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Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

domingo, 25 de fevereiro de 2024

A Prefeitura do Rio inaugurou, nesta sexta-feira (23/2), o Terminal Intermodal Gentileza. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito Eduardo Paes. O terminal, considerado o maior integrador de transporte público da capital carioca, conecta os serviços do mais novo corredor de BRT (da sigla em inglês, Bus Rapid Transit) da cidade, o BRT Transbrasil, aos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e dos ônibus municipais.

– Nós precisamos construir as coisas que o povo necessita, e com certa urgência, porque o povo não pode ficar dependendo de transporte que leva 2h30 para chegar ao trabalho. O que vocês estão recebendo hoje é uma entrega de uma Prefeitura que tem compromisso com o Rio de Janeiro. Quando eu venho inaugurar um terminal com o nome de Gentileza, a gente pode dizer que, finalmente no Rio de Janeiro, o amor venceu o ódio. Que vocês possam desfrutar desse terminal de múltiplos meios de transporte para que possam chegar mais cedo em casa – afirmou o presidente Lula.

O Terminal Gentileza integra três modais: o novo BRT Transbrasil, as linhas 1 e 4 do VLT e 14 linhas de ônibus municipais regulares. A Linha 1 do VLT, que parte do Aeroporto Santos Dumont, foi expandida e chegará ao terminal. Em março, entra em operação a Linha 4, que leva passageiros do terminal até a Praça XV, onde está localizado o terminal das barcas. Governo Federal e Prefeitura do Rio foram parceiros na implementação do VLT, com investimento de R$ 532 milhões de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.

– Hoje é um dia tão emocionante para a nossa cidade e todos os cariocas. O que estamos fazendo aqui é inaugurar o coração do transporte do Rio. Neste terminal, todos os modais de transporte vão se encontrar. E vão se encontrar para mudar a vida das pessoas. Imagina uma pessoa que trabalha no mínimo oito horas por dia e tem que passar quatro, cinco horas no transporte público. Agora as pessoas vão poder levar uma vida com mais dignidade a partir deste espaço. Os escritos de José Datrino, o Profeta Gentileza, que dá nome a esse terminal, e que estão espalhados pelas pilastras do viaduto aqui em frente, agora estão por todo esse terminal. A sua mensagem é tão simples quanto profunda e vital: gentileza gera gentileza. Cuidem um dos outros e sejam gentis com o próximo. Cuidem da cidade de vocês, precisamos combater o vandalismo, o ódio e a barbárie. Nada disso aqui é meu ou da Prefeitura, é de vocês. O que inauguramos aqui hoje não é só um terminal, mas uma lembrança constante dessa mensagem essencial, ser gentil é ser cidadão, lembrar que onde houver gentileza, haverá sempre um gesto que surpreende e que o amor se esconde nas coisas pequenas. E só assim vamos construir uma cidade melhor e um país melhor – disse o prefeito Eduardo Paes.

A estimativa do terminal é atender cerca de 150 mil pessoas por dia. As obras do Terminal Gentileza foram feitas em uma área de 77 mil metros quadrados que a gestão municipal comprou da Caixa por R$ 40,8 milhões. O investimento na construção foi próximo de R$ 300 milhões pela Parceria Público Privada (PPP) do VLT do Centro, sendo R$ 257,8 milhões financiados pelo Banco do Brasil para a reestruturação do sistema do BRT.

O Terminal Gentileza possui dois andares. O térreo é dedicado à chegada de todos os modais. Na parte superior, estão bilheterias, banheiros, 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). O terminal é totalmente acessível. São três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e mais um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

INTERMODAL – O início da primeira fase de implantação do BRT Transbrasil e a operação do Terminal Gentileza têm início no sábado (24/2), na primeira etapa de operação, com o trajeto entre Penha e Gentileza, no horário restrito das 12h às 14h.

O custo total da obra no corredor foi de cerca de R$ 2 bilhões. O Governo Federal, no âmbito do programa Pró-Transportes, do Ministério das Cidades, financiou R$ 1,1 bilhão com recursos do FGTS, por meio da Caixa. Outros R$ 97 milhões foram destinados à obra pelo BNDES. O investimento da Prefeitura do Rio alcançou os R$ 838 milhões.

– Atrás de todos esses números, o que vale é dar para as pessoas qualidade de vida. Em vez de o povo ficar preso no trânsito dentro de um ônibus, as pessoas têm de estar em casa, com suas famílias, têm que fazer o que querem em vez de ficarem presas no trânsito. Nós vamos continuar trabalhando para fazer a vida do Rio de Janeiro melhorar – declarou o ministro das Cidades, Jader Filho.

O novo corredor expresso BRT Transbrasil, na Avenida Brasil, é composto por 18 estações e dois terminais, conectando Deodoro, na Zona Oeste, ao Centro do Rio, na Região Portuária, próximo à Rodoviária do Rio.

