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Alstom anuncia novo contrato para expansão do VLT do RJ

quinta-feira, 14 de julho de 2022


A Alstom assinou contrato para ampliação do sistema VLT (sigla para Veículo Leve sobre Trilhos) do Rio de Janeiro (RJ), que terá conexão com um terminal integrado a um novo sistema de BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) e interligação com a rodoviária da capital carioca. O escopo do projeto da Alstom inclui a ampliação da linha do VLT em cerca de 700 metros em via dupla e a construção de uma nova estação (Terminal Gentileza), com quatro plataformas, o fornecimento do sistema APS para todo o trecho (1,4 km), uma subestação retificadora e adaptação de uma existente e fornecimento de toda a sinalização do trecho. A expansão deverá permitir um aumento de aproximadamente 40% no número de passageiros, além de abrir caminho para futuras ampliações do sistema na região de São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.
Com conceito de mobilidade inteligente, o VLT carioca é alimentado pelo APS, um sistema de propriedade da Alstom que faz a alimentação elétrica pelo solo. Trata-se de um sistema composto por duas sapatas localizadas na parte inferior do trem e, quando o veículo passa pelo local onde estão instalados equipamentos Power Box (cerca de 1.100) se dá a energização dos correspondentes segmentos de trilho APS e a consequente alimentação do veículo. 

Existe ainda um conjunto de supercapacitores que armazena e fornece energia ao veículo nos locais sem os trilhos energizáveis ou em caso de falha localizada, até o próximo ponto de energização, o que elimina a necessidade de fios externos e, consequentemente, valoriza a arquitetura e a paisagem da cidade. "O VLT permite que a cidade desenvolva a mobilidade sustentável, além de repensar e modernizar as áreas urbanas e a preservação de seu patrimônio arquitetônico", explica Pierre Bercaire, diretor geral da Alstom Brasil.

Além de reduzir o impacto ambiental do sistema, o VLT do Rio de Janeiro utiliza energia totalmente renovável, com zero emissão de CO2. Para Bercaire, o VLT trouxe mais opções de mobilidade para a população da cidade. "A Alstom comemora as contribuições do VLT para a capital carioca, sabendo que milhares de passageiros têm suas vidas melhoradas diariamente graças a esse sistema de transporte. Nesse período, assumimos um compromisso com a cidade do Rio de Janeiro e trabalhamos para manter essa operação inovadora, que gera benefícios para as pessoas, tanto moradores quanto turistas que circulam pela cidade", comenta.

O anúncio do novo contrato acontece na mesma época em que o VLT do Rio de Janeiro completa seis anos de operação. Fabricado pela Alstom em Taubaté (SP), o modelo Alstom Citadis para o VLT carioca já transportou mais de 88 milhões de pessoas em mais de 1 milhão de viagens, em um total de 5,5 milhões de quilômetros percorridos centro da cidade e a região do Porto Maravilha, integrando-se a à mobilidade da cidade com metrô, trens suburbanos, ônibus, navios, barcas e o aeroporto Santos Dumont.
Inaugurado para as Olimpíadas do Rio de Janeiro (2016), o sistema é dividido entre três linhas (com 29 paradas) e possui uma frota de 32 trens com capacidade para 420 passageiros cada.

Presente no Brasil há 67 anos, a Alstom vem participando do desenvolvimento da infraestrutura do país, contribuindo para o progresso social com respeito ao meio ambiente.

Dedicada ao setor de transporte ferroviário, sua contribuição pode ser vista em produtos e serviços nas principais operações de transporte do país, como os Metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Brasília, além do VLT do Rio de Janeiro e as implementações de soluções tecnológicas para operadores de transporte de mercadorias.

Informações: Porto Gente
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Urbes anuncia instalação de bilheterias de autoatendimento nos terminais Santo Antônio e São Paulo

segunda-feira, 25 de abril de 2022

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Urbes – Trânsito e Transportes, finaliza os procedimentos para instalação de, ao todo, 17 bilheterias de autoatendimento nos Terminais Santo Antônio (TSA) e São Paulo (TSP). Os dez primeiros dispositivos, em fase de teste, começarão a operar na quarta-feira (27), sendo cinco em cada um dos dois terminais.


“A Urbes vem tomando providências no sentido de diminuir o tempo de atendimento nas bilheterias dos terminais, reforçando o número de atendentes nos horários de maior demanda e, mais do que isso, já está configurando as máquinas para início do autoatendimento na compra de passes. O objetivo é a qualidade do atendimento, sempre ligado ao que há de mais moderno no mercado”, aponta o diretor-presidente da Urbes, Sérgio Barreto.

