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Mais seis linhas de ônibus recebem internet wi-fi em Recife

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Os problemas do transporte coletivo por ônibus na Região Metropolitana do Recife são fato. Terminais superlotados, intervalos longos em diversas linhas e, o que é pior: a eterna disputa por espaço nas vias públicas. Mas a chegada da internet wi-fi gratuita no sistema de transporte é algo que merece ser elogiado. Independentemente dos problemas. E a oferta do serviço gratuito nos coletivos está sendo ampliada como prometido pelo Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT). A partir desta segunda-feira (6/6), o serviço entrará em teste em mais seis linhas de ônibus, todas em operação ligando a Zona Norte ao Centro da capital.

No total, quase 17 mil passageiros diários serão beneficiados somente nessas linhas. Serão 23 veículos, todos da empresa Globo. Atualmente, a wi-fi gratuita está em teste nos seis veículos da linha opcional RioMar-Apipucos e nos 45 BRTs (Bus Rapid Transit) que rodam no Corredor Leste-Oeste. No caso dos BRTs, a wi-fi é um investimento direto dos empresários de ônibus – o consórcio MobiBrasil. Já a linha RioMar–Apipucos e as seis linhas que ainda receberão o serviço, representam uma iniciativa do governo do Estado, em parceria com a operadora Vivo. Nos dois casos, entretanto, não há custo para os passageiros. Ainda bem!

O acesso à internet wi-fi nas futuras linhas da Zona Norte se dará do mesmo jeito que acontece na linha opcional RioMar–Apipucos, como explica o diretor de Tecnologia da Informação do GRCT, Fernando Guedes. “A navegação é direta. O passageiro precisa apenas identificar a rede wifibus e navegar. Não é exigido cadastro como no BRT. Mas no futuro iremos exigir”.  No Sistema de BRT, o acesso à wi-fi não é direto. O passageiro precisa, no caso da primeira navegação, fazer um cadastro básico, inserindo email e outras poucas informações para conseguir usar a internet.

A MobiBrasil está investindo R$ 37.800 por ano. São R$ 70 pagos por veículo, por mês. O consórcio investe para fidelizar os passageiros, mas também para somar pontos na avaliação do serviço oferecido, que se reverte na remuneração que a empresa recebe. Mas a navegação na wi-fi gratuita nos ônibus não é totalmente livre. Há limitações. Está configurada para atender apenas no interior do coletivo – o que é lógico –, e impede o acesso a conteúdos com imagens, como filmes, por exemplo. É ideal mesmo para o uso do WhatsApp, Facebook e Twitter.

Informações: De Olho no Trânsito
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Tarifa permite uso de múltiplos ônibus em São Bernardo

terça-feira, 12 de abril de 2016

Mais pessoas utilizam ônibus atualmente em São Bernardo pagando menos em relação a 2009. Isso tem acontecido em função do Cartão Legal, o sistema de bilhetagem eletrônica implementado pela Prefeitura em 2010 e que permite que o passageiro, ao custo de apenas uma tarifa, use mais de um ônibus, desde que dentro do período de até três horas.

Operado pela SBCTrans, o transporte público de São Bernardo realizou, no ano passado, 72,6 milhões de viagens, 68,5% delas realmente pagas. Em 2009, este índice era maior: 77,5% das 72,5 milhões das viagens foram pagas.

Maria da Penha Araripe, moradora do Bairro Botujuru, em São Bernardo, usufrui do Cartão Legal há cerca de cinco anos. Ela usa o Cartão Cidadão, modalidade que é destinada a todos os usuários do transporte público de São Bernardo. De acordo com Maria, o fato de utilizar o transporte coletivo por mais de uma vez, pagando apenas uma tarifa, representa uma boa vantagem financeira, além de ser um sistema prático. O Cartão Legal funciona por meio de recargas de créditos, que podem ser feitos em dinheiro ou cartão bancário.