REDUÇÃO NO DESLOCAMENTO – O percurso total é de 26 quilômetros, e a estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030. Com o início da operação do corredor Transbrasil, a estimativa é de redução de 50% no tempo de deslocamento.

No Transbrasil haverá conexão com linhas de ônibus municipais, VLT (Terminal Gentileza), Transolímpica (Terminal Deodoro) e Transcarioca (Penha e Fundão). As intervenções ao longo do BRT contemplam, ainda, a construção de 18 passarelas.

A partir deste sábado, também haverá uma linha executiva para o GIG, todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos de 20 minutos. Os ônibus terão bagageiro, e uma sala de espera ficará à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza.

Somando os quatro corredores (Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil), serão 139 estações, 16 terminais e quase 150 km, interligando Zona Oeste, região da Barra da Tijuca, Zona Norte e Centro.

NOVOS ÔNIBUS – Os investimentos para a compra de novos ônibus foram feitos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa (R$ 645,9 milhões). Foram comprados cerca de 700 ônibus, e os recursos ainda foram aplicados na requalificação do corredor Transoeste e na construção de terminais e garagens públicas.

PROFETA GENTILEZA – O nome e o projeto do terminal fazem referência a José Datrino, o Profeta Gentileza. Ele ficou conhecido pelas inscrições que eternizou nas colunas dos viadutos do Gasômetro e da Perimetral. A mais famosa delas é a frase “Gentileza gera Gentileza”, que compõe a identidade visual do Terminal Gentileza.

O terminal faz parte do legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Durante a obra, o terminal recebeu as estruturas metálicas que foram reaproveitadas do Centro Internacional de Transmissão construído no Parque Olímpico. O local recebeu mais de dez mil profissionais de imprensa que trabalharam no prédio onde funcionavam estúdios e eram geradas as imagens das transmissões oficiais.

ARTE URBANA – A Transbrasil também ganhou o maior corredor de arte urbana da América Latina. O Cores da Brasil reuniu a inspiração, a criatividade e técnicas diferenciadas de mais de 13 artistas. Artes sob forma de pintura colorem terminais, estações e passarelas do BRT Transbrasil. Além disso, 35 viadutos e mais de 300 pilares de sustentação também receberam artes urbanas. Foram utilizados mais de 30 mil litros de tinta e mais de 10 mil latas de spray.

LUZ MARAVILHA – A Rioluz realizou intervenção na área do novo terminal  e no entorno. No Gasômetro, foram instaladas 55 luminárias de LED, previstas no programa Luz Maravilha de modernização da iluminação pública da cidade. No entorno do terminal foram modernizadas 78 luminárias e 35 novos postes.

OPERAÇÃO – TRANSBRASIL E TERMINAL INTERMODAL GENTILEZA

Na fase 1: Transbrasil começará a operar entre Penha e Terminal Gentileza e terá linha executiva para o Aeroporto do Galeão

A fase inicial (1) da operação da Transbrasil, que começa neste sábado (24/2) e se estende até 30 de março, terá os ônibus articulados circulando no trecho entre o bairro da Penha e o Terminal Gentileza no horário das 12h às 14h, com intervalos de 10 minutos entre as viagens e tempo de percurso de 20 minutos. O preço da passagem (R$ 4,30) será o mesmo cobrado em todos os modais municipais.

Os ônibus saem da Penha, fazem paradas nas estações Ibiapina, Olaria, C. de Moraes e Santa Luzia, antes de entrarem na Transbrasil e seguirem direto, sem paradas, até o Terminal Gentileza.

Para atender à demanda dos passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), uma linha expressa de ônibus executivos Terminal Gentileza x Galeão, sem paradas nas estações, entrará em operação todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos previstos de 20 minutos. O tempo de viagem é estimado em 16 minutos. Os ônibus terão bagageiros e uma sala de espera à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza. O valor da tarifa será de R$ 15, e a passagem poderá ser paga com Jaé ou Riocard.

Na fase 2: Transbrasil terá operação entre Deodoro e Terminal Gentileza, e início da calha segregada do BRT

A partir de 30 de março, o BRT Transbrasil começará a operar de Deodoro ao Terminal Gentileza, com horário mais ampliado, das 10h às 15h. Também nesta data será iniciada a operação da calha segregada do BRT. Isso significa que a faixa da esquerda da seletiva, exclusiva para BRTs, será limitada por segregadores. Já a faixa da direita da seletiva poderá ser usada por ônibus, veículos de serviço e táxis. Elas serão limitadas com pintura, e funcionarão todos os dias da semana.

Nos trechos junto às estações, para garantir segurança na ultrapassagem dos BRTs expressos, a faixa seletiva será segregada com tachões. Em trechos de calha singela, apenas ônibus e BRTs serão permitidos.