A Urbes prevê que as máquinas comecem a ser instaladas no início da próxima semana, como mais uma alternativa aos usuários do transporte público. “A medida contribuirá para dar mais agilidade na aquisição do bilhete. Quem preferir também terá a opção de comprar nos guiches da Urbes”, complementa.

Vans e novo site

Outras duas medidas ainda estão sendo providenciadas pela Urbes, para agilizar a compra de bilhetes pelo usuário do transporte público na cidade e igualmente entrarão em funcionamento, em breve.

Uma delas será disponibilizar duas vans, com equipe de venda de bilhetes. Esses veículos funcionarão como unidades volantes e serão direcionadas a pontos ou terminais em que for constatado aumento da demanda na aquisição de passagens. A previsão é que esse serviço esteja disponível dentro de uma semana.

Mais uma ação da Urbes será a modernização do seu site, a fim de providenciar também a compra de bilhetes, via cartão de crédito ou débito. “O site será todo redesenhado, focado em serviços à população, e deve ficar pronto em até dois meses. Porém, antes mesmo disso, em menos de 30 dias, já devemos possibilitar esse tipo de compra no site atual”. Assim, o usuário poderá comprar o bilhete de qualquer lugar onde esteja, seja em casa, no trabalho ou, mesmo, na rua, tudo pelo celular, inclusive”, adianta o diretor-presidente da Urbes.

A empresa lembra, ainda, que mantém 160 postos credenciaos de venda de bilhetes, espalhados por todas as regiões da cidade, e que planeja ampliar essa rede.

Ainda, outra alternativa é que os usuários das linhas operadas pelas concessionárias BRT e Consor comprem os passes via aplicativo Cittamobi, baixado diretamente no celular. A Urbes já realiza estudos para estender a utilização desse aplicativo também aos usuários das linhas operadas pela empresa City, integrando todo o sistema.

Melhorias nas linhas de ônibus

Desde o início deste ano, todas as linhas do transporte coletivo são monitoradas diariamente e em período integral, pelas equipes das três operadoras responsáveis, ConSor, City e BRT Sorocaba, além da Urbes – Trânsito e Transportes. Inicialmente, a intervenção operacional, se necessário, ocorre por meio da inserção de viagens adicionais (extras) e, mantendo-se a procura por parte dos passageiros, essas viagens adicionais permanecem definitivamente na programação daquela determinada linha.

Os ajustes dinâmicos na programação horária de várias linhas do sistema ocorrem como forma de manter a regularidade entre as viagens e otimizar a distribuição do fluxo, evitando viagens lotadas. No entanto, quando alguma situação de lotação é registrada, imediatamente são inseridas viagens extras, até que uma nova programação readequada seja viabilizada para aquela linha.

Com isso, já foram realizadas alterações e melhorias em diversas linhas, como: (03) Nova Esperança; (05) Vila Carvalho / Vila Fiori; (06) Barcelona; (10) Senac; (14) Santa Rosália; (25) Itavuvu; (T30) Brigadeiro Tobias; (T31) Cajuru; (45) Retiro São João; (47) Barcelona; (52) Cidade Universitária; (55) Rodrigo; (65) Campolim; (66) Ipatinga; (68) Sol Nascente; (110) Vitória Régia; (T140) Terminal Santo Antônio / Terminal Vitória Régia; (D200) Norte x Sul; (303) Interbairros 3 e (307) Interbairros 7.

Em geral, informa a Urbes, os grandes fluxos são registrados nas linhas que atendem aos principais corredores do transporte público, isto é, as principais avenidas da cidade. Quanto ao movimento de passageiros, há registro de maior utilização nos períodos de pagamento/vale ou datas que antecedem e sucedem feriados.

Quanto a atrasos ou lotações, quando ocorrem, podem ser provocados, ainda, por ocorrências adversas à operação, como, por exemplo, acidentes de trânsito e veículos de passeio parados na rua por alguma falha técnica.

Frota de ônibus continua crescendo

As operadoras do transporte público em Sorocaba continuam adquirindo novos ônibus zero quilômetro para compor as frotas e, com isso, atender às necessidades de viagens, sempre com mais comodidade e conforto. Os veículos estão sendo substituídos por outros mais modernos e tecnológicos, equipados com ar-condicionado, rede de internet sem fio e entrada USB para carregamento de celular e eletrônicos, além de serem mais espaçosos e oferecerem maior capacidade de passageiros. Até início de maio, ainda mais novos e maiores ônibus serão incorporados ao sistema, para melhorias das linhas, tais como as que atendem à Zona Industrial do Éden e Cajuru.