“Coloco R$ 70 em crédito, que dura cerca de um mês. Vou daqui até o Centro e de lá sigo para outros bairros, como o Rudge Ramos, por exemplo”, explicou. Ela disse que se tivesse que pagar os outros deslocamentos, o custo iria, no mínimo, dobrar. “Não tenho condução própria e, com o Cartão, não preciso depender de ninguém. Saio muitas vezes na semana, preciso ir ao médico, supermercado e faço tudo de ônibus”, comentou.

Outras vantagens citadas por Maria são a comodidade, conforto e segurança que o sistema oferece. “Além de não precisar carregar dinheiro, o troco não está fácil, né? ”, brinca.

Mais investimentos – Outras modalidades de bilhete eletrônico em São Bernardo são o Empresarial, Escolar, Social, Sênior, Especial, Especial Acompanhante e Criança Cidadã. Somente no ano passado foram emitidos 427.852 cartões. Os interessados em obter um dos cartões podem acessar o site www.cartaolegal.com. O sistema também disponibiliza o aplicativo Recarga Agora, compatível com os sistemas operacionais Android e do iPhone.

Além da implantação do Cartão Legal, a Prefeitura de São Bernardo realizou outros investimentos no setor de transportes como na ampliação da frota de ônibus. Em 2009, a cidade contava com 348 veículos em operação. Neste ano, são 387 ônibus. Além de um aumento de 12% no total de veículos, a renovação permitiu diminuir a idade média dos ônibus: passou de 6,6 anos para 5,8 anos. Outro benefício foi a ampliação da acessibilidade nos veículos. O número de veículos acessíveis às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida passou de 78, em 2009, para 299, neste ano.

O diretor operacional da Empresa de Transporte Coletivo de São Bernardo do Campo (ETCSBC), Alécio Batista, disse que a política pública para o setor na cidade representa mais conforto e segurança para os passageiros. “Além de tudo, há os investimentos nos corredores de ônibus, que vão mudar a forma como as pessoas se locomovem pela cidade”, comentou. Em todo o município serão implantados 12 corredores de ônibus, três dos quais em construção: o Leste-Oeste, com 13 quilômetros de extensão; o Alvarenga, que vai atender umas das regiões mais adensadas da cidade; e trecho do Corredor João Firmino. Outra obra de porte em andamento é a do Terminal Alves Dias, no Bairro Assunção.

Informações: ABC do ABC

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No Recife, Licitação das linhas de ônibus sob risco de ser anulada

domingo, 10 de abril de 2016

A licitação das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife, sonho antigo de gestores e de usuários do sistema de transporte, caminha para ser anulada. Não só a segunda etapa – os cinco lotes que tiveram os concessionários escolhidos há dois anos, mas que ainda não vigora -, como também os lotes 1 e 2, que envolvem o sistema de BRT e estão em operação há quase dois anos. O assunto vem sendo discutido há tempos nos bastidores do governo e a decisão recomendada pelos técnicos da gestão pública é a anulação. O motivo: o custo da operação com as novas regras.

fonte, em off
O governo estima que, assinando os contratos, o custo com subsídios ultrapasse os R$ 300 milhões por ano (incluindo operação e manutenção dos equipamentos, como terminais integrados e estações de BRT). Afinal, a licitação foi projetada ainda em 2010, quando a realidade e, principalmente, a expectativa econômica do País eram outras. O governador era Eduardo Campos, na época ainda um querido de  Lula, então presidente de um País cujo PIB crescia a 4% ao ano. Naqueles anos se achava que o Brasil estava e permaneceria cor de rosa.

Mas onde ir buscar tanto dinheiro? Se a tarifa do Anel A não pode subir para R$ 3,50, por exemplo – houve um compromisso moral do governo na época de não cobrir os custos com a o aumento da passagem e o ônus político seria péssimo – e o Brasil enfrenta uma das piores crises de sua história? Esse é o principal questionamento feito pelo governo desde o ano passado.

O que se busca agora nos bastidores do setor é um consenso entre as partes envolvidas. Fazer com que todos concordem que: nem o governo tem fôlego financeiro para autorizar o processo, nem os empresários têm confiança de que vão receber o que está previsto ao assinar os contratos.