Mais conexões, mais facilidade para transitar no Rio

O início da operação da Transbrasil e a abertura do Terminal Gentileza ampliam o leque de conexões viárias possíveis aos passageiros cariocas. Dentro do Terminal Gentileza, os usuários do novo corredor poderão se conectar a 14 linhas de ônibus municipais, sendo cinco delas já no sábado (24/2) e outras cinco a partir de 16 de março. (Informações sobre as linhas abaixo).

Também a partir de sábado (24/2), será possível ainda acessar uma linha de VLT dentro do Terminal Gentileza, alcançando pontos importantes do Centro do Rio, como o Aeroporto Santos Dumont, a Avenida Rio Branco, a Praça Mauá ou a Orla Conde.

Linhas de ônibus municipais

Das 14 linhas de ônibus municipais previstas para operar dentro do Terminal Intermodal Gentileza, inicialmente, cinco linhas municipais que tinham como destino o entorno da rodoviária já estarão operando no local neste sábado (24/2). São elas:

– Linha 104 (São Conrado – Terminal Gentileza)
– Linha 133 (Largo do Machado – Terminal Gentileza)
– Linha 301 (Terminal Gentileza – Barra da Tijuca)
– Linha 302 (Terminal Gentileza – Terminal Alvorada)
– Linha 353 (Praça Seca – Terminal Gentileza)

A partir de 16 de março, outras cinco linhas municipais passam a operar no Terminal Gentileza. São elas:

– Linha 108 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah)
– Linha 110 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah)
– Linha 112 (Terminal Gentileza – Alto da Gávea)
– Linha 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro)
– Linha SV 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro)

Os pontos de ônibus dessas linhas nas ruas Comandante Garcia Pires e General Luís Mendes de Moraes e na Praça Marechal Hermes serão desativados.

VLT terá linhas ligando o TIG ao Santos Dumont e às barcas

O VLT Carioca amplia a operação da sua linha 1, que passa a circular entre o Terminal Intermodal Gentileza e o Santos Dumont, a partir do próximo sábado (24/2). O traçado Terminal Gentileza x Santos Dumont pode ser feito pelos passageiros em cerca de 30 minutos. O horário de funcionamento está mantido: das 6h à meia-noite.

Até o dia 30 de março, está prevista a inauguração da linha 4 (Praça XV x Terminal Intermodal Gentileza) do VLT para atender o Terminal Gentileza. O novo trajeto terá duração de 29 minutos.

O novo sistema de bilhetagem digital, o Jaé, começa a funcionar no VLT a partir deste sábado (24/2). O VLT passa a ser o segundo modal a aceitar o Jaé. Desde julho do ano passado, o BRT já aceitava o cartão.

Restrições à circulação de caminhões na Avenida Brasil

A partir de 16 de março, serão implantadas restrições à circulação de caminhões em trechos da Avenida Brasil, para evitar retenções em alguns trechos e faixas de horário.

– Pista Central em ambos os sentidos, entre Irajá e Caju
Dias e horários: todos os dias, das 4h às 22h

– Pista Lateral sentido Centro, entre Irajá e Caju
Dias e horários: dias úteis, das 5h às 9h

– Pista Lateral sentido Santa Cruz, entre Caju e Ramos
Dias e horários: dias úteis, das 16h às 20h

Sinalização específica será implantada em todos os acessos aos trechos onde haverá restrição, indicando os dias e horários proibidos. A fiscalização do cumprimento da nova regra será efetuada por meio de equipamentos eletrônicos ao longo dos trechos, bem como por agentes da Guarda Municipal.

Informações: Prefeitura do Rio

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Governo Lula prepara medidas de estímulo à produção nacional de ônibus elétrico

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

De olho na “pauta verde” e na crescente concorrência chinesa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara medidas de estímulo à produção nacional de ônibus elétrico. As iniciativas vão contar com verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terão exigências de conteúdo local – pré-requisito que voltou a ganhar força com a nova política industrial defendida pela atual gestão.

O objetivo é estimular a produção de veículos voltados ao transporte público dentro do País, tendo como principal mercado os médios e grandes municípios que estejam em processo de renovação das frotas, segundo apurou a reportagem.

Baixa participação

Dos 107 mil ônibus que rodam atualmente no Brasil, apenas 444 são elétricos, de acordo com dados da plataforma E-bus Radar, que monitora o transporte público na América Latina. Na região, o País ocupa o terceiro lugar, bem atrás do Chile (2.043) e da Colômbia (1.590).

O principal entrave à expansão desse tipo de veículo é o preço: um ônibus com essa tecnologia custa na faixa de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões, ante R$ 700 mil a R$ 900 mil da versão a diesel. “Embora o investimento seja três vezes maior, e ainda tenha o gasto com subestação (estrutura necessária para o carregamento de baterias), isso é compensado pelo custo menor de manutenção e da energia elétrica (na comparação com o combustível fóssil) ”, afirmou a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.