O município de Sorocaba opera, hoje, com 100% da frota do transporte coletivo. Atualmente, são 371 ônibus em operação, sendo 31 articulados e 29 superarticulados, com capacidade de transporte para até 660.671 passageiros/dia útil, bem acima da demanda (mais de quatro vezes maior), que é de 155 mil passageiros/dia útil, em média. São 118 linhas operantes e 2.425.230 viagens/ano.

Em 2020, ano de início da pandemia, eram 300 veículos em operação, em 109 linhas e 1.794.961 viagens/ano. Ou seja, atualmente, a demanda é menor para uma capacidade de atendimento da frota bem maior, sempre como forma de evitar aglomerações.

Informações: Prefeitura de Porto Alegre
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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Trensurb lança painel no Centro de Porto Alegre alertando para uso de máscaras nos trens

domingo, 31 de maio de 2020

Os acessos à Estação Mercado do metrô localizados na Praça Revolução Farroupilha receberam a instalação de adesivos da campanha de comunicação da Trensurb que busca contribuir na prevenção da propagação da Covid-19. 

As duas peças – uma medindo 2 metros de altura e 20 de largura e a outra, 2 metros de altura e 8 de largura – chamam a atenção de quem chega à estação, a mais movimentada do metrô, para a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção no transporte público. 

O Decreto Nº 55.220, de 30 de abril de 2020, do Governo do Estado, tornou o uso de máscaras obrigatório nos meios de transporte coletivo. Mais tarde, o Decreto Nº 55.240, de 10 de maio de 2020, estendeu a obrigatoriedade a todos os espaços de uso coletivo.

Desde a última semana de abril, antes dos decretos determinando a obrigatoriedade, a campanha da Trensurb já recomendava o uso de máscaras nos trens e estações. “O nosso papel tem que ser essencialmente de educadores”, afirma o diretor-presidente da Trensurb, Pedro Bisch Neto, reforçando que o objetivo da campanha é conscientizar os usuários para que tenham atitudes que contribuam com a segurança e a saúde de todos.

A utilização de máscaras caseiras em locais públicos é recomendada pelo Ministério da Saúde e tem sido adotada como medida preventiva à transmissão do novo coronavírus em várias partes do mundo, tendo como base estudos diversos sobre as formas de contágio da Covid e outras doenças respiratórias.

Vale lembrar, no entanto, que apesar do uso de máscaras contribuir, não garante que o contágio será evitado. Por isso, é importante seguir evitando sair de casa e, quando for necessário circular por outros locais, continuar adotando outras medidas de prevenção e higiene. As peças da campanha de comunicação da Trensurb são veiculadas por meio de avisos sonoros no metrô, na programação do Canal Você – que conta com monitores nos trens e estações –, nos perfis da Trensurb nas redes sociais e por meio de materiais impressos.

Informações: Trensurb
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ATP solicita suspensão de 12 linhas de transporte coletivo em Porto Alegre

segunda-feira, 25 de maio de 2020

A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) solicitou a suspensão de 12 linhas de ônibus a partir da próxima segunda-feira (25). O pedido foi feito à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), motivado pela redução na demanda nos últimos dois meses, que chegou a 80% no volume diário de passageiros. A suspensão afetaria o itinerário das empresas Viva Sul, MOB, Mais e Via Leste.

Para prefeitura de Porto Alegre, a ação seria um descumprimento de contrato e informa que a operação deve ser mantida. Segundo o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), o executivo estaria “preparando alternativas para uma possível interrupção do transporte, inclusive com apoio do Exército", segundo nota divulgada nesta sexta-feira (22).

As linhas atingidas são: 361 CEFER, 255 Caldre Fião, 718 Ilha da Pintada, 705 2 Aeroporto / CEASA, B09 Aeroporto / Indústrias / Iguatemi, 654 Educandário Petrópolis, 473 Jardim Carvalho / Jardim do Salso, 525 Rio Branco / Anita / Iguatemi, 282 Cruzeiro do Sul, 282 1 Pereira Passos, 289 Rincão / Via Oscar Pereira, 2843 B.Velho (S.Francisco) / Rincão / Betão até Azenha.

No total, seriam 526 viagens a menos por dia durante a semana, atingindo mais de 15 mil passageiros, segundo números da prefeitura. Nos fins de semana, a suspensão atingiria mais de sete mil pessoas - em um total de 390 viagens diárias a menos.