TI da III Perimetral estava com 80% da construção pronta quando os trabalhos foram paralisados.

A conclusão de terminais integrados do Corredor Leste-Oeste, parados há mais de um ano,  é outro problema para o governo

O medo dos dois lados de continuar com a licitação se justifica. O governo de PE mal tem conseguido pagar o que deve no setor. Desde o fim de 2014 vem enfrentando dificuldades para pagar o subsídio dos dois lotes que operam licitados. O subsídio é necessário para cobrir a operação, já que a outra solução seria aumentar a tarifa em algo próximo a 20%.

“Estamos criando uma nova Arena Pernambuco. Não há como o governo bancar esse custo operacional”, alerta uma fonte do setor. O sistema projetado lá atrás pelo então governador Eduardo  Campos e o então secretário das Cidades, Danilo Cabral, foi utópico. As estações de BRT custaram caro para serem construídas e também têm manutenção cara: R$ 23 mil gastos, por mês, com cada uma, para garantir apenas a limpeza e o custo do ar-condicionado – são as únicas do País refrigeradas. E as segundas do mundo – apenas em Dubai existem estações de BRT com ar-condicionado.

BRIGA PROMETE SER GRANDE

Se o governo de Pernambuco for hábil, poderá até convencer os consórcios vencedores da segunda etapa da licitação a anular o processo e refazê-lo. Mas será difícil no caso dos lotes 1 e 2, operados pelo Conorte e MobiBrasil. Se tentar, a briga será grande e acontecerá na Justiça. O setor até admite fazer ajustes no contrato para reduzir os custos de operação e, consequentemente, o subsídio dado pelo governo. Mas anular, de forma alguma. Até porque já foram investidos R$ 150 milhões com a compra dos BRTs. O recado foi dado.

por Roberta Soares
Informações: NE10
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No Recife, Corredor Leste-Oeste do BRT terá nova licitação

terça-feira, 8 de março de 2016

Verdadeiros “esqueletos”. É nesse estado que estão as estações ainda não concluídas do Corredor Leste-Oeste e que atenderiam aos passageiros do Via Livre, o sistema de Bus Rapid Transit (BRT) que opera na Região Metropolitana. Apenas 15 das 27 projetadas estão em funcionamento. Já faz um ano e meio que as obras foram abandonadas e, como admite o Governo do Estado, não será tão cedo que tudo poderá servir aos usuários.

Quando forem retomados, para o que ainda não há previsão, os serviços devem prosseguir até 2017. A causa do atraso, diz a Secretaria das Cidades (Secid), foi a rescisão de contrato com a construtora Mendes Jr., envolvida na Lava Jato. A previsão é de que uma nova licitação seja aberta até maio. Por enquanto, certo é que o gasto público, estimado em R$ 146 milhões e que, com aditamentos e mudanças contratuais, havia passado para R$ 169 milhões, crescerá ainda mais. 

O processo está na fase de identificação do remanescente do que ficou inacabado ao longo dos 16 km do corredor. O trabalho está sendo feito pela empresa Policonsult, com custo de R$ 350 mil. Só após os resultados será possível ter ideia do quanto será gasto a mais para concluir os serviços, que começaram em dezembro de 2011 e tinham conclusão prevista até a Copa do Mundo de
2014.

Nem todas as estações chegaram a ser iniciadas, como as da avenida Belmino Correia, em Camaragibe. Outras são puro descaso, como as seis da avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. Por lá, só estruturas metálicas se deteriorando.

Três ganharam tapumes para evitar depredações. “A tarifa fica mais cara e pouca coisa melhora”, criticou o marceneiro Gilberto Santos, 60. No caso da avenida, os atrasos tomam forma no desalento de ver os BRTs passando por lá sem poder parar.

É o caso das linhas TI Camaragibe (Centro) e TI Caxangá (Centro). A última estação em funcionamento antes da Conde da Boa Vista fica na Praça do Derby, também na área central. A seguinte, só na avenida Guararapes. Quem quer desembarcar na Boa Vista tem que caminhar bastante ou optar pelas linhas convencionais, sem ar condicionado e autorização para usar a faixa exclusiva do Leste-Oeste.