Segundo ela, esse aporte adicional tende a se pagar em um período de 10 a 15 anos. Já pela ótica ambiental, cada ônibus elétrico significa cerca de 100 toneladas de CO2 a menos na atmosfera por ano. Pelo Acordo de Paris, o Brasil terá de zerar a emissão líquida desses gases do efeito estufa até 2050 – ou seja, buscar o equilíbrio entre a emissão e a captura do carbono.

São Paulo

A cidade de São Paulo, que transporta 7,3 milhões de passageiros por dia útil e concentra a maior parte da frota de ônibus elétrico do País, foi a primeira a obter financiamento do BNDES com o objetivo de aumentar a eletromobilidade.

O banco aprovou, no fim de 2023, R$ 2,5 bilhões para a Prefeitura de São Paulo com o custo da TLP (Taxa de Longo Prazo, ou seja sem subsídio), mas com prazos mais alongados, de 15 anos, mais um de carência. O montante vai bancar a compra de até 1,3 mil veículos, o equivalente a 10% da frota paulistana.

Os veículos só poderão ser adquiridos das quatro montadoras que têm produção local e são certificadas pelo BNDES: Eletra (empresa que nasceu no ABC paulista), MercedesBenz (alemã), BYD (principal fabricante chinesa de veículos elétricos, que ultrapassou a Tesla nas vendas mundiais) e Marcopolo (companhia que iniciou os negócios em Caxias do Sul, no RS).

Gargalo

Luciana admite que se trata de um gargalo: “Nós temos só quatro montadoras (de ônibus elétrico no País) e elas ainda estão começando. O início é um pouco mais lento, mas, depois, é uma curva exponencial. Nós gostaríamos de escalar rapidamente (a troca das frotas), mas depende da cadeia de suprimentos e da capacidade de produção dessas empresas”.

De acordo com o BNDES, essas montadoras têm apontado um potencial de produção de 4 mil veículos por ano, mas o número é considerado otimista e visto com cautela.

A expectativa do governo e da equipe econômica, segundo apurou a reportagem, é de que as indústrias automobilísticas já instaladas no País acelerem a conversão de suas plantas, atualmente focadas nos motores a combustão – bem como haja um maior interesse de empresas estrangeiras, inclusive chinesas, de produzir esse tipo de veículo localmente.

Fundo clima

Para dar volume a esses financiamentos, o BNDES aposta no Fundo Clima, que está no guarda-chuva do banco de fomento e tem cerca de R$ 10 bilhões em caixa. O dinheiro foi captado em novembro do ano passado, na primeira emissão brasileira de títulos soberanos verdes. Dentro do fundo, já há um subprograma de mobilidade urbana, mas ainda sem valor definido.

“É uma corrida contra o relógio. A expectativa é de que, no primeiro trimestre deste ano, já tenhamos os recursos disponíveis”, afirma Luciana. Segundo ela, as linhas abastecidas pelo Fundo Clima terão juros subsidiados, além de contarem com prazos mais longos do que a média do mercado.

Informações: O Sul
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De São Paulo a Campinas em 1 hora: veja quem deve disputar o leilão do Trem Intercidades e o valor da tarifa

domingo, 18 de fevereiro de 2024

O governo fará no próximo dia 29, na B3, leilão para definir o consórcio que vai construir o Trem Intercidades (TIC) que ligará Campinas a São Paulo. A expectativa do governo é que dois consórcios enviem propostas, sendo um deles formado pela CCR (que opera quatro linhas de metrô e trem em São Paulo) junto com a Alstom e investidores franceses, e outro um grupo composto por Comporte (que opera o metrô de Belo Horizonte) com a chinesa CRRC Sifang.

O projeto, um dos prioritários da gestão Tarcísio de Freitas e que faz parte do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) do governo federal, será feito por meio de parceria público-privada em que o estado pagará uma parte, e uma empresa custeará o restante. O trem deve ficar pronto em 2031, transportando uma média de 60 mil passageiros por dia, mas o leilão abarca três serviços.

Além do TIC Campinas — que é um serviço expresso, com “trem de viagem”, o primeiro de média velocidade no país, com assentos marcados, mesas e bagageiro —, o projeto envolve a criação do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Jundiaí e Campinas, com quatro paradas, e a concessão da Linha 7 (Rubi) da CPTM.

O trem até Campinas terá composições com capacidade para cerca de 800 passageiros que farão o percurso de 96 quilômetros em pouco mais de 60 minutos, a uma velocidade de até 150 quilômetros por hora. Será uma viagem quase direta de São Paulo até Campinas: haverá apenas uma parada, em Jundiaí).

O preço da tarifa será de no máximo R$ 64, mas a empresa poderá conceder descontos para quem comprar antecipadamente. O governo espera que o serviço seja atraente para quem viaja de ônibus e fretados entre as cidades — especialmente a população que vive em Campinas e trabalha na capital.