Informações: Jornal do Comércio

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Em Porto Alegre, Ônibus terão oferta de horários ampliada

terça-feira, 12 de maio de 2020

O transporte coletivo de Porto Alegre terá ampliação de veículos a partir desta segunda-feira. A prefeitura anunciou a medida, após avaliar o aumento da demanda na Capital, com a flexibilização das medidas de distanciamento social.

Conforme nota oficial, as alterações são necessárias para adequar a oferta de horários em relação ao aumento gradual no número de passageiros transportados diariamente em relação à semana anterior. As tabelas de horários atualizadas podem ser acessadas no site da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

A oferta do transporte público está em 41% do número de viagens praticadas em um dia útil típico antes da pandemia de Covid-19, visto que a demanda de passageiros representa apenas 32% do total de transportados antes do início das medidas de restrição. As linhas 375, 429, 433, 439, 473 e 525 operadas pelos consórcios Mais e Via Leste passaram a operar novamente nos horários de entrepico (das 9h às 16h).

Com as alterações promovidas, o sistema de transporte de Porto Alegre tem um acréscimo de 111 viagens ofertadas aos clientes, em comparação com a última segunda-feira.

Informações: Correio do Povo
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Empresas de ônibus decidem parcelar salários de rodoviários em Porto Alegre

Devido à crise financeira causada pela pandemia de coronavírus, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) informou, na quinta-feira (7), que oito das 11 empresas privadas de ônibus da Capital vão pagar de forma parcelada o salário dos rodoviários no mês de maio.

De acordo com o engenheiro de transportes da ATP, Antônio Augusto Lovatto, as empresas não gostariam de realizar a medida.

“A situação é bem delicada, principalmente neste momento, onde fica claro o quanto o trabalhador rodoviário é essencial”, diz.

Ainda segundo a associação, mais da metade dos funcionários já estão enquadrados na medida provisória do governo federal, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, onde tanto a jornada de trabalho quanto o salário foram reduzidos. O governo paga um complemento para compensar parte da perda.

O fechamento do comércio e a inatividade de empresas, em meio à pandemia de Covid-19, fez com que houvesse uma baixa de 70% no número de usuários do transporte coletivo entre 20 de março e o final do mês de abril, segundo a ATP.

Nas últimas semanas, a Empresa Pública de Transporte e Trânsito (EPTC) vem divulgando mudanças na tabela de horários, além de redução de linhas. Mesmo assim, se espera que o prejuízo seja de R$ 46 milhões.

De acordo com Lovatto, sem um aporte financeiro dos governos municipal, estadual e federal, será difícil manter o sistema em funcionamento.

“Há algumas semanas estamos avisando que a saúde financeira das empresas está em uma situação muito complicada. Sem um subsídio por parte dos governos ficará muito difícil manter", diz.

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre (Stetpoa) se manifestou contrário ao parcelamento de salários.

"Esta pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vem adotando medidas que garantam a tranqüilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade", afirma a nota.

O sindicato ainda acrescentou que pede um posicionamento da prefeitura de Porto Alegre. [Leia abaixo a nota na íntegra]

Nota do Stetpoa
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre vem manifestar sua total contrariedade diante dos encaminhamentos feitos pelas empresas referentes ao parcelamento de salário dos trabalhadores rodoviários, fato ocorrido no mês de abril, ainda que, tenha sido de maneira parcial, ou seja, apenas em algumas empresas do transporte público de Porto Alegre.

A diretoria do STETPOA reforça, que, esta pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vem adotando medidas que garantam a tranqüilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade.

Com o agravamento da pandemia do Coronavirus - COVID19, a entidade de defesa dos trabalhadores mantém seu posicionamento de exigir a retratação dos organismos competentes, Prefeitura de Porto Alegre, EPTC e Sindicato Patronal, no intuito de avançar no debate que construirá a solução definitiva para a retomada da normalidade dos vencimentos salariais, já que o objeto mais grave do problema são as questões relacionadas à folha de pagamento dos trabalhadores.

Informações: G1 RS
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Utilização da BikePOA aumenta quase 60% neste ano

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O uso de meios alternativos alcançou marca histórica, com aumento de quase 60% nos usos da BikePOA com relação ao ano passado. Além disso, os patinetes e bicicletas elétricas, que iniciaram a operação em fevereiro, conquistam a cada dia mais adeptos. As alternativas, somadas a outras medidas implantadas, mudam a priorização da mobilidade da cidade. 

O sistema de bicicletas de aluguel com estação teve a sua substituição por um modelo mais moderno concluída em março de 2018. A Capital passou a contar com 410 bicicletas, em 40 estações instaladas em pontos estratégicos. De março até setembro do ano passado, foram registradas 345.279 viagens. No mesmo período desde ano, foram 548.964, 59% de viagens a mais. 

As estações com maior número de retiradas de bicicletas são as da região do prédio de arquitetura da Ufrgs, próximo ao Centro Histórico, e a da Usina do Gasômetro. “Isso demonstra dois perfis diferentes de usuários, os que utilizam para o lazer, nos fins de semana na orla, e os que escolhem a bicicleta de aluguel como alternativa para o deslocamento”, explica o técnico da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Antônio Vigna. “São muito amplas as possibilidades desta nova mobilidade. Uma das vantagens é a liberdade de escolha e a possibilidade de integração com outros modais ao longo do dia”, complementa a coordenadora de Projetos de Mobilidade Sustentável da EPTC, Alessandra Both. O mês recorde de usos no ano passado foi agosto, com 60.003 viagens. Em 2019, esse número cresceu em mais de 35%, 81.590. Os dias que a população mais utilizou as BikePOA foram 19 de maio de 2018, com 3829 usos, e 8 de outubro de 2019, com 3947. Isso significa que, em média, cada bicicleta foi utilizada nove vezes por dia nessas datas.

Outra novidade que chegou em fevereiro conquista cada dia mais adeptos. Em seis meses, os usuários de patinetes elétricos e bicicletas compartilhadas sem estação percorreram, em média, 70 mil quilômetros mensais em Porto Alegre, segundo a Grow, responsável pelas operações da Grin e Yellow. Isso equivale a três vezes e meia a distância entre a capital gaúcha e a cidade de Xangai, na China. Desde o início da operação da empresa, o número de corridas de bicicleta na cidade aumentou cerca de 10% ao mês. Já os patinetes tiveram um alto crescimento nos dois primeiros meses, triplicando a quantidade de viagens, que depois mantiveram-se constantes. Os dados são do primeiro balanço da empresa, já encaminhado à prefeitura. "O sistema de compartilhamento de bicicletas e patinetes se apresenta como ator relevante na mudança de paradigma necessária, tornando as cidades mais inteligentes, sustentáveis e humanas", diz a gerente de Relações Governamentais e Institucionais da Grow, Fernanda Laranja.

Os patinetes e as bicicletas de aluguel sem estação tiveram a operação autorizada em razão do Decreto 19.701, de março de 2017, que permite o teste de novas tecnologias que contribuam com questões de relevância pública. Porto Alegre foi a única cidade do país a realizar um período de testes do serviço antes de sua regulamentação. A medida possibilitou, com a colaboração da consulta popular que ficou online por 15 dias, a criação de uma legislação de acordo com a realidade do mercado. Além disso, ao encaminhar o pedido de credenciamento, as empresas terão de informar de que maneira atenderão as pessoas que podem ter dificuldade de alcance aos equipamentos por morarem em bairros mais afastados ou por questões financeiras.

Uma nova Mobilidade Urbana – Desde o início da gestão, Porto Alegre busca alternativas inovadoras para qualificar a mobilidade urbana. Medidas como a priorização do transporte coletivo, que vai implantar mais 22 quilômetros de faixas exclusivas, a ampliação da malha cicloviária, como a conclusão da ciclovia da Ipiranga (da orla até Antônio de Carvalho), a publicação do decreto para uso dos patinetes – e a possibilidade de testes que serviram para a elabora dessa legislação – seguem conceitos utilizados em diversos países para democratizar a priorização do transporte. “Quanto mais espaço para veículos forem disponibilizados, mais carros teremos nas ruas. No mundo todo, o trabalho das administrações municipais é viabilizar a democratização do espaço público com a diversificação dos meios de transporte, o que prioriza o coletivo e a fluidez das vias, para qualificar os deslocamentos da população”, explica o secretário Extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello. “Ganhos diários de tempo significam mais tempo com a família, para descansar, trabalhar ou praticar um esporte – isso quando a atividade não é feita durante o deslocamento, com uma bicicleta por exemplo”, complementa Tortoriello.

Dicas para uma circulação mais segura: 
- Carros devem se manter, no mínimo, 1,5 m de ciclistas
- Mesmo sem a obrigatoriedade, use itens de segurança como capacetes
- No trânsito, a preferência é sempre do mais frágil. Os ciclistas devem cuidar dos pedestres, os carros dos ciclistas, pedestres e usuários de patinetes e assim por diante. 
- Respeite o limite de velocidade nos patinetes: até 20 km/h nas ciclovias e até 6 km/h nas calçadas. Os condutores do equipamento não podem circular em ruas e avenidas. 
- As bicicletas elétricas só podem circular em ciclofaixas, ciclovias, ruas e avenidas. A velocidade máxima permitida é 25 km/h.
- Não deixe os patinetes e bicicletas sem estação de forma que bloqueie a passagem de pedestres.

Informações: EPTC

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Em Porto Alegre, Iniciada sinalização da faixa exclusiva na avenida Independência

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A Prefeitura de Porto Alegre informa que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) iniciou a fase de implantação da sinalização viária da nova faixa exclusiva de ônibus no eixo da avenida Independência e rua Mostardeiro. A medida, que vai beneficiar 38 mil passageiros por dia em nove linhas de ônibus, irá permitir uma redução média de sete minutos no tempo de viagem na av. Independência, dos atuais nove minutos e meio, o que representa 75% de redução no trecho. E na Mostardeiro vai diminuir em três minutos o trecho que hoje dura em média quatro minutos e meio, com 67% de redução nesta via. A previsão para o início da operação, em período educativo, é para o mês de outubro

Este é o primeiro novo projeto que vai ser implantado no programa de priorização do transporte coletivo da prefeitura, que nos próximos seis meses vai mais do que dobrar o número de faixas exclusivas para o transporte coletivo em Porto Alegre. Serão inaugurados mais 22 quilômetros em 16 trechos da Capital, o que representa um aumento de 130% em relação aos 17 quilômetros existentes hoje.  No total, a medida vai beneficiar diariamente 450 mil usuários com ganhos significativos no tempo de deslocamento nas horas de maior fluxo.

Serão demarcados por uma sinalização azul contínua cerca de 1.150 metros na av. Independência e 500 metros na rua Mostardeiro, com circulação exclusiva de segunda a sexta, das 6h às 9h e das 16h às 20h, no sentido Centro-bairro. Nos demais períodos, a circulação de automóveis será permitida.

"A implantação de faixas exclusivas de ônibus é uma das políticas públicas mais eficientes. Com baixo investimento e baixo custo de manutenção, a medida proporciona a quem usa o transporte público mais rapidez e especialmente mais confiabilidade, pois o ônibus se isola dos engarrafamentos e das interferências do trânsito. Com isso, mais pessoas são beneficiadas e o transporte público fica mais atrativo”, destaca Sérgio Avelleda, secretário municipal de Mobilidade e Transporte da capital paulista em 2017 e 2018 e hoje diretor mundial de Mobilidade Urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, órgão que apoiou a Prefeitura de Porto Alegre no projeto Ruas Completas.

“O transporte público é muito mais eficiente do ponto de vista energético e muito menos poluente por passageiro transportado do que o carro. E privilegiar o espaço para o transporte público é a expressão da democracia”, complementa Avelleda.

Após esta fase, será implantada a sinalização na av. Goethe, junto ao Parcão, onde os trabalhos já começaram. A faixa a ser implantada no sentido Sul-Norte beneficiará 62 mil usuários ao dia em oito linhas de ônibus, com redução de 67% no tempo de viagem do trecho de 400 metros, que passa dos três minutos atuais a ser percorrido em apenas um minuto.

O diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano, destaca que a qualidade de vida de uma população está ligada, também, à qualidade do transporte público. "Não é só uma obra, mas uma mudança de cultura. É uma missão priorizar o coletivo para quem mais precisa", afirma.

A Divisão de Conservação de Vias Urbanas (DCVU) tem atuado em diversas frentes para requalificação asfáltica de trechos que receberão as faixas exclusivas. Entre os locais que já receberam intervenções estão as avenidas Independência, Mostardeiro, Goethe, Mauá, Loureiro da Silva (sentido túnel), Paulo Gama e Luiz Englert.

Locais que receberão faixas exclusivas - Avenida Independência, Mostardeiro, Goethe, Rua da Conceição (dois sentidos), avenida Mauá, avenida João Goulart, Loureiro da Silva (sentido túnel), Paulo Gama / Luiz Englert, avenida Siqueira Campos, avenida Ipiranga trecho 2I e 3, avenida Silva Só, avenida Azenha, avenida 24 de Outubro e avenida Plínio Brasil Milano. 

Informações: Prefeitura de Porto Alegre


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