto, rapidez, sem dúvidas alguma teremos um aumento no número de usuários. O BRT garante uma viagem tranquila e mais confortável”, destacou o prefeito JHC.

De acordo com o superintendente Municipal de Transporte e Trânsito, André Costa, os ônibus do BRT circularão nas faixas da esquerda, que serão devidamente pavimentadas em concreto. O usuário passará o cartão ao entrar na estação e não mais nos coletivos, ganhando tempo no embarque e desembarque, a serem feitos por qualquer porta do veículo.

A previsão é de que a operação conte com ônibus neste corredor de 3 em 3 minutos nos horários de pico. Os estudos que estão sendo feitos indicam a possibilidade de integração com o transporte intermunicipal em tarifa única.

“Será uma obra de grande impacto e que fará uma enorme diferença no dia a dia das pessoas. O que se vê agora é superposição de linhas ao longo do principal corredor de transportes da capital. São linhas que coletam pessoas ao longo do eixo viário, que fazem com que a operação fique mais cara, o que impacta diretamente no valor da passagem e deixa a viagem mais longa”, resumiu André Costa.

Ele acrescentou que, na prática, os coletivos do transporte público deixarão de circular no novo corredor. As linhas terão trechos mais curtos, saindo dos bairros para deixar os passageiros na estação mais próxima do BRT. Em seguida, retornarão às localidades de origem. 

“A proposta é que os passageiros tenham mais opções para circular dentro dos bairros onde residem, com viagens mais curtas. Uma vez na estação do BRT, o usuário terá uma operação mais rápida”, garante o superintendente da SMTT.

“A ideia de se implantar o BRT é muito interessante para Maceió. Acredito que vamos conseguir reduzir o tempo de percurso de viagem do passageiro. Os ônibus do transporte público terão uma melhor qualidade. Agradeço ao prefeito e ao superintendente da SMTT por priorizarem o transporte, que representa muito para a população. Todos anseiam por melhor qualidade, velocidade, segurança e, com estes investimentos, Maceió só tem a ganhar”, afirmou Guilherme Borges, presidente do Sinturb-Mac (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Maceió).

Informações: Prefeitura de Maceió
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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Metrô de BH ficará mais caro pela quarta vez no ano

sábado, 2 de novembro de 2019

O usuário do metrô de Belo Horizonte pode preparar o bolso: a partir do próximo domingo, a tarifa vai aumentar mais uma vez. O valor do bilhete passará a custar R$ 3,70. Será o quarto reajuste no ano e engana-se quem pensa que é o último, pois outros dois estão previstos para 2020, quando a tarifa vai chegar a R$ 4,25.

Apesar do aumento, a ampliação dos serviços do metrô não apareceu nos últimos anos. Ao BHAZ, o especialista em Engenharia de Transporte e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Ronaldo Gouvea explicou que “a criação de novos trechos” no metrô de BH não está na agenda dos governos. “Sempre falam da ampliação/criação de novas linhas, mas, logo, eles esquecem. Infelizmente, o transporte público não está na agenda do governo como prioridade. E isso acontece em todo o Brasil”, disse.

A tarifa que, em janeiro, custava R$ 1,80 passará para R$ 3,70 e isso, segundo o economista Geraldo Coelho Lima Neto, vai impactar, principalmente, as pessoas de baixa renda. “Em Belo Horizonte o usuário do metrô, em sua maioria, é de baixa renda. O impacto é muito cruel pra eles, pois precisarão destinar uma parcela maior do salário para o transporte”.

Custo operacional
O economista explica que o reajuste da tarifa não acompanha a inflação, mas o custo operacional. “O sistema de mobilidade urbana tem o que chamamos de preços administrados. Os reajustes são feitos com autorização do poder Executivo e, normalmente, sofrem mais variações, pois ou tem pouca, ou nenhuma concorrência. O custo operacional considera o que a empresa tem que gastar com manutenção, pagamento de funcionários, investimentos e riscos de operação. Dentro do valor, também é colocada a parcela do lucro para a empresa”.

O aumento está embasado na sentença proferida pela 15ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, que permitiu à CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) iniciar, em maio, um programa de aumentos progressivos nas tarifas, até o fim do ano, buscando o reequilíbrio tarifário em todas as capitais onde a empresa atua no Brasil. 

A justificativa da CBTU é de que “passou 13 anos sem alterar os preços dos bilhetes em Belo Horizonte, 15 anos em Natal, Maceió e João Pessoa e sete anos em Recife, atingindo avançada defasagem em face do custo de manutenção do sistema”. 

Mesmo com o aumento sendo escalonado, o professor Gouvea percebe que o usuário está sendo prejudicado com a tarifa elevada. “Tínhamos que criar mecanismos para minimizar os impactos, mas estamos fazendo o seguinte: ‘Se você tem dinheiro, usa o transporte público, se não tem, ande a pé'”.

Fuga
Com tarifas mais caras, as pessoas estão procurando alternativas mais em conta. Uma delas é o transporte clandestino, as famosas vans. “A população prefere assumir o risco de um transporte que não é seguro e nem confortável, por um mais vantajoso financeiramente”, aponta o economista.

Por sua vez, o especialista em Engenharia de Transporte Ronaldo Gouvea observa um aumento na frota de motos. “A tendência é de termos fugas do transporte coletivo para as motos, pois é mais em conta e rápido”, sugere.

Informações: Bhaz
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Tarifa do Metrô do Recife terá novo aumento domingo

terça-feira, 2 de julho de 2019

O segundo aumento do reajuste escalonado do Metrô do Recife entra em vigor a partir deste domingo (7). Até 2020, o bilhete sofrerá aumento de 150%, que ocorrerá de forma gradual. O reajuste foi autorizado pela Justiça Federal e é maior do que o índice pedido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), de 87,5%. De domingo a 7 de setembro, o preço será de R$ 2,60, isto é, R$ 0,50 a mais do que os R$ 2,10 cobrados atualmente.

Quando o aumento foi anunciado, em abril deste ano, a empresa informou que o serviço podia parar de funcionar em julho por falta de recursos. De acordo com o superintendente da CBTU, Leonardo Villar Beltrão, porém, o transporte por metrô está garantido durante este mês. Segundo ele, o governo federal liberou o orçamento de julho para que a companhia continue operando na capital pernambucana. "Estamos fazendo um esforço para viabilizar o orçamento e, apesar do contingenciamento, o governo federal demonstrou interesse em manter o sistema em funcionamento. Acreditamos que as verbas serão liberadas aos poucos e esperamos garantir o orçamento de todo o ano", afirmou.

O sistema de trens urbanos da capital pernambucana transporta cerca de 400 mil passageiros por dia. São três linhas, sendo duas eletrificadas (Centro e Sul) e uma operada por composições diesel, somando 71 quilômetros de trilhos. Conta com 37 estações e passa pelas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho.

Aumento

Os valores da passagem do metrô foram reajustados segundo um escalonamento. A passagem do metrô do Recife, que custava R$ 1,60 até 4 de maio deste ano, foi reajustada para R$ 2,10 em 5 de maio e permanece neste valor até este sábado (6). De domingo (7) a 7 de setembro, o preço será de R$ 2,60. A tarifa custará R$ 3 entre 8 de setembro e 2 de novembro, R$ 3,40 de 3 de novembro a 4 de janeiro do próximo ano, R$ 3,70 entre 5 de janeiro e 6 de março de 2020 e R$ 4 a partir de 7 de março de 2020 - representando um aumento de 150% em relação ao preço do início do ano. Eventuais aumentos posteriores a última data do reajuste ainda não foram definidos.

Durante reunião realizada em abril deste ano no Foro de Justiça Federal em Belo Horizonte, foram definidos os novos preços da tarifa dos metrôs do Recife, da capital mineira, João Pessoa, Maceió e Natal. No dia 22 de abril, o Tribunal Regional Federal - 1ª Região (TRF1) havia autorizado o aumento das tarifas dos metrôs administrados pela CBTU, derrubando uma decisão de 14 de maio de 2018, que obrigava a companhia a suspender os reajustes que haviam sido definidos para valer a partir de 11 de maio daquele ano. Num acordo homologado pela Justiça Federal, a CBTU se comprometeu a repassar R$ 2 milhões para projetos de mobilidade urbana, meio ambiente e sustentabilidade.

Informações: DIÁRIO DE PERNAMBUCO


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As 50 cidades com a melhor mobilidade do país

domingo, 2 de julho de 2017

Apesar das mudanças no projeto de ampliação de ciclovias imposto pela gestão João Doria, São Paulo foi eleita novamente como a melhor cidade brasileira em mobilidade urbana e acessibilidade.

A ressalva foi feita pela própria Urban Systems, que montou o ranking Connected Smart Cities. A presença de São Paulo no topo do ranking é justificado pela boa integração entre meios de transporte, mais de 400 km de extensão de ciclovias (que privilegiam o transporte não-poluente), ampla rede de metrô e trem, maior cobertura dos serviços de transporte compartilhado (aplicativos como Uber, 99 e Cabify, por exemplo), além das três rodoviárias e dois aeroportos.

A pontuação leva em consideração oito critérios: proporção entre ônibus e automóveis; idade média da frota dos meios de transporte públicos; quantidade de ônibus por habitante; variedade dos meios de transporte; extensão de ciclovias; rampas para cadeirantes (acessibilidade); número de voos semanais (conectividade com outras cidades); e transporte rodoviário.

Todos os quatro primeiros lugares do ranking repetiram as posições do ano passado: São Paulo (SP), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR).

Um destaque foi a cidade de Curvelo, em Minas Gerais, que não entrou nem no ranking das 50 melhores no ano passado mas já apareceu em 10º lugar em 2017.

Segundo a Urban Systems, a proporção de ônibus por automóvel na cidade é grande (98 ônibus para cada carro particular), bem como a de ônibus por habitante (21 para cada mil pessoas).

Curvelo ainda não tem aeroporto, mas o governo estadual já anunciou um projeto de integração, que prevê a construção de um terminal na cidade (e em outros 11 municípios), o que vai melhorar a conectividade.

Veja o ranking completo das 50 cidades mais acessíveis do Brasil:

2017 2016 Município Pontuação
1 São Paulo (SP) 3,381
Brasília (DF) 3,32
Rio de Janeiro (RJ) 3,195
Curitiba (PR) 2,285
Belo Horizonte (MG) 2,243
10º Fortaleza (CE) 2,007
27º Salvador (BA) 1,94
Porto Alegre (RS) 1,915
22º Recife (PE) 1,758
10º Curvelo (MG) 1,723
11º 11º Teresina (PI) 1,7
12º 16º São Caetano do Sul (SP) 1,659
13º Guarulhos (SP) 1,647
14º Moju (PA) 1,628
15º 37º Nilópolis (RJ) 1,61
16º 18º Valinhos (SP) 1,568
17º Campinas (SP) 1,561
18º Lauro de Freitas (BA) 1,533
19º 23º Osasco (SP) 1,527
20º Goiânia (GO) 1,527
21º Parauapebas (PA) 1,517
22º João Pessoa (PB) 1,516
23º Maceió (AL) 1,484
24º Barcarena (PA) 1,465
25º Barueri (SP) 1,45
26º 12º Balneário Camboriú (SC) 1,44
27º 43º Mauá (SP) 1,43
28º Caieiras (SP) 1,421
29º Natal (RN) 1,415
30º 21º Vitória (ES) 1,404
31º Parnamirim (RN) 1,4
32º Contagem (MG) 1,398
33º Várzea Paulista (SP) 1,397
34º 26º Jundiaí (SP) 1,396
35º Tobias Barreto (SE) 1,364
36º 40º Palmas (TO) 1,36
37º Juazeiro do Norte (CE) 1,359
38º Altamira (PA) 1,352
39º São João de Meriti (RJ) 1,349
40º Ribeirão Pires (SP) 1,339
41º Manicoré (AM) 1,323
42º Poá (SP) 1,31
43º Simões Filho (BA) 1,303
44º Rio Largo (AL) 1,29
45º Surubim (PE) 1,286
46º Suzano (SP) 1,28
47º Esteio (RS) 1,279
48º Crato (CE) 1,271
49º 39º Aracaju (SE) 1,267
50º Acará (PA) 1,261

Informações: Exame Abril
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Maceió ganha novo aplicativo sobre sistema de transporte coletivo

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Desde a última terça-feira (21), usuários do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM) podem conferir informações sobre os ônibus urbanos e os trens da CBTU no aplicativo Moovit, disponível e gratuito para baixar em iPhone, Android e acesso via web app. Presente em mais de 1.200 cidades, o app é reconhecido mundialmente na área de mobilidade urbana e beneficia mais de 13 milhões de usuários de transportes coletivos e agora deverá auxiliar os cerca de 240 mil usuários diários da capital alagoana.

A inclusão da cidade na ferramenta foi possível graças ao apoio de um grupo de embaixadores e usuários locais que mapearam todas as linhas de ônibus e pontos de parada existentes na cidade juntamente com o corpo técnico da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).

“Entendemos que a transparência e o conhecimento são fundamentais para que os usuários tenham praticidade no seu dia a dia ao lidar com o transporte coletivo”, explica o superintendente da SMTT, Antonio Moura. Para o lançamento, foram mapeados 2.419 pontos de parada e 128 linhas de ônibus de Maceió, além do sistema de trem da CBTU, que leva a cidades vizinhas como Satuba e Rio Largo.

Entre os principais recursos que existem no Moovit destacam-se as informações sobre horários, linhas de ônibus e estações, recomendações de trajetos, serviços de alertas relevantes que podem impactar a viagem de cada um (como a interdição de uma via ou a mudança de uma linha, por exemplo) e a possibilidade de qualquer usuário fazer o upload de fotos de pontos de ônibus e entradas e saídas de estações, ajudando outros passageiros a reconhecerem rapidamente por onde entrar para encontrar a linha de destino.

“É gratificante poder colaborar, facilitando o cotidiano da população que utiliza o transporte público e motivando outras pessoas que conhecem o sistema como a gente”, diz Marcílio Correia Junior, de João Pessoa (PB), um dos embaixadores da Moovit responsáveis pelo projeto, ao lado do também embaixador Marcio Santos, morador de Fortaleza (CE), e dos usuários alagoanos Jamerson Tiago, Jefferson Ygor, Felipe Rocha e Rodrigo Fonseca. Os seis integram uma comunidade de mais de 150 mil editores do Moovit ao redor do mundo. São adeptos da mobilidade urbana que ajudam a organizar diariamente informações sobre linhas, horários e pontos de ônibus de diferentes cidades ao redor do mundo.

Cittamobi

Outro aplicativo em funicionamento em Maceió é o Cittamobi. Lançado em 2014 pela prefeitura municipal, a ferramenta é utilizada por cerca de 600 mil usuários do transporte público, o que representa 54% do total da população da cidade.

O CittaMobi pode ser baixado por qualquer pessoa que possua um smartphone ou tablet cujo sistema operacional seja Android ou iOS e é totalmente gratuito. Uma versão mais simples das previsões, porém precisa e em tempo real, pode ser acessada através de computadores por meio do site www.cittamobi.com.br.

Informações: Cada Minuto
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País tem déficit de 850 km de linhas de metrô e de trem de passageiros, diz CNT

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O Brasil tem apenas 1.062 Km de linhas de metrôs e trens de passageiros, em 13 regiões metropolitanas que concentram mais de 20 milhões de habitantes, o que gera um déficit de 850 Km, de acordo com o estudo Transporte e Desenvolvimento: Transporte Metroviário de Passageiros, divulgado hoje (12) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). 

Em todo o país, só a malha total de metrô medida em 2015 alcançou 309,5 Km, extensão inferior a registrada em cidades como Londres (402 Km) ou Tóquio (310 Km). Além de pouco extensa, a malha existente está praticamente concentrada na Região Sudeste. A área metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro detêm mais de 60% do total do sistema de trilhos do país. Em número de passageiros, a região metropolitana de São Paulo tem 90%, o maior percentual. Já o Centro-Oeste registra 1,7%, o menor percentual.  

Para atender a demanda, o Brasil precisa ampliar pelo menos 80% sua malha metroferroviária. De acordo com o levantamento, para cobrir o déficit da malha metroferroviária é necessário investir cerca de R$ 167,13 bilhões em infraestrutura.

Os dados da CNT mostram, contudo, que a curva de investimentos feitos em sistemas de transporte metroferroviário no país praticamente não cresceu, de 2010 a 2015, período em que população nas grandes cidades aumentou 6,2%. Em cinco anos, o sistema metroferroviário brasileiro expandiu apenas 6,7%, enquanto que a frota de transporte individual cresceu 24,5%.

O estudo aponta ainda que, em 2015, o governo gastou 26,2% do total de recursos autorizados para os estados que possuem sistema metroviário.

"Quando pegamos o orçamento para investimento geral em transporte no Brasil, sempre existe essa diferença. A cada ano, essa diferença gira em torno de 30%, o que o governo deixa de executar. Então, é como se a cada três anos, o governo deixasse de executar um orçamento disponível. Então, vivemos o pior dos cenários. O recurso é insuficiente e, ao mesmo tempo, o que é disponível, não é aplicado", disse Bruno Batista, diretor-executivo da confederação.

Segundo a pesquisa, o investimento no setor de transporte sobre trilhos, em 2015, contou com 5% de participação direta do governo federal, 62% dos governos estaduais, 9% dos governos municipais e 24% do setor privado.

“É importante ter a contribuição privada já que você não pode depender exclusivamente do investimento público. Mas, é preciso dar garantia que você tenha regras claras, que não sejam mudadas a todo momento, e com isso você pode criar atratividade (do setor privado) para, pelo menos, ter investimento no que tange a trens e sistemas, restando ao Estado a parte de construção civil", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Flores.

Contramão

O resultado da pesquisa da CNT mostra que o país segue na contramão da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12587/2012), que tem entre suas diretrizes a priorização do transporte coletivo em relação ao transporte individual motorizado e a integração dos sistemas de acordo com a expansão da população e do território.

“O Brasil precisa entender que não há solução de mobilidade para os grandes centros que não passe por um transporte estruturador, que é o transporte sobre trilhos. É fundamental que se pense o transporte como uma integração de todos os seus modos. O transporte sobre trilhos tem essa alta capacidade e precisa ser alimentado por sistemas menores que tragam essa capilaridade para as grandes cidades”, disse a superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi.

As entidades responsáveis pelo estudo defendem a adoção, pelos governantes, de uma ótica sobre o crescimento das cidades, que contemple a política de mobilidade. “No Brasil, primeiro as cidades crescem, se estruturam e depois “damos um jeito” de colocar o sistema estruturante. Se a gente pensasse o planejamento das cidades com 20 anos já prevendo essa demanda (transporte sobre trilhos), seria muito mais fácil e custaria muito menos. Então essa questão cultural precisa ser mudada,” destacou Roberta.

A confederação alerta ainda que o investimento no transporte metroferroviário, além de contribuir para a redução dos congestionamentos de trânsito e do tempo de deslocamento, ainda teria menor impacto ambiental. De acordo com o documento, o metrô apresenta níveis de emissões de dióxido de carbono (CO2) 36 vezes menores que os emitidos por um automóvel.

O estudo foi feito nas regiões metropolitanas de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Distrito Federal e entorno (DF/ GO/ MG), Fortaleza, Sobral e Cariri (CE), Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Maceió (AL), João Pessoa (Pb), Teresina (PI).

Edição: Maria Claudia
Informações: EBC
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Prefeitura entrega novos ônibus para o transporte coletivo em Maceió

domingo, 12 de junho de 2016

O Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (Simm) passa a contar, a partir deste sábado (11), com mais 15 ônibus '0 km'. Os novos veículos foram entregues à população neste sábado pelo prefeito Rui Palmeira. Com a entrega, já são contabilizados 70 novos ônibus acrescidos na frota da capital. Outros 80 devem chegar a capital até o final deste ano.

Assim como os primeiros 55 ônibus '0 km' já entregues, estes contam também com a nova identidade visual dos lotes (regiões) que compõem o Sistema Integrado de Mobilidade e serão destinados para viagens na parte alta da cidade, a exemplo do complexo habitacional Benedito Bentes e do Conjunto Eustáquio Gomes.

“Mais uma importante entrega. Agora serão 70 ônibus zero quilômetros rodando em Maceió e reforçando o sistema de transporte. Estes, em especial, serão para a parte alta da cidade, com acessibilidade para cadeirantes. É uma entrega que se soma a outras iniciativas como a Faixa azul para melhorar a mobilidade urbana na cidade, priorizando o transporte público”, destacou o prefeito.

Rui lembrou ainda que a entrega faz parte das ações previstas na Licitação do Transporte Público Coletivo, realizada pela primeira vez na capital alagoana pela atual gestão do Município.

“São muitos os ganhos, a exemplo dos terminais que passaram a ser administrados pelas empresas e a redução da idade média da frota dos ônibus. É melhor para o usuário e para os aproximadamente 150 rodoviários que dependem desses equipamentos para desenvolver suas atividades”, reforçou.

Para o vice-prefeito Marcelo Palmeira, os ônibus representam mais qualidade e dignidade para o transporte coletivo. “Antes o transporte era feito praticamente de forma clandestina. Com a Licitação do Transporte, nós conseguimos fazer exigências focadas na melhoria do serviço para o usuário. Maceió exigiu que 100% dos ônibus que compõem a frota tenham acessibilidade, inclusive os que já circulam e serão reformados para melhor atender os cidadãos com algum tipo de deficiência”, acrescentou.

Os novos veículos já entregues fazem parte da primeira remessa, correspondente aos 20% da renovação da frota. Para fazer a padronização dos veículos que já estão em circulação, haverá um cronograma de adequação gradativa.

“A idade média, que era de sete anos, caiu para cinco, também conforme previsão do edital de licitação. Esta é parte das vantagens deste trabalho que tem como principal objetivo melhorar a qualidade de vida do cidadão maceioense”, complementou o superintendente municipal de Transportes e Trânsito, Dário Cesar.

Informações: Tribuna Hoje
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Em Maceió, 60 ônibus Volkswagen modernizam transporte urbano

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A Real Alagoas, empresa de transporte coletivo e fretamento, acaba de expandir sua frota de ônibus com a aquisição de 60 Volksbus 17.230 OD, sendo 50 com transmissão manual e 10 com a caixa automatizada V-Tronic.

Os veículos somam-se aos outros 50 Volksbus que já compõem a frota da empresa para reforçar o transporte de passageiros na cidade de Maceió (AL). Maurício Schwambach, diretor administrativo, aposta nos chassis Volkswagen: "os modelos agregam tecnologias que chegam para ampliar o desempenho dos ônibus, ponto que contou na nossa escolha".

O 17.230 OD é indicado para severas operações de transporte urbano. Adaptável a carrocerias de até 13,2 metros, une robustez e versatilidade. Com polia adicional de série e pacote de arrefecimento reposicionado, facilita a instalação do ar-condicionado. 

O Volksbus ainda incorpora embreagem de 395 mm de diâmetro e caixa de transmissão ZF 6S 1010 BO de seis velocidades com servo-assistência e troca de marchas acionada por cabos, o que garante maior conforto e durabilidade de todo o conjunto. Na versão V-Tronic, traz transmissão automatizada para amplificar a dirigibilidade e o excelente custo operacional. 

Equipado com motor MAN D08 EGR (que dispensa o uso do Arla 32), o chassi é aplicado com sucesso em diversos lugares no mundo.

"A escolha dos Volksbus para a ampliação da frota referenda nosso trabalho no desenvolvimento de produtos adequados para a mobilidade urbana que aliam o melhor custo-benefício à excelência nos serviços de pós-venda", afirma Jorge Carrer, gerente executivo de Vendas de Ônibus da MAN Latin America.

Informações: Revista Exame
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Prefeitura de Maceió e 4 empresas de ônibus fecham contrato

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), assinou os contratos com quatro empresas de ônibus vencedoras da Licitação do Transporte Público Coletivo da capital, na manhã desta terça-feira (22). A assinatura aconteceu durante cerimônia de reinauguração do Terminal Rodoviário Urbano do Rio Novo.

O resultado da licitação trouxe, inicialmente, três empresas habilitadas e vencedoras da concorrência nacional. O resultado foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM).

A empresa Cidade de Maceió também foi classificada, porém ficou inabilitada por ter apresentado Atestado de Capacidade Técnica com apenas 87 veículos em operação por dia, sendo 99 o quantitativo mínimo estabelecido pelo edital da licitação. No entanto, ela conseguiu recorrer e será uma das empresas que prestarão serviço.

Com isso, as quatro empresas a operar o sistema de transporte coletivo na cidade são: Cidade de Maceió, São Francisco, Veleiro e Real Alagoas. Segundo o prefeito, as empresas já depositaram o valor da outorga. "Foram pagos ao município aproximadamente R$ 5. 300 milhões que serão investidos em melhorias na mobilidade urbana".

Conforme estabelecido no Edital, o sistema de transportes coletivos de Maceió foi dividido em quatro lotes: 100, 200, 300 e 400. Cada lote definido pelo edital abrange linhas de regiões específicas da cidade.

O lote 100 atenderá linhas que trafegam por bairros como São Jorge e Sanatório. Já o lote 200 compreende linhas que atendem bairros como Santos Dumont, Colina e Rio Novo.

O lote 300 refere-se, por exemplo, às linhas Circular I e II, além das do Trapiche da Barra e do Pontal da Barra. As linhas compreendidas pelo lote 400 são as de bairros como Benedito Bentes e Eustáquio Gomes.

O prefeito Rui Palmeira falou sobre a integração temporal dos ônibus que já começa a valer a partir do dia 2 de janeiro. "É um avanço na cidade porque as pessoas vão poder pegar mais de um ônibus, dentro de um período de 1h30, sem pagar mais por isso. A partir de janeiro a integração vai valer dentro de cada lote, e em março, entre todas as empresas rodoviárias de Maceió".

Inauguração do Terminal
Terminal Rodoviário Urbano do Rio Novo foi inaugurado na manhã desta terça. O prefeito esteve na solenidade junto com o gestor da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Tácio Melo.

A novidade deste ano em relação aos terminais de ônibus da capital é que cada empresa vai ser responsável pela manutenção dos locais, o que antes só era feito pela prefeitura.
"A partir do dia 2 de janeiro os terminais passam a ser geridos pelas empresas que venceram os lotes, não será maia responsabilidade da prefeitura. Então o terminal que fica localizado em um lote, será gerido pela empresa que venceu esse lote. Conta de água, luz e todas responsabilidades de manutenção desse terminal caberão a essa empresa", disse Rui Palmeira.

Informações: G1 AL

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