A vencedora será aquela com maior desconto na contraprestação pecuniária, ou seja, o valor que o governo deve pagar todo ano para garantir a operação dos serviços. O leilão inicialmente estava previsto para novembro, mas em outubro o edital foi alterado aumentando os valores que o governo investiria no projeto, após conversas com players do mercado que apontaram um baixo interesse em custear metade da obra — inicialmente, a ideia era que privado e público dividissem o aporte em 50% cada.

— É um projeto pesado e arriscado. Todo mundo falou, “diminui a minha alavancagem porque a geração de caixa do projeto só começa depois do oitavo ano”. Já para o estado, quanto antes eu pagar, menos eu pago — explicou Rafael Benini, secretário estadual de Parcerias e Investimentos.

Agora, o governo deve pagar cerca de 70% da obra (cerca de R$ 8,5 bilhões), e a maior parte dos recursos foi obtida por meio de um financiamento junto ao BNDES. Mas a fatia de recursos públicos não para aí, já que o governo vai pagar R$ 255 milhões de contrapartida por ano (R$ 7,6 bilhões em 30 anos) de contraprestação pecuniária, além de uma garantia de demanda.

O governo garante ao privado 90% da demanda programada. Caso haja demanda menor, o governo pagará o que falta à concessionária. Se o número de passageiros for mais de 110% o estimado, o privado e o poder público compartilham a receita igualmente.

— Para a Linha 7 e no TIM, eu pago por trem rodando. No TIC, eu garanto 90% da receita que eu estimei. Se tiver menos, eu pago para o privado, se tiver mais que 110%, a gente divide. Isso é o compartilhamento da demanda. A contraprestação pecuniária é para fechar a conta, porque mesmo com o compartilhamento da demanda, a conta não fechava — explicou o secretário.

O consórcio vencedor será aquele que oferecer o maior desconto na contrapartida pecuniária e, caso o interessado consiga zerar esse valor, deverá oferecer também um desconto no aporte que o governo fará na obra.

Benini cita um “frio na barriga” e diz não saber o que acontecerá no dia do leilão, mas que está confiante com ao menos duas participações. Na semana passada, o governador fez um tour pela Europa para apresentar o projeto.

Se o serviço expresso até Campinas só vai virar realidade daqui a sete anos, as mudanças para quem viaja até Jundiaí devem ser sentidas em prazo mais curto. Caso o leilão seja bem-sucedido, o contrato deve ser assinado em até quatro meses. Depois disso, começa a transferência da tecnologia da CPTM para a empresa que irá operar a Linha 7 (Rubi).

Haverá um período de treinamento de um ano, e depois disso o parceiro privado vai operar o ramal por mais um ano, sob supervisão da estatal. A ideia é evitar repetir os constantes problemas enfrentados nas linhas 8 e 9, que passaram para as mãos da ViaMobilidade (CCR) em 2021.

De Jundiaí a Campinas
Hoje, a Linha Rubi tem 19 estações, ligando Jundiaí até a Luz, mas, após a concessão, perderá duas paradas e terminará na Barra Funda, porque a Estação da Luz não tem mais espaço para expansão e, com o TIC, será necessário criar novas plataformas e trilhos.

— A gente já está tomando medidas paliativas para resolver esse problema através de outras linhas — disse Benini.

Completada a Linha 7, a próxima etapa é a entrega do TIM de Jundiaí a Campinas, cuja obra deve ser terminada em 2028. O trecho terá paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos — a tarifa deve ser de no máximo R$ 28,10. A partir de 2031, é esperada a entrega do TIC, serviço expresso ligando a capital até Campinas.

Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/02/16/de-sao-paulo-a-campinas-em-1-hora-veja-quem-deve-disputar-o-leilao-do-trem-intercidades-e-o-valor-da-tarifa.ghtml

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Uberaba pleiteia R$ 150 milhões do PAC para ampliar e modernizar BRT

Governo municipal espera aprovação de cerca de R$150 milhões junto ao governo federal para ampliação e modernização do sistema BRT em Uberaba. Os projetos foram entregues em 2023 para pleitear recursos na nova edição do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

De acordo com secretário adjunto de Defesa Social, Trânsito e Transportes, Claudinei Nunes, a expectativa é que o município consiga a liberação da verba federal para o custeio das obras. “Estamos muito confiantes na aprovação do PAC ainda este ano. Acredito que até o meio do ano a gente tenha boas notícias”, disse.

Para a construção do corredor Norte-Sul do BRT, o município solicitou a liberação de R$118 milhões junto ao governo federal. O recurso engloba a implantação de dois novos terminais de integração: um no bairro Amoroso Costa e outro no Parque das Américas. Novo eixo do transporte coletivo foi projetado para as avenidas Nenê Sabino e Fidélis Reis/Odilon Fernandes.

Além disso, a superintendente de Planejamento Urbano, Ana Luísa Bilharinho, informou que outro projeto, no valor de R$30 milhões, foi encaminhado ao governo federal para a troca das 12 estações tubulares do primeiro eixo do BRT na avenida Leopoldino de Oliveira. A proposta é a substituição por estruturas retangulares e a modernização do sistema de ventilação interior.

O governo municipal também espera a aprovação este ano dos projetos para a construção de três viadutos na cidade. O município pleiteia recursos federais para a interligação da rua Coronel Emerenciano Ferreira Junqueira até a rua Cândida Mendonça Bilharinho, da rua Osvaldo Cruz com a rua João Alfredo e da rua da Medalha Milagrosa com a rua Onofre da Cunha Rezende.

Fonte: JM Online

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Governo da Bahia faz planos de investimentos para o transporte ferroviário

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

São diversos os projetos ferroviários que o governo do estado vem trabalhando para melhorar a mobilidade na Bahia. Dentre os projetos, estão a ampliação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL); a criação do VLT (veículo leve sobre trilhos) na capital baiana; e a instalação de um novo trem de passageiros intermunicipal, atendendo a cidades importantes do interior do estado.

Todas essas ideias já estavam previstas, de uma forma ou de outra, no Programa de Governo Participativo publicado pela campanha do então candidato a governador Jerônimo Rodrigues e construído após plenárias com militantes partidários em todos os cantos da Bahia.

VLT de Salvador

O plano mais avançado é o do VLT de Salvador, que já teve suas licitações publicadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) no último mês de dezembro de 2023. O recebimento das propostas para o projeto está marcado para o próximo dia 12 de março de 2024, enquanto o início das obras estão previstas para julho deste ano.

O anteprojeto entregue pelo governo Jerônimo prevê um VLT dividido em três eixos. O primeiro primeiro trecho compreende a região do Subúrbio Ferroviário, entre o bairro da Calçada, em Salvador, e a localidade de Ilha de São João, no município de Simões Filho, substituindo a fracassada ideia de instalação de um monotrilho na região.

Na avaliação da gestão estadual, esse primeiro eixo é primordial, pois o governo da Bahia estaria em dívida com a população do Subúrbio desde a retirada da linha de trem que atendia a região, em fevereiro de 2021.

O segundo trecho ligará, através da Estrada do Derba, os bairros de Paripe, no Subúrbio, e de Águas Claras, no miolo de Salvador, onde haverá a primeira integração com o SMSL. De lá, o eixo final partirá pelas avenidas 29 de Março e Orlando Gomes, em direção a Piatã, na orla Atlântica de Salvador.

A previsão do governo do estado é de término completo das obras em agosto de 2028. Porém, a expectativa é que o primeiro trecho, que atende especificamente ao Subúrbio Ferroviário, esteja em funcionamento já em junho de 2027.

A obra do VLT será pública, mas a administração deve ser concedida à iniciativa privada. Uma das possibilidades é que a CCR Metrô Bahia assuma a gestão do futuro equipamento, interligando definitivamente ao SMSL.

O que é VLT?

O veículo leve sobre trilhos é um modal de transporte essencialmente urbano, que costuma circular próximo a carros, ônibus e bicicletas nos centros das cidades. Comum há décadas na Europa, onde é muitas vezes chamado de “tram”, o VLT começou a ser falado no Brasil a partir dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Diversos projetos foram pensados no Brasil, mas nem todos saíram do papel. O VLT que ligaria os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, não foi implantado e o governo da Bahia negocia a compra de todos os 280 vagões adquiridos pela gestão mato-grossense há mais de 10 anos.

No Rio de Janeiro e em Santos, litoral paulista, porém, o sistema funciona. O VLT carioca, por exemplo, foi acompanhado de um grande processo de urbanização na região portuária da cidade, com a derrubada de elevados e a criação de espaços públicos.

No caso de Santos, o governo baiano estuda como um exemplo a ser seguido. A Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) chegou a enviar um representante ao litoral paulista, para uma visita técnica, em que o sistema VLT da cidade foi analisado.

Expansão Sul

O próximo passo do governo Jerônimo Rodrigues deve ser a Expansão Sul do SMSL, com a instalação de uma nova estação no bairro do Campo Grande, ligada através da atual Estação da Lapa, na Linha 1 do metrô.

O projeto da Expansão Sul do metrô até o Campo Grande foi aprovado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), através do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para receber investimentos federais do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A licitação para a ampliação do SMSL em sua Linha 1 está prevista para ser publicada ainda no primeiro semestre de 2024.

Inicialmente, a Expansão Sul previa uma ampliação ainda maior do sistema, com estações também nos bairros da Graça e da Barra. Entretanto, neste momento, devido ao alto custo do projeto, o foco da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur-BA), comandada pela secretária Jusmari Oliveira (PSD), é dar o primeiro passo rumo ao Campo Grande.

Isso não significa, porém, que o governo Jerônimo tenha desistido de levar o metrô até a orla da Barra. Estudos foram solicitados pela Sedur-BA, ainda em 2023, para que a CCR Metrô Bahia analisasse a demanda e os custos da construção da nova estação.

Dois modelos são estudados. O primeiro seria o cumprimento do projeto inicial da Expansão Sul do metrô, com estações subterrâneas no Campo Grande e na Graça, até chegar na Barra, na superfície. Já a segunda opção, avaliada neste momento como menos custosa, seria a criação de uma nova linha de VLT, ligando a Estação da Lapa à Barra.

Tramo 2 da Linha 2

O governo do estado também estuda acelerar a ampliação da Linha 2 do metrô, no chamado “vetor norte” do sistema, com a construção de uma nova estação no centro de Lauro de Freitas, nas proximidades do Parque Shopping.

A estação Lauro de Freitas já está contratada junto à CCR Metrô Bahia, mas seu destravamento está ligado a um gatilho no contrato de concessão: para que a concessionária seja obrigada a ampliar o SMSL, a Estação Aeroporto deverá alcançar, durante seis meses, a média de 6 mil passageiros/hora-pico, entre 17h e 19h.

Tratada contratualmente como “Tramo 2 da Linha 2”, a ampliação pode ser acelerada pelo governo da Bahia através de um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, destravando a obra antes do gatilho ser atingido. Atualmente, a média de circulação na Estação Aeroporto é de 4,5 mil passageiros/hora-pico.

Em outubro, a gestão estadual chegou a contratar a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para avaliar o possível reequilíbrio contratual da entre o Estado e a CCR Metrô Bahia, visando entender quanto seria necessário aportar no contrato para tirar a Estação Lauro de Freitas do papel.

O que é metrô?

Assim como o VLT, o metrô também é um sistema ferroviário essencialmente urbano. Porém, como o próprio nome diz, o modal é ideal para fazer transporte metropolitano, entre cidades conurbadas, sem uma separação definida, como é o caso de Salvador e Lauro de Freitas.

O metrô começou a ser construído em Salvador em 1999, pela prefeitura de Salvador, sob o comando do então prefeito Antônio Imbassahy (na época, no PFL, atual União Brasil; hoje, filiado ao PSDB).

A obra, entretanto, foi paralisada durante a gestão de João Henrique Carneiro (primeiro no PDT, depois no MDB; atualmente, sem partido) e só voltou a ser tocada em 2013, quando foi assumida pelo governo da Bahia, com o então governador Jaques Wagner (PT), que colocou o SMSL para funcionar.

No passado, havia a ideia de iniciar a Linha 2 do sistema no bairro da Calçada, passando por Água de Meninos e Dois Leões, até chegar ao Acesso Norte, de onde o metrô partiria rumo ao Aeroporto de Salvador. O projeto, então, acabou sendo mudado com o passar do tempo.

O governo da Bahia, sob o comando de Rui Costa (PT), também chegou a estudar a possibilidade de construir uma terceira linha do metrô, saindo da Estação da Lapa em direção à Pituba. Mas a ideia foi abortada após a prefeitura de Salvador lançar seu projeto de BRT (sigla para “ônibus de trânsito rápido”, em tradução livre do inglês), que faz o mesmo percurso.

Trem regional

O terceiro modelo de transporte ferroviário estudado pelo governo da Bahia é o velho e conhecido trem. O plano é construir uma linha regional saindo de Salvador e chegando a Feira de Santana. O traçado, todavia, ainda está sendo avaliado.

No Plano de Governo Participativo da campanha de Jerônimo, a intenção divulgada era estudar a construção de um trem regional ligando Salvador a Feira de Santana e à região da Chapada Diamantina.

Em agosto de 2023, o portal A TARDE revelou os estudos de viabilidade contratados pelo governo do estado junto à CCR Metrô Bahia para a realização do novo trem regional entre Salvador e Feira de Santana, com paradas em Simões Filho, Candeias e Santo Amaro e duração máxima da viagem estimada em 45 minutos.

De acordo com a avaliação da CCR, o novo modal atingiria cerca de 4 milhões de pessoas, com um custo de R$ 2,6 bilhões para construção e R$ 280 milhões anuais para manutenção.

Com o passar do tempo, porém, a ideia ficou mais simples: reativar a antiga linha de trem entre Salvador e Alagoinhas, passando por Simões Filho, Camaçari, São Sebastião do Passé e Dias D’Ávila. Desse percurso criado em 1860 e desativado completamente em 2021, haveria um novo trecho, que levaria até Feira de Santana.

O que é trem regional?

Diferentemente do VLT e do metrô, o trem regional é um modal pensado para longas distâncias, com passagens por áreas pouco habitadas e até mesmo rurais. Além disso, o modelo pode transportar mais do que passageiros, mas também cargas comerciais.

Em 1860, a Bahia inaugurou uma das mais importantes linhas férreas do país: a Bahia and San Francisco Railway. A ferrovia passou por uma grande reforma, com duplicação, em 1940 e, em 1957, passou a ser controlada pela União, através da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA).

Com o passar do tempo, o transporte ferroviário foi perdendo espaço para o rodoviário, fazendo com que a linha férrea fosse encurtada, até ficar restrita ao Subúrbio Ferroviário de Salvador, a partir da privatização da RFFSA pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1996.

Em fevereiro de 2021, o governo da Bahia desativou 100% a linha ferroviária, com a promessa de colocar um VLT no local.

Interior

Durante a campanha, Jerônimo fez diversas críticas ao projeto de BRT instalado pela prefeitura de Feira de Santana e prometeu um novo projeto de mobilidade para a “Princesa do Sertão”. Na época, ele afirmou que o modal instalado pelo prefeito Colbert Martins (MDB) parecia “casas de pombo”.

“Feira tem um desafio muito grande para a gente. Eu vou assumir a responsabilidade aqui, para a gente poder pensar um programa de mobilidade em Feira de Santana. Uma cidade importante, daquele porte, e o que nós temos é o mesmo modelo que temos aqui [em Salvador]. Um BRT que não serve para nada, que parece umas casas de pombo”, disparou o então candidato.

Durante o governo, Jerônimo já revelou qual é a sua ideia, não só para Feira de Santana, mas para outras grandes cidades do estado, como Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna e Ilhéus: a instalação de sistemas VLT.

Esses modais no interior, porém, ainda são ideias para o futuro, sem estudos de viabilidade contratados pelo governo da Bahia.

Informações: A Tarde

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Túnel submerso vai ligar as cidades de Santos e Guarujá

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Esperado há pelo menos 100 anos, o túnel que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá vai sair das pranchetas para virar realidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) divulgaram nesta sexta-feira (2) a parceria para a execução das obras do primeiro túnel imerso da América Latina.

O projeto prevê a ligação seca entre Santos e Guarujá, com extensão total de 1,5 km, por meio de um túnel imerso de 870 metros, que passará por baixo do canal que abriga o porto mais movimentado do Brasil. Serão três faixas de rolamento por sentido, sendo uma adaptável para receber o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de uma ciclovia e passagem para pedestres.

O desafio para construir o túnel submerso é grande: serão seis módulos pré-moldados com concreto armado, a uma profundidade mínima de 21 metros. Eles serão construídos em uma doca seca e transportados por flutuação até o local onde o leito do canal será preparado. Assim, os módulos serão imersos, encaixados e fixados para concluir a estrutura, sem interromper o tráfego de navios no canal.

Segundo o Governo de São Paulo, o túnel vai reduzir o tempo de deslocamento entre as duas cidades em cerca de 50 minutos, desafogar a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055) e liberar o canal do porto para uso prioritário de navios de carga e de passageiros. A travessia completa, de carro, deve durar um minuto e meio.

A estimativa é de redução de 70% da demanda da balsa da Ponta da Praia, e de redução de 53% na emissão veicular de dióxido de carbono.

Inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra é estimada em aproximadamente R$ 5,8 bilhões e será custeada com recursos dos orçamentos da União e do estado de São Paulo. Cada ente arcará com 50% do valor previsto.

A ideia é que o túnel tenha um pedágio que custe o mesmo valor da tarifa das balsas que fazem a ligação entre as duas cidades — R$ 12,30 para veículos de passeio em dias úteis —, mas sem cobrança para pedestres.

Informações: O Globo

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Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A prefeitura de Curitiba informou, na manhã desta quinta-feira (25), que a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na capital irá custar cerca de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos. O projeto irá interligar a capital ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

A divulgação aconteceu durante evento em que houve a assinatura de um contrato para a realização de um estudo de viabilidade para a implantação do projeto na cidade. A cerimônia aconteceu no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).

O presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (AMEP), Gilson Santos, destacou a necessidade do projeto. O custo do estudo, calculado em R$ 15 milhões, será direcionado para a empresa que assumir o modelo de transporte, que ainda não tem data de implementação.

O custo da obra, que terá um valor bilionário, será dividido entre as prefeituras das duas cidades, o governo do estado e o governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O prefeito em exercício, Eduardo Pimentel (PSD), falou sobre o investimento.

O contrato firmado com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê o início do estudo para março deste ano. O resultado da pesquisa deve ser divulgado até maio de 2025. As obras, quando iniciadas, deverão durar dois anos.

O trajeto do VLT irá sair do Centro Cívico, em Curitiba, passando pelo bairro Boqueirão e o terminal central de São José dos Pinhais, até o aeroporto. Cerca de 15 quilômetros de áreas de canaletas já existentes serão reaproveitadas para a obra.

O modal será totalmente elétrico e a passagem, segundo o prefeito em exercício, terá um custo considerado adequado para a população. A prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer (PSD), elogiou a iniciativa e destacou a integração entre as cidades.

A obra prevê um trecho elevado que interligará a região do terminal central de São José dos Pinhais até o aeroporto. Também serão necessárias adaptações no trecho que atenderá a região central de Curitiba.

Informações: CBN Curitiba

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