“Tudo já estava sucateado e agora,com as estações fechadas (com tapumes), deve ser sinal de que vai levar mais tempo para se tornar realidade”, opinou a dona de casa Ana Lúcia
Ramos, 48.O servidor público Marinaldo Santos, 39, endossou: “Faltou planejar. O que foi gasto poderia ter melhorado o serviço que já existe”, declarou. 

Em nota, a Secid ressaltou que a rescisão com o consórcio Mendes Jr./Servix “por abandono das obras e quebra de contrato” foi “unilateral” e que houve “aplicação de multa contratual” aos envolvidos. A pasta também esclareceu que a Policonsult já “está concluindo o levantamento do remanescente” das obras. Já sobre os tapumes das estações da Boa Vista, o
Grande Recife Consórcio informou que não houve gastos extras, visto que foram usados materiais disponíveis.

Por Luiz Filipe Freire e Marcílio Albuquerque
Informações: Folha de Pernambuco
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No Recife, Linhas do BRT sofrem mudanças devido ao carnaval

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Com bloqueios no Centro do Recife e risco de vandalismo contra os veículos do BRT (Bus Rapid Transit), o funcionamento do sistema será alterado para o Carnaval. A primeira mudança já é nesta quarta-feira (3), com a interdição da Ponte Duarte Coelho para receber a escultura do Galo da Madrugada. Algumas linhas terão itinerário modificado e outras sequer funcionarão nos dias de folia.

O embarque e o desembarque das 2450–TI Camaragibe (Centro) e 2437–TI Caxangá (Centro), que atendem ao Corredor Leste-Oeste, deixará de ser na estação Guararapes, na avenida de mesmo nome, a partir das 22h desta quarta-feira. O ponto passará a ser na estação Riachuelo, localizada na rua homônima. Para isso, os veículos pegarão, da Avenida Conde da Boa Vista, a Rua da Aurora, retornando para lá pela Rua do Hospício. 

Nenhuma dessas duas linhas funcionará no Sábado de Zé Pereira (6), dia do desfile do Galo. A TI Camaragibe (Centro) atenderá aos passageiros em ônibus articulados e a TI Caxangá (Centro) será reforçada pela linha de mesmo nome que opera com veículos convencionais, voltando a funcionar normalmente no domingo (7).

Também do corredor Leste-Oeste, a linha 2480–TI Camaragibe/Derby terá o funcionamento encerrado no sábado mais cedo, às 14h, mas sem mudança no percurso. Essa não vai operar nos outros dias de Carnaval.

As linhas 1915–TI PE-15 (Dantas Barreto) e 1979–TI Pelópidas (Dantas Barreto) estarão disponíveis desde o Sábado de Zé Pereira até a Quarta-feira de Cinzas (10). Desde a interdição da Ponte Duarte Coelho, nesta quarta, até a sexta-feira (5), ambas deixarão de atender a estação Praça da República, na Avenida Dantas Barreto, mas vão fazer embarque e desembarque na estação Treze de Maio quando estiverem no sentido subúrbio/cidade. Assim, o itinerário delas na área central será: Avenida Cruz Cabugá, Rua do Hospício, Rua do Riachuelo, Rua da Aurora, Rua João Lira e novamente Rua do Hospício novamente e Avenida Cruz Cabugá.

A mudança nas linhas 1900–TI PE-15 (PCR), 1946–TI Igarassu (PCR) e 1976–TI Pelópidas (PCR) será só na sexta-feira (5), quando deixarão de parar na estação Maurício de Nassau. Na estação Nossa Senhora do Carmo, só até as 10h. A partir daí, as duas seguirão da Avenida Cruz Cabugá para o Centro por um trajeto provisório: Rua do Hospício, Rua do Riachuelo, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel, Rua do Sol, Praça da República, Ponte Buarque de Macedo, Avenida Cais do Apolo, Avenida Militar, Ponte do Limoeiro, Avenida Norte e Praça Abreu e Lima para pegar de novo a Cabugá. Ambas vão operar com ônibus articulados desde o sábado até a Quarta-feira de Cinzas, então não vão parar nas estações durante o Carnaval.

Os passageiros que tiverem dúvidas podem entrar em contato com o Grande Recife Consórcio de Transporte pela central de atendimento do órgão, através do telefone 0800.081.0158.

Informações: NE10


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A América Latina sonha com uma vida sem carro

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Você deixaria de usar o automóvel para pegar um trem que tivesse wi-fi, não fosse poluente e, mesmo ao frenar, gerasse a própria energia?

Trocar a comodidade do automóvel pelo transporte público sempre foi pouco atrativo para os latino-americanos por muitas razões: o mau estado dos veículos, a poluição, a baixa pontualidade e o serviço limitado a poucos bairros. Mas, nos últimos anos, surgiu uma nova geração de transporte limpo, que aos poucos se expande pela região.

Especialistas em transporte defendem que, além de ambiental, trata-se de uma questão de saúde e de economia. Por causa da crise brasileira, por exemplo, o uso dos trens metropolitanos do Rio de Janeiro aumentou 11% no último ano, promovendo um recorde no número de passageiros: 700.000 em apenas um dia, segundo a Supervia, empresa que opera a concessão do setor.

Para dar conta do aumento da demanda, o sistema ganhou o reforço de 120 trens que – apesar de contar com ar-condicionado – usam apenas um terço da eletricidade dos antigos. Além disso, ao frear, os veículos também geram energia, retroalimentando a rede elétrica. Um projeto envolvendo o Banco Mundial, a Supervia e o governo estadual do Rio de Janeiro tornou a aquisição possível.

“O transporte é o setor que mais consome combustíveis fósseis e no qual as emissões de CO2 crescem mais rapidamente no mundo. Por isso, investir no transporte de massa se torna essencial para cuidar do clima e dar mobilidade às pessoas”, avaliou o especialista em transporte Daniel Pulido, do Banco Mundial, após visitar as reformas de algumas estações para os Jogos Olímpicos de 2016.

Ele também destaca que, além de se tornarem mais verdes, os trens do Rio estão mais confiáveis: em 1998, alcançavam só 30% das metas de pontualidade; hoje, o índice chega a 90%. O sistema cobre 75% da área metropolitana do Rio de Janeiro, onde vivem cerca de 12 milhões de pessoas.

Enquanto o mundo busca ações para combater a mudança climática e evitar que a temperatura suba 4ºC até o fim do século, as redes de transporte de outras partes da América Latina se ampliam e se tornam mais sustentáveis.

Por exemplo, em Lima, no Peru, começaram obras da nova linha 2 do metrô, que se estende do leste da capital até o município de Callao, no oeste. “O plano é que haja seis linhas de metrô no futuro”, comenta o especialista em desenvolvimento urbano Eric Dickson, do Banco Mundial. Isso aliviará a forte pressão do tráfego na cidade de nove milhões de habitantes e ajudará a reduzir as emissões dos automóveis.

Outro passo importante para a mudança do transporte público da cidade foi a construção do primeiro corredor de trânsito rápido por ônibus, a exemplo do que existe há anos em Bogotá (Colômbia) e Curitiba, por exemplo. Ao mesmo tempo, 790 ônibus velhos e poluentes saíram de circulação, deixando de emitir 26.500 toneladas de gases causadores de efeito estufa.

Esses são apenas dois dos resultados de um projeto do Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, na sigla em inglês), que também reabilitou 33,2 km e construiu 19,4 km de ciclovias entre 2004 e 2010.

Já em Monterrey, uma das cidades mais poluídas do México, corredores de ônibus – que somam 30 km de extensão – e veículos de baixas emissões também prometem tornar o ar mais limpo. O sistema funciona há pouco mais de um ano e meio e calcula-se que evitará a emissão de cerca de 17.000 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a tirar 5.700 carros de circulação.

O que move os veículos da Ecovía não é o diesel dos antigos veículos, mas o gás comprimido, que não expele fumaça escura nem deixa aquele mau cheiro pela rua.

E, para os 80.000 passageiros que circulam diariamente nos 80 ônibus, há muito mais itens de conforto do que nos antigos ônibus: ar-condicionado, wi-fi gratuito e acesso fácil a quem tem problemas de locomoção, por exemplo.

Tudo isso, aliado à maior rapidez – pois os ônibus têm corredor exclusivo –, gera a expectativa de que até 10% dos usuários do sistema deixem de ter um carro. Parece pouco, mas é um ponto de partida necessário para uma região que atualmente tem 80% da população vivendo em cidades. Mais ainda levando-se em conta que o percentual subirá para 90% em 2050.

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ABC Paulista terá 17 projetos de corredores

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, assinará hoje, a autorização para elaboração de projetos básicos de 17 corredores intermunicipais nas cidades da região do ABC.

Os recursos liberados são de R$ 31,6 milhões no âmbito do PAC regional e atenderá antiga reivindicação dos mais de 2,5 milhões de habitantes dos sete municípios que sofrem com os constantes congestionamentos. O ato de assinatura será realizado em Santo André (SP), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com a presença de autoridades da região e do Estado, além dos sete prefeitos que compõem a região.

Com a autorização, serão elaborados projetos básicos para coordenar os levantamentos preliminares de campo e o desenvolvimento das atividades que envolvem os 17 corredores intermunicipais incluídos no Plano de Investimentos em Infraestrutura para Mobilidade da Região do Grande ABC. Esse Plano tem os seguintes eixos: Guido Aliberti, Lauro Gomes / Taioca / Corredor Sudeste / Ligação Leste-Oeste e Corredor Alvarenga / Robert Kennedy / Couros. A contratação contempla ainda o projeto de criação do Centro de Controle de Operações.

Parcerias

No ABC, o ministro Kassab irá também lançar as ações conjuntas entre o Ministério das Cidades e a Universidade Federal do ABC (UFABC) para programas urbanos e do caderno técnico "Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC) e IPTU progressivo no tempo".

Durante o evento, o secretário nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos, Luis Oliveira Ramos, coordenará um debate sobre "Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória", em que serão discutidas as experiências das prefeituras de São Bernardo do Campo e de São Paulo.

Também serão assinados o Plano de Trabalho do Ministério das Cidades em conjunto com o Tribunal de Justiça de São Paulo, denominado "Pesquisa sobre Conflitos Fundiários Urbanos"; os termos de execução descentralizada Parceria SNAPU-UFABC em regularização fundiária de assentamentos urbanos e para elaboração de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização; e a entrega das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização aos municípios de São Bernardo do Campo e Rio Grande da Serra.

Consórcio

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC reúne os sete municípios do Grande ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) para o planejamento, a articulação e definição de ações de caráter regional. Desde 2003, o governo federal investiu, por meio do Ministério das Cidades, R$ 895,5 milhões nas áreas de habitação, saneamento ambiental, mobilidade urbana e infraestrutura somente em Diadema. Em Mauá, o investimento total é de R$ 1,4 bilhão e, em Santo André, é de R$ 1,6 bilhão. Em São Bernardo do Campo, o investimento total é de R$ 7,6 bilhões. No Estado de São Paulo, o investimento total é de R$ 121,1 bilhões, sendo R$ 27,8 bilhões para obras de mobilidade urbana. Em todo o Brasil, o investimento é de R$ 566,4 bilhões. (Estadão Conteúdo)

Informações: DCI

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São Bernardo terá corredor de ônibus no Alvarenga

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A assinatura pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, da Ordem de Início de Serviço (OIS) será feita neste domingo (8), às 10h, na Estrada dos Alvarenga, 4.100 (em frente ao Clube da Ford). Como parte da cerimônia, serão oferecidas atividades culturais e de lazer à população.
Foto: Valmir Franzoi
Com três quilômetros de extensão, o corredor de ônibus vai ligar a Praça Giovanni Breda, no Bairro Assunção, às proximidades da Rodovia dos Imigrantes.

Para que a via exclusiva possa ser construída, a Estrada dos Alvarenga será totalmente duplicada e passará a ter faixas separadas para a circulação dos ônibus. Dessa forma, a previsão é que o tempo médio de viagem dos coletivos no horário de pico seja reduzido em cerca de 40%.

O projeto da obra prevê também requalificar, ao longo da via, a pavimentação, sinalização, iluminação e os pontos de parada.

Circulam por esse trecho, hoje, uma frota aproximada de 80 ônibus, que transportam 57,6 mil passageiros por dia.

O projeto do corredor integra o Plano de Mobilidade da Prefeitura, que tem como objetivo aumentar a capacidade de trânsito e transporte na cidade e que prevê a construção de outros corredores de ônibus, como o Leste-Oeste.

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No Grande Recife, 26 ônibus BRT novos estão parados devido a obras inacabadas

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Mais atrasos nas obras dos dois corredores de BRT da Região Metropolitana do Recife. Depois do anúncio em março, de que o corredor Norte/Sul - de Igarassu ao Centro do Recife - ficaria pronto em dezembro deste ano, a Secretaria das Cidades informou que “não há prazo estipulado” para a conclusão das obras. Sem data de conclusão também para o corredor Leste/Oeste, que vai de Camaragibe até a área central da capital pernambucana. Quando lançados, em 2010, os corredores exclusivos de ônibus deveriam ficar prontos para a Copa do Mundo de 2014.
Foto: Rafael Martins/ DP/ DA Press
De acordo com o cronograma inicial do Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob), o Leste/Oeste seria entregue em dezembro de 2013. E o Norte/Sul ficaria pronto três meses depois, em maio de 2014. De lá para cá, várias datas foram divulgadas. Em março deste ano, o secretário das Cidades, André de Paula, disse que, “se tudo corresse de acordo com o previsto”, até o fim deste ano “a maioria das intervenções seria concluída”. Segundo ele, essa era uma exigência do governador Paulo Câmara, que havia definido os trabalhos de mobilidade como prioridade número 1. 

O Diario visitou estações inacabadas. No corredor Norte/Sul, a Estação Complexo do Salgadinho, que está pronta, ainda necessita de conclusão do sistema viário do entorno para começar a operar. Rodeada de tapume e com um matagal crescendo ao seu redor, a estação permanece fechada. A Estação da Benfica, do corredor Leste/Oeste, está com as obras completamente paradas. 

Sobre os atrasos, a Secretaria das Cidades informou que está finalizando a contratação da empresa para concluir as obras do Leste/Oeste e abandonadas pelo consórcio de empresas contratado para a execução dos serviços. Com relação ao corredor Norte-Sul, a Secid está buscando uma programação com a empresa para finalizar os serviços. Mas sem definir prazo.

Frota de ônibus está ociosa

O atraso na conclusão das obras do BRT causa prejuízos aos veículos que já estão prontos para rodar, mas que permanecem ociosos. Nas garagens das empresas do Consórcio Conorte - formado pelas operadoras Itamaracá, Rodotur e Cidade Alta e que opera no corredor Norte/Sul - 26 coletivos novos estão sem uso há um ano e três meses. 

No total, são 88 BRTs do consórcio, dos quais 62 estão rodando. “Temos um custo de manutenção porque esses ônibus se desgastam pelo não uso. Colocamos os veículos para circularem internamente nas garagens para retardar esse desgaste”, explicou o diretor institucional da Conorte, Gbson Pereira, sem precisar, no entanto, o valor mensal do prejuízo. A frota parada fica dividida nas garagens das três empresas do consórcio.

Segundo Gbson, o preço de um ônibus que opera no sistema BRT é três vezes maior que um convencional. Já os custos de operação dos veículos são de 30 a 40% maiores que os dos ônibus tradicionais. “A licitação previa um sistema de operação integrada e com vias segregadas. Sem as vias segregadas, a operação, que custa caro, é comprometida”, afirmou Pereira.

Por Anamaria Nascimento
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No Grande Recife, Créditos estornados do Cartão VEM já renderam mais de R$100 milhões

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Os créditos do sistema VEM (Vale Eletrônico Metropolitano) não utilizados por exceder o prazo de uso estão rendendo uma pequena fortuna para o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) da Região Metropolitana do Recife. São R$ 104 milhões desde 2011, quando foi criada a Lei 14.474 que estipula o prazo de 180 dias (seis meses) para que os créditos eletrônicos comprados antecipadamente sejam usados. Caso contrário, eles são “confiscados” pelo governo do Estado. O poder público garante que o dinheiro está retornando para o sistema, como exige a lei, em forma de subsídio e custeio. Mas o assunto é polêmico e volta à discussão com o projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) propondo o fim do prazo de utilização.
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
O acumulado de R$ 104 milhões representa uma média mensal de R$ 2 milhões e é dinheiro pago pela população. São os usuários do VEM Trabalhador, VEM Estudantil e VEM Comum que estão gerando essa renda. Para se ter ideia do valor, representa quase o custo completo do Corredor de BRT (Bus Rapid Transit) Leste–Oeste, orçado em R$ 145 milhões. Além da apropriação do valor pago pelo cidadão, considerada por muitos indevida, a utilização do recurso é a grande questão. A lei permite que o dinheiro seja utilizado para cobrir o subsídio das empresas concessionárias – vencedoras da primeira parte da licitação das linhas – e também a manutenção do sistema.

E, segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, gestor do sistema, é na cobertura dos subsídios que o resíduo do VEM está sendo investido. Tudo como determina a lei, sem beneficiar o setor empresarial como muitos pensam, ao contrário, garantindo benefícios para a população. O governo de Pernambuco, aliás, já não imagina operacionalizar o sistema sem essa receita. “Estamos cobrindo a despesa com as linhas alimentadoras (que são gratuitas e levam os passageiros de locais de difícil acesso até o ônibus), com o VEM Passe Livre (promessa de campanha do governador Paulo Câmara, que atende a 50 mil estudantes da rede pública de ensino) e, quando sobra, cobrindo o subsídio das concessionárias dos Lotes 1 (Conorte) e 2 (Mobibrasil). Mas quando fazemos a conta mensal, o dinheiro mal dá para essa cobertura”, explica Carlos Eduardo Figueiredo, diretor de gestão organizacional do Grande Recife Consórcio de Transporte.

Nos valores oficiais, divulgados pelo órgão, a média de despesa mensal é a seguinte: R$ 1,8 milhão com o VEM Passe Livre, R$ 900 mil com as 18 linhas alimentadoras em operação no Recife e R$ 2 milhões de subsídios às concessionárias. “A prioridade do governo tem sido em cobrir o custo das linhas alimentadoras, extremamente importantes para a população de baixa renda, que mora distante, e em seguida o Passe Livre. A cobertura do subsídio, que está prevista em contrato assinado com as concessionárias, vem depois”, reforça o diretor.

A Lei 14.474 foi alterada em 2013, pela Lei 15.190, mas o prazo de uso dos créditos do VEM foi mantido. Em seu artigo 17, diz que “os créditos oriundos das vendas antecipadas de bilhetes do STPP/RMR, sejam créditos de VEM Estudante, VEM Comum, VEM Trabalhador ou de qualquer outro tipo de vale existente ou a ser criado, quer tais créditos já tenham sido adquiridos, quer sejam adquiridos após a publicação desta Lei, todos têm validade de 180 (cento e oitenta) dias corridos”. A inconstitucionalidade da lei, sob o argumento do “confisco” do dinheiro do cidadão já foi alegada até pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), sem sucesso.

A lei em vigor estabelece que os valores em questão, havendo subsídio, devem ser utilizados para cobrir os montantes correspondentes aos concessionários do STPP/RMR conforme critérios de cálculo estabelecidos nos instrumentos de concessão de operação do sistema. E não havendo subsídio, devem ser apropriados pelo Grande Recife Consórcio para manutenção do sistema, desde que a conta garantia apresente saldo positivo superior a quatro meses de arrecadação tarifária. Também o mesmo texto do projeto atual.

Por Roberta Soares
Informações: De Olho no Trânsito